Boletim 115 out 2015

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Museu de História Natural participa de Feira de Tecnologia em Campina Grande-PB

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A 13ª FEIRA DE TECNOLOGIA de Campina Grande (Fetech) teve início na quartafeira (28), em Campina Grande, promovendo um diálogo entre universidades, empreendedores e público geral sobre os problemas e soluções inovadoras focadas na preservação do meio ambiente. Com o tema "Inovação Colaborativa e Sustentável", o evento reuniu no sábado (31), no Centro de Integração Acadêmica da UEPB, no Campus de Bodocongó, pesquisadores nas áreas de Tecnologia da Informação, Saúde, Tecnologias


Limpas, Ciências Ambientais, Sustentabilidade, Tecnologia Social, Agronegócio e Economia Criativa. Este ano, a feira ganhou um incremento a mais, a 1ª Rodada de Negócios da Economia Digital, que aconteceu na quarta-feira (28), com cerca de 10 empresários paraibanos. Conforme a analista técnica do VVisisititaaççããooddeeeessttuuddaanntteessddeeeessccoolalammuunnicicipipaallddaaccididaaddee––JJuuvvaannddiiSSaannttooss Sebrae em Campina Grande e gestora do projeto Show de Economia Digital, Ivana Sena, a Rodada fomentou a demanda do mercado local. “Vamos expor as empresas e suas soluções. As negociações serão em torno de soluções para automação, software, entre outras da economia digital”, falou, acrescentando que a idéia da Feira deste ano era criar um local propício aos negócios. Durante os quatro dias da Fetech, aconteceram diversos eventos paralelos, como a I Olimpíada da Inovação da Paraíba, uma maratona de jogos digitais (Fetech Game Jam), uma Feira de Artesanato Sustentável, o Congresso de Inovação, Ciências Ambientais e Sustentabilidade, além da exposição de projetos de tecnologia e encontros de negócios para os empresários do setor. “Nesta primeira edição, a Olimpíada já está sendo um sucesso. A começar pelo número de propostas de 158 soluções inscritas, o que superou as expectativas da organização do evento. Uma das marcas da Fetech sempre foi antecipar tendências, pois o evento traz à tona temas específicos visando antever o futuro”, disse a diretora geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB) e secretária de Ciência e Tecnologia do Estado, Francilene Garcia. A Fetech é realizada pelo PaqTcPB, Sebrae, UEPB, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com apoio da prefeitura municipal, governo Estadual, Centro de Tecnologia Telmo Araújo (Citta) e sistema Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) e Senai. O evento faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba - LABAP/UEPB, este ano fora convidado para fazer parte deste evento. Coordenado pelo professor responsável, o Pós-Dr. Juvandi S. Santos, e monitorado durante os quatro dias da feira pelas estagiárias, Laura Kelly M. de Góes Costa e Tuane Ângelo Pereira, o stand do mesmo foi um sucesso. Pretendendo demonstrar claramente ao público um pouco sobre o mundo da Arqueologia e da Paleontologia, visando à busca por novos interesses e a disseminação da educação patrimonial, o mesmo foi alvo de vários curiosos e apaixonados pela área abordada. Fonte: Blog do Museu de História Natural da UEPB

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Livro sobre Fazendas de gado Jesuítas na PB está no ar ESTÁ NO AR O E-BOOK 'As fazendas de gado dos Jesuítas na Paraíba colonial' de autoria do Prof. Dr. Juvandi de Souza Santos. A obra conta com 124 páginas e foi prefaciada pelo Historiador e sócio efetivo da Sociedade Paraibana de Arqueologia Thomas Bruno Oliveira. Segundo a apresentação da obra, a proposta do livro é justamente fazer um apanhado das fazendas de gado administradas pelos Jesuítas no atual solo paraibano e o contato desses religiosos com os indígenas locais, observando as possibilidades de pesquisas futuras como é, por exemplo, a intervenção arqueológica e os subsídios que estes dados ocultos no solo podem contribuir com a história deste Estado, possibilitando o entendimento de como Padres missioneiros e indígenas conviviam de forma nem sempre amistosa nas missões internadas nos Sertões ou aquelas aportadas no Litoral do território paraibano. O livro é a 29ª produção do Prof. Juvandi, integrando a Série Arqueologia/Paleontologia como o volume V e está disponível no link: http://mhn.uepb.edu.br/Livros/SANTOS_Juvandi_de_Souza_as_fazendas_de_gado_do s_jesuitas_paraiba_colonial_isbn978-85-9122404-8-7

