Revista A Ordem - Setembro/2018

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Fundação Paz na Terra ano Lxvi - Nº 29 Natal/RN | R$ 7,00 Setembro de 2018

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Do alto da montanha

Jesus falava à multidão. “Vós sois o sal da terra. Se o sal perder o sabor, com que será restituído o sabor? (...) Vós sois a luz do mundo. (...) Não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire (pote), mas para colocá-la sobre o candeeiro a fim de que brilhe (ilumine) a todos os que estão em casa”(cf.Mt 5,13-15). Com as parábolas, Jesus pedia às pessoas para buscarem o sabor da vida nova oferecida pelo Pai através do Filho. E que essa vida nova, através das boas obras, deveria ser luz para todas as pessoas, a fim de que se convertesse à Vida Nova que chegava por meio do Filho. Neste mês da Bíblia, o desafio dos cristãos é levar a todos o sabor dessa Vida Nova em Jesus. Assim, através das boas obras, farão aquela luz brilhar a todos. E a Arquidiocese de Natal disponibiliza dois meios para fazer com que a Palavra da Boa Nova chegue a maior número de fiéis. As escolas da fé, que instruem os fiéis no conteúdo bíblico-catequético, e a Rádio 91.9 FM, que potencializará a comunicação da Boa Nova a maior número de pessoas. Assim, potenciará e com maior qualidade a proclamação da Boa Nova de Jesus do alto da “moderna montanha” dos meios de comunicação social.

Expediente

Revista mensal da Fundação Paz na Terra Endereço: Rua Açu, 335 – Tirol CEP: 59.020-110 – Natal/RN Fone: 3201-1689

CONSELHO CURADOR: Pe. Antônio Nunes Vital Bezerra de Oliveira Fernando Antônio Bezerra CONSELHO EDITORIAL: Pe. Rodrigo Paiva Luiza Gualberto Josineide Oliveira Cione Cruz André Kinal Idalécio Rego Luiz Gustavo Milton Dantas Rivaldo Jr EDIÇÃO E REDAÇÃO: Luiza Gualberto (DRT-RN 1752) Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) REVISÃO: Milton Dantas (LP 3.501/RN)

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ENTREVISTA

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VIVER

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PARÓQUIAS

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PERSONALIDADE

Assessor da comissão para o laicato da CNBB avalia Ano Nacional dos leigos

ONG’s convocam população a se engajarem no Dia Mundial da Limpeza

Nesta edição, você vai conhecer as comunidades paroquiais de Santo Antão, em São Bento do Norte, e Bom Jesus, na Ribeira

Zé Miguel e seu testemunho de leigo: dedicação, respeito e amizade

CAPA: Rivaldo Jr. COLABORADORES: José Bezerra (DRT-RN 1210) Adriano Cruz (DRT-RN 1184) Cione Cruz Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal DIAGRAMAÇÃO: Akathistos Comunicação (84) 9 9948-4140

COMERCIAL: RN Editora Idalécio Rêgo (84) 98889-4001 IMPRESSÃO: Gráfica Sul – (84) 3211-2360 TIRAGEM: 1.000 exemplares

ASSINATURAS: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação da revista, no Centro Pastoral Pio X – Av. Floriano Peixoto, 674 – Tirol – Natal/RN (84) 3615-2800 assinante@arquidiocesedenatal.org.br www.arquidiocesedenatal.org.br


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A ordem | Palavra da Igreja

Abusos na Igreja: a carta do Papa aos fiéis «Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele» (1 Co 12, 26). O Papa Francisco se inspirou nas palavras do Apóstolo Paulo para divulgar, dia 20 de agosto, uma carta a todo o Povo de Deus a respeito de denúncias de abusos cometidos por parte de clérigos e pessoas consagradas. “Este crime gera profundas feridas de dor e impotência nas vítimas, em suas famílias e na inteira comunidade de fiéis ou não. A dor das vítimas e das suas famílias é também a nossa dor, por isso é preciso reafirmar mais uma vez o nosso compromisso em garantir a proteção de menores e de adultos em situações de vulnerabilidade”, afirma o Pontífice. Francisco cita, de modo especial, o relatório divulgado nos dias passados sobre os casos cometidos no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. “Sentimos vergonha, quando percebemos que o nosso estilo de vida contradisse e contradiz aquilo que proclamamos com a nossa voz”, escreve o Papa. Ele fala ainda de negligência, abandono e arrependimento e cita as palavras do então Cardeal Ratzinger, quando, na Via-Sacra, em 2005, denunciou a “sujeira” que há na Igreja. Para o Pontífice, a dimensão e a gravidade dos acontecimentos obrigam a assumir esse fato de maneira global e comunitária. Não é suficiente tomar conhecimento do que aconteceu, mas como Povo de Deus, “somos desafiados a assumir a dor de nossos irmãos feridos na sua carne e no seu espírito. Se no passado a omissão pode tornar-se uma forma de resposta, hoje, queremos que seja a solidariedade”. O Papa explica o que entende por solidariedade: proteger e resgatar as vítimas da sua dor; denunciar tudo o que possa comprometer a

integridade de qualquer pessoa; lutar contra todas as formas de corrupção, especialmente a espiritual. Francisco reconhece “o esforço e o trabalho que são feitos em diferentes partes do mundo para garantir e gerar as mediações necessárias que proporcionem segurança e protejam a integridade de crianças e de adultos em situação de vulnerabilidade, bem como a implementação da ‘tolerância zero’ e de modos de prestar contas por parte de todos aqueles que realizem ou acobertem esses crimes”. O Pontífice faz também um convite a todos os fiéis: oração e penitência. “Convido todo o Povo Santo fiel de Deus ao exercício penitencial da oração e do jejum, seguindo o mandato do Senhor, que desperte a nossa consciência, a nossa solidariedade e o compromisso com uma cultura do cuidado e o ‘nunca mais’ a qualquer tipo e forma de abuso. ” Na raiz desses problemas, Francisco observa um modo anômalo de entender a autoridade na Igreja: clericalismo. Favorecido tanto pelos próprios sacerdotes como pelos leigos, o clericalismo “gera uma ruptura no corpo eclesial que beneficia e ajuda a perpetuar muitos dos males que denunciamos hoje. Dizer não ao abuso, é dizer energicamente não a qualquer forma de clericalismo”. Além da oração e do jejum, o Papa chama em causa o sentimento de pertença: “Essa consciência de nos sentirmos parte de um povo e de uma história comum nos permitirá reconhecer nossos pecados e erros do passado com uma abertura penitencial capaz de se deixar renovar a partir de dentro”. Fonte: Portal Vatican News

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Franscico Papa

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A Voz do Pastor | A ordem

Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal

Dízimo: compromisso de fé

Queridos irmãos e irmãs! Em setembro, a Igreja celebra o mês da Bíblia. Na nossa Igreja Particular, também celebramos o mês do Dizimo, por existir uma relação muito próxima entre a Bíblia, Palavra de Deus que conta a história de um povo, suas leis, suas realizações, seus sucessos e suas deficiências e o dízimo, vivido pelo Povo de Deus, e mostrado na Bíblia como reconhecimento de pertença e de oferenda pelos mais pobres, os órfãos e as viúvas, e para favorecer o templo, espaço de oração e de adoração do Deus de Abraão, de Issac e de Jacó, Deus de toda a consolação, Pai de misericórdia, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Pai. Neste Ano Nacional do Laicato, nós refletiremos o tema “Dízimo, compromisso dos cristãos leigos e leigas na Igreja em saída”. O dizimo é uma oferta livre e uma experiência de amor, e todos os que dele participam dão testemunho de abertura de coração e sentido de pertença à comunidade eclesial. Nas nossas comunidades a Pastoral do Dízimo é uma realidade bem presente e muitos que a ela se dedicam o fazem com empenho e zelo, não poupando esforços para transmitir a todos os dizimistas a experiência da partilha, da generosidade e do sentido de responsabilidade pela comunidade a que todos os batizados são chamados a ter e a viver. É uma responsabilidade na missão da Igreja, testemunhada pela Palavra de Deus. É muito importante e significativo que sempre se faça a relação Dízimo e Palavra de Deus, como sinal de um esforço para que a Pastoral do Dízimo seja fortalecida pela urgência da animação bíblica da vida e da pastoral da Igreja. Afirmamos isso não só

