CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC HEVELYN V. PALERMO
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final de graduação em Arquitetura e Urbanismo, aplicada pelo Centro Universitário Senac de São Paulo.
Orientadora: Prof. Dra. Valéria Fialho
São Paulo 2018
Palavras Chave: Arquitetura Comercial de Interiores , Loja John John , Shopping Ibirapuera.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus por me dar a oportunidade de vivenciar e aprender com meus erros para me tornar uma pessoa melhor e mais forte a cada dia que passa. Sou grata a minha família por colaborarem com meus estudos e estarem presentes em minha vida. Ao meu namorado Gabriel por sempre me encorajar e motivar a estudar, mesmo nos momentos mais desafiadores. A minha orientadora Prof. Dra. Valéria Fialho por me ajudar no desenvolvimento acadêmico e gratidão as pessoas que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste trabalho.
RESUMO
O presente trabalho se refere à implementação de um estabelecimento
comercial da marca John John, escolhida para ser projetada no Shopping Ibirapuera, em que o local escolhido passará por uma reforma seguindo a identidade da marca e as diretrizes que abordam a arquitetura comercial de interiores, bem como especificações e procedimentos adequados a sua execução.
“A ARQUITETURA DEVE CAUSAR EMOÇÃO”.
(LE CORBUSIER)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 12 2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................. 14 2.1 CONCEITO DE VAREJO ................................................................................................................ 15 2.2 INICIO DO VAREJO EM SÃO PAULO ............................................................................................16 2.3 SÉCULO XXI: COMÉRCIO DE RUA E DE SHOPPING CENTER ................................................ 20 2.4 LOJA CONCEITO (FLAGSHIP STORE) ........................................................................................ 21 3. DIFERENCIAÇÃO ATRAVÉS DE RELAÇÕES E PARCERIAS .................................................... 22 4. ARQUITETURA COMERCIAL DE INTERIORES ........................................................................... 26 4.1 CONCEPÇÃO ............................................................................................................................... 27 4.2 VITRINA.......................................................................................................................................... 27 4.3 LAYOUT ......................................................................................................................................... 30 4.4 MATERIAL E REVESTIMENTO ................................................................................................... 32 4.5 LUZ E ILUMINAÇÃO ..................................................................................................................... 33 4.6 COR ............................................................................................................................................... 37 4.7 SOM .............................................................................................................................................. 40 4.8 AROMA .......................................................................................................................................... 41
5. ANÁLISE E COMPARAÇÃO DE AMBIENTES COMERCIAIS: ESTUDOS DE CASO ................. 42 5.1 LOJA CAVALERA ............................................................................................................................ 43
5.2 LOJA VANS ..................................................................................................................................... 46 6. VISITA TÉCNICA: SHOPPING IBIRAPUERA ................................................................................. 48 6.1 ANÁLISE DE CAMPO ..................................................................................................................... 51 7. JOHN JOHN ..................................................................................................................................... 54 7.1 HISTÓRICO ..................................................................................................................................... 55 7.2 LOJAS EXISTENTES ..................................................................................................................... 56 7.3 ANÁLISE DA LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................ 58 7.4 PROPOSTA ..................................................................................................................................... 62 7.5 PROJETO ........................................................................................................................................ 66 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 76 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 78 ANEXO 1 – MANUAL DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS .............................................................. 83 ANEXO 2 – PROJETO DE REFOMA ................................................................................................. 90 ANEXO 3 – PROJETO DE LAYOUT .................................................................................................. 92 ANEXO 4 – PROJETO LUMINOTÉCNICO ........................................................................................ 94
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. M & S - Cabide Virtual .......................................................................................................... 15 Figura 2. Rua 15 de Novembro em 1911 (BUENO, Beatriz P. Siqueira. SÃO PAULO: um novo olhar sobre a história. A evolução do comércio de varejo e as transformações da vida urbana. São Paulo: Via das Artes, 2012, pg.4 ...................................................................................................................... 17 Figura 3. Mega Arquivo......................................................................................................................... 18 Figura 4. Mappin Stores (Praça do Patriarca) em 1919 - 1939 ........................................................... 18 Figura 5. Rua Augusta década de 60 ................................................................................................... 19 Figura 6. Loja Munny Shopping Anália Franco ..................................................................................... 21 Figura 7. Guide Shop da Amaro Morumbi Town .................................................................................. 24 Figura 8. Loja Topshop Topman nos Estados Unidos ......................................................................... 24 Figura 9. Nike Oscar Freire .................................................................................................................. 25 Figura 10. Tipos de Vitrinas ................................................................................................................ 29 Figura 11. Tipos de Layouts ............................................................................................................... 31 Figura 12. Loja Conceito Diesel Tokyo Shibuya ................................................................................. 32 Figura 13. Tipos de Iluminação ........................................................................................................... 34 Figura 14. Temperatura da Luz Conforme Tonalidade da Cor ......................................................... 35 Figura 15. Exemplos de Lojas com Temperatura de Cores .............................................................. 35 Figura 16. Círculo Cromático .............................................................................................................. 38 Figura 17. Efeito do Círculo Cromático em Vitrinas ........................................................................... 39 Figura 18. Influência das Cores ......................................................................................................... 39 Figura 19. Quiosque Toca da Pipoca em Tocantins .......................................................................... 41 Figura 20. Galeria Melissa Oscar Freire ............................................................................................. 41 Figura 21. Loja Cavalera Oscar Freire (2018) .................................................................................... 43 Figura 22. Arara de Roupas (2018) ..................................................................................................... 44 Figura 23. Bateria de Igor Cavalera (2018) ......................................................................................... 44 Figura 24. Loja Cavalera Oscar Freire (2018) ..................................................................................... 45 Figura 25. Barbearia ............................................................................................................................. 45 Figura 26. Loja Vans JK Iguatemi ........................................................................................................ 46 Figura 27. Ambiente Interno Loja Vans ............................................................................................... 47 Figura 28. Shopping Ibirapuera .......................................................................................................... 49 Figura 29. Construção do edifício em 1974 e fachada de inauguração em 1977 ............................. 49 Figura 30. Loja Planet Girls, Yogini e TVZ (2018) .............................................................................. 50 Figura 31. Layout Esquemático Shopping Ibirapuera ........................................................................ 51 Figura 32. Fluxograma ........................................................................................................................ 52 Figura 33. Diagrama De Fluxos (Segunda À Sexta) ......................................................................... 53
Figura 34. John John Shopping Iguatemi de Florianópolis ................................................................. 55 Figura 35. John John em Curitiba ........................................................................................................ 56 Figura 36. Armários com Calças Jeans ................................................................................................ 57 Figura 37. Televisões Anos 80 ............................................................................................................ 57 Figura 38. Localização ......................................................................................................................... 58 Figura 39.Fachada da PK Polo, New Era e Practory .......................................................................... 59 Figura 40. Fachada d Caze e Red Nose ............................................................................................. 59 Figura 41. Fachada da Lupo, INV.18 e Patular ................................................................................... 59 Figura 42. Fachada da Crawford e Santa Marinella ............................................................................ 60 Figura 43. Fachada da Dudalina e World Tennis ................................................................................ 60 Figura 44. Fachada da Vivara, Quiosque da Access Quality e GrandVision ..................................... 60 Figura 45. Lateral Esquerda (GrandVision), Direita (PK Polo) e em à Frente (Vivara) ..................... 60 Figura 46. Levantamento ..................................................................................................................... 61 Figura 47. Partido ................................................................................................................................. 61 Figura 48. Ambiente Interno ................................................................................................................. 63 Figura 49. Implantação ......................................................................................................................... 64 Figura 50. Interior Da Loja .................................................................................................................... 65 Figura 51. Mesa Caloi com Rodas de Bicicleta ................................................................................... 68 Figura 52. Banco Jade .......................................................................................................................... 68 Figura 53. Mezanino ............................................................................................................................. 75
Quadro 1. Índice de Reprodução de Cores ......................................................................................... 36 Quadro 2. Iluminância de Interiores para Loja .................................................................................... 36 Quadro 3. Legenda de Iluminação ...................................................................................................... 96
1 . INTRODUÇÃO
O século XXI é uma era de muitos imprevistos por
e o Marketing.
parte dos consumidores que desejam não somente consumir
No quarto capítulo é abordado o tema arquitetura
um produto, mas sim, algo que lhe traga algum valor
comercial de interiores, compreendendo os fatores que
sentimental sobre produtos e serviços que satisfaçam os
desenvolvem um projeto arquitetônico estratégico sobre:
seus novos desejos e necessidades de compras.
vitrina, layout, luz, iluminação, material, revestimento, cor,
Por conta disso, o arquiteto cumpre um papel
som e aroma.
importante no projeto arquitetônico de uma loja varejista,
No quinto capítulo é feito um estudos de caso sobre a
exercendo grande influência no discurso e no conceito da
loja Cavalera e a Vans e a partir disso, é realizado uma
marca para expor a sua proposta e transmitir os valores que
análise de comparação das marcas com a John John para
ela representa.
compreender melhor o habito de consumo do seu público-
Pensando nestes aspectos, foi elaborado uma série
alvo e como o seu conceito é apresentado no PDV.
de conteúdo abordado em capítulos, em que no segundo
No sexto capítulo é realizado uma visita técnica ao
apresenta a questão do varejo, seu início no Brasil em 1809
Shopping Ibirapuera a fim de compreender melhor seu
na região da Sé e na Santa Ifigênia e ao passar dos anos,
público-alvo e o motivo das pessoas frequentem o local.
os grandes centros comerciais se transformarem em
No último capítulo, é apresentado um histórico sobre
Shopping Center no final do século XX. Na década de 80, as
a John John e a identidade da sua marca, a quantidade de
loja-conceitos emergem como um meio de envolver o cliente
lojas existentes no Brasil e no mundo, análise para a sua
através de aspectos cenográficos e sensórias.
implantação e por fim, um projeto de loja que cause um
No terceiro capítulo, busca-se compreender os
impacto positivo nas pessoas, convidando-as a entrar por
diferentes campos de conhecimento que contribuem com o
meio da variedade de calças jeans destacado na entrada
diferencial
principal da loja e vitrines que marcam cenários da era
no
ponto
de
venda,
como:
Branding,
Merchandising, Visual Merchandising, Comunicação Visual
industrial e o estilo retro. 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITO DE VAREJO
satisfação do consumidor, a arquitetura comercial passa a ser praticada de forma temática e cênica nas lojas, com
narrativas que cativam os clientes através do layout dos Segundo KOTLER (2000) define o varejo como uma atividade relativa à venda de produtos ou serviços ligados diretamente ao consumidor final, para uso pessoal e não comercial.
espaços, a utilização do design estratégico e da diversidade de projetos que aproximam o cliente dos produtos. A modernização tecnologia também trouxe mais dinamismo ao varejo, agregando ainda mais valor ao setor
No início, o varejo considerava somente a venda de
produtos, entretanto com as mudanças sociais, econômicas, culturais e tecnológicas o setor mudou drasticamente a
com a descoberta de novas materiais como o aço, o ferro e o vidro, produzidos em largas escalas conforme a demanda de mercado.
forma como a atividade era executada, passando a perder competitividade por falta de permanência dos clientes na loja, já que ela não atua sobre um público-alvo, renda e cultura especifica. O setor se altera de acordo com as mudanças de comportamento do consumidor e sobre suas necessidades para
atender
comércios
que
funcionamento,
novas vem
demandas, alterando
buscando
ser
como o
ágeis,
seu
por
exemplo:
horário
rápidas
e
de que
transmitam ao seu cliente, uma melhor experiência no ato da
compra. Na busca de criar estratégias que concentram -se na
Figura 1. M & S - Cabide Virtual. Disponível <http://onegociodovarejo.com.br/12-exemplos-do-uso-detecnologia-digital-varejo/>. Acesso 15 Nov. 2018
15
2 .2 INÍCIO DO VAREJO EM SÃO PAULO
produtos importados, como artigos de decoração e roupas para consumo das famílias fazendeiras.
O atual centro histórico de São Paulo correspondia a
Ir à cidade ou ir ao centro da cidade eram sinônimo
toda cidade no século XIX, em que uma pequena área
de compra ou passeio para ver as lojas e as vitrines.
meramente urbanizada abrangia as regiões da freguesia da
Significava também, ter acessos a serviços especializados,
Sé e a Santa Ifigênia. Os principais mercadores da época
consultar um médico, fazer negócios, transações mercantis,
eram os portugueses que detinham maior parte de riqueza.
etc.
