Alex Moreno Ruiz_Requalificação do Clube da Comunidade Parque São Rafael

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC ALEX MORENO RUIZ

REQUALIFICAÇÃO DO CLUBE DA COMUNIDADE PARQUE SÃO RAFAEL

SÃO PAULO 2018 3


Por Bรกrbara Bravo

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ALEX MORENO RUIZ

REQUALIFICAÇÃO DO CLUBE DA COMUNIDADE – PARQUE SÃO RAFAEL Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina TCC, do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário SENAC, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. Ms. Marcelo Ursini

SÃO PAULO 2018 5


Uma pessoa vai a um parque por motivos diferentes e em horários diferentes: às vezes para descansar, às vezes para jogar ou assistir a um jogo, às vezes para ler ou trabalhar, às vezes para se mostrar, às vezes para se apaixonar, às vezes para atender a um compromisso, às vezes para apreciar a agitação da cidade num lugar sossegado, às vezes na esperança de encontrar conhecidos, às vezes para ter um pouquinho de contato com a natureza, às vezes para manter uma criança ocupada, às vezes só para ver o que ele tem de bom e quase sempre para se entreter com a presença de outras pessoas. (Jane Jacobs – 2000)

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Dedicatória Dedico este livro a minha noiva Talita, aos meus pais Anete e Hélio, aos meus irmãos Isadora e Matheus, a minha avó Rosa, aos meus familiares e a todos os que fizeram parte dessa jornada, seja direta ou indiretamente. 7


Agradecimentos Agradeço primeiramente à Deus, meu criador e mantenedor, pela sabedoria concedida e pelas bênçãos incontáveis derramadas sobre mim durante toda a minha vida. Ao meu orientador Prof. Ms. Marcelo Ursini pela paciência, pelas experiências e conhecimentos compartilhados, pelos atendimentos e inúmeras conversas que me deram o norte e foram de suma importância para a realização deste Trabalho de Conclusão de Curso. A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac Prof.ª Dr.ª Valéria Fialho por todo apoio e disposição concedidos durante toda a graduação. Ao Prof. Dr. Fábio Robba pelo apoio e conhecimento compartilhados. A todo o corpo docente de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac pelo empenho em transmitir o conhecimento necessário para a graduação. A minha noiva Talita por ter me apoiado em todos os momentos, mesmo quando eu pensava que não seria capaz de continuar, sendo minha ajudadora e companheira em todas as horas, no desenvolvimentos de inúmeros trabalhos madrugadas afora, durante a graduação e todo o desenvolvimento desse TCC. Aos meus pais por serem a ponte para a realização do sonho da graduação, dando todo o apoio financeiro e emocional, se hoje estou concluindo essa graduação é pelo esforço abnegado de vocês. A minha avó Rosa pelo cuidado e preocupação em todos os momentos da minha vida. A minha família que sempre esteve na torcida para que eu conquistasse o melhor. Aos amigos que me motivaram em momentos de desanimo e de desespero, vocês foram cruciais para a conclusão desse curso. A todos que ajudaram de alguma forma para a realização do sonho da graduação e desenvolvimento desse TCC.

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RESUMO Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo propor um projeto de requalificação para a área do Clube da Comunidade Parque São Rafael, localizado na zona leste da cidade de São Paulo. Atualmente o espaço conta com uma estrutura precária, que oferece pouca segurança aos usuários, além de possuir uma nascente e um córrego em seu perímetro. A proposta de uma praça aberta, com áreas para esportes como quadras, pista para caminhada, academia ao ar livre; e espaço para atividades culturais, acompanhado de um projeto de iluminação e paisagismo, vai oferecer um espaço agradável e seguro para quem busca uma área para prática de esportes ou um local inserido no tecido urbano para apreciar a natureza. Palavras-chave: Requalificação Urbana. Áreas Verdes. Córregos. Arquitetura de Áreas Livres.

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ABSTRACT This Final Conclusion Work has as objective propose a requalification project for the Community Club of Parque SĂŁo Rafael, located at East Zone of SĂŁo Paulo City. Currently, the area counts with precarious infrastructure, that offers lack as security to its visitors, besides having a spring and a stream in its perimeter. The proposal of an open park, with areas for sports, such as sport courts, walking trails, outdoor gyms; and space for cultural activities, along with illumination and landscaping project, will offer a nice and safe area for those whom seek a place to practice sports or a place inserted on the urban textile to appreciate the nature. Key Words: Urban Re Qualification. Green Areas. Stream. Free Areas Architecture.

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Por Bรกrbara Bravo

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SUMÁRIO 01 INTRODUÇÃO

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FORMAÇÃO TERRITORIAL DO PARQUE SÃO RAFAEL

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SITUAÇÃO ATUAL DO TERRENO

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DESENVOLVIMENTO DO CLUBE DA COMUNIDADE

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VULNERABILIDADES

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POTENCIALIDADES

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ESTUDOS DE CASO

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- Córrego das corujas - Jardim colombo - Parque madureira - Praça Vinícios de moraes

CONCEITOS

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O PROJETO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

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ser humano sempre teve a necessidade de interação e relacionamento, desde os tempos mais remotos. Essa interação foi se modificando com o passar dos anos, e hoje é muito comum ver pessoas preferindo ficar em casa para usufruir da tecnologia que o celular, o computador e a televisão oferecem, do que se relacionar com pessoas de maneira que não seja virtual. Esse contato real com outras pessoas pode ser proporcionado em diversos ambientes, shoppings, teatros, cinemas, restaurantes e outros inúmeros locais. Mas tendo em vista a necessidade que temos de nos exercitar e de ter um contato com a natureza, despertou em mim o interesse de propor uma intervenção em uma determinada área verde. A origem deste trabalho se deu através da minha insatisfação com a estrutura do Clube da Comunidade do Parque São Rafael, produto de 5 de anos cursando Arquitetura e Urbanismo, discutindo a importância das áreas verdes nas grandes cidades e o desafio de conservar essas áreas, principalmente quando nelas há córregos e nascentes de água. Por ser morador do bairro onde o Clube da Comunidade está inserido, sei que o mesmo é o único espaço na região para uma possível caminhada ao ar livre, contato com a natureza e prática de exercícios, foi assim que percebi o enorme potencial para a proposta de um novo projeto para a área. Outra razão para propor melhorias para o CDC é por se tratar de uma área que é utilizada para atividades ao ar livre, mas que não oferece a segurança necessária para os usuários, o que acaba limitando o horário em que podem ser realizadas atividades com tranquilidade. No terreno também existem edificações como quadra coberta, escola infantil e associação católica que estão construídas dentro dos limites não permitidos por lei pois estão localizadas muito próximo á nascente e ao córrego, o que me motiva a propor uma remoção para essas edificações e projetar uma área de espaços livres. O projeto irá propor a requalificação do CDC, trazendo mais qualidade e modernidade para as novas edificações e espaços que irão compor o projeto do Clube da Comunidade – Parque São Rafael. Juntamente com a proposta, um novo projeto de iluminação trará mais conforto e segurança para as atividades noturnas no espaço, o que tornará o local mais atrativo até mesmo para a vizinhança no entorno imediato, auxiliando também na valorização dos imóveis. Na composição da praça também teremos uma área direcionada para atividades culturais como shows, apresentações e exposições, o que vai beneficiar a comunidade que hoje carece de espaços com esse fim. O impacto positivo vai alcançar os bairros circunvizinhos, que são totalmente desprovidos de áreas verdes como a proposta.

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FORMAÇÃO TERRITORIAL

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Parque São Rafael fica localizado no extremo sudeste da cidade de São Paulo, sendo o bairro principal e mais antigo do distrito de São Rafael. Faz divisa com alguns bairros menores do distrito como Jardim Buriti, Jardim Rodolfo Pirani, Vila Esther (ou Jardim Esther), Jardim Vera Cruz, Jardim Santa Adélia, Jardim Valquíria e também com o município de Mauá.

Fonte: Google Maps

O bairro dista 25 quilômetros da praça da Sé, marco-zero da cidade e apenas oito quilômetros do centro da cidade de Santo André. A ocupação do bairro se deu na década de 1960, quando amplas áreas foram loteadas em terrenos menores e vendidos sobretudo para famílias de trabalhadores que migravam de outras regiões do estado de São Paulo e de outros estados do Brasil para trabalhar nas indústrias da Região do Grande ABC Paulista num período de grande desenvolvimento econômico, resultando em um Bairro de classe-média e média-baixa.

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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/ São_Rafael_(distrito_de_São_Paulo)#/ media/File:São_Rafael.png

A primeira favela instala pela prefeitura no inicio dos anos 70 entre o Parque São Rafael e o Jardim Vera Cruz, onde foram assentados moradores da favela Vergueiro, desocupada pela administração municipal e que mais tarde se tornaria um bairro de alto padrão na zona sul de São Paulo denominado Chácara Klabin. Em 2014, de acordo com dados da Fundação Seade¹, o distrito de São Rafael (do qual o bairro Parque São Rafael é o mais populoso) possuía cerca de 150 mil habitantes. Praticamente todos os comércios e serviços se concentram na Avenida Baronesa de Muritiba, o que constituí o comércio mais forte da região. Comércios e serviços como: padarias, supermercados, drogarias, casa lotérica, lojas, escolas públicas e particulares, agencia do banco Itaú e caixas eletrônicos 24 horas, faltando dentre outras coisas uma agencia dos Correios. Embora a denominação das ruas tenha sido regularizada há décadas, ainda hoje os moradores costumam se referir aos logradouros pelos números atribuídos no início do loteamento, como "antiga 46", "antiga 48", "antiga 56" etc. Por ser um bairro antigo e consolidado possui uma ocupação característica de classe média e média-baixa, com muitas casas e sobrados amplos, com quintais e em terrenos de mais de 100m². Muitas das ruas possuem alguma arborização, embora o bairro sofra com carência de áreas verdes. Com uma topografia plana em sua maior parte, o bairro possui muitas famílias que vivem em áreas de risco situadas na beira de córregos.

1-Disponível em: https://www.seade.gov.br/wp-content/uploads/2014/07/spdemog_jan2014.pdf

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SITUAÇÃO ATUAL DO TERRENO

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terreno do CDC Parque São Rafael é tangenciado pelas ruas Rodrigo de Lucena, Antônio Ramos dos Reis, Senador Filinto Muller e Frei Mateus de Assunção. O entorno imediato é composto principalmente por residências de 1 ou 2 pavimentos e alguns comércios como mercado, loja de roupa e mecânica de veículos. Com uma área de 25.000 m² o terreno é uma a única área verde com dimensão significativa do bairro, o que o torna de suma importância para a população aumentando o seu potencial de uso. O terreno abriga uma nascente d’água que escoa em um córrego por quase todo o seu perímetro.

Foto Aérea - Fonte: Google Earth

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O

terreno está inserido em uma área de Zona Mista (ZM: porções do território localizadas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana) em que a lei de zoneamento prevê as seguintes condições: Zonas Mistas são porções do território em que se pretende promover usos residenciais e não residenciais, com predominância do uso residencial, com densidades construtiva e demográfica baixas e médias. A principal característica da zona mista é viabilizar a diversificação de usos, sendo uma zona em que se pretende mais a preservação da morfologia urbana existente e acomodação de novos usos, do que a intensa transformação. ²

Mapa de Zoneamento Fonte: Geosampa

2-Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/zona-mista-zm/

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A

nascente d’água situada no terreno do CDC, percorre o perímetro do terreno, que desagua no Córrego do Oratório, que por sua vez desagua no Rio Tamanduateí.

Mapa Hidrográfico – Fonte: Mapa desenvolvido pelo autor.

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Mapa Hidrogråfico – Fonte: Mapa desenvolvido pelo autor.

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A

o realizar o levantamento de uso e ocupação do entorno do CDC, vemos que o uso prevalente é o residencial, seguido pelo misto e pelo comercial. Levando em conta a predominância residencial percebe-se a grande necessidade de aproveitar a área degradada do CDC para proposição de um equipamento com fins para o uso das comunidades local e próximas da região.

Mapa de uso e ocupação – Fonte: Mapa desenvolvido pelo autor.

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Vista da Rua Frei Mateus de Assunção Fonte: Foto tirada pelo autor

Vista da Rua Antonio Pareira Machado Fonte: Foto tirada pelo autor

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Ăšnica Passagem existente da rua Rodrigo de Lucena para a Rua Antonio Ramos dos Reis - Fonte: Foto tirada pelo autor

Atual Entrada do CDC Fonte: Foto tirada pelo autor

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Espaรงo Ocioso existente ao lado da quadra Fonte: Foto tirada pelo autor

Vista da Rua Rodrigo de Lucena Fonte: Foto tirada pelo autor

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Associação Católica Fonte: Foto tirada pelo autor

Vista da Rua Rodrigo de Lucena Fonte: Foto tirada pelo autor

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Atual Pista de caminhada Fonte: Foto tirada pelo autor

Vista da Rua Antonio Ramos dos Reis Fonte: Foto tirada pelo autor

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DesnĂ­vel do cĂłrrego com risco de desmoronamento Fonte: Foto tirada pelo autor

Atual Academia ao ar Livre Fonte: foto tirada pelo autor

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ORIGEM DO CLUBE DA COMUNIDADE

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cidade de São Paulo possuí 268 Clubes da Comunidade (CDCs) com um sistema diferente de gestão. São unidades esportivas em terrenos municipais, mas a administração é indireta. A gestão do espaço é feita por entidades da comunidade local com reconhecida vocação no trabalho esportivo, legalmente constituídos em forma de associação comunitária ou e eleitos pela própria população do bairro. A Secretaria de Esportes coordena o processo de eleição das entidades que farão esta gestão, fiscaliza o uso, implementa políticas públicas e insere atividades no calendário destes espaços. De forma geral, do ponto de vista da estrutura física, estes espaços também são menores em área total do que as 46 unidades de administração direta (Centros Esportivos). No caso do CDC Parque São Rafael, o terreno municipal era uma área livre até a década de 1980. Foi em 1981 que iniciou a construção da creche, na extremidade oposta ao CDC. Logo após em 1982 que a prefeitura começou a construir o antigo CDM atual CDC, com intuito de incentivar as atividades esportivas na comunidade, foi então que os moradores do entorno começaram a plantar as primeiras árvores dando inicio a atual e significativa massa arbórea existente no local. A pedido da Igreja Católica local, a prefeitura doou uma porção do terreno para construção da associação católica filantrópica em 1988. Houveram algumas tentativas de invasão da aérea nas encostas do córrego, a principal delas em 1994, impedida principalmente pelos moradores das ruas próximas ao CDC, que se uniram e tomaram a decisão de construir uma cerca e plantar hortas, dificultando assim as invasões. Em 2010 a prefeitura removeu as cercas e construiu uma pista de caminhada precária e sem cuidados estéticos. Atualmente o CDC é administrado pela associação de moradores do bairro e é utilizado mesmo em condições desfavoráveis para prática de esportes na quadra e caminhada no seu perímetro.

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VULNERABILIDADES

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A

área de intervenção é consideravelmente grande, quando levamos em conta o seu tamanho e a precariedade dos equipamentos, problemas são inevitáveis. A falta de iluminação adequada faz com que a área seja vulnerável a assaltos e depredação. O córrego tem a necessidade de contenção pois em seu percurso algumas áreas estão desmoronando oferecendo riscos de deslizamentos e também é afetado pelo acumulo de lixo. Os aparelhos de ginástica estão em mau estado de conservação e sem a manutenção necessária, oferecendo riscos aos usuários. Muitas pessoas jogam lixo e entulho próximo a área da creche o que causa mau cheiro e deixa o ambiente menos atrativo. O quadro é de extrema urgência sendo necessário haver “a consciência por parte da população da dependência e da finitude dos recursos naturais, como a água, por exemplo, é um fator relevante de valorização e envolvimento, no sentido da preservação, conservação ou recuperação, no caso, dos cursos d’água e dos mananciais de abastecimento urbano.” ³ As pessoas precisam levar em conta que é possível fazer as pazes com os rios e córregos e utilizar esses recursos naturais com sabedoria e seriedade, reciclando o lixo, cuidando para não poluir o meio ambiente. A probabilidade de um dia nadarmos em rios que atualmente parecem mais esgotos existe, mas precisamos fazer a nossa parte. “Já sabemos que não é mais aceitável pensar em retificar um rio, revestir seu leito vivo com calhas de concreto, e substituir suas margens vegetadas por vias asfaltadas, como uma alternativa de projeto para sua inserção na paisagem urbana. Estas propostas, que tinham como uma de suas bases conceituais a busca do controle as enchentes urbanas, são muito criticadas não só pela sua fragilidade socioambiental no resultado final do projeto, como também pela pouca eficiência no controle destas mesmas enchentes” ⁴, por esse motivo devemos manter ao máximo o curso d’água, fazendo contenções o mais natural possível quando necessário. Segundo os moradores do entorno imediato, a localização das residências em frente ao CDC era pra trazer benefícios, mas na verdade traz insegurança já que pela falta de iluminação adequada e de usuários frequentes, o local costuma ser habitado, principalmente a noite por indivíduos de intenções duvidosas, trazendo risco aos moradores.

3 – Lucia Maria Sá Antunes Costa (org.), Rios e paisagens urbanas em cidades brasileiras( Rio de Janeiro, Viana & Mosley/Prourb, 2006), p.11. 4 – Maria Cecília Barbieri Gorski: Rios e cidades: ruptura e reconciliação. (São Paulo: Editora Senac, 2010), p.35

