Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva 1 Julho/ Agosto 2015 Julho/Agosto de 2015 ANO XV - Nº 168 0.70 Euro Diretora: Paula Bravo

J O R N A L D O C O N C E L H O D E S I LV E S Alcantarilha Freguesias Encontro com Leitores PCP propõe reposição do Terra Ruiva pág 19

pág 10

Festas de Verão:

Silves, Messines, Amorosa, Armação de Pêra, S. Marcos da Serra, Pêra e Alcantarilha p8e9

Publicação Mensal

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL

S.Marcos da Serra

Foral

Moradores querem acessos

ETAR a funcionar

pág 11

pág 10

Muito lixo, Pouca Reciclagem Somos um dos concelhos do Algarve onde menos se faz a separação do lixo. Um desperdício que sai caro à autarquia e ao cidadão. p2e3

Cerveja Marafada Do Algoz à conquista do Algarve p 11

UD Messinense volta a ter equipa sénior

p 14

Ginastas de Messines na Gymnaestrada

p 15

Pub. Pub.

teofilo@teofilo.com.pt

2

Informação Julho/ Agosto 2015

Concelho de Silves Muito lixo, pouca separação

Quase todos queremos salvar as baleias, os golfinhos, os gorilas, os pandas, a floresta amazónica… em resumo, o Planeta.

O pior é quando temos de passar à ação. Não àquela ação corajosa e aventureira que imaginamos quando pensamos em salvar o Planeta. Quando se trata daquela ação que podemos fazer na nossa casa ou na nossa rua… os números não são otimistas.

Em Silves não separamos o nosso lixo. Somos mesmo dos piores concelhos do Algarve. E isso custa-nos caro.

N

o ano de 2014, o concelho de Silves produziu cerca de 950 toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Um número que regista uma ligeira queda em comparação com anos anteriores. Vendo os dados dos últimos 10 anos, verifica-se que o pico foi atingido em 2008, com 1.128 toneladas. A partir desse ano tem havido um decréscimo generalizado. Com a crise houve também uma redução na quantidade de lixo produzido.

Independentemente da quantidade, os chamados resíduos indiferenciados, depois de recolhidos e transportados pelos serviços da Câmara Municipal de Silves acabam por chegar ao destino final, que neste caso é o aterro sanitário em Portimão, gerido pela ALGAR – empresa que faz o tratamento e valorização dos resíduos de todos os municípios do Algarve.

Por cada tonelada de lixo depositada no aterro, a Câmara paga à ALGAR, um valor de 32,72€ ( valor atual).

No final de 2014, a Câmara teve de pagar cerca de 830 mil euros, ( contra 764 mil euros em 2013), um valor que poderia ser reduzido, caso fosse feita a recolha seletiva do lixo. A recolha seletiva, o tratamento desses resíduos e o seu encaminhamento para a reciclagem não tem custos para as autarquias do Algarve, pois é feita pela ALGAR. Mas a deposição nos aterros é paga… Soma-se a este valor, todas as despesas inerentes em combustível, viaturas, mão de obra…

Neste contexto, as autarquias têm todo o interesse em promover a separação de resíduos nos seus concelhos, mas o processo está longe de ser linear. É que, para que este processo funcione, é necessário conjugar as ações das autarquias, com as da ALGAR e finalmente com o cidadão.

No Algarve, a Câmara Municipal de Portimão está na vanguarda deste processo, tendo instaladas atualmente 330 ilhas ecológicas, além de ser um dos municípios do país com melhores resultados ao nível da recolha de resíduos e satisfação dos utilizadores. Em 2003, quando as ilhas ecológicas começaram a ser instaladas em Portimão, este era o concelho do Algarve que produzia mais lixo – cerca de 34 mil toneladas. Introduzir o conceito do “poluidor- pagador” e reduzir os custos no sector da recolha de lixo foram os objetivos traçados. Em 2014, Portimão continua a ser o concelho que mais lixo produz, mas é também o que mais seleciona.

Já Silves, entre os 16 municípios, surge no 13º lugar. Enquanto um

habitante de Portimão separa em média, por ano, mais de 87 quilos de resíduos, um habitante de Silves separa 25, 43 kg.

Com uma situação pior do que a nossa, surge o município de Monchique, Olhão e Alcoutim. Por outras palavras, na lista dos “municípios grandes”, Silves e Olhão destacam-se pela negativa.

A “nossa” fatura E quanto é que isso nos custa todos os meses?

Quando se fala do custo que a produção de lixo acarreta, algumas pessoas não se apercebem que estamos a falar de custos que são pagos por todos nós. E não pagamos pouco.

A fatura da água, emitida pelo Município de Silves, é a prova. Tomemos como exemplo, a fatura de casa, de um consumidor doméstico, com um consumo normal para uma casa com três pessoas, referente ao mês de maio de 2015. O total da fatura é de 26,07€. Mas, ao separarmos as parcelas, verifica-se que uma parte significativa da mesma – 6,95€, neste caso - é para a rubrica Resíduos.

Vendo de novo os números, regista-se que em 2014 a autarquia de Silves arrecadou com esta cobrança uma verba de 1,328 milhões de euros. Depois de pagar à ALGAR ficou com 500 mil euros, para suportar durante todo o ano a frota de recolha de lixo e todos as despesas relacionadas com este sector.

Sendo um número claramente insuficiente para as despesas de um concelho como o de Silves, só existem dois caminhos: ou a Câmara aumenta as taxas, ou os cidadãos e entidades do concelho começam a fazer mais a separação do seu lixo e a reciclagem.

“Mais de 40 anos após o 25 de abril, ainda estamos a resolver uma necessidade básica” O lamento é do vice-presidente da Câmara de Silves, Mário Godinho, responsável do Pelouro, a quem o Terra Ruiva dirigiu algumas questões: “Mais de 40 anos passados após o 25 de abril de 1974, é triste que os esforços da autarquia se concentrem ainda, e de forma tão vincada, na melhoria de uma necessidade básica”.

O “desinvestimento dos últimos anos” deixou o Município quase sem meios para a recolha do lixo.

Uma das primeiras medidas anunciadas pelo atual executivo foi a do lançamento de concursos público para aquisição de três viaturas pesadas de recolha dos RSU e três caixas compactadoras, num investimento que ultrapassa os 600 mil euros.

Diz Mário Godinho que o período de recolha do lixo foi alargado aos sábados, bem como aos domingos, durante o período de verão, e que este ano, tal como no ano passado, o serviço de lavagem e desinfeção dos contentores de superfície foi adjudicado a uma empresa privada, passando a realizar-se com regularidade.

No Município de Silves existem cerca de 1900 contentores de superfície e 250 subterrâneos (Molok). Já a ALGAR tem colocados 136 ecopontos de superfície, para a recolha seletiva de resíduos ( papel e cartão, vidro e embalagens de plástico e metal).

Manifestamente pouco, para um concelho com uma área enorme.

Mas Mário Godinho sublinha que o Município e as Freguesias têm reclamado constantemente junto da Algar a criação de mais ecopontos no concelho. Sem muito sucesso.

O que levanta aqui a existência de uma contradição: embora a autarquia, as escolas, e até a própria ALGAR insistam na necessidade de fazer a recolha seletiva dos resíduos, promