descoberta








As freguesias de São Marcos da Serra e de São Bartolomeu de Messines estão abrangidas em territórios que tiveram este ano incêndios reco nhecidos como “catástrofe natural” , pelo que podem candidatar-se a apoios para suportar os prejuízos.
Esta nova norma foi divul gada recentemente e permite aos agricultores afetados pe los incêndios de grandes di mensões, com consequência ao nível do potencial produ tivo, apresentar a sua candi
datura para receber apoios.
No caso das freguesias de São Marcos da serra e São
Bartolomeu de Messines foi o incêndio ocorrido em ju lho, onde arderam cerca de
1.500 hectares, o que deter minou a sua inclusão na lista nacional de áreas afetadas.
O apoio concedido visa re constituir ou repor o poten cial produtivo das explora ções agrícolas, correspon dente a animais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções de apoio à atividade agrícola. Só são elegíveis as explorações cujo dano ultrapasse os 30% do seu potencial agrícola.
O montante global do apoio disponível é de 30 milhões
de euros.
O apoio é concedido sob a forma de subvenção não reembolsável e os níveis de apoio a conceder às opera ções elegíveis repartem-se pelos seguintes escalões:
a) 100 % da despesa elegí vel igual ou inferior a (euro) 5000 (cinco mil euros);
b) 85 % da despesa elegível superior a (euro) 5000 (cinco mil euros) e até (euro) 50 000 (cinquenta mil euros);
c) 50 % da despesa elegí vel superior a (euro) 50 000 (cinquenta mil euros) e até
(euro) 800 000 (oitocentos mil euros);
d) Caso a despesa elegível seja superior a (euro) 800 000 (oitocentos mil euros), o apoio é atribuído até ao limi te deste valor.
Os pedidos de apoio devem ser apresentados através de formulário eletrónico dis ponível no portal do Por tugal 2020, em www.por tugal2020.pt ou do PDR 2020, em www.pdr-2020.pt, devendo ser submetidos até ao dia 22 novembro de 2022.
ACâmara Municipal de Silves passou a disponibilizar online “toda a informação referente a toponímia, aprovada pela Comissão Municipal de To ponímia, e a numeração de polícia objeto de definição e/ou redefinição resultantes
do processo de revisão inte gral dos números de polícia para todos os arruamentos do concelho com lacunas ou deficiências estruturais iden tificadas”.
Esta já pode ser consultada no site do Município de Sil ves.
“De referir que a atribuição de toponímia e de numera ção de polícia constitui um procedimento fundamental no âmbito do ordenamento territorial, não só por razões de referenciação espacial mas, também, para garantir um registo de moradas rigo
roso, facilitar a distribuição de correio postal, bem como permitir a realização de ope rações de socorro a pessoas e bens.
As modificações introdu zidas não obrigam a que se altere de imediato a morada nos documentos oficiais,
mas apenas aquando da ne cessária atualização ou reno vação do cartão de cidadão, da carta de condução ou de outros documentos”, esclare ce ainda a autarquia.
OMunicípio de Silves informa que, nos meses de outubro e novembro, irá levar a efeito uma ação de desbaratização e desratização em todas as freguesias do concelho de Silves, de acordo com a se guinte calendarização: » Freguesia de Armação de Pêra – 11, 12, 13, 14 e 17 ou tubro
» União de Freguesias Al cantarilha e Pêra | Pêra – 18, 19 e 20 outubro
» União de Freguesias Al cantarilha e Pêra | Alcantari lha – 21, 24 e 25 outubro
» União de Freguesias de Al goz e Tunes | Algoz – 26, 27 e 28 outubro
» União de Freguesias de Algoz e Tunes | Tunes – 31 outubro e 2 novembro
» Freguesia de São Bartolo meu de Messines – 3, 4, 7 e 8 novembro
» Freguesia de Silves – 9, 10, 11, 14, 15 e 16 novembro
» Freguesia de São Marcos da Serra – 17 novembro Para uma maior eficácia deste tipo de ações, o Mu nicípio de Silves aconselha as entidades privadas (como condomínios, proprietários
AGuarda Nacional Republicana (GNR), realiza, durante todo o mês de outubro, em todo o território nacional, a Ope ração “Censos Sénior 2022”, no âmbito do Policiamento Comunitário, que visa ga rantir um conjunto de ações de patrulhamento e de sen sibilização à população mais idosa.
Cerca de 400 militares das Secções de Prevenção Cri minal e Policiamento Co munitário, vão priorizar e privilegiar durante o período desta Operação, um conjun to de ações e patrulhas, con tanto com a colaboração de
parceiros nacionais e locais de âmbito social e de saúde, junto da população idosa e com maior vulnerabilidade, e/ou que vivem sozinhas e/ ou isoladas. O objetivo visa reforçar os comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco dos idosos se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla e furto.
Na edição de 2021 da Ope ração “Censos Sénior”, a Guarda sinalizou 44.484 idosos que vivem sozinhos e/ ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, em razão
da sua condição física, psi cológica, ou outra que possa
colocar em causa a sua segu rança, tendo sido as situações de maior vulnerabilidade reportadas às entidades com petentes, sobretudo de apoio social, no sentido de fazer o seu acompanhamento futuro. Na referida edição, a GNR realizou ainda 172 ações em sala e 3.431 ações porta a porta, abrangendo um total de 19.812 idosos.
A Guarda, desde 2011, ano em que foi realizada a pri meira edição da Operação “Censos Sénior”, tem vin do a atualizar a sinalização geográfica desta população, proporcionando assim um apoio mais próximo e diri
de edifícios e estabelecimen tos comerciais e afins) a efe tuar, também, este serviço de ações de desinfestação, con tribuindo, desta forma, para o reforço da salvaguarda da saúde pública, do controlo de pragas urbanas e da redução de exposição a pragas urba nas.
gido, contribuindo, por um lado, para a criação de um clima de maior confiança e de empatia entre os idosos e os militares da GNR e, por outro, para o aumento do sentimento de segurança.
O programa “Apoio 65 –Idosos em Segurança”, do Ministério da Administra ção Interna, tem procurado, através da ação das Forças de Segurança garantir melho res condições de segurança e tranquilidade às pessoas idosas, garantindo um po liciamento integrado, mais próximo e humano.
Nodia em que o ano letivo 2022-2023 teve início, o Agru pamento de Escolas de Sil ves liderava a lista das escolas com mais horas por preen cher – 155 no total.
Este agrupamento é um dos que tem tido mais dificulda de em completar o quadro de docentes, tendo colocado em contratação de escola mais de mil horas letivas ao longo do ano de 2021/2022.
A lista, elaborado pelo jornal “Público” com base em dados da plataforma SISIGRHE (Sistema Interactivo de Ges tão de Recursos Humanos da Educação) do Ministério da Educação, inclui 10 es colas, dos distritos de Lis boa - com 43,6% das vagas disponíveis; Setúbal - 14,9% de vagas disponíveis; e Faro - 9% de vagas disponíveis.
Assim, no dia em que co meçaram as aulas havia 676 vagas disponíveis para pro fessores, o que corresponde a 9.654 horas lectivas por preencher nas escolas públi cas. Na prática, isto significa que dezenas de milhares de alunos não tiveram professor a pelo menos uma disciplina no dia em que começaram as aulas e alguns deles poderão permanecer nesta situação durante bastante tempo, a avaliar pelo que ocorreu em anos anteriores.
Nas semanas de 13 a 23 de setembro, a organiza ção sindical de professores, FENPROF fez um levanta mento sobre as condições de
abertura do ano letivo, tendo concluído que este “abriu com três quartos das escolas (73,5%) com falta de profes sores”, havendo situações de todo o género, desde escolas onde falta apenas um profes sor a outra onde faltavam 34 docentes.
“Não é com nenhuma sa tisfação que trazemos este retrato”, garantia Mário No gueira, dirigente sindical da FENPROF. “Não queremos passar mensagem que a es cola pública está em grandes dificuldades. Mas é necessá rio denunciar”, frisou. 8500 alunos no Algarve
Relativamente à região do Algarve, na mesma altura, estavam contabilizados cerca de 8.500 alunos com falta de professor a pelo menos uma disciplina, estando em falta 180 professores.
As disciplinas mais afetadas, a nível nacional, são as liga das às TIC, Português e Ma temática, principalmente no 3º ciclo e no ensino secun dário, onde a falta de profes sores é mais grave. Segundo os dados da Pordata, para a disciplina de Português seria necessário contratar cerca de 232 professores por ano até 2025/2026, mas a média anual de diplomados está pouco acima de 50, ou seja, só consegue responder a 22% das necessidades. As discipli nas com diplomados muito abaixo das necessidades são Física e Química (ficam co bertas 6% das necessidades), Biologia e Geologia (14%), Matemática (17%), Filosofia (18%), Inglês (19%), Por tuguês (22%) e História e Geografia (34%).
Para já, nestas primeiras se manas de aulas, ainda é cedo para determinar qual a exata
gravidade da situação. Uma das incógnitas tem a ver com o elevado número de profes sores colocados que se en contra (ou irá apresentar) em baixa médica, que ultrapassa os dois mil. O que sendo um número bastante elevado, representa apenas 1,6% do corpo docente em Portugal, segundo a FENPROF. E, ao mesmo tempo, um número que não surpreende numa classe profissional envelheci da, com 20% dos professores sexagenários. Aliás, a maio ria dos docentes tem pelo menos 50 anos, pelo que até 2030 metade dos professores atualmente no ativo poderá reformar-se. Este ano, está previsto que se aposentem cerca de dois mil professores.
O envelhecimento da classe docente é um dos grandes problemas atuais e que irá agravar-se no futuro, caso não sejam tomadas medi
das de fundo para reverter a situação, como têm repe tido muitos analistas. Para os sindicatos, é urgente a valorização da profissão, que passa não só por aumentos salariais, mas também pelo fim da limitação do núme ro de vagas à progressão na carreira e a recuperação do tempo de serviço. E, um as peto muito importante: que haja alterações ao regime de recrutamento e mobilidade que altere as condições que obrigam muitos professores a andar todos os anos com “a casa às costas”. Criar um subsídio de residência para quem fica colocado em zo nas do país onde as casas são muito caras, assim como um subsídio de deslocação para os docentes colocados em escolas afastadas da área de residência são medidas pre conizadas.
Aliás este é um dos motivos pelo qual mais professores rejeitam as escolas do Algar ve, a falta de habitação, a par do elevado custo da mesma, acrescendo em que muitos casos as habitações disponí veis deixam de o estar logo na primavera ou início do verão, para serem alugadas para férias.
Este ano, o Ministério da Educação tomou uma sé rie de medidas para facilitar a contratação de docentes, como a possibilidade dos diretores recorrerem mais rapidamente à contratação de escola, poderem substituir professores que apresentam atestados médicos inferiores a um mês, a renovação dos contratos anuais em horários completos, a acumulação de horários, ou a atribuição de determinadas tarefas, sempre que possível, a não docentes.
Outra novidade foi a possi bilidade de as escolas com pletarem os horários quando não houvesse candidatos, tornando-os mais atrativos, e a revisão das habilitações próprias, com novos requi sitos que passaram a incluir os cursos pós-Bolonha, per mitindo que docentes não profissionalizados possam ser contratados pelas escolas desde que tenham uma for mação mínima na área da respetiva disciplina.
Estas medidas têm sido bem aceites pelos diretores das es colas, embora haja duvidas se serão suficientes.
AInternetnão nos dei
xa mentir. Em deze nas de declarações, governantes e responsáveis políticos, desde o mais al tíssimo nível ao regional, surgem a alertar para a ne cessidade de gastar bem o dinheiro da bazuca.
GASTAR.
Gastar melhor. Compara tivamente à forma como gastamos anteriormente. E gastar rápido que o dinheiro
é muito, a bazuca é grande e a nossa burocracia costuma ser exímia em deixar passar prazos, coisa que lá por fora não perdoam.É embalados nesta música agradável que entramos no Outono… a região algarvia começa a acalmar, há suspi ros coletivos de alívio porque foi um verão muito bom, o melhor agosto de sempre, tudo cheio, uma aparência de riqueza e de bem estar des filou pelos bares, restaurantes e hotéis, pelas praias conges tionadas… e no entanto:
“Grande parte dos portugue ses e mesmo os não nacionais têm a perceção de que o Al garve é uma região rica. Mas infelizmente, e apesar de nos últimos anos a situação estar
a melhorar, ainda há muito trabalho a fazer para que a população algarvia, ao nível dos indicadores económico -sociais e das qualificações, consiga, pelo menos acom panhar o resto do país”.
Quem o afirma é um profun do conhecedor da região José Apolinário, atual presidente da CCDR Algarve. No Algarve a população em risco de pobreza atinge os 21,6%, bastante acima da média nacional, de 18,4%.
No Algarve, o risco da taxa regional de privação material (pobreza extrema, sem abri go, etc) é de 19,5% mais do que os 13,5% nacionais. No Algarve, cerca de 40% da população ativa tem apenas o ensino básico como habi litação completa. Em 2020
apenas 25,1% da população atingiu os níveis superiores de educação, contra os 30% a nível nacional.
O Algarve é, portanto, uma das regiões da União Euro peia com mais pobres. E com mais pessoas com menos qualificações.
E aqui chegando, é caso para perguntar – o que foi feito do célebre slogan: investir nas pessoas? Aparecia cons tantemente em campanhas eleitorais, “primeiro as pes soas”, “mais pelas pessoas” e noutras variações do tema. Mas, independentemente de um rol de fundos nacionais, tantos fundos europeus, tan tos programas e inovações científicas e tecnológicas… apesar da melhoria de con dições de vida que a nossa
sociedade tem alcançado nas últimas décadas, no Algar ve mantém-se um padrão de pobreza e de baixa qualifica ção. Como se fosse uma pra ga impossível de quebrar!... Atrevo-me a dizer que estas circunstâncias poderiam ser alteradas se olhássemos para a anunciada bazuca como uma obrigação de investir em vez de uma possibilida de de gastar… Imagino-me a ouvir na televisão…. “te mos que analisar muito bem como vamos investir este di nheiro”… imagino essa frase e parece-me que não é só uma questão de semântica… Investir tem uma força, uma garra de vontade e de cresci mento, traz uma consequên cia de multiplicação e de criação de riqueza que o pa
tético e simplista gastar nun ca terá… apenas se esvai… Investir nas áreas e nas pes soas certas para a mudança, com prudência e coragem, com paixão e discernimen to, com rigor e pragmatismo - é essencial. Principalmente numa situação tão turbulen ta e imprevisível como a que vivemos.
Esta premissa é também válida a nível concelhio, em particular numa altura em que as autarquias, o grande motor do desenvolvimento local, se debatem não só com um grande (e inesperado) aumento das despesas e in certeza quanto ao cumpri mento dos seus objetivos. Não é possível criar riqueza sem ideias. Esqueçamos o verbo gastar.
Oprocesso de trans ferência de com petências da Ad ministração Central para os municípios e entidades inter municipais, ao abrigo da Lei 50/2018 e dos vinte e dois diplomas sectoriais que se seguiram, foram desde logo, objeto de contestação por um conjunto de municípios, cujo leque foi crescendo com o tempo, à medida que cada um se confrontou com a rea lidade do desequilíbrio entre os meios e recursos previstos e os encargos a suportar.É curioso constatar as quei xas recentes do Presiden te da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), denunciando um dé fice de 15 milhões de euros, no processo de transferência
de competências no setor da Educação. No Município de Silves o défice situar-se-á em várias centenas de milhares de euros. As divergências maiores concentram-se nos chamados pesos pesadosEducação, Saúde e Ação Social.
No plano dos princípios, chamando à colação a defe sa e consolidação do Esta do Social, o consignado na Constituição da República portuguesa - uma das mais progressistas do mundo -, o sentido do progresso, a coesão social e territorial e a observância da universali dade dos direitos nestes do mínios, faria todo o sentido que a Administração Cen tral se abstivesse de trans ferir estas competências/ encargos e o subfinancia mento para o Poder Local.
As orientações são outras.
As competências na área da Educação consideram -se transferidas a 1 de abril de 2022. Na Saúde foram subscritos apenas 47 autos
de transferência, devido à forte resistência dos muni cípios. Prevê-se para janeiro de 2023 as transferências na Ação Social. A vida de monstra que a decisão to mada pelos diretórios do PS e PSD, recuperando políticas do Bloco Central, foi apressada, atabalhoada e infundada. Ainda hoje não foram publicadas as Portarias que se encontram previstas no Decreto-Lei n.º 21/2019, que deveria ter ocorrido em 2020.
A liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) tam bém não tem lidado de forma independente e coerente com o processo de transferência de competências, assinando à pressa em junho do corrente, à revelia dos seus órgãos di rigentes, um texto de acordo negocial com o Governo, nos setores da Educação e Saúde, não garantindo a resolução dos problemas pendentes e estruturais, empurrando-os para a publicação próxima
das referidas Portarias, como que a pretender salvar a face do Governo.
Ainda assim, teve o condão, de reconhecer implicitamen te, que afinal existia (existe) fundamento quanto à de núncia de transferência de encargos para o Poder Local e desresponsabilização do Estado Central, com claros prejuízos para a sustentabi lidade das finanças públicas locais, lesando as populações. Em 17 de setembro, na ci dade de Viseu, no Encontro Nacional de Autarcas, sob a égide da ANMP, que rati ficou o Acordo Setorial de Compromisso entre o Go verno e a ANMP (Educação
e Saúde), com a presença da Presidente da Câmara Mu nicipal de Silves, Rosa Palma, que interveio, e do Vereador Tiago Raposo, há a consta tar que, pese as melhorias/ medidas acordadas ao nível do financiamento, através da publicação das Portarias e do Orçamento de Estado para 2023 (esperaremos para ver), mesmo assim, tal não é sufi ciente para ultrapassar o sub financiamento crónico das áreas da Educação e Saúde. Após anos de asfixia finan ceira das autarquias, a ques tão principal imporia - não o acréscimo de competên cias/encargos - mas sim a criação de condições mais
favoráveis para o cumpri mento pleno das atribuições e competências que lhes es tão legalmente cometidas, em nome do fortalecimento do Poder Local Democráti co e da defesa dos interesses das populações locais. Assim não é, porque o ape go cego ao controlo do dé fice orçamental, da dívida pública e a desestruturação das funções sociais consti tucionalmente consagra das, são o “alfa e o ómega” do neoliberalismo dominante. É inevitável – a capacidade de investimento e de reali zação dos municípios, sairá diminuída.
Mais de 20 restaurantes de Silves e Armação de Pêra estão na Rota do Petisco que este ano conta com a adesão de 220 estabelecimentos de restauração.
Até ao dia 16 de outubro, é possível petiscar a preços acessíveis, com os petiscos (petisco+bebida) a 3,5€ e o menu doce (sobremesa + bebida) a 2,5€, nos conce lhos de Silves, Aljezur, Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Monchique, Lagoa, Albu feira, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira,
O Passaporte da Rota do Petisco tem um custo de 1,5€ e o valor angariado com a sua venda reverte na totalidade para seis instituições que trabalham e apoiam projetos com jovens, sendo uma des tas a Casa do Povo de São Bartolomeu de Messines.
A Rota do Petisco organizada pela Teia D’ Impulsos, com o apoio de diversas entidades, tem novidades nesta 12ª edição, nomeadamente a sua nova imagem, novas rotas e novos par ceiros.
Este ano, destaca-se a opção da Rota dos Chefs, com pratos de autor, confecionados por chefs conceituados; e também a Rota do Mundo, com petiscos de vários países. Há também a nova Rota da Memória, para recordar receitas antigas que fazem parte da gastronomia algarvia.
Os restaurantes participantes no concelho de Silves são:
Silves - Cafetaria Lounge Bar – Chapim / Art’aska Lounge Caffé /Café da Sé /A Quinta Garden Café /Bifanas do Márinho/ Marisqueira Casa Velha /Xelburger /Flor de Laranjeira / Castelo dos Sabores /Restaurante Recanto dos Mouros
Armação de Pêra
- Cantinho da Dora/ O Gato Lambareiro/ Nosolo Itália/ Mafalda/ Pastelaria Jimmy/ Tapas Palace/ Água Salgada Café/ Tasca ‘lado/ Restaurante Ingredientes/ Pizzaria da Villa/ Boca Xica/ Páteo das Pizzas.
A localização, ementas e contactos destes restaurantes pode ser vista no site do evento.
“Este investimento enquadra-se na estratégia mais geral do Município de Silves, de melhoria e requalificação do espaço urbano em todo o concelho de Silves, tornando o território mais competitivo e atraente para visitantes e residentes, ele vando os níveis de bem-estar e de mobilidade”, conclui a au tarquia.
O Algarve teve este ano o melhor ano turístico de sempre, após superar os números de 2019, que tinha sido, até à data, o melhor. E Armação de Pêra foi uma das zonas geográficas que registou uma maior subida.
O Município de Silves concluiu recentemente a requalifica ção do Largo 1.º de Maio, na Vila de Pêra, num investimento que ascendeu a 350 mil euros.
A intervenção estendeu-se aos arruamentos adjacentes - RuaPedro Álvares Cabral e Rua Vasco da Gama.
Segundo a Câmara Municipal, o Largo 1.º de Maio foi objeto de reorganização geral com a criação de espaços de estadia e recreio, áreas de estacionamento, escadarias e um muro de suporte que estabelece a transição da cota superior do largo para o inferior.
Foi feita a renovação das redes de abastecimento de água, de saneamento e de recolha de águas pluviais. A empreitada contemplou a introdução de mobiliário urbano, bancos de jardim, papeleira, ilha ecológica para a recolha de resíduos urbanos, iluminação pública, telecomunicações, passadeira e plantação de árvores
Os números foram divulgados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve- AHETA, confir mando as previsões de que o sector iria este ano ultrapassar a grave crise provocada pela pandemia.
De facto, segundo os dados da AHETA, a taxa de ocupação/ quarto em agosto deste ano foi de 93,1% , acima da verificada em 2019 que fora de 92,9%. Para este resultado contribui principalmente o mercado nacional e o irlandês, registando -se alguma descida nos mercados espanhol e alemão. O volu me de vendas também aumentou 12,1% face ao mesmo mês de 2019.
Quanto às zonas geográfica que tiveram maior subida na ocupação e procura por parte dos turistas destaca-se Lagos/ Sagres (3,2 pp); Tavira (1,8pp) e Armação de Pêra (1,0pp). Na nota informativa divulgada, a AHETA revela que a taxa de ocupação por quarto também ficou 12 pontos percentuais acima de agosto do ano passado, quando a pandemia da CO VID-19 ainda se fazia sentir.
A Junta de Freguesia de São Marcos da Serra informa que as feiras e mercados passam a ter lugar no Largo da Igreja.
Noúltimo do mingo de setembro fui até Armação de Pera, passear pela zona marginal e tirar umas fotografias. A urbani dade desta zona é arqui tetonicamente ampla e in teressante, para quem passeia ou apenas descontrai, com vista para a praia e o mar. O branco e o azul do antigo casino localizam-nos no espaço mediterrânico. O jogo de cores e luzes é sem pre um desafio para a fotografia.
Chegado a casa, fui editar as fotografias e deparei-me, por ampliação, com um significativo monte de beatas, na esquina do pavimento, por detrás do edifício.Tinha a fotografia turística estragada. Alguém anda a varrer o lixo para o canto da casa. Era domingo, imaginei que iam limpar. Voltei ao lugar na quarta-feira, dia 28 de setem bro de 2022, pela manhã. Quando cheguei ao local um funcionário de limpeza abandonava o sítio transportan do um amplo saco preto (provavelmente vazio). O lixo continuava lá. Não há postal turístico que resista a esta falta de limpeza neste miradouro sobre a praia e o mar.
Segundo a Junta de Freguesia, a deslocalização das feiras e mercados do local junto ao cemitério onde habitualmente de corriam, para este largo no centro da aldeia, tem como objeti vo a “revitalização dos mercados e feiras na aldeia”.
há uns anos para cá, os meus invernos têm tido uma constante: as idas às compras de pellets para aque cimento de casa. Trata-se de aglomerados de madeira em pequenos cilindros, de fácil armazenagem, que resultam da compressão de madeira obtida a partir de desperdí cios da indústria madeireira ou da limpeza de matas. Durante muito tempo, as pellets constituíram uma alternativa relativamente
competitiva face às alterna tivas de aquecimento. O seu preço manteve-se inalterado ao longo do tempo e a sua ubiquidade significava que estava disponível um pouco por toda a parte. O preço também era competitivo: um saco de pellets de 15kgs, que durava entre 8 a 12 horas, era vendido por um valor que oscilava entre os 2,80€ e os 3,90€.
Hoje, a situação alterou-se dramaticamente; as san ções impostas à Rússia pela União Europeia, devido ao conflito russo-ucraniano, tiveram como resultado o estancamento das importa ções de pellets russas. Dado o estatuto da Rússia como uma das grandes produtoras europeias deste produto, as subidas dos preços não se fi
zeram esperar. Para além dis so, o corte de gás oriundo da Rússia precipitou a procura por combustíveis de aque cimento que constituíssem alternativa, e a queima de biomassa é uma alternativa viável. Os europeus do cen tro e norte da Europa acorre ram às salamandras de pellets, criando pressão adicional so bre o mercado.
Os resultados desta conjun tura são abismais: o preço de um saco de pellets de 15 kgs poderá hoje custar entre 9,00€ a 10,00€, um aumento brutal para qualquer carteira. Para além disso, e apesar do mercado de aquecimento com recurso a pellets em Por tugal ter crescido de forma sustentada nos últimos anos e de representar qualquer coisa como 37% do merca
do em 2021, a indústria está muito virada para a expor tação e, face ao aumento da procura no norte da Europa, não hesitou em apontar ba terias para esses mercados em detrimento do nacional. Era esperado que o ano de 2022 trouxesse o aumento da capacidade instalada em quase 50%, face ao ano de 2021, mas parece não ser o suficiente para mitigar a so freguidão da Europa pelos pequenos cilindros de ma deira. Para se compreender a magnitude da questão, a maior fábrica de produção de pellets do país, a ser inau gurada no final de 2022 na Guarda, já terá assegurada a venda da totalidade da pro dução dos próximos anos a centrais de energia do centro da Europa.
Obviamente, e dada a vo racidade dos mercados de exportação, é expectável que a utilização de pellets para aquecimento doméstico te nha adicional dificuldade este ano, esperando-se mes mo que possa haver escassez. Os pellets são largamente utilizados na indústria pani ficadora e noutras indústrias alimentares, o incremento exponencial do preço deste combustível terá efeitos per niciosos, colaborando para a escalada de inflação, e colo cando em risco empresas e modelos de negócio.
A ênfase que se tem posto em matéria energética tem sido no gás e no combustí vel automóvel; as medidas apresentadas de combate à inflação não se têm, até ago ra, dirigido para a biomassa.
No entanto, uma medida de apoio importante a este sec tor, e aos milhares de portu gueses que recorrem a este produto, seria a redução do IVA dos pellets, dos atuais 23% para a taxa mínima. Sim, é um pouco incompreensível que os pellets, enquanto com bustível para aquecimento doméstico, tenham uma taxa de 23%; desde 2011 que a taxa é aplicada desta forma.
A questão das pellets é ape nas mais um capítulo na di fícil gestão de uma escalada de preços que teima em não parar a sua ascensão. No meu caso, prevejo que vou ter de vestir mais uma camisola. Ou duas.
lectivo novo, vida nova. Pelo menos é esse o caso para mi lhares de alunos que iniciam o seu percurso escolar, ou que mudam de escola, mas tam bém para grande parte dos professores que continuam de mochila às costas, perdão, de malas às costas. Contra riamente ao que se poderia pensar, a chegada de um
novo ano lectivo não signifi ca o início das aulas em todas as disciplinas. O problema não é novo, não há professo res para leccionar porque es casseiam apoios e incentivos que permitam, por um lado, aliciar a realocação de recur sos humanos existentes para outras áreas onde escasseiam e, por outro, atrair jovens para a docência.
Segundo dados da Direção -Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, 57% dos professores no ensino público têm mais de 50 anos, enquanto que no privado são cerca de 24%, pelo que a ac tual vaga de aposentações de professores não irá abrandar
nos próximos anos. Aliás, se gundo um estudo encomen dado à Faculdade de Econo mia da Universidade Nova de Lisboa e apresentado no final de 2021, para suprir as necessidades de professores nas escolas em 2030/2031, seria necessário recrutar até lá 34.508 novos docentes. Se conjugarmos esta ideia com a imagem da profissão, há mui to associada à precariedade e instabilidade, o prognóstico é deveras preocupante.
É neste contexto que o Agrupamento de Escolas de Silves se vê inserido, en contrando-se na lista das 10 escolas do país com mais falta de professores. Algo
que vem sendo hábito pois o Algarve apresenta algumas especificidades difíceis de contrariar com um custo de vida elevado quando com parado com outras zonas do país que contam com oferta de transportes públicos e de habitação.
A constatação da escassez de casas que tanto afecta docen tes e alunos, neste caso uni versitários, é assustadora. No caso dos estudantes universi tários, a insuficiência de resi dências estudantis agudiza as suas dificuldades e restringe significativamente as suas opções. Para os professores, chegam a ser notícia casos de docentes que à falta de alter
nativa encontram “refúgio” em parques de campismo.
Ora existindo capacidade de construção no país e meios de financiamento, como é que se explica o gravíssi mo problema de habitação, transversal à sociedade, de que Portugal padece?
Espero que as medidas en contradas para colmatar as lacunas existentes surtam efeito no imediato, na certeza porém de que ter os créditos necessários para poder dar aulas, não é a mesma coisa do que ser professor. Até lá, os alunos continuarão sem aulas em algumas disciplinas e sem saber quando terão professor para os ensinar.
Todavia, não deixa de ser iró nico que o problema do en sino seja uma monumental dificuldade de aprendizagem com os erros do passado. Di ficuldade essa que subsiste, e subsistirá, ano após ano, até que o modelo de ensino seja revisto, os seus processos e procedimentos sejam simpli ficados e que a precariedade seja algo do passado, pelo que deixo uma sugestão: se sou ber de alguma sebenta sobre esta matéria não hesite em fazê-la chegar ao ministério, quem sabe se não será uma ajuda preciosa para o aluno finalmente passar o ano com distinção. A Educação agra dece.
Umgrupo de manifestantes concentrou-se no dia 14 de setembro à porta da Câmara Municipal de Silves, em protesto. Esta ação teve como objetivo pressionar à reso lução do problema ambiental provocado pela Unidade Fabril da Amorim, em Vale de Lama, Silves.
No interior do edifício decorria a quinta reunião promovida pelo Município de Silves com as presenças da CCDR Algarve, Corticeira Amorim Cork Insulation (ACI), Grupo Pes tana e os “Vizinhos da Fábrica”, movimento de cidadãos que tem liderado os protestos.
contestação co meçou a tomar forma com os “Vizinhos da Fábrica”, moradores nas pro ximidades da mesma, que re clamam contra o fumo bran co proveniente da fábrica, alegando que este inclui uma substância cancerígena, a su berin e partículas finas (PM 10). Queixam-se também do mau cheiro e dos níveis de ruído da laboração.
Uma série de diligências pro movidas por estes “Vizinhos” levou a que o Município de Silves tivesse tomado a ini ciativa de servir de media dor entre os moradores e a corticeira e também com a CCDR Algarve (entidade que tem a competência de fiscalização ambiental) e o grupo Pestana (cujo campo de golfe na proximidade é afetado pelo fumo).
No decorrer das reuniões, a Corticeira Amorim reco nheceu a existência de uma anomalia numa das chami nés, tendo-se comprometido a corrigir a situação o que ainda não aconteceu, alega damente pela dificuldade em conseguir a peça necessária, que já não é fabricada pelo que terá de ser desenhada e criada para aquele fim espe cífico. No entanto, já houve alguma intervenção, nomea damente para a filtragem do fumo preto que habitual mente era visível nas proxi midades.
Nesta última reunião, face à demora que o processo tem sofrido, foi solicitado à em presa um calendário com a previsão dos trabalhos de
instalação do pré-filtro RTO e o prazo de conclusão, se gundo consta do relatório da reunião, divulgado pelos “Vizinhos da Fábrica”. As sim, ficou decidido que o trabalho de design de insta lação de pré-filtro RTO seria apresentado até ao dia 30 de setembro; até 15 de outubro seria apresentado um pedido de licenciamento industrial para as alterações a serem feitas na unidade de fabrica ção; seria também apresenta do um plano geral de redu ção de ruído; e em novembro será convocada nova reunião para fazer o ponto de situa ção dos trabalhos.
Uma indicação semelhante foi dada pelo vice-presiden te da Câmara Municipal de Silves, Maxime Sousa Bispo que foi interpelado sobre o assunto, na sessão da Assem bleia Municipal de Silves, que decorreu no dia 28 de setembro.
Segundo o autarca, o pro blema da poluição “extravasa as competências do Municí pio” pelo que este, ao receber as queixas dos moradores, requereu a intervenção da CCDR Algarve, a entida de competente na matéria, a qual “tem feito algumas ações de controle de verifi cação de limites” sendo que a autarquia não teve “nenhuma informação de que se estives se a desrespeitar a lei”.
No entanto, reconhecendo a existência do problema de fumos e de maus cheiros que dependendo da direção do vento atingem, por vezes, várias zonas da cidade de Sil
ves, a autarquia decidiu to mar a iniciativa, promovendo e coordenando as reuniões “de uma forma construtiva com o envolvimento de todas as partes”.
Além disso, a Câmara de Silves interveio na área da sua competência, a do ruído, realizando algumas medições acústicas, tendo concluído que o regulamento do ruído não estava a ser cumprido durante o dia, pelo que “a corticeira foi notificada”.
O vice-presidente da Câma ra acrescentou que, perante estas situações, foi proposto que, até à instalação do filtro na chaminé, fosse reduzido o horário de funcionamento da fábrica, ao fim de semana, “para que não houvesse fumo e ruído”, o que foi aceite pela corticeira Amorim. E con firmou que “foi estabelecido um plano de resolução das avarias”.
Maxime Sousa Bispo afir mou ainda que todo este processo tem sido “transpa rente e com o envolvimento de todos” e, apesar de não ter “a celeridade devida”, tem “corrido de uma forma muito positiva”. Na sua in tervenção deixou bem claro que o assunto tem de ser tra tado com “bom senso” pois a “fábrica quer encontrar uma solução definitiva” e quer o Município, quer os queixosos desejam garantir uma solu ção ambientalmente correta que não implique, de forma alguma, o encerramento des ta instalação fabril, da qual dependem algumas dezenas de famílias.
O eurodeputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão e os dirigentes distritais João Vas concelos e Sandra da Costa reuniram com os “Vizinhos da Fábrica”, para tomar co nhecimento da evolução da situação.
Em comunicado, o BE exige que “a Corticeira Amorim Cork Insulation (ACI) faça os investimentos necessários na sua fábrica de Silves para cumprir com a legislação na cional e europeia a nível da qualidade do ar e ruído”.
“A fábrica, dedicada à pro dução de aglomerados de isolamento, apresenta-se como respeitadora do meio ambiente, mas o movimento de moradores tem apresenta do dados factuais que apon tam no sentido contrário” diz o BE, acrescentando que “a
situação tem-se agravado no concelho de Silves na área envolvente à Corticeira, mas
a quilómetros de distância”. O BE afirma ainda que “as soluções estão disponíveis,
também já se faz sentir no concelho de Lagoa, onde a poluição também é notória. Segundo relatos de morado res e passantes, os fumos de cor branca e preta são visíveis
mas não há urgência em implementá-las. O principal problema é a atitude e men talidade da ACI que prejudi ca a saúde e a subsistência da população vizinha”.
Barmen
de Portugal esteve presente no Con curso Panamericano de Cocteleria 2022, “Classic” & “Flairtending” que este ano decorreu na Venezuela, de 2 a 27 de setembro.
A delegação portuguesa foi composta por três jovens membros da Associação Bar men Algarve: Fábio Madeira (competidor clássico); João Varanda (competidor flair) ; e ainda por Miguel Bárbora, de Armação de Pêra. Este, que já foi Campeão Nacional de Flair diversas vezes, nos últimos anos tem feito parte do júri da IBA na classe de Flairtending.
Os três barmen portugue ses tiveram uma excelente participação, tendo Miguel Bárbora conquistado o 1º lugar na Copa Presidente;
João Varanda, o 2º lugar na vertente Flairbartending na Copa Amistad; e Fábio Ma deira, o prémio de Melhor Cocktail.
Ajovem acordeonis ta Bruna Palma, do Algoz, alcançou o 1º prémio na Categoria Vir tuoso, no 47º PIF- Prémio Internacional Fisarmonica (Acordeão), em Itália.
O jovem acordeonista messi nense, Miguel Coelho, tam bém se distinguiu na comi tiva de oito jovens algarvios que participaram nesta com petição.
O concurso decorreu de 28 de setembro a 2 de outubro em Castelfidardo, que é con siderada a capital mundial do acordeão e teve a participa ção de oito jovens algarvios, alunos do professor Nelson Conceição. Estes jovens, que também tocam juntos, na
Orquestra Garvefole, foram igualmente premiados nes ta sua apresentação, tendo a Orquestra alcançado o 2º prémio na categoria World Music, sendo a primeira or questra portuguesa a alcan
Bruna Palma
çar o pódio neste concurso internacional.
Os elementos que integra ram a orquestra Garvefole foram: Bruna Palma (Algoz); Inês Faria (Bordeira-Faro); Matilde Sousa (Olhos d’
Nosúltimos dias têm vindo a público vá rios alertas de autar
cas e dirigentes de entidades regionais manifestando a sua preocupação com a gravida de da seca que se faz sentir no Algarve.
A possibilidade da água faltar muito em breve nas tornei ras, caso não chova, torna-se cada vez mais real. Segundo dados da Agência Portugue sa do Ambiente (APA), as seis barragens algarvias apre sentam atualmente um volu me de água de 90 milhões de metros cúbicos, enquanto as estimativas dos gastos da re gião são de 110 milhões.
A possibilidade de se co meçar a pensar em atribuir “quotas de distribuição aos municípios”, foi já analisada pelo Conselho da Comuni dade Intermunicipal do Al garve – AMAL.
Este verão, já com o cenário de seca extrema, os consu mos de água subiram, apesar de várias campanhas de sen sibilização para a redução de consumo de água e a falta de soluções coloca aos próximos tempos um grande desafio, se continuar a não chover.
Algumas medidas têm sido propostas, como o reapro veitamento da água utili zada na lavagem dos filtros
das piscinas para a higiene urbana, para a limpeza de contentores de lixo e ruas, ou o uso de água não tratada para consumo nas obras pú blicas e privadas. A nível dos municípios também já foram tomadas algumas medidas com vista à redução dos con sumos, nomeadamente nos jardins e espaços públicos.
Mas manifestamente insufi cientes para resolver um pro blema estrutural.
No dia 30 de setembro, as barragens do concelho apre sentavam baixos níveis de armazenamento: Arade com 26,9%; Funcho com 61,3%; Odelouca com 32,8%.
Água- Albufeira); Mateus Marrachinho (Guia- Albu feira); Miguel Coelho ( S. Bartolomeu de Messines); Pedro Ramos (Bordeira-Fa ro); Rodrigo Veloso (Loulé) e Tiago Conceição (Loulé). Esta participação teve o su porte da Associação de Acor deão Garvefole e os apoios da Câmara Municipal de Loulé, Direção Regional de Cultura do Algarve e Junta de Fre guesia de São Clemente.
Classificações:
Bruna Palma (Algoz)
1º lugar (Categoria Virtuoso Student)
2º lugar com Garvefole (Categroria World Music)
11º lugar (Categoria World Student)
Abancada da CDU na Assembleia Muni cipal de Silves apre sentou uma moção exigindo ao Ministério do Ambiente que providencie a “abertura das duas válvulas que ligam o adutor Funcho- ETA – Al cantarilha”.
A moção, aprovada no dia 28 de setembro, defende que esta medida iria permitir “a redução substancial nas des
pesas com energia elétrica, mais de 250 mil euros nesta época”.
No documento, a CDU de Silves lembra que o projeto de implementação de um sistema de distribuição de água em pressão, no bloco de Silves, cofinanciado por fun dos comunitários em mais de seis milhões de euros e que recebeu mais de milhão e meio através do Orçamen
to de Estado, foi construído em 2015. Mas “desde que foi construído regou zero me tros quadrados”.
“Entre dezembro de 2015 e março de 2018, o Ministério do Ambiente foi questio nado por quatro vezes, pelo PCP, sobre a situação da ligação do sistema de rega ao adutor. Nas respostas ob tidas, os argumentos para protelar a ligação do sistema
de rega foram sempre caindo ficando, por fim, o preço da água que pertence por direito aos regantes, no valor de 9,9 cêntimos por metro cúbico”.
E a moção acrescenta: “O sistema de rega foi ligado (fisicamente) ao adutor no dia 24 de novembro de 2020, mas as válvulas mantém-se fechadas. Com esta ligação a obra foi dada por concluída, para assim a Associação de
Miguel Coelho (Messines)
6º lugar (Categoria Virtuoso Junior)
2º lugar com Garvefole (Categroria World Music)
11º lugar (Categoria World Junior)
Regantes receber a última tranche do financiamento, cerca de 430 mil euros, rela tivo à execução da obra”.
Para a CDU de Silves, este sistema de rega permite uma poupança substancial de água, reduzindo as perdas quase a zero e uma redução “substancial” nos custos com a eletricidade, o que ainda é mais importante na situação de seca que se vive. Por isso,
exige a abertura das duas válvulas, que iriam permitir uma redução significativa com despesas com energia elétrica, a redução dos custos com eletricidade por parte dos regantes em cotas mais elevadas e ainda a redução de avarias em contadores de água e entupimento de filtros dos regantes.
pal de Silves realizou uma sessão ordinária, nos dias 28 e 29 de setem bro, em São Bartolomeu de Messines.
De entre os muitos assun tos debatidos, destaca-se a aprovação, por parte da As sembleia, para que a Câma ra Municipal contraia um empréstimo de mais de 7 milhões que serão usados, se gundo Rosa Palma em obras necessárias ao concelho ( ver caixa).
Destaca-se também o pon to dedicado às perguntas ao Executivo Permanente, no qual os membros da Assem bleia Municipal colocaram várias questões, quase todas elas relacionadas com o pon to de situação de obras ou projetos a desenvolver pela autarquia.
Um deles foi sobre a instala ção de um núcleo museoló gico em Armação de Pêra:
Da bancada do PS surgiu a questão sobre a instalação de um núcleo museológico e posto de informação turís tica na Fortaleza de Arma ção de Pêra, de acordo com a proposta apresentada pelo vereador Luís Guerreiro, em reunião de Câmara, a 28 de fevereiro de 2022.
O membro do PS, Mário Nobre de Oliveira, evocou a existência de um auto de ce dência celebrado há 22 anos entre a Câmara Municipal de Silves e a Direção Geral
do Turismo (corrigido pos teriormente pelo presiden te da Junta de Freguesia de Armação que afirmou ser a Direção Geral de Tesouro e Finanças) que previa a insta lação de um núcleo museo lógico e posto de turismo na Fortaleza, além da autarquia se comprometer a efectuar as necessárias obras de rees truturação e conservação, dos espaços exterior e interior. O mesmo deputado municipal criticou o facto das referidas instalações, que já serviram a GNR, estarem agora ocu padas pelo Corpo de Escu teiros de Armação de Pêra, uma cedência efetuada pela Câmara Municipal.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Arma ção, Ricardo Pinto, falou da cedência das instalações aos escuteiros, concretizada em abril passado, considerando que seria necessária “uma prévia autorização para dar destino diferente” ao espaço e que este “regressa imedia tamente à posse do Estado” se os termos da cedência não forem cumpridos.
Em resposta, a presidente da Câmara Municipal, Rosa Palma, confirmou a existên cia do referido auto de ce dência, assinado pela autar quia em 2009, nos termos ci tados, mas sublinhou que, em 2013, quando tomou posse, esse espaço estava transfor mado numa “arrecadação” e tinha instalada “uma em presa de surf”. Situação que se manteve durante bastante tempo “sem que ninguém perguntasse pelo auto de ce dência”…
Rosa Palma confirmou a cedência do espaço na For taleza aos escuteiros, que foram despejados, pelo pa dre de Armação de Pêra, da casa que ocupavam, sem que tivesse ficado previsto um local para se instalarem, no “enorme” Centro Paroquial. Por esse motivo, explicou, a Câmara decidiu ajudar ce dendo a sala na Fortaleza, mas esta será uma ocupação temporária. Segundo a pre sidente da Câmara, não é possível criar ali um núcleo museológico, porque o es paço não tem as dimensões nem consegue responder às atuais exigências técnicas para a sua instalação, mas anunciou a instalação de um centro interpretativo ligado à área marinha protegida de Armação de Pêra- Pedra do Valado.
Um dos principais temas desta sessão da Assembleia Municipal teve a ver com a autorização para que a Câ mara de Silves contraia um empréstimo de 7.135.000,00 (sete milhões, cento e trin ta e cinco mil euros) para o financiamento de alguns in vestimentos.
Na introdução ao assunto, a presidente Rosa Palma des tacou que sob a sua liderança, desde 2014, até ao momen to, a autarquia tem vindo a
manter “uma trajetória de desendividamento”. Apesar, acrescentou, de ter contra tado dois empréstimos para investimento, em novembro de 2015 e em novembro de 2018, no montante global de dez milhões.
Assim, no período entre 2014 e 2017, a dívida do Município de Silves redu ziu a montantes superiores a oito milhões, sendo atual mente de pouco mais de dez milhões. O que faz com que o Município de Silves tenha “uma margem significativa em termos de capacidade de investimento” que a autar quia decidiu aproveitar para garantir que tem os meios necessários para cumprir com as obras e projetos pre vistos, principalmente nesta altura de grande instabilida de financeira e económica, em que os orçamentos têm de ser continuamente revis tos em alta.
A presidente Rosa Palma apresentou a lista dos inves timentos (e explicou-os em termos gerais); os quais serão realizados com o empréstimo aprovado por unanimidade pela Assembleia Municipal:
• Requalificação de espaço pú blico na envolvente à Esta ção da CP de Silves €900.000,00 ( Tem o proje to executado: compreende a remodelação das redes de água, saneamento, plu viais, telecomunicações, bem como da iluminação, pavimentação, execução de passeios, arranjo urbanísti
co, ligação à Urbanização Silgarmar)
• Requalificação urbanística da Rua das Telecomunicações e Envolvente (São
Bartolomeu de Messines; € 900.000,00 ( Tem projeto executado, compreende a remodelação da rede de águas, saneamento, plu viais, iluminação, pavi mentação)
• Requalificação da Rua D. João II (Armação de Pêra) € 950.000,00 (Obra esteve prevista em orçamen to anterior, mas transitou para este, com algumas alterações. Prevê a remo delação das redes de água, saneamento, pluviais, tele comunicações, pavimenta ção, iluminação, passeios, estacionamento)
• Variante ao Períme tro Industrial do Algoz € 3.100.000,00 ( Obra con siderada muito necessária, compreen de, além da variante, a construção de um emis sário em alta que terá de ser feito em parceria coma Águas do Algarve, com a qual decorrem as nego ciações)
• Aquisição de fração do edifí cio do antigo Lidl (Silves) € 565.000,00 ( Processo já negociado, para instalação de serviços da Câmara Municipal)
• Aquisição de fração do edifí cio da antiga “Compensado ra” (Silves)
€300.000,00 ( Para instala ção de serviços de atendi mento ao público, da Câ mara Municipal).
• Aquisição de terreno do Jar dim de São Bartolomeu de Messines € 170.000,00
(O Jardim Municipal de Messines, inaugurado em 2005, pela então presiden te Isabel Soares, foi cons truído em terrenos que constou que teriam sido doados à Câmara Muni cipal. Mas, como explicou a presidente Rosa Palma, isso não aconteceu e, de pois da obra concluída, foi necessário negociar o pa gamento. O que aconteceu com dois dos proprietários, mas com o terceiro não foi possível chegar a acordo, por haver uma enorme dis crepância entre a avaliação feita pelos avaliadores da Câmara Municipal e a do proprietário. Já depois do Jardim instalado, o mes mo proprietário entregou o referido terreno ao BCP, como compensação. No meio deste imbróglio a Câmara está a tentar che gar a acordo sobre a verba a pagar por uma faixa de terreno de 40 m2.)
• Aquisição de prédios em espaço destinado a equipa mentos multiusos (Silves) € 250.000,00 ( Sobre esta aquisição não foram dados mais pormenores, porque a autarquia ainda se encon tra em negociações)
irá assinalar-se em São Bartolomeu de Messines, com um encontro, uma campanha de recolha de alimentos e uma campanha de esterilização solidária.
Animal irá realizar-se no dia 9 de outubro, no Parque de Feiras e Exposições de São Bartolomeu de Messines.
A entrada é feita mediante a entrega de um donativo alimentar, para animais.
Paralelamente, de 1 a dia 8 de outubro, está decorrer uma campanha de recolha de alimentos para animais, no comércio local. Todos os bens e valores angariados serão entregues na totalidade a associações de proteção animal.
O programa do encontro é o seguinte: 10h00- Abertura do recinto 10h30- Apresentação dos Batujovens (percussão) 11h30 – Palestra sobre Enriquecimento Ambiental com o treinador Hugo Oliveira 14h00- Início do concurso Beldade Canina Messinense 15h30- Palestra sobre passeio
à trela com o treinador Hugo Oliveira
16h00- Aula Aberta de Zumba com a União Desportiva Messinense
17h00- Entrega de prémios Beldade Canina Messinense e sorteio das rifas 17h30- Encerramento
A organização deste encontro é da loja de produtos para animais, Ocasião Selvagem e da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines, com o apoio da Câmara Municipal de Silves e associações de bem estar animal.
No âmbito destas celebrações, a associação Pata Ativa irá realizar uma Campanha de Esterilização Solidária, “a preços mais acessíveis”, unicamente para “detentores com dificuldade financeira para custear a esterilização do seu animal doméstico”.
Esta campanha conta com “a ajuda imprescindível” de duas clínicas de São Bartolomeu de Messines, o Centro Veterinário Arca de Noé e o Centro Veterinário
VET Messines, e acontece “graças à disponibilidade, solidariedade de pessoas que estão a abdicar do seu trabalho e do seu tempo para ajudar em troca de um valor mínimo”, pelo que a Pata Ativa solicita a compreensão de todos, para que não sejam procurada “por pessoas que não têm qualquer necessidade” e que surgem com animais “comprados”.
Esta campanha irá decorrer de 17 de outubro a 17 de novembro.
As inscrições podem ser feitas por email: pata.ativa. associacao@gmail.com , ou diretamente em Messines, no dia 9 de outubro, durante o encontro referido.
Entretanto, a Associação Pata Ativa está também à procura de voluntários que queiram participar na campanha de recolha de alimentos para animais que está a decorrer em várias superfícies comerciais da região.
Concretamente, para os dias 15 e 16 de outubro, pede-se voluntários para fazerem turnos no Continente Bom Dia de Armação de Pêra. Os turnos têm uma duração de duas horas, entre as 8h e as 21h.
O contacto para inscrição é o seguinte: 912 538 744.
21 a 23 de outubro, irá decorrer em Sil ves, no Teatro Mas carenhas Gregório, a Confe rência “Guerra e Paz na Era da Globalização”.
SINOPSE DE APRESENTAÇÃO: A história tem sido marcada por ciclos de guerra e de paz, transversais a to das as civilizações e culturas. Desde os alvores da civiliza ção grega, existe a preocupa ção de estabelecer limites à possibilidade de desencadear ou levar a cabo a guerra. Da ideia medieval de guerra jus ta decorre a ideia contempo rânea, consagrada no artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, de que a guerra só é lícita em autodefesa. Des de há muito, portanto, que a humanidade se deu conta da necessidade de assegurar a paz como desiderato político e cultural. Paradoxalmente, o século xx foi o que registou mais mortes por causa da guerra, que se tornou mui to sofisticada. A 2.ª Guerra Mundial terminou com os terríveis bombardeamen
tos nucleares de Hiroxima e Nagasáqui, que dispensaram o tradicional campo de ba talha. Foi esse o tempo de se proclamar, de forma explíci ta, a imoralidade da guerra, porque ela poderia implicar o fim da humanidade. (…)
Sempre que se inicia uma guerra, há a possibilidade de justificá-la, pelo que o me lhor é impedir o seu surgi mento. Terão as sociedades contemporâneas, politica mente organizadas, capa cidade para se entenderem, por forma a evitar a guerra egarantir a paz? É possível um acordo mínimo entre nações sobre o que é o bem e o que é o mal ou, pelo contrário, o direito internacional está condenado a não passar de uma folha de papel? Como viver num mundo que não se entende, onde as ameaças se agigantam e a humanidade pode perecer?
No mundo interdependente em que vivemos, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia não é apenas regional mas global, pela participação di
reta ou indireta de Estados e organizações de todos os continentes, com impactos reais nos domínios econó
OMunicípio de Silves
e o Agrupamento de Escolas de Silves assinaram, recentemente, um protocolo de colaboração, vi sando a apresentação de uma candidatura ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência para implementação de um Centro Tecnológico Espe cializado, na Escola Secun dária de Silves.
“Aumentar a capacidade de resposta do sistema educati vo e formativo, para comba ter as desigualdades sociais e de género e aumentar a resiliência do emprego, so bretudo dos jovens e adultos com baixas qualificações, são os principais objetivos desta candidatura no âmbito da modernização e reabilitação das instalações e infraestru
turas existentes e a aquisição de recursos educativos tecno lógicos (equipamento).”
Com a aprovação desta can didatura, Silves terá um dos 365 Centros Tecnológicos Especializados que serão im plementados no país entre 2022 e 2025.
ACâmara Municipal de Silves e a Junta de Freguesia de Sil ves têm abertas candidaturas para atribuição de Bolsas de Estudo para alunos que fre quentem o Ensino Superior. No caso da Câmara Munici pal, serão atribuídas 15 bol sas a estudantes do concelho.
O período de candidaturas decorre de 17 de outubro a 31 de outubro. Os candida tos podem consultar a infor mação no site da autarquia (ou no Edital publicado nes ta edição).
Relativamente à Junta de Freguesia de Silves, esta irá atribuir dez bolsas de estudo
a estudantes da freguesia. O período de candidaturas de corre de 15 a 30 de outubro.
As informações relativas à candidatura podem ser con sultadas no site da Junta.
mico, político e humanitário. Novos muros se erguem e pontes se desmoronam dian te dos nossos olhos. A guerra
faz parte das nossas vidas, mesmo quando separados por milhares de quilóme tros. Já a paz é muito mais do que a ausência de guerra, exigindo fortes compromis sos individuais e coletivos, mediante a salvaguarda de princípios e valores sólidos de convivência social.
Ao debater-se “Guerra e Paz na Era da Globalização”, procura-se obter uma me lhor compreensão dos desa fios contemporâneos origi nados pela ameaça generali zada da guerra e pela procura consciente da paz, a partir do cruzamento de perspetivas científicas, seguindo meto dologias e propostas inter, trans e pós-disciplinares ino vadoras inerentes aos Estu dos Globais.
Os eixos temáticos a abordar serão: I – Guerra e Paz na História Global; II- Direi to Global na Construção da Paz; III- Guerra, Economia e Desenvolvimento Susten tável; IV- Educação e Co municação para a Paz e a Ci dadania Global; V- Guerra e
Refugiados, Desafio Global; VI- Guerras de Religião, Es piritualidades e Ecumenis mos Pacifistas; VII- Apre ciações da Paz e da Guerra através da Arte; VIIIEsta conferência é organi zada pela Câmara Munici pal de Silves, Universidade Aberta, Universidade de Paris II –Panthéon-Assas e várias ou tras instituições e o apoio de parceiros nomeadamente doCentro de Estudos Luso-Á rabes de Silves.
Este evento está aberto ao público em geral que queira assistir, contando como ação de formação. O valor de ins crição é de 50€.
O programa e todas as in formações encontram-se em https://fieg2022.weebly. com
dias 6, 7 e 8 de se tembro, realizou-se, na Escola Secundá ria de Silves, mais uma fase do projeto Erasmus+ WAY (Whole-School Approa ch for Youth with Migrant Background), com a pre sença de parceiros oriundos de Espanha, Itália, Bélgica, Grécia e Polónia.
Os objetivos principais des te projeto residem na saúde
mental dos alunos migrantes, na sua integração na socieda de e na promoção do sucesso.
A organização esteve a cargo da equipa de Portugal (do centes no Agrupamento de Escolas de Silves), mas con tou, ainda com a preciosa co laboração da Câmara Muni cipal, nas questões logísticas.
Nos trabalhos realizados, na modalidade de formação de curta duração, além dos par
ceiros já enumerados, parti ciparam, mais de 30 docentes do agrupamento, tendo sido, ainda, convidados vários par ceiros locais.
A opinião geral dos partici pantes sobre a importância deste evento foi bastante po sitiva, pois trata-se de uma realidade cada vez mais pre sente na nossa sociedade.
gido ao local e confirmado a sua existência. O alerta foi dado pelo silvense José Luís Cabrita, pessoa que desen volveu várias ações em defesa do património arqueológico do concelho. Deslocações posteriores de Mário Varela Gomes levaram à descoberta dos restantes menires.
Em 1988, aquando da pros peção realizada no âmbito do salvamento documental do património arqueológi co e etnográfico da área a ser submersa pela barragem do Funcho foi encontrado o segundo menir da Vilarinha. Tinha sido removido por uma escavadora, possivel mente por alguém que pro curava algum tesouro escon dido. Por falta de condições de segurança no local, foi transportado para o Museu Municipal de Arqueologia de Silves, onde se encontra desde dezembro de 1994.
decoração complexa, a mais complexa até agora desco berta no Algarve. Além das figuras serpentiformes, mais comuns, encontra-se no Alinhamento da Vilarinha, a rara representação de um machado e armas de arre messo, além de covinhas e linhas.
A sua inegável importância levou a que estes menires fossem classificados como Monumento de Interes se Municipal, pela Câmara Municipal de Silves, a 4 de julho de 2016.
E o que nos dizem estes tes temunhos do passado?
Há menires em quase todo o mundo, erguidos por dife rentes culturas. Pensa-se que eram usados em cerimónias religiosas, fúnebres e até para demarcação de território. Mas, seja como for, a sua pre
de ativi
dades das Jornadas Europeias do Patri mónio levou, este ano, um grupo de caminhantes a um passeio noturno pelos me nires de Vale Fuzeiros- Vi larinha na freguesia de São Bartolomeu de Messines.
Num ambiente “quase celes tial”, foram revelados os qua tro menires, talhados no grés vermelho da região, que há milhares de anos escrutinam a serra algarvia.
A freguesia de São Bartolo meu de Messines tem uma vasta riqueza arqueológica e os menires de Vale Fuzeiros são um exemplo poderoso.
Os quatro menires foram edificados pelas primeiras comunidades que habitaram a zona, há cerca de 6000 a 4500 anos A.C. Os solos fér teis destes vales, com abun dância de cursos de água, caça e de madeira, favore ceram o estabelecimento de povoados desde a Pré-His tória.
Encontram-se alinhados, em colinas próximas, o que não é muito comum no território português, mas este, o cha mado “Alinhamento da Vila rinha”, é ainda mais raro por
ser feito no sentido nordes te-sudeste, uma ocorrência única no contexto megalítico do Barlavento. São estrutu ras de cerca (ou mais) de dois metros de altura, de pedra vermelha, que se destacariam no alto dos montes casta nhos. Mas a sua descoberta não é muito recente, talvez porque se encontravam der rubados e muito provavel
mente deslocados do local original.
O arqueólogo Mário Varela Gomes, no 5º Encontro de Arqueologia do Algarve, que decorreu em Silves, em 2007, na sua comunicação, relatou a forma como estes menires foram descobertos. Segundo este arqueólogo, foi alertado, em 1979, para a existência de um menir, tendo-se diri
Durante esse trabalho foi identificado mais um menir, na mesma zona, por Luís Miguel Cabrita, técnico su perior da Câmara Municipal de Silves.
Em abril de 2004, com a au torização do Instituto Portu guês de Arqueologia, sob a orientação de Mário Varela Gomes, foram realizados trabalhos de campo junto aos menires da Vilarinha, totalmente financiados pela Câmara Municipal de Silves. No entanto, estes trabalhos nada revelaram de novo, em termos de descoberta de ar tefactos, o que reforça a hipó tese dos menires terem sido deslocados do local original, ou terem tido usos diferen tes, ao longo dos milénios. Isto é também revelado pelas figuras inscritas nos menires que, segundo Varela Gomes, foram feitas em diferentes períodos, também durante o Calcolítico (III milénio AC) e em plena Idade do Bron ze (II milénio AC). Nestes, surgem os principais motivos iconográficos dos menires al garvios, associados às formas fálicas dos suportes, aludin do à criação e regeneração da vida, o grande paradigma das sociedades produtoras de alimentos. Num dos meni res, o número 2, identificado em 1988, encontra-se uma
sença mostra-nos a existên cia de outros seres humanos que há milénios viveram nas nossas terras. Um legado que tem de ser divulgado e salva guardado.
Como chegar - Chegando à freguesia de São Bartolomeu de Messi nes, pela EN 124, procurar a aldeia da Amorosa. Circu lar no Caminho Municipal 1079 Pedreiras, até ao cruza mento que nos leva ao lugar de Vale Fuzeiros. Ao chegar à antiga escola primária de Vale Fuzeiros, inicia-se o Percurso Pedestre da Rota do Circuito Arqueológico da Vilarinha- Vale Fuzeiros. O mesmo tem uma extensão de 7,5 km e encontra-se demar cado, sendo atualmente um dos percursos arqueológicos que integram o Geoparque Algarvensis.
Este percurso, além dos me nires, integra ainda a Ne crópole da Pedreirinha, a Necrópole da Carrasqueira, a Necrópole da Fonseca, se
Fernan do Namora tem um livro de contos, Resposta a Matilde, em que escreve estórias inverosímeis, incomuns, desafiado pela referida Matilde. Num dos contos, um homem vai com prar, todos os dias, ao final da tarde, dois ovos frescos, apenas dois ovos. Ocorre-me
este conto – não vou revelar o final – quando vou, de ma nhãzinha (de dois em dois dias) ao café da esquina, li teralmente na esquina, com prar duas carcaças em pão integral. Comecei há um ano, a comprar as duas carcaças, e apenas isso, quando optei por cuidar da obesidade. Há um ano, cada carcaça em pão in tegral custava 15 cêntimos.
As senhoras do referido café tratavam-me por menino, o que me soava algo estranho, talvez um pouco menos es tranho do que quando um
jovem me trata por senhor, com o sentido de idoso. Só mais tarde é que percebi que naquele local todos os clien tes são tratados por menino ou por menina. Passado al gum tempo, talvez no início do ano, o preço da carcaça em pão integral passou para 18 cêntimos, por um breve espaço de tempo.
Com o tempo e a rotina, comecei a imaginar que as funcionárias andariam inter rogativas sobre a natureza da minha compra, duas carcaças em dias alternados, como no
conto de Fernando Namora. Mas isso era eu, centrado em mim, influenciado pelos romances com estórias inco muns. Achamos que somos o centro do universo e que somos observados por to dos, mas acredito que não é nada disso. Cada um de nós é muito mais incógnito do que julga, do que ambiciona ser. Acho que aquelas fun cionárias (na montra tem estado um letreiro, precisa-se empregada, que não alude a igualdade de género no que concerne à oportunidade de emprego) não pensam, nem
estarão para isso, sobre o mo tivo da minha compra isola da de duas carcaças em pão integral.
Habitualmente, logo pela manhã, sou atendido: -Menino, bom dia. -Bom dia, queria duas car caças em pão integral, se faz favor.
-Só duas? -Sim. (…) -Quarenta cêntimos, se faz favor. -Obrigado.
Eu vou à minha vida e a em pregada atende o cliente se guinte: -Menino, bom dia. Será que ela se interrogou sobre a compra de apenas duas carcaças em pão inte gral? Não sei, tenho dúvidas. Já agora, uma última nota, no período de um ano, as carca ças em pão integral subiram 33,3%, um valor robusto a contribuir para a inflação que nos aflige a todos, natu ralmente, sempre a uns maisdo que aos outros. É a vida.
Helena Pinto
Partilhas Psicóloga Clínicaé fundamental não deixar mos de estar apaixonados pela VIDA e pela rique za de cada nova fase. Cada ruga representa vivências e caminhos percorridos. Cada memória, uma página de um livro que se foi escrevendo e no qual se abrem novos capí tulos. A vida, quando vivida, tem sempre novas histórias a acrescentar. Quando deixa mos de viver, então começa mos a envelhecer.
frase de um gran de escritor, para ini ciarmos a nossa re flexão desta edição do nosso Terra Ruiva:
“Os seres humanos pensam que deixam de se apaixonar porque envelhecem, sem sa ber que envelhecem porque deixam de se apaixonar”. –Gabriel Garcia Márquez
Iniciamos uma nova estação – O outono, e com ele toda
a natureza se prepara para deixar as suas velhas roupas, gastas de um verão quente e seco. Tal como na natureza, também as pessoas necessi tam de largar as “velhas rou pas”, necessitam de aprender a adaptar-se a cada nova estação da vida. Cada uma representa um novo desafio.
A experiência e maturidade adquiridas, ajudaram a de senvolver ferramentas mui to úteis para a superação do desafio. Para esta superação
À medida que o tempo passa e a idade avança, deixamos de lado muitas atividades que ajudam a prevenir doenças e melhoram o bem-estar físico e mental. A atitude a ter é precisamente a contrá ria. Manter o corpo ativo no dia-a-dia, manter a mente ativa e aberta a novas apren dizagens e o melhor remédio para manter a saúde. Fazer algum tipo de exercício físico, caminhar, optar por fa zer algumas atividades a pé,
ajuda a minimizar a perda de resistência cardiovascular, a massa magra, a coordenação motora e ajuda a regular o peso. O exercício ajuda ain da na produção de hormonas de bem-estar que melhoram o humor e combatem a de pressão. Durante o exercí cio físico as necessidades do corpo mudam e são ativa das mais de 50 hormonas diferentes. Entre elas, estão as responsáveis pelo prazer que sentimos depois de fa zer exercício: a dopamina, a serotonina e a endorfina. A dopamina, produz a sensação de prazer, melhora as capa cidades de aprendizagem e a memória. O corpo utiliza a serotonina para nos fazer sentir bem, é responsável por descansarmos corretamen te, pela regulação do apetite, pelos sentimentos positivos e melhor autoestima. A en dorfina exerce efeitos analgé sicos e ansiolíticos no corpo,
é responsável pelo alívio da dor e redução das emoções e sensações negativas. Aprender coisas novas, con versar, conviver com os ami gos, é também importante para melhorar o humor e combater a depressão, mas além disso ajuda na preven ção das doenças cardíacas e mantém o cérebro ativo. É fundamental ter um propó sito, uma razão para acordar todas as manhãs, objetivos para atingir em cada dia. A vida é feita de pequenos na das, como diz na sua canção Sérgio Godinho, mas é de pequenos nadas que se cons troem grandes coisas. Por pe queno que lhe pareça o passo, é esse pequeno passo que lhe permitirá fazer grandes ca minhadas.
Quando comemoramos as conquistas diárias produ zimos dopamina; quando fazemos um ato de genero sidade, abraçamos alguém ou
meditamos, produzimos oxi tocina; quando agradecemos o que a vida nos dá em cada dia, desfrutamos da natureza, recordamos os bons momen tos, produzimos serotonina; quando praticamos ativida des de lazer, hobbies, quando rimos, cantamos e dançamos produzimos endorfinas. Po demos, de forma fácil e na tural, estimular a química da felicidade do nosso cérebro e viver de forma mais plena, prolongando a longevidade com saúde.
“Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto se sobe as forças diminuem, mas a visão é mais livre, mais ampla e tranquila” – Ingmar Ber gam
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que, no seu país, as coisas nem melho ravam nem pioravam, tornando-se apenas cada vez mais ridículas e talvez silenciosamente revoltantes. Como se se tratasse ainda e sempre do mesmo espetácu lo, com uma distribuição de papéis diferente.
Ao regressar a casa, nesse fi nal de tarde, ouvia mais uma vez na rádio do carro o alerta de prevenção de incêndios, repetido à exaustão durante o Verão, Portugal chama… Por nem sempre fazer bem... por haver maneiras certas de fazer. E circulando pela es treita estrada que o levava do litoral ao barrocal, ao fazer a curva que descobria a sua bela cidade natal, alcandora da no cerro com o castelo e a sé ao alto; ao alongar o olhar pelas serras que se desenham a norte, pensava: tanto di
nheiro gasto em campanhas de prevenção e estes mesmos montes, que na sua infância se cobriam de matas de ar voredo, como a mata do Ma deira, continuavam ano após ano sem novas árvores, sem ordenamento florestal, mais devastados ainda pela inércia humana do que pelos fogos. E triste ironia, este anúncio/ alerta governativo termina dizendo com o apoio do Fundo Florestal. - Ora bolas, mais valia aplica rem os milhões a plantar árvo res...
Sucessivos governos e ou tros tantos projetos, muitos e muitos milhões anunciados e tão pouco concretizados.
Por associação, pensava na publicidade ao Novo Banco, que volta e meia, estamos de novo a ouvir. - Hummm, tanta publicidade é sinal de que algo vai mal!...
Não podemos estar sempre a ouvir as mesmas músicas.
Cansa. E o dia tão quente, o bafo sufocante do vento; a paisagem ardendo nos olhos como terrível assombra ção toldando o horizonte.
A garganta seca como um tempo amargo. Lembrou-se
de Almeria, na vizinha An daluzia, quando passeou pe las muralhas, de cujo castelo e alcazar se avista o deserto negro, quase sem vegetação, percorrido pelos ventos do levante. E pessimista pensou que o mesmo poderia acon tecer aqui.
À noite, na quietude da casa, mal se dava pela confusão do verão nas praias do litoral. E a sua rua, outrora tão cheia de gente, sentada na soleira das portas, morria cedo no longo entardecer. Sinal dos tempos, o caril dos novos vizinhos indianos misturava-se agra davelmente com o aroma dos guizados de carne da vizinha Maria Celestina, uma das úl timas resistentes.
Vicente Vieira, numa dessas
manhãs irradiantes de luz de agosto, desceu até à baixa da cidade com a mulher, tinham dormido até tarde nesse dia e, ao entrarem num café para tomar o pequeno almoço, foi-lhes negado o direito aos croissants, café e afins por um estúpido ganancioso apenas preocupado em servir refeições a uma esplanada cheia de turistas estrangeiros, quando havia mesa no inte rior.
-Pois é, querias café e croissants ao meio dia, meu caro, tinhas era de enfardar um hambúr guer e beber umas heinkens... Nem a Marie Antoinette tra tou tão mal quem tem fome, pois essa ainda quis dar crois sants ao esfomeado povo francês em vésperas de revolução.
Às vezes sentia asco em re lação a algumas pessoas. A cupidez humana. Turistas ig norantes da nossa identidade.
Gostava do povo enraizado, habitado por um quotidiano de gestos simples e desinte ressados, de vidas forjadas no trabalho duro, digno e ho nesto. Cansado desta classe intermédia e dominante de chicos-espertos triunfantes, focados apenas no lucro e no bem-estar material. Nestes regressos, forastei ro em terra familiar, gosta va de reconhecer e não ser reconhecido. Olhava com curiosidade clandestina ros tos familiares, de infância e juventude, hoje envelhecidos tal como ele. Emergia nele um sentimento nostálgico
e terno de um tempo parti lhado e já distante. Por vezes, quase o descobriam tal como ele descobria os outros. E era com satisfação que ocasio nalmente se mostrava, frater no, avivando a identidade e a pertença social.
Mas tu e eu, meu amor, criámos partículas elementares de vida entre o sangue e exemplo génese e cultura
E como o Verão é sempre jovem e o mar sempre uma hipótese, partiram tranqui los. Esquecidos do livro de reclamações.
“ Um Olhar Entre Redes” é o título do documentário que recentemente foi exibido nas freguesias do concelho de Silves. O tema é a comunidade piscatória de Armação de Pêra e suscitou bastante interesse pelos locais onde o documentário passou.
Qual a realidade desta comunidade, como é a sua vida e o desafio que enfrenta a sua continuidade são questões que passam por este “olhar”.
O Terra Ruiva ouviu a realizadora Ana Medeira.
surgiu a ideia para fazer este docu mentário?
Perto do ano de 2008, co nheci a Tânia Oliveira que na época era a presidente da Associação dos Pescadores de Armação de Pêra. Em di versas ocasiões, convidou-me a fazer parte das suas iniciati vas de carácter cultural sobre os pescadores de Armação. Na altura não se proporcio nou essa minha colaboração, no entanto, graças às nossas conversas, fui tomando co nhecimento das várias ques tões que preocupavam a co munidade, nomeadamente os desafios que enfrentava para manter a sua existência. Isto foi sem dúvida o que me fez despertar para este tema. Depois, no decorrer dos anos fui falando com mais pesca dores e todos sublinhavam o facto da comunidade pisca tória local estar a ficar enve lhecida, sem jovens interes sados em trabalhar na pesca. Não me esqueci destas con versas e em 2018 achei que devia realizar um documen tário sobre o tema, mostran do a realidade desta pequena comunidade e a importância da sua manutenção. Convi dei a Fulvia Almeida, que é jornalista e uma grande ami ga, para, juntas, trabalharmos no projeto e convidei, igual mente, o fotógrafo Pedro Noel da Luz, que é um ami go e grande profissional, para ele fazer um levantamento fotográfico, que seria mos trado conjuntamente com o documentário no verão de 2020. Devido à pandemia esta ideia teve de ser adiada, pois todos os apoios que tí nhamos acordado caíram e deixamos de ter condições para fazer avançar com a es treia do trabalho.
Qual a vossa ligação a Arma ção de Pêra e a esta comuni dade?
Eu sou realizadora inde pendente e trabalho como freelancer, normalmente por encomenda, mas este traba lho foi um desejo pessoal. A minha ligação à vila é grande e genuína. Não nasci aqui, sou Alentejana, do concelho de Castro Verde, mas sempre passei férias em Armação de Pêra e desde 2007 que vivo aqui. Não tenho ligação fa miliar à comunidade pisca tória, são meus vizinhos e conterrâneos e ao longo dos
anos fui conhecendo-os me lhor e criando laços. Quando foi feito o documen tário?
Comecei a recolher imagens em 2016, mas a maior par te do que gravei é de 2019, 20, 21 e 22. Estes foram os anos durante os quais me dediquei a ir à praia, quan do tinha tempo, para reco lher imagens. De uma for ma muito informal, tentava captar o ambiente da Praia dos Pescadores, que cada dia
um pescador. A ideia era que ela nos desse a visão das mu lheres. Além disso, procurei ativamente um jovem pes cador, neste caso encontrei o André Ribeiro, já que o documentário por várias ve zes menciona o risco da co munidade estar a desaparecer e achei que fazia sentido ter um jovem que nos mostrasse a sua perspetiva. E também convidei o Rui Prudêncio, que é historiador e filho da terra e de um pescador, o se
era distinto e concreto, apa nhando momentos e situa ções inusitadas. Quase todas as entrevistas que fiz, ou que fizemos, não foram marca das, encontrava as pessoas por acaso, explicava-lhes o que estava ali a fazer e con vidava-as para uma conversa gravada, para uma entrevista.
