Festival Internacional de Teatro do Mindelo
2018
arte alma afecto
Editorial
O
ano passado foi um momento de renascimento, em que o maior evento de artes cénicas do país e da África Ocidental, apareceu com fôlego redobrado, pela primeira vez no mês
de novembro. Este é um ano mais difícil, pois há que manter um nível
trabalho de mais de um ano de curadoria e resultado, em primeiro lugar, da incrível generosidade dos artistas e companhias que nos oferecem, de coração aberto, o fruto do seu trabalho artístico, a sua visão do mundo, as suas inquietações e as suas esperanças. Uma programação que, com uma forte presença nacional, reflecte também o momento rico por que passam as artes cénicas contemporâneas crioulas”. Este é o evento da esperança. A um ano de completar umas pouco prováveis bodas de prata, estamos cada vez mais conscientes da importância que o Mindelact tem no panorama teatral e cultural das ilhas, da sua influência enquanto força motriz do teatro em Cabo Verde e, talvez mais importante do que isso, do seu potencial ainda por explorar. Apesar deste ano atingirmos um record absoluto no número propostas recebidas e nos países representados, acreditamos que ainda há todo um vasto mundo por descobrir. Estamos por isso fortes, vivos e conscientes de que o melhor ainda está para vir! Um agradecimento especial às instituições, empresas e amigos que continuam a acreditar. Àqueles que, apesar de acreditar, não puderam
palco
vez mais exigente. O que vemos nesta programação é o fruto de um
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de programação que responda às expectativas de um público cada
fazer mais, contamos com vocês para celebrar 2019! Festival Mindelact: arte, alma & afecto.
Façam bom proveito da mais incrível festa do teatro do mundo e arredores!
GRANDE LUÍS MORAIS AUDITÓRIO – 21H30
palco 1
DIA 04.11
POSSO SALTAR DO MEIO DA ESCURIDÃO E MORDER Teatro Griot (Portugal)
DIA 02 e 03.11
FICHA ARTÍSTICA
DE MARFIM E CARNE – AS ESTÁTUAS TAMBÉM SOFREM Marlene Monteiro Freitas (Cabo Verde / Portugal) FICHA ARTÍSTICA
a imobilidade; bailes, uma possível metáfora para o movimento;
Coreografia Marlene Monteiro Freitas
petrificação, uma possível metáfora para a transformação de
Interpretação Marlene Monteiro Freitas, Andreas Merk, Betty
humanos em pedra, correspondendo a um enraizamento no lugar
Tchomanga, Lander Patrick, Cookie (percussão), Tomás Moital
onde ela ocorre. de marfim e carne – as estátuas também sofrem é
(percussão), Miguel Filipe (percussão)
um baile de figuras petrificadas.
Luz e Espaço Yannick Fouassier Música ao vivo Cookie (percussão) Edição e Som Tiago Cerqueira Pesquisa João Francisco Figueira, Marlene Monteiro Freitas
MARLENE MONTEIRO FREITAS
Marlene Monteiro Freitas nasceu em Cabo Verde onde co-fundou o grupo de dança Compass. Estudou dança na P.A.R.T.S. (Bruxelas), na
Difusão Key Performance (Estocolmo, SE)
E.S.D. e na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). Trabalhou com
Coprodução O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo (PT),
Emmanuelle Huynh, Loïc Touzé, Tânia Carvalho, Boris Charmatz,
Alkantara Festival, Lisboa (PT), Maria Matos Teatro Municipal,
entre outros. Criou as peças: Bacantes – Prelúdio para uma Purga
Lisboa (PT), Bomba Suicida, Lisboa (com o apoio da DGArtes,
(2017), Jaguar com a colaboração de Andreas Merk (2015), de
PT), CCN Rillieux-la-Pape, direção Yuval Pick, Rilleux-la-pape
marfim e carne - as estátuas também sofrem (2014), Paraíso -
(FR), Musée de la danse, Rennes (FR), Centre Pompidou, Paris
colecção privada (2012-13), (M)imosa com Trajal Harrell, François
(FR), Festival Montpellier Danse 2014, Montpellier (FR), ARCADI,
Chaignaud e Cecilia Bengolea (2011), Guintche (2010), A Seriedade
Paris (FR), le CDC - centre de développement chorégraphique
do Animal (2009-10), A Improbabilidade da Certeza (2006),
de Toulouse/Midi-Pyrénées, Toulouse (FR), Théâtre National de
Larvar (2006) e Primeira Impressão (2005), obras que têm como
Bordeaux en Aquitaine, Bordéus (FR), Kunstenfestivaldesarts,
denominador comum a abertura, a impureza e a intensidade. Em
Bruxelas (BE), WP Zimmer, Antuérpia (NL), NXTSTP (EU)
2017, A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) atribuiu à Jaguar o prêmio de melhor coreografia e, no mesmo ano, foi distinguida
Apoio ACCCA - Companhia Clara Andermatt
pelo Governo de Cabo Verde por suas realizações culturais. Em
Agradecimentos Staresgrime (PT), Dr. Ephraim Nold
2018 criou a peça Canine Jaunâtre 3 para a Batsheva Dance
80 minutos / sem intervalo O ESPETÁCULO
Pedra, cera, madeira, metal, marfim e outros materiais, servem ao homem para criar corpos, figuras, bonecos mecânicos... talhados fisicamente e emocionalmente, formas do mundo
Adaptação e encenação Rogério de Carvalho Actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Zia Soares Movimento Cláudia Bonina Luz Jorge Ribeiro Música Chullage Espaço cénico e figurinos Teatro GRIOT Fotografia Sofia Berberan Produção Teatro GRIOT Apoios Câmara Municipal de Lisboa/ Polo Cultural Gaivotas Boavista, Associação artística e cultural Mindelact, Câmara Municipal da Moita, Junta de
Produção P.OR.K (Lisboa, PT)
M.12 anos
Texto original Toni Morrison
Company. Ainda em 2018, a Bienal de Veneza atribuiu a MMF o Leão de Prata na categoria Dança. Tem uma colaboração contínua com o O Espaço do Tempo (PT) e de 2016-18 é contemplada com o programa Artiste Associé de La Manufacture CDCN (FR). É cofundadora da P.OR.K, estrutura de produção sediada em Lisboa. Apoio:
Freguesia da Misericórdia, Centro de Estudos Comparatistas/ FCT_FLUL, Khapaz-Associação de Afrodescendentes, Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu, Lisboa Africana. Duração: 1h20 M. 14
O ESPETÁCULO
“Querem saber se a minha língua é fendida como a de uma serpente ou se os meus dentes se afilam, pontiagudos, para os devorar. (...) Está a abandonar-me alguma coisa preciosa. Eu sou uma coisa à parte.” Posso saltar do meio da escuridão e morder parte do romance “A Mercy”, de Toni Morrison, a primeira mulher negra distinguida com o Prémio Nobel de Literatura. A história ambivalente e perturbadora de uma mãe e uma filha - uma mãe que abdicou da filha para salvá-la e uma filha que nunca conseguirá exorcizar esse abandono. Florens descobre-se como mulher e como negra num passo de insubmissão no contexto traumático do nascimento de um país. O que vive abaixo da superfície da sujeição? A falta de liberdade pode fazer morrer uma alma? O percurso do espectáculo, e de Florens, é afinal uma provação como via para a consciência. Entre o imaginário, o simbólico e o real, actores e Florens - na 1ª pessoa, na 3ª pessoa, por vezes em ambas - avançam em direcção à lucidez, à própria palavra para por fim gerarem uma voz e um corpo mineral, vegetal, animal. TEATRO GRIOT
O Teatro GRIOT é uma companhia de actores que desenvolve o seu trabalho a partir da relação entre corpo e território, da tensão entre a memória colectiva e memória individual, entre imaginário colectivo e imaginário individual. A companhia opera neste espaço intersticial de territórios geográficos e simbólicos, como ponto nevrálgico de um movimento artístico de contra-memória. O Teatro GRIOT é uma estrutura financiada por:
virtual, deificados ou fruto da livre fantasia, capazes de simular a vida iludindo a morte. Estátuas são uma possível metáfora para
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mindelact 2018
mindelact 2018
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palco 1
DIA 05.11
A METAMORFOSE Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo (Cabo Verde)
FICHA ARTÍSTICA
Texto original Frank Kafka Adaptação dramatúrgica Caplan Neves Encenação, direção artística e espaço cénico João Branco Interpretação Emerson Henriques, Fonseca Soares, Ducha Faria, Patrícia Estevão, Nuno Tavares e Fidélia Fonseca Movimento e maquilhagem Janaina Alves Luz Edson Fortes Música original Nuno Tavares Adereços e objeto cénico Sofia Silva produção CCP Mindelo M.12
1h10, sem intervalo
O ESPETÁCULO
O inespugnável enigma de A Metamorfose, resistiu incólume a infindáveis investidas de exegeses, análises
DIA 06.11
e interpretações literárias, filosóficas, psicanalíticas, estilísticas, sociológicas, exotéricas... mais ou menos
ROBOT ERECTUS
virtuosas, interessantes ou extravasadas dos limites aceitáveis da interpretação. Para quem se atreve ainda hoje
Anton Eliaš, Lukáš Šimon / Mime Praga (República Checa)
abordá-la, o desafio maior não é superar este infindável
rastro de criatividade interpretativa mas, tão-somente, vislumbrar a sua inocência por detrás do rumoroso fumo de títulos que o alvejaram, visando vãmente domesticar o desconfortável enigma do homem metamorfoseado num gigantesco inseto. O que este rastro de exegeses fornece são chaves entre várias outras, para alcançar a profundidade deste drama familiar tão singular, mas simultaneamente tão universal, como aliás o são todas. É este o desafio que encaramos ao propor a nossa adaptação dramatúrgica – Sem o peso das interpretações, despertar no espectador o fascínio e o choque que desde as primeiras letras dessa maravilhosa novela, se grudam na pele do leitor e o acompanham para toda a vida. Caplan Neves
GRUPO DE TEATRO DO CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DO MINDELO
O Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do ESTE ESPETÁCULO É PATROCINADO POR
Mindelo, fundado em 18 de Fevereiro de 1993, conta já no seu historial com 56 produções, encontrando-se prestes a estrear a sua 57ª produção cénica. É o mais produtivo e internacional grupo de teatro de Cabo Verde e comemora este ano 25 anos de existência.
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mindelact 2018
FICHA ARTÍSTICA
e contemplação. Para onde eles devem ir se não houver ninguém
Encenação, dramaturgia, produção e interpretação
para lhes mostrar o caminho? Veja a história deles se desdobrar
Anton Eliaš, Lukáš Šimon
neste desempenho de movimento original criado por Lukáš
Iluminação Karel Šimek
Šimon e Anton Eliaš.
Figurinos Lenka Hotmarová a Tereza Švolíková Supervisão Radim Vizváry Agradecimentos Vojtěch Svoboda, Štefan Capko, Jakub Urban
Duração: 60 minutos M.10
O ESPETÁCULO
LUKAS SIMON
Licenciado pela Universidade de Pantomima (hoje a Faculdade de Teatro Não-Verbal) da Academia de Artes Performativas de Praga (HAMU). Desde 2016 é instrutor de cursos básicos em pantomima e mímica física. Completou um estágio de pantomima de um semestre no Die Etage em Berlim. É ainda instrutor de disciplinas de circo para crianças e jovens no Cirqueon e Společný den.
Eu não fumo, não bebo, não envelheço, não preciso de atenção
Mímico na Divadlo Image em Praga, é membro da Mime Praga,
e não tenho sentimentos. Eu sou um robot. E uma bomba nuclear
Sacra circus, Teatro Novogofronta e participa regularmente como
mudou a minha vida. A minha vida é quieta. Apenas poeira e
convidado no National Theatre e no Rockopera de Praga.
entulho em toda a parte numa paisagem árida. Nenhum sinal de vida em qualquer lugar. Os dois últimos sobreviventes despertam numa fábrica de robôs. Uma longa jornada os espera - sem
ESTE ESPETÁCULO É PATROCINADO POR
emoção, destino ou assistência. Uma jornada num mundo onde nunca estiveram. Uma aventura cheia de descoberta, exploração...
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palco 1
DIA 08.11
SONHOS PARA VESTIR Sara Antunes e Vera Holtz (Brasil)
FICHA ARTÍSTICA
O MOVIMENTO DAS PALAVRAS É AGIR.
Texto e interpretação Sara Antunes
Noite cintilante favorável para sonhar. No limite do dia. Uma parede
Cenário-instalação Analu Prestes
escrita de sonhos. Uma cronologia do coração que é indestrutível.
