






OAgrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Barlavento, integrado na Administração Regional de Saúde do Algarve, criou uma consulta especializada para utentes com feridas complexas que está a funcionar no Centro de Saúde de Silves. Este serviço pretende ser “não só uma referência na prestação de cuidados aos doentes com feridas complexas baseados nas melhores práticas e evidência científica, mas visa ainda proporcionar consultadoria, formação e capacitação a todos os profissionais do ACeS Barlavento que estejam envolvidos no tratamento de feridas.”
Segundo a ARS Algarve, “uma vez que a prevalência de feridas, agudas e crónicas, no atual contexto dos cuidados de saúde, é bastante elevada, as suas consequentes implicações na qualidade de vida das pessoas tornam-se um problema relevante para os profissionais de saúde e também para as instituições.
Todos os aspetos relacionados com a prevenção, gestão e tratamento da pessoa com ferida revestem-se de uma elevada complexidade, pelo que é necessária a intervenção de uma equipa
transdisciplinar organizada e com uma forte componente interpares, como estratégia fundamental na resposta aos cuidados de saúde de pessoas com tais necessidades.”
A implementação de um projeto desta natureza, uma novidade nos serviços da região de saúde do Algarve, tem como principais objetivos, “contribuir para a prestação de cuidados de qualidade na prevenção e tratamento das feridas tendo por base
a evidência científica disponível a nível nacional e internacional; promover a articulação multidisciplinar contínua entre os diversos profissionais que colaboram no tratamento do utente; proporcionar uma rápida cicatrização das feridas, de forma custo-efetiva aos utentes dos Cuidados de Saúde Primários e em articulação com as Comissões de Feridas das unidades hospitalares, tendo em conta a continuidade de
Miguel Ângelo António Gonçalves, NIF 269784772, atenta a impossibilidade de notificar os proprietários dos prédios rústicos confinantes ao seu prédio que sejam titulares de direitos de preferência legais na venda do mesmo (“Preferências Legais”) nas respetivas moradas e/ou identificar o paradeiro dos mesmos, vem na qualidade de proprietário do prédio rústico sito em Sítio da Guiné ou Chas Guine Amendoais, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 25, Secção F, da freguesia de Algoz e Tunes, no concelho de Silves, descrito na conservatória do registo predial de Silves sob o número 4081 com área total de 9520 m2, dar-lhes a faculdade de exercer o direito de preferência e dar conhecimento que o referido prédio rústico será vendido pelo preço de Euros 100.000,00 (Cem mil euros) a Nadezda Melnikova que também usa Nadezhda Melnikova, NIF 285675737, casada no regime de separação de bens com Sergey Melnikov que também é conhecido por Sergei Melnikov, o qual será pago no ato na escritura pública que se irá realizar no dia 02-05-2023 às 14:00 no cartório notarial do Dr. Luis Valente sito em Praceta Dr. Clementino de Brito Pinto 6 R/c Esq, 8000-327 Faro.
O prazo para exercício da preferência pelos referidos Preferentes legais é de 8 dias corridos contados da publicação do presente aviso/anúncio, nos termos dos dispostos no do n.º 2 do artigo 416º e dos artigos 225º e seguintes do Código Civil, sob pena de caducidade do respetivo direito de preferência.
A comunicação escrita para exercer o direito de preferência deverá ser enviada para a seguinte morada Rua Cristóvão Pires Norte, 137N, 8135-117 Almancil.
cuidados; promover a formação dos profissionais envolvidos na prevenção e tratamento das feridas.”
O início de atividade da Consulta de Feridas Complexas teve lugar no dia 23 de janeiro e contou com a presença da secretária de Estado para a Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e da vogal do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Josélia Gonçalves.
Na falta de resposta no prazo legal, presumir-se-á a falta de interesse no exercício de tal faculdade.
(Publicado no jornal Terra Ruiva, Edição nº 252, de 07 de março de 2022)
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA MARIA MARGARIDA FRESCO BORLINHA HENRIQUES, SITUADO NA RUA CRUZ DE PORTUGAL À PROJECTADA DIOGO MANUEL, BLOCO A, EDIFICIO ARADE, LOJA 3 C, SILVES.
CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em oito de fevereiro de dois mil e vinte e três, foi exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, lavrada a folhas dezassete e seguintes do Livro de Notas número cento e noventa e seis, deste Cartório, a cargo da Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques, na qual, ANTÓNIO JOSÉ MENDES DE ALBUQUERQUE PEREIRA, casado com Maracelle Ângela da Conceição Melo de Albuquerque, sob o regime da separação de bens, natural da freguesia de Verderena, concelho do Barreiro, e residente no sítio das Assumadas, Estrada Nacional 269, Caixa Postal 207-Z, em Tunes; contribuintes ficais números 181 161 702 e 303 212 330, declara que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio urbano, sito nas Assumadas ou Quinta de Santo António do Paço, União das freguesias de Algoz e Tunes, concelho de Silves, composto de uma morada de casas térreas com três quartos, sala comum, com cozinha, duas casas de banho, com a área coberta de cento e trinta e seis metros quadrados, e terraço, logradouro e piscina, com a área descoberta de oitocentos e sessenta e quatro metros quadrados e área total de mil metros quadrados, a confrontar actualmente de norte e poente, com José Guerreiro Gomes e outro, do sul, com limites de Freguesia do Algoz e da Guia, e do nascente com Estrada Nacional 269, descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves, sob o número quatrocentos e dezasseis-freguesia de Tunes, em nome da Fundação Spinoza, pela Ap. quarenta e duas de nove de Abril de mil novecentos e noventa e dois, e inscrito actualmente na matriz predial urbana sob o artigo 1277, em nome da referida Fundação Spinoza, com o valor declarado igual ao patrimonial tributário de 68.218,15 Euros e anteriormente sob o artigo 884. Que ele justificante adquiriu o citado prédio urbano, por meio de compra verbal, nunca reduzida a escritura, ainda no estado de solteiro, maior, à citada Fundação Spinoza, com sede na Rua da Cadeia, número 4, Silves, freguesia e concelho de Silves, no ano de mil novecentos e noventa e nove, e em data e mês que não pode precisar. Que desde esse ano possui o prédio em nome próprio, exercendo todos os direitos de proprietário, tratando-o, procedendo à sua limpeza, utilizando-o e conservando-o, e pagando os respectivos impostos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente e com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu o imóvel por USUCAPIÃO, não tendo todavia dado o modo de aquisição documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade perfeita.
Está conforme.
Silves, oito de Fevereiro de dois mil e vinte e três.
A Notária
Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques Registado sob o nº 66, Emitido recibo.
(Publicado no jornal Terra Ruiva, edição nº 252, 07 de março de 2023)
Nos dias 1 e 2 de março, o concelho de Silves recebeu vários membros do atual Governo, no âmbito do programa
“Governo Mais Próximo” que trouxe ao Algarve ministros e secretários de Estado numa iniciativa que procura aproximar os governantes da população. No que se refere ao concelho de Silves, esteve presente, no dia 1 de março, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel. Recebido pelo Executivo da Câmara Municipal de Silves, “estiveram em cima da mesa temas como o projeto de espelho de água e a intenção de desassoreamento do Arade”, segundo informa a autarquia. A este encontro seguiu-se uma visita ao Mercado Municipal de Silves, onde o secretário de Estado apreciou o trabalho de requalificação ali desenvolvido, tendo depois prosseguido para verificar as obras em curso da nova Escola EB1 de Silves. Nessas visitas, o secretário de Estado foi acompanhado pelo Executivo da Câmara Municipal, pelo presidente da Junta de Freguesia de Silves e pela Direção do Agrupamento de Escolas de Silves.
No dia 2, esteva anunciada a presença do primeiro-ministro António Costa, mas, em seu lugar, estiveram presentes a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes e o ministro do Ambiente e da Ação Climá-
tica, Duarte Cordeiro, que visitaram o Bloco II do Perímetro de Rega da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão. Os ministros foram acompanhados pelo secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, pela presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma e pelos vereadores Maxime Sousa Bispo e Tiago Raposo, além de vários dirigentes regionais, tais como os diretores regionais da Direção Regional de Agricultura do Algarve e da ARH do Algarve, bem como do presidente da Associação de Regantes, João Garcia. A visita teve como objetivo conhecer a intervenção efetuada no âmbito da modernização do aproveitamento hidroagrícola, trabalhos que irão resultar numa substancial redução de perdas de água, contribuindo para a promoção da rega sustentável, com uso eficiente dos recursos naturais.
Muitos anúncios para a região Nestes dois dias, em que o Governo quis privilegiar “os contactos de proximidade, auscultando os representantes locais e promovendo o desenvolvimento económico e social da região” foram realizadas cerca de 60 iniciativas, distribuídas por todos os concelhos, e uma reunião descentralizada do Conselho de Ministros. Nesta iniciativa “ Governo
Mais Próximo” que será estendido a todo o país, com o objetivo de “reforçar a coesão territorial”, foram também realizadas muitas visitas “ a projetos marcantes, ações associadas à implementação do Plano de Recuperação e Resiliência no distrito de Faro e reuniões de trabalho”. Entre os vários projetos apresentados destaca-se, o anúncio da construção do metro de superfície entre Olhão, Faro e Loulé, com 38km de extensão e que irá servir 185 mil pessoas, cerca de 40% da população do Algarve, segundo o estudo preliminar apresentado na presença do primeiro-ministro António Costa e da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, em Olhão.
O metro ligeiro entre Olhão, Faro e Loulé terá 24 paragens e um traçado que fará com que 70 mil residentes fiquem a menos a 600 metros de uma paragem, e poderá transportar cerca de 40 mil viajantes por dia. Numa segunda fase, o metro poderá vir a ser estendido até Albufeira.
As tabelas preliminares de custo total do projeto aponta para 300 milhões de euros, quer a solução seja veículos elétricos, quer seja veículos a hidrogénio.
Outra decisão importante para toda a região diz respeito à aprovação, por parte do Conselho de Ministros reunido no Algarve, do decreto-lei que altera a lei orgânica do Instituto Nacional
de Emergência Médica de Portugal (INEM), permitindo ao INEM recuperar no Algarve a sua delegação regional. “Esta é uma decisão muito importante do ponto de vista operacional. A delegação
da Saúde, Manuel Pizarro, na conferência de imprensa que decorreu em Faro.
Manuel Pizarro salientou que o INEM opera regularmente 42 meios de emergência na região algarvia, incluindo um helicóptero de
bombeiros, quer a Cruz Vermelha.
“Preparamos assim condições para um reforço da emergência médica na região do Algarve, que irá também ter um ponto muito importante com a transferência para as novas instalações, cuja obra está em fase final de concretização, como pudemos constatar através da visita de ontem, em Loulé, e que estará concluída até ao final do ano de 2023”, referiu. O ministro da Saúde falou também do Hospital Central do Algarve garantindo que ainda este mês será anunciada a equipa do projeto que irá tratar do lançamento do concurso para a construção do hospital, bem como a comissão de acompanhamento do processo.
Quanto ao concurso para a obra, o ministro adiantou que este partirá dos pressupostos do anterior e que será lançado em 2023.
Nome:
Morada:
regional existiu até 2012, altura em que foi fundida pelo então Governo na delegação regional de Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo e isso retirou a capacidade de funcionamento nesta região que agora é plenamente recuperada”, disse o ministro
emergência médica, três viaturas médicas de emergência e reabilitação, quatro viaturas de suporte imediato de vida e um conjunto de outras viaturas, umas do próprio INEM, outras dos parceiros do sistema integrado de emergência médica, quer corporações de
O Conselho de Ministros, que decorreu em Faro, fica também marcado, pela aprovação, na generalidade, do decreto-Lei que altera a orgânica das CCDR, que vão passar a ser Institutos Públicos, naquela que é a primeira etapa da reorganização dos serviços desconcentrados do Estado nas regiões.
As CCDR serão transformadas em institutos públicos com personalidade jurídica, com um conselho diretivo composto por um presidente e um máximo de quatro vice-presidentes.