Algumas diziam não, mas quase todas aceitavam parti cipar. Foi rara a entrevista em que fui propositadamente procurar alguém específico. Os casos em que isso aconte ceu foram poucos. Um deles foi a Dona Ana Gonçalves, pois faltavam testemunhos femininos e, daí, decidi pro curar uma senhora, esposa de
nhor Bonifácio Prudêncio. O
Rui Prudêncio pareceu-me a pessoa certa para falar do passado e para fazer a ligação da comunidade às origens da vila. Foi essencial, pois fa lou-nos igualmente sobre as artes de pesca e outros temas que o documentário aborda. Depois desta experiência, como vê a comunidade pis catória de Armação, quais os seus principais problemas e caminhos para o futuro? O bom de fazer um trabalho desta natureza é justamente o que se fica a saber e as pes soas que, durante o processo, conhecemos. Depois de ter ouvido todos estes testemu
nhos, sem dúvida que a mi nha opinião sobre o tema é agora mais fundamentada e mais próxima da realidade. Acho que a comunidade piscatória, tal como existe atualmente, dificilmente po derá prolongar-se no tempo, por muitos mais anos, pois como atividade enfrenta vá rios obstáculos que parecem ser pouco atrativos para os jovens. Se houver vontade política para mudar algumas das circunstâncias da ativida de, tais como: melhorar os apoios de praia, a qualificação do pescado, como oriundo de zona pro tegida (e desse modo con tribuir para a valorização do pescado), a lota voltar a funcio nar, permitir a venda direta ao consumi dor final, agi lizar a burocracia para novas embarcações, e por fim se o Estado permitisse aumen tar a frota destinada à pesca, talvez os jovens se sentissem mais atraídos. Não obstante, é importante realçar que a pesca, mesmo nas condições em que é feita atualmente, parece continuar a ser rentável, especialmente devido ao preço alto do pes cado e à perseverança e do mínio das artes, por parte dos pescadores que fazem desta a sua profissão há anos. Já os mais novos, pela falta de ex periência, talvez não tenham a vida facilitada para viver da pesca.
O documentário foi exibido em várias freguesias do con celho de Silves, qual a receção que teve e que comentários/ impressões recolheu desse pro cesso?
Fizemos um ciclo de exibi ções pelo concelho de Silves, e pareceu-nos bastante posi tiva a receção do público, por várias ocasiões recebemos os parabéns e ouvimos comen tários animadores, tais como: “ Fiquei a gostar mais de Ar mação de Pêra…”, “ Não sabia que havia isto aqui ao lado...;, “ Fiquei com vontade de ir ver os pescadores”; “… até me custou segurar as lágrimas”; “Não sabia que os pescadores correm o risco de desaparecer…”; “Fe z-me lembrar muitas memó rias, muitas coisas que vivi na praia”;“Está muito natu ral, muito autêntico”;“ O seu documentário é uma pedrada no charco” ;“Trata-se de um inquestionável e valioso con tributo para a divulgação e perpetuação das memórias cole tivas dos Armacenenses”…
Tais considerações, fazem -nos pensar que este trabalho foi feito na altura certa, e teve alcance suficiente para levan tar o debate sobre o tema. Em face das reações que o seu trabalho recolheu, que im portância atribui a este “Um olhar entre redes”?
A importância deste do cumentário é sem dúvida a urgência do tema que tra ta, o momento tão delicado que a pesca tradicional vive, o caso da praia de Armação de Pêra que pode perder um património que depois difi cilmente se poderá recuperar. Quando as pessoas desapa recem, os conhecimentos e as suas partilhas também. Não fazer nada, pode levar ao de saparecimento desta ativida de que por muitos anos deu trabalho e sustento a uma boa parte dos habitantes da vila. Talvez muitas pessoas não estejam conscientes des ta situação e acredito que este documentário pode tra zer um contributo para des pertar as consciências. No entanto, o mundo está a mudar muito rápido, está a haver grandes transfor mações sociais, não só em Portugal mas em todo o lado, pode acontecer que a pesca não desapareça, pois o turismo em Armação é uma atividade que pode ser muito afetada com os novos
acontecimentos. A crise que se avizinha, nos próximos anos, pode levar a que mui tas pessoas, ao verem-se sem trabalho, olhem para a pesca como uma possível forma de sustento.
Para quem não teve opor tunidade de assistir, o docu mentário será colocado online ou ainda o poderá ver nalgum local?
A Junta de Freguesia de Ar mação de Pêra, contactou -me no sentido de agendar uma exibição no seu audi tório. Ainda não temos data, mas brevemente haverá uma sessão. O documentário por agora não está disponível para visualização livre nas redes sociais, mas no futuro talvez esteja.
Que apoios tiveram para a realização do documentário?
O documentário contou com o financiamento do progra ma Garantir Cultura do Mi nistério da Cultura, da Dire ção Regional da Cultura do Algarve e da Câmara Mu nicipal de Silves. A Associa ção das Terras e das Gentes da Dieta Mediterrânica, foi uma parceira na administra ção e na produção executiva.
A Associação dos Pescadores de Armação de Pêra, desde a primeira hora que a con tactamos, mostrou total dis ponibilidade em participar e divulgar o projeto entre a comunidade piscatória.
Na fase de divulgação/ exi bição tivemos o apoio logís tico da Câmara Municipal de Silves, da Junta de Fre guesia de Armação de Pêra, da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines, do Cine Algarve, da União de Freguesias de Alcantarilha e Pêra, do Centro Pastoral de Pera, da Associação dos Pes cadores de Armação de Pêra e da Junta de Freguesia de Silves.
E por último, mas de igual modo importante, o docu mentário teve o apoio de muitas pessoas que parti ciparam com os seus tes temunhos e de outras que contribuíram para que este trabalho se realizasse. A to das estou profundamente agradecida, tendo por elas o meu maior apreço.
filhas bastardas, da sua gran de arte. A mesma em que, apesar de completamente netflixados, todos nela ainda pasmamos.
ofender os desconfiados do costume, os melhores da sua carreira profissional.
Penisga quer conversinha. Da mansa. Numa boni ta crónica, sobre um certo ci nema e uma certa juventude, em Silves, exumou um certo passado.
Memórias pávidas, enquanto aluno, foram o pretexto. E, entre outras mais importan tes, de um certo professor. Sei que me desculpam por me ater nestas.
O passado só é um lugar lon gínquo quando se aloja na terra ermada da deslembran ça. Quando o esquecimento se faz esquecido nunca mais nos larga. O Paulo dele tam bém é vítima.
Não sei o que lhe passou pela mona para meter um certo professor em intimidades, na prosa, com a Laura Antonel li. Sabe que só a viu a acender desejos no grande ecrã. Nun ca no edredão. Felizmente não ousou deitar no leito da memória esse anjo fumegan te, Sylvia Kristel, precoce mente ido.
Para disfarçar a coisa, o Paulo trouxe à baila os grandes rea lizadores do cinema europeu e americano, LuchinoVis conti, Francis Ford Coppo la, Martin Scorsese, George Lucas, Peter Bogdanovich. E algumas obras, primas ou
Evidente é que um certo professor ou, melhor dizen do, o professor incerto, como então passou a ser, nada tem a ver com aquela gente, en tre realizadores ou atrizes, apesar de muito fungar com eles no escuro da sala de ci nema. Tem outro passado com muito menos glamour. E dele não se liberta, como o Paulo o obriga a constatar.
O incerto aterrou na Escola Industrial Comercial de Sil ves, num dos primeiros dias de Janeiro de 1974. Vinha de Portimão na ronceira auto motora que, bem chocalhada e destrambelhada como os jovens passageiros, lograva encalhara milhas da cidade.
Este ano de 74 não augura va nada de bom. Apresenta do ao Dr. Mealha, o incerto ficou a fazer parte do corpo docente da escola. Indocente, terão pensado alguns colegas a olhar para o lingrinhas. O cabeludo e bigodado pau de virar tripas era quase da idade dos alunos. Um pouco mais novo, julgava-se ele.
Abril escanchou a antiga or dem nova. Soltou a festa. O indocente, no meio do reba nho de centenas de alunos e alguns colegas, foi visto no justo, celebrado e maravilho so dia 25,aos gritinhos, espu mejando alegrias.
Foi este o primeiro ano dos sete que esteve em Silves no embirranço afectuoso com os seus alunos. Sem querer
O indocente já teve ocasião de o confessar. Nos primei ros tempos de profissão, era pouco mais do que um ra pazinho endemoninhado, inseguro, que os alunos in timidados aturavam na sala de aula. Três anos de polícia militar dava-lhe vagamen te uma aura de autoridade.
Para a disfarçar, arrepiava a cabeça dos alunos, com o pente grosso das manápulas. Tentava apenas soltar-lhes os incipientes piolhos de talen to escondido que lhes reco nhecia.
Achava, e ainda mantém a teima, que a escola é muito mais do que o bocejo de ex pelir matéria lectiva, ficando à espera que os alunos a as similem.
Como são ínvios os cami nhos da aprendizagem, ia muitas vezes respirar com eles o ar puro da cidade, em aulas abertas à heterodoxia. Ou encafuava-os no pó dos arquivos para um convívio mais nobre com a traça ou o bicho carpinteiro. Queria fazer com que extraíssem do deserto do passado al gum conhecimento para que eventualmente o usassem criativamente no futuro.
Também aconteceu, pelo es conso da noite - a noite não é apenas o lugar do grande desnorte - levá-los a ouvir jazz no Caldeirão, com o dono e seu amigo Manuel Guerreiro, saxofonista bri lhante, a soprar arte pura en tre perdigotos.
O inseguro tentava, como podia, contrariar destinos fa tais, encarquilhados nas cen túrias da escolástica. Queria destapar-lhes a inteligência, arrombando-lhes as válvulas coração. Para que os alunos ficassem mais ricos por den tro e melhores para fora.
Uma precisão. Não eram apenas alunos do indocente que beneficiavam de algo. Este também aprendia e muito com aquela matéria viva, de sorriso contido e alma escancarada. Docente que não aprende com dis cente é que é, não se duvide, verdadeiramente indocente.
As teimas que o inseguro ti nha consigo, nesse tempo, le vavam-no também a querer fazer seus amigos todos os que estavam à sua frente, ou a seu lado, elevando-os pelo frouxo do conhecimento e das emoções.
Não sei se o Paulo, a Paula, o Rui, a Maria José, o Fran cisco, o António, e tantos muitos que se alojaram no lado esquerdo da peitaça, e sem pedir licença, acham que o desbocado é de fiar. Ou se perceberam que o insegu ro não queria muito para si. Acabou, isso sim, por lhes roubar alguma coisinha que muito enriqueceu.
Se o incerto não ficou um completo estafermo, a eles também o deve. Inseguro ficará. Quem não tem remé dio…
Torna público que se encontra aberto concurso para atri buição de 10 (dez) Bolsas de Estudo a estudantes residentes na freguesia de Silves há mais de um ano, que se encontram a frequentar o Ensino Superior
O período de entrega de candidaturas é de 15 a 30 de ou tubro de 2022, conforme o artigo nº 4 do Regulamento de Apoio ao Estudo
1 – Subscrever uma ficha individual de candidatura, for necida pela Junta de Freguesia de Silves e respetivo reque rimento dirigido ao Presidente da Junta de Freguesia de Silves;
2 – Fazer acompanhar a referida ficha individual de candi datura dos seguintes documentos:
a) Fotocópia do Bilhete de Identidade, cartão de contri buinte, ou Cartão de Cidadão, valido, do candidato e de todos os membros do agregado familiar;
b) Atestado de residência com a indicação da compo sição do agregado familiar (preenchido no próprio formulário de candidatura);
c) Certidão de aproveitamento escolar referente ao ano letivo anterior, em que conste a media final obtida;
d) Comprovativo da matrícula em curso superior no ano letivo em que o apoio se refere;
e) Declaração de IRS/IRC relativa ao ano civil ante rior de cada membro do agregado familiar e respetiva nota de liquidação;
f) Declaração da Repartição de Finanças da existência ou não de Bens Patrimoniais, de todo o agregado fa miliar;
g) Comprovativo da prestação ou renda da habitação;
h) Recenseado na freguesia de Silves, há mais de um ano, ou quando menor os totais do seu agregado fa miliar terão de estar recenseados, há mais de um ano;
i) Declaração comprovativa da candidatura ou não a bolsa de estudo de outro organismo ou entidade;
Palavra puxa Palavra Prof. universitário/Historiadorj) Declaração da Segurança Social da situação de desemprego da área da residência, da qual conste o montante do subsídio auferido, com indicação do início e do termo, e na falta deste, a indicação sobre a não atribuição desse subsídio;
k) Declaração, sobre o compromisso de honra, assina da pelo encarregado de educação ou pelo candidato, quando maior de idade, em como tomou conheci mento do teor do presente regulamento e ficou ciente das obrigações nele constantes;
iniciara um ano dedicado ao Teatro Regional. Era diretor regional da Cultura do Al garve, Manuel Bento Serra. Nesse ano de 1993, estou em Faro, convidado para um fim Cultural: Homenagear o TEATRO REGIONAL, de “fio a pa vio”. De Lagos a Vila Real de Santo António. Numa exposição trimestral, no hall do Conservatório Regional do Algarve Maria Campina, com encontros dos envol vidos na ação cultural. Aos sábados eram convidados os responsáveis por cada Grupo Teatral, para uma entrevis ta, das 9 às12 horas. Sendo, depois do almoço, pelas 16
horas, as visitas às exposições teatrais de cada grupo. O SAU DOSO BEN TO SERRA, convidara-me para essa exposi ção e entrevistas na Rádio Nacio nal/Algarve, du rante três horas, com explicações sobre cada Grupo de Teatro Amador (assim classificado). Numa noite, enquanto todo o Algarve Teatral estava em festa, o grupo da “terra ruiva”, o Grupo de Teatro Penedo Grande, de Messines, este ve no célebre Teatro Lethes, pleno de público. Com mo
mentos de elevada represen tação, com a estreia da peça “Appassionata”.
Foi uma festa de Teatro, com todo o envolvimento cultu ral e representativo: Teatro Lethes, representantes das autoridades, público, pareceu que, nessa festa, o Teatro es
tava “Vivo”. Em vários espa ços: Rádio Nacional, Teatro Lethes, Exposição no hall do Conservatório Regional de Música… e Messines esteve representado, tanto quando outras autoridades políticas, de cada terra/cidade ou vila do Algarve.
l) Declaração da instituição bancária do património mobiliário à data do requerimento (apoio ao estudo).
m) Outros documentos que o júri ache necessários para avaliação do processo de candidatura ao apoio ao estudo.
Os documentos deverão ser entregues na secretaria da Junta de Freguesia de Silves, das 09:00 horas às 15:00 horas.
Para conhecimento geral se publica o presente edital, e ou tros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, no site e em jornal da região.
Freguesia de Silves: 15 de setembro de 2022.