Assistente Paula Cruz
Alguma coisa que adormece e alguma coisa que desperta. Sem saber
Luz Paulo Cesar Medeiros
se teatro, música ou artes plásticas, “Sonhos para vestir” é antes um
Figurino Kabila Aruanda
devaneio poético. Um tributo àqueles que sabem que imaginação
Música (execução e composição original) Daniel Valentini
faz criar o que se vê. Os sonhadores desta experiência, companheiros
Vídeos Fábio Nagel
inesquecíveis, desfiaram dias sagrados, reabriram as profundezas
Preparação Mary Kunha
das minhas palavras e ajudaram a buscar o destino íntimo desta
Treinamento de voz Laila Garin
criação. A esses sonhadores que fizeram de suas existências hipóteses
Assessoria de imprensa Barata Comunicação
radiantes de vida, meus agradecimentos profundos. E se perdermos
Projeto gráfico Glaura Santos
alguma palavra, pouco importa, a melodia permanecerá. Criemos dias
Produção Cristina Sato e Paulo Ferrer
absolutos! Se não agora, quando?
Agradecimentos
Direção Vera Holtz
Esse texto é dedicado à memória do sonhador Inácio de Loyola Bueno e às obras inspiradoras de Gaston Bachelard e Bartolomeu
DIA 07.11
Bicalho Antunes, Caco Coelho, Clarisse Derziê Luz, Clarice Niskier, DMG, Erlon Bispo, Giselle Peixe, Guilherme Leme, Korrente da Alegria de Aruanda,
Khalid K (Marrocos / França)
Leila Bicalho, Marcelo Bueno, Martha Kiss, Miriam Castanheira, NA, Paula Maria Gaitán, Paulo Azevedo,
Azevedo e Viviane Kiritani.
surpresas e as emoções, também. Haverá telas em movimento,
Um espetáculo de Khalid K
imagens em movimento e de movimento. Mais surpresas e mais
Música e cenografia Khalid K
emoção. O prazer da partilha é o mote.
M.18
KHALID K
Duração: 1h15 Para todos
NOTA DE PRODUÇÃO
Cantor polifónico, músico, compositor, ator e performance. Nasceu em Casablanca em 1965. Possuidor de uma cultura dupla, ele constrói muito jovem o seu próprio universo musical. Músico instintivo, especializa-se em samplers e máquinas MIDI que se tornam os seus novos instrumentos. Explora as suas próprias
1h00 O MOVIMENTO DOS BARCOS É CANTAR por Vera Holtz
É uma interação com a plateia. Magia. As palavras vão explodindo no centro da cena como bolhas. Um bordado, o primeiro vestido. O pai era um pensador. É como se as palavras do pai fizessem as coisas acontecer.
Convidado pela associação Mindelact, Khalid K viveu 30 dias de
habilidades vocais e escolhe retornar a um material acústico cru:
imersão em Cabo Verde. Durante a estadia, encontrou-se com as
djembê e voz. Este é um novo ponto de virada no seu percurso de
gentes do Mindelo e também das outras ilhas e de outros países.
grande sucesso internacional. Desde 2006 este mágico dos sons
Recolheu memórias, histórias que contam as origens, as histórias
está em todos os importantes festivais do mundo com mais de 400
antigas, as fontes da população cabo-verdiana.
apresentações na França e no exterior. O seu virtuosismo vocal, o
Quem és tu?
seu humor, a sua poesia e a sua capacidade de criar personagens
De onde és tu, teus pais e avós?
fazem dos seus espetáculos uma viagem sedutora capaz de encan-
Que liberdade hoje?
tar os mais jovens e mais velhos. Além disso, ele também trabalha
De onde vem a população de Cabo Verde?
para oficinas de teatro, cinema, treinamento e animação. Esta é a
O que você gostaria de ver/ter para o melhor?
sua terceira participação no festival mindelact.
prazer. A sede da alma é ali, onde o mundo interior e o
O ESPETÁCULO
ESTE ESPETÁCULO É PATROCINADO POR:
mão, pé e cabelo, baton, blush e pó de arroz. Tomas
Uma encenação musical de imagens ambientais, retratos e textos coletados durante a residência. Um artista sozinho no palco construindo ao vivo mundos musicais e sonoros inspirados na cidade e no povo do Mindelo. A participação do público é provável. As
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Paulo Mattos, Renato Bolelli Rebouças, Sofia Saadi, Vera
FICHA ARTÍSTICA
Grafismo e assistente cenografia Eugénia Silvestri
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Campos de Queirós. Aos amigos Adelia Nicolete, Ângela Maria
KRIOL K
Iluminação e teclados Vivien Lenon
por Sara Antunes
Uma linha escreve a palavra, a outra linha escreve a vida. A mãe que educa. O que não te faz parar - qual a cantiga que te faz ninar? Memória de cada canto faz lembrar do pai e aí, quando o pai escreve na barriga, é poesia dita, fios que tramam. Quintana desfia todos os fios da noite, como se fossem pernas de grilos falantes. Eu daqui palpito, tentando ver, criar um caminho, construir a ponte que vai dar no outro. Universalidade, fonte de mundo exterior se encontram, Novalis. Porta pra tudo, um chá? Queres um chá? Eu penso nestas coisas antes de dormir. Daí dá uma vontade de sonhar. De sonhar ninguém se cansa (aqui cabe o ponto da pergunta) Olha pra mim e me ama. Simplesmente.
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palco 1
DIA 09.11
O EVANGELHO SEGUNDO JESUS, RAINHA DO CÉU Cia. Queen Jesus Plays (Brasil)
FICHA ARTÍSTICA
O espetáculo é uma mistura de monólogo e contação de histórias
Texto Jo Clifford
num ritual que mostra Jesus no tempo presente, na pele de uma
Tradução/adaptação Natalia Mallo
mulher transgênero. Histórias bíblicas são recontadas numa pers-
Direção Natalia Mallo
pectiva contemporânea, propondo uma reflexão sobre a opressão
Assistência de direção Gabi Gonçalves
e a intolerância sofridas por pessoas trans e minorias em geral
Trilha sonora* Natalia Mallo
na sociedade. Contamos histórias como O Bom Samaritano, A
Iluminação Anna Turra, Juju Augusta
semente de mostarda e A Mulher Adúltera como se se passasem
Construção do altar Jimmy Wong
na atualidade, para contextualizá-las com a vivência cotidiana de
Treinamento corporal Fabricio Licursi e Gisele Calazans
transexuais, como a atriz Renata Carvalho, de 33 anos, que vive
Treinamento vocal Patricia Antoniazi
Jesus no espetáculo. Natalia Mallo / Diretora
Produção Núcleo Corpo Rastreado | Thais Venitt, Vivi Gelpi
Fotografias Ligia Jardim, Lilian Fernandes e Carlos Sato Assistência jurídica Lilian Fernandes
RENATA CARVALHO
Renata Carvalho é atriz, professora e ativista santista com 20 anos
Apoio Institucional British Council
de carreira no teatro. A sua interpretação oferece à montagem ele-
*Inclui trechos de “A pele mais fina” (Liniker/As Bahias e a cozinha
mentos da sua identidade política como travesti ao mesmo tempo
mineira) e “New world coming” (Nina Simone).
que apresenta uma Jesus brasileira, ambígua e multifacetada. “O
M.18
1h00
O ESPETÁCULO
E se Jesus vivesse nos tempos de hoje e fosse uma travesti?!