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POTENCIALIDADES

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A

tualmente o terreno que abriga o CDC Parque São Rafael, abriga também uma creche e uma associação da Igreja Católica, o que está fora dos termos da lei já que esses equipamentos estão dentro do perímetro não permitido para construções pela proximidade com o córrego e a nascente. Algumas pessoas já utilizam o espaço para caminhadas ao livre e prática de exercício nos equipamentos de ginástica. A quadra e o espaço cultural também são utilizado de forma esporádica, mesmo estando em péssimas condições. A proposta de requalificar o espaço contempla positivamente esse projeto já que essa região é carente de áreas verdes, tomando partido também na revitalização do córrego para que a população possa usufruir de um ambiente agradável e acolhedor. É necessário reconhecer que as pessoas frequentam os parques e praças por motivos diferentes: “às vezes para descansar, às vezes para jogar ou assistir a um jogo, às vezes para ler ou trabalhar, às vezes para se mostrar, às vezes para se apaixonar, às vezes para atender a um compromisso, às vezes para apreciar a agitação da cidade num lugar sossegado, às vezes na esperança de encontrar conhecidos, às vezes para ter um pouquinho de contato com a natureza, às vezes para manter uma criança ocupada, às vezes só para ver o que ele tem de bom e quase sempre para se entreter com a presença de outras pessoas.” ⁵ Independentemente da motivação que vai levar o indivíduo a se deslocar até o espaço projetado, o que realmente importa é que esse espaço seja de qualidade possibilitando as pessoas de interagir com a natureza ou umas com as outra a partir dele. O impacto positivo que essa requalificação vai trazer para a região será considerável já que a localização fica quase na divisa com o bairro Sonia Maria pertencente ao município de Mauá e próximo a outros bairros carentes de áreas como o novo espaço que está sendo proposto. As moradores que costumam se deslocar a parques situados no município de Santo André e ao parque do Carmo em Itaquera, terão uma opção muito mais próxima para realizar suas atividades ao ar livre. A local também fica próximo da Avenida Baronesa de Muritiba e da Avenida Paulo Nunes Félix, sendo as duas avenidas importantes centros comerciais para a região e os principais acessos ao bairro, servidos por transporte coletivo. 5 - Jane Jacobs: Morte e vida de grandes cidades. 3 Ed. (São Paulo: WMF. Martins Fontes, 2012), p.112 e 113.

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ESTUDOS DE CASO

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N

o processo de desenvolvimento deste trabalho, alguns projetos com interesses compatíveis foram selecionados para auxiliar na formação conceitual como estudos de caso, sendo três desses projetos situados na cidade de São Paulo e um no Rio de Janeiro. Os três projetos construídos: O parque Linear das Corujas, a praça Vinicius de Morais e o Parque Madureira foram visitados e fotografados para uma melhor compreensão projetual e apropriação dos espaços. Ficha Técnica

Demandas Funcionais

Demandas Sociais/Simbólicas

Demandas Ambientais

Parque Linear Córrego das Corujas

Local: Vila Madalena – São Paulo Autor do Projeto: Jorgina Nello Barbosa Ano: 2011

Criar um ambiente para a integração da comunidade, trazendo segurança e um uso que beneficie a mesma.

Como a sociedade participou ativamente no desenvolvimento do projeto, resultou na apropriação do parque pela mesma.

A qualidade da água do córrego tornou-se uma preocupação pois o esgoto era jogado no mesmo, e a prática do plantio de árvores frutíferas.

Requalificação Urbana do Núcleo Jardim Colombo

Local: Jardim Colombo – São Paulo Autor do Projeto: Levinski Arquitetos Ano: 2011

Requalificar uma área na periferia de São Paulo às margens de um córrego com saneamento precário.

Proporcionar a comunidade equipamentos de lazer e convívio, oferecendo uma melhor qualidade de vida, reconciliando a população local com o córrego.

Mudar o quadro de inúmeras moradias debruçadas no córrego e promover a limpeza do mesmo, através do saneamento básico que vai impedir do esgoto ser jogado no córrego.

Proporcionar a região áreas livres de edificação com ofertas de espaços públicos de lazer.

Usar métodos de construção com infraestrutura verde para educação ambiental e aumentar o percentual de áreas verdes por habitante.

Oferta de um espaço de lazer e práticas esportivas, o que resultou em uma das praças mais frequentadas da região.

A implantação de uma área verde impediu a edificação nessa aérea que abriga uma nascente d’água.

Parque Madureira Rio +20

Praça Vinícius de Morais

Local: Madureira – Rio de Janeiro Autor do Projeto: Ruy Mendes Arquitetos Ano: 2012

Local: Morumbi – São Paulo Autor do Projeto: Francisco Segnini Jr., Lúcia Porto e Vera Serra. Ano: 1971

Requalificar as margens dos trilhos ferroviários, em uma aérea que era degradada, localizada na periferia onde a maior parte da população residente é de baixa renda. Dar uso ao espaço ocioso deixado livre no loteamento do bairro.

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Parque Linear Córrego das Corujas C

onhecido como um dos bairros mais decolados da cidade de São Paulo, a Vila Madalena se transformou num reduto boêmio no inicio da década de 1970, após estudantes da USP e da PUC se instalarem nessa região por conta dos alugueis serem mais baratos já que os antigos casarões abrigaram várias repúblicas estudantis. Com a presença dos estudantes, diversos bares iniciaram suas atividades na região, hoje eles são dezenas e atraem pessoas de todos os lugares. Ao caminhar pelas simpáticas ruas do bairro, você encontrará nomes como Rua Harmonia, Paulistânia, Simpatia, Girassol, todos nomes sugeridos pelos estudantes e acolhidos pela Prefeitura. Muitos ateliês de artistas e de artesãos, que dão um colorido todo especial às vitrines, escolas de música, de dança e de teatro compõe a paisagem da Vila Madalena, que para complementar o clima de boemia, o bairro é sede da Escola de Samba Pérola Negra. É nesse bairro diferenciado da cidade onde vem acontecendo há alguns anos um movimento pela valorização de um pequeno córrego espremido entre as construções: o Córrego das Corujas. Com nascente na região do espigão da Avenida Paulista, o Córrego das Corujas atravessava todo o Bairro da Vila Madalena, seguindo para o bairro de Pinheiros até desaguar no Rio Pinheiros, num percurso total de 2.300 metros. Região de grande valor imobiliário desde a época das mansões dos barões do café, não tardou que a especulação imobiliária se apoderasse das margens do Córrego no alto da Paulista, onde foi canalizado para ceder lugar a construção de edifícios. Na parte baixa do Córrego, foi a expansão do bairro de Pinheiros quem levou ao desaparecimento das águas sob o concreto e o asfalto. Na região da Vila Madalena, o Córrego das Corujas teve um pequeno trecho de 420 metros poupado da canalização, ocupando um trecho de uma praça, além de uma pequena faixa de terra espremida entre construções – é justamente essa pequena faixa de terra que foi “tomada” pela população e transformada no Parque Linear das Corujas. Os moradores iniciaram um movimento para melhorias no terreno em 2001, na época uma área pública abandonada tomada por um matagal. Com esse movimento o terreno foi limpo, ganhou gramado, árvores, bancos, grades, aparelhos de ginástica, uma ponte, os moradores também instalaram portões nas extremidades, controlando a passagem de veículos entre as Ruas Natingui e Beatriz: esses portões passaram a ser fechados a noite e vigiados por seguranças, o que fez com que a ideia do parque linear ganhasse força.