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Editorial
Paula BravoJornalista
Nos últimos anos temos combatido afincadamente a ideia do Algarve ser “sol e praia”. O que reduzia a região a uma insignificância que não a representa. Afortunadamente, para municípios como Silves, as potencialidades dos territórios interiores, as atividades ligadas à natureza, gastronomia ou património, têm ganho não só visibilidade como também um crescente número de adeptos.
Vendo de uma certa perspetiva, o turismo democratizou-se. Há opções para todos
Tomar
Partido
Francisco Martins Economista
Salários e Função
Pública
As insuficiências da Administração Pública portuguesa têm vindo a ampliar-se a olhos vistos nos últimos anos, com consequências negativas na qualidade de prestação dos serviços, destacando-se as áreas da saúde e da educação que são responsabilidade da Administração Central.
Na sua base encontra-se a prática de baixos salários que também afeta o desempenho
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os gostos e (quase) todas as carteiras e a oferta continua em expansão. Neste sentido, também a concorrência, o que obriga a mais profissionalismo no sector e uma linha orientadora definida, quer a nível local quer a regional. O trabalho que os municípios de Loulé, Silves e Albufeira têm realizado para a constituição do Geoparque Algarvensis, aspirante à Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, é um excelente exemplo da conjugação de objetivos e recursos na construção de um património que valoriza os intervenientes e contribuirá para a dinamização económica e social dessas zonas. O mesmo se pode dizer do Parque Natural Marinho do Recife do Algarve - Pedra do Valado, que junta os municípios de Albufeira, Lagoa e Silves e, que no caso do nosso concelho, terá especial importância para a criação de uma área marinha protegida na
das autarquias. É notório o nível de revolta e contestação na classe dos professores, no pessoal médico e de enfermagem e em toda a função pública, do pessoal menos qualificado ao mais qualificado. As razões prendem-se, nomeadamente com os baixos níveis remuneratórios, a progressiva perda de poder de compra de todos esses profissionais, agravada com a atual escalada de preços, e também com a falta de investimento promovido pelo Estado. Não por acaso, agudiza-se a falta de docentes nas escolas e a fuga de médicos e enfermeiros para o privado e a emigração. No período entre 2011 e 2022 os professores perderam poder de compra que variou entre 15,1% e 19,8% e os médi-
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Baía de Armação de Pêra.
A par destes exemplos felizes temos um outro projeto a necessitar de reformulação, a Rota da Laranja, lançada pela Câmara de Silves, por um infeliz acaso, antes da pandemia e do primeiro confinamento o que lhe retirou visibilidade e protagonismo, sendo certo porém que é um projeto que merece uma segunda oportunidade, não só por promover um produto emblemático do concelho, como também por ser agregador, “da serra ao mar”.
Menos felizes temos sido, penso eu, naquelas pequenas ações que fazem a diferença e que se destinariam a fomentar o interesse de novos visitantes e a reforçar o regresso de outros.
Dou um exemplo. Observo que a área de autocaravanas que a Câmara de Silves construiu recentemente em S. Bartolomeu de Messines, tem, durante os meses de
cos as suas remunerações médias base sofreram uma perda de poder de compra de 19,9%. A Administração Pública sofreu uma redução média de 12,2%, segundo dados oficiais recentes da Direção Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP).
No âmbito do investimento público ficou por aplicar 33% do previsto no Orçamento de Estado (2022) e no Serviço Nacional de Saúde apenas se aplicaram 45% dos valores orçamentados. Em 2022 o salário médio caiu 5% face a 2021, em termos reais. Falamos de setores que são fundamentais num Estado Social, dos quais dependem não somente os trabalhadores que neles laboram, como sobretudo, a qualidade de vida das populações, uten-
inverno, a lotação esgotada, praticamente todos os dias. O que representa certamente algumas centenas de pessoas. Muitas frequentam restaurantes, fazem compras no comércio local e algumas têm voltado todos os anos. Mas a nível turístico são completamente ignoradas. Não existe em nenhum ponto do recinto, um mapa, um folheto turístico, a agenda com as atividades do concelho… um roteiro da freguesia… um produto próprio para estes visitantes… E também não foi criada nenhuma atividade que pudesse atrai-los para fora da área…. Já tenho pensado que talvez a Semana Gastronómica de Messines se pudesse adiar por um mês e realizar-se na altura em que o parque está cheio?...
Esta é uma ideia que me tem ocorrido e honestamente não sei se teria viabilidade e rentabilidade, mas seria bom começarmos a fazer este tipo de análise… Como nos adaptar-
tes dos serviços, e as condições-base de funcionamento da economia, cujos custos de contexto estão associados à produtividade das empresas. A política de baixos salários persiste como uma espécie de inevitabilidade histórica e principal fator de competitividade externa, contrariando os desígnios da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), já lá vão mais de 35 anos, e o modelo de um país desenvolvido.
A questão persiste, optando as políticas governamentais pela desvalorização dos salários. Nas remunerações e nas relações de precariedade, principalmente, com a penalização dos mais jovens. Cerca de 60% dos jovens trabalhadores com menos de 25 anos têm contratos não per-
mos e evoluirmos, para crescermos?
No que se refere ao nosso litoral, há também um grande caminho a percorrer, no que respeita à sua divulgação e promoção. Para começar, seria bom que se soubesse que o concelho tem um extenso areal, vindo de Pêra, pela Praia Grande, até Armação de Pêra. Quanto a esta, a ideia que muitos (até locais) irresponsavelmente promoveram durante anos, como uma localidade feia, feita só de prédios, constituiu uma “pedra no sapato” que nem todos os esforços das autarquias de Silves e de Armação têm conseguido desmistificar nos turistas nacionais. No entanto, as estatísticas mostram um interesse crescente em Armação e a subida do número de turistas. Mas é necessário é um pouco mais de atenção a pormenores. Dou um exemplo: no dia 31 de dezembro de 2022, no dia em
manentes. Quase três quartos do total dos trabalhadores aufere até 1000 euros de remuneração base. Como alguns economistas explicam, deparamo-nos com um conflito redistributivo em termos de repartição funcional do rendimento nacional: o que não vai para salários (Trabalho), vai necessariamente para lucros, rendas e juros (Capital), alargando-se a injustiça social. Isto pouco importa porque o neoliberalismo dominante defende que a recuperação dos salários face aos valores da inflação e ao crescimento da produtividade é contraproducente por alimentar a espiral inflacionista! Exceto para os Gestores! O Diretor Executivo (CEO) da Jerónimo Martins auferiu 3 milhões de euros em 2021, um
que a Junta preparava, com a Câmara Municipal e muitas associações armaceneneses, uma passagem de ano que pretende concorrer com as vizinhas, percorrendo a avenida junto ao mar, onde, tal como eu, deambulavam centenas de pessoas, não consegui ver uma única faixa, cartaz, outdoor, o que fosse, a anunciar a festa. Finalmente, um simples cartaz A4, colado no vidro de um quiosque enferrujado e com muito mau aspeto que persiste na praça do Mini- Golfe, dava conta da realização de uma passagem de ano… A área de autocaravanas em Messines é um sucesso, assim como o foi a passagem de ano em Armação de Pêra. Mas quando queremos nos destacar pela diferença, pela qualidade e por aquilo que temos de bom para oferecer, todos os pormenores fazem a diferença. Caso não estejamos atentos há muitos que o estão a fazer.
valor 262,6 vezes superior à média dos salários de quem trabalha na empresa. No Poder Local em particular a problemática dos baixos salários frusta e desmotiva quadros técnicos e trabalhadores, alimentando inércias, fomentando episódios de laxismo e a procura de segundas ocupações profissionais, afastando os melhores e mais qualificados de uma carreira na Administração Pública. Neste caso, cabe aos eleitos que governam, servirem-se de requisitos como respeito mútuo, seriedade, conhecimento e competência para lidar com a realidade, mobilizando e estimulando quem trabalha, usando as ferramentas de que dispõem para retirar o melhor de cada um.
Propriedade e Editor:
Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves, “Pé de Vento”, Morada: Rua da Fábrica, nº3, 8375147 S. Bartolomeu de Messines, NPC: 510985807 | Registo ERC Nº 123511. Depósito Legal nº 153123/00.
Contabilidade
Colaboradores:
António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno Cabrita, Eugénio Guerreiro, Fabrice Martins, Frederico Mestre, Helena Pinto, José Alberto Quaresma, José Manuel Vargas, Miguel Braz, Mónica Gonçalves, Paulo Penisga, Ricardo Camacho, Teodomiro Neto, Tiago Brás, Vera Gonçalves.
Redação: Rua da Fábrica, nº3; 8375-147 S. Bartolomeu de Messines - Tlm – 96 285 6922
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Email: terraruiva@gmail.com
Design gráfico e pré-impressão: Bruno Cortes
Impressão: FIG- Indústrias Gráficas, S. A. Urbanização Portas De São Miguel 122, 3020-430 Coimbra
Periodicidade: Mensal
Tiragem: 1500 exemplares
Diretora: Paula Bravo
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Diretor Financeiro: Francisco Martins
Tlm. 91 870 0152
Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.
Após uma interrupção devido à pandemia, volta a realizar-se em Silves, na Fissul, a Feira de Jardinagem Mediterrânica, na sua edição da primavera marcada para os dias 25 e 26 de março.
A organização é da Junta de Freguesia de Silves em parceria com a MGAP - Associação de Plantas e Jardins em Climas Mediterrânico.
O Município de Silves informa que, decorrente da empreitada de Reabilitação de infraestruturas na vila de Pêra, a Rua João de Deus, em Pêra, estará encerrada à circulação automóvel, até ao dia 15 de março, no troço compreendido entre a interseção deste arruamento com as ruas da Escola e das Areias.
O corte de trânsito afetará, ainda, a Rua da Escola até à sua interseção com a rua Pêra de Cima. O trânsito será desviado através da Rua das Areias e da Rua Pêra de Cima, sendo garantido, no entanto, o acesso a residentes.
Os trabalhos a executar incluem a demolição de pavimento existente; a escavação e movimento de terras; e a execução de infraestruturas enterradas (eletricidade / ITED).
A autarquia pede a atenção dos automobilistas e residentes para esta situação e agradece a compreensão e colaboração de todos.
A primeira loja Naterial, uma marca Leroy Merlin, a sul do país, abriu ao público no dia 2 de março. Localizada em Alcantarilha, no Sudoeste Retail Park, a loja “apresenta uma área inspiracional focada no exterior da casa, que recria 58 espaços diferentes desde pequenas varandas a áreas mais generosas, onde o cliente poderá encontrar as soluções e ideias mais adequadas às suas necessidades para construir o seu espaço exterior”.
Yoga Kids- 09h00 – 10h00
Público-alvo: Comunidade em geral
Yoga bebés (sem marcha) -10h20 – 11h00
Público-alvo: Comunidade em geral
Yoga bebés (com marcha)- 11h10 – 11h50
Público-alvo: Comunidade em geral
Nos dias 25 e 26 de março irá decorrer, em Alcantarilha, a Festa em Honra de Nosso Senhor dos Passos.
A festa é organizada pela Confraria da Irmandade do Nosso Senhor Jesus dos Passos de Alcantarilha, fundada em 1928, que recentemente retomou a sua atividade.
A Feira da Primavera contará com diversos representantes de viveiros e expositores com produtos biológicos, livros, sementes, vinhos, óleos essenciais, artesanato e outros produtos. Haverá também um Jardim em Exposição e vendas de árvores frutíferas e aromáticas.
O programa inclui palestras, workshops e demonstrações gratuitas, com os seguintes temas:
Fazer o seu primeiro jardim mediterrânico – Perguntas e Respostas com Jardim Seco & MGAP ;
Melhor escolha de espécies nativas para o seu jardim – João Gomes, Sementes de Portugal
Técnicas Básicas de Propagação – Rosie Peddle, MGAP Sucesso com Bromélias e Tillandsias – Jorge Freixal, Bromélias de Brejo.