Aprodução de laranjas no nosso País teve, no século XVII, uma significativa mudança com a introdução da laranja da China, mais doce e sumaren ta do que as variedades agri doces, as chamadas laranjas bicais, de cultivo bastante difundido no séc. XVI.
Ao que parece, considerando as fontes históricas conheci das, a introdução das laranjas da China em Portugal teve origem numa única laran jeira: D. Francisco de Masca renhas trouxe a Lisboa, no ano de 1635, uma laranjeira que mandou vir da China a Goa e daí para o seu Jardim de Xa bregas, onde a plantou (Duar te Ribeiro de Macedo, Obras Inéditas, Lisboa, 1817, cita do por José Mendes Ferrão, Acerca da Introdução da La ranjeira Doce em Portugal, Lisboa, 1979); As laranjas da China trouxe a Goa D. Fran cisco Mascarenhas, sendo Go vernador de Macau na China e daí as trouxe a Portugal no ano de 1624. A laranjeira, donde todas procederam, que chamam a Eva, ainda nes te ano de 1671 deu fruto na Quinta do Grilo para onde a transplantaram. (cf. Manus crito de Manuel da Silva Tadim, 1764, citado por J. M. Ferrão, op. cit.)
Quer tivesse sido em 1624, ou em 1635, as fontes são concordantes na pessoa que trouxe essa primeira laran jeira da China, onde a plan tou, e no facto de ser um só exemplar.
Uma publicação recente (Anabela Ramos, Laranjas de Portugal, 2022, p. 35-40) demonstra, com diversa do cumentação que, em meados do séc. XVII, as laranjas da China já se difundiam por toda a Europa, a partir de Portugal, e era tal o entu siasmo com a nova planta
que D. Pedro II determinou, por alvará de 30 de Janeiro de 1671, a proibição de se exportarem laranjeiras da China: Hei por bem e mando que se não embarque para fora destes meus portos laranjeiras algumas. A proibição régia não teve praticamente ne nhum efeito e o sucesso das laranjas doces “portuguesas”
foi tal que, em vários países, a palavra “laranja” passou a ter uma denominação próxima da palavra “Portugal” (exs.: Itália – portogallo, Grécia – portocalo, Albânia – por tukalli, Bulgária – portocal, Túrquia – portacal).
A esse tempo, em algumas zonas do Algarve, desen volvia-se a cultura da nova
variedade de laranjeiras. Em 1671, temos notícia de que um mercador de Faro man dou para Antuérpia 400 la ranjas da China, tendo pago de imposto 3 réis por cada uma (cf. Joaquim Romero de Magalhães, O Algarve Eco nómico, 1988, p. 173).
Em Silves, também estaria presente o cultivo da laran jeira doce, a julgar por uma corografia, escrita em finais
rem a produção de laranjas em Faro, Boliqueime e Al goz. Desta última freguesia, do termo de Silves, informa o pároco: poucos pomares, fru tas poucas, tem cinco hortas de regadio, com noras, todas den tro do lugar, só uma está no fim, dão hortaliça com abundância para a terra e também para os povos vizinhos, duas têm seus laranjais e várias frutas. Embora alguns párocos não tenham mencionado a pro dução de laranjas nas suas freguesias, há notícias da mesma época que compro vam essa produção, casos de Moncarapacho (1759), Alte e Monchique (1774). Na sua viagem a Portugal, em 17971799, o naturalista alemão Hans Friedrich Link regis tou pomares de laranjeiras em Monchique e Faro.
Nas primeiras décadas do século XIX, exportavam-se laranjas do Algarve para a Holanda, havendo informa ção de no ano de 1819 terem seguido 408 caixas, um nú mero apreciável, mas bastan te inferior ao das exportações a partir de Lisboa e Setúbal (José Tavares de Macedo, A Cultura da Laranjeira em Portugal, 1854, p. 20).
(citado por Aurélio Cabri ta, Sul Informação, 18.Fev. 2018).
No ano de 1873, o Jornal de Horticultura Prática, vol. IV, fazia o ponto da situação da cultura da laranja: Em tempos não muito remotos, a expor tação de laranja constituiu no Algarve um importantíssimo ramo do comércio. Sobreveio depois uma época de decadên cia e desânimo, devida à epifitia destruiu a maior parte dos nos sos laranjais. Hoje felizmen te pode dizer-se que o flagelo desapareceu (…); por isso esta importantíssima cultura tende a reanimar-se; já nos últimos anos tem tomado notável in cremento. As plantações de novos laranjais vão-se multi plicando, e é de esperar que em breve possamos exceder as im portantes exportações de outro tempo. Em todos os mercados da Europa, a laranja portu guesa tem sempre gozado justas preferências. [Em Portugal, é a zona algarvia a mais propícia à sua cultura. A não serem al guns frutos excepcionais, origi nários da América do Sul [p. ex. laranja da Baía], ainda não vimos laranja mais fina e
grafia Moderna do Reino de Portugal, p. 564): Em Silves, frutas de espinho, especialmente laranja que é excelente. Toda via, a área de cultivo estava bastante reduzida, em 1891, segundo F. A. B. Weinholtz (cit. por Maria Carlos Ra dich, O Algarve Agrícola, 2007, p. 21): na Quinta de Mata-Mouros, Silves, milha res de laranjeiras tinham dado lugar a romeiras, uma cultura menos lucrativa. Refere que uns 50 anos antes, um hectare de laranjal rendia o suficien te para manter uma família agrícola.
No início do séc. XX, Joa quim da Silva Tavares (A Cultura da Laranjeira em Portugal, 1924) afirmava: os melhores laranjais são os de Faro e a melhor laranja da Baía é a do Algarve.
A história recente é conhe cida. A cultura da laranjeira em regime extensivo só ocor reu a partir dos anos 60-80. Apuraram-se as variedades de melhor qualidade e ade quado calendário de produ ção (p. ex. Navel e Valência Late). Actualmente, mais de 80% da produção nacional
do séc. XVII e publicada em 1712 (Pe. Carvalho da Cos ta, Corografia Portuguesa (…), Tomo III, p. 5): É esta cidade cercada de fortes muros e banhada de um ameno rio, revestido de várias árvores frutíferas, especialmente de es pinho, tão aprazível e deliciosa que parece um paraíso. Sabemos também que nos anos de 1739, 1740, 1741 e 1757, seguiram de Faro para o Norte da Europa 70 milheiros de laranjas agras (azedas) e 550 milheiros de laranjas da China, em média (J. R. Magalhães, op. cit., p. 283).
As Informações Paroquiais de 1758, relativas a todas as freguesias do Algarve, refe
Em 1841, João Baptista Silva Lopes (Corografia ou Memória Estatística (…) do Reino do Algarve) refere o avanço de figueirais, olivais e vinhas em terrenos onde houvera pomares de frutas de espinho e destaca a boa qualidade das laranjas de Sil ves e de Vila Real de Santo António. A excelência das laranjas algarvias levava a um acréscimo das exportações (p. 151): Frutas de espinho –Estas frutas são talvez (as de certos sítios), as mais preciosas do reino. Exportam-se, não poucas, em navios belgas, ho landeses, franceses e ingleses. Entretanto, notava-se a di ficuldade de escoamento das laranjas de Monchique (p. 249): As laranjas de Monchi que carregadas por almocreves, 3 léguas de péssima estrada até Boina e daí a Portimão. Um inquérito, realizado em 1863, apresenta o Algar ve como o maior produtor de laranjas e o concelho de Silves em 7º lugar, a seguir a Faro, Olhão Monchique, Loulé, Tavira, Castro Marim
primorosa do que a do Algar ve, especialmente dos concelhos de Vila Real de Santo António, de Monchique e alguma dos su búrbios de Faro.
A publicação não refere Silves que, por seu turno, é mencionado, em 1876, por João Maria Baptista, (Coro
é algarvia (cerca de 380 mil toneladas). No concelho de Silves, em particular nas fre guesias de S. Bartolomeu de Messines, Alcantarilha, Al goz e Silves, produz-se 60% da laranja do Algarve e é jus ta e naturalmente considera da a “Capital da Laranja”.
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁ RIA MARIA MARGARIDA FRESCO BORLINHA HENRIQUES, SITUADO NA RUA CRUZ DE PORTUGAL À PROJECTADA DIOGO MANUEL, BLOCO A, EDIFICIO ARADE, LOJA 3 C, SILVES.
CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notaria do, que em quinze de Setembro de dois mil e vinte e dois, foi exarada uma escritura de RECTIFICAÇÃO de JUS TIFICAÇÃO, lavrada a folhas cento e quarenta e nove e seguintes do Livro de Notas número cento e noventa e três, deste Cartório, a cargo da Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques, na qual, por CESALTINA MARIA MARTINS RODRIGUES e marido JOÃO DUARTE
FRANCO RODRIGUES, casados no regime da comu nhão geral de bens, naturais da freguesia de São Marcos da Serra, concelho de Silves e residentes habitualmente na Avenida Ministro Duarte Pacheco, número 46, segundo, esquerdo, Vila Real de Santo António, contribuintes fis cais números 121 208 467 e 126 080 119; e MANUEL ANTÓNIO MARTINS e mulher MARIA MANUE LA CONSTANTINO DA SILVA MARTINS, casados no regime da comunhão geral de bens, naturais respecti vamente da freguesia de São Marcos da Serra e da fregue sia de São Bartolomeu de Messines, ambas do concelho de Silves e residentes no sítio do Benaciate, São Bartolomeu de Messines; contribuintes fiscais números 102 153 086 e 102 153 094.
Foi dito que por Procedimento Simplificado de Habilita ção de Herdeiros e Registos, número trezentos e trinta e nove de dois mil e dezassete da Conservatória do Regis to Civil, Predial, e Comercial de Castro Marim, Cesaltina Maria Martins Rodrigues, na qualidade de cabeça de casal, procedeu às habilitações de herdeiros por óbito de Ilda Ca simiro, que também usou Ilda dos Santos Martins, falecida no dia dezasseis de Dezembro de mil novecentos e noventa e seis, na freguesia de São Marcos da Serra, concelho de Silves, de onde era natural e onde teve a sua última residên cia habitual, no sítio da Silveira, e no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime imperativo da separação de bens com António Miguel, sem testamento ou outra qualquer disposição de última vontade, tendo deixado como seus únicos e universais herdeiros, seu citado cônjuge, António Miguel, já falecido e seus filhos, Cesaltina Maria Martins Rodrigues e Manuel António Martins, atrás iden tificados; e por óbito do citado António Miguel, falecido no dia quatro de Dezembro de dois mil e nove, na freguesia da Guia, concelho de Albufeira, no estado de viúvo da já referida Ilda Casimiro ou Ilda dos Santos Martins, tendo sido natural da freguesia de São Marcos da Serra, concelho de Silves, onde teve a sua última residência habitual, no sítio da Silveira, sem testamento ou outra qualquer disposição de última vontade, tendo deixado como seus únicos e univer sais herdeiros, seus filhos, Cesaltina Maria Martins Rodri gues e Manuel António Martins, já atrás identificados. E por todos foi também dito que pela presente escritura rec tificam a escritura de Justificação exarada em seis de Março de mil novecentos e noventa e um, e lavrada a folhas vinte e nove e seguintes do Livro de Notas para escrituras diversas número noventa e dois-D, do Extinto Cartório Notarial de Silves, em virtude de na mesma ter havido lapso das partes, no sentido de passar a constar que Ilda Casimiro ou Ilda dos Santos Martins e marido António Miguel, foram casa dos no regime imperativo da separação de bens, conforme o citado Procedimento Simplificado de Habilitação de Her deiros e Registos, número trezentos e trinta e nove de dois mil e dezassete da Conservatória do Registo Civil, Predial, e Comercial de Castro Marim devidamente rectificado, que se arquiva e que a justificante Ilda Casimiro ou Ilda dos Santos Martins, adquiriu ainda no estado de solteira, maior, os prédios devidamente identificados nessa outra escritura. Está conforme.Silves, quinze de Setembro de dois mil e vinte e dois A Notária
Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques Registado sob o nº 67
Emitido recibo.
(Publicado no jornal Terra Ruiva, edição nº 247, 07 de Outubro de 2022)
Ana Rita da Silva Palma, Notária do Cartório Notarial sito no concelho de Lagoa (Algarve), na Rua Município de S. Domingos, Lote 7, rés-do-chão direito, na cidade de Lagoa, CERTIFICA narrativamente, para efeitos de publicação, que neste Cartório e no Livro de notas para escrituras di versas nº 224-A, de folhas 135 a folhas 137 verso, se encon tra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada no dia sete do corrente, na qual Vítor Manuel Furtado Pinto Cabrita, NIF 170 703 711, natural de Alcantari lha, Silves, e mulher Beverley Margot Bancroft Cabrita, que também usa Beverley Margot Woollatt Cabrita, NIF 234 131 012, natural de Ipswich, Inglaterra, Reino Unido, de nacionalidade britânica, casados sob o regime da comu nhão de adquiridos, residentes em 2 Route de la Télécabine, 1997 Haute-Nendaz, Suíça, se declararam, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores, do PRÉDIO URBANO situado no Largo dos Espinhos, em Alcanta rilha, freguesia de Alcantrailha e Pêra, concelho de Silves, descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves, sob o número 4944, da freguesia de Alcantarilha, sem registo de aquisição de um quarto indiviso, mas já registados os res tantes três quartos indivisos a seu favor, inscrito na respec tiva matriz predial sob o artigo 505 da referida freguesia de Alcantarilha e Pêra, anterior artigo 887 da freguesia de Alcantarilha (extinta).
Mais certifico que os justificante alegaram na referida es critura ter adquirido e entrado na posse e fruição daquele direito, um quarto indiviso sem registo de aquisição do prédio, já no estado de casados um com o outro, no ano de 1969, em dia e mês que não podem precisar, sendo, no en tanto, certo que terá sido no segundo semestre do referido ano, por doação verbal feita a ambos pelo avô paterno do justificante marido, Manuel José Cabrita, já falecido, viúvo, residente que foi em Alcantarilha, Silves, inexistindo por tanto título formal que a comprove.
Certifico também que os justificantes alegaram que desde o aludido segundo semestre do ano de 1969, data em que se operou a tradição daquele direito (1/4 sem registo de aqui sição do prédio), em consequência da doação que o referi do Manuel José Cabrita lhes fez, que entraram na posse e fruição do dito prédio, até hoje, que passaram a desfrutar do mesmo, primeiro, na proporção do seu direito e sobre o todo conjuntamente com os demais compossuidores, den tro de um animus de compropriedade, inicialmente com Salvador Fernando Pinto Cabrita e Inácia Costa Furtado (pais do justificante), e após o falecimento desta última so mente com Salvador Fernando Pinto Cabrita, e posterior mente, após a compra dos restantes 3 / 4 (já registados), que consumou a tradição do prédio na sua totalidade, como seus únicos e exclusivos proprietários e possuidores, nele praticando os actos materiais correspondentes ao direito de propriedade plena na convicção de não lesarem o direito de outrem, convictos de serem os verdadeiros e legítimos proprietários daquele 1/4 indiviso do imóvel (tal como dos restantes 3/4 indivisos que entretanto adquiriram), pelo que possuem o dito prédio na sua totalidade em nome próprio há mais de vinte anos, sem violência ou a menor oposição de quem quer que seja e à vista de toda a gente, primeiro num espírito de composse e posteriormente como titulares e possuidores exclusivos do prédio, composse e posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente. Certifico, ainda, que os justificantes alegaram que aquela posse pública, pacífica e contínua, conduziu à aquisição do direito de propriedade do referido um quarto indiviso do mencionado prédio por usucapião, que invocaram para jus tificar o seu direito de propriedade para fins de registo.