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Com esse movimento o terreno foi limpo, ganhou gramado, árvores, bancos, grades, aparelhos de ginástica, uma ponte, os moradores também instalaram portões nas extremidades, controlando a passagem de veículos entre as Ruas Natingui e Beatriz: esses portões passaram a ser fechados a noite e vigiados por seguranças, o que fez com que a ideia do parque linear ganhasse força. Desde então o movimentou só aumentou, contando com o apoio da comunidade que tem como moradores arquitetos e paisagistas, o que facilitou o desenvolvimento do projeto para urbanização das margens do córrego. Os recursos para a realização das intervenções foram doados por empresas privadas e os moradores passaram a ocupar o córrego das Corujas levando suas esteiras e instalando mesas para almoçar ao ar livre nos finais de semana. A comunidade continua em busca de iniciativas para valorização cada vez maior do espaço como a instalação de um deck para caminhadas, plantação de arvores frutíferas e implantação de playground para as crianças. A qualidade da água também é uma grande preocupação pois há vestígios de lançamentos de esgotos in natura nas águas do Córrego, o que leva os moradores a cobrarem providências junto a companhia de saneamento pois todas as ruas do bairro possuem redes coletores de esgotos e não há justificativa para ligações irregulares de esgotos nas águas do córrego. Existem também movimentos da comunidade pela reabertura de novos trechos do Córrego das Corujas, que hoje se encontram canalizados sob áreas de estacionamento de alguns edifícios nas vizinhanças, essa possibilidade gera tensões entre a comunidade e os condomínios, mas a intenção é que as partes possam chegar a um acordo em que todos serão beneficiados. O Parque Linear das Corujas é um exemplo do que uma comunidade unida pode fazer em prol dos recursos hídricos de sua cidade, que não esperou pela boa vontade dos governantes e os resultados refletiram na qualidade de vida de todos, com certeza este é um excelente exemplo a ser seguido. Importância para a proposta projetual a ser desenvolvida Ao estudar o Parque Linear das Corujas percebe-se algumas características importantes, que se assemelham com o projeto em desenvolvimento: - Contenção do córrego com uso de gabião - Forma linear do parque - Transversalidade criada pelo projeto - Espaço para exposições culturais - Academia ao ar livre - Acessibilidade - Trouxe segurança ao entorno - Promover a limpeza do córrego 41


Acesso pela Rua Natingui - Fonte: Foto tirada pelo autor

Entrada do Parque pela Rua Pasqual Vitta Fonte: Foto tirada pelo autor

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Ponte de travessia Fonte: Foto tirada pelo autor

Rampa de acessibilidade Fonte: Foto tirada pelo autor

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Acesso pela Rua Beatriz Fonte: Foto tirada pelo autor

Trecho depois da Ponte Fonte: Foto tirada pelo autor

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Pista de caminhada Fonte: Foto tirada pelo autor

Galeria de Arte do Parque Fonte: Foto tirada pelo autor

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Cรณrrego das corujas Fonte: Foto tirada pelo autor

Pista de caminhada ao lado do cรณrrego Fonte: Foto tirada pelo autor

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Academia ao ar livre Fonte: Foto tirada pelo autor

Equipamentos de ginรกstica Fonte: Foto tirada pelo autor

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Fonte: Site - http://atcvb.blogspot.com/

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Fonte: Site - http://atcvb.blogspot.com/

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Requalificação Urbana do Núcleo Jardim Colombo A

cena muito comum nos centros urbanos de construções debruçadas sobre um córrego com saneamento precário deve deixar de fazer parte do cotidiano dos mais de 8.500 mil moradores do Jardim Colombo, bairro que faz parte do complexo Paraisópolis localizado na zona sul de São Paulo. O projeto do escritório Levinky Arquitetos prevê a requalificação urbana do bairro. Um dos principais conceitos do projeto é promover a reconciliação da população local com o córrego Colombo e fazer com que os moradores se aproximem do local onde vivem. A concepção de canalização do córrego Colombo levou em consideração dois aspectos de fundamental importância para a melhora na qualidade de vida dos moradores, primeiro a capacidade de conduzir as cheias centenárias e segundo sua utilização como equipamento urbano, admitindo o tratamento do córrego desde sua nascente, a canalização aberta e o traçado do novo Parque Linear com oferta de equipamentos de lazer e esporte o que oferece à população a possibilidade de conviver com a água saneada, desfrutando do córrego em seu cotidiano. Além da oportunidade de conviver com o elemento água, o projeto conta com um conjunto de intervenções urbanísticas para a implantação do Parque Linear, com mobiliário urbano, iluminação pública, playground, equipamentos esportivos e de lazer, serviços públicos e novas unidades de uso misto, com comércio no pavimento térreo e unidades residenciais em edifícios de até 4 andares, onde as edificações instaladas ao longo do córrego iram garantir uma espécie de zeladoria constante dos novos espaços públicos propostos. Como o objetivo principal é reforçar o vínculo dos moradores com o bairro a contenção da canalização aberta do córrego será por sistema de muro de gabião com concreto projetado, regularizado com superfície plana, possibilitando a comunidade realizar através de ações sociais, manifestações de arte urbana. Além da habitação, a população que vive em áreas degradadas também tem necessidade de lazer, acessibilidade, saúde, educação, oferta a emprego e mobilidade urbana. No Jardim Colombo, o Plano Urbanístico proposto por Levisky Arquitetos contempla infraestrutura urbana, equipamentos sociais e novas habitações, além da regularização fundiária, transformando a ocupação irregular em bairro. A intervenção foi dividida em fases, sendo que a primeira atuará no trecho entre as ruas Clementine Brenne e Antonio Júlio dos Santos, acessos principais do bairro de onde partirá o Parque Linear Jardim Colombo. 50