quanto à Pastoral do Dizimo, que deve ser sempre iluminada pelas experiências de fé do povo de Deus, mas também para todas as pastorais, movimentos e serviços de nossa Igreja Arquidiocesana. É preciso recordar sempre: a Palavra de Deus nos apresenta a missão da Igreja como continuação da missão de Jesus Cristo, Palavra eterna do Pai, encarnada na nossa história. A Igreja vive da Palavra e vive para a missão, isto é, por escutar na Palavra que Deus enviou seu Filho e seu Espírito (cf. Gl 4,4-6) e que assim como o Pai enviou o seu Filho este nos envia também (cf. Jo, 20,21), ela encontra o fundamento de sua missão na revelação da missão do Filho e do Espírito, atestada na Bíblia. Por isso, assim como houve e há um empenho de todos pela Pastoral do Dízimo, quero que haja um empenho ainda maior para que nossas comunidades sejam animadas pela Palavra de Deus. Uma Pastoral do Dízimo, animada pela Palavra de Deus será um testemunho para as nossas comunidades. Que este mês traga a todos a conscientização de que necessitamos investir mais e mais na formação bíblica, na espiritualidade bíblica, e como consequência disso, numa vida de imitação de Cristo na caridade para com nossos irmãos e irmãs. Pela relação que existe entre Bíblia e dízimo, quero manifestar a todos o meu desejo de que a Pastoral do Dízimo não seja vista como um coletor de dinheiro, mas como um instrumento de evangelização. De fato, serve para a Pastoral do Dízimo o que dizemos do Conselho de Assuntos Econômicos e Administrativos: na comunidade de fé, o dinheiro, as coletas, as doações, tudo é em função da pastoral, isto é, para facilitar a missão da Igreja, a Evangelização. Nada deve ser usado em beneficio próprio, mas para evangelizar. E, sobretudo, para evangelizar os mais necessitados, como fez o próprio Jesus (cf. Lc 4,18).

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A ordem | Entrevista CNBB Sul 1

Ano do a serem Laudelino Augusto, assessor da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), esteve em Natal, no último dia 25 de agosto, para assessorar a Assembleia Arquidiocesana dos Leigos, em sintonia com a vivência do Ano Nacional do Laicato. A celebração foi instituída pela CNBB e tem como base o documento 105, que traz como tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”. Segundo Laudelino, o chamamento deste ano é para que os cristãos leigos possam assumir o seu papel como sujeitos eclesiais, compreendo a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão.

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Entrevista | A ordem

o laicato convida fiéis m sujeitos eclesiais A Ordem: Por que a CNBB escolheu um ano dedicado ao leigo? Laudelino: Primeiro que o Ano do Laicato está inserido no contexto das celebrações dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. E esse foi o tema central da assembleia dos bispos, nos anos de 2014, 2015 e 2016, quando foi votado e aprovado o documento 105 - “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”. A motivação da vivência deste ano veio também da comemoração de 30 anos do Sínodo mundial do cristão leigo e leiga e 30 anos da publicação da exortação apostólica de São João Paulo II – “Christifidelis laici”, que foi justamente o resultado do sínodo. Então, diante dessas motivações, a gente propôs e os bispos aprovaram o Ano Nacional do Laicato.

Rivaldo Jr

A Ordem: Como você percebe a atuação do leigo, hoje, não só no contexto da Igreja, mas na sociedade como um todo? Laudelino: É um processo. No documento 105, a gente traz quatro palavras: identidade, vocação, espiritualidade e a missão. À medida que se vai tomando a consciência, vamos

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A ordem |Entrevista assumindo o nosso compromisso como sujeito. A perspectiva que o documento 105 traz a respeito disso é a afirmação de que os cristãos leigos e leigas são verdadeiros sujeitos eclesiais. E isso acontece, tanto no âmbito eclesial, como na sociedade. O título do documento já nos traz essa reflexão. Os documentos da Igreja, de um modo geral, falam da presença do cristão leigo no mundo. Os bispos no Brasil preferiram adaptar para o termo sociedade, até para ficar bem claro. São as instituições da sociedade, começando pela família. A cultura, a educação, política, saúde, são alguns dos espaços onde o leigo atua e deve ser fermento, sal e luz. Nesse processo, o laicato está se abrindo. A Ordem: Qual tem sido o papel da comissão do laicato da CNBB, na atualidade? Laudelino: A Comissão Pastoral para o Laicato da CNBB, hoje, é composta pelo setor leigos, do qual

sou assessor, além do setor CEB’s, que são as Comunidades Eclesiais de Base e o Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara. Nesses anos todos, com a publicação do documento 105, mais que dobrou o nosso trabalho. Neste ano, em especial, temos um grupo de assessores que tem nos ajudado. O trabalho está em ser serviço, presença e assessoria para as dioceses junto aos conselhos de leigos, que está em forte expansão no Brasil, tanto no nível regional como diocesano. A Ordem: De que forma a comissão avalia a vivência do Ano Nacional do Laicato, que será concluído no mês de novembro? Laudelino: Esses dias tivemos até uma reunião com a comissão para o laicato. O nosso bispo referencial é o Dom Severino Clasen, bispo de Caçador (SC), que também é o presidente da comissão especial para o laicato. A

proposta é que não tenha encerramento, porque estamos dando um caráter de culminância, com encaminhamentos de continuidade. Se o leigo vai tomar consciência da sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, ele vai exigir mais, porque ele vai tomar presença. Nós avaliamos este ano de forma positiva. Na verdade, está superando as nossas expectativas daquilo que planejamos. A Ordem: Que mensagem você pode deixar aos leigos da Arquidiocese de Natal? Laudelino: Desejo que todos os leigos que estão presentes nos mais variados segmentos da Arquidiocese, possam assumir, de fato, o seu papel como cristão engajado e comprometido com a missão da Igreja e ser Igreja em todos os espaços, levando essa mensagem de evangelização e da Boa Nova de Cristo. Que todos possam ser sujeitos eclesiais em suas comunidades. Rivaldo Jr

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A ordem | Reportagem

No ar, 91.9 FM Rádio Rural de Natal migra, oficialmente, para frequência modulada Por Cacilda Medeiros O dia 3 de setembro de 2018 entra para a história da radiodifusão católica, no Rio Grande do Norte. Um momento tão esperado e sonhado torna-se realidade. Esta é a data em que a Rádio Rural de Natal passa a ser, definitivamente, a primeira FM católica da capital. Com 60 anos de história, a emissora já pode ser sintonizada na frequência modulada 91.9 FM. Desde o dia 14 de agosto, a rádio já estava no ar, em caráter experimental. No dia 3 de setembro, passa a operar definitivamente em FM e o sinal da AM é desligado. Um longo processo Historicamente, as rádios AM (modulação em amplitude) são conhecidas por terem longo alcance de abrangência, dependendo da faixa e horário de transmissão. Frequentemente, porém, sofre interferências eletromagnéticas, causando ruídos no áudio. Já, a FM tem comportamento de cobertura mais uniforme, sendo menos afetada por interferências radioelétricas. Há vários anos, as emissoras AM lutavam pelo direito de migrar para FM. Em fevereiro de 2016, teve início o processo de migração AM para FM, no país. O Ministério das Comunicações apresentou os documentos necessários para o processo, possibilitando

a emissão de boletos de pagamento das outorgas. Assim, há cerca de dois anos, a Emissora de Educação Rural de Natal AM 1090 vinha dando passos no processo de migração para a frequência FM. “Inicialmente, fomos à Anatel, em Natal, para afirmarmos que queríamos migrar. A partir daí, desencadeou o processo pela habilitação da rádio junto ao Ministério das Comunicações. Isso implicava em comprovar junto ao Ministério toda a regularidade de funcionamento da outorga AM, além de toda a documentação do conselho diretor da Fundação Paz na Terra, que é a mantenedora da Rádio Rural”, explica o advogado Vital Bezerra, da Arquidiocese de Natal. Ele, juntamente com o departamento jurídico da Comunidade Canção Nova, assessoraram a emissora nesse processo. “Esta parte demorou vários

Matriz: Shopping Via Direta, 714. (84) 3234-5118 / 99969 - 0314 Filial 1: Av. Deodoro, 302, loja 05 - Cidade Alta. (84) 3111-6444 | 99996-0350 Filial 2: Partage Norte Shopping. loja 249. Potengi. (84) 2020-5975

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Reportagem | A ordem

[ “A 91.9 FM também está chegando para concorrer no mercado radiofônico. Temos o diferencial de sermos uma emissora católica, a serviço da evangelização, da promoção humana e da cidadania” Pe. Nunes

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meses, até que o Ministério das Comunicações aprovou a habilitação da rádio”, diz o advogado. Em primeiro de setembro de 2017, o Ministério publicou, no Diário Oficial da União, a outorga autorizando a Rádio Rural a migrar para FM. Por este documento, a Arquidiocese de Natal pagou ao governo federal o valor de 215 mil reais. “Paralelo ao processo na busca pela habilitação, teve o projeto de local e equipamentos, feito pelo engenheiro Robson Bastos, e enviado ao Ministério das Comunicações. Esse projeto compreendeu toda a parte técnica, incluindo transmissor, torre, antena e raio de abrangência. A aprovação desse projeto só foi publicada em 15 de fevereiro de 2018. A contar desta data, a Arquidiocese tinha um prazo de 180 dias para colocar a Rádio no ar, na frequência FM”, comenta Vital Bezerra. A Rádio Rural entrou no ar, em caráter experimental, no último dia do prazo. Além disso, foi necessário enfrentar a etapa junto à Prefeitura Municipal de regularização do local para a instalação da torre. O transmissor da 91.9 FM foi autorizado a operar com 15 khz de potência e a torre, instalada ao lado da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, no bairro da Candelária, tem 65 metros de altura. O advogado aponta três grandes desafios enfrentados e superados nestes cerca de dois anos. O primeiro, de acordo com Vital, foi a parte financeira. Somando o valor pago pela outorga, transmissor, torre, antena e equipamentos para os estúdios, foi gasto mais de um milhão de reais. O segundo desafio foi cumprir os prazos determinados pelo Ministério das Comunicações. E o terceiro foi enfrentar a burocracia prevista na legislação.