A FALTA DE LIVROS em língua portuguesa sobre a evolução humana tem sido um vácuo de informação que há muito tempo precisava ser superado. Essa deficiência se tornou mais grave recentemente com o avanço, no Brasil, do aparato da divulgação antievolucionista. Turbinadas por redes sociais, são cada vez mais propaladas mensagens falsas, como a da alegada escassez de registros pré-históricos e até mesmo de fósseis sobre eras mais distantes. Não se trata de críticas — que podem e devem ser formuladas, por mais radicais que sejam, assim como em relação a todas as teorias científicas —, mas de peças de propaganda antidarwinista devidamente articuladas sob uma estratégia de desinformação promovida por adeptos do criacionismo e algumas de suas instituições. A falta de literatura atualizada em português sobre a evolução humana também tem sido uma dificuldade no ensino superior brasileiro em biologia, antropologia e outras áreas afins. Eu já estava prestes a sugerir a amigos editores de livros a tradução de obras recentes, como, por exemplo, a coletânea de artigos The human past: World prehistory and the

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A saga de nossa espécie: especialistas em evolução humana lançam obra de referência sobre o tema em português

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development of human societies, editada por Chris Scarre, professor de arqueologia da Universidade de Durham, no Reino Unido. Não cheguei a ler na íntegra essa obra, mas pude consultar alguns de seus trechos e fazer uma breve apreciação do conteúdo de sua terceira edição, de 2013, parcialmente disponibilizado em seu preview no site da Amazon. Muito mais que suprir essa carência da divulgação científica no país e preencher uma lacuna do mercado editorial brasileiro, três pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), dedicados em suas respectivas áreas à evolução humana, organizaram uma obra que se destaca não só por sua ótima sistematização interdisciplinar do amplo conjunto de informações relativas ao tema, mas também por sua abordagem capaz de satisfazer tanto as exigências de rigor por parte dos especialistas, como as necessidades de clareza e didatismo por parte daqueles não familiarizados com esse assunto. Distribuído em sete capítulos, o livro Assim caminhou a humanidade foi organizado pelo biólogo e antropólogo físico Walter Alves Neves, pelo biólogo e neurocientista Miguel José Rangel Júnior, e pelo historiador e antropólogo Rui Murrieta. Além dos três estudiosos da USP, a obra contou também com a colaboração de outros quinze especialistas de diferentes áreas de pesquisa que têm contribuído para a compreensão da evolução humana. Partindo da diversidade, da especificidade e da história evolutiva dos primatas desde o Paleoceno, há cerca de 65 milhões de anos, e do surgimento dos primeiros bípedes dessa ordem dos mamíferos, o livro apresenta a origem, a diferenciação em novas espécies e a dispersão geográfica dos hominídeos no Pleistoceno, a partir de 1,8 milhão de anos atrás, passando pela aparição dos neandertais e sua convivência na Eurásia com os Homo sapiens, que começaram a sair da África há cerca de 120 mil anos. A história da saga humana prossegue com a expansão dos humanos modernos pelo globo terrestre, destacando as variações morfológicas dentro da espécie, os aspectos genéticos e anatômicos, a “explosão criativa” no Paleolítico Superior, quando a capacidade de pensar por meio de símbolos se materializou na forma de significados que hoje são detectáveis em utensílios e remanescentes de rituais, finalizando com o surgimento da agricultura, da domesticação de outras espécies e das sociedades complexas no Neolítico, pouco mais de 10 mil anos atrás. Os capítulos são complementados não só por textos que auxiliam a compreensão sobre fundamentos dos conhecimentos e das técnicas envolvidos, mas também por tópicos denominados “O que há de novo no front?”. Esses, por sua vez, explicitam não só as descobertas ou hipóteses mais recentes sobre os temas em questão, mas também os limites do conhecimento sobre ele. E esse respeito com o que ainda não se sabe é também um dos pontos altos do livro. É um grande privilégio para o público de língua portuguesa o lançamento de Assim caminhou a humanidade. Justamente por cumprir plenamente a função de obra de referência, o livro merece — assim como nós, leitores — que desde já seus organizadores comecem a produzir novas edições para atualizar toda a riqueza de informações que ele abrange. (Maurício Tuffani) Assim caminhou a humanidade Walter Alves Neves, Miguel José Rangel Júnior e Rui Sérgio S. Murrieta (organizadores). Palas Athena. 318 págs. 2015. R$ 58,00. Fonte: http://blogdasciam.com.br/2015/08/15/livro-evolucao-humana/