Muitos
eram
tropeiros
ou
tinham
cabedal
para
a
A legislação urbanística vigente da época (Segundo
comercialização das mercadorias, trazidas por meio de
Império e da Primeira República) declarou que no centro da
transporte ou via fluvial à São Paulo. Entre as formas de
cidade de São Paulo, permaneceria apenas os comércios e
comércio, existiam o comércio físico e o ambulante.
serviços especializados, expulsando as oficinas e fábricas
São Paulo apresentava um cotidiano extremamente simples, tanto a classe alta quanto a baixa, levando uma
do perímetro central. Edifícios que abrigavam residências e comércios mantiveram-se até o começo do século XX.
vida quase franciscana: sem iluminação, ausência de
As mudanças no cenário comercial e no hábito de
instalações hidráulica, elétricas e falta de urbanização nas
consumo das famílias indicava um novo processo de
cidades.
modernização tecnológica sobre os meios de transportes,
Com a instalação da ferrovia São Paulo Railway em
materiais (aço, ferro e vidro) e no urbanismo, onde é
1867 que ligava o porto de Santos a Jundiaí, tornou a vida
introduzido em São Paulo novas formas de construções
familiar e urbana a melhorar o seu poder aquisitivo com o
arquitetônicas sobre os imóveis comerciais e residências
aumento das exportações do café e a nova diversidade de
que antes eram adaptações de velhos sobrados de taipa e
_________________
* Capitulo desenvolvido com base na autora BUENO, Beatriz Piccolotto Siqueira. SÃO PAULO: um novo olhar sobre a história. A evolução do comércio de varejo e as transformações da vida urbana. São Paulo: Via das Artes, 2012.
16
substituídas por modernas construções feitas de tijolos e estruturas de ferro inspirados no ecletismo de Paris.
através
da
expansão
e
da
verticalização.
Houve
a
necessidade de transpor o rio Anhangabaú, construindo as pontes:
Viaduto do Chá em 1982 e o Viaduto da Santa
Efigênia em 1913. A região do Centro Velho passa a ser chamada de Centro Novo, correspondendo ao distrito da República. A Rua Barão de Itapetininga passa a abrir lojas luxuosas de calçados, tecidos e confecções. A partir de 1902 a cidade de São Paulo tornou-se um
canteiro de obras. Diversos casarões foram demolidos para dar espaço às novas construções de prédios. Houve a implementação da iluminação e alargamento de ruas para a instalação dos trilhos do bonde elétrico. A Rua 15 de Novembro em 1908 era considerada como uma das ruas mais glamorosas da época, onde se concentrava comércios famosos como a Casa Lebre, a Casa Fox, a Farmácia Assis, a Joalheria de Rafaelo Medici, a Casa Paiva e a Au Paradis des Enfants. Nesta época a região era conhecida por ruas do triângulo, em união com a ruas da Direita e São Bento.
Figura 2. Rua 15 de Novembro em 1911 (BUENO, Beatriz P. Siqueira. SÃO PAULO: um novo olhar sobre a história. A evolução do comércio de varejo e as transformações da vida urbana. São Paulo: Via das Artes, 2012, pg.41)
A cidade de São Paulo começou a se transformar
Os estabelecimentos comerciais começam a se
ção de importações” que tinha como objetivo, produzir
modificar radicalmente a efeito da modernização no início do
internamente tudo aquilo que iriamos importar. Após esses
século
lojas
fatores, a indústria criou um novo tipo de consumidor de
estruturadas em grandes espaços, vendendo diversos tipos
classe média, com renda disponível e com gostos mais
de mercadorias, como é o caso da Casa Alemã em 1904,
exigentes (GRIMPEL, 1980).
XX,
com
o
surgimento
das
primeiras
em São Paulo; as Casas Pernambucanas em 1906, em Recife; a Établissements Mestre et Blatgé (Mesbla) em 1912, no Rio de Janeiro e o Mappin Stores em 1913, na cidade de São Paulo. Essas e outras empresas pegaram o modelo de lojas já existentes na Europa e nos Estados Unidos e a implementaram no Brasil. Figura 3. Mega Arquivo. Disponível em: <Https://megaarquivo. wordpress.com/2016/1 2/29/13-022-megamemoria-comerciovarejista-a-mesbla/>.>. Acesso 25 Abril 2018.
Figura 4. Mappin Stores (Praça do Patriarca) em 1919 - 1939 Disponível em: <https://sampahist orica.wordpress.c om/2013/12/01/el egante/>. Acesso 25 Abril de 2018.
A modernização só ocorreu no Brasil no final de 1949, por Sears Roebuck que promoveu uma loja no Rio de Janeiro e outra em São Paulo, no bairro do Paraíso, sendo inusitado na época por suas lojas não estarem localizadas no centro da cidade de São Paulo. Em 1950, o centro da cidade de São Paulo
A industrialização estimulou o varejo no Brasil em
demonstrava sinais de saturação. A cidade havia crescido
1940 entretanto, com o impulso da Segunda Guerra Mundial
verticalmente, necessitando de novos lugares para expandir
entre 1930 a 1945, inicia-se no país a chamada “substitui-
e centralizar.
18
Na década de 60, a Rua Augusta e a Av. Faria Lima
A Rua Augusta passa a perder a sua dinâmica e
foram escolhidas como um novo eixo do consumo de luxo.
seus usuários deixam de frequentá-la para ir aos Shoppings
Na Augusta surgiram as primeiras lojas com um novo
Centers. O comércio passa a atender essa nova demanda
conceito chamado de “boutique” que eram pequenas lojas
de consumidor implantando-se nos Shoppings Centers que
elegantes, com estilo minimalista e vitrines tendenciosas. As
se afirmam ser modelo de sucesso para o comércio por
lojas seguiam as tendências das norte-americanas e com
conter em um único espaço, diversas lojas de diferentes
um público específico.
segmentações, segurança, alimentação e estacionamento.
A indústria brasileira caminhava em ritmo acelerado enquanto
as
oportunidade
importações para
a
haviam
“Industria
da
caído,
criando
Moda”
produzir
confecções mais modernas, a estilo da bolsa nova e ao tropicalismo brasileiro. Os filhos da velha elite passaram a morar nos bairros do Cidade Jardim, Jardim América e Jardim Europa como uma nova categoria social. Este novo consumidor passa a ser mais exigente, desejando novos espaços para recreação e lazer. Em 1966 foi inaugurado o primeiro Shopping da
América
Latina
chamado
de
Shopping
Iguatemi
consequentemente em 1976, surge o Shopping Ibirapuera.
e
Figura 5. Rua Augusta década de 60 Disponível <http://www.saopauloinfoco.com.br/rua-augusta/>. Acesso 15 Novembro 2018.
19
2.3 SÉCULO XXI: COMÉRCIO DE RUA E DE SHOPPING CENTER Conforme
BUENO
(2012),
no
século
abrigasse todas as conveniências dos antigos e históricos “Centros”, incluindo o automóvel em sua estrutura. XXI
os
estabelecimentos comerciais de lojas passaram a ser chamadas de Mega Stores como por exemplo: as lojas Renner,
Casas
Americanas,
etc.
Pernambucanas, Muitas
lojas
Telhanorte, de
porte
Lojas grande
descentralizaram-se devido à alta concorrência, pois o metro quadrado das áreas nobres da cidade exigia uma enorme
O mercado se voltou para regiões periféricas, com preços mais acessíveis e situadas em eixos rodoviários, como as marginais dos Rios Pinheiros e Tietê. Os consumidores passam a melhorar sua renda e se motorizar, preferenciando com
estacionamento,
serviços
de
segurança e com infraestrutura. A paisagem urbana passa a ser modificada condicionando a população a difundir o comercio local. Todavia, com o constante aumento dos automóveis e da população, as ruas se tornam mais congestionadas, com poucas áreas de estacionamento, tornando a ida ao centro da cidade desgastante e cansativa para quem vai de carro. Consequentemente, a solução foi criar um edifício que
20
dos anos diminuíram o seu dinamismo, por não apresentarem acessibilidade e segurança aos seus usuários. O autor supõe
que este fato pode ter ocorrido por parte das prefeituras ter abandonado as ruas, principalmente as do centro. O Shopping Center virou o novo “Centro” projetado e planejado para atender os problemas da contemporaneidade sobre os comércios varejistas e a conveniência com seus
otimização de seu espaço.
estabelecimentos
COBRA (2009) acredita que as lojas de rua ao longo
clientes. Além de concentrar-se uma vasta opção de lojas e serviços, a localização do Shopping Center influência a área em que está inserida e ao seu perímetro, seja por carros, transporte público de ônibus, metro e trem. Os comércios de rua em São Paulo ainda não foram ofuscados completamente pelos Shoppings Centres porque elas sobrevivem por meio de iguarias e especialidades no
mercado, como por exemplos: Moda Popular (Rua José Paulino); Moda de Luxo (Rua Oscar Freire): Lustres (Av. Consolação); Lojas de decoração (Alameda Gabriel Monteiro da Silva), etc., incluindo comércios variados como a 25 de março, Santo Amaro, etc.
2.4 LOJA CONCEITO (FLAGSHIP STORE)
ambiente da loja por meio de um determinado tema ou estilo de vida. Na nossa década, o mercado competitivo aumentou a variedade de produtos e serviços oferecidos á preços similares e com a crescente concorrência das empresas
varejistas e a profissionalização do setor, obrigaram as marcas a serem mais criativas e inovadoras originando as chamadas lojas conceito ou flagship store. Esse conceito se aplica a espaços projetados que proporcione novas experiências aos consumidores. Mais do que um ambiente de compras, é um comunicam a identidade da marca, Figura 6. Loja Munny Shopping Anália Franco Disponível:<https://malaguetafashiondotcom.wordpress.com/2013/06/27/mu nny-no-shopping-analia-franco/>. Acesso 15 Novembro 2018.
“A partir da década de 80, instaura-se uma lógica do consumo emocional, pautada através das marcas “que gabam os méritos das iniciativas que proporcionam aos consumidores: experiências afetivas, imaginárias e sensoriais” (LIPOVETSKY, 2007, p. 39).
Na década de 80, as lojas passaram a ser tematizadas, com o proposito de integrar o consumidor no
espaços que
conta a sua história,
apresenta o produto com exclusividade e estimula os sentidos sensoriais de seus clientes. O desenvolvimento de uma loja conceito envolve a parte técnicas e os aspectos sensoriais e emocionais. É importante investir também na iluminação, aroma, conforto térmico, decoração, posição dos produtos, música e no atendimento passando a ser uma consulta especializada ao invés de simplesmente empurra e vender o produto. O investimento para se projetar uma loja conceito é alta, porem como é uma estratégia de posicionamento de mercado, o resultado retorna á longo prazo. 21
3. DIFERENCIAÇÃO ATRAVÉS DE RELAÇÕES E PARCERIAS
“Todos nós sabemos em nosso coração que as coisas não vão trazer felicidade e, estamos buscando uma conexão além do consumismo irracional, estamos buscando um significado. Nos conectar nos une com o passado, o presente e com o futuro. Tudo gira em torno de se conectar com o todo, sobre ter e obter, dar e receber”. (DANZIGER, 2004, p.109).
Sendo assim, para uma empresa comercial atingir o seu público alvo e se diferenciar no mercado competitivo, ele contará com o auxilio de diferentes áreas, a fim de promover ações dentro da empresa para tornar a sua marcar conhecida e alavancar as suas vendas, que são:
Ponto de Venda (PDV): LOURENÇO E SAM (2011) O consumidor passou de comprar apenas um produto, à algo que lhe traga um sentimento de valor e exclusividade. Deste modo, os estabelecimentos comerciais passaram a oferecer a seus clientes, experiências mais significativas em seus espaços comerciais, pensando em um espaço comercial mais temática e cênica, com narrativas que cativam os clientes através do layout dos espaços, da utilização do design e da diversidade de produtos que aproximam o cliente. Vale ressaltar que na concretização da compra, alguns elementos podem interferir na busca do diferencial do produto como: localização da loja, serviços, características, atendimento,
horário, pacotes,
estacionamento, além
(DEMETRESCO,1990, p.20).
do
próprio
preços, produto
defendem que o PDV é qualquer espaço de um estabelecimento comercial que conduz produtos ou serviços para a sua comercialização, de forma a ser tocado, apreciado e comprado pelo consumidor. No intuito de encantar o cliente e convence-lo a entrar no estabelecimento comercial, são utilizadas ferramentas de comunicação que envolvem o visual, cores, iluminação, localização,
sinalização,
sonorização,
exposição,
tecnologia e um bom atendimento. Segundo pesquisa elaborada pela Consultoria POPAI Brasil em 2016, aponta que 70% das decisões de compra iniciam-se no PDV e que 50% são influenciadas pelo hábito do consumidor. Este dado mostra o quanto é importante as empresas investirem na comunicação e na transformação do PDV para criar um relacionamento entre empresa e cliente. 23
aquela determinada experiência.