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A ordem | Reportagem Pe. Rodrigo Paiva

Funcionários e colaboradores da 91.9FM Nova rádio, novas perspectivas e da cidadania”, reforça o diretor. “Estamos vivendo um momento De acordo com Padre Nunes, novo na história dos 60 anos da para a manutenção da rádio, o Rádio Rural de Natal, vislumbrandepartamento comercial vai em do um futuro de muita esperança. busca de anúncios publicitários. Queremos oferecer aos nossos ouAlém disso, a direção também convintes, os primeiros destinatários da ta com os ‘Amigos da Rural’, que emissora, evangelização, promoção são pessoas que fazem doações, humana e cidadania. Este tripé, que voluntariamente, todos os meses, vai nortear a programação da 91.9 para a manutenção da emissora. foi determinado pelo arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha”, comenta Dom Jaime Vieira Rocha “Continuaremos nos reunindo com os arrecadadores dos Amigos, too diretor da emissora, Padre Antônio Nunes de Araújo. “A 91.9 FM também está che- dos os meses, na segunda quinta-feira, às 15 horas, na cagando para concorrer no mercado radiofônico. Te- pela da Rádio, para rezar o terço da misericórdia”, informa. mos o diferencial de sermos uma emissora católica, “Neste momento novo, contamos com o apoio dos padres a serviço da evangelização, da promoção humana e paróquias para divulgar a 91.9 FM”, reforça o diretor.

“Estamos vivendo um momento novo na história dos 60 anos da Rádio Rural de Natal, vislumbrando um futuro de muita esperança.

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Reportagem | A ordem

Programação da De segunda a sexta-feira . 00h às 05h – Rede Canção Nova . 05h às 08h – Bom dia Rural (Riva Júnior) . 06h15 – A Voz do Pastor (Dom Jaime Vieira Rocha) . 08h às 09h – Café 91 (Alexandre Mulatinho e Luiza Gualberto) . 09h às 10h – Sim à vida (Padre Nunes) . 10h às 12h – Conversa Boa (Duarte Júnior e Danny Nunes) . 11h50 -O Santo do Dia (Pe. Flávio Herculano) . 12h às 12h50 – Hora Extra (Duarte Júnior) . 13h às 13h30 – Esportes de Primeira (Itamar Ciríaco) .13h30 às 14h – Ritmo Pastoral (Setor de Comunicação) .14h às 15h – Deixa Tocar - 1ª edição (Cláudio Sandegi) .15h às 16h – 91 Online - interação com Redes Sociais (Cláudio Sandegi) .16h às 17h20 – Forró da Gente (Cláudio Sandegi) . 17h20 às 17h50 - Tarde com Maria (César Leite) . 17h20 - Terço Mariano . 17h50 às 18h – Reprise de A Voz do Pastor .18h05 às 18h10 – Oração do Ângelus (Padre Nunes) .18h10 às 19h – Panorama do RN (Anna Ruth e Virgínia Coelli) . 19h às 20h – Voz do Brasil Das 20h às 21h – Deixa Tocar - 2ª Edição . 21h às 23h - Fé, História e Canções (Márcio Araújo) . 23h às 00h - Programação Musical *Nas terças, das 20h às 22h – Entre Nós (Cris Vilar e Sandro Menezes)

Sábado . 06h15 às 06h30 – A Voz do Pastor (Dom Jaime) . 06h30 às 07h – Ritmo Pastoral (Setor de Comunicação) . 07h às 7h30 – Viva Vida (Pastoral da Criança) . 07h30 às 08h – Seapac em ação . 08h às 09h – Top 91 . 09h às 11h – Mandou Bem (Jussier Ramalho e Francisco Júnior) .11h às 12h – Santa Missa (Catedral Metropolitana) .12h às 13h - Bem Esporte (André Tavares) . 13h às 15 – Fim de Semana 91 - Música, interação e promoções .15h às 15h30 – Terço das Santas Chagas (Padre Reginaldo Manzotti) .15h30 às 16h – Músicas religiosas .16h às 18h – Forró da Gente (Cláudio Sandegi) .18h às 19h – Top 91 - as mais pedidas da semana .19h às 22h – Noite Sertaneja Domingo . 06h às 7h30 – Santa missa (antiga Catedral) . 08h às 9h – Palestra (Canção Nova) . 09h às 11h – 1ª edição do Louvando com a Igreja ou transmissão do Acampamento Canção Nova . 11h às 12h30 – Santa Missa (Igreja de Santa Teresinha, Tirol) . 12h30 às 13h – Ângelus (Papa Francisco) .13h às 15h – Pagode 91 .15h às 18h – Top 91 - as mais pedidas da semana .18h às 18h30 – Terço Mariano . 18h30 às 19h – Músicas marianas . 19h às 20h15 – Santa Missa (Catedral Metropolitana) . 20h15 às 22h – Programação musical

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A boa política tem a ver com os valores

Os partidos já definiram seus candidatos ao pleito eleitoral de 2018. A campanha já está em curso. Os candidatos já estão percorrendo as ruas, bairros, sítios e cidades. Todos já se mostram nos meios de comunicação social. Dão opiniões sobre tudo e todos. Colocam-se sempre a serviço do povo e, por isto, defensores dos interesses públicos e coletivos. Verdadeiros guardiões do Bem Comum e da Democracia. E os destinatários preferidos de suas mensagens e promessas, na campanha eleitoral são, sem sombra de dúvidas, os mais pobres, que são a grande massa do eleitorado. Contudo, quase ninguém se apresenta como o defensor e promotor dos interesses do mercado e do grande capital especulativo. E muito menos como os ardorosos defensores das reformas do trabalho e da previdência. E os que têm mandatos em curso, que já votaram pela reforma do trabalho e pela aprovação da emenda 95, patrocinada e adotada pelo governo Temer, congelando o investimento público pelos próximos vinte anos, impondo ao Estado a negar e mitigar, sistematicamente, os direitos sociais, dizimando, assim, as políticas públicas básicas de saúde, de educação, de assistência social, moradia, segurança pública, agricultura familiar, entre outras. Tudo isto para satisfazer o mercado e o capital especulativo. Para verificar tamanha maldade contra os mais pobres, basta visitar um hospital público, uma escola, uma penitenciária,..., e todos constatarão que a maioria dos políticos representativos das famílias tradicionais, e não dos verdadeiros interesses da população, de nosso país e estado, sempre estiveram e estão ao lado do capital e da elite dominante. O Papa Francisco nos recorda, no discurso feito aos políticos latino-americanos, em dezembro de 2017, que necessitamos de bons políticos que possam antepor o bem comum aos seus 16| Setembro de 2018 16| Setembro de 2018

interesses privados. Diante da crise ética que corrói a atividade política, torna-se urgente que nossa escolha recaia sobre candidatos que sejam, de fato, pessoas justas, honestas, respeitosas com os seus semelhantes. No Brasil – e em nosso Estado - são diversos os relatos de crise ética alardeados pelos noticiários regionais e nacionais, e de corrupção, sobretudo no mundo político e empresarial. Se não prevalecer o bem comum sobre o pessoal, tudo se torna uma ameaça à democracia. E a conta sempre é paga pelos mais pobres e pela classe trabalhadora, já que os recursos públicos que deveriam ser usados para o bem comum, como educação, saúde, segurança, moradia, etc. são destinados a privilegiar alguns, sejam pessoas, sejam instituições. Neste sentido, a compra de votos é uma ameaça à democracia. Os candidatos oferecem benefícios que não lhes pertencem. A eleição que está se aproximando constitui-se um momento ímpar e sagrado para que cada eleitor possa, com seu voto, decidir o destino do Brasil e do Estado nos próximos quatro anos. Somente o eleitor poderá consertar o Brasil e o nosso Estado. E essa consertação se dará através do voto consciente e livre do cidadão e cidadã que não ignoram a triste realidade na qual está imerso o nosso País e Estado. Cuidado! Votar em políticos e partidos denunciados por roubo e desvio de verbas públicas, que nos largou numa das maiores crises ética, econômica e social, e ser cúmplice de tudo isso, porque estará também contribuindo para aumentar o sofrimento dos mais pobres, os necessitados dos serviços públicos. Recordemos aos cristãos que fazer a boa política tem a ver com os valores da paz, da justiça, do amor, com o cuidado das pessoas, seja da cidade, seja do campo, sobretudo dos pobres e da humanidade.