No local haverá também um bar e refrescos (incluindo vegatarianos), bem como uma gama de produtor orgânicos para venda.
A MGAP terá um stand de venda de plantas organizada pelos seus membros com plantas dos seus jardins e conselhos sobre como usá-las.
No sábado, dia 25 de março, a Feira estará aberta das 10h às 18h; e no domingo, dia 26, das 10h às 16h. A entrada é livre.
O Município de Silves informa que se encontra praticamente concluída a empreitada de Requalificação da Rua Atrás dos Muros, na cidade de Silves, que foi aberta ao trânsito no início de novembro do ano anterior. O investimento ascendeu a cerca de 1,2 milhão de euros.
Com um investimento total de 700 mil euros, a loja Naterial em Alcantarilha conta com cerca de 1.300m2 e é a primeira loja com este conceito a abrir no sul do país, quarta a nível ibé-
O programa da festa tem início no sábado, dia 25, pelas 21h, com a Procissão da imagem da Nossa Senhora das Dores para a Igreja Nossa Senhora do Carmo, com iniciação da recitação do terço, na Igreja Matriz. No domingo, dia 26 de março, prossegue, pelas 17h, com a Eucaristia Solene com representação da Confraria da Irmandade do Nosso Senhor Jesus dos Passos de Alcantarilha. Às 18h haverá, pelas principais ruas da vila, a procissão com a imagem de Nosso Senhor dos Passos, a que segue o Sermão de Encontro, na Igreja Nossa Senhora do Carmo. A festa termina com a procissão, acompanhada pela Banda Filarmónica de Silves.
rico. “Alcantarilha, face à sua localização estratégica, permite uma acessibilidade central para todo o Algarve, sendo por isso um ponto de referência e uma escolha natural”.
O horário de funcionamento da nova loja será das 10h às 21h e, no verão, das 10h às 22h.
O Município de Silves volta assinalar o equinócio da primavera com aulas abertas de bem-estar.
A iniciativa “Equinócio da Primavera” terá lugar entre os dias 16 e 18 de março, com sessões de pilates e yoga, no Complexo das Piscinas Municipais de Silves.
A atividade é dirigida à comunidade em geral e aos utentes do CPMS, contudo é limitada às vagas existentes e está sujeita a inscrição prévia obrigatória.
O Município de Silves informa que, nos meses de março e abril, irá levar a efeito uma ação de desbaratização e desratização em todas as freguesias do concelho de Silves, de acordo com a seguinte calendarização:
-Freguesia de São Marcos da Serra – 20 de março
-Freguesia de São Bartolomeu de Messines – 21, 22, 23 e 24 de março-
-União de Freguesias de Algoz e Tunes | Tunes – 27 e 28 de março
-União de Freguesias de Algoz e Tunes | Algoz – 29, 30 e 31 de março
-União de Freguesias Alcantarilha e Pêra | Alcantarilha – 3, 4 e 5 de abril
-União de Freguesias Alcantarilha e Pêra | Pêra – 6, 10 e 11 de abril
-Freguesia de Silves – 12, 13, 14, 17, 18 e 19 de abril
-Freguesia de Armação de Pêra – 20, 21, 24, 26 e 27 de abril
Para uma maior eficácia deste tipo de ações, o Município de Silves “aconselha as entidades privadas (como condomínios, proprietários de edifícios e estabelecimentos comerciais e afins) a efetuar, também, este serviço de ações de desinfestação, contribuindo, desta forma, para o reforço da salvaguarda da saúde pública, do controlo de pragas urbanas e da redução de exposição a pragas urbanas.”
A autarquia esclarece que a intervenção contemplou o alargamento da via, pavimentação, vedações e reconstruções, construção das redes de abastecimento de água e saneamento, águas pluviais, rede de rega, infraestruturas elétricas e de telecomunicações, iluminação pública, passeios, ciclovia, instalação de mobiliário urbano, trabalhos arqueológicos e o arranjo urbanístico da zona envolvente à Casa Mortuária, com parque de estacionamento e acesso às Hortas Comunitárias Fonte autárquica releva a importância significativa do novo arruamento enquanto via privilegiada de distribuição de trânsito e de circulação interna na cidade de Silves, reduzindo a circulação automóvel no centro urbano e promovendo a mobilidade pedonal e ciclável. Valorizando igualmente a importância do investimento para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, componente que mereceu financiamento comunitário.
Relacionada com o simbolismo da nova estação, atividade celebra o início do período de renascimento da natureza. As inscrições para as aulas abertas de bem-estar decorrem até dia 15 de março, podendo ser efetuadas no site da Câmara de Silves, exceto a aula de yoga, que é apenas dirigida aos utentes do CPMS e por sua vez realizada receção do complexo.
Programa
Dia 16.março
Pilates- 10h10 – 11h00
Público-alvo: Comunidade em geral
Dia 17.março
Pilates- 17h50 – 18h50
Público-alvo: Comunidade em geral
Dia 18.março
Yoga- 09h00 – 11h00
Público-alvo: Utentes CPMS
Inscrições na receção do CPMS
Opinião
Fabrice MartinsNa madrugada de 24 de fevereiro de 2022, enquanto muitos de nós estávamos no conforto das nossas casas, tanques russos invadiam a Ucrânia ao mesmo tempo que bombas começavam a cair, naquela que é a maior crise de segurança em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A eclosão desta guerra veio acelerar tendências que se manifestavam há bastante tempo. A crise da globalização, a guerra económica entre blocos regionais, a disputa sistémica pela configuração do mundo e o balanço de forças entre as grandes potências são alguns exemplos. Desde a “Revolução Laranja” nas eleições presidenciais ucranianas de 2004, às cha-
Utilidade
Marginal
António Eugénio
Economista
O remate que veio do frio. Golo!
Quando Galileu Galilei foi apresentado ao Tribunal da Inquisição, foi forçado a retratar-se na sua tese heliocêntrica, declarando que a Terra não se movia no firmamento.
Após a sua declaração, o astrónomo terá murmurado “e no entanto, ela move-se”, num momento de desafio ao tribunal que o julgara.
Opinião
madas “Revoluções Coloridas”, uma série de acontecimentos terão contribuído para se chegar aqui.
E aqui chegados, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que pelo menos 8.000 civis morreram, mas os números reais devem ser superiores. A estes somar-se-ão as centenas de milhares de soldados. Para além das vítimas cujas vidas foram ceifadas, há que contar com aqueles cujas vidas nunca mais serão as mesmas e carregarão para sempre as marcas, físicas e psicológicas, de Crimes de Guerra e contra a Humanidade. Segundo a ONU, cerca de 7,7 milhões de refugiados da Ucrânia fugiram para vários países da Europa, incluindo a Rússia, e 5,4 milhões de ucranianos deslocam-se internamente.
Confrontado com uma invasão completamente infundada que viola a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional, o presidente da Ucrânia mostrou ao seu povo e ao mundo que não fugiria, desafiando a ousadia
do seu homólogo russo. A bravura e valentia dos ucranianos em defender o seu país bem como o seu direito como Estado soberano livre, e independente, de escolher qual o caminho que desejam trilhar para as suas vidas, inspirou o ocidente que rapidamente começou a apoiar Kyiv com um impressionante suporte económico e militar. A guerra transformou-se numa guerra de atrição em que nenhuma das partes parece em condições de destruir totalmente a capacidade militar do outro, nem a sua vontade em combater.
Colocada perante os holofotes devido à sua posição ambígua nesta guerra, a China apresentou doze pontos para discussão, são eles: 1- O respeito pela soberania de todos os países; 2- O abandono da mentalidade da Guerra Fria (que opunha dois blocos regionais: um composto pelos EUA e Europa ocidental cuja aliança militar se traduz na NATO e, do outro, os países do leste que após a Segunda Guerra Mundial se uniram numa aliança militar
semelhante - Pacto de Varsóvia - a qual ruiu após a Queda do Muro de Berlim); 3- O fim das hostilidades; 4- O regresso das conversações de paz; 5- A resolução da crise humanitária; 6- A proteção dos civis e dos prisioneiros de guerra; 7- A salvaguarda das centrais nucleares; 8- A redução dos riscos estratégicos; 9- O encorajamento às exportações de cereais; 10- O fim das sanções unilaterais; 11- A manutenção da estabilidade das cadeias de abastecimento; 12- A promoção da reconstrução pós-conflito.
Não se tratando de um roteiro para a paz, estes doze princípios foram recebidos com relutância e mesmo desconfiança pelo ocidente devido à posição chinesa de se recusar em acompanhar os esforços de condenação a Moscovo no seio da ONU, ou em outros palcos internacionais como sucedeu recentemente no G20. Pelo contrário, a China tem assistido ao desenrolar dos acontecimentos enquanto adquire o petróleo russo a preço de saldo, realiza exercícios mili-
tares conjuntos com a Rússia e afirma-se como neutra no conflito ao mesmo tempo que dá uma mão a Moscovo fortemente impactada pelas sanções impostas. Se a salvaguarda das centrais nucleares, a redução dos riscos estratégicos e o encorajamento às exportações de cereais são princípios muito bem vindos numa guerra que já teve momentos muito tensos, na qual os governantes russos frequentemente ameaçam com o uso do nuclear, e o bloqueio à saída de cereais causa um tremendo impacto em todo o mundo, mas sobretudo nos países menos desenvolvidos, outros pontos apresentados poderão ser uma armadilha na medida em que invocar um cessar-fogo sem que as tropas russas abandonem todo o território ucraniano, onde se inclui a Crimeia, significa que o invasor continua em território alheio e, caso não se chegue a uma resolução do conflito, facilmente poderá dar origem a uma situação como a que se vive entre as duas Coreias. O “respeito pela soberania de todos os países” não indica em que
moldes seria concretizado e poderá ser uma forma criativa de dizer que o que se passa no “quintal” não diz respeito a outros. Veja-se a questão de Taiwan, entre outras, que Pequim continua a defender como sendo sua.
Para a Ucrânia, estes doze pontos poderão ser a oportunidade para finalmente discutir com a China e tentar trazê-la para junto de si para, dessa forma, levar Pequim a persuadir Moscovo a cessar com as hostilidades e a abandonar todo o território ucraniano, pois apesar dos esforços da ONU para promover e alcançar a Paz, o resultado traduziu-se em pouco mais do que moções e resoluções da Assembleia Geral. A invasão russa alterou o contexto geopolítico e receio que o mundo se mantenha crescentemente dividido, “escuro” e “frio” daqui em diante.
Sara LimaSolicitadora
A violência doméstica, o divórcio e a tentativa de conciliação
Ao longo dos anos temos assistido a uma mudança no comportamento das famílias portuguesas. A sociedade sofreu uma grande alteração, principalmente, a seguir ao 25 de Abril e à entrada da mulher no mundo do trabalho, que
O Ministro das Finanças, Fernando Medina, destacou recentemente numa audição parlamentar, o recuo da dívida pública para cerca de 113,8% do Produto Interno Bruto, um valor que recua para “níveis pré-pandemia e pré-troika”. A redução deste indicador assume particular impacto quando se verifica que este tinha estado em máximos históricos em data tão recente como 2020, quando se elevou aos 134,9% do PIB. Dito desta forma, parece um resultado aparentemente “mágico”, com o Governo a conseguir um resultado extraordinário de redução da dívida pública. Será assim? Vamos por partes. A primeira coisa que temos
de salientar neste número é que o mesmo se traduz num rácio, entre Dívida Pública e Produto Interno Bruto, uma medida de produção de bens e serviços na economia. Portanto, quando alguma destas variáveis se altera, o rácio também se altera. À primeira vista, e sem qualquer ideia dos valores subjacentes, pareceria que a consolidação orçamental do Estado estaria a surtir efeitos e que a dívida pública estaria a ser reduzida; não é o caso. De facto, a dívida pública portuguesa apresenta os valores mais elevados de sempre, ultrapassado os 274M de euros, segundo os dados da Pordata. Se o valor absoluto da dívida está em valores record, a explica-
ção da descida do valor recai sobre a outra variável do rácio, o Produto Interno Bruto. O INE reviu ainda este mês os números de crescimento para 2022, concluindo que o PIB teve um crescimento de 6,7%, em termos reais, ou seja, já acomodando os efeitos da inflação. Este surpreendente crescimento do PIB é o valor mais elevado em décadas, e é algo que contraria as previsões de recessão que pairavam há alguns meses. Esta variação positiva é fortemente suportada pela procura interna, que embora tenha sofrido alguma desaceleração em relação a 2021, ainda assim mantém uma considerável influência e pelo aumento das exporta-
ções, que tiveram um enorme crescimento em 2022. Nesta última, refira-se a enfâse na componente de turismo, que teve uma variação de 80%, segundo o Destaque do INE, demonstrando que a indústria do turismo tem um papel fundamental no nosso destino económico.