Visual Merchandising: é uma ferramenta que trabalha o ambiente do ponto de venda criando assim, personalidade e identidade por meio do design, da arquitetura e da decoração, afim de induzir o consumidor a comprar. Dentre suas técnicas, existe à preocupação com os aspectos externos do comércio, desde a visibilidade, o tamanho, a fachada, o material de acabamento, as vitrines e a
conservação da loja. Figura 7. Guide Shop da Amaro Morumbi Town Disponível: <https://exame.abril.com.br/pme/moda-do-futuro-na-amaro-suaproxima-roupa-esta-escondida-no-smartphone/>. Acesso 18 Novembro 2018.
Branding: corresponde ao gerenciamento e associação da marca na mente do consumidor sobre produtos e serviços, passando sensações, emoções e imagens através das experiências vivenciadas com o lojista. Marcas famosas conquistaram seus clientes através do valor da própria marca,
livremente
de
suas
lojas.
São
marcas
excepcionalmente valorizadas fora de seu fluxo de caixa. Quanto mais detalhes o nome da empresa tiver, mais memórias o cliente terá para associar suas lembranças à 24
Figura 8. Loja Topshop Topman nos Estados Unidos Disponível: <https://www.drapersonline.com/retail/multiples/more-us-stores-fortopshop-and-topman/5034595.article/>. Acesso 18 Novembro 2018.
Comunicação Visual: STRUNCK (2011) acredita que a comunicação visual no PDV tem como objetivo comunicar,
informar e chamar a atenção do cliente através de placas decorativa, cartaz, banner, catalogo do produto, letreiro, pôster, identidade visual da loja, efeito cenográfico e teatral, incluindo temas relacionadas a datas comemorativas, como Dia Das Mães, Páscoa, Primavera, Outono, Etc. A comunicação visual no PDV deve ser bem visível sobre layout, tipo, marca, produtos, localização, etc., incluindo, o habito de compra do cliente, como perfil, idade, sexo, tempo de permanência na loja, etc., para o comercio atingir os seus objetivos nas vendas. A mensagem é transmitida conforme o local onde o produto está inserido e um dos fatores a ser considerado é o tempo de leitura de uma determinada
Figura 9. Nike Oscar Freire Disponível: <http://www.correrpelomundo.com.br/2014/12/nike-oscar-freire-temespaco-exclusivo-para-mulheres//>. Acesso 18 Novembro 2018.
informação.
Marketing: KOTLER e KELLER (2006) afirmam que o
junto de técnicas de execução, planejamento, comunicação,
objetivo do marketing é compreender e conhecer o cliente
preço e distribuição de ideias sob bens e serviços, que
tão a fundo que o produto ou o serviço se vendam sozinhos
visam satisfazer os objetivos organizacionais de cada
e que correspondam as expectativas do cliente. De acordo
empresa.
com BLESSA (2015) considera o marketing como um con-
25
4. ARQUITETURA COMERCIAL DE INTERIORES
dados, acrescentando o organograma da empresa que
4.1 CONCEPÇÃO
apresentará as informações necessárias para projetar um espaço que interligue ou não ambientes reservados a O projeto comercial de uma empresa deve ser
determinadas funções.
representado de forma clara e leal ao seu conceito. Caso a
O design da loja pensado de forma cuidadosa é
empresa não consiga passar a sua identidade sobre os seus
importante para a comunicação com o cliente em potencial,
produtos e serviços, tenderá a perder o seu valor de
tornando o PDV harmonioso e objetivo (OLIVEIRA, Natália
mercado, podendo comprometer a sua existência. A
Maria Garcia; BRAIDA, Frederic & Colchete Filho, Antônio,
empresa alcançará metas baseadas em ações subjetivas e
2016, p.5).
objetivas, transmitindo o que ela pensa e acredita (GURGEL, 2005, p. 21 e 22). A marca precisa passar ao seu público um estilo de
4.2 VITRINA
vida ou um status social. Pode representar o quanto a
Os produtos hoje em dia são quase parecidos uns
empresa está atenta as novas tecnologias ou se possui um
com os outros, devido as tendências da moda, grifes e
perfil conservador. Por isso é importante o arquiteto ou
marcas, e isto cria a uma forte concorrência entre as lojas,
design
motivando as vitrines a serem cada vez mais valiosas e
reconhecerem
quais
são
as
características
consideráveis no projeto de arquitetura de uma empresa para não comprometer a sua imagem e espantar seus clientes.
expressivas para representar boas e más ideias. DEMESTRESCO (1990) afirma que a vitrina é o cartão postal da loja, devendo ser um convite para a
Deve-se entender a complexidade sobre quais
entrada. A vitrina deve ser algo a mais, como uma atração,
atividades serão desenvolvidas em cada espaço, os
um espetáculo visual, com o objetivo de estimular o
equipamentos que o sobrepõe e as interações entre os
consciente e o inconsciente do consumidor a dirigir seus
ambientes. É importante fazer todo o levantamento desses
passos ao PDV. 27
Estudar a arquitetura da vitrina é entender sua ligação entre ela e a loja ou o seu ambiente intermediário. É
utilizar objetivos gráficos pendurados para distinguir o espaço interior do projeto.
entender se a vitrina possui: fundo, laterais e teto, cujo a dimensão é em função da mercadoria que vende.
De Esquina: Este tipo de projeto costuma ser complexo, pois
No trabalho acadêmico realizada por ANGELI (2017)
deve-se pensar nos pontos e linha de visão em diversas
é citado BAILEY e BAKER (2014), as principais vitrinas
direções. A aglomeração dos produtos conduz os clientes a
utilizadas pelas lojas comerciais, como mostra os exemplos a
percorrer a vitrine até a entrada da loja.
seguir: Sem Vitrina: A vitrine é eliminada, podendo o cliente ter Fundo Fechado: Lojas de departamento costumam usar
contato total com os produtos expostos pela loja. Usualmente,
este estilo de vitrina para criar um display sequencial ou
a porta de entrada é fechada por uma porta metálica para a
temático. Costumam realizar projetos teatrais com pano de
proteção da loja.
fundo em diversas escalas, exigindo um planejamento prévio para não elevar o custo na decoração do projeto.
Inclinada: Cada vez menos utilizadas pelos lojistas, tem o objetivo de inclinar a vitrine em direção a porta de entrada.
Aberta no Fundo: O fechamento do fundo é aberto, podendo ou não ter fechamentos nas laterais. Isto permite o
Arcada: O fluxo dos clientes é direcionado para a entrada da
lado de fora visualizar o interior da loja, devendo o lojista
loja, pois suas vitrinas são afastadas da rua e orientadas para a
tomar cuidado com a organização e disposição dos produtos.
visão lateral.
O cliente terá mais contato com os produtos exposto na vitrine podendo toca-los.
Caixas ou Mostradores: Costumam ser utilizadas por empresas especializadas em produtos de pequena dimensão.
Meio-Fundo: Lojas menores e especializadas costumam
São consideradas miniaturas de vitrinas no intuito de exibir produtos ou joias menores para direcionar o olhar do cliente.
28
FIGURA 10. TIPOS DE VITRINAS
Fonte: Elaborado pela autora (2018)
Algumas lojas possuem piso fixo e outras com pisos removíveis, tomadas elétricas ocultas, sprinklers adicionais
e portas ocultas para vitrinas fechadas. As
vitrinas
e
mostruários
devem
se
renovar
caso uma lâmpada se superaqueça, móveis para compor a
frequentemente para que a loja continue interessante e
decoração, grelha no teto para pendurar cartazes e objetos,
atraente ao seu público. 29
4.3 LAYOUT
Gurgel (2005) acredita que conforme a necessidade da empresa, é importante a setorização do ambiente
Os lojistas procuram ser os melhores no que
comercial, entendimento do espaço e suas condicionantes
oferecem, seja no preço, na localização e principalmente
como: elementos estruturais, vigas, vitrinas, pontos focais,
na promoção do PDV que se tornou uma diferenciação
visão, luz natural, entrada, saída e parada.
mercadológica.
De acordo com referências citadas no trabalho
O layout da loja deve ser muito bem pensado
acadêmico de ANGELI (2017), destaca- se alguns tipos de
porque é através de sua planta baixa que os equipamentos
modelo de layouts, descrito pelos autores BAILET e BAKER
estarão dispostos para um bom funcionamento e uma
(2014), que são:
adequada circulação à seus clientes (BLESSA, 2015, p. 42 Grande Simples: Lojas e supermercados de grandes
e 43). Conforme a autora comenta em seu texto, para se
proporções utilizam este modelo por trabalharem com
projetar um layout eficiente é necessário pensar nestes
grandes quantidades de produtos. Os expositores ficam em
dois aspectos, que são:
forma de grade ou em fileiras, sendo um modelo de layout fácil de manter e de planejar.
• O cliente deve ser incentivado a movimentar- se pela loja, com um fluxo estimulante entre espaços e corredores.
Circular: Tem como objetivo expor uma ampla variedade de produtos ao cliente conforme ele circula pela
• Os espaços devem ser valorizados e outros exclusivos,
loja. Devem ser bem pensadas para não virar um longo
para ficar as mercadorias expostas e criar um clima
passeio para o cliente ficar circulando pela loja. Ao longo do
agradável às compras.
percurso, tem que existir atalhos e paradas.
30
Agrupamento Flexível: É uma forma de motivar os
FIGURA 11. TIPOS DE LAYOUTS
consumidores a caminharem pela loja de forma mais livre entre
os
diversos
departamentos,
manequins,
sinalizadores, expositores e elementos decorativos.
Exposição: É uma técnica que aumenta seu perímetro para a exposição de produtos, deixando o espaço central livre para a circulação de pessoas. O produto é atribuído como uma obra de arte, já que esse tipo de layout traz máxima visibilidade entre cliente e mercadoria.
Ilha: Aparentam como ilhotas no centro da loja destacando produtos em promoção. A intenção é impulsionar o cliente a caminhar pela loja em um trajeto recorrente do outro.
Combinado: É a mistura de todos os tipos de layout com o objetivo de passar diferentes ritmos e categorias em grandes lojas.
Concessão: Grandes varejistas de departamentos utilizam este modelo para dispor de espaços alugados para outras marcas.
Fonte: Referência do trabalho acadêmico de ANGELI (2017) pg. 46 e desenho elaborado pela autora (2018)
31
4.4 MATERIAL E REVESTIMENTO
consumidores, a sentir e tocar nos produtos. A Diesel é um exemplo de loja que utiliza materiais como metal, madeira e concreto em sua atmosfera de venda para representar a sua
Os materiais são importantes para a impressão
marca e despertar sensações.
visual no ambiente da loja, exibindo texturas que interagem com o consumidor por meio das vitrines, fachada, mobiliário, revestimento de parede e tudo que puder ser traduzido como identidade da marca. Revestimentos e outros materiais que são utilizados
no ponto de vendas são pouco abordados, obtendo breves considerações profissionais sobre este tema apresentado a seguir: GURGEL (2005) acredita que as texturas são essenciais na composição da atmosfera e no caráter de um ambiente comercial. A mesma superfície pode gerar diferentes sensações e percepções por seus usuários, dependendo do tipo de textura. A iluminação pode ser percebida de diferentes maneiras dependendo da textura. BAILEY e BAKER (2014) dizem que ao manusear uma textura áspera ou granulada, podem gerar uma imagem grotesca no ponto de venda. Utilizar texturas
sedosa, líquida ou macia geram estímulos sensoriais nos
32
Figura 12. Loja Conceito Diesel Tokyo Shibuya Disponível: <http://www.zinensis.com/diesel-concept-store-tokyo-shibuya/>. Acesso 15 Novembro 2018.
MORGAN (2011) comenta que muitas lojas utilizam
um único estilo de revestimento de piso e por meio dos expositores, conduzem os clientes a caminharem pelo ambiente. Em outras lojas, os revestimentos dos pisos são alterados e podem conduzir o cliente a percorrerem ambientes desejados.
4.5 LUZ E ILUMINAÇÃO
Importante considerar que a iluminação não ilumina por si própria, pois ela depende de superfícies que a refletem pelo
É essencial em um ambiente comercial, uma iluminação que ajude a destacar suas mercadorias, vitrines, ambientem e o conceito da marca. Transmite limpeza no
ambiente, atraindo a atenção dos clientes, além de destacar lugares encantadores e disfarçar áreas desagradáveis (BLESSA, 2015, p. 34). “Uma iluminação ruim pode ser totalmente prejudicial a uma empresa, impedindo vendas e até mesmo expulsando a clientela da loja” (GURGEL,2005, p.39).
ambiente portanto, paredes totalmente de vidro possui 0% de reflexão, enquanto o espelho possuí 100% de reflexão. “As cores, materiais e as texturas das diferentes superfícies em um ambiente interferem na quantidade de luz refletida e na consequente claridade dentro dele, determinando a porcentagem absorvida” (GURGEL,2005, p.39).