Diác. Francisco das Chagas Teixeira de Araújo Assessor jurídico da Arquidiocese de Natal Membro da Equipe SEAPAC

“Cuidado! Votar em políticos e partidos denunciados por roubo e desvio de verbas públicas, que nos largou numa das maiores crises ética, econômica e social, e ser cúmplice de tudo isso porque estará também contribuindo para aumentar o sofrimento dos mais pobres, os necessitados dos serviços públicos”


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A ordem |Em Ação

Casa Mãe da Esperança: s evangelizadora e social

Fotos: Rivaldo Jr

Fachada da Casa Mãe da Esperança Há pouco mais de dois anos, um grupo de homens que integram o movimento do terço dos homens, na Paróquia de Nossa Senhora da Esperança e Santo Inácio de Loyola, no bairro Cidade da Esperança, em Natal, está conduzindo um trabalho missionário na

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Casa Mãe da Esperança, que fica situada na comunidade de Nova Cidade. A iniciativa surgiu como forma de ampliar os atendimentos feitos pelo movimento no território paroquial, no sentido de uma atuação missionária mais concreta.


Em Ação | A ordem

sinal da ação l da Igreja

Sidney Santos, Brasilício Campos e Flávio Sales estão à frente da coordenação do espaço. Segundo Brasilício, o terço dos homens, na comunidade paroquial, já desenvolvia um trabalho de assistência aos irmãos em situação de rria, com a distribuição de um sopão pelas ruas de Natal, sempre às segundas-feiras após a recitação do terço mariano. “O grupo do terço dos homens, em nossa Paróquia, conta com a participação de mais de 120 homens. Temos esse trabalho de distribuição do sopão, mas, pensamos em ampliar, numa tentativa de atender melhor a comunidade. A Paróquia tinha essa casa em Nova Cidade e o padre Agustin, que era o pároco na época, nos ofereceu este espaço, para que pudéssemos realizar mais atividades, tanto no sentido missionário, como de qualificação. Também tínhamos a ideia de um espaço que pudesse ser uma referência e um apoio para a comunidade”, conta. Brasilício diz que todo esse processo aconteceu em 2015. Como o espaço estava fechado há muito tempo, precisava de reparos estruturais, principalmente na parte hidráulica. O grupo realizou uma campanha junto à comunidade e com o apoio da população local, a casa passou por uma reforma e se reestruturou. Desde o início de 2016, o local está em pleno funcionamento. Atividades A Casa Mãe da Esperança oferece, atualmente, algumas atividades, entre elas, a recitação do terço da família, sempre às quintas-feiras, no horário das 19h. Além disso, todo primeiro sábado de cada mês, são oferecidos serviços de beleza, de forma gratuita, como corte de cabelo. Sidney Santos, que também está à frente dos trabalhos, diz que a casa promove, periodicamente, curso de manicure e ações de saúde. “No ano passado, a casa acolheu missionários jesuítas, que vieram fazer missão

Flávio Sales, Brasilício Campos e Sidney Santos aqui na comunidade. Nossa estrutura conta com auditório, cozinha, banheiros e dormitórios. É tudo simples, mas, com estrutura para acolher quem precisa”, diz. Para a manutenção do local, o grupo conta ainda com o apoio da comunidade e ações solidárias. As pessoas que desejarem, podem contribuir com o projeto, fazendo doações em dinheiro ou em materiais que possam ser utilizados para a promoção de cursos. “O que nos gratifica neste trabalho é ver que a comunidade se sente segura aqui e tem este espaço como um suporte. Já cedemos o local para a realização de atendimentos de saúde promovidos pela Universidade, bem como ações sociais em geral. Estamos nos preparando para, no próximo mês, fazer a festa para as crianças. É gratificante ver que pegamos um espaço com problemas estruturais e hoje ver que o local se tornou um apoio para a comunidade”, comemora Flávio Sales, que também atua na coordenação da casa.

serviço Quem desejar contribuir com a Casa Mãe da Esperança deve entrar em contato com a secretaria paroquial da Paróquia de Nossa Senhora, no seguinte número: (84) 3615-2891.

Setembro de 2018 |19


A ordem | Notas Cacilda Medeiros

Livros de registros paroquiais na

British Library

O arquivo da Arquidiocese de Natal disponibilizou cinco coleções de livros de registros paroquiais, através do site da British Library, no endereço: https://eap.bl.uk/project/EAP505. Em 2012, a direção do arquivo da Arquidiocese de Natal firmou convênio com o Laboratório de Experimentação em História Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para concorrer ao edital da British Library, da Inglaterra, para financiamento de projetos de difusão e preservação do conhecimento. O edital era voltado especialmente para livros e periódicos em risco de desaparecer. O projeto foi o vencedor do edital, recebendo 7.500 libras para financiar a recuperação, organização, digitalização e disponibilização das coleções dos livros de registros paroquiais. Após um ano de trabalho das equipes envolvidas, o material digitalizado foi enviado para a British Library que, recentemente, disponibilizou o material em seu site, para consulta gratuita. Os livros disponibilizados são os de registro de nascimento, morte e casamento das paróquias da Catedral; São José, de Angicos; Nossa Senhora da Conceição, de Canguaretama; Nossa Senhora dos Prazeres, de Goianinha; e de Santana, em Santana do Matos.

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Aniversário do Terço

da Juventude

A Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, no bairro Mirassol, em Natal, comemorou dois anos da realização do Terço da Juventude, em um momento idealizado por um grupo de jovens da Igreja de Santo Agostinho, que reuniu pessoas de todas as idades. A programação aconteceu na Igreja de Santo Agostinho e contou com a presença da cantora católica Adriana Arydes. A atividade é realizada sempre na terceira quinta-feira de cada mês, às 19h30 e conta, todos os meses, com a participação de aproximadamente 200 pessoas. A cada edição, a atividade elege um título de Nossa Senhora para a intercessão, seguindo o calendário religioso, além de uma intenção específica para a oração.

Festa

de Nossa Senhora da Pureza

A Paróquia de Nossa Senhora da Pureza, no município de Pureza, está celebrando a festa da padroeira com uma programação diversificada. Neste ano, a festa tem como tema “Nossa Senhora da Pureza, primeira discípula e modelo de serviço para os leigos”. Diariamente, a programação consta de caminhada penitencial, celebração de missa, recitação do terço e ofício mariano, além do tradicional novenário. No próximo dia 05, a novena será presidida pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. Os festejos encerram no dia 08 de setembro, iniciando às 05h, com alvorada festiva, seguida de café comunitário. Às 09h haverá a celebração do sacramento da Eucaristia e às 16h, procissão pelas principais ruas da cidade, culminando com a missa de encerramento, que será presidida pelo Pe. Paulo Henrique, vigário geral da Arquidiocese de Natal.

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Notas | A ordem Rivaldo Jr

60 anos de pastoreio do Monsenhor Armando

O pároco emérito da Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres, em Goianinha, monsenhor Armando Paiva, vai completar na próxima quarta-feira (05), 60 anos de pastoreio junto à comunidade paroquial. Uma missa em ação de graças vai ser realizada na Igreja matriz, às 19h30, no dia 05. Monsenhor Armando foi ordenado no dia 08 de dezembro de 1955. Ele dedicou o seu ministério à ação social e promoção humana em Goianinha e região. Muitos projetos foram conduzidos por ele, como a “Missão Rural”, que atuava na capacitação do homem do campo, por meio de oficinas. Além disso, monsenhor Armando incentivou a criação de clube agrícola, clube de jovens, clube de mães e contribuiu para a instalação de escolas radiofônicas. Hoje, aos 88 anos, continua atuando junto à comunidade paroquial, por meio das celebrações e atividades pastorais. a

vai acampar em Uruaçu

O Setor Juventude, da Arquidiocese de Natal, vai promover o ‘Acampamento das Juventudes’, dias 15 e 16 de setembro, no Monumento dos Mártires, na comunidade de Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante. No sábado, haverá palestras, oficinas, momentos culturais e troca de experiências. No domingo, o evento contará com a participação do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, que fará um momento de catequese com os jovens. O acampamento marca a comemoração do Dia Nacional da Juventude (DNJ), na Arquidiocese de Natal. Para participar da atividade, basta se inscrever no endereço: www.arquidiocesedenatal.org.br.