Por outro lado, destaca-se a desaceleração das componentes de investimento e consumo público na contribuição para o PIB; a atenuação da componente de investimento é particularmente preocupante, dado que é deste que normalmente advém ganhos de produtividade e de produção no futuro. A redução de investimento hoje poderá traduzir-se em PIBs
mais baixo no futuro. Tudo tendo em conta, a forma como se comunica a descida da dívida pública é algo falaciosa; em termos absolutos, a mesma continua em níveis de máximos históricos; a produção da economia é que cresceu de forma significativa, o que se traduz numa variação auspiciosa do indicador. Realmente, o aumento do PIB traz boas indicações para uma sustentabilidade da dívida, e da possibilidade do seu pagamento, mas falar de redução de dívida pública é um pouco exagerado. Parafraseando Galileu Galilei, a dívida diminuiu… e no entanto, ela mantém-se!
passou a ter funções que antes apenas eram destinadas ao homem. Passámos a ter mulheres que não são apenas “dona de casa”. Apesar de ter sido um grande marco de mudança no seio das famílias portuguesas, nem tudo foi positivo, pois o número de divórcios aumentou.
Longe vão os tempos em que a frase “e viveram felizes para sempre” era vista aos olhos da sociedade como o destino da maioria dos casamentos. Mas quando se fala em divórcio, não se pode deixar de lado todo um conjunto de alterações sejam elas a nível pessoal ou do foro patrimonial.
Em Portugal, existem duas modalidades possíveis de di-
vórcio: o divórcio por mútuo consentimento e o divórcio litigioso.
O divórcio por mútuo consentimento é tratado de forma rápida e de fácil resolução. Através da entrega do requerimento a solicitar o divórcio por ambos os ex-cônjuges e de um conjunto de acordos como, por exemplo, o destino de casa de família, o acordo para regularização das responsabilidades parentais e, mais recente, o acordo dos animais domésticos. Se houver filhos menores, o acordo das responsabilidades parentais necessita da homologação do Ministério Público (que estará sempre na salvaguarda dos interesses dos menores).
Quanto ao divórcio litigioso, o ano de 2023 trouxe-nos uma positiva alteração legislativa. Até então, o processo de divórcio sem mútuo consentimento passava por uma fase em que existiria uma tentativa de conciliação. A lei 3/2023, de 16 de janeiro, alterou esse pressuposto e dispensou a tentativa de conciliação nos processos de divórcio sem consentimento de um dos cônjuges nos casos de condenação por crime de violência doméstica. Na verdade, faz todo o sentido a dispensa desta diligência processual. Vejamos o exemplo de um casal em que existiram situações de violência doméstica, seja física, sexual ou psicológica. Sem qual-
quer margem de dúvidas, estamos perante uma relação de agressor/vítima, muitas vezes baseada em medo e insegurança por parte da vítima. Neste caso, faz sentido que seja feita uma tentativa de conciliação? Claramente que não. Acima de tudo, procura-se que a vítima seja protegida. Isto porque o que se vivencia, em demasiados casos de violência doméstica, é a dificuldade que a vítima tem de quebrar o ciclo de violência após uma fase de maus-tratos. Normalmente, voltam aquela que é chamada fase da lua-de-mel, onde o agressor procura envolver a vítima em carinhos e atenções e promete mudanças (que nunca acontecem ver-
dadeiramente).
De uma forma bastante consciente, o legislador procurou solucionar e quebrar uma possibilidade de reconciliação entre duas pessoas, de um presumido casamento, que já nem tampouco existe. É uma proteção individual, mas, também, uma grande proteção a nível familiar, principalmente quando existem filhos menores que, demasiadas vezes, assistem a episódios de violência. Para estas e outras questões, o Solicitador é um profissional habilitado que, certamente, lhe irá ajudar na melhor solução em todos os momentos da sua vida.
Em 2022, as associações humanitárias de bombeiros voluntários do distrito de Faro que aderiram à campanha
Quartel Electrão recolheram
332 kg de pilhas, 1.300 kg de lâmpadas e mais de 130 toneladas de equipamentos elétricos usados, o que significa mais de 132 toneladas de aparelhos em fim de vida que foram enviados para a reciclagem.
No quartel de S. Bartolomeu de Messines, foram recolhidos 55 kg de pilhas; 427 kg de lâmpadas; e 4.632 kg de equipamentos elétricos.
No quartel de Silves, foram
recolhidos 135 kg de lâmpadas; e 553 kg de equipamentos elétricos.
Como contrapartida por esta contribuição para a reciclagem, os bombeiros recebem 75 euros por cada tonelada recolhida, pelo que as 14 associações algarvias receberão
mais de 11 mil euros em prémios. Assim, os Bombeiros de Messines, com um total recolhido de 5.114 kg, irão receber 384 euros; enquanto os Bombeiros de Silves, com um total recolhido de 688 kg, recebem 52 euros.
O Prémio Regional Sul
(Beja e Faro) foi atribuído à Associação Humanitária de Bombeiros de Vila Real de Santo António e Castro Marim, que recolheu 60 toneladas. A nível nacional, foi para os Bombeiros de Amarante o primeiro prémio, um veículo ligeiro de combate a incêndios Nesta sétima edição do Quartel Electrão, que decorreu de janeiro a novembro de 2022 e que teve como parceiro a Liga dos Bombeiros Portugueses, foram reunidas 8 toneladas de pilhas, 39 toneladas de lâmpadas e 2.247 toneladas de equipamentos elétricos usados.
“Os bombeiros contribuíram para a recolha de 10% do total dos equipamentos elétricos enviados para reciclagem, um valor que aumenta para 13% se falarmos na rede de recolha própria do Electrão, o que é muito significativo”, destaca o diretor-geral adjunto do Electrão, Ricardo Furtado.
Esta é uma parceria também muito valorizada pela Liga dos Bombeiros Portugueses.
“Em primeiro, pelo facto de reforçar a componente ambiental que está sempre associada aos bombeiros. Em segundo, pelo impacto positivo gerado pela própria socieda-
de civil e empresas que entregam equipamentos antigos para ajudar os bombeiros. Por último, mas obviamente não menos importante, pela oportunidade que dá aos bombeiros de se equiparem”, realça o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes.
A oitava edição do Quartel Electrão já arrancou, em janeiro de 2023, e vai terminar a 30 de novembro. Quem quiser contribuir, basta entregar estes equipamentos nos quartéis de Messines ou de Silves.
Encontra-se aberto até ao próximo dia 12 de março o período para inscrição de expositores na XXV Feira do Folar de São Marcos da Serra.
O evento promovido pela Câmara Municipal de Silves decorrerá entre os dias 7 e 9 de abril de 2023.
“Podem inscrever-se exposi-
tores das áreas da produção de folar, panificação, doçaria regional, produtos endógenos e regionais (licores, aguardentes e mel), enchidos tradicionais, restauração, artesanato e ofícios tradicionais (latoaria, olaria, trabalhos em cana, cortiça, entre outros) do concelho e Instituições Particulares de Solidariedade
Social, sendo dada preferência a produtores de folar”, informa a autarquia. As candidaturas devem ser efetuadas por correio eletrónico, através do endereço feiradofolar@cm-silves.pt, podendo ainda ser entregues presencialmente no sector de Turismo da CMS, no horário das 9h às 17h, ou na Junta
de Freguesia de São Marcos da Serra, entre as 9h e as 16h, devendo ser entregue junto à ficha de inscrição, cópia do licenciamento de atividade. Os critérios de seleção, a ficha de inscrição e as normas de participação estão disponíveis no site da Câmara de Silves.
OMunicípio de Silves em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), encontra-se a realizar várias ações de silvicultura preventiva no concelho.
No âmbito das ações previstas pelo serviço de Proteção Civil e Florestas (SPCF) para o ano de 2023, encontra-se, neste momento, em execução um troço de Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível (RPFGC)
na zona da Carrapateira/ Monte da Zorra em São Marcos da Serra e São Bartolomeu de Messines através das equipas de sapadores florestais do Município e da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines.
“Esta operação incide numa área historicamente percorrida por incêndios, esperando-se com a intervenção compartimentar o território e evitar a propagação de grandes incêndios florestais; facilitar a circulação de meios
de socorro; e a evacuação das populações”, informa a Câmara Municipal.
Estão envolvidos nesta ação, 12 sapadores florestais auxiliados por meios mecânicos e moto-manuais do Município de Silves e da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines “numa já profícua parceria entra as duas instituições que trabalham de forma integrada e conjunta, otimizando assim os recursos disponíveis”.
AAssociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São
Bartolomeu de Messines comemora, no dia 8 de março, o seu 46 º aniversário.
A festa de comemoração irá decorrer no dia 11 de março (sábado), com início às 8h, com uma alvorada, com toque de sirene, em saudação à população. Pelas 8h30 haverá o hastear das bandeiras no quartel. Segue-se, às 9h, um exercício/simulacro no Jardim Municipal. Pelas 12 horas, os bombeiros cumprem a
habitual romagem às campas dos bombeiros e dirigentes falecidos. Às 15h, haverá uma formatura geral no quartel, com a escola de estagiários de 2023, seguindo-se a cerimónia de receção às entidades convidadas e a entrega de promoções e condecorações.
A bênção das novas viaturas está prevista para as 17h15, terminando a festa com um lanche convívio.
Bombeiros têm eleições
No dia 25 de março, irão realizar-se as eleições para os
corpos sociais para o triénio 2023/2025. A Assembleia Geral está marcada para as 14 horas e nela será também apreciado e votado o Relatório de Contas do ano 2022. O acto eleitoral encerra às 18h30. Podem votar todos os sócios que efetuem o pagamento das quotas até às 18h do dia 24 de março.
As listas concorrentes deverão dar entrada na secretaria da Associação até às 16h do dia 17 de março de 2023.
Numa iniciativa promovida pelo Município de Silves, terá lugar, em São Bartolomeu de Messines, no dia 8 de março - Dia Municipal de João de Deus - a cerimónia comemorativa dos 193 anos do nascimento do poeta e pedagogo.
O Município de Silves convida todos a participarem neste programa, com “o objetivo de homenagear João de Deus, um filho da terra de reconhecido mérito nacional, que será para sempre recor-
dado como uma das mais eminentes figuras do seu tempo e de toda a literatura e pedagogia portuguesas.”
O programa das comemorações é o seguinte:
8 de março
9h30- Formatura com Guarda de Honra- Junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários de SB Messines;
10h- Momento evocativo, com deposição de flores junto à estátua de João de Deus;
17h- Na Casa-Museu João de Deus: Sessão de lança-
mento da 2ª edição do Prémio Nacional João de Deus 2023/ Literatura InfantoJuvenil; Leitura encenada da fábula “A cigarra e a formiga”, pelos alunos do Jardim-Escola João de Deus; Apontamento musical, por Xelbtun
21h30- No Auditório do Crédito Agrícola: Concerto Poesia Homónima, por Júlio Resende e Júlio Machado Vaz 10 e 11 de março Na Herdade Barranco do Vale: Jazz nas Adegas espe-
cial João de Deus, com Filarmónica Jazz Combo, 21h – dia 10 de março; 17h dia 11 de março; 17 de março 21h30- No Auditório do Crédito Agrícola: Lado B com Ana Laíns.