DIA 10.11
que Jesus faria?”, pergunta que norteia desafios morais e dilemas
ESTA NOITE CHOVEU PRATA
éticos, ganha aqui novos sentidos em um trabalho que busca promover a construção de uma sociedade mais justa e tolerante.
Ribalta Produções (Cabo Verde)
ESTE ESPETÁCULO É PATROCINADO POR:
FICHA ARTÍSTICA
um conhecido ator cabo-verdiano, Emanuel Ribeiro, que embora
Encenação, representação, figurinos, cenografia, concepçao
intermitente tem dado um significativo contributo a essa Arte.
plástica e sonora Emanuel Ribeiro
Produção executiva Angélica Silva
Assistente de encenação e Contra-Regra Cláudio Pinto Video-cenografia e Sonoplastia Edson D. Luminotecnia Edson Fortes M.12
1h30
O ESPETÁCULO
Trata-se de uma tragi-comédia, uma peça “muito humana” e “inteligente” na forma como é construída, e que desafia um único actor a representar três personagens, cujos destinos diversos, se cruzaram (na nossa versão) na cosmopolita Cidade do Mindelo. A encenação assenta sobretudo no jogo cénico e na versatilidade do ator que deve vestir três personagens latinos, mas com linguajares, gestuais e idiossincrasia diferentes. Esta produção do Ribalta Produções, tem, entre outras, a seguinte grande moti-
EMANUEL RIBEIRO
Aluno da escola Salesiana, onde se iniciou nas artes cénicas e musicais, e onde integrou posteriormente o Grupo Teatral os Alegres que marcou o teatro Mindelense Pós-independencia, tem também no seu curriculo a experiencia profissional no ATELIER MAR, onde aprendeu o b-a-bá das artes plásticas e do design, bem como do Teatro dito de experimentaçao. Foi encenador e actor do Grupo MAR-AV’-ILHA teatro Experimental, nos anos 90 e destacou-se pela sua interpretaçao no pequeno ecrã na primeira mini-série da televisão em Cabo Verde, Fany. Após um interregno de mais de uma década sem subir aos palcos, regressou em grande em 2014, protagonizando Próspero, em Tempêstad, de Shakespeare. É agora altura do artista em causa propor este monólogo que faz a síntese de todas as suas valências artísticas como ator, encenador, e até cineasta.
vação: ir ao encontro de uma expectativa cada vez maior de um público crescente que procura um teatro de jogo de performance, plástico e vanguardista que baste, mas centrado na versatilidade
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cénica do ator, e, apostada não apenas em impactar visualmente o espectador, mas chegar-lhe à alma e interpelar sua consciência. Ao mesmo tempo pretende coroar um percurso no teatro, de
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mindelact 2018
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DIA 11.11
ELAS – UMA VIAGEM NO FEMININO Vera Cruz Produções (Cabo Verde)
ARTÍSTICA FICHA
de rádio, onde duas radialistas animam uma noite dedicada à
Direcção Artística Vera Cruz
mulher. O musical começa em Africa - pátria-mãe: mátria, numa
Interpretação Ella Barbosa, Nilde Mulongo, Silvia Medina, Vera
alusão aos anos da escravidão, um tributo às mães, mulheres,
Cruz, Vera Figa e Zubikilla Spencer
como a “Mãe Preta” escrava, que embalava as crianças do senho-
Direcção Musical Ivan Medina
rio enquanto seu amor era açoitado na senzala, passando pela
Músicos Bateria – Rauss, Guitarra eléctrica - Ivan Medina, Cahon
glória da independência das colonias portuguesas, numa justa
- Body Faria, Guitarra acústica - Fanny , Guitarra acústica - Menca
e imperativa alusão às mulheres que abraçaram a luta em várias
Mulongo
frentes e tiveram um papel determinante, até chegar aos anos
Produção Samira Pereira
pós-independência e aos dias atuais.
Parceiros Spoken Word Cabo Verde, OII Cultura Comunicação e
Imagem, Grito Rock 2018 M.12
1h20
O ESPETÁCULO
“Elas” é um musical onde palavras faladas e cantadas por mulheres, deixam a marca das lutas no feminino a partir das quais a diretora artística Vera Cruz criou e desenhou uma viagem da mulher cabo-verdiana, e do mundo, ao longo de cinco séculos de história. Este espectáculo, que é em si uma inédita performance de música, cântico e poesia, assume o formato de um programa
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palco
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palco 1
VERA CRUZ
A dança de Tadashi Endo expressa a tensão entre ying e yang, masculino e feminino, e o movimento eterno entre ambos. A base de sua dança é o Butoh-Ma - o estar entre. Através de um mínimo de movimento ele alcança o máximo de tensões, sensações e emoções. O seu trabalho emerge como uma síntese entre teatro, performance, improvisação e dança. Tadashi é diretor artístico do MAMU International Butoh Festival.
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ALAIM - NAVE PRINCIPAL – 19H00 mindelact 2018
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palco 2
DIA 03.11
DIA 04.11
DIA 05.11
DIA 06.11
BODJE DE RABECA
EU JÁ FUI ASSIM
EISTEIN
Projeto Chiquinho (Cabo Verde)
Grupo de Teatro Soma Cambá (Cabo
Teatro Extremo (Portugal)
A POESIA É UMA ARMA CARREGADA DE FUTURO
FICHA ARTÍSTICA
Elenco Benvindo da Cruz, Bia Ramalho, Elídio Soares, Suzilene Nascimento Banda Elton-rabeca, Netxa - violão, Dy – Cavaquinho,Toy CabVerd - Chocalho Encenação Sara Estrela Apoio de Coreografia Rosy Timas M.12 Bodj d’Rabeca é a nova produção do coletivo de artistas - Projeto Chiquinho. As famosas festas celebradas pela sonoridade das bandas de rabeca inspiram a posta em cena do terceiro espetáculo do colectivo teatral de São Nicolau. O objetivo desta nova montagem continua a ser a pesquisa e o resgate das manifestações e vivências culturais, para colocá-las em cena com uma desconstrução e releitura que vá de encontro com a alma do novo criolo na sua busca por identidade. Assim, Bodje de Rabeca segue a mesma pesquisa estética e linguagem das anteriores peças do Projeto Chiquinho. O que se coloca em cena é uma pesquisa do corpo expressivo cabo-verdiano, retirada de um corpo memória e um corpo cotidiano sendo elevado à energia do corpo cénico.