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ARTIGO 1 __________________________________________________________________ Antropologia do Halloween Carlos Alberto Azevedo Antropólogo, Vice-Presidente da SPA, Sócio Efetivo do IHGP.

MINHA GERAÇÃO não conhecia o Halloween (Dia das Bruxas); pertencíamos a uma geração em que a pedagogia do medo exercia um papel muito importante. Tínhamos medo de tudo: Lobisomem, Comadre Florzinha, Boi da Cara Preta. Entidades e criaturas horripilantes não faltavam, para nos pregar sustos. Conheci a festa do Halloween no entardecer de 31 de outubro de 1986 (ou era 1985?) quando fui participar de um Congresso de Ciências Sociais em Londres. Para mim, foi um impacto visual quase uma assombração, quando vi jovens vestidas de bruxas, bruxas e bruxinhas, invadindo a área de serviço do prédio onde estava hospedado. Anos depois, lendo a antropóloga Margaret Mead: Aspects of the Present (1980), sua última obra, deparei-me com um excelente texto sobre a Festa das Bruxas. O texto de Mead já falava da decadência do Halloween nos Estados Unidos, em 1976. A função social do Halloween é vingar-se uma vez por ano dos adultos. É, naturalmente, uma festa da desordem, onde estão presentes medo e terror, como observou Mead. Sustos e assombrações vêm à tona, quebrando a normalidade da ordem social. A meu ver, o Halloween no nosso país não tem sentido - é uma festa fora do lugar - sem contexto cultural nenhum. Foi uma "invenção" das escolas de língua inglesa no Brasil que, no dia 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos, organizavam essa festinha para seus alunos. Assim, o Halloween se propagou, invadiu bares e boates. Com a força do seu exotismo conquistou a classe média urbana, alienada por natureza - sem raízes sólidas na nossa cultura popular.

NO DIA 09 DE OUTUBRO, o confrade Thomas Bruno Oliveira foi convidado pela TV Correio, do Sistema Correio de Comunicação, para gravar uma matéria abordando a história do Calçadão Jimmy Oliveira, na Rua Cardoso Vieira, criado pelo Prefeito Evaldo Cavalcante da Cruz há 40 anos. “É muito importante que espaços como esse na tv sejam abertos para a valorização da História da cidade, que está completando esta semana seus 151 anos de emancipação política”. A matéria foi exibida ao meio-dia do sábado (10) no noticiário local da emissora.

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Entrevista na TV Correio sobre História de Campina Grande

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Cemitério encontrado no Bairro do Recife-PE estaria vinculado ao período holandês

PESQUISA APRESENTADA na UFPE indica a provável origem dos esqueletos: jovens que faziam parte do exército da Companhia das Índias Ocidentais. Os esqueletos humanos encontrados no cemitério histórico do Pilar, no Bairro do Recife, possivelmente eram de soldados da Companhia das Índias Ocidentais, empresa que financiou a ocupação holandesa no Nordeste brasileiro de 1630 a 1654. Europeus, jovens e do sexo masculino, a maioria morreu de doença e não em decorrência de ferimentos de guerra. De 28 sepultamentos analisados, 19 apresentam sinais de escorbuto, como retração alveolar (ossos dos dentes), abscesso e perda de dentição. A enfermidade é provocada pela carência de vitamina C. “Em menor escala, constatamos indícios de doenças infecciosas como bouba, sífilis venérea e varíola”, informa a arqueóloga Ilana Elisa Chaves. Ela pesquisou os esqueletos no curso de mestrado e defendeu a dissertação Arqueologia da doença no cemitério histórico do Pilar, em setembro de 2015, no Programa de PósGraduação em Arqueologia AArrqquueeóólologgooss ddaaFFuunnddaaççããooSSeerrididóóeeddaaUUFFPPEEloloccaalilzizaammcceemmititéérrioio da Universidade Federal de hhisisttóórricicoonnooBBaairirrrooddooRReeccififee,,eemm22001133.. FFoottooss::AAsshhleleyyMMeelolo//JJCC IImmaaggeemm Pernambuco (UFPE). “Fiz o levantamento das doenças no período holandês e das condições de vida das pessoas nessa época”, diz Ilana. Entre as 22 moléstias listadas, escorbuto, bouba, varíola e sífilis venérea, em estágios avançados, poderiam ser confirmadas nas ossadas, explica a pesquisadora, que fez