Segundo GURGEL (2005) cita cinco tipos de iluminação, sendo: luz direta, utilizada para destacar objetos
Shoppings Centers costumam criar uma atmosfera
específicos; luz indireta que é a luz de teto, podendo ser
tranquila e descontraída do mundo exterior para que o
aplicada como grande refletor; luz difusa, sendo uniforme e
cliente não desvie a atenção para mudanças climáticas,
se espalha pelo ambiente causando menos contraste entre
focando somente nos produtos da loja.
escuro e claro; Wall-Washing, realça a parede criando
A iluminação pode ser utilizada como grandes refletores quando focadas em paredes, para criar a
destaque entre si e pode ser simulado por spots e o Built-in, que é a luz acoplada na arquitetura.
sensação de que o ambiente é mais amplo e claro.
33
FIGURA 13. TIPOS DE ILUMINAÇÃO
Fonte: Adaptado pela autora (2018) com referência no Pinterest. Disponível em < https://br.pinterest.com/pin/311311392973884484/>. Acesso em 30 Maio 2018
Conceitos luminotécnicos ajudam a quantificar e
da em Kelvin (k) e sua aparência é emitida através da fonte
qualificar a iluminação de uma loja comercial, pensado no
de luz. A luz amarela é menor do que 3.500k, enquanto a
bem-estar das pessoas que se encontram no ambiente.
luz branca apresenta a temperatura de cor maior que
Para utilizar esses conceitos é necessário entender sobre temperatura de cor, índice de reprodução de cor (IRC), fluxo
luminoso
e
eficiência
energética
que
5700k, ou seja, quanto maior for a temperatura da cor, mais claro será a tonalidade da luz.
serão
apresentados a seguir:
A iluminação do comércio será determinado como luz quente (abaixo de 3500k) ou fria (acima de 5700k)
Temperatura de Cor: Se refere a tonalidade da cor. É medi34
dependendo da sensação psicológica e visual do ambiente.
Figura 14. Temperatura da Luz Conforme Tonalidade da Cor Fonte: Disponível em <http://www.ledplanet.com.br/blog/iluminacao-ideal-para-cada-tipo-deambiente/>. Acesso em 30 Maio 2018
Lâmpadas amarelas simbolizam conforto e tranquilidade, encontrados nos ambientes de dormitórios e salas de estar. As lâmpadas brancas podem ser vistas em ambientes de escritórios, bibliotecas e áreas de maior atividade intelectual e física. Não se deve julgar que lâmpadas amarelas são menos luminosas que as brancas, pois lâmpadas com a mesma potência podem representar a mesma iluminação no ambiente.
FIGURA 15. EXEMPLOS DE LOJAS COM TEMPERATURA DE CORES
Fonte: Elaborado pela autora (2018)
35
Índice de Reprodução da Cor (IRC): Corresponde a um
Fluxo Luminoso: Calculada em lúmen (lx), corresponde a
comparativo entre fonte de luz natural e artificial, produzidas
quantidade de luz emitida por uma única fonte luminosa,
por uma única fonte de luz. Quanto maior for seu índice,
enquanto a iluminação e a potência são indicadas pela
melhor será a reprodução da cor, como exemplo de
Eficiência Energética de um ambiente. A NBR 5413/1992
aplicação no quadro da NBR a seguir:
estabelece valores médio para a iluminação de interiores artificial em lojas comerciais, consideram três opções de níveis de iluminância, que são:
Quadro 1. Índice de Reprodução de Cores CLASSIFICAÇÃO
NÍVEL
EXCELENTE
IRC
APLICAÇÕES
LOCAL
1a Ra 90-100
Floricultura Escritório Residência Loja
VITRINAS E BALCÕES (CENTROS COMERCIAIS DE GRANDES CIDADES):
Nível 1 MUITO BOM
1b Ra 80-89
BOM
2a Ra 70-79 Nível 2
RAZOÁVEL REGULAR
INSUFICIENTE
Fonte: NBR 5413/1992
36
2b Ra 60-69 Nível 2
Nível 4
Quadro 2. Iluminância de Interiores para Loja
Ra 40-59
300 - 500 - 750
Circulação Escada Oficina Ginásios Esp. Depósito Posto de Gasolina Pátio de Montagem Indus. Vias de tráfego Canteiro de obra Estacionamento
TIPO DE ATIVIDADE
ILUMINÂNCIA (LUX)
Geral
750 - 1000 - 1500
Iluminação suplementar com facho concentrado
3000 - 5000 - 7500
Geral VITRINAS E BALCÕES (OUTROS LOCAIS FORA DOS Iluminação suplementar CENTROS COMERCIAIS): com facho concentrado
300 - 500 - 750 1000 - 1500 - 2000
300 - 500 - 750 INTERIOR DE:
Loja de artigos diversos 300 - 500 - 750 Centros comerciais 300 - 500 - 750 Outros locais Fonte: NBR 5413/1992
4.6 COR
A escolha adequada de um esquema de cores resulta em um projeto de sucesso, interferindo diretamente
no espaço desejado, seja, alterando formas e dimensões, Utilizar a cor é uma forma de atrair a atenção do
quando, aos estímulos e sensações vivenciadas pelos
público-alvo ou enfatizar uma determinada mercadoria.
usuários, podendo satisfatoriamente auxiliar no projeto
Pessoas de diferentes sexos, idades e culturas respondem
comercial de loja para estimular o consumidor a adquirir aos
de maneira opostas à psicologia das cores. O arquiteto
produtos.
utilizando as técnicas das cores nos projetos, influencia no comportamento dos usuários para ambientes desejados. As cores devem ser pensadas juntos com o efeito da
BLESSA (2015) recomenda que lojas de pequeno ou grande e porte devem apresentar projetos pensados no tipo e na cor determinadas por seu tamanho, como:
iluminação, pois as cores podem ser alteradas conforme a influência da luz. A iluminação de um ambiente também
Lojas
Pequenas:
Costuma-se
utilizar
a
cor
pode ser diferente devido a sua eficiência dependendo das
acompanhando a coleção apresentada a vitrine. A cor da
tonalidades e cores. A textura também pode alterar a
estação ou da moda envolvem o consumidor ao desejo de
intensidade da cor se não vistas antes. Portanto, é
estar por dentro das últimas tendências.
recomendável especular antes, como será o efeito da cor na iluminação, textura e vice-versa.
Lojas Grandes: Importante ter clareza nas paredes,
Pode-se dizer quem as cores podem mudar o humor
principalmente no teto (branco) para economizar luz. Os
das pessoas que moram ou trabalham em um determinado
elementos que compõem uma decoração devem ser
ambiente.
entregues em tons que combinem com os demais elementos
Elas
atuam
no
subconsciente,
determinadas lembranças e sensações.
trazendo
da loja.
37
Lojas que utilizam cores sem critérios, podem criar
Neutro: Propostas minimalistas aplicam este estilo. Cores
composições desordenadas, gerando prejuízos para uma
neutras apresentam tons da natureza como: área, algodão,
empresa. Para evitar isso, recomenda-se utilizar técnicas
sisal, terra e algumas tonalidades de marrons. Não são
de
consideradas cores quentes nem frias. Empregado como
composição
cromática,
a
fim
de,
criar
várias
possibilidades e combinações de cores.
elemento
arquitetônico
pode
neutralizar
o
espaço
compositivo, deixando sua atmosfera elegante e refinada. São ótimos para ambientes expositores ou com cores vibrantes para evidenciar o objeto.
Monocromático: Indicado para ambientes pequenos, é Figura 16. Círculo Cromático. Disponível em: <https://blogjumeajuda.wordpress.com/2014/12/08/circulocromatico/>. Acesso em 30 Maio 2018
uma cor única, disposta a diferentes tonalidades, junto ou não com a cor preta, cinza, branco ou cores neutras.
Para compreender o efeito do círculo cromático e
Complementar: É um tipo de cor harmoniosa, sendo um
escolher as cores que se adaptem ao projeto, é necessário
dos mais difíceis de se equilibrar. Usufrui da cor oposta ao
entender a psicologia das cores e como ela influência seus
círculo
usuários, sendo apresentadas algumas técnicas a seguir:
combinações ricas e vibrantes.
Acromática: Utiliza-se cores como o preto, branco e tons
Triádico: Emprega as cores primárias (azul, vermelho e
de cinza. Caracteriza um ambiente frio e autoritário. É uma
amarelo) ou pode utilizar três cores do círculo cromático.
escolha impessoal transmitindo sofisticação e elegante ao
Empresas dinâmicas como academia de ginastica, escola e
mesmo tempo sombrio por causa do preto.
creche necessitam destas cores em seus ambientes. Para
38
cromático.
Faz
uso
de
contraste
criando
um projeto mais sofisticado e um pouco mais neutro,
FIGURA 17. EFEITO DO CÍRCULO CROMÁTICO EM VITRINAS
recomendando- se cores pastéis ou fechados (tons
acinzentados).
Análogo: É composta por cores analógicas (próximo ao círculo cromático), podendo criar ambientes curiosos. Suas cores podem ser quentes ou frias.
A imagem abaixo apresenta um esquema básico sobre os princípios da utilização das cores e suas influências em estabelecimentos comerciais:
FIGURA 18. INFLUÊNCIA DAS CORES
Disponível em: <https://www.decoracaoeprojetos.co m.br/decoracao-de-vitrines-para-onatal2015/>|<http://vitrinerg.blogspot. com/2008/07/>|<http://www.mmdamo da.com.br/leis-gestalt-melhoramprojetos-vitrines/>. Acesso 30 Maio 2018.
Fonte: Elabora pela autora (2018) com base no site - significado da cromoterapia. Disponível em: <https://www.significados.com.br/cro moterapia/>. Acesso 30 Maio 2018.
39
4.7 SOM
que trabalharam o dia todo e deseja um pouco de paz no momento da compra.
Músicas mais agitadas como rock pesado e pagode A música pode criar atitudes desejadas nas pessoas,
são contra indicadas para se tocar na loja, pois elas
seja clientes e funcionários. Além de reforçar e melhorar a
importunam os clientes enquanto estão realizando as
imagem da loja, estimula o cliente a adquirir os produtos da
compras. Música com o ritmo mais calmo e lento faz o
loja de forma descontraída e torna os funcionários mais
cliente esquecer da hora, permanecendo mais tempo.
alegres, diminuindo a rotatividade entre funcionários.
As músicas podem variar conforme região e país.
Os varejistas de lojas costumam variar as músicas
Neste caso, é importante estudar as características locais
para influenciar no comportamento de seu cliente em
envolvendo gênero e ritmo daquela região para tocar as
horários alternados. O ritmo da música pode controlar o
músicas locais. E precisa prestar atenção nas letras para
andamento do tráfego da loja.
não ser ofensiva aos clientes diz MORGAN (2011).
Pela manhã, idosos gostam de realizar suas compras
Atualmente o Music Branding tem se destacado
ao som de música lenta e suave. No horário do almoço,
como uma forma estratégica entre os comerciantes que
pessoas fazem compras ligeiramente rápidas, podendo o
desejam gravar sua marca na mente das pessoas. O
ritmo da música ser mais acelerado. No período da tarde, é
objetivo é atingir o consumidor através da emoção e
considerado o horário preferido entre as donas de casa que
possivelmente influencia-lo na compra e o fideliza na marca.
preferem um ritmo moderno e mais leves. No horário do
Empresas deste ramo têm surgido, a fim de levantar um
chamado rush (das 17 horas entre as 19 horas) o ritmo da
estudo sobre a marca da empresa, levantar o perfil de seu
música deve ser acelerado para as compras ficarem no
público-alvo e criar uma atmosfera condizente.
mesmo ritmo. À noite, o ritmo é mais calmo para os clientes
40
4.7 AROMA
Com base em BLESSA (2015), o olfato é o sentido que mais desperta emoção no ser humano e a decisão de compra é fundamentada nisto. Um cheiro ou um perfume, cria uma personalidade ao ambiente provocando fome, lembranças, desejos e até mesmo saudade. Empresas têm se especializado em desenvolver tipos de cheiros para usar a favor de promoções e PDV como forma de atrair clientes e despertar desejos. Exemplo disso é
Figura 20. Galeria Melissa Oscar Freire Disponível: <http://www.viesdesignmoda.com.br/2014/04/loja-conceitonova-aposta-das-marcas.html>. Acesso 15 Novembro 2018.
o cheiro de pipoca em gôndolas, o cheiro de amendoim doce, perfume de flores próximo de água sanitária floral. Dependendo do produto, seu lucro pode aumentar em 20%.