Parte do projeto da área será integrado às margens do córrego e contemplará novo mobiliário urbano com mesas, bancos, bicicletário, áreas de estar e atividades de convivência, equipamentos de ginástica, playground com brinquedos em madeira sobre base de piso emborrachado, áreas ajardinadas e vegetação de pequeno e de médio porte. O projeto também propõe abertura de novas ruas e alargamento de outras vias existentes, além de nova pavimentação dos passeios públicos contribuirão para uma melhor circulação pelo bairro. Em um dos quarteirões, prevê-se a instalação de dois novos lotes de uso misto com unidades comerciais no térreo, com acesso voltado ao Parque e habitação nos pavimentos superiores. Como os moradores apontaram a necessidade de equipamentos de saúde, o lote prevê um edifício com esse fim. Na segunda fase da intervenção urbanística, que compreende os trechos entre as ruas Antônio Júlio dos Santos e Sebastião Francisco, o Jardim Colombo receberá um ponto terminal para transporte coletivo de pequeno porte que deverá conectar-se à Estação Vila Sônia do Metrô, em obras atualmente. Além de edifício Institucional de atividades desportivas e sociais com quadra e salas multidisciplinares, áreas de lazer descobertas, quadra de basquete, mais um lote de unidades habitacionais e comerciais, e a previsão de instalação de uma escola e um posto para reciclagem de resíduos complementam o Parque Linear a extremidade oposta do bairro. Desenvolvido seguindo o diagnóstico e as diretrizes do Plano Urbanístico, o projeto visa atender as demandas da comunidade local e as premissas dos diversos órgãos públicos envolvidos no processo, por meio dos instrumentos urbanísticos previstos na legislação vigente. Importância para a proposta projetual a ser desenvolvida Ao estudar a Requalificação Urbana do Núcleo Jardim Colombo percebe-se algumas características importantes, que se assemelham com o projeto em desenvolvimento: - Remoção de edificações irregulares situadas nas margens do córrego - Criação de uma área de lazer e convívio para a comunidade - Promover a limpeza do córrego - Possibilitar a comunidade a ter uma melhor qualidade de vida - Acessibilidade

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Perspectiva da relação do córrego com o entorno - Fonte: Foto – Galeria da Arquitetura Perspectiva do espaço ao lado do córrego Fonte: Foto – Homify Internacional

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Perspectiva de outro trecho - Fonte: Foto – Galeria da Arquitetura

Projeto - Fonte: Homify Internacional 53


Parque Madureira Rio + 20 Inaugurado em Julho de 2012, o parque Madureira Rio + 20 tornou-se o terceiro maior parque público da cidade do Rio de Janeiro com 109.000 m² quando inaugurado. A equipe do Ruy Mendes Arquitetos desenvolveu o projeto de arquitetura, urbanismo e paisagismo do parque, tendo como principal desafio elaborar um projeto baseado em um programa de educação sócio-ambiental, programa esse desenvolvido pela prefeitura do Rio de Janeiro, contando com a participação da sociedade carioca o que resultou em um equipamento púbico sustentável, que aliou gestão de recursos, valorização da comunidade, requalificação urbana e recuperação ambiental. A apropriação do parque pela comunidade aconteceu muito rápido, o que comprova o sucesso dessa cooperação. O parque Madureira se tornou o coração verde da região tendo de 20 a 25 mil visitantes aos finais de semana, seu espaço abriga playgrounds, quadras poliesportivas, academias ao ar livre, ciclovias e estações de bicicletas, Praça do Samba (um dos maiores parques a céu aberto da cidade), o centro de educação ambiental (criado com o objetivo de disseminar conceitos de sustentabilidade), o Skate Park (um dos mais completos da América Latina) e a Praia de Madureira. Atualmente está em andamento a expansão do parque, que seguirá o seu curso através de mais 6 bairros. O parque nascido em Madureira ganhará mais 255.000m² construídos com os mesmos conceitos e princípios originais, para não ser somente um espaço público verde, mas um local que traga mudança na qualidade de vida das pessoas. Importância para a proposta projetual a ser desenvolvida Ao estudar o Parque Madureira Rio + 20 percebe-se algumas características importantes, que se assemelham com o projeto em desenvolvimento: - Requalificação urbana - Proporcionar um espaço de lazer, convívio e contato com a natureza - Academia ao ar Livre - Área para eventos culturais - Playground - Acessibilidade - Quadras poliesportivas - Pista de Skate

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Fonte: Archdaily

Letreiro estilizado em uma das entradas do parque - Fonte: Foto tirada pelo autor

Pergolado e espelho d’ågua Fonte: Foto tirada pelo autor

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Praia artificial Fonte: Foto tirada pelo autor

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Ă rea para banhistas Fonte: Foto tirada pelo autor


Playground lĂşdico Fonte: Foto tirada pelo autor

Restaurantes Fonte: Foto tirada pelo autor

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Quadras poliesportivas Fonte: Foto tirada pelo autor

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Academia ao ar livre Fonte: Foto tirada pelo autor


Estação de aluguel de bicicletas Fonte: Foto tirada pelo autor

Pista de Skate - Fonte: Foto tirada pelo autor

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Pista de skate Fonte: Foto tirada pelo autor

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Arena para eventos Fonte: Foto tirada pelo autor


Usuรกrios se apropriando do espaรงo Fonte: Foto tirada pelo autor

Ciclofaixa compartilhada Fonte: Foto tirada pelo autor

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Equipamento para banhistas Fonte: Foto tirada pelo autor

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Desenho de piso de uma da entradas do parque Fonte: Foto tirada pelo autor


