a par e passo, o evento dos afetos
EDIÇÃO [2021] ESPERANÇA
DIÁRIO MINDELACT
06
ARTICULISTA CONVIDADA JANAINA ALVES E MATILDE DIAS FOTOGRAFIAS QUEILA FERNANDES E HELDER PAZ MONTEIRO
"Amilcar Geração"
@Queila Fernandes, todos os direitos reservados
DIA 6, DAS BIOGRAFIAS Janaina Alves
O espetáculo que nos traz questionamentos sobre a imposição da condição feminina… que necessário foi ter o espetáculo "Parto Rosa" com a extraordinária atriz Renata Torres! Que com coragem coloca em pratos limpos e na cara de todos que o que já se tornou quotidiano e quase banal, mas não é; são pequenas coisas que todas as mulheres passam; e parece que é normal e quase obrigado a ser assim; mulheres em situações em que são expostas quase todos os dias pelo simples fato de serem mulheres; e quem sai desses rótulos é logo taxadas de puta; e questionada enquanto mulher! Enfim foi uma hora de intensidade que pela boca da Renata saiu o que todas nós passamos todos os dias. Obrigada Mindelact por reproduzir em programação artística as nossas dores, angústia e narrativas!
"Parto Rosa"
@Queila Fernandes, todos os direitos reservados
Em “Amílcar Geração”, a busca é pelo homem que deu o coração ao mito. Porque optou pela luta? Sentiu medo? Sentiu saudades das filhas e da mulher? São questões lançadas no início do monólogo, dividido em dois momentos. Primeiro, Ângelo Torres regressa à infância, quando a figura de Amílcar Cabral permeia a sua vida e a dos pais, envolvidos na luta de libertação de São Tomé e Príncipe. Na segunda parte do espetáculo, a voz é a de Amílcar Cabral, um homem cuja compaixão lhe permite ser tocado pelo sofrimento dos portugueses, cabo-verdianos, guinieenses e africanos. O encenador Guilherme Mendonça apresenta um Cabral humano, que tenta o diálogo antes de pegar nas armas, que se insurge contra julgamentos sumários nas zonas libertadas, que apela ao diálogo entre cabo-verdianos e guinieenses no seio do PAIGC. O espetáculo procura apresentar o herói e o mito a uma nova geração, num remar contra o esquecimento. Uma nota de apreço ao ator Ângelo Torres, um contador de histórias nato. O monólogo é o género da proximidade e intimidade e exige absolutamente tudo do ator. Torres foi generoso e por isso merece o meu aplauso. Matilde Dias
"Amílcar Geração"
@Helder Paz Monteiro, todos os direitos reservados
Diário Mindelact Coordenação Caplan Neves Texto Diário 06 Janaina Alves e Matilde Dias Fotografias Queila Fernandes e Helder Paz Monteiro "Gráfico das Cidades e das Coisas"
@Queila Fernandes, todos os direitos reservados
OBRIGADO!
@Queila Fernandes, todos os direitos reservados