No
Brasil,
as
sandálias
Melissa
explora
as
sensações sensoriais de seus consumidores, com o inconfundível “cheirinho Melissa” que a marca lançou como um diferencial em seus calçados. Na loja-conceito localizada na Oscar Freire (SP) há sempre um borrifador encima da entrada da porta que a cada 10 minutos despeja o aroma das sandálias no ambiente.
Figura 19. Quiosque Toca da Pipoca em Tocantins Disponível: <http://2lcenografia.com.br/cliente/26>. Acesso 15 Novembro 2018.
41
5. ANÁLISE E COMPARAÇÃO DE AMBIENTES COMERCIAIS: ESTUDOS DE CASO
5.1 LOJA CAVALERA (fonte:http://www.cavalera.com.br/portugues/historia.html)
A Cavalera de origem paulistana, nasceu do sobrenome de Igor Cavalera (ex-baterista da banda Sepultura) que em parceria com Alberto Hiar (Turco Loco que iniciou sua carreira como comerciante de roupas no bairro do Brás e foi Deputado Estadual pelo PSDB-SP), uniram forças e juntos fundaram a marca em 1995. Figura 21. Loja Cavalera Oscar Freire (2018)
Alberto Hiar tinha uma forte ligação com a marca de roupas da Vision Streetwear, conhecida popularmente como Skatewear, servindo como referência de produto
Público: Feminino e Masculino
para a marca Cavalera. Alguns anos depois Igor
Idade: Entre 12 até 70 anos
Cavalera rompeu sociedade com Hiar, porém a marca
Classe: Média, média-alta
manteve o seu sobrenome, a influência musical, a moda
Preço Médio: 99,00 até 5.000,00
e a arte.
SOBRE A MARCA: A Cavalera celebra o universo pop
Carro Chefe: Jeans e malhas
Sua premissa é se renovar a cada estação,
mundial e nacional, com estampas humoradas, criativas
apresentando
e cheias de simbolismo. Com uma coleção completa para
diferenciação e originalidade. A estratégia é não incentivar o
consumidores que gostam do estilo street e jeanswear,
consumismo, mas sim o colecionismo, de modo que os
ela oferece também alfaiataria, óculos, calçados e
clientes tenham carinho e amor pela Cavaleira.
a
seus
consumidores,
propostas
de
cosméticos. 43
ANÁLISE
Conceito: A loja é toda inspirada na casa de um roqueiro. No meio da loja, concentra-se a bateria de Igor Cavalera e
A cavaleira é um concorrente indireto da John John já que ela representa o público que gosta da cultura de rua, mesclado com o universo da música e arte e agregado ao comportamento lifestyle de se vestir. Para entender melhor o seu conceito, visitei a sua flagship localizada na Rua Oscar Freire, por
objetos decorativos, como: guitarra, motocicleta e a armadura de um samurai do século 5. Próximo à entrada virando à direita da loja, fica exposto as roupas de maior valor colocadas sobre uma mesa de jantar estilo Luís XV. O teto é todo grafitado e dentro da loja existe uma barbearia voltada para o público masculino, com direito a cerveja, música e uma boa conversa.
mostrar todo o potencial da grife celebrada neste espaço.
Figura 22. Arara de Roupas (2018)
44
Figura 23. Bateria de Igor Cavalera (2018)
Fachada e Vitrine: A porta principal de entrada da loja
Iluminação: O ambiente é bem iluminado, dando ênfase
possui o fundo preto como forma de marcar a simbologia da
sempre na marca. As luminárias embutidas concentram-se
marca. Na vitrine, mostra a cena do entretenimento social e
nas mercadorias, principalmente nas de lançamento e de
tecnológico relacionado ao mundo real (o urbano) e o virtual
maior valor.
(Pokémon Go) como forma de interação da marca com o público-alvo.
Ambiente: Projetado com base no Feng Shui para criar um ambiente mais harmonioso, transmite em seu ambiente, a
arte e música clássica da década de 90. O teto e as paredes apresentam cores claras e maior parte da loja utiliza piso cerâmico na cor cinza. O caixa de pagamento é sutil localizado no fundo da loja próximo a barbearia.
Figura 24. Loja Cavalera Oscar Freire (2018)
Layout: É pensado para ter um fluxo circular para que o visitante caminhe por toda a loja, com passeios curtos e cheio de atalhos.
Figura 25. Barbearia. Disponível em: <https://ffw.uol.com.br/noticias/beleza/cavalera-inaugura-segunda-barbeariaem-sao-paulo-357/galeria/2/>. Acesso 18 Nov. 2018
45
5.2 LOJA VANS (http://mundodasmarcas.blogspot.com/2012/04/vans.html)
A marca foi fundada pelos irmãos Paul Van Doren e Jim Van Doren, juntamente com os sócios Gordon Lee e Serge D’Elia, na Califórnia em 1960. A Van Doren Rubber Company era a única na fabricação de calçados esportivos para Skatistas, vendidos diretamente para um determinado público-alvo. Em pouco tempo a marca passou a fabricar em
Figura 26. Loja Vans JK Iguatemi. Disponível <http://www.mariavitrine.com.br/2012/07/loja-vans-no-brasilno-shopping-jk.html>. Acesso 12 Novembro 2018.
maiores quantidades de calçados e como forma de teste para identificar a resistência dos calçados, um dos
Público: Feminino, Masculino e Infantil
fundadores passou a correr em maratonas. Em 1970 a
Idade: a partir de 8 meses até 70 anos
marca se popularizou, passando a fazer encomendas para o
Classe: Média, média-alta
Departamento de Defesa Norte Americana e também para a
Preço Médio: 30,00 até 5.000,00
Força Aérea dos EUA.
SOBRE A MARCA: Os Skatistas aderiram rápido ao calçado, pois o peso e o solado vulcanizado auxiliavam nas manobras do esporte. Hoje a marca possui uma variedade de modelos de calçados fundamentada na juventude, estilo individual e autenticidade.
46
Carro Chefe: Calçados
Apesar da marca produzir tênis, ela passou a fabricar também roupas e acessórios como forma de aumentar os produtos da marca e integrar a cultura de rua para o público mais descolado e conectado à moda.
FLAGSHIP VANS
atenção de pessoas que gostam do estilo skatista e surfista de se vestir ou praticantes dos esportes.
É um ambiente de loja totalmente esportivo e a decoração desperta no cliente a imaginação do espirito aventureiro.
Estimula também de forma inconsciente, as
sensações olfativas através de imagens, cheiros, sons e sensações do toque ao entrar em contato com as peça de roupa e calçado oferecidos pela marca.
Pensando sobre o que a Vans e a John têm em Figura 27. Ambiente Interno Loja Vans Disponível <http://www.mariavitrine.com.br/2012/07/loja-vans-no-brasil-noshopping-jk.html>. Acesso 12 Novembro 2018.
comum, seria a exclusividade em seus produtos por oferecer a modelagem perfeita e o alto conforto ao vestir uma roupa ou calçar um tênis. O
A Vans localizada no Shopping JK Iguatemi na cidade de São Paulo, possui 110m² e foi a primeira loja-
público-alvo é o mesmo, sendo
pessoas que gostam de modernidade e inovação e possuem a mesma classe social.
conceito da marca no país em 2012. O projeto tem como inspiração à loja Vans de São
Ambas as lojas procuram despertar as sensações
Francisco (EUA), usando como referência as madeiras
olfativas para passar uma melhor experiência de compra à
típicas encontradas em píers nas praias da Califórnia.
seus clientes, no intuito de memoriar a marca na mente do
É um projeto de loja todo despojado, com forte
seu público e passar um estilo de vida único de se vestir.
evidencia da madeira e imagens de skates para despertar a 47
6 . VISITA TÃ&#x2030;CNICA SHOPPING IBIRAPUERA
Figura 29. Construção do edifício em 1974 e fachada de inauguração em 1977. Disponível em: https://spcity.com.br/40-anos-do-shopping-ibirapuera/>. Acesso em 27 Maio 2018
Shopping Iguatemi que foi o maior sucesso na década de 60), Figura 28. Shopping Ibirapuera (2018) (Fonte:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/moema_1285687682.pdf)
e nos anos de 1995 até 1997 foi certificado pelo Guiness Book como o maior Shopping do País. O jardim da Avenida Ibirapuera já contou com o plantio
A história do Shopping Ibirapuera inicia-se na década de 70, em que a av. Ibirapuera passa a ser uma área comercial com grande potencial econômico, iniciando a abertura de empresas de lazer e entretenimento. Devido a estes aspectos, o mercado imobiliário passa à enxergar grandes possibilidades de construções para empreendimentos residenciais e comerciais da região. Na área que antes abrigava uma indústria de tecelagem indiana, um campo de futebol e uma escola, foram demolidos pela construtora carioca Veplan- Residência para dar espaço a construção do Shopping Ibirapuera que iniciou suas obras em 1974 e terminou em 1977, ano de sua inauguração. Foi o segundo Shopping inaugurado na América Latina (antes do
de uma árvore pau-brasil realizada pelo arquiteto paisagista, Roberto Burle Marx em 1985. A
edificação
do
shopping
desencadeou
o
desenvolvimento no bairro de Moema, tornando uma das regiões mais promissoras da cidade de São Paulo, segundo dados de viabilidade realizada pela empresa Veplan. Moema impulsionada pelo Shopping e sua rápida transformação, passa a mudar o perfil de seus consumidores de classe baixa, para classe média e média-alta. O Shopping Ibirapuera atrai em média 86 mil pessoas diariamente, com 163.165,43 m² de área construída, 504 departamentos de lojas e uma população fixa de 5.500 pessoas, incluindo funcionários, administração e lojistas.
49
Maior parte dos lojistas adaptaram-se a estrutura do edifício, cobrindo os pilares com imagens de comunicação visual, texturas ou utilizando-o como divisão de área entre vitrines.
Nos corredores e na áreas externas do Shopping Ibirapuera, encontram- se esculturas instaladas em 1976, realizadas por artistas renomados como, o argentino Roberto Vivas e artistas brasileiros como, Caciporé Torres, Franscisco Stockinger, Carlos Tenius e Dolly Moreno, artista americana de origem egípcia.
arquitetônico é eclético e mistura diversos materiais que remetem os anos 70, como o cimento, vidro translúcido, blocos, cerâmica e o ferro. Desde
a
inauguração
do
shopping,
20
lojas
permanecem até os dias de hoje que são: Andorra, Arigatô, A Miniatura, Jacques Janine, Fascar, Jogê, Fototica, Tabacaria Lee, Uchikawa, H. Stern, Bayard, C&A (primeira loja
inaugurada
pela
marca
na
América
Latina),
Kopenhagen, Lojas Americanas, Guiné, Viena, Ofner, Mários Cabelereiros, Via Veneto e Pietro Spinelli.
50
Figura 30. Loja Planet Girls, Yogini e TVZ (2018) Fonte: Desenho elaborado pela autora (2018
Nas fachadas do shopping, observe-se que o estilo
6.1 ANÁLISE DE CAMPO A planta térrea possui uma configuração menor de lojas comparada a planta tipo que se repete no subsolo, primeiro e segundo andar e a área demarcada em azul escuro é a entrada e saída de veículo dos visitantes, sendo
O edifício conta com seis pisos, chamados de: piso Jurupis (praça de alimentação no subsolo), piso Ibirapuera (térreo), piso Campo Belo (primeiro andar), piso Moema (segundo
andar)
e
os
três
demais
pisos
são
de
estacionamento.
também, local de logística designada para o embarque e desembarque de produtos para abastecerem das lojas e a saída de lixo.
CIRCULAÇÃO
Figura 31. Layout Esquemático Shopping Ibirapuera Fonte: Desenho elaborado pela autora (2018)
51
Maior parte dos transeuntes que caminham pelo
FIGURA 32. FLUXOGRAMA
shopping durante a semana são pessoas que trabalham próximo ao local, a um raio de até 3 km do shopping e cortam caminho por dentro do edifício, seja para chegar na Av. Ibirapuera (possui uma das principais vias de acesso de ônibus pela cidade de São Paulo e agora conta com uma nova estação de trem chamada Eucaliptos), ou para chegar ao lado oposto, sentido a Alameda Jurupis. No final de semana o shopping possui um fluxo por igual entre os seus corredores, dos quais o público que mais frequenta são grupos familiares, amigos, encontros ou pessoas que moram próximas da região e vão ao shopping, seja para comprar ou por lazer. Observando o fluxo de pessoas que caminham pelo
shopping durante a semana, nota-se que há uma média de
FLUXO BAIXO
fluxos entre os corredores (imagem 32) e observa-se também que o shopping possui vários picos de fluxos de pessoas dependendo do horário do dia (manha, almoço, tarde e noite) como mostra no diagrama de fluxos (imagem33).