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Juventude

Pe. Ramos comemora 25 anos de

ordenação sacerdotal

No último dia 27 de agosto, o padre Severino dos Ramos Vicente, vigário episcopal sul e pároco da Paróquia de São Paulo Apóstolo, em São Paulo do Potengi, comemorou 25 anos de ordenação sacerdotal. Em comemoração à data, a comunidade paroquial se reuniu na Igreja matriz para uma missa em ação de graças.

Setembro de 2018 |21


A ordem |Paróquias

Paróquia de Santo Antão celebra 30 anos

Pe. Adriano Henrique

Igreja Matriz de Santo Antão Abade Em 30 de setembro, a Paróquia de Santo Antão Abade, com sede em São Bento do Norte, completa 30 anos de criação. A instalação da paróquia se deu em 3 de dezembro do mesmo. Foi desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em João Câmara. A nova paróquia abrangia os municípios de São Bento do Norte e de

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Pedra Grande. Cinco anos depois, o então distrito de Caiçara do Norte passou a ser município e também integrou a paróquia. Recentemente, o município de Pedra Grande foi integrado ao território da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, em Parazinho. O primeiro pároco foi o Padre César de Bessa, sucedi-


Paróquias | A ordem do pelos padres Bianor Júnior, Cláudio Régio e Darci Lopes. Desde fevereiro de 2005, a paróquia tem como pároco, Padre Adriano Henrique Costa. Uma história antiga A história religiosa da comunidade, no entanto, é bem mais antiga. Segundo o pároco, Padre Adriano, a devoção a Santo Antão Abade começou há 174 anos. “Há três versões de como a imagem do padroeiro chegou a São Bento. Uma versão conta que a imagem chegou em um caixote; a outra conta que foi um frade – Frei Serafim - que encomendou a imagem. Foi ele quem iniciou o processo de evangelização na região; e a terceira versão diz que um navio espanhol que passava nas imediações de São Bento correu risco de afundar, fizeram uma promessa para que se o navio não afundasse, eles doariam uma imagem de Santo Antão para a comunidade”, relata Padre Adriano. Da igreja primitiva só restam os alicerces. Fica localizada no caminho que dá acesso à praia, dentro de uma propriedade particular. A atual Igreja Matriz foi inaugurada em 15 de agosto de 1915. De acordo com Padre Adriano, no Brasil só existem três paróquias dedicadas a Santo Antão Abade: a de São Bento do Norte, uma em Vitória de Santo Antão (PE) e outra no Rio Grande do Sul. “A devoção a Santo Antão tem crescido. A gente vê, inclusive, pessoas pagando promessas por graças alcançadas por intercessão dele”, conta o pároco. Em São Bento, a festa do padroeiro é celebrada no período de 7 a 17 de janeiro. Ação pastoral Atualmente, a Paróquia é formada por 24 comunidades, distribuídas nos municípios de São Bento do Norte e Caiçara do Norte. Destas 24 comunidades, 17 possuem capela e outras estão em processo de construção. Para a ação pastoral, o pároco conta com o apoio de várias pastorais, movimentos e serviços. A Paróquia de Santo Antão Abade também é um celeiro de vocações. O atual pároco da Paróquia de Santo Ambrósio Francisco Ferro, no Planalto, em Natal, Padre Antônio Teixeira, assim com o Frei Severino Pinheiro, OFMCap, são naturais do município. Além desses, há duas religiosas da Congregação as Filhas de Santana e uma beneditina, o seminarista João Pedro Acúscio e um vocacionado capuchinho, que são ‘filhos’ da paróquia.

Cacilda Medeiros

Pe. Adriano Henrique, pároco ENDEREÇO Rua Presidente Vargas, 92 Centro São Bento do Norte (RN) Fone: (84) 99170-8561 E-mail: paroquiastabade@hotmail.com SECRETARIA PAROQUIAL Funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h30 MISSAS Sexta-feira – 7h Domingo – 19h30 SAIBA MAIS www.facebook.com/paroquia.santoantao.3 www.instagram.com/paroquiasantoantaosbn

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A ordem | Paróquias

Paróquia do Bom Jesus das Dores: terceira mais antiga de Natal

Fotos: Rivaldo Jr

Desde o desenvolvimento e expansão da cidade de Natal, o bairro da Ribeira sempre teve relevância, em virtude de ser conhecido como um bairro nobre, onde moravam os grandes comerciantes e pessoas de alto poder aquisitivo da época. Com o dinamismo e crescimento da cidade, o bairro se modificou e, hoje, abriga bancos, instituições públicas, teatro municipal, escolas e comércios, que estão inseridos no território da Paróquia do Bom Jesus das Dores. O administrador paroquial da comunidade é o padre Francisco Fernandes. A criação da comunidade paroquial aconteceu no dia 09 de janeiro de 1932, pelo então bispo, Dom Marcolino Dantas. “A Paróquia do Bom Jesus enfrentou o dinamismo do bairro. Viveu o seu apogeu no mesmo período em que o bairro viveu também esta realidade e, hoje, segue com o trabalho pastoral diante desta nova dinâmica da comunidade. Quando cheguei aqui, ouvi muitos fiéis comentarem a respeito do paroquiato do Pe. Oswaldo Honório que, diante do desgaste do bairro, por volta do ano de 1975, incentivou muitas pessoas a não deixarem o comércio e a vida aqui na Ribeira, tanto é que, até hoje, se vê presentes, muitos comércios que estão há mais de 80 anos aqui”, comenta o Pe. Francisco.

Igreja matriz do Bom Jesus, datada do séc. XVIII

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Paróquias| A ordem A Igreja Segundo o livro “Paróquias potiguares: uma história”, de autoria do Pe. Normando Pignataro Delgado (in memoriam), a Igreja do Bom Jesus das Dores data do século XVIII. Inicialmente, era uma capela que pertencia ao território da Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação (antiga Catedral) e só depois foi desmembrada e elevada a Paróquia. “Durante o século XIX, a Igreja funcionou sob os cuidados pastorais do Pe. Francisco Constâncio. Em 1910, por ato do bispo Dom Joaquim Antônio de Almeida, a Igreja ficou sob os cuidados dos missionários franciscanos. Um deles, o frei André, construiu as torres e realizou outras reformas no templo”, diz o livro. Com a criação da Paróquia, o primeiro pároco foi o padre Frederico Pastors, MSF. A Paróquia do Bom Jesus é a terceira mais antiga de Natal. Vida Pastoral Do ponto de vista pastoral, a Paróquia conta com atuação das pastorais do batismo, acolhida, catequese de Primeira Eucaristia, crisma e dízimo, além da atuação do movimento do Apostolado da Oração e o do terço dos homens. De acordo com o padre Francisco, o grupo é dos mais antigos de Natal e conta com a participação de aproximadamente 200 homens. A recitação do terço acontece às quartas-feiras, no horário das 19h, na Igreja matriz. Ainda segundo o padre Francisco, a Paróquia segue com o trabalho já desenvolvido

pelos outros párocos, buscando sempre mais um dinamismo pastoral. “Diante da realidade do bairro da Ribeira, estamos desenvolvendo um trabalho pastoral, no sentido de atrair, cada vez mais, os fiéis, a se engajarem no serviço e atuação nas pastorais”, reforça. Uma das atividades que também tem destaque na atuação paroquial e que já tem tradição bicentenária é a procissão do encontro. A atividade acontece em preparação à semana santa e representa o encontro de Jesus com Nossa Senhora, no momento da via sacra, rumo ao Calvário. Festa do Bom Jesus A comunidade paroquial está nos preparativos para vivenciar a Festa do Bom Jesus das Dores. A programação será composta por um tríduo, que será realizado de 13 a 15 de setembro, às 19h, na Igreja matriz. Sempre após as celebrações, haverá funcionamento de quermesse. No dia 16, data em que se festeja o Bom Jesus, as atividades vão constar de missa solene, às 16h, presidida pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. Após a missa, os fiéis seguirão em procissão pelas ruas do bairro. Para a identidade visual da festa, o artista plástico Flávio Freitas fez a doação de uma arte, que está sendo usada em todas as peças produzidas para os festejos. A arte mostra a relação da Igreja com os aspectos que são característicos do bairro, como o rio Potengi, o comércio e as instituições.