Praça Vinícius de Morais A

praça Vinícius de Morais foi projetada em1971 por três jovens arquitetos recém-formados, Francisco Segnini Jr., Lúcia Porto e Vera Serra. O projeto foi concebido numa área localizada no bairro do Morumbi, local onde de uma nascente preservada quando a aérea foi loteada. Os arquitetos criaram três pequenos lagos rodeados de arvores reforçando o caráter de contemplação do local. Os caminhos ao redor dos lagos conduzem a estares que foram traçados geometricamente. Localizada no início da avenida Giovanni Gronchi, com vista para o Palácio dos Bandeirantes e para as mansões do bairro, é considerada uma da praças mais frequentadas da cidade. Esse belo exemplo de praça modernista é baseado num lazer passivo, sendo também utilizada pela população local para corridas e caminhadas tendo um percurso de 1,5 km em pequenos aclives e declives. Possui também mesas para piqueniques, aparelhos para ginástica, bebedouros para pessoas e animais, pista de skates e bikes. Além da praça homenagear o compositor Vinícius de Morais, conta também com uma estátua de 3,5 metros do apóstolo Paulo, projetada pelo escultor italiano Galileo Emendabili, instalada na praça em 9 de julho de 2007. Importância para a proposta projetual a ser desenvolvida Ao estudar a Praça Vinícius de Morais percebe-se algumas características importantes, que se assemelham com o projeto em desenvolvimento: - Criação de um espaço de lazer, convívio e práticas de esportes para a comunidade - Proteger a nascente d’água - Pista de Skate - Academia ao ar livre - Playground - Acessibilidade

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Projeto – Fonte: livro Praças Brasileiras ( Fabio Robba e Silvio Soares Macedo ) Pg.104

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Vista Lateral Fonte: Foto tirada pelo autor

Escada de acesso à praça - Fonte: Foto tirada pelo autor

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Pista de Skate - Fonte: Foto tirada pelo autor

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Pista de Caminhada Fonte: Foto tirada pelo autor


Pista de caminhada e estar com bancos - Fonte: Foto tirada pelo autor

Escada e estar com bancos Fonte: Foto tirada pelo autor

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Escada de acesso à praça Fonte: Foto tirada pelo autor

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Escada de acesso à praça Fonte: Foto tirada pelo autor


Estar com bancos Fonte: Foto tirada pelo autor

Vista lateral da praรงa Fonte: Foto tirada pelo autor

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Escada de acesso Fonte: Foto tirada pelo autor

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Equipamento de ginรกstica Fonte: Foto tirada pelo autor


Mirante Fonte: Foto tirada pelo autor

Pista de caminhada Fonte: Foto tirada pelo autor

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8

CONCEITO

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L

evando em conta os estudos de caso e a necessidade de intervenções no espaço escolhido, algumas etapas foram necessárias para compor o conceito do projeto. Por se tratar de uma área verde com uma massa arbórea já existente, foi necessário fazer um levantamento arbóreo do terreno, já que a ideia é manter o máximo possível da árvores existentes. Os caminhos e as novas instalações propostas no projeto foram pensadas respeitando os espaços livres existentes, tendo sido necessária a remoção de poucas árvores que serão replantadas no próprio CDC, e algumas dessas para o plantio de outras qualidades de árvores previstas no projeto paisagístico.

Fonte: Planta de levantamento arbóreo desenvolvido pelo autor 73


E

xiste também a necessidade de propor uma contenção no leito do córrego, pois algumas partes estão correndo risco de desmoronamento, essa contenção será projetada e executada com o auxílio de gabião, propondo um novo desenho para o córrego que possibilite aos usuários do CDC uma experiência de proximidade com o córrego. Para tanto foram desenvolvidos alguns cortes que representam a situação atual do córrego, para melhor compreensão da topografia existente e das possibilidades de proposições projetais.

Fonte: Cortes desenvolvidos pelo autor

Durante o processo de desenvolvimento desse trabalho percebeu-se a necessidade de uma maquete de estudo da área do CDC no formato atual, e a maquete foi desenvolvida para auxiliar o processo de criação.

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Fonte: Maquete de estudo desenvolvida pelo autor

Fonte: Maquete de estudo desenvolvida pelo autor

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U

m plano de massas também foi desenvolvido com as primeiras intenções projetuais, o que foi muito importante para a decisão de cada equipamento e caminho desenhado na requalificação do CDC. Algumas ideias foram mantidas como: entradas principais, local destinado para as edificações, espaço para pista de skate, local da academia ao ar livre e pontes de travessia criando transversalidades.

Fonte: Plano de massas desenvolvido pelo autor

76


9

O PROJETO

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O

projeto visa a requalificação do atual Clube da Comunidade localizado no bairro do Parque São Rafael, extremo leste da capital paulista. O desenho propõe a conexão entre as duas ruas que delimitam o perímetro, a integração de áreas verdes, e principalmente o resgate da relação da comunidade e da praça com a nascente que corta o terreno e desagua no córrego do Oratório. Grande parte da arborização já existente foi mantida enfatizando a necessidade de manutenção do equilíbrio ambiental e qualificando o espaço com uma área consolidada. Por ser um parque nível bairro, os caminhos foram pensados para serem compartilhados entre pedestres e ciclistas, e as conexões feitas sobre o córrego criam transversalidades que facilitam deslocamento entre os equipamentos a serem implantados em ambos os lados da praça e a travessia de moradores que queiram simplesmente corta caminho para ir ao outro lado do córrego. Nos trechos de caminhada canteiros verdes fazem a proteção do pedestre assim como ocorre nas áreas com equipamentos, como academia ao ar livre e playground. O desenho proposto para o CDC se abre para a comunidade, permitindo percursos cotidianos, turísticos e didáticos, bem como fácil acesso aos equipamentos esportivos, de lazer e cultural. Não menos importante é a integração com o córrego e sua nascente, que é possibilitado por duas escadas e uma rampa que aproximam as pessoas do córrego, que acaba por criar uma área de passagem, passeio e estar as suas margens. Os equipamentos esportivos e culturais que já existiam no CDC ganharam novos espaços, sendo centralizado na parte norte do parque, criando assim um setor esportivo e cultural com acesso público, mas que não interfere no uso do parque e dos demais equipamentos urbanos. Pensando no bem estar da comunidade, foi projetado um espaço para abrigar salas de aula, área de exposições, ateliê multiuso, sala de informática, administração, diretoria, lanchonete e vestiários, o que vai possibilitar a ministração de cursos, oficinas, aulas de ginástica, e atividades culturais no CDC. A premissa de integração entre comunidade, parque e a nascente, resulta em um desenho que prioriza o pedestre, a acessibilidade universal e restrição de velocidade aos automóveis, tornam o entorno mais caminhável, estimulando que os percursos sejam realizados andando. Os fluxos e conexões e a vegetação preexistente determinam o critério de locação dos estares, mobiliários, espaço infantil, jogos. As calcadas das residências no entorno imediato foram alargadas, o que possibilitou o desenho de canteiros verdes e o plantio de árvores nas mesmas, melhorando ainda mais a qualidade ambiental para os moradores. O alargamento das calçadas também ajudou no controle e redução da velocidade no trafego de veículos, já que as ruas ficaram mais estreitas.