52
Fonte: Desenho elaborado pela autora (2018)
FIGURA 33. DIAGRAMA DE FLUXOS (SEGUNDA Ã&#x20AC; SEXTA)
Fonte: Desenho elaborado pela autora (2018)
53
7 . JOHN JOHN
7.1 HISTÓRICO (http://mundodasmarcas.blogspot.com/2014/09/john-john.html)
desenhar e confeccionar roupas para respeitáveis empresas
de nome no mercado, como a Mesbla, Mappin e Besni. Com a experiência que teve na confecção de roupas, passou a fabricar calças jeans e atender empresas famosas como Animale, Daslu e Carmin. João percebeu um novo nicho de mercado no Brasil, já que os clientes elitizados buscavam comprar suas calças jeans no exterior. Após muitas pesquisas em encontrar novas técnicas de modelagem, lavagem e costura, iniciou a marca John John. O conceito da John John é oferecer e proporcionar a um jeans de qualidade feito à mão, trazendo as melhores
Figura 34. John John Shopping Iguatemi de Florianópolis. Disponível: <http://acheigosteicompre.blogspot.com/2012/06/hot-hotfesta-da-john-john-no-iguatemi.html>. Acesso 12 Nov. 2018
técnicas que um jeans italiano pode oferece. Enquanto o faturamento da marca estava ruim, as peças foram encaminhadas para lojas multimarcas no
A marca John John foi inaugurada pelo empresário João Foltran em 2006, cujo origem do nome foi inspirado pelos seus amigos mais próximos. Antes de seu histórico como empresário, João interessou-se por cores, tecidos e cortes de roupas na adolescência ao trabalhar para uma pequena empresa de confecção localizada no interior de São Paulo, na cidade de Tietê. Após o falecimento de seu pai, João aos 18 anos mudou-se para São Paulo e passo a
interior de São Paulo e João teve a ideia de apresentar suas criações aos famosos. Rapidamente suas peças foram conquistando o público de classe alta, parando nas revistas populares do mundo da moda. Em 2011 a marca foi comprada pelo grupo Restoque na qual possui as grifes: Rosá Chá, Le lis Blanc e Bo.bô. Mesmo tendo vendido a marca,
João continuou sendo
responsável pelos produtos da John John. 55
Em 2012 a marca passou a se expandir pelo território nacional e internacional. Com o seu crescimento, a John John começou a diversificar seus produtos lançando, óculos, bonés, moletons, lingeries, acessórios, roupas infantil, tops, peças
bordadas,
maquiagens,
camisas,
bermudas
e
calçados.
7.2 LOJAS EXISTENTES
Os diferenciais da marca são: conforto das peças, visual descolado e um perfeito caimento no corpo.
marcantes, como por exemplo, os grandes letreiros com luz de led e ambientes decorados cenograficamente.
Sua
decoração
possui
o
estilo
tecnológico, trazendo modernização de forma harmoniosa. O atendimento é diferenciado aos clientes, com um ambiente descontraído para o consumidor ter a sensação de estar em um clube noturno. A marca também oferece
técnicas de lavagens e conservação, como um meio de manter a qualidade e evitar réplicas dos produtos.
Figura 35. John John em Curitiba. Disponível; <http://lagospace.blogspot.com/2012/09/john-johnem-curitiba.html>. Acesso 12 Nov. 2018
56
lojas multimarcas no exterior. A John John lançou sua primeira loja flagship em 2012, na rua Oscar Freire, cidade de São Paulo, como
No interior da lojas, as luzes marcam as roupas enfoque.
A marca possui 55 lojas próprias no país, mais de 400 lojas multimarcas espalhadas pelo Brasil e mais de 50
As lojas da marca são únicas com características
dando-as
Público: Infantil, Feminino e Masculino Idade: a partir de 8 até 40 anos Classe: Média, média-alta Preço Médio: 88,00 até 6.000,00 Carro Chefe: Calça Jeans, Minissaias e Shorts
forma de comemoração pelo crescimento e expansão no mercado.
FLAGSHIP RUA OSCAR FREIRE
passar a sensação de casa noturna. A tecnologia é um incremento na loja, com um telão e diversas televisões passando videoclipes de músicas que estão tocando no momento. Cada ambiente conta uma história diferente sobre as cenas do cotidiano urbano, expondo produtos e roupas voltados para determinadas ocasiões. Muda- se também nos ambiente, as suas texturas, mobiliários e objetos para cada cenário.
Figura 36. Armários com Calças Jeans; Disponível: <https://br.pinterest.com/pin/361906520029347161/>. Acesso 15 Nov. 2018
Toda a semana tem a troca de roupa das araras praticados pelos funcionários da empresa e do visual
Sua loja-conceito instiga as pessoas que caminham
merchandising. Isso cria um movimento na loja saindo da
próximo a loja, a entrar e conhecer os seus produtos através
mesmice para aparentar que toda semana tem diversificações
de um ambiente interno descolado e cativante. Seu conceito é
de produtos.
ter um ambiente que remete o estilo industrial, com tijolos
As araras de roupas foram substituídas por longos
aparentes, a forte presença da madeira e objetos decorativos
armários de madeira escura, embutidas com iluminação de led.
como o relógio, baú, bicicleta, tambor de aço, engrenagens e maquinários de linha de produção. Sua cenografia faz menção a vários temas além do
industrial, como por exemplo: o cinema, com luzes de led, holofotes e o set de cinema; temas relacionados a aventura como motocicleta e cowboy;
placas de sinalização de
automóvel e cases para guardar equipamentos e instrumentos
Figura 37. Televisões Anos 80. Disponível em: <https://br.pin terest.com/pi n/361906520 029347167/>. Acesso 15 Nov. 2018
musicais. Contempla também o estilo musical pop e rock internacional, com muita batida e música alta para o ambiente
57
7.3 ANÁLISE DA LOCALIZAÇÃO
projeto da loja John John pode agregar valor ao seu entorno imediato, aumentando o seu fluxo de pessoas no corredor
secundário e entre o corredor principal. O projeto foi escolhido para ser criado no Shopping Ibirapuera porque maior parte do público que o frequenta é da classe social A, com 36% e a B, com 55% segundo divulgação no site Mundo Plug (2017). Isto significa que as pessoas têm boas condições financeiras para investir em um produto de qualidade. Além desse aspecto, as pessoas que vão a este shopping tem o intuito de comprar, pois ele não
tem áreas de lazer com parques, recreações infantis e cinemas.
A implantação da loja será localizada no piso Ibirapuera (simbolizada na cor amarela), na área térrea entre dois corredores próximo a entrada e saída do shopping, sentido a Alameda Jurupis, como mostra a imagem 38 de localização.
O partido será implantado nesta área por estar localizado em uma área nobre do Shopping Ibirapuera e o
58
Figura 38. Localização Fonte: Imagens elaborado pela autora (2018)
LOJAS DO ENTORNO
Antes de projetar, deve-se levar em
consideração:
quais
serão
os
impactos que aquele empreendimento
Figura 39.Fachada da PK Polo, New Era e Practory
implantação do projeto
vai causar no ambiente externo e intender quais serão as influências do
entorno no projeto à executar.
Para isto, foi levantado as lojas nas proximidades do local desejado
Figura 40. Fachada d Caze e Red Nose
para a implantação da loja, no intuito de criar um projeto que agregue valor para a John John e não interfira nas lojas locais.
Figura 41. Fachada da Lupo, INV.18 e Patular
59
Observa- se neste corredor, que
LADO ESQUERDO (OPOSTO)
as lojas são de público misto (homens, mulheres e jovens) com faixa de renda
média ou alta, como por exemplo a loja masculina de Paletó, Patular (renda média)
e
a
Crawford
(renda
alta),
repetindo a mesma classificação para
Figura 42. Fachada da Crawford e Santa Marinella
roupas, acessórios e calçados.
O projeto da loja John John terá como vizinhos principais as lojas: PK Polo Vivara e Grand Vision.
Figura 43. Fachada da Dudalina e World Tennis
Figura 44. Fachada da Vivara, Quiosque da Access Quality e GrandVision
Figura 45. Lateral Esquerda (GrandVision), Direita (PK Polo) e em à Frente (Vivara)
60
PLANTA DE LEVANTAMENTO
Para o desenvolvido do projeto da loja, foi feito um
Com o novo partido, a loja passará a ter uma área de
levantamento da planta no local. O espaço tem uma área
84.28m², retirando 5.72m² de frente que será compensando
de 90.00m², com medidas de 6.4m x 1.60m de frente e
com um mezanino de 18.65m² de área, totalizando 102,93m²
12.40m de comprimento, 7.72m de fundo e 4.70m de pé
de área construída.
direito.
Figura 46. Levantamento Fonte: Imagens elaborado pela autora (2018)
Figura 47. Partido Fonte: Imagens elaborado pela autora (2018)
61
7.4 PROPOSTA
A loja terá como foco principal, o departamento de calça jeans que apresentará uma grande variedade de
A proposta é criar um ambiente customizado e
peças, incluindo bermudas, shorts e saias para o público
cenográfico que explora as emoções e as sensações de
feminino, masculino e infantil. Este departamento é um dos
seus
primeiros lugares que o cliente observará quando olhar para
clientes,
proporcionando
assim,
uma
ótima
experiência de compra e vivência.
o ambiente interno, sendo pensado como um elemento
O conceito da marca integra o estilo industrial no
principal de atração, com o objetivo de entreter, divertir e
ambiente. Com a projeção do novo partido, terá a forte
chamar a atenção das pessoas que caminham próximo ou
presença do aço cortem puro, revestida com couro nos
passam em frente à loja.
mobiliários de mesas, armários e objetos à mostra,
Foi pensado em colocar o mesmo piso vinílico por
trazendo uma leve sofisticação e leveza devido a sua
toda a loja e neste ambiente, criar uma extensão do chão
materialidade.
com a parede usando o mesmo piso vinílico marrom escuro.
O aço entrará como fechamento entre as vitrines e a loja, servindo como apoio de cenário para a vitrine 1 com o marco da era industrial e um ar de modernidade.
Na vitrine 2, o destaque é para a composição de quadros coloridos e de diferentes tamanhos, para mostra a passagem entre a era industrial para a retro.
62
O ambiente é escuro, com luminárias focais, iluminando lugares estratégicos dos produtos à venda.
A tecnologia invade o ambiente, com um painel luminoso em led que passa vários vídeos clipes que estão tocando na loja.
FIGURA 48. AMBIENTE INTERNO Fonte: Imagem elaborado pela autora (2018)
63
FIGURA 49. IMPLANTAÇÃO Fonte: Imagem elaborado pela autora (2018)
64
FIGURA 50. INTERIOR DA LOJA Fonte: Imagem elaborado pela autora (2018)
65
7.5 PROJETO
Vitrine: A loja terá 2 vitrines fechadas para o acesso do público, com entrada nas laterais próxima á entrada da
Acesso e Circulação: Pensando no fluxo de pessoas que caminham pelo shopping, o acesso á loja ficou localizado entre dois fluxos (baixo e médio) em que a pessoa que caminha entre ambos os fluxos, terá a visibilidade das duas vitrines e o ambiente interno da loja.
porta, para troca a de mostruário e manutenção. Ambas as vitrines terão um degrau de 0.20cm de altura forradas com piso de aço cortem. Nas paredes para o fechamento das vitrines, terão placas de ferro como objeto de exposição decorativa e divisão entre as paredes. Há manequins e mesas redondas para exposição das mercadorias.
Entrada e Fechamento: Na porta de entrada estará a Layout: É projetada de forma circular em que o transeunte fará o percurso de modo natural e intuito, tendo acesso a toda a mercadoria de forma fácil e acessível.
66
logomarca da John John em aço escovado. Fixo no piso terá sensores antifurto e próximo ao forro de gesso está a porta de aço de enrolar para o fechamento da loja.
Balcão
de
Atendimento:
Será
fixo
ao
chão
com
Acesso ao mezanino: Na saída dos provadores virando à
compensando na cor preto, com um rasgo do piso vinílico
esquerda, há uma porta de correr com roldana aparente e
na cor marrom, agregando a iluminação de led, em frente ao
subindo as escadas dará acesso ao mezanino, sendo uma
balcão de atendimento. Terá também uma logomarca atrás
área restrita á clientes. Do piso da planta térreo ate o
do balcão de atendimento feito em aço escovado.
mezanino terá 2,40m de altura.