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VVisisititaaççããooIIlalannaaEElilsisaaCChhaavveess aannaalilsisoouu2288eessqquueelelettoossddoocceemmititéérrioio hhisisttóórricicooddooPPilialarrnnaaddisissseerrttaaççããooddeemmeessttrraaddoo.. FFoottooss::AAsshhleleyyMMeelolo//JJCCIImmaaggeemm

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uso da bioarqueologia e da paleopatologia para caracterizar as enfermidades. A avaliação morfológica do crânio e da região pélvica confirmou o sexo masculino de 27 esqueletos. Um deles, talvez pela pouca idade, apresentou resultado ambíguo. “Era o mais jovem, com idade estimada em 15 anos ou menos”, informa. Observando o grau de fusão dos ossos dos braços e das pernas, ela chegou à conclusão de que quase todos teriam de 15 a 21 anos. Só dois tiveram a idade avaliada de EEssqquueelelettoohhuummaannooddoossééccuulolo1166 oouu1177rreessggaattaaddooppoorraarrqquueeóólologgooss nnoo PPilialarr,,BBaairirrrooddooRReeccififee,,eemm22001133.. FFoottooss::AAsshhleleyyMMeelolo//JJCC IImmaaggeemm 14 a 25 anos. Sem dúvida, declara a arqueóloga, é um cemitério de europeus, de nacionalidades diversas. Ela descarta a hipótese sugerida inicialmente de ser um cemitério exclusivamente judaico. “O exército da Companhia das Índias Ocidentais era formado por alemães, holandeses, franceses, italianos, belgas e judeus da TTeerrrreennooddoocceemmititéérrioiosseeccuulalarrddooBBaairirrrooddooRReeccififeeeessttááaabbaannddoonnaaddoo,, Península Ibérica e do cchheeioioddeelilxixoo,,eessggoottooeemmaattoo.. FFoottooss::AAsshhleleyyMMeelolo//JJCC IImmaaggeemm Norte da Europa”, justifica. Ilana lembra, ainda, que o antigo Forte de São Jorge (ficaria nas imediações da Igreja do Pilar) foi usado como hospital de referência da companhia para receber soldados feridos na guerra contra os luso-brasileiros ou que chegavam doentes ao Recife vindo dos Países Baixos, em viagens de navio. “Também eram atendidos soldados de outros lugares ocupados pelos holandeses, como Alagoas, Sergipe e Bahia”, acrescenta. Arqueólogos da Fundação Seridó, contratados pela Prefeitura do Recife, localizaram as ossadas em janeiro de 2013, quando faziam o acompanhamento da obra de urbanização da comunidade do Pilar. A pesquisa foi suspensa em abril de 2014, com a identificação de 65 esqueletos. Vinte e oito foram exumados (14 estão na UFPE e 14 na Fundação Museu do Homem Americano, no Piauí) e 37 continuam no cemitério. Não há previsão de retorno das escavações no Pilar. A prefeitura está fazendo licitação para escolha da empresa que vai dar continuidade ao estudo. “O achado é importante demais para a cidade e a área do cemitério pode ser maior. Novos esqueletos deverão surgir”, diz Ilana. Por Cleide Alves. Fonte original da notícia: jornal do commercio