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CORTE BB

CORTE DD

785 805

785 805

5

78 PLANTA TÉRREO

Fonte: Projeto desenvolvido pelo autor

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Desenhos:

Plantas Ampliaçþes Cortes Croquis 80


81


Projeto

7

3 6 5

8

4

1

5 2 9

Piso intertravado vermelho

Piso intertravado amarelo

Piso intertravado camurça

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Piso intertravado terracota

Deck de ripĂŁo aparelhado bruto

Grama

Piso intertravado natural

CĂłrrego

Piso intertravado grafite

10

11


Elevação

83


A m p l i a รง รฃ o - Trecho 1 84


A m p l i a รง รฃ o Trecho 2 85


A m p l i a รง รฃ o - Trecho 3

86


A m p l i a รง รฃ o Trecho 4 87


A m p l i a รง รฃ o - Trecho 5

88


89

Por Bรกrbara Bravo

C r o q u i


90 Rua Antonio Ramos dos Reis Rua Antonio Ramos dos Reis

Rua Rodrigo de Lucena Rua Rodrigo de Lucena

C o r t e s -AeB Rua Antonio Ramos dos Reis Rua Antonio Ramos dos Reis

Rua Rodrigo de Lucena Rua Rodrigo de Lucena


Rua Frei Mateus de Assunção Rua Frei Mateus de Assunção

Rua Antonio Ramos dos Reis Rua Antonio Ramos dos Reis

91

C o r t e s CeD -

Rua Antonio Ramos dos Reis Rua Antonio Ramos dos Reis

Rua Rodrigo de Lucena Rua Rodrigo de Lucena


Por Bรกrbara Bravo

92


Por Bรกrbara Bravo

89 93


Detalhamentos do projeto O

piso utilizado no parque será de concreto intertravado nas cores: natural, grafite, vermelho, amarelo, camurça e terracota.

Piso intertravado – Fonte: http://www.concretousinadosp. com.br/piso-intertravado-cores-grande-sao-paulo-zona-leste-zona-oeste-zona-sul-abcd-zona-norte-regiao-central-interior-litoral-de-sao-paulo

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Os postes de iluminação utilizados no projeto são de Led nos formatos simples e duplos.

Fonte: http://www.ilunato.com.br


As novas árvores utilizadas no projeto serão palmeiras imperiais e ipês de diversas cores.

Fonte: http://expedicaocantoesdacana.blogspot.com Fonte: https://www.ocotea.net.br

As lixeiras utilizadas no projeto serão similares ao modelo abaixo:

Fonte: http://www.produtosgoloni.com.br

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As lixeiras utilizadas no projeto serão similares ao modelo abaixo:

A deck que será implantado à margem do córrego será de madeira Cumarú.

Fonte: http://www.produtosgoloni.com.br Fonte : theholk.com

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10

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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V

endo a necessidade de mais áreas verdes qualificadas nas grandes cidades como São Paulo, o objetivo desse trabalho de conclusão de curso foi propor uma requalificação do Clube da Comunidade do Parque São Rafael, que trouxesse mais qualidade de vida e segurança à população local. Fui instigado no processo desse trabalho, não somente como estudante de arquitetura e urbanismo, mas também como morador da região. Os assaltos frequentes, a falta de manutenção e cuidados apropriados no CDC trazem muita insegurança e desconforto para os moradores. Com a pesquisa realizada, foi reafirmada a inquietação de desenvolver um projeto que atendesse as necessidades locais e também regionais, principalmente relacionadas com a falta de espaços como o CDC que possibilite o contato com a natureza, a prática de esportes e as atividades de cunhos cultural e educativo. A proposta projetual consiste no desenvolvimento de requalificar o CDC – Parque São Rafael, transformando-o num parque com áreas como academia ao ar livre, pista de skate, playground lúdico, quadras poliesportivas, espaço cultural, sala de aula para diversos cursos, entre outros. Umas das principais intenções era remover as edificações das margens do córrego e promover a possibilidade de interação com o mesmo, dando importância à nascente d’água existente, transformando-a em um elemento de destaque no desenho proposto. Foi muito prazeroso e inspirador o desenvolvimento desse trabalho, que enriqueceu meus conhecimentos e minha paixão por áreas verdes e livres de edificações.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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ALEX, Sun. Projeto da praça: convívio e inclusão no espaço público. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008. GEHL, Jan. Cidade para pessoas. 2ª Ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. GORSKI, maria Cecília Barbieri. Rios e cidades: ruptura e reconciliação. 1ª Ed. São Paulo: Editora Senac, 2010. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3ª Ed. São Paulo: WMF. Martins Fontes, 2012. ROBBA, Fabio e MACEDO, Silvio Soares. Praças brasileiras. 3ª Ed. São Paulo: Edusp, 2010. SANT`ANNA, Denise Bernuzzi. Cidade das Águas: usos de rios, córregos, bicas e chafarizes em São Paulo (1822-1901). 1ª Ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. MACEDO, Silvio Soares. Paisagismo brasileiro na virada do século 1990-2010. 1ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Campinas: Editora da Unicamp, 2012. WILSON, Andrew (org.). O livro das áreas verdes. 1ª Ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016. FARAH, Ivete; SCHLEE, Mônica Bahia e TARDIN, Raquel (orgs.). Arquitetura paisagística contemporânea no Brasil. 1ª Ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010. ABBUD, Benedito. Criando paisagens. 4ª Ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.

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Por Bรกrbara Bravo

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