Verde)
FICHA ARTÍSTICA
Encenação e Direção artística Elton Delgado e Moisés Delgado Interpretação Alexandrino Fortes e Frederico Brito Dramaturgia texto original dos atores Iluminação Elton Delgado Cenário e Cenografia Elton Delgado
FICHA ARTÍSTICA
Autor Gabriel Emanuel Versão Portuguesa José Henrique Neto Dramaturgia e Encenação Sylvio Zilber Interpretação Fernando Jorge Lopes Registo Vídeo João Varela Fotografia Sandra Ramos Produção Teatro Extremo
M.12
M.12
Espetáculo baseada numa historia real, uma adaptação, de uma
Em 1949, na noite do seu septuagésimo aniversário, Albert
fase da vida dos atores, com uma dinâmica contemporânea. Os atores vão interpretar cenas de delírios vividos, e cada momento do espetáculo é uma lembrança dramática e, simultaneamente, cómica. GRUPO DE TEATRO SOMA CAMBA
A Companhia De Teatro Somá Cambá resultou do Projeto “Teatro nas escolas”, promovido pelo grupo Teatral Craq’ Otchod, Espaço Jovem, Centro patrogonismo Juvenil de Ribeira de Craquinha, em 2010.O grupo surge no sentido de contribuir para a promoção e o desenvolvimento do teatro cabo-verdiano. Desde da sua criação, os elementos do mesmo, têm vindo a dinamizar inúmeras atividades no domínio de teatro, desde montagem de espetáculos, adaptações de grandes autores e realização de
Einstein prepara-se para ir a um jantar. Conversa com o público a quem revela a história da sua vida e explica as suas teorias sobre o universo, com humor e simplicidade. Ao longo da peça fala-nos da “Teoria da Relatividade” e da sua origem judaica, da sua infância e juventude, do seu relacionamento familiar e do domínio nazi na Alemanha de 1930. TEATRO EXTREMO
Sediado em Almada desde 1994, o Teatro Extremo apresentou-se a mais de meio milhão de espetadores em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Inglaterra, Brasil, Cabo Verde e Índia. Desde o início da sua atividade criou espetáculos investindo na dramaturgia contemporânea e na itinerância.
Pedro Lamares (Portugal)
FICHA ARTÍSTICA
Criação e interpretação Pedro Lamares Desenho de Luz e Direcção Técnica Joaquim Madaíl Produção Maria Miguel Coelho Um projecto CASCA DE NOZ Parceria Herdade da Malhadinha Novaverdadeiras ou assombrações de nossas mentes, de realidades históricas que não queremos reencontrar. M.12 Gabriel Celaya dá o mote a um recital que vem de Gil Vicente e Camões aos autores contemporâneos, com os olhos bem fincados no nosso tempo, em busca de futuro. Fala-se de amor e morte (os grandes temas universais da poesia), mas também do medo, de discriminações várias (raciais, sexuais ou religiosas) e de esperança. Com algum humor e uma lógica de conversa, abre-se um espaço de diálogo com o público. PEDRO LAMARES
Formado na Academia Contemprânea de Espetáculos, é hoje um dos mais destacados atores portugueses da sua geração, com presenças regulares na televisão, cinema, palcos e eventos dedicados a uma das suas grandes paixões: a poesia.
eventos e organização de Oficinas em iniciação teatral.
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palco 2
DIA 07.11
DIA 08.11
DIA 09.11
CLOUN CREOLUS DEI
ARMAZENADOS
LUMINOSO AFOGADO
Grupo de Teatro do CCP Mindelo (Cabo Verde)
Grupo de Teatro Art’Imagem (Portugal)
Teatro Griot (Portugal)
FICHA ARTÍSTICA
Direcção Artística Miguel Seabra Interpretação Edson Fortes, Gabriel Reis, João Branco e Renato Lopes Preparação Corporal Janaina Alves Coprodução GTCCPM & Teatro Meridional (1999) M.12
1h00 “Cloun Creolus Dei”, uma das mais emblemáticas produções cénicas do historial do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, coproduzido em 1999 com o Teatro Meridional (Lisboa - Portugal) numa encenação de Miguel Seabra. 20 anos depois e com um elenco renovado, esta remontagem é a melhor forma de celebrar as bodas de prata do mais produtivo grupo de teatro das ilhas.
FICHA ARTÍSTICA De David Desola
Encenação Flávio Hamilton Interpretação Pedro Carvalho e Jaime Lopez Iluminação e Sonoplastia Eduardo Abdala Cenografia e Figurinos Sandra Neves Tradução Afonso Becerra M.12 “Esta obra fala do vazio de conteúdo de muitos trabalhos, do estado de adicçao aos mesmos, da precariedade e da incerteza dos jovens que ingressam no mercado de trabalho, da submisão à empresa por parte dos trabalhadores mais veteranos (que têm muito que ver com o síndrome de Estocolmo por parte das vítimas de sequestro).” David Desola GRUPO DE TEATRO ART’IMAGEM
Nascidos em 1982, no Porto, estreiam, em média, dois espectáculos por ano. Um novo autor contemporâneo, a revisitação de um clássico e/ou a adaptação de um grande autor da literatura universal para jovens, constituem o vértice da criação artística. O recurso a diversas disciplinas teatrais e o diálogo com as novas linguagens são também caminhos para a captação e diversificação de públicos. Nos últimos anos os autores contemporâneos representados têm sido maioritariamente de língua portuguesa.
FICHA ARTÍSTICA
espectáculo viria a chamar-se “O Canto do Noitibó”. Zia Soares
Adaptação e Encenação Zia Soares
último projecto artístico.