Provadores: Há uma parede de alvenaria que separa o
Mezanino: Terá 2,00m de altura e será o departamento de
balcão de atendimento com a área dos provadores dos
estoque da loja. Terá um pequeno espaço para o refeitório
clientes. Existe três vestiários iguais (1,10x1,30), com
dos funcionários e no final do corredor é onde estará
espelhos luz de led e carpete para amenizar o gelado do
localizado, a área de máquinas de ar condicionado. Terá
chão quando o cliente estiver descalço.
uma parede de alvenaria que será fechada para o acesso
Refeitório Área de máquinas de ar condicionado Painel luminoso em led
67
interno da loja e nesta parede do lado oposto ao mezanino,
serve como estoque de peças e apoio de arara para as
terá o painel luminoso em led com 1,50m de altura e 3,50m
calças, com a altura de 2,00m do piso ao mobiliário. As
de comprimento.
calças são presas em ganchos fixados no ferro que prendem no armário. Seu material será de aço cortem, porta
Mobiliário: Na porta de entrada da loja, há um móvel de
basculante de vidro para mostrar os produtos internos e os
mesa de bicicleta (0,80 altura x 0,80 largura x 1,80
ferros são na cor preta.
profundidade); mesas redondas em diferentes tamanhos e larguras, com materialidades em aço cortem escovado e
Próximo aos provadores, há uma estante de quatro
envernizado nas tampas e os ferros na cor preta. Há um
prateleiras em madeira preta e em aço cortem (2,00m alt. x
tapete florido na cor vinho com branco. Próximo a entrada
0,40 larg. x 1,20 compr.) e um banco de estrutura metálica
também, há uma arara de roupas em aço cortem e um
em aço cortem, revestido com madeira e assento estofado
tambor decorativo de ferro.
na cor preta (0,40 alt. x 0,60 larg. x 1,40 compr.) para os clientes que aguardam seus acompanhantes no provador ou experimenta os calçados.
Figura 51. Mesa Caloi com Rodas de Bicicleta Disponível: <https://www.ramagemlocacoes.com.br/mesa-caloi-com-rodas-debicicleta-81x80x180>. Acesso 17 Nov 2018
No departamento de calças jeans, o armário superior 68
Figura 52. Banco Jade. Disponível: <http://www.goldlinemoveis.com.br/novo/produtos.php?cat=4&nome =banco&p=1&cont=2>. Acesso 17 Nov 2018
No departamento de roupas, estão enfileirados os
Revestimento: No piso optou-se usar o vinílico em régua
produtos femininos e masculinos, presos em ganchos em
na cor marrom por toda a loja, inclusive no mezanino, e na
aço cortem, fixados na parede de drywall. Abaixo das
parede principal onde esta localizando o departamento de
roupas, estão as estantes em aço cortem com 2 prateleiras
calças jeans. Todas as paredes serão pintadas de tinta
para colocar os calçados. (0,40 alt. x 0,40 larg. x 1,10 de
acrílica preta fosca e somente a área dos provadores e o
compr.). Acima das roupas estão os armários de estoque e
mezanino serão pintados com tinta acrílica fosca branca.
objeto decorativo. Pé- Direito: Do piso da planta térrea até a altura do gesso terá 4,40m, do piso à laje terá 4,70m e o forro de gesso terá 3 cm de espessura. No forro de gesso será introduzido os spots fixos para a iluminação da loja.
Iluminação: As vitrines terão luminárias retangulares de embutir com focos orbitais e luminárias pendente somente na vitrine 1 para focar nas roupas de lançamento. Na porta de entrada terá luminárias circulares de embutir e no fundo da loja, provadores, escadas e o mezanino, terão luminárias No mezanino há 12 estantes de aço com 6
embutidas com foco orientável. Na planta térrea terá
prateleiras para colocar as mercadorias da loja. No
luminárias tipo spot para trilhos que darão pontos focais nas
refeitório tem geladeira, micro-ondas e mesa para 3 lugares
peças de roupas localizadas nas araras e estante.
(0,80 alt. x 0,50 larg. x 2,20 compr.)
69
0,20
0,20 8,06
1,00 1,40
2,11
8 9 101112
6 5 4 3 2 1
INFERIOR 0.00
61.00m² S
2
3,33
0.00 8.95m²
D
1,30
4,08
D
E PROVADOR
E
7,72
4,09
2,24
.20 4.33m²
3,14
C
11,50
7
0,10
B
VITRINE 2
0,20
A
50 3,
VITRINE 1 .20
0,20
7.00m²
0,90
0,20 1,13
7,33
0,15 9,77
A
B
C 1
70
PLANTA TÉRREO esc. 1:75
A
B
C
11,50
D
6 5 4 3 2 1
2,27 2
0.00 61.00 m²
33 1,
4,89
D
E
4,96
7,72
E
6,35
TÉRREO
4,09
0,10
8 9 10 1112
0,20
73 1,
2,33
7
8,09
2,56
0,20
0,93 0,20
1,40
2,08
1,40
0,20
D
5,89
MEZANINO 20 1,
2.40 0,20
0,20
50 3,
18.65m²
2,09
0,15
7,34 9,77
A
B
C 1
PLANTA MEZANINO esc. 1:75
71
7,72 0,20
,10
2,33
0,20
32
3,93
2.40
7,72
,10
0,20
0,20
0,95
0,20
6,37
1,12
2,10
0,20
0.00
7,72 0,20
6,42
,90 ,20
,90
,30
0,20
3,60
4,92
CORTE A-A esc. 1:75
,85
0.00
,35,32
CORTE B-B esc. 1:75
2,00
4,92
4,92
2,00
0,20
,86 ,10
0.00
72
CORTE C-C esc. 1:75
12,40 0,20
6,40
,20 ,79 ,10 1,09
1,00 ,20
,20 ,90
,20
2,42
3,40
4,90
2.40
,20
0.00
CORTE D-D esc. 1:75 12,40 0,20
,20,40
0,20
2.40
2,20
4,90
2,00
,30,20
11,60
0.00
CORTE E-E esc. 1:75
73
ELEVAÇÃO 1 esc. 1:75
ELEVAÇÃO 2 esc. 1:75
74
FIGURA 53. MEZANINO Fonte: Imagem elaborado pela autora (2018)
75
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, muito tem se falado em transformação
É importante também no projeto de loja-conceito:
digital e experiência, e nada melhor do que unir essas duas
definir o fluxo de exposição dos produtos, se o projeto fará o
tendências e engaja-las no PDV. Empresas varejistas vem
uso de exposição igual “galeria de arte” sem a venda do
investindo na abertura de flagships como meio de apesentar
produto em si ou como promovedor de vendas dos produtos
produtos e serviços e também, criar vínculos a partir de
em exposição. Passar personalidade através de estímulos
novas experiências.
sensoriais ao sentir o sabor do chocolate ou ate mesmo ter
Diferente do modelo tradicional de loja, a flagship é o
a sensação de estar em uma balada. Utilizar a tecnologia
alinhamento entre marca, estudo de tendências e técnicas
através de catálogos virtuais ou telas sensíveis ao toque.
de inteligência de varejo.
Sem contar com a proposta de espaços diferenciados com
Criar uma loja flagship da marca John John foi muito
café,
frigobar, área de games, sofás confortáveis e ate
divertido e estimulante para a minha formação acadêmica,
mesmo espaço zen, como forma de ações promocionais ou
pois, descobri que na arquitetura de uma loja-conceito é
lançamento de produtos no mercado.
importante se pensar sobre a materialidade, espaço físico e
Com base em todo o conteúdo desenvolvido durante
o uso da cenografia, como forma de criar um meio
esta monografia, buscou-se obter o máximo possível de
influenciador de compras em um ambiente personalizado e
informações que gerem um projeto de loja arrojado e
atraente.
funcional para a marca John John, sempre obedecendo às
Descobri que é importante considerar em sua
normas técnicas imposta pelo Shopping Ibirapuera no
projeção: a identidade da marca, o que considerar na loja
manual técnico de edificações anexado a este trabalho e
(tecnologia,
tendo por objetivo, reforçar o conceito da arquitetura
praticidade,
estilo,
etc.,
),
qual
a
sua
diferenciação dos demais e pensando como cliente, o que
comercial em projetos diferenciados e exclusivos.
faria retorna-lo naquela loja especifica.
77
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80
NBR 4513/1992. Iluminância de Interiores. Disponível em: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM802/NBR5413.pdf>. Acesso em 29 Maio 2018. OLIVEIRA, Natália Maria Garcia; BRAIDA, Frederic & Colchete Filho, Antônio. Vitrinas Comerciais: Entre o Espaço Público e o Privado – Notas Para Um Debate, 2016. Disponível em: <file:///J:/TCC/CO-05_VITRINAS-COMERCIAIS_ENTRE-OESPACO-PUBLICO-E-PRIVADO.pdf>. Acesso em 02 Abril 2018. O NEGÓCIO DO VAREJO. Disponível <http://onegociodovarejo.com.br/o-futuro-do-branding-novarejo/>. Acesso em 02 de Maio 2018.
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STRUNCK, Gilberto. Compras por impulso! Trade Marketing, merchandising e o poder da comunicação e do design no varejo. Rio de Janeiro: 2AB, 2011. SHOPPING CENTER IBIRAPUERA. Manual de Elaboração de Projetos e Execução de Obras. Departamento de Engenharia. Rev.04, Setembro 2017.
GURGEL, Miriam. Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de Interiores para Áreas Comerciais. Ed. Senac São Paulo, 2017. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10aed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. LED PLANET. Disponível em: http://www.ledplanet.com.br/blog/iluminacao-ideal-para-cadatipo-de-ambiente/>. Acesso em 29 Maio 2018. MATTAR, Fauze Najiba. Administração de Varejo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
MORAES, Bruno M. C. Granado; MORAES, Juliana B. Nogueira de. Estratégias Comerciais: Visual Merchandising Aliado a Arquitetura. Revista Científica Semana Acadêmica. Fortaleza, 2017, Nº. 000105, 24/03/2017. Disponível em:<https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/estrat egias_comerciais_visual_merchandising_aliado_a_arquitetura_ 0.pdf>. Acesso em 30 Abril 2018. MM DA MODA. Disponível em: <http://www.mmdamoda.com.br/lojas-conceito-flagship-storeconcep/>. Acesso em 16 Nov. 2018 MORGADO, M. G.; Gonçalves, M. N. VAREJO: Administração de Empresas Comerciais. Editora Senac São Paulo, 2001, pag.33. MORGAN, Tony. Visual Merchandising: Vitrines e interiores comerciais. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2011. MUNDO DAS MARCAS. Disponível em: <http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/ca-abuse-euse.html>. Acesso em 30 de Abril 2018. MUNDO PLUG. Disponível em: <https://www.mundoplug.com/single-post/2017/07/26/41curiosidades-sobre-o-Shopping-Ibirapuera>. Acesso em 27 Maio 2018. NBR 4513/1992. Iluminância de Interiores. Disponível em: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM802/NBR5413.pdf>. Acesso em 29 Maio 2018.
81
OLIVEIRA, Natália Maria Garcia; BRAIDA, Frederic & Colchete Filho, Antônio. Vitrinas Comerciais: Entre o Espaço Público e o Privado – Notas Para Um Debate, 2016. Disponível em: <file:///J:/TCC/CO-05_VITRINAS-COMERCIAIS_ENTRE-OESPACO-PUBLICO-E-PRIVADO.pdf>. Acesso em 02 Abril 2018. O NEGÓCIO DO VAREJO. Disponível <http://onegociodovarejo.com.br/o-futuro-do-branding-novarejo/>. Acesso em 02 de Maio 2018.
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82
VIES AMBIENTE PARA MODA. Disponível em: <http://www.viesdesignmoda.com.br/2014/04/loja-conceitonova-aposta-das-marcas.html>. Acesso em 16 Nov. 2018 2MB COMUNICAÇÃO INTEGRADA. Disponível em: <https://2mbcomunicacaointegrada.wordpress.com/2014/03/31 /vans-a-cultura-da-autenticidade-camila-sampaio-e-diogotourinho>. Acesso em 16 Nov. 2018
CIONAIS e normas regulamentadoras vigentes.
ANEXO 1.
Informações Gerais
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS
• Horários de Execução de obras: Das 23:00h às 07:00h; • Colocação e retirada de caçamba (uma única por vez): das
“Um projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo dados” (ONU, 1984).
23:00h às 05:00h; • No mês de Dezembro é vetada a execução de obras;
Salão Comercial • Área delimitada pelas paredes perimetrais em alvenaria de blocos (nas laterais e no fundo da loja), na frente ou fachada, pelos perfis metálicos laterais fixados na alvenaria
A ABRASCE (Associação Brasileira dos Shoppings Centers) é uma organização que apoia e defende os interesses
(divisores de lojas) e na parte superior sob o forro do mal pelo rodateto;
de seus associados, promovendo qualidade nos serviços
• A lojista recebe as instalações da loja anterior, ficando por
prestados aos empreendimentos de Shopping Centers e
sua conta desmontagens, demolições, retiradas e transporte
revigora a cada 5 anos, exigências contratuais dos shoppings e
de materiais, entulhos e outros trabalhos necessários para
franquias que são responsáveis pelo movimento anual de
execução de obras das novas instalações;
obras nos shoppings em atividade no horário noturno.