Pe. Francisco Fernandes, administrador paroquial Saiba mais Endereço: Praça Capitão José da Penha, 135 – Ribeira – Natal Telefone: (84) 3615-2823 Instagram: @paroquiadobomjesus Horários de missa Terça a sexta-feira, às 06h30 Toda quinta, adoração ao Santíssimo Sacramento durante todo o dia e missa, às 17h Primeira sexta-feira da cada mês, além do horário das 06h30, acontece celebração de missa, às 17h Sábados, às 17h Domingos, às 08h, 11h e 17h

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A ordem | Geral

Pascom na Arquidiocese de Natal comemora 20 anos de atuação Neste ano, a Pastoral da Comunicação, na Arquidiocese de Natal, está completando 20 anos de atuação. Para marcar as festividades, no último domingo (19), aconteceu um encontro que reuniu mais de 300 agentes que integram a Pascom nas diversas paróquias da Arquidiocese. A programação contou com palestras, momentos de louvor, homenagens e celebração eucarística, presidida pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. Entre os presentes na comemoração, o ex-coordenador do setor de comunicação da Arquidiocese e bispo da Diocese de Oeiras (PI), Dom Edilson Nobre. “Me sinto muito feliz em participar desta grande celebração. Destes 20 anos que a Pascom celebra, pude estar junto com a equipe em dez. Fico muito agradecido a Deus por ver que este trabalho só cresce e se torna cada mais eficiente”, comemora Dom Edilson. A coordenadora da Pascom no Regional NE2 da CNBB, jornalista Márcia Marques também participou das comemorações. Na oportunidade, ela falou aos agentes sobre o tema “Ser Pascom em tempos de redes sociais: perspectivas e desafios”. “Enquanto regional, ficamos muito felizes ao ver esse trabalho tão consolidado da Pascom de Natal. Com certeza é uma das equipes mais antigas do nosso regio-

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Brunno Antunes

Mais de 300 agentes da Pascom participaram do Encontrão que marcou as comemorações dos 20 anos da Pastoral nal e somos gratos ao ver que este trabalho só evolui. Também somos gratos pela generosidade da equipe, em partilhar tantas experiências positivas com as outras dioceses. Nos sentimento felizes em poder fazer parte desta festa”, ressalta. O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira também destacou a importância da comunicação na Igreja particular de Natal. “Eu tenho a alegria e a graça de celebrar e viver este momento com toda a equipe da Pascom. Vejo todo este trabalho com olhar de gratidão. Também sou grato por tudo que foi semeado e que agora colhemos. A nós, cabe a missão de apoiar e incentivar, cada vez mais, este importante trabalho da comunicação em nossa Arquidiocese”, frisa.

Sobre a Pascom A Pastoral da Comunicação, na Arquidiocese de Natal, foi fundada no governo do então arcebispo de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales, no ano de 1998. O pontapé inicial do trabalho foi dado na realização de um encontro que, na época, reuniu representantes de 16 paróquias da Arquidiocese. Hoje, a Pascom está atuando em mais de 80 paróquias e passou a integrar o setor de comunicação da Arquidiocese, que tem como coordenador o padre Rodrigo Paiva. “O setor de comunicação cada vez mais se fortalece, por meio das ações que desenvolvemos ao longo desses 20 anos. Os agentes da Pascom que estão nas paróquias de nossa Arquidiocese são o sinal desse compromisso assumido com a Pastoral da Comunicação. Por isso, somos gratos por essa doação e atuação”, reforça o sacerdote.


Geral | A ordem

Paróquia de Candelária comemora 40 anos de criação A Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, no bairro Candelária, em Natal, comemora neste mês, 40 anos de criação. Uma programação especial está sendo desenvolvida para celebrar a data. Como marco das celebrações, a Igreja matriz vai ganhar uma torre, que será composta por três sinos, uma imagem de Nossa Senhora da Candelária em bronze e embaixo da edificação, um túmulo, onde serão sepultados os restos mortais do primeiro pároco da comunidade, o padre Antônio Vilela. A estrutura da torre tem 12 metros de altura. A imagem que será colocada no topo da construção tem 3,2 metros de altura e é produzida em concreto, revestida de pó de granito. As comemorações iniciaram no dia 01, com uma tarde festiva. No período de 15 a 20 de setembro, vai ser realizada a tradicional Feira da Fé. Neste ano, o tema da exposição vai ser sobre o aniversário da Paróquia. A feira vai funcionar no salão paroquial, com exibição de toda a história da comunidade paroquial de forma lúdica. A visitação vai ser gratuita e aberta a todo público. Como parte da programação, também haverá a peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Candelária pelas instituições do bairro, incluindo as emissoras de rádio e televisão. No dia 16, vai acontecer o traslado de uma urna com os restos mortais do Pe. Vilela. Às 15h, um cortejo vai sair do cemitério do Alecrim com destino à matriz, onde haverá celebração de mis-

Cedida

Matriz de Nossa Senhora da Candelária antes da construção da torre sa em memória do primeiro pároco da comunidade. Nos dias 18 e 19, a urna estará exposta na Igreja, durante todo o dia, para que os fiéis possam visitar e fazer orações. No dia 20, data em que a Paróquia foi criada, as atividades vão constar da inauguração da torre da matriz e sepultamento dos restos mortais do Pe. Vilela, além de missa solene em ação de graças, às 19h. Na parte social, no dia 21, às 20h será realizado um jantar festivo, às 20h, no Solar Imperial, situado na avenida Lima e Silva, 3045, no bairro Lagoa Nova. As senhas estão à venda na secretaria paroquial e custam R$ 80 reais. O pároco de Candelária, Pe. Júlio Cé-

sar, diz que celebrar 40 anos da Paróquia de Candelária é viver a presença de Deus e Nossa Senhora, junto à comunidade que leva o nome da padroeira. “Essa data tem um significado todo especial. Há 40 anos Nossa Senhora ilumina a nossa comunidade e nos conduz neste caminho de evangelização e ação pastoral. É uma data significativa e que, com certeza, ficará marcada em nossa história”, comemora. A Paróquia de Nossa Senhora da Candelária foi criada no dia 20 de setembro de 1978, pelo então arcebispo, Dom Nivaldo Monte. Seu território foi desmembrado das comunidades paroquiais de Parnamirim, Morro Branco e Lagoa Seca.

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A ordem | Personalidade

Zé Miguel e seu testemunho de leigo: dedicação, respeito e amizade Por Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo de Natal

O ano do laicato permite-nos olhar para uma das grandes riquezas da Igreja Católica, a fidelidade dos leigos que investem seu tempo no serviço à comunidade. José Miguel do Nascimento é desses leigos cujo testemunho enriquece a vida da Igreja e nos ensina o valor da amizade. Nascido em 20 de maio de 1945, serviu por 36 anos como sacristão na Paróquia de São Paulo do Potengi ao Mons. Expedito e aos seus sucessores com dedicação, respeito e, sobretudo, amizade. Na adesão ao projeto

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de evangelização implantado na Paróquia e região pelo Mons. Expedito, Zé Miguel trabalhou diretamente com o Profeta das Águas, dentre outros projetos, no chamado cineminha do padre (sessões de slides exibidas às pessoas, uma das paixões do Monsenhor), visitando as comunidades rurais, os doentes e auxiliando nas celebrações em diferentes pontos do município. Zé Miguel tornou-se uma figura conhecida não só em São Paulo do Potengi, mas em toda a região, por sua dedicação e zelo pelo trabalho na Igreja, desde a dedicação singular nos preparativos da Santa Missa, até o labor na celebração como Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão e outras exigências do trabalho de evangelização. Aprendeu desde cedo com o Mons. Expedito que o serviço à comunidade vai além da reza para estender-se ao cuidado com os irmãos. Como expressão desse aprendizado ele bem lembra: “Fui com minha Luzia Alexandrino, no ano de 1967, até o Monsenhor pedir conselhos, pois gostaria de construir uma capelinha em honra a São Francisco. De pronto, o Mons. Expedito disse que ao invés da capela minha mãe deveria erguer uma escola para ajudar a educar os filhos da nossa terra”. A escola foi erguida e denominada pelo Mons. De “Escola do Zé”! E assim foi criada a Sociedade Educadora São Francisco, que nesse ano de 2018 completa 51 anos de educação sempre guiados nos ensinamentos do Evangelho. O testemunho de dedicação, respeito e amizade desse leigo constitui-se alimento e força na caminhada da Igreja pelas terras do Potengi. Neste ano nacional do laicato, sobretudo, aí vemos um testemunho de vivência de fé, numa perspectiva de ação sócio-transformadora dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade como Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5. 13-14).


Dízimo | A ordem

Arquidiocese celebra mês do Dízimo Nas paróquias, será um mês de estudo sobre as quatro dimensões da pastoral

Religiosa, eclesial, missionária e caritativa. Estas são as quatro dimensões da Pastoral do Dízimo, confirmadas pelo Documento 106, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), intitulado: “O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas.” Estas quatro dimensões serão refletidas, uma a cada semana, em todas as paróquias da Arquidiocese, durante o mês de setembro. Tradicionalmente, setembro é dedicado ao dízimo, na Arquidiocese de Natal. “A cada final de semana, será enviado para as paróquias um texto com orientações para reflexão sobre cada uma das dimensões”, explica o coordenador arquidiocesano, Randenclécio Xavier. “Será um mês de estudos sobre o Documento 106 e, também, para ajudar os fiéis a compreenderem a função do dízimo, na paróquia”, acrescenta.