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OS DOCUMENTOS FORAM selecionados a partir dos catálogos do Projeto Resgate Barão do Rio Branco, de cooperação bilateral Portugal/Brasil. Trata-se de uma iniciativa inédita do Insa e da UFCG em selecionar e democratizar os documentos com recorte exclusivo para a atual região semiárida brasileira. O Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) lançou, no dia 14 de outubro, no Programa Semiárido em Foco, a coleção de documentos catalogados no âmbito do projeto Resgate Documental, História Ambiental e Etnohistória do Semiárido Brasileiro nos períodos Colonial e Imperial. O acervo compõe a Coleção Fontes Documentais do Semiárido Brasileiro e faz parte de uma história que remete aos períodos colonial e imperial desta região. Por um período de três anos (2012-2015), pesquisadores fizeram a seleção e catalogação das imagens de manuscritos avulsos das Capitanias que integram o atual Semiárido brasileiro. Os documentos foram selecionados a partir dos catálogos do Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco. Criado institucionalmente em 1995, o Projeto Resgate é uma iniciativa bilateral Portugal/Brasil que tem como objetivo principal disponibilizar documentos históricos relativos à História do Brasil existentes em arquivos de outros países, sobretudo Portugal e demais países europeus com os quais tivemos uma história colonial compartilhada. História do Semiárido brasileiro Reconhecendo a importância do Projeto Resgate, o Insa e a UFCG tomaram a iniciativa inédita de selecionar os documentos com recorte exclusivo para a atual região semiárida brasileira, com foco na história dos povos tradicionais e na forma como as populações se inter-relacionaram e desenvolveram modos específicos de convivência com o ambiente ao longo do tempo, o que é conhecido como História Ambiental. São lançados 5 e-Books em formato de mídia eletrônica (DVD’s) e 2 catálogos impressos, que compreendem capítulos da história colonial e imperial de todos os estados que integram o Semiárido brasileiro. Desta forma, ambas as instituições passam a atuar fortemente para promover a difusão e democratização de um rico acervo que compõe o patrimônio documental da região. A coleção de documentos catalogados será enviada para compor o acervo de bibliotecas de instituições públicas de ensino superior e também estará disponibilizada para acesso público no Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (Sigsab). Projeto Barão do Rio Branco O significado e importância da proposta do Projeto Resgate residem no apoio à preservação da memória histórica nacional e na democratização do acesso ao patrimônio documental brasileiro. Mais de 110 instituições públicas e privadas, brasileiras e portuguesas, e mais de uma centena de pesquisadores desenvolveram iniciativa sem precedentes na preservação em meio digital dos suportes documentais da memória nacional. Aproximadamente 150 mil documentos dos séculos XVI ao XIX (cerca de 1,5 milhão de páginas manuscritas) relativos a 18 capitanias da América portuguesa e depositados no renomado Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa (AHU) foram descritos, classificados, microfilmados e digitalizados.

Texto: Catarina Buriti (Ascom do Insa). Leia mais em: http://www.insa.gov.br/noticiadestaque/insa-e-ufcg-lancam-colecao-de-documentos-sobre-historia-dos-povos-tradicionais-dosemiarido/#.Vor9aFLw-GD

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Insa e UFCG lançam coleção de documentos sobre história dos povos tradicionais do Semiárido

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Chamada de artigos para Revista Tarairiú

A REVISTA ELETRÔNICA TARAIRIÚ (issn 2179-8168) é uma publicação do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB (LABAP/UEPB), com sede em Campina Grande-PB, e surge como um novo meio de divulgação de pesquisas nos seguintes campos científicos: 1. História do povoamento pré-histórico e histórico da América Latina; 2. Arqueologia; 3. Paleontologia. 4. Espeleologia. As pesquisas e debates científicos nestas áreas compõe o objetivo da Revista que publica artigos inéditos, resenhas e entrevistas redigidos em português, inglês, espanhol ou francês. De periodicidade semestral, a Revista Tarairiú recebe contribuições em fluxo contínuo, de acordo com as Normas para Submissão. Para o próximo número, o prazo para envio é 30 de janeiro de 2016. A Revista Tarairiú possui Qualis B4 e sua denominação foi escolhida como uma homenagem a grande parte dos indígenas que habitaram os sertões nordestinos, sobretudo o interior da Paraíba, que foram os índios de vários grupos Tarairiú.

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– Mapa de atuação da SPA em Outubro de 2015 –

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