• A loja recebe como infraestrutura básica: 1 ponto de telefone
Pensando em auxiliar lojistas e profissionais por eles
na fachada interna e externa, 1 ponto de entrada de energia
contratados, a projetar e executar a obra das lojas com
elétrica trifásica 380V, com cinco fios (3 fases, 1 neutro e 1
economia, qualidade e sem atraso, foi criado um manual como
terra); 1 ponto de entrada para água gelada e retorno, com 2
apoio a este procedimento, utilizado em conjunto ao regimento
(dois) registros; 01 ponto de alimentação para sistema de
interno do Shopping Center Ibirapuera, a legislação municipal,
chuveiros automáticos com registros e 01 ponto de entrada
estadual e federal, normas técnicas da ABNT OU INTERNA-
de detecção de fumaça.
83
Arquitetura largura mínima de 40cm em toda a extensão da porta. Deverá • Não fixar nenhum elemento nas estruturas e alvenarias do
estar nivelada ao piso do hall.
shopping; todo mobiliário será autoportante ou fixado em estrutura metálica independente e autoportante; vitrine,
Divisores de Lojas: São os perfis metálicos que delimitam a
fachada, letreiro e porta de enrolar (quando houver) serão
fachada, juntamente com a viga rodateto. Estão instalados em
fixados em estrutura metálica independente e autoportante;
ambas as laterais das fachadas, no eixo das paredes. É
fechamento será em material incombustível (devendo estes
obrigatório ser pintado de preto fosco. Não é um elemento
utilizados somente como revestimentos/ acabamentos);
estrutural.
utilizar eletrodutos galvanizados para toda fiação em contato com material incombustível.
Rodapé na Fachada: De material nobre, ter no mínimo 10cm
de altura e deve ser resistente à impacto, impermeável, lavável A seguir será iniciado citações das legislações exigidas no
e de fácil limpeza e manutenção. Não pode ultrapassar o
manual que normalizam as atividades executadas no espaço
alinhamento da loja.
locado pelas lojas do Shopping Ibirapuera, sendo: Recuo de Balcões: Deverão estar recuados para o interior da Viga Rodateto: É um perfil metálico preto fosco que delimita a
loja, em relação à viga rodateto, em pelo menos 60cm,
fachada, juntamente com os divisores de lojas. Está instalado
formando um espaço de atendimento ao cliente.
na parte superior da fachada, horizontalmente. Não poderá ser pintado de outra cor, nem soldado, perfurado ou alterado. Não
Rodapé de Balcões: Deverá prever rodapé em material nobre,
é uma peça estrutural, portanto não poderá sustentar qualquer
anticorrosivo à água, lavável, de alta resistência e fácil
elemento. Na viga rodateto deverá constar o número da loja.
manutenção, com altura mínima de 10cm.
Soleira: Em material nobre, lavável, anticorrosivo à água, com
Vidros das Vitrines: Deverão ser temperados ou laminados
84
e ter no mínimo 10mm de espessura. Vitrines que tiverem
acesso pelo mall deverão estar recuadas em relação ao alinhamento da loja, de maneira que quando abertas as portas limitem-se à área da loja. As folhas de vidro deverá ser fechada com cola de silicone ou botão metálico. Caixas Automáticos e Auto- Atendimento: Deverão ter recuo mínimo de 2,0m do limite da loja, prevendo a formação de filas Projeto Aplicada ao Letreiro Fonte: Imagem Retirada do Manual de Elaboração de Projetos e Execução de Obras
dentro dos limites da loja.
Mobiliário e Equipamentos: Todo mobiliário deverá ser autoportante ou fixado em estrutura metálica independente e
Letreiro Luminoso na Fachada: é obrigatório a loja ter um letreiro, com altura mínima de 2,30m, podendo ter um avanço máximo de 15 cm da fachada. Totens laterais não podem
autoportante.
avançar. A área iluminada não deverá ultrapassar 50% da Fachadas: Sua estrutura não poderá ser engastada, soldada, parafusada ou chumbada nas paredes limítrofes, estruturas do shopping, divisores de lojas ou viga rodateto. Deverá ser
área total da testeira ou em hipótese alguma o letreiro ou luminoso deverá ser fixado na viga rodateto do shopping ou paredes limítrofes.
prevista uma estrutura metálica independente e autoportante para sustentação da fachada, podendo a mesma ser fixada nas lajes superior e inferior. As fachadas deverão ser totalmente vedadas
e
translúcidas
quando
fechadas,
para
a
Interruptores
da
Fachada:
Deverão
ter
acabamento
esteticamente compatível à fachada e não poderá ultrapassar os limites da fachada.
estanqueidade e visualização dos agentes de segurança, em material que possibilite a sua quebra em caso de emergência.
Fechamento Acima do Forro Do Mall/Testeira: material
incombustível,
não
sendo
admitido
Ser em qualquer
vão/buraco/fresta.
85
Divisórias
Internas/Fechamentos:
Ser
em
material
incombustível e os revestimentos combustíveis poderão ser utilizados
quando
aplicados
sobre
um
fechamento
incombustível. Aplicável para todas as divisórias, inclusive provadores. Piso da Loja: Nivelado com o piso do “mall”. Não serão admitidos capachos fixos ou móveis na entrada da loja. Elevação no piso da loja deverá estar, no mínimo, a 2,00m do alinhamento da loja com o “mall”. Não são aceitos pisos cimentados monolíticos ou inferior (vinilicos de rolo).
Paredes
Limítrofes:
nas
paredes
não
poderá
sofrer
perfurações ou rasgos de qualquer espécie para estruturar, embutir ou apoiar qualquer equipamento ou instalação, tais como, prateleira, expositores, vitrines, quadro de força e luz,
Provador Acessível Fonte: Imagem Retirada do Manual de Elaboração de Projetos e Execução de Obras
conduítes, etc. para isto, deve ser construída parede auxiliar, autoportante, com estrutura metálica e fechamento em material
Circulação e Acessibilidade: Prever condições de circulação
incombustível.
necessária para portadores de necessidades especiais desde o acesso à loja, assim como em todo o seu interior, inclusive nos
Alturas Mínimas Livres: Considerar pés diretos livres de
provadores, atendendo integralmente à NBR 9050/2015.
instalações, com piso acabado: sob o mezanino: Hmin= 2,30m/ no mezanino: Hmin= 1,90m/ áreas que não estiverem abaixo
Provadores: Deverão ser utilizado em material incombustível,
do mezanino: Hmin=2,50m.
sendo possível o revestimento (por cima do fechamento) com
86
demais tipos de materiais. É obrigatória a existência de
Mezaninos: Poderão ter área máxima de 30% da área de piso,
provador em todas as lojas de vestuário, sejam elas adulto ou
não ultrapassando a 250m², incluindo a circulação vertical de
infantil. O provador acessível deverá ter medidas mínimas de
acesso e a casa de máquinas. Da subdivisão não deverá
0,90 m x 1,20 m (comprimento) livre de obstáculos, com
resultar pé direito inferior a 2,30m no térreo. No mezanino, o pé
fechamento através de cortina, porta de abrir (esta deverá abrir
direito mínimo deverá ser de 1,90m. Da mesma forma, o
para fora) ou porta de correr, barras, cabides, espelho
fechamento frontal do mezanino com a loja ou forro deverá ser
instalado de frente para a entrada.
em material incombustível, preferencialmente gesso, do piso até a laje superior. A estrutura do mezanino poderá ser
Escadas de Acesso ao Mezanino: A escada deverá ser em
construída em aço ou material de resistência superior.
estrutura metálica com fechamento em material incombustível, admitindo-se apenas para efeito decorativo que seja revestida
Portas Metálicas de Enrolar: Deverão ser de última geração
de outro material (deverá ter resistência e segurança). É
estética e mecânica e estar fixadas em estruturas metálicas
proibido a instalação de equipamento ou similar na área abaixo
independentes e autoportantes para análise específica. As
da escada, salvo se houver pé direito mínimo de 2,10m livre.
portas de enrolar deverão dispor dos seguintes dispositivos de
No caso de mezaninos com áreas escrituradas, os mesmos
segurança pela qual trata esse manual.
deverão seguir normas conforme previsto no manual. Iluminação: Deverão ser utilizados lâmpadas que otimizem o Forros: Poderão ser atirantados na laje superior respeitando-
rendimento e valorizem o produto ou ambiente, não sendo
se o limite máximo de 50 Kgf/m². Acima deste limite deverá ser
permitida a utilização de lâmpadas fluorescentes comuns em
feita estrutura independente, apoiada no piso, e neste caso
situação de exposição direta, mesmo em calhas com refletor,
deverá ter seu peso próprio descontado do valor limite para
sendo somente admitidas quando embutidas em sancas ou em
sobrecarga admissível de 350 Kgf/m².
áreas internas.
87
Casa de Máquinas: Todo o equipamento de ar condicionado
Sprinkler: Todas as tubulações de sistemas novos, aparentes
deverá ser confinado em uma casa de máquinas estanque a
e/ou enterradas são ensaiadas hidrostaticamente a uma
qual deverá ter um pé direito mínimo de 1,90m livre. Deverá
pressão nunca inferior a 1400 kPa pelo período de 2 horas ou
prever circulação de no mínimo, 0,70 m livre ao redor de todo o
a 350kPa acima da pressão estática máxima de trabalho do
equipamento para manutenção. Deverá ser de fácil acesso,
sistema. Quando esta exceder 1050 kPa, as pressões dos
possuir uma porta em material incombustível e compatível com
ensaios hidrostáticos são medidas nos pontos mais baixos de
o tamanho do equipamento (mínimo 0,80 m de largura), deverá
cada instalação de chuveiros automáticos.
ter iluminação individual incandescente ou de led.
Exemplo de Aplicação das Normas Citadas no Corte Fonte: Imagem Retirada do Manual de Elaboração de Projetos e Execução de Obras
88
Portas de Enrolar em Lona: Esse tipo de fechamento não é
Detector de Fumaça: Os detectores pontuais de fumaça
permitido por questões de segurança patrimonial.
devem estar localizados no teto, distantes no mínimo 0,15m da parede lateral ou vigas. Em ambiente dotado de sistema de ar-
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio: deve ser
condicionado ou ventilação forçada, recomenda-se adicionar
identificada com anéis de 2 cm de largura mínima, na cor
detector de fumaça próximo aos retornos do fluxo, para
vermelha, a cada 3 m, no máximo. Cada eletroduto deve
melhorar o desempenho do sistema. Deve-se evitar a
possuir pelo menos uma identificação. A identificação das
instalação dos detectores pontuais de fumaça a menos de
tampas das caixas de passagem também deve ser feita na cor
1,50m, a partir da borda dos pontos de insuflamento ou
vermelha, conforme norma NBR 17240:2010.
entrada de ar no ambiente. O sistema de detecção deve funcionar com e sem ventilação ou ar-condicionado ligados.
Corte Transversal para o Mezanino Fonte: Imagem Retirada do Manual de Elaboração de Projetos e Execução de Obras
89
ANEXO 2. PROJETO DE REFORMA
90
PLANTA DE REFORMA esc.1:75
PLANTA DE REFORMA MEZANINO esc.1:75
91
ANEXO 3. A
B
C
PROJETO DE LAYOUT
8 9 101112
7 6 5 4 3 2 1
VITRINE 2
S
INFERIOR 0.00 61.00m²
D
0.00 8.95m²
PROVADOR
E
.20 4.33m²
2
D
VITRINE 1 .20 7.00m²
A
B
C 1
92
E
PLANTA HUMANIZADA TÉRREO esc. 1:75
A
7
8 9 101112
B
C
D
6 5 4 3 2 1
2
TÉRREO 0.00 61,00 m²
E
E
D
D
MEZANINO 2.40 18.65m²
PLANTA HUMANIZADA MEZANINO esc. 1:75
A
B
C 1
93
ANEXO 4.
A
B
C
PROJETO LUMINOTECNICO
2
E
E
D D
PLANTA DE ELÃ&#x2030;TRICA E PONTO DE LUZ esc. 1:75
A
94
B
C 1
A
B
C
S 2
E
E
D D
PLANTA DE ELÃ&#x2030;TRICA E PONTO DE LUZ MEZANINO esc.1:75
A
B
C 1
95
QUADRO 3. LEGENDA DE ILUMINAÇÃO
Fonte: Catálogo Geral Itaim Iluminação. Disponível: <http://www.itaimiluminacao.com.br/catalogo>. Acesso 13 Nov. 2018
96