Texto Al Berto
Actriz Zia Soares Consultoria Artística Sofia Berberan Dramaturgia de Voz Filipe Raposo Elocução Chullage Luz Eduardo Abdala Cenário/figurino Inês Morgado Sonoplastia Carlos Neves Fotografia Pauliana Valente Pimentel Design Gráfico Sílvio Rosado Fotografia Pauliana Valente Pimentel Produção Teatro GRIOT
trabalhava na sua primeira encenação e Al Berto fazia o seu
LUMINOSO AFOGADO é uma espécie de linha da sombra, onde num confronto com o espelho, com a morte e com a passagem do tempo, uma mulher/um homem não se reconhece, está entre ser o que é e outro irrecuperável e ausente. Um espectáculo onde o “silêncio é definitivo”, onde se oscila entre a vida e a morte, entre a memória e o esquecimento mais absoluto. Um mergulho onde se suspende a respiração noutro tempo, noutro lugar. O Teatro GRIOT é uma estrutura financiada por:
Apoios Câmara Municipal de Lisboa/ Polo Cultural Gaivotas Boavista, Divisão para a Coesão e Juventude Departamento para os Direitos Sociais da CML, Casa dos Direitos Sociais- Espaço da Flamenga, Câmara Municipal de Sines, Centro de Artes de Sines, UR, CEC_FLUL, El Corte Inglês, Diallo Oumy M.16 50m
A encenadora e actriz Zia Soares revisita, 20 anos depois, Al Berto, com quem trabalhava na altura da sua morte na adaptação e encenação de um texto do autor, “Lunário” – o
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palco 2
TEATROLÂNDIA
ESPETÁCULOS
CCM & ALAIM 16H00
DIA 04.11 - CCM
DIA 10.11 & 11.11 - ALAIM
“UNIVERSO SEMENTE”
FIU FIU – UM ENCONTRO ENTRE PÁSSAROS
TEATRO LAMBE LAMBE Yohanna Marie (Brasil)
FICHA ARTÍSTICA
Direção e orientação artística Yohanna Marie O Teatro Lambe-Lambe consiste numa variação do teatro de
DIA 10.11
DIA 11.11
NEGRINHA
KODE DI DONA
Sara Antunes (Brasil)
Cia. Raiz di Polon (Cabo Verde)
FICHA ARTÍSTICA
FICHA ARTÍSTICA
Direção Luiz Fernando Marques
Assistentes de criação e pesquisa de movimentos Djamilson
Direção de Arte Renato Bolelli Rebouças
Barreto, Kaká Oliveira e Jeff Hessney
Dramaturgia e atuação Sara Antunes
M.12 45m
Concepção, coreografia, direcção artística e interpretação Mano Preto
direcção musical Jess Hessney e Mano Preto iluminação Jess Hessney adereços Mano Preto Música original Kodé di Dona
Num Casarão abandonado do fim do século XIX encontramos
Apoio Raiz di Polon, Ministério da Cultura e das Indústrias
uma menina que misturando as memórias da história de sua vida
Criativas, Companhia Nacional de Bailado (Estúdios Victor
com fantasias revela as contradições de um tempo. Negrinha
Córdon), Embaixada de Cabo Verde em Lisboa, Câmara Municipal
tem afeição pelas cores, em especial pelas cores das pessoas....e
da Praia e Ministério das Finanças
é pelo entrar e sair de salas, que a história fragmentada de uma
Agradecimentos Instituto Camões – Centro Cultural Português da Praia,
memória infantil vai se compondo, nos detalhes espalhados
Raquel Monteiro, João Paulo Brito, Parallax Produções, Sansei Narciso
pelas crianças –grãos, uma boneca, as fitas de amarrar o cabelo.
Mascarenhas, Associação Mindelact, Sara Tavares, Mayra Andrade,
Recria-as presentificando o imaginário de um tempo, uma casa e
Artemisa Lopes, Sueline Furtado, todos os elementos do Raiz di Polon
uma história. Pelas luzes minúsculas de velas cansadas, longín-
Agradecimento Especial Rui Lopes Graça
quas, surgem imagens que não sabemos ser verdadeiras ou assombrações de nossas mentes, de realidades históricas que não queremos reencontrar.
sessão. Um novo fazer teatral, que reúne em miniatura a magia de um espetáculo onde bonecos e objetos ganham vida à medida que o manipulador transforma o objeto que conduz pelas mãos em emoção. Do lugar onde se vê, revela-se a magia do olhar sobre o mundo e as coisas capazes de transformar os sentimentos humanos. YOHANNA MARIE
Marie é brasileira, graduanda em artes cênicas pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, com habilitação em direção teatral. Iniciou seus trabalhos em teatro no ano de 2002, participado de diversos grupos. Estreou sua primeira direção com o espetáculo de Teatro lambe-lambe “Terezinha de Jesus” no ano de 2009.Participou de grupos de pesquisa em dramaturgia corporal e diversos cursos, ministrando oficinas e aperfeiçoando-se nesta bela forma de expressão teatral, que é o Teatro Lambe Lambe.
Criação, Dramaturgia e Direção Jefferson Jarcem Trilha sonora original Grupo Monofoliar Técnico e operação de som Vini Hoffmann Figurino, operação de luz e produção Fernanda Gandes Máscaras e objetos cênicos Grupo Tibanaré Elenco Julyana Pinheiro e Jefferson Jarcem O ESPETÁCULO
Fiu Fiu mostra-nos que a vida é mais saborosa quando vivida a dois. Uma história que reanima o charme da conquista e que reacende os corações que já estavam desacreditados. Acompanhar os dois passarinhos neste jogo da conquista é um remédio para um coração quebrado. GRUPO TIBANARÉ
O Grupo Tibanaré foi fundado como um coletivo de teatro em 2006, cujo elemento principal é o trabalho do ator e a sua relação com o espectador. Nesses onze anos de história, vem construindo uma estrada fértil pelo Brasil, mas sem perder seus encontros pelo interior de Mato Grosso, principalmente nos bairros de Cuiabá, atingindo mais de 38.000 pessoas com seus espetáculos, intervenções e capacitações.
40m
Na sua segunda obra solo, depois da ofegante, tensa e frenética
Fundadora do Grupo XIX de Teatro e da Cia Tablado de Arruar
“Dom Quixote da Ilha”, de 2007, Mano Preto presta homenagem a
e co-autora da trilogia do XIX: Hysteria, Hygiene e Arrufos, bem
um dos vultos maiores das artes cabo-verdianas dos séculos XX e
como autora da peça Negrinha, tem no seu trabalho a marca da
XXI, Kodé di Dona.
bordas dos livros ditos oficiais.
espaços mínimos, que comporta apenas um espectador por
FICHA ARTÍSTICA
M.14
SARA ANTUNES
memória e o apreço à história do Brasil, esquecida nas curvas e
formas animadas, com espetáculos de curta duração para
Grupo Tibanaré (Brasil)
RAIZ DI POLON
A Companhia Raiz di Polon foi fundada em Cabo Verde na década de noventa por Mano Preto, diretor do grupo até aos dias atuais. Entre as várias montagens, o grupo destaca-se pela preciosidade dos textos em plena composição com a rica expressão corporal e o elemento musical, sempre presente nas suas produções.