18 de março Passeio Cultural Lisboa, Lugares de João de Deus: pela Casa Museu João de Deus, Museu João de Deus Bibliográfico, Pedagógico e Artístico e Panteão Nacional (passeio com inscrição prévia)
ACâmara Municipal de Silves entregou, no dia 3 de março, à Associação de Pescadores de Armação de Pêra um trator, dotado de vários acessórios e equipamento a acoplar.
“O investimento autárquico na ordem dos 108 mil euros foi objeto de financiamento comunitário através do Programa Operacional 2020, que comparticipou com 88 mil euros”, informa a Câmara de Silves.
A autarquia faz ainda notar
que “assegurou, previamente, a construção de uma casa de abrigo em madeira para o novo equipamento, cujo investimento ascendeu a 24 mil euros.”
“Faz parte da estratégia do Município de Silves o apoio constante à comunidade piscatória de Armação de Pêra através da sua Associação, visando a defesa e valorização da pesca artesanal, dos seus pescadores e da economia local”, conclui a nota.
Situada numa pequena elevação, a cerca de 1Km a Oeste da vila de S. Bartolomeu de Messines, a ermida de S. Pedro tem uma história mais antiga do que geralmente é referido e repleta de motivos de interesse. As diversas publicações e inventários do património concelhio apontam, invariavelmente, para a fundação da ermida no século XVIII, considerando as suas características arquitectónicas e a notícia da sua existência nas Informações Paroquiais de 1758.
Ora, num esquecido conjunto de artigos de José Pinheiro Rosa, publicados no “Correio do Sul”, entre 1 de Junho e 13 de Julho de 1967, sob o título “São Pedro na Arte Religiosa do Algarve”, e republicados, em 1992, na edição de autor “Crónicas, Viagens e Outras Engrenagens”, pp. 263-294, fomos encontrar duas preciosas informações
sobre a ermida de S. Pedro, nos séculos XVI e XVII. A primeira notícia, de que há conhecimento, consta de um livro de visitações do Bispado do Algarve, com data de
1599. A segunda notícia é de 1675, noutro livro de visitações, com uma nota de que a ermida “estava entregue a mancebos solteiros”.
Recentemente, num folheto do projecto “Via Algarviana”, fomos encontrar a informação de que no interior da ermida se pode observar uma pia de água benta manuelina, não sendo por enquanto possível confirmar se é original ou se trata de uma reutilização.
Uma sugestiva via de investigação sobre o sítio de S. Pedro e a ermida ali edificada poderá ser a de tentar verificar se existe alguma relação com um hipotético santuário romano do séc. III que o enorme pedestal de uma estátua prateada de- dicada a Júpiter Óptimo Máximo parece indiciar (cf. José d’Encarnação, Sobre a Epigrafia Romana do Algarve, in Xelb 4, Silves, 2003, pp. 158-160).
O pedestal, actualmente no Museu Municipal de Silves, por cedência do Museu Regional de Évora, em 1990, foi encontrado em finais do séc. XVIII ou inícios do séc. XIX,
INSTALAÇAO DE ARMAZEAMENTO DE PRODUTOS DE PETRÓLEO/ POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS
Processo CAC 2292
Faço saber que Petroneto – Comércio de Combustíveis, Lda, pretende obter licença para uma instalação de combustíveis destinada a venda em S. Bartolomeu de Messines – Estrada Nacional nº 124 – Km 33+538 (LD), freguesia de S. Bartolomeu de Messines, concelho de Silves e distrito de Faro.
A referida instalação encontra-se abrangida pelas disposições do Decreto- Lei nº 267/2002, de 26 de novembro, com as alterações constantes no Decreto-Lei nº 195/2008, 6 de outubro, que estabelece os procedimentos de licenciamento das instalações de armazenamento de produtos derivados do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis e pelos respetivos regulamentos de segurança.
Em conformidade com a disposição do nº 9, da Portaria nº 1188/2003, de 10 de outubro, são convidadas as entidades singulares ou coletivas a apresentar, por escrito, para esta Direção Regional, dentro do prazo de 20 dias, a contar da data de publicação deste edital, as suas reclamações contra a concessão da licença requerida pela entidade acima indicada e com a seguinte constituição:
nas proximidades de S. Bartolomeu de Messines, perto da ermida de S. Pedro ao que se supõe. Todavia, até ao presente, não foram detectados vestígios arqueológicos significativos de estruturas construtivas da época romana naquela área. Há uma informação, bastante antiga, que refere o achado de fundos de ânfora e que outro “mobiliário encontrado junto à capela de S. Pedro, em Messines, ao amanhar-se uma terra para sementeira, acusa a existência de um centro agrícola de cultura variada e selecta” (Monsenhor Botto, Glossário Crítico…, 1899, p. 8). Apesar dessa escassez de testemunhos, não será de descartar a possibilidade de existir uma memória da sacralização do lugar, considerando até que na cristianização de lugares pagãos, o culto de S. Pedrose implantou em “villae, geralmente com larga diacronia”e em “zonas de passagem, de transição”, “próximo de bons solos agrícolas” (André Carneiro, Sobre a Cristianização da Lusitânia… , 2009, p. 210). Curiosamente, a muito arruinada ermida de S. Pedro, em Silves, de origem presumivelmente medieval (J. D. Garcia Domingues, Ermida
de S. Pedro – Silves, in O Mirante, nº 10, 1996, pp. 2326) situa-se perto de uma via romana, hoje aterrada. Voltando à ermida de S. Pedro, em S. B. Messines, depois das primeiras referências, atrás citadas, torna a ser mencionada, em 1712,
do Senhor S. Pedro”. Em 1795, foi visitada pelo bispo D. Francisco Gomes do Avelar que a “encontrou reparada de fresco”. Em 1864 (data sobre a porta), teve novas obras de restauro e reedificação, a cargo da Junta de Paróquia. Num inventário dos foros à paróquia, em 1877, o foreiro da terra chamada “Cerca de S. Pedro” pagava anualmente 900 réis. No século XX, prosseguiu com uma certa regularidade o culto a S. Pedro na vetusta capela, realizando-se missas com frequência mensal, quando possível, e os festejos do santo patrono a 29 de Junho.
Beneficiou de obras de restauro em 2013 e a própria imagem de S. Pedro também foi restaurada, sendo-lhe restituídas as chaves que, em 2000, já não apresentava (Francisco Lameira, Inventário Artístico do Algarve, vol. XV, pp. 238-239).
pelo bispo António Pereira da Silva, no “Livro para me Orientar no Governo do Episcopado”, e no Arquivo Paroquial de S. B. Messines conserva-se um “Livro de Registo das Contas de Receita e Despesa da Confraria
A imagem de S. Pedro Apóstolo é um belo exemplar da estatuária de madeira do século XVII, com 108cm x 42 cm, de autor desconhecido, talvez de uma oficina regional, e com alguma afinidade estilística com a imagem de S. Bartolomeu que se encontra no retábulo da capela-mor da igreja matriz.
Carlos OliveiraDiretor de Serviços de Combustíveis
Por Subdelegação de Poderes, conforme Despacho nº 9256/2019, publicado no DR nº 197, II Série, de 14.10.2019
(Publicado no jornal Terra Ruiva, Edição nº 252, de 07 de março de 2023)
Mialves – nome artístico de Miguel Peixoto Alves - apresentou recentemente o seu último espetáculo: Des/Aparecido. A estreia foi no Teatro Mascarenhas Gregório, com a sala cheia, a mostrar que, apesar da sua juventude, a “coisa” está a começar a ficar séria. E, no que depender de Mialves, a magia vai ser o seu percurso principal.
Éo próprio que o conta, no início dos seus espetáculos. O interesse pela magia começou aos 9 anos, quando lhe foi oferecida uma “caixa de magia”. O passar dos anos apagou a recordação de quem terá oferecido aquela pequena caixa, mas o interesse em fazer truques e passes de encantar persistiu.
Hoje, com 19 anos, aluno do Curso Multimédia na Escola Secundária de Silves, a vida de Miguel Alves reparte-se entre a escola e a magia. Nesta arte, como em todas as outras, o talento não basta. É necessário muito trabalho e dedicação, pelo que os treinos são praticamente diários. Além de praticar e de estudar o trabalho de outros mágicos, Mialves já começou a criar os seus próprios truques, sendo
que dois deles fazem parte do seu novo espetáculo. O espetáculo Des/Aparecido denota uma grande evolução para quem tem acompanhado o percurso de Mialves. Este, que começou numa mostra de talentos em São Bartolomeu de Messines, em 2014, por ocasião da Festa das Tradições, passou depois por várias apresentações de Silves Alegria do Natal e outras em clubes e coletividades, chegando agora a um ponto de mais confiança que lhe permite experimentar outros domínios.
“Em relação ao primeiro espetáculo, este último é diferente, já tenho uma pessoa a ajudar-me em palco, com a produção, o que me retira alguma preocupação, e os números são mais complicados”, diz Mialves.
Por outro lado, este espetáculo integra música e humor, que tem resultado muito bem, a nível da reação do público (e que a autora destas linhas confirma por ter assistido). A sua inspiração, conta Miguel, vem do mágico argentino Agustin Aristarán, conhecido como Soy Rada, que é humorista, músico e mágico.
E tal, como Soy Rada, Mialves cria magia, canta e intercala momentos de boa disposição, neste espetáculo, até ao final em que se revela que tem uma “cafeteira mágica” capaz de adivinhar os pensamentos de pessoas do público.
Para Mialves foi importante criar um segundo espetáculo bem diferente do primeiro, no qual fechava com um número com cartas, e mos-
trar que “não faço só cartas”, mas adianta que ainda está num processo de progressão, a trabalhar em detalhes que podem melhorar a experiência do espetador. “Encontrar a solução certa” para cada truque é o seu desejo, o que implica “estudar e aprender mais”.
No seu futuro, imagina-se a seguir a carreira de mágico, não obstante as dificuldades que facilmente se adivinham. O trabalho como consultor para outros mágicos é também uma possibilidade. No fundo, deseja continuar envolvido nesse mundo que descobriu aos 9 anos, dentro de uma pequena caixa. Para o alcançar, além do trabalho diário é necessário, diz, “ter paixão pela magia”. Nos seus espetáculos fala também da importância de todos ter-
mos sonhos mas, com grande realismo, aponta quatro ideias/palavras indispensáveis à concretização desses sonhos:
mistura de alguma “jogada de marketing” pois que também não se pode descurar a vertente do espetáculo e da sua promoção.
Com certeza não por acaso, no espetáculo de Mialves este canta (com grande sentido de humor), uma “canção do Homem Aranha” e repete o lema emblemático deste super herói “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Uma máxima que se aplica também às pessoas comuns e à carreira que Mialves quer seguir, sendo que este é um trabalho de grande exposição pública, que exige igualmente que arrisque e que mostre um progresso contínuo. Tudo isso, à
Como inspiração nacional, Mialves aponta o ilusionista Mário Daniel, conhecido autor do programa “Minutos Mágicos”, da SIC, que se estreou aos 14 anos no Natal dos Hospitais. Quanto a Mialves, para já, está a apostar no desenvolvimento das suas capacidades musicais, para aperfeiçoar essa parte do espetáculo e a testar as suas capacidades de humorista. E em levar o seu espetáculo a mais pessoas e lugares. Não é preciso exclamar abracadabra para adivinhar o futuro…. sempre com mais esforço e empenho de quem sabe que nasceu para a magia.
Texto: Paula Bravo Fotos: Mialves
Geografias do Olhar Prof. Universitário
António Guerreiro
Em março, a primavera, no hemisfério norte, está para chegar, mas a paz na Ucrânia, infelizmente, não. Antecipo aquilo que é logicamente previsível, mas não consigo acertar com
rigor no incerto. É uma das principais diferenças entre o mundo físico, regulado pelas leis da natureza, e as vontades dos homens, a par dos desígnios dos deuses, desreguladas pela improbabilidade dos acontecimentos. Tudo é improvável até se provar o contrário.