Está conforme ao original. Lagoa (Algarve), doze de Setembro de dois mil e vinte e dois.
A Notária Ana Rita da Silva Palma Conta registada sob o nº 1049/2022 (Publicada no jornal Terra Ruiva, Edição nº 247, de 04 de Outubro de 2022)
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EDITAL N° 64/2022
Rosa Cristina Gonçalves da Palma, Presidente da Câma ra Municipal de Silves
Faz público, nos termos do artigo 3.º do Regulamento das Bolsas de estudo do Município de Silves, pulicado no Apên dice n.º 12, do Diário da República, II.ª Série, n.º35/2002, de 11 de fevereiro, que se encontra aberto concurso para atribuição de 15 (quinze) bolsas de estudo para alunos que se encontram a frequentar o ensino superior.
O período de entrega de candidaturas é de 17 de outubro a 31 de outubro de 2022.
Os candidatos deverão:
1. Subscrever uma ficha individual de candidatura, fornecida pelo Setor de Câmara Municipal de Silves;
2. Fazer acompanhar a referida ficha individual de candida tura dos seguintes documentos:
a) Fotocópia dos recibos atualizados do vencimento ilíquido de todos os elementos do agregado familiar que se encon trem a exercer uma atividade profissional remunerada, ou recibo proveniente da pensão de segurança social ou docu mento comprovativo do subsídio de desemprego atribuídos;
b) Fotocópia da (s) declaração (s) de I.R.S. do ano civil an terior de todos os elementos do agregado familiar que exer çam atividade profissional remunerada;
c) Fotocópia dos cartões de cidadão ou documento equiva lente de todos os elementos do agregado familiar;
d) Fotocópia do último recibo da renda e contrato de arren damento ou documento comprovativo do valor da prestação mensal de habitação;
e) Documento comprovativo de matrícula no Estabeleci mento de Ensino, com especificação do curso e ano que o aluno frequenta;
f) Certidão de aproveitamento escolar do ano letivo ante rior, com valor da média das notas obtidas;
g) Declaração emitida pelo candidato onde ateste a sua can didatura a outra bolsa de estudo noutro organismo ou enti dade, ou a sua inexistência;
h) Atestado de residência e composição do agregado fami liar emitido pela Junta de Freguesia da área de residência.
Os documentos deverão ser entregues no Setor de Educa ção desta Câmara Municipal de Silves.
E para que constar se publica o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do cos tume.
E eu, (Luís Miguel de Lima Santos), Chefe de Divisão de Educação, Desporto, Juventu de e Ação Social da Câmara Municipal de Silves, o fiz lavrar e subscrevo assino
Paços do Concelho de Silves, 30 de Setembro de 2022
A Sociedade de Instrução e Recreio Messinense, em São Bartolomeu de Messines, acolhe, durante os meses de outubro e de novembro, a Exposição Fotográfica “Foco, Velocidade”, de Fabrice Martins.
Trata-se de uma mostra de dicada aos desportos mo torizados, na qual constam algumas fotografias dos prin cipais pilotos nacionais em ação.
Sobre o autor: Nascido em França, a 24 de janeiro de 1982, foi perto da capital francesa que viveu e desde tenra idade demonstrou um fascínio pelos automóveis e pelo desporto motorizado. Todos os anos pedia aos seus pais para visitar o Salão de Paris do Automóvel, um dos maiores e importantes salões a nível mundial. Quando tinha cerca de 11 anos, os seus padrinhos ofereceram-lhe uma pequena máquina fotográfica de rolo, o que lhe permitiu começar a observar o mundo que o rodeava sobre outro prisma.
Ao longo dos anos foi cultivando a sua paixão pelos “motores” automóveis e motas, e sobretudo pelos desportos motorizados. De máquina fotográfica em punho, assistiu a inúmeras pro vas realizadas em Portugal, desde campeonatos nacionais, ibéricos e regionais, passando pelos principais campeonatos mundiais do automobilismo e motociclismo.
Adora capturar a beleza dos desportos motorizados quando máquina e piloto estão nos limites, na incessante procura por bater o cronómetro.
O XXXVIII Encontro de Bandas Civis terá lugar em Silves, no dia 8 de outubro, organizado pela Sociedade Filarmónica Silvense.
O encontro reúne as seguintes bandas: Banda Recreativa Eixense – Eixo, Aveiro; Banda Filar mónica de São Brás de Alportel; Banda da Sociedade Filarmónica Silvense.
O programa terá início às 14h, com a receção às bandas convidadas na sede da Sociedade Filarmónica Silvense, a que se segue o desfile das mesmas pelas ruas da cidade. Às 15 h, haverá a interpretação de marcha em conjunto pelas três bandas, no Largo do Município; e pelas 16h30 concertos no Auditório da Escola Secundária de Silves.
O evento conta com o apoio institucional da Câmara Municipal de Silves e Junta de Freguesia de Silves.
Na Estação de Comboios de Alcantarilha-Gare haverá, no dia 8 de outubro, uma Conversa livre sobre alimentação de aquíferos com técnicas de captura de chuva”.
A iniciativa terá início às 14h30, com visionamento de vídeos públicos no Youtube, da Paa ni Foundation, da Índia, com as práticas de captura de chuva, aplicadas nesse país. Segue-se uma conversa livre e troca de im pressões entre os participantes.
Na mesma tarde decorre junto à Estação um Mercado de Pro dutos Locais e música ao vivo.
A organização é da Associação Resmalhar.
Até ao dia 30 de outubro estará patente no Espaço Cultural D’ Ataíde Oliveira, uma exposição sobre Francisco Xavier d’ Ataíde Oliveira.
Conhecido por Ataíde Oliveira nasceu no Algoz em outubro de 1842 e faleceu em Loulé em novembro de 1915, tendo-se distinguido como um grande arqueólogo e escritor.
A exposição pode ser vista aos fins de semana, a partir das 16h. A organização é da Associação Patrimonial do Algoz.
O LADO B da Câmara Municipal de Silves, regressa no dia 14 de outubro pelas 21h30, com o grupo PAUS no Auditório Francisco Vargas Mogo.
https://cmsilves.bol.pt/ e nos locais habituais de venda, com o custo associado de 10 euros. Podem, ainda, ser adquiridos no próprio dia do espetáculo, no local, a partir das 20h00, caso haja disponibilidade de bilheteira.
A rúbrica Lado B procura apresentar ao público uma versão mais descontraída e intimista dos artistas. Ao concerto, por norma, associa-se uma breve conversa como forma de aproximar o público ao artista.
Numa iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Silves, em parceria com a Orquestra Clássica do Sul, a Igreja Matriz do Algoz recebe no dia 16 de outubro, pelas 17h00, o concerto “Ao Som de Violinos”.
Neste concerto serão apresentadas as obras de Telemann, Lachner, Dancla e Bacewicz, espe cialmente escritas para quatro violinos.
Compostas em épocas diferentes, entre os séculos XVIII e XX, estas composições exploram profundamente as capacidades artísticas, expressivas e virtuosas dos seus intérpretes, revelando de forma inequívoca o esplendor deste magnífico instrumento.
Dia 15 de outubro, Fernando Mendes, regressa ao concelho de Silves, mais concretamente ao Centro Pastoral de Pêra, com a peça de teatro “Insónia”, onde interpreta o personagem Cus tódio Reis, um vendedor de vinhos e licorosos.
“Insónia”, é “um espetáculo para brincar com coisas sérias”. Terá início ás 21 h e tem um cusro de “20 insónias”. As reservas podem ser feitas através dos contactos: 913 999 848 ou centropastoral.adm@ gmail.com
O sitio do Mercado do Algoz acolhe, no dia 15 de outubro, um evento fora do comum. “Onde caga a vaca?” será o evento principal associado a uma série de atividades, como “porco na Lama”, “garraiada (vacada), Cavalos, e “ mais surpresas”, além de comes e bebes e animação.
Onde Caga a Vaca? é um jogo em tama nho real, que decorre no recinto de mer cado do Algoz, onde o animal é posto a pastar, até que faça as suas necessidades num dos lotes, previamente definidos para quem fez reserva atempadamente.
E haverá um prémio para o “dono” do quadrado, o próprio animal.
O evento terá início às 10h e a entrada é livre.
Os contactos para mais informações são: Artur Pais 925 446 753 e Orlando Pon te 966 211 853.
O JAT- Janela Aberta Teatro apresenta em Silves a peça “Algo de Mac Beth”.
O espetáculo será no dia 22 de outubro, pelas 21 horas, no Teatro Mascarenhas Gregório.
A entrada é livre. Esta peça fala-nos do Sr. Delgado, um corrupto e perturbado polí tico, que, encontrando-se sozinho no seu próprio mundo, encomenda uma boneca hiperrealista, Divina Palomeque, para col matar a solidão. Aparentemente inanima da, esta boneca será a sua companhia inse parável e máxima influência. Juntos levarão a cabo um absurdo plano para alcançar o poder, rodeados por um ambiente miste rioso, onde três estranhas criaturas fazem previsões sobre o futuro. Uma tragicomédia grotesca sobre o amor, a loucura e a ambi ção.
A Orquestra de Jazz do Algar ve estará em São Bartolomeu de Messines para um concer to, no dia 25 de outubro, pelas 18h30.
O grupo PAUS tem quatro discos editados, três EPs e múltiplas tours por vários continentes.
O novo disco “YESS” junta o sabor de uma visita inspiradora a São Paulo e várias experiências de colaboração e mistura. Conta com a colaboração nos arranjos para sintetizadores modulares do brasileiro Grass Mass. Este trabalho de texturas eletrônicas ajudou o som de “YESS” a ex pandir o imaginário do que pode ser um disco do grupo PAUS das pistas de dança aos escuros clubes de punk rock, das rodas de batuque das ruas de São Paulo às raves de Berlim.
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos através da bilheteira online BOL em:
O espetáculo irá decorrer na Casa Museu João de Deus, com as participações de Rick Margitza e Vânia Fernandes.
A entrada é livre.
Muni
cipal de Silves con vocou uma sessão extraordinária que irá reali zar-se em Armação de Pêra, no dia 18 de outubro, na sede da Junta de Freguesia.
Esta sessão surge na sequên cia de uma proposta apresen tada em Assembleia Muni cipal de Silves, pela CDU, em 29 de junho de 2022, na qual, por maioria, esta tomou posição no sentido de “reco nhecer a natureza pública da Praia dos Pescadores” e con vocar uma sessão extraordi nária para analisar a questão da propriedade da Praia dos Pescadores e informar a po pulação de Armação de Pêra sobre este assunto.
Como o Terra Ruiva tem noticiado, e é do conheci mento público, a empresa Praia da Cova- Realizações Turísticas, S.A. , reivindica, como sua, uma extensa par cela da Praia dos Pescadores, numa área de mais de 30 mil metros quadrados, localiza da entre a “Boca do Rio” e a “Fortaleza”, que inclui o cor redor de pesca, as unidades de apoio de pesca, o edifício da Lota e respetivos anexos, o Posto da Cruz Vermelha, o antigo Campo de Futebol das Gaivotas, e estabeleci mentos de restauração e de
bebidas, assim como arrua mentos municipais.
Recentemente, esta empresa embargou uma construção provisória que a Câmara Municipal de Silves estava a levantar, para abrigo do trator que a autarquia ofere ceu à Associação de Pesca dores de Armação de Pêra.
A intenção da empresa foi contrariada por sentença do Tribunal de Portimão, em agosto de 2022, que conside rou “que a parcela do terreno promovida pelo Município de Silves integra o domínio público marítimo e que a “Praia da Cova”, “não tem
legitimidade para intervir no terreno, e, como tal, não tem legitimidade para embargar qualquer obra nessa parcela com o fundamento no facto de ser propriedade privada”, como informou a Câmara de Silves, em comunicado.
No entanto, a obra continua suspensa, uma vez que que a “Praia da Cova”, interpôs re curso, com efeitos suspensi vos, da decisão proferida pelo Tribunal de Portimão.
Por outro lado, recorde-se, encontra-se ainda a decorrer, igualmente no Tribunal de Portimão, um processo judi cial que pretende “a anulação
de uma escritura pública de compra e venda de um ter reno que integraria o areal da Praia dos Pescadores de Armação de Pêra, celebrada em dezembro de 2012, e o reconhecimento de que essa praia integra o domínio pú blico marítimo do Estado.” O esclarecimento sobre estas questões será agora prestado à população de Armação de Pêra, sendo certo que o Mu nicípio de Silves defende a “natureza pública da Praia dos Pescadores de Armação de Pêra, enquanto bem in tegrante do domínio público marítimo do Estado”.
A Assembleia de Freguesia de Armação de Pêra apro vou, no dia 30 de setembro, um Voto de Louvor ao Exe cutivo Permanente CDU da Câmara Municipal de Silves “ e a todos os armacenenses que, como testemunhas do
Município de Silves, inter vieram ativamente para que fosse feita justiça quanto ao reconhecimento da Praia dos Pescadores de Armação de Pêra como bem integrante do domínio público do Es tado”.
Este louvor foi aprovado por maioria, com os votos favo ráveis dos eleitos da CDU (3), com abstenção do PSD (5) e PS (1).
“Não temos a menor das dú vidas, tal como o Tribunal de Portimão não teve, que a Praia dos Pescadores de Ar mação de Pêra, que constitui o berço e as raízes desta vila piscatória, onde se localizam o corredor de pesca e mais de 40 apoios de pesca para recolha dos aprestos dos pescadores, a lota, balneários públicos, o posto da Cruz Vermelha e vários estabele cimentos comerciais e con cessões, integra o domínio público do Estado”, afirmam os eleitos da CDU em Ar mação de Pêra.
E acrescentam: “Durante o presente mandato, os eleitos da CDU já apresentaram nesta Assembleia de Fre guesia de Armação de Pêra duas propostas para que esse órgão, no interesse de todos os armacenenses e cidadãos deste país, deliberasse reco
nhecer e afirmar a natureza pública da Praia dos Pesca dores de Armação de Pêra, por integrar o domínio pú blico do Estado, não poden do, como tal, ser adquirida e privatizada por particulares. Infelizmente, essas duas pro postas foram rejeitadas pelos votos da maioria PSD, parti do esse que, em 2012, permi tiu que a Praia dos Pescado res de Armação de Pêra fosse objecto de um negócio de compra e venda, e que, pre sentemente, está mais preo cupado em defender os inte resses de uma empresa priva da, do que em fazer valer o interesse público inerente ao reconhecimento da Praia dos Pescadores de Armação de Pêra como bem do domínio público do Estado.
Mas, perante a recente de cisão tomada pelo Tribunal de Portimão, consideramos que será justo reconhecer o compromisso e a intervenção de todos aqueles que, efec tivamente, estão do lado do interesse público e que nun ca desistiram de defender os interesses legítimos e os di reitos da comunidade de pes ca local, contribuindo, assim, para que fosse feita Justiça.”