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CICLO INTERNACIONAL DE CONTADORES DE ESTÓREAS
TEATRO NA PRAÇA
PÁTIO CCM / 16H00
17H00
CURADORIA Cooperativa Memoria Imaterial 1
CURADORIA Rafa Picapau 2
3
03.11 Praça Norte Baía 04.11 Praça S. Pedro
07.11 Praça Monte Sossego 08.11 Praça da Craquinha
Anaelle Molinario (França) & Dan Marques (Brasil)
Enano (Espanha)
LAVO TA NOVO
KAOS
Interpretação e Criação Enano
Interpretação e Criação Anaelle Molinario e Dan Marques
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5
Aceitando que nossa vida é um Caos, freneticamente vivida, com
DIA 05.11
Enano
DIA 08.11
1
Soledad Felloza
(Espanha)
Pai,formador, assistente social,doutor palhaço e desdramatizador profissional.Artista multifacetado com uma variedade de personagens e shows destinada a todos os públicos, sem limites de idade: Todo terreno natural, fresco, inovador, espontáneo e de alta intensidade improvisadora.
DIA 06.11
É um pintor que se dedica à partilha e comunicação com o Outro, daí que a sua intervenção se estenda à mediação cultural (museus, bibliotecas públicas e escolares, bairros problemáticos e estabelecimentos prisionais, ruas e praças). Horta é ainda autor/ ilustrador de literatura infanto-juvenil.
Daniel Martinho
3
(Angola)
Nasceu em Luanda, Angola, em 1962. Tem o Curso do Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral (IFICT) e a Licenciatura da Escola Superior de Teatro e Cinema. Em teatro trabalhou com encenadores como Adolfo Gutkin, Rogério de Carvalho, Luís Miguel Cintra, Carlos Avilez, José Peixoto, Celso Cleto, Miguel Seabra, António Simão ou Natália Luiza. Trabalha regularmente com o Teatro Meridional e o Teatro dos Aloés. É actor do Teatro GRIOT.
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Actriz, contadora de historias, fotógrafa, escritora e dramaturga. Directora do Festival Internacional de Narração Oral Atlântica,
pressa para tudo e para nada, sem tempo para parar e reflectir, com
pássaros cantando... enfim, é primavera que chega e é hora de
exigências que exigimos a nós mesmos, o Palhaço Enano é uma con-
prerarar a melhor toalha de mesa para um piquenique! Um jovem
sequência falhada das exigências da sociedade, tornando-se um Ser
casal chega e nos transporta para um coquetel de magia circense!
livre, irreverente, espontâneo, esquizofrénico sem necessidade de
Venham comprovar a incrível alquimia entre uma contorcionista
mostrar nada a ninguém, apenas convida cada um a parar e juntar-se
francesa e um mágico brasileiro!
para vivenciar um espectáculo cheio de emoções dispares onde com certeza o seu Kaos pessoal estará disponivel para quem o desejar e
con sede na Galiza.
DIA 09.11
05.11 Praça Ribeira Bote 06.11 Praça Chã de Alecrim 5
(Cabo Verde)
(Portugal)
DIA 07.11
(Uruguai)
Gaby Graça
Miguel Horta 2
4
O sol está a brilhar, as árvores estão brotando, assim como os
Atriz cabo-verdiana, com larga experiência no meio. Tem se destacado também no domínio da narração oral, no âmbito da
PUNCH!
Fernando Villa (Argentina) Interpretação e Criação Fernando Villa
sua carreira de docente.
até poderá juntar-se num Kaos Colectivo da Santa Locura!
09.11 Praça Salamansa 10.11 Praça D. Luís
QUASE IMPOSSÍVEL
Anonymous Brothers (Alemanha / Brasil) Interpretação e Criação Picapau e Mantega
DIA 04.11 (23h00)
SESSÃO ESPECIAL DE CONTAÇÃO DE ESTÓREAS PARA ADULTOS Pátio do CCM Entrada Livre
Um espectáculo cómico original, atrevido e pleno de picardia.o renascer de um clássico do mundo dos palhaços capaz de arrancar gargalhadas, com muita improvisação e interação com o público. Este é um espetáculo pouco habitual e para sabermos porquê... só assistindo!
Uma história é desenvolvida entre dois personagens, onde um tenta superar o outro, criando uma experiência de tirar o fôlego com a intensidade de seus movimentos e a lógica absurda dos seus diálogos. Malabarismos com até dez objetos no ar, estranhas bicicletas, manobras de arrepiar os cabelos, jogos engraçados com voluntários do público e um grand finale com fogo são alguns dos itens que executam aparentemente sem esforço!
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FESTIVAL OFF
LABORATÓRIUM
PÁTIO CCM / 23H00
MONTRA DE PERFORMANCES
CURADORIA Robson Catalunha
Espaço de experimentação teatral com peças curtas, um espaço aberto à criatividade e ousadia artística e dedicado a espectáculos de pequeno formato e de curta duração. São apresentados em espaços alternativos e em horário tardio. Em 2017 regressou ao seu formato habitual, direcionado apenas a grupos nacionais, com tema e/ou cenário previamente definido pela organização. TEMA ÚNICO MORNA, NOSSO PATRIMÓNIO
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Na sequência da submissão à UNESCO da candidatura da MORNA a Património Imaterial da Humanidade, o Festival Off deste ano pretende prestar homenagem a este elemento identitário nacional cabo-verdiano.
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02.11 CCM 20h30 10.11 Gare Marítma 17h00
VARINA 1
Helena Reis (Portugal)
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06.11 CCM 21h00
MIMUS
Coordenação Radim Vizvary (Rep. Checa)
Apresentação dos resultados da Oficina de Mímica
A Varina é um ícone feminino da venda de rua. Esta estátua ganhará vida no Festival Mindelact, numa homenagem às gentes do mar.
DIA 05.11
DIA 08.11
Serenata Escola de Artes Estaleiro (S. Nicolau)
DIA 06.11
Morna Corpo
H Milla (Santo Antão)
Helena Reis é performer de estátua viva desde 1999. Recebeu prémios nacionais e internacionais ao longo de quase 20 anos, entre os quais, o título World Champion, em 2012, no Festival Internacional de Estátuas Vivas World Statues Festival, em Arnhem, Holanda.
03.11 & 10.11 Centro da Cidade 11h00
HUMANOS DIA 09.11
Serenata d’um badiu
Jornada
OTACA (Santiago)
Grupo Teatro Salinas (Maio)
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Coordenação: José Pinto (Portugal / Cabo Verde)
Performances em vitrines do centro da cidade, no âmbito do projeto “pára . escuta . vê . age – O Teatro para a defesa dos Direitos Humanos”. Comemorando o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
03.11 Rua de Lisboa 11h00
InTRÂNSITO 3 Enano (Espanha)
DIA 07.11
Performance improvisada onde tudo pode acontecer à volta do trânsito mindelense.