A luminosidade dos dias cresce, a certeza de uns dias amenos de primavera já rareia, por experienciar, nos últimos anos, uma mudança repentina entre o tempo frio de outono/inverno e o tempo
quente de primavera/verão. Pelo menos assim, poupamos nas vestimentas de meia estação, mas ficará por vestir aquele casaco impensável no verão e pouco aconchegante no inverno. Para mim, um dos principais problemas são os casacos.
O Algarve tem destas coisas, é difícil usar uma variedade de roupagens para diferentes climas, para as diferentes estações do ano. Aqui, ultimamente, ou estamos no nosso inverno, mais ou menos ameno, ou no nosso verão,
mais ou menos escaldante. Ficamos sempre no mais ou menos, mas nunca na primavera nem no outono meteorológico. Nunca num tempo ameno para os passeios familiares e os piqueniques de um maio primaveril.
Outrora, na Roma Antiga, março era o primeiro mês do ano, em alusão a Marte, deus da guerra, início de uma nova temporada das campanhas militares, por isso a minha pouca crença num terminar das guerras de assolam a Europa e o mundo, não só nas
martirizadas Ucrânia e Síria. Em diferentes eras e regiões do planeta, o início coletivo era, e ainda é, em março, mas, em todos as épocas e lugares, o início individual é sempre quando um novo ser humano nasce, mesmo em tempos de guerra. E a cada ano, que se repete a singularidade desse momento, sentimos que algo em nós pode sempre principiar de novo. A nossa vida é, assim, uma infinidade de novos começos, até ao esperado, mas evitado, instante do fim.
Um recomeço de paz para a
Ucrânia, para todos os povos, nesta época em que a vida renasce, quando todos nós já entranhamos os sons e as imagens de guerra, abrangendo os próprios martirizados, e a situação trágica de milhões de pessoas por todo o planeta, incluindo aqueles que morrem a cruzar as linhas fronteiras, de terra, de mar ou de preconceito, imaginadas e desenhadas por cada um de nós.
Por falar em março, as águas de março fechando o verão, mas isto é no hemisfério sul.
Cuidar da saúde psicológica dos trabalhadores torna-se cada vez mais uma prioridade, se as empresas querem ter pessoas produtivas e empenhadas e organizações de sucesso.
A Organização Mundial de Saúde define a Saúde Psicológica como ‘o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face ao stresse normal da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e pode contribuir para a comunidade em que se insere’ (OMS, 2022).
Um Local de Trabalho Saudável é assim, aquele em que todos os membros da orga-
nização (empregadores, gestores e trabalhadores) cooperam com vista ao melhoramento contínuo dos processos de proteção e promoção da saúde, da segurança e do bem-estar.
A falta de Saúde Psicológica no trabalho e os riscos psicossociais não têm apenas um custo humano, mas também um impacto imenso na sociedade e na economia.
A perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por stresse e problemas de Saúde Psicológica pode custar às empresas portuguesas até €5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o governo gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19), uma vez que se estima que, em Portugal, os/as trabalhadores/as faltem, devido ao stresse e a problemas de Saúde Psicológica até 8 dias por ano e o presentismo possa ir até 15,8 dias.
Segundo Relatório “Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Pro-
blemas de Saúde Psicológica no Trabalho”, divulgado recentemente pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, estima-se que os trabalhadores faltem 7,4 dias por ano devido ao stresse e a problemas de saúde psicológica.
Em 2022, o absentismo custou 1,8 mil milhões de euros às empresas portuguesas. O presentismo (quando os trabalhadores estão no seu local de emprego, mas têm um desempenho abaixo das suas capacidades) teve um custo de 3,5 mil milhões de euros. No total, os custos indiretos rondam os 5,3 mil milhões por ano.
A perda de produtividade pode custar às empresas portuguesas até 1,4% do seu volume de negócios. A prevenção e a promoção da Saúde Psicológica e do bem-estar nas empresas portuguesas podem reduzir as perdas de produtividade pelo menos em 30%, resultando numa poupança de cerca de 1,6 mil milhões de euros por ano.
Estes dados, mesmo que não abrangendo todos os setores
de atividade, pois não estão incluídas as empresas financeiras e a administração pública, e referem-se apenas aos custos indiretos do stress e dos problemas de Saúde Psicológica (absentismo e presentismo), colocaram em evidência a relevância da Saúde Psicológica e do bem-estar dos/das trabalhadores/ as e o seu impacto no sucesso e sustentabilidade das organizações. A construção de locais de trabalho promotores da saúde física e psicológica deve definitivamente ser considerado um investimento e não um custo para as organizações.
“ As medidas essenciais para a construção de Locais de Trabalhos Saudáveis implicam o envolvimento de psicólogos e psicólogas que, para além do seu papel na Saúde Ocupacional, desempenham um papel estrutural e estratégico nas organizações, através da consultoria e assessoria às lideranças no que diz respeito às estruturas e processos de trabalho, ao desenvolvimento organizacional, aos processos de mudança e comunicação, aos sistemas de organização do trabalho, às políticas
sociais e de sustentabilidade, à cultura organizacional, bem como ao desenvolvimento das competências dos recursos humanos (incluindo as lideranças).”, conforme mencionado neste relatório. A investigação científica demonstra amplamente os efeitos adversos dos Riscos Psicossociais e dos problemas de Saúde Psicológica para as organizações nomeadamente no que diz respeito: À diminuição da motivação, desempenho e produtividade; do compromisso dos trabalhadores/as com a organização e o trabalho; da imagem e reputação positivas da organização; Ao aumento do absentismo, presentismo e dos custos de saúde; Ao aumento dos conflitos no trabalho (os/ as trabalhadores/as perdem, em média, um dia por mês a lidar com estes conflitos); dos acidentes por erro humano; da rotatividade das/os trabalhadoras/es e intenção de sair da organização.
Promover a Saúde Psicológica e o bem-estar é assegurar condições base para o trabalho, é garantir que as pessoas estão integradas nos seus lo-
Enfrento a inteligência artificial com a minha estupidez natural.
Não tenho outro remédio.
Sou um navegante aselha da internet. Não sei nadar. Para me não afogar, ponho os pés em terra. Afasto-me do mundo virtual. Recolho à caverna.
Só que o mundo não aceita vida de eremita. Visita-me. Encalha em mim. Desinquieta-me.
Vem pela mão da Microsoft. Esta imperatriz global,que manda nos dias de quase toda a gente, acrescentou um chatbot ao seu motor de busca Bing. A mania que tenho de aportuguesar a língua do Shake espirra fez-me acreditar que a Microsoft é a Macia pequenina e o chatbot um bote de chatos. Errado. Saí da caverna. Não resisti à
curiosidade.Fui ver. Nas novas tecnologias um chatbot é uma poderosa ferramenta que permite conversar em linguagem natural por meio de aplicativos de mensagens, sites e outras plataformas digitais.
O interlocutorvirtual – que é tudo menos virtuoso - responde por diretrizes pré-programadas ou de inteligência artificial. Um chatbot pode otimizar atendimento a clientes, campanhas de marketing e até impingir-nos produtos de que não precisamos. Vender, vender muito e sacar-nos o nosso dinheirinho, sim, real mesmo. O que nos faz suar as estopinhas para pagar a renda da casa e a assinatura da internet.
Despindo melhor o interlocutor, o chatbot é um software (loiça macia, traduzido à pressa) que conversa com uma pessoa de maneira natural, rápida e assertiva. Ficamos banzados. Até os mais desconfiados, tal a rapidez, acreditam no natural e no assertivo. De imediato, somos levados a reconhecer- o gajo tem razão!
Os novos chatbots aprendem analisando infinitas
quantidades de texto digital retirado da Internet. O seu conteúdo é, em grande parte, falso, peçonhento ou manho- so. À medida que absorvem nossas palavras e nos respondem de volta, os chatbots podem reforçar e ampliar as nossas próprias crenças e, ao mesmo tempo, persuadem-nos a acreditar no que dizem.
Quando encetei a conversa com o bote da Macia pequenina, perdão, da Microsoft, percebi que fornecia informações falsas sobre a vida de uma jovem cantora que admiro, a Billie Eilish. Confrontei-o com as mentiras. Irritou-se. Foi malcriado comigo.
Estranhei o comportamento. Fiquei nervoso. Teria sido minha a culpa de o confrontar com perguntas incómodas? Talvez.
Ao conversar com um chatbot, o bot vai desenhando tudo o que assimilou da internet. Retém integralmente o que lhe digo e o que me responde. Adivinha a próxima palavra no longo texto que inclui as minhas palavras e as dele. Quanto mais demorada a conversa, maior in-
fluência exerço involuntariamente sobre o que o chatbot vai dizendo. Se quero que ele fique enraivecido ou ameaçador, fica mesmo. Quantos de nós, estúpidos naturais, não temos prazer em irritar alguém?
As reações sobressaltadas ao comportamento do chatbot da Macia pequenina, perdão, da Microsoft, escondem o mais importante - o chatbot não tem personalidade. Ele oferece resultados imediatos que vomita de um algoritmo extremamente complicado do computador. Algoritmo vertiginoso que nos vai formatando a cabecinha, sem que nos apercebamos dos patinhos que estamos a ser.
Em combates pueris, a minha estupidez natural nunca irá ganhar contra a inteligência artificial. E fico a mastigar remorsos.
Quem me mandou meter com ela, a fascinante inteligente artificial, se a sua frieza polar não verte uma pontinha de emoção?
A minha estupidez natural leva-me a imaginar que se tornará definitiva e irreparável esta cavalgada furiosa,
cais de trabalhos e na sociedade, e se sentem cooperantes, produtivas e realizadas. Organizações bem-sucedidas e sustentáveis têm de priorizar o pilar Social, assumindo responsabilidade pelo Bem-Estar dos/das seus/suas trabalhadores/ as, adaptando as suas políticas e práticas organizacionais para promover a Saúde Psicológica, os Direitos Humanos, a Ética Organizacional, a Diversidade, Inclusão e Equidade. Na próxima edição continuaremos a abordar este tema, refletindo sobre estes dados e outros que os alertam para a importância de se promoverem mudanças urgentes, pelo bem de todos nós, das organizações e da sociedade em geral.
Fonte: Ordem dos Psicólogos Portugueses (2023). Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho, em Portugal. Lisboa. Partilhe as suas opiniões e ideias – helenamapinto@ gmail.com
nomeadamente na informação, substituindo jornalistas por sistemas de inteligência artificial, como o novo ChatGPT, pertencente à novíssima Open AI. Só nos últimos dois meses, este ChatGPT, capturou mais de 100 milhões de utilizadores. Axel Springer, o maior grupo de media alemão, dono dos jornais alemães Bild e Die Welt, quer transformá-lo numa “empresa de comunicação puramente digital”. Muito conveniente. Despeja no desemprego milhares de jornalistas. E a automação e a inteligência artificial farão o serviço sujo, empurrando para a inutilidade todos os que sustentam a produção jornalística.
O meu portátil não é melhor que o meu computador de secretária que docilmente se ajoelha à Macia pequenina. Ostenta uma maçã roída que se ilumina quando o abro. Parece insinuar que o pecado mora na ponta dos meus dedos. E que devo acreditar em tudo o que o interior da maçã, quiçá podre, me mostra.
No futuro, que está aqui ao virar da esquina, os novos chatbots têm o poder de
tornar as pessoas mais eficientes, trabalhando melhor e mais depressa. Mas também nos podem empurrar para lugares sombrios onde a liberdade de pensar e viver será vista como um crime. Os oleiros das consciências não descansam. Estão sempre à coca para chegar ao poder.
Vou tentando resistir à lavagem da minha pobre massa cinzenta com as armas arcaicas da estupidez natural.
Ainda me permitiram compreender a grande influência que tiveram na vitória de Trump, Bolsonaro ou do Brexit. E que continuam a ter, cada vez mais, no silenciamento e manipulação das cabecinhas apáticas, um pouco por todo o mundo.