No dia 16 de setembro, das 8h às 17 horas, acontecerá o encontrão arquidiocesano, que vai reunir cerca de 700 agentes da Pastoral do Dízimo, no auditório da Escola de Governo, situada no Centro Administrativo do Estado, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. O objetivo do encontro será estudar o Documento 106 - “O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas”. Para isso, a coordenação pede que cada agente leve, para o evento, um exemplar do Documento. O assessor será o Monsenhor Antônio Luiz Catelan, do clero da Diocese de Umuarama (PR), e que foi um dos redatores do Documento 106. O encontro contará também com a participação do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. Cacilda Medeiros

Encontrão Arquidiocesano do Dízimo – edição 2017 Setembro de 2018 |29


A ordem | Artigo

O que alimenta a violação dos direitos humanos, hoje, na Nicarágua e quem a promove? Todo estado ditatorial usa de uma ideologia baseada na Doutrina de Segurança Nacional para justificar e promover a violência extrema em nome do combate aos possíveis insurgentes. Foi assim que Somoza perseguiu, prendeu, torturou e matou milhares de compatriotas durante seus mais de 40 anos de ditadura (de 1936 a 1979), apoiado pelo imperialismo norte americano, durante o período denominado de “guerra fria”, como também aconteceu em outros países latino-americanos, inclusive aqui no Brasil. Em 1979 a Frente de Libertação Nacional Sandinista (FLNS), mediante um processo revolucionário armado, tomou o poder. Com o fim da ditadura de Somoza e início do Governo Revolucionário Sandinista, os Estados Unidos passaram, paulatinamente e sistematicamente, a partir de então, a investir e a apoiar “a contra insurgência”, sobretudo de forma ideológica (como comumente se faz) e\ou através de grupos paramilitares que ao longo da história cometeram atos de terrorismo e assassinatos também em nome da tentativa de manutenção do sistema capitalista na Nicarágua. A situação política da Nicarágua hoje é bastante complexa, até porque se trata de um governo tido como comprometido com as antigas forças revolucionárias Sandinistas, conhecido como um “governo progressista” e de “esquerda” e que anteriormente, logo após a revolução, havia governado o país e realizado grandes transformações em favor daquela nação. No entanto, em sua última eleição, é acusado de manipulação das urnas e vem recebendo críticas e forte oposição, inclusive dos seus companheiros de revolução e colaboradores de seus governos anteriores(como é o caso do Poeta e Padre Ernesto Cardenal, que foi Ministro da Cultura em seu primeiro governo, realizando grandes obras nesse Ministério e que hoje tornou-se inimigo número um e por Ortega e sua Esposa tem sido duramente perseguido e ameaçado) que o acusa de corrupção e nepotismo. O estopim para um estado de “guerra” interna deu-se a partir de “decreto de regulamentação da reforma da previdência”, no dia 18 de abril último,

30| Setembro de 2018

Diác. Francisco Adilson Assessor Vicariato Social Arquidiocese de Natal

que descontentou trabalhadores(as) e empresários. A partir daí aprofundaram-se os conflitos violentos e a pressão para que o mesmo renuncie o poder, cuja resposta tem sido uma repressão violenta, inclusive contra a Igreja Católica, que se colocou como intermediária para a busca da paz. O que estará por trás de tudo isso? Assim podemos nos perguntar. Estamos assistindo em nível mundial a investida de grupos patrocinados por interesses econômicos que vêm derrubando do poder governos eleitos legitimamente, sendo acusados de corrupção e fraudes de todo tipo, o que nem sempre se comprova a veracidade das acusações. Por outro lado, estes mesmos “interesses”, num primeiro momento, tendem a descaracterizar estes governos, pressionando-os de várias formas, inclusive, usando o poder dos meios de comunicação para denegrir e abrir um processo de deslegitimização dos mesmos, quando tais interesses não são atendidos satisfatoriamente. Deste modo, além da suposta “traição” aos interesses revolucionários e das diversas acusações que lhes são feitas que parecem gozar de veracidade, devemos também não descartar a hipótese de que a atual situação de violência na Nicarágua seja um “eco dos contras”, para minar um governo que se dizia progressista e de esquerda. Entretanto, o fato é que o desrespeito e a violação dos direitos humanos não podem encontrar apoio a quem quer que seja que os promova(seja da “direita” ou da “esquerda”) e merecem nosso repúdio e a busca inteligente e estratégica para a consolidação da paz, quer na Nicarágua, quer em qualquer país que assim possa vir a sofrer pelas influências externas, incitados por escusos interesses de grupos e de potências estrangeiras que se arvoram do direito de ferir a soberania nacional de qualquer nação. A Igreja local e Católica não pode perder de vista o seu profetismo e mesmo arriscando “o seu bem-estar e a sua comodidade”, se embrenhar na luta pela paz, mesmo que isto lhe custe vidas. Afinal, a América Latina é banhada e irrigada pelo sangue dos Mártires que sempre testemunharam o Evangelho e tiveram a coragem de doar a vida na consolidação da paz, como é o caso do Bispo Salvadorenho, D. Oscar Romero. Rezemos, pois, pela paz na Nicarágua, no Brasil e no mundo.


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A ordem | Vida pastoral Divulgação

Oficinas de oração: aprender a orar para aprender a viver Serviço completa 30 anos de atuação no Rio Grande do Norte

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Vida pastoral | A ordem Por Luiza Gualberto As Oficinas de Oração (TOV) vão completar 30 anos de atuação no Rio Grande do Norte. O serviço tem como objetivo, ensinar as pessoas a se relacionarem com Deus de forma mais profunda. Fundada em 1984 pelo Frei Ignácio Larrañaga, frade capuchinho de origem espanhola, radicado no Chile, as oficinas estão presentes em quase 40 países. No Rio Grande do Norte, o serviço foi implantado no ano de 1989, por meio de um casal missionário que veio de Belo Horizonte. Segundo o coordenador estadual das oficinas, Ronaldo Rufino, esse casal aplicou as oficinas e capacitaram guias para que pudessem expandir a atuação no estado. No Rio Grande do Norte, o serviço está presente na Arquidiocese de Natal e nas Dioceses de Mossoró e Caicó, com 170 guias, que atuam nas comunidades paroquiais. No ano passado, foram formados grupos nas cidades de Arez, Bodó, Extremoz, Ielmo Marinho, Ipanguaçu, Itajá, João Câmara, Senador Georgino Avelino, entre outros municípios. “Semestre após semestre, esses guias formam grupos de crianças, adolescentes, jovens, adultos e casais. Queremos que as pessoas tenham a oportunidade de fazer um mergulho em nossa espiritualidade, proporcionando uma mudança de vida e em suas atitudes do cotidiano, sempre se perguntando: O que faria Jesus em meu lugar?”, destaca.

Como funciona A Oficina de Oração e Vida introduz o participante, de modo progressivo, em uma vida de oração, muitas vezes desconhecida por ele, que vai auxiliar no conhecimento de si mesmo, do próprio Deus e das pessoas que estão ao redor. São aplicadas aproximadamente 15 sessões, que tem alguns materiais como suporte, inclusive os ensinamentos do fundador do serviço. Ao final das sessões, o oficinista participa de um retiro que recebe o nome de “deserto”, em que ele pode refletir sobre tudo que aprendeu durante as sessões e aplicar em sua vida cotidiana. A oficina é um serviço laical e aberto a todas as pessoas. As oficinas de Oração e Vida se

constituem como um instrumento de formação para os leigos já engajados ou pessoas que nunca participaram de algum grupo da Igreja, pois capacita o participante na leitura orante da Bíblia e na arte de orar. 30 anos das Oficinas de Oração Para a preparação da comemoração dos trinta anos das Oficinas de Oração está sendo programado um Encontro de Experiência com Deus (EED). A atividade vai acontecer no próximo dia 07, no PRONEVES, em Emaús. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo e-mail: eednatal@gmail.com ou por meio dos telefones: (84) 99844-4103/ (84) 98836734.

Cedida

Equipe de coordenação estadual das Oficinas de Oração

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A ordem | Saúde

Ano do Laicato

Vacina contra sarampo Por Diác. Manoel Carlos

Por Márcia Roque Braz nutricionista

Coord. do Setor Leigo

Leigos e leigas na missão da Igreja e na sociedade Uma vez que, como todos os fiéis, por meio do batismo e da confirmação, são destinados por Deus ao apostolado, os leigos, individualmente ou reunidos em associações, têm obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo; esta obrigação é tanto mais premente naquelas circunstâncias em que somente através deles os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo” (CDC c. 225 §1). No ano do laicato é preciso suscitar no coração dos leigos e leigas a importância da sua vocação missionária, e o quanto ela contribui para o bem de toda a Igreja e da sociedade (cf. AG n.21). Em saída, cheios do Amor de Deus em ações práticas de amor ao próximo (cf. Jo 15,17), os leigos devem refletir, com sabedoria, seu protagonismo neste contexto reconhecendo o valor pessoal de seu ministério na comunidade. Serviço prestado; movido e enaltecido intensamente pelo Amor de Jesus Cristo em todas as ações pastorais desenvolvidas pela igreja (cf. AA n.2). Como membros vivos na missão da Igreja, todos os leigos são chamados a desenvolverem funções que incrementam a perene santificação da própria comunidade (cf. LG n.33). Hoje, seria impossível mantermos as estruturas de atuação das nossas comunidades eclesiais sem o apostolado dos leigos (cf. CIC §900). O serviço ao próximo é um dos maiores testemunhos de fé do verdadeiro cristão, pois formando um só corpo em Cristo (cf. Rm 12,4-5), constroem-se um pedaço do céu terreno – onde Deus está a serviço de suas amadas criaturas (cf. Mc 10,45). Para os que já atuam em comunidades eclesiais, a perseverança é um dom que deve ser sempre animado pelo Espírito Santo, pois o cansaço e a fraqueza podem levar ao afastamento da missão. Por isso, é necessário “renovar seu carisma original” (DAp n.311). A obra necessita de cristãos com o coração extasiado pela paz do Senhor (cf. Jo 14,26-27). 34| Setembro de 2018

A vacina contra o sarampo está disponível em duas versões, a vacina tríplice-viral, que protege contra 3 doenças causadas por vírus: sarampo, caxumba e rubéola, ou a Tetra Viral, que protege ainda da catapora. Ela faz parte do calendário básico de vacinação da criança e é administrada em forma de injeção, a partir de vírus atenuados, contra o sarampo. Esta vacina estimula o sistema imune do indivíduo, induzindo a formação de anticorpos contra o vírus do sarampo. Assim, se a pessoa for exposta ao vírus, já tem os anticorpos que vão impedir a proliferação dos vírus, deixando-a totalmente protegida. Para que serve A vacina contra o sarampo serve para todas as pessoas como forma de prevenção da doença e não como tratamento. Além disso, também previne doenças. Geralmente a primeira dose da vacina é dada aos 12 meses e a segunda dose entre os 15 e os 24 meses. No entanto, todos os adolescentes e adultos que não tenham sido vacinados podem tomar 1 dose desta vacina em qualquer fase da vida, como tomar A vacina do sarampo é de uso injetável e deve ser aplicada no braço, pelo médico ou enfermeiro após limpo. Este plano de vacinação, o efeito protetor da vacina dura toda a vida.


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A ordem |Viver Divulgação

Por Cione Cruz Dia 15 de setembro é o Dia Mundial da Limpeza e em Natal haverá uma ação em toda orla da cidade, começando no sentido Norte-Sul (Redinha, Praia do Forte, Praia do Meio, Praia dos Artistas, Areia Preta, Via Costeira e Ponta Negra), quando, cerca de 2.000 voluntários de ONG’s, associações, estudantes, professores, empresários, profissio-

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nais liberais e projetos sociais, entre outros, participarão dessa tarefa. Essa ação acontece em todo o mundo, desde 2008, foi iniciada na Estônia, com o objetivo de conscientizar, informar e, principalmente, estimular a atitude, segundo afirmou Nayara Azevedo, palestrante motivacional e comercial que, em Natal, coordena o Dia Mundial da Limpeza. “O lixo é um problema mundial e Natal é uma cidade encanta-


Viver

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Natal adere ao Dia Mundial da Limpeza Arquivo pessoal

dora, onde tem muitos lixos escondidos”, afirmou Nayara. “Precisamos tomar uma atitude, contagiar e tornar essa limpeza um hábito”, afirmou, ainda, Nayara Azevedo. Segundo ela, precisamos colocar o lixo no lugar do lixo. “Eu conheço e conheci ações que são desenvolvidas há vários anos, por pessoas de muita responsabilidade, muito conhecimento, mas são ações sem visibilidade; ou seja, a sociedade não participa. Por isso precisamos transformar esse Dia Mundial da Limpeza em uma ação de visibilidade, para contagiar as pessoas, porque esse é um tema fácil de ser trabalhado. Todo mundo tem consciência, todo mundo está pronto para agir, mas precisamos convidar, mostrar, dá o exemplo e oportunidade”. Essa ação é em espiral: tem começo, mas não tem fim, e não é segmentada; e, por isso, tem que contar com a participação de todos, afirmou. As pessoas têm que se conscientizar DE que, participando, estão ajudando o planeta. Cada um, dentro da sua rede, ajuda a tomar corpo. O que “precisamos é nos organizar e manter uma rotina”, afirmou Nayara. Nayara destaca também que essa ação é coordenada, tendo como atividade única catar o lixo e colocar nos pontos de coleta da Urbana; um total de 10. Foram cadastrados voluntários que serão distribuídos nesses pontos, de Ponta Negra à Redinha, e começarão a trabalhar a partir das 8h, horário em que foi marcada a concentração; às 8h30 será iniciada a distribuição do material, que consta de sacos de lixo, luvas e água mineraL, e, das 9h às 13h, eles farão a coleta. Todas as pessoas poderão participar, de onde quer que elas estejam. “Foram escolhidos pontos estratégicos de coleta para que a ação tenha mais visibilidade, para que a sociedade perceba que alguma coisa está acontecendo, para que essas pessoas se encontrem e fortaleçam mais a

Nayara Azevedo coordena a ação em Natal consciência ambiental, para que as pessoas que frequentam a nossa orla, que é nosso cartão postal, percebam que o lixo não faz parte do cenário, e para que as pessoas que trabalham na praia sejam capacitadas para que percebam a importância delas serem guardiãs da praia. Que eles assumam essa função”, afirmou Nayara. Contando com total apoio da Prefeitura do Natal, através da Urbana, STTU, Secretaria de Comunicação, entre outros, a ação conta, ainda, com patrocínios para os insumos necessários na parte operacional e de logística e para divulgação nos meios de comunicação.

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A ordem |

Viver

Liturgia da Palavra

Mário David de Oliveira Campos

Ministério da Palavra Paróquia de Nossa Senhora Aparecida - Neópolis

O Ministério leigo na Igreja Dom Hélder Câmara, grande profeta da Igreja do Brasil do século XX, costumava dizer que o cristão é um com Cristo desde o batismo. Tal revelação se reafirma com muita força neste momento em que a Igreja brasileira celebra o ano do Laicato, em comum união com a proposta do Papa Francisco de uma Igreja em saída para a missão. E nesta perspectiva, o tempo se apresenta particularmente favorável para a reflexão sobre a participação do Leigo na vida da Igreja não como mero “expectador” dos momentos litúrgicos realizados nos limites de nossos templos, mas, sobretudo, assumindo um papel de estrela principal e única – com Cristo – no cenário da estrada que ruma para Deus e que se revela na participação concreta na vida da comunidade, especialmente no testemunho cristão em todos os tempos e lugares de nossa existência, mas também, de modo mais formalmente perceptível por meio de atuação em pastorais, movimentos e serviços. E como serviço, a igreja delega aos leigos e leigas um importante papel, por meio do Ministério da Palavra, na realização do culto sagrado, uma vez que introduz o laicato em uma missão de auxiliar os presbíteros através da proclamação da Palavra, realçando a participação ativa do

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laicato na liturgia. Para muitos, o serviço litúrgico desempenhado pelo ministro ou ministra da Palavra se reveste de uma especial “importância”, assumindo um lugar de destaque no contexto da fé cristã, afinal de contas subir ao altar do santuário do Senhor parece ser motivo de glória destinada a pessoas especiais. Contudo, tais conclusões, nascidas muitas vezes do coração dos próprios ministros consagrados para tão especial serviço, não encontram sustentação na verdadeira doutrina que teve Cristo por fundador; afinal de contas o altar de Cristo é o altar do sacrifício e a sua glória se vislumbra a partir de uma cruz. Sendo assim, para ser fiel e verdadeira, a alegria do anúncio da palavra no ambão necessita fundamentalmente ser precedida do pleno compromisso para com essa mesma palavra de vida eterna, que tem por objetivo principal ir ao encontro do outro, tocar e conquistar seu coração para o amor verdadeiro, conquista essa que se dá não somente através da palavra verbalizada, mas, sobretudo, com a palavra contida no exemplo de alguém que aprendeu e se esforça para viver uma fé ativa, um amor capaz de sacrifícios e em uma firma esperança.

“O serviço litúrgico desempenhado pelo ministro ou ministra da Palavra se reveste de uma especial “importância”, assumindo um lugar de destaque no contexto da fé cristã, afinal de contas subir ao altar do santuário do Senhor parece ser motivo de glória destinada a pessoas especiais”


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