Sodad d’um ilha
05.11 a 09.11 CCM 11h00 – 13H00
Milanka Vera-Cruz (S. Vicente)
Sofia Berberan (Portugal)
FOTO LABORATÓRIUM Um espaço transformado num laboratório experimental de fotografia, criação de ambientes e cenografia onde os artistas do próprio festival serão os protagonistas.
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07.11 CCM 20h30 & 10.11 Centro da Cidade 11h00
(In)VISIBILIDADE 4 Performer-Criador: Rafael Barros (Brasil)
Proposta performativa que engendra reflexão sobre as transidentidades em vias públicas numa combinação de vários elementos durante o seu ato.
08.11 CCM 20h30
BON VOYAGE 5
CrazinisT artisT (Gana)
09.11 CCM 20h30
FROZEN RITUALS OF BECOMING CrazinisT artisT (Gana)
Va-Bene Elikem Fiatsi também conhecido como crazinisT artisT é um artista multidisciplinar de Gana que desde 2012 começou uma jornada interminável de investigação e questionamento do construtivismo social da existência humana e sua relação com a “culturalidade” dos estereótipos de gênero e falsidade sexual.
10.11 CCM 20h30
O HÍBRIDO 6
Robson Catalunha (Brasil) com supervisão artística de Bob Wilson (EUA) mindelact 2018
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OFICINAS MINDELACT
MOSTRA DE LIVROS
Diariamente / LOCAIS VÁRIOS / 10H00 – 13H00
TEATRO E CONTOS
O festival Mindelact sempre foi um lugar de trocas, nas suas múltiplas variantes. Daí que uma forte aposta na vertente formativa seja uma realidade também este ano e em algumas áreas cuja necessidade e procura são proporcionais à qualidade dos artistas & companhias que se ofereceram para as ministrar. Sempre gratuitas, eis um conjunto de oportunidades a não perder.
DIA 4.11
Oficina de Palavras (Pedro Lamares - Portugal)
Oficina de leitura que tem como objectivo proporcionar uma experiência aprofundada na “arte de dizer”.
DIAS 3 e 4.11
Técnica Mímica
(Radim Vizvary – República Checa)
Oficina de mímica com um dos maiores especialistas da atualidade.
DIAS 5 e 6.11
Corpo
(Marlene Monteiro Freitas - CABO VERDE)
Uma oportunidade única de trocar experiências com uma das mais conceituadas coreógrafas da atualidade.
DIAS 5 e 6.11
Técnica Vocal (Khalid K - Marrocos)
Propôe-se compartilhar e transmitir os elementos constitutivos do método do artista: som, ritmo, timbre, escuta, presença, harmonia... e especialmente o corpo e as emoções livres.
DIAS 5 a 9.11
Fotografia Fine Art
A Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada é organizada por Inês Ramos e realiza-se na Praia, desde Novembro de 2011. Para além da Poesia e da Banda Desenhada (que são a grande maioria), há também Revistas Literárias, Poesia Visual e
(Sofia Berberan - Portugal)
Livros de Artista, Fanzines, entre outros (livros
DIAS 7 e 8 .11
alfarrabista, livros esgotados, edições de
Como captar, através da fotografia, a alma e a essência de um outro artista? O que está por detrás do visível?
Técnica e Organicidade do Ator (Jefferson Jarcem - Brasil)
Oficina para a técnica e organicidade do ator-dançarino
DIAS 5, 6 e 7.11
Crítica Teatral (Ruy Filho - Brasil)
A crítica no teatro é meio de estabelecer uma conversa com o outro, e trazer as pessoas, espectadores e leitores, a participarem da conversa junto com o artista, para por ela compreenderem e inventarem realidades possíveis. Assim, a função de uma crítica é simplesmente aproximar todos os lados do teatro e olhar o futuro.
em primeira e segunda mão, peças raras de autor, livros de editoras independentes, etc.). A Feira tem ainda uma banca exclusivamente dedicada a autores africanos lusófonos, e não lusófonos traduzidos para português. Este ano, vai participar no Mindelact, com uma banca de livros de teatro e contos.
NOTA: OFICINAS GRATUITAS COM INSCRIÇÕES LIMITADAS 24
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Ficha Técnica Festival Mindelact Coordenação Geral: João Branco Coordenação Financeira: Zenaida Alfama
Advertências 1. Não é permitida a entrada após o início dos espetáculos; 2. À entrada dos espetáculos, qualquer telefone celular ou equipamento eletrónico sonoro deverá ser imediatamente desligado;
3. A impossibilidade de ver um espetáculo devido a atrasos pessoais não dá direito a devolução da quantia referente ao bilhete;
4. Não é permitido fotografar ou filmar sem prévia autorização da organização; 5. Aceitam-se reservas prévias para qualquer dos espetáculos pagos da programação e,
neste caso, os bilhetes devem ser levantados na véspera do dia marcado para o mesmo; 6. A organização compromete-se a iniciar os espetáculos respeitando os horários estabelecidos na programação;
7. Para reservas de bilhetes, levantamento dos mesmos ou outras informações favor contactar o secretariado do Mindelact 2018 pelo telefone 2324111, no Centro Cultural do Mindelo ou pelo email mindelact@gmail.com
Coordenação Mecenato: Patrícia Estevão Coordenação Comunicação: Olavo da Luz Coordenação Cenografia: Daniel Monteiro Coordenação Técnica: FAÍSCA, RITA LOUZEIRO E EDSON FORTES Coordenação Recepção: Soraia Gonçalves Coordenação Protocolo: Fidélia Fonseca Coordenação Gráfica e Design: Patricia Cividanes Coordenação Palco 1: Jeff Hessney Coordenação Palco 2: Janaina Alves Coordenação Festival Off: José Pedro Bettencourt
Associação Artística e Cultural Mindelact Rua de Lisboa – Mercado Municipal Centro do Mindelo S. Vicente Cabo Verde
www.mindelact.org
https://www.facebook.com/mindelact/
https://www.instagram.com/mindelact/
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Coordenação Teatro na Praça: RENATO LOPES E RAFA PIKAPAU Coordenação Performances: Robson Catalunha e José Pinto Coordenação Oficinas: ROSALINA LOUSADA Coordenação Extesão Praia: Suzilene Andrade
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media partners patrocínio
Festival Internacional de Teatro do Mindelo
2 > 11 de novembro parceria
produção
alto patrocínio
2018