Navegante bronco da internet, como sou, pouco mais posso fazer. Viagens de cabotagem, sempre com a costa à vista. Lançar as amarras quando o perigo assoma. E saltar borda fora. Mais vale morrer em terra do que nos braços invisíveis de um algoritmo.
Aurélio Nuno Engenheiro do ambiente
Odecreto n.º 88/73, que consagrou a elevação de São Bartolomeu de Messines a vila, foi publicado em Diário do Governo a 7 de março de 1973. Mas tal não impediu que os messinenses festejassem, uns dias antes, aquele momento sublime, logo assim que tomaram conhecimento que o presidente da República o promulgara a 2 do mesmo mês.
Segundo o «Diário de Notícias», eram: 20:30 quando os sinos tocaram a rebate e começaram a estalejar no ar dezenas de foguetes e «não tardou que no largo da igreja da nova vila, se juntassem milhares de pessoas, que euforicamente se aliavam ao júbilo das entidades locais», noticiava aquele periódico, na edição de 3 de março.
de Messines não deixaram de tributar entusiásticas ovações ao tenente-coronel Jorge Vargas [o portador da missiva e da boa nova], às autoridades concelhias e distritais e ao Governo da Nação, que apoiaram a Junta de Freguesia para que se materializasse este velho sonho», lê-se também no DN. Finda a sessão, a festa prolongou-se pela noite dentro.
O decreto, publicado a 7 de março, como já referimos, fundamentava-se em vários considerandos, desde logo «o grande desenvolvimento demográfico», depois que «a povoação sede da freguesia é servida por boas vias de comunicação, incluindo caminho de ferro, e está dotada de instalações de distribuição domiciliária de água e energia eléctrica e de rede de
do Interior a visitar S. B. de Messines, em data oportuna, e a entregar aqui oficialmente, em pergaminho, o alvará de elevação a vila. Cerimónia que veio a realizar-se em outubro daquele ano. Malogradas que tinham sido a elevação a vila e a sede de concelho em 1914, e posteriormente no Código Administrativo de 1936, ou ainda as diligências efetuadas na década de 1940, sem deixarmos de evocar outra tentativa de 1791, a elevação a vila era o corolário da ação determinada dos messinenses, a partir da década de 1950.
Ainda de 1929 vinha a frustração da colocação do busto a João de Deus em Faro, inaugurado em 1930, ao invés de ter ficado em S. B. de Messines como primeiramente se aventou. Ora, é justamente com o objetivo de dotar a aldeia com um monumento ao filho pródigo que os messinenses se vão unir. Assim, no carnaval de 1957, foi organizada a primeira batalha de flores, para angariar dinheiro para esse fim, iniciativa que se repete nos anos seguintes. A 8 de março de 1964 o monumento era não só uma realidade, como foi oferecido pelo Ministério das Obras Públicas.
Conquanto, as forças vivas da terra não desmobilizaram. Embora as dificuldades fossem muitas elas tornaram-se desafios, de tal forma que para as gentes de Messines parecia não haver impossíveis.
Por essa altura ficou conhecido o lema da terra: «Messines é assim», e com ele se respondia à perplexidade e admiração de todos aqueles que ficavam atónitos com as conquistas locais, as quais causavam cobiça a muitas sedes de concelho.
transformara-se num grande pólo comercial e industrial, assente, entre outras, nas empresas Teófilo Fontainhas Neto e Ramiro Cabrita & Irmão, que empregavam largas centenas de pessoas. Os Estabelecimentos Teófilo
destinado aos trabalhadores e famílias. Não havia, pois, como o Estado negar a elevação a vila de S. B. de Messines, o incremento e atividade económica, social e cultural que a freguesia detinha eram inegáveis e raras no contexto
Para logo complementar: «velha aspiração de muitas dezenas de anos, agora tornada realidade».
Formaram-se de imediato dois cortejos, um de automóveis, buzinando incessantemente, e outro a pé, que percorreram todas as ruas da localidade, concentrando-se depois junto à estátua de João de Deus, de onde seguiram para o cinema. Durante o trajeto a pé foi cantado, em coro, o «hino da vila», um poema de João de Deus, de acordo com o jornal «O Século». No cinema decorreu uma «informal sessão», na qual intervieram o presidente da Junta, Francisco Vargas
Mogo e Teófilo Fontainhas
Neto, os quais «enaltecendo as qualidades do bom povo
saneamento», bem como o «notável incremento industrial e comercial», e por fim «que nela existem diversas instituições de interesse público e colectivo, de natureza social, educacional, cultural e económica», sem esquecer o parecer concordante das autoridades distritais, do Ministro do Interior, Gonçalves Rapazote, presidente do Ministério, Marcelo Caetano e do Presidente da República, Américo Tomás.
A 5 de março uma comissão de messinenses, composta pelo tenente-coronel Jorge Vargas Mogo, Dr. Cabrita Carneiro, Eng. Ambrósio
Neto, José Inácio Martins, Francisco Vargas Mogo e Américo Avelino Carrajola Ramos, convidava o ministro
Erigido o monumento a João de Deus, os esforços são dirigidos para uma outra «utopia», que remontava a 1922, um Jardim- Escola. É certo que Faro ambicionava a sua construção e vinha a efetuar diligências nesse sentido. Por S. B. de Messines, estabelecido o objetivo aí por 1968, o mesmo foi solenemente inaugurado em 1972, a 8 de março, como não podia deixar de ser (já os farenses tiveram de aguardar por 1986). Dia grande na terra, com a inauguração do novo cinema, com mais de 400 lugares, do edifício da Sociedade de Instrução e Recreio, e lançada a primeira pedra para o pavilhão da Casa do Povo.
A par de tudo isto, a aldeia
Fontainhas Neto construíram mesmo um Centro de Alegria no Trabalho (1971),
nacional. É certo que a não promoção a sede de concelho consti-
tuiu um travo amargo. Mas as forças vivas, da terra e da diáspora, não deixaram de lutar por uma corporação autónoma de Bombeiros, fundada em 1977, cujo quartel foi inaugurado em 1984, uma instituição bancária, como a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. B. de Messines e São Marcos da Serra (1979), o Centro de Dia (1992) e depois Lar de Terceira Idade, a Casa Museu João de Deus (1996) e até uma Escola Agrícola (1993) foi sedeada na vila. A par de tudo isto começou a ser organizada, em 1990, a Feira Popular, depois denominada Feira de Atividades Económicas (1994), a FAE. Foram tempos de grande audácia e envergadura. Volvidos 50 anos daquela data memorável, é tempo de reflexão. Se as décadas de 1950 a 90 foram de conquistas e concretizações, desde a viragem do milénio que temos vindo a assistir a alguma apatia. Nem a chegada da autoestrada, em 2002, logrou inverter o despovoamento da freguesia, que perde habitantes consecutivamente desde 1980, o número de eleitores já desceu inclusive abaixo dos 7 000. As infraestruturas com que ultimamente foi dotada não foram planeadas, como a localização do jardim ou o terminal de autocarros, ou ainda a amputação do vasto campo da feira, que em dias de certame fica sem estacionamento (justamente quando mais falta faz). Apesar da localização privilegiada da vila, só recentemente foi instalado um dispositivo público para carregamento de automóveis elétricos, facto que consideramos incompreensível. O Alfa Pendular não para na estação, apesar do longo cais construído em 2004 para o efeito. Também o poder de decisão local se tem vindo a perder, como sucedeu na recentíssima fusão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, grande financiadora das coletividades e eventos da terra. Por outro lado, a Escola Agrícola desapareceu, enquanto o comércio local atravessa dias difíceis. Meio século depois talvez esteja na hora dos messinenses se inspirarem no passado e com responsabilidade, traçar um outro rumo para o futuro da freguesia de São Bartolomeu de Messines. Mas, por agora felicitamos a «jovem» vila e prestamos homenagem a todos aqueles que, de uma ou de outra forma, contribuíram para esse feito sublime de há 50 anos.
A elevação de São Bartolomeu de Messines à categoria de «vila» há 50 anos e a atualidade!
Convoco todos os Srs. Associados do Centro Cultural e Social João de Deus de S. Bartolomeu de Messines, em pleno gozo dos seus direitos a reunirem em Assembleia Geral Ordinária, nas Instalações da Instituição sita na rua Dr. António Neves Anacleto – S. Bartolomeu de Messines pelas 20,30 Horas do dia 28 de março de 2023 com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto um: Apresentação, discussão e votação do Relatório de Contas e Parecer do Conselho Fiscal referente ao ano de 2022.
Ponto dois: Outros assuntos de interesse
Com base nos estatutos da Instituição, se à hora marcada na convocatória não estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto, esta funcionará meia hora depois com qualquer número de presentes.
Os documentos respeitantes a esta Assembleia-Geral estão disponíveis para consulta na sede da Instituição e nos locais legalmente previstos.
São Bartolomeu de Messines, 11 fevereiro de 2023
O Presidente da Assembleia Geral
CARLOS ALBERTO BORGES DOS SANTOS e MARIA MANUELA BORGES DOS SANTOS
Rua D. Diogo de Sousa, lote 34, 1º Esquerdo 8600-571 Lagos
REMAX Albufeira Smart – SKYIMAGE- Mediação Imobiliária Lda
Lic. AMI 7433 – A/C Paulo Boto
Rua das Telecomunicações, 8 B, 8200-184 Albufeira Tlf: 289 580 400 /Tlm 910614769 /Email:pboto@remax.pt * * *
COMUNICAÇÃO PARA EXERCÍCIO DE DIREITO DE PREFERÊNCIA DE PROPRIETÁRIOS CONFINANTES
Na qualidade de proprietários do prédio rústico composto de medronheiro, mato e sobreiros, sito em Talurdo, descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves sob o n.º 11685 e inscrito na matriz predial rústica sob o nº 1 da secção DH, freguesia de S. Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, vimos por este meio comunicar a V/Exa(s), que pretendemos vender o prédio acima identificado pelo preço total de €72.000,00 (setenta e dois mil euros), a CARLOS NUNO DE ALMEIDA RODRIGUES, a SANDRA IVONE BRAGA LOPES CORREIA e a MAFALDA LUÍSA BARBOSA PICÃO DE ALMEIDA OSÓRIO com o quem foi realizado Contrato de Promessa de compra e venda no dia 23 de Fevereiro com previsão de Escritura de compra e venda a realizar até ao dia 28 de Abril e, por tal facto, vimos por este meio notificar os interessados que sejam Proprietários Confinantes, para exercer o seu direito de preferência, querendo, no prazo de 8 dias, para exercer o seu direito de preferência, querendo. Caso seja intenção de V/Exa(s). exercer o direito de preferência, deverão fazê-lo através de resposta para o endereço ou para o telefone acima referidos dentro do prazo de 8 dias, prazo após o qual, não havendo qualquer comunicação, tal será entendido como não havendo interessados a exercer aquele direito, efetuando-se a venda a terceiros.
Local e data : São Bartolomeu de Messines, 23 de Fevereiro de 2023
Assinatura: P´los Paulo Antão
(Publicado no jornal Terra Ruiva, Edição 252, de 07 de março de 2023)
JOSÉ INÁCIO DOS SANTOS CABRITA e MARIA DE FÁTIMA CONCEIÇÃO NUNES
Rua Doutor António Elvas nº 27-1º
2810-167 Almada
REMAX Albufeira Smart – SKYIMAGE- Mediação
Imobiliária Lda
Lic. AMI 7433 – A/C Paulo Boto
Rua das Telecomunicações, 8 B, 8200-184 Albufeira
Tlf: 289 580 400 /Tlm 910614769 /Email:pboto@remax.pt * * *
Na qualidade de proprietários do Prédio misto composto de cultura arvense, sobreiros, oliveiras e mato, onde se encontra implantada uma moradia destinada a habitação com 4 compartimentos e logradouro, com área coberta de 62m2 e área descoberta de 178 m2, sito em Monte Mogo, 8375-216 São Marcos da Serra, freguesia de São Marcos da Serra, concelho de Silves, descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves sob o n.º 378 e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo nº 1698 e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo nº 4, secção FO, da referida freguesia, com a Declaração de Ruína nº SCE172096429, emitida a 05/04/2018, encontrando-se excluída do Sistema de Certificação Energética de acordo com o artigo 4º, alínea g) do Decreto-Lei nº 118/2013, de 20 de Agosto e com a Certidão Camarária emitida nos termos dispostos no nº 1 do artigo 38º do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação da Câmara Municipal de Silves atestando que o imóvel não dispõe de licença de habitabilidade em virtude da sua construção ser anterior a 07/08/1951, data da entrada em vigor do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei nº 38/382, de 07/08/1951, vimos por este meio comunicar a V/Exa(s), que pretendemos vender o prédio acima identificado pelo preço total de €75.000,00 (setenta e cinco mil euros), a AGUINALDO ALBERTINO PEREIRA DA MATA VERA CRUZ, com o qual foi realizado Contrato de Promessa de compra e venda no dia 26 de Janeiro de 2023, com previsão de Escritura de compra e venda a realizar até ao dia 5 de Abril, e, por tal facto, vimos por este meio notificar os interessados que sejam Proprietários Confinantes, para exercer o seu direito de preferência, querendo, no prazo de 8 dias, para exercer o seu direito de preferência, querendo.
Caso seja intenção de V/Exa(s). exercer o direito de preferência, deverão fazê-lo através de resposta para o endereço ou para o telefone acima referidos dentro do prazo de 8 dias, prazo após o qual, não havendo qualquer comunicação, tal será entendido como não havendo interessados a exercer aquele direito, efetuando-se a venda a terceiros.
Assinatura: José Inácio Santos Cabrita Maria de Fátima Nunes
(Publicado no jornal Terra Ruiva, Edição 252, de 07 de março de 2023)
Construções c/ Própria/Empreitadas
Escritório: Rua José Falcão, 9 - r/c -
8300-166 Silves - E-mail: finobral.lda@sapo.pt
No dia de fecho da nossa edição (5 de março) teve início junto à EB 2.3 de Armação de Pêra uma vigília de vários dias, a terminar no dia 8, com vários profissionais da educação acampados junto à escola.
A partir do dia 8, a vigília irá continuar em Silves, no Agrupamento de Escolas de Silves, segundo soube o Terra Ruiva, durante o protesto em Armação de Pêra.
O Mercado Municipal de Silves recebe, durante o mês de março, a exposição de fotografias antigas “Mulheres da Nossa Terra”.
A exposição é composta por cento e cinquenta fotografias de mulheres seniores das freguesias do concelho e resulta de um projeto de recolha de património imaterial iniciado nos Polos de Educação ao Longo da Vida.
O LADO B, evento promovido pela Câmara Municipal de Silves, regressa no dia 17 de março pelas 21h30, com Ana Laíns no Auditório Francisco Vargas Mogo, no Crédito Agrícola, em São Bartolomeu de Messines.
O início da vigília, organizada por “profissionais da educação” do Agrupamento de Escolas Silves Sul, teve lugar pelas 18h de domingo, dia em que se montaram as tendas onde vários passarão as noites, sendo que, pela manhã retomam as suas atividades letivas, cumprindo o horário e os serviços que lhes foram atribuídos. Segundo o professor Vasco Dantas, que falou ao Terra Ruiva, são 16 os profissionais, professores e auxiliares que irão pernoitar nas tendas à porta da escola, num protesto a que se juntaram alguns pais. Este é um movimento, como disse, feito com o objetivo de “despertar as outras escolas” e a comunidade.
O protesto juntou dezenas de professores e outros profissionais do Agrupamento de Escolas Silves Sul, mas também de outras escolas do concelho e da região, bem como representantes da comunidade, como o presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, e vários encarregados de educação.
No protesto, onde não faltou o “caixão” onde jaz a escola pública, foram feitas declarações no sentido de não desistir e apelos à união “A Escola Unida Jamais Será Vencida”, foi uma das frases ouvidas. Estes profissionais irão fazer intervenções em direto para as redes sociais “de modo a difundir a vigília para muitos pontos do país e do resto da Europa e Mundo” para “chamar a atenção para as condições que vivem no seu dia-a-dia enquanto profissionais da educação e o que os esperará no futuro.”
Um concerto de guitarra portuguesa, com Ricardo J. Martins assinala o 50º aniversário da Elevação de São Bartolomeu a Vila. O espetáculo será apresentado no dia 7 de março, pelas 21h, na Igreja Matriz de Messines. Neste, Ricardo J. Martins apresentará o seu novo disco “Escapismo”. A entrada é livre.
O evento é organizado pela Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines com o apoio da Câmara Municipal de Silves e Paróquia de Messines.
“Do lado do X” é o título da Exposição de Cerâmica de Autor e Azulejaria Personalizada que Lília Lopes apresenta na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense.
A exposição pode ser vista até ao final do mês de abril, de 3ª a 6ª feira, das 8h às 19h, e aos sábados e domingos, das 8h às 13h.
Um quarteto da Orquestra Clássica do Sul apresenta-se em concerto no dia 12 de março, às 18h30, na Igreja Matriz de São
Marcos da Serra
Serão interpretados temas de Missy Mazzoli, John Luther Adams e Antonin Dvorák de inspiração paisagística, em tributo às paisagens Norte-Americanas.
A iniciativa, promovida pelo Município de Silves, tem entrada livre.
Bojana Pantovik e Alma Ramirez (violinos), Ivetta Natzakya (viola) e Ana Luísa Marques (violoncelo) são os membros deste agrupamento de música de câmara.
Na Grécia Chamaram-lhe “Diva de um Fado Diferente”. Em França chamaram-lhe “Virtuosa do Palco”. Em Portugal, gosta de ser conhecida como “Cantora Colorida” e é considerada uma das mais bonitas vozes da Língua Portuguesa. Colorida pelas cores de um país que é a sua grande paixão, e que pintam a música de Ana Laíns desde 1999, ano em que se torna cantora profissional, após ter vencido a “Grande Noite do Fado” de Lisboa no Coliseu dos Recreios.
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos através da bilheteira online BOL em: https://cmsilves.bol.pt/ e nos locais habituais de venda com o custo de 10 euros. Podem, ainda, ser adquiridos no próprio dia do espetáculo, no local, a partir das 20h, caso haja disponibilidade de bilheteira.
A Revista à Portuguesa “Olha que duas”, tendo como cabeças de cartaz Florbela Queirós e Natalina José será apresentada no dia 26 de março, no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves.
O espetáculo, pela Companhia Sonhos em Cena, tem início pelas 15h30. A revista apresenta diversas rábulas onde se mistura a crítica social e política, a sátira, o humor e a atulidade, como é o caso de “apanhadas” (mulheres de banqueiros presas pelas ações dos maridos), “dissolvidas” (deputadas que perderam o mandato), “jejum inexistente” (um senhor obeso que aderiu a uma dieta estranha), entre outros momentos de gargalhadas.
Além da graça e do riso, o fado marca presença nas jovens vozes. Fados “orelhudos” e um medley de fados antigos são grandes destaques durante o espetáculo.
Com textos de Flávio Gil, Renato Pino e Luís Viegas, a revista apresenta também a recriação de dois textos de César de Oliveira e músicas de Carlos Dionísio. A produção está a cargo de Ricardo Miguel e João Baptista.
O Dia Mundial da Vida Selvagem, que se assinala a 3 de março, foi marcado pela libertação do 100º lince-ibérico nascido em Silves, no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI).
O lince foi libertado na natureza em Sierra Arana, Andaluzia.
Segundo uma nota do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o CNRLI, que foi inaugurado em 26 de outubro de 2009, já viu nascer 154 linces, sendo que uma grande parte destes tem vindo a ser libertada em diferentes locais da Península Ibérica.
O “Censo da população de lince-ibérico do Vale do Guadiana” relativo ao ano de 2022, em Portugal, confirmou a existência de mais de 30 fêmeas reprodutoras na população de lince-ibérico reconstituída a partir de 2015, instalada no Vale do Guadiana e, desde 2019, também no sotavento serrano Algarvio.
O lince-ibérico (Lynx pardinus) chegou a ser considerado a espécie de felino mais ameaçada do mundo, e ainda é uma das mais ameaçadas, mas, segundo o ICNF, “está a recuperar com a ajuda dos esforços de conservação de ambos os lados da fronteira”. “Atualmente, as 31 fêmeas reprodutoras confirmadas em território nacional asseguram a sustentabilidade desta população em Portugal, pelo que para se manter em crescimento já não depende de soltas anuais de vários exemplares nascidos em cativeiro”, assegura o ICNF.
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O Rallye Casinos do Algarve volta ao concelho de Silves, após 28 anos, naquela que será a primeira edição disputada na primavera.
Como informa a organização do evento, pela primeira vez nos seus mais de cinquenta anos de história, o Rallye Casinos do Algarve será disputado na primavera, mais propriamente a 30 de março e 1 de abril. Tendo mais uma vez o centro nevrálgico no Hotel Algarve Casino e o parque de assistência no recinto do parque de feiras e exposições (FATACIL) de Lagoa, a prova
terá este ano os concorrentes a disputá-la nos pisos de terra do município de Silves, que regressa 28 anos depois ao principal rali algarvio, com o percurso a utilizar parte dos antigos troços de Águas Frias e do mundial de ralis.
A parte competitiva começa na sexta-feira, dia 30 de março com o shakedown/qualifying stage em Lagoa e com a redesenhada super especial noturna de Lagos.
No sábado, o rumo é ao município de Silves, mais concretamente na direção das freguesias de S. Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra, onde os concorrentes irão disputar oito provas especiais de classificação, com uma visita por volta da hora de almoço ao parque de assistência em Lagoa. A prova encerra com a citystage de Portimão, com a cerimónia de pódio a ter lugar,
Banhos e tosquias
Domicílios animais de companhia e espécies pecuárias
mais uma vez, em frente no Hotel Algarve Casino. Pontuável para os Campeonatos de Portugal de Ralis, Clássicos de Ralis e 2 Rodas Motrizes, Campeonato Promo de Ralis e o Campeonatos Promo e Start Sul de Ralis, e detentor do selo verde enquanto evento sustentável da FPAK (benefi-
ciando da atribuição do selo de Ecoevento por parte da ALGAR), a prova estará limitada a 60 viaturas inscritas.
O Rallye Casinos do Algarve 2023 é uma organização do Clube Automóvel do Algarve, sob a égide da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, com o patrocínio da Solverde Casinos e
Hotéis, dos municípios de Lagoa, Lagos, Portimão e Silves e ainda do Medronhito do Caldeirão.
A prova pode ser acompanhada nas redes sociais do CAAL (Facebook, Twitter, Instagram) e no site oficial www.rallyecasinosdoalgarve. com
Nos dias 14 e 15 de Abril, irá realizar-se o 2º Encontro de Motos promovido pela Junta de Freguesia de Silves, na continuidade da primeira edição que, no ano passado, juntou centenas de motards e visitantes no recinto atrás da Fissul.
O encontro no dia 14 irá decorrer entre as 18h00 e as 02h00, e no dia 15 das 10h00 às 03h00. Será proporcionada uma zona de acampa-
mento para quem quiser pernoitar em Silves.
Para animar o público, no evento que este ano se estende por dois dias, estão confirmadas várias bandas: Bismark, SpitFire, Estrelas do Covil, The Dixie Boys e Diéb Band.
Entre as novidades da segunda edição contam-se um desfile motard pela cidade de Silves, um evento solidário com recolha de bens alimentares, e um Bike Show, com
entrega de prémios. A preocupação ambiental não está descurada e este anuncia-se como um “Eco Evento”.
O 2º Encontro de Motos em Silves tem o apoio das associações Canis Lupus, Moto Clube dos Bombeiros Portugueses, Associação Rodas Lentas de Silves, Team Satanás e da Câmara Municipal de Silves e patrocínios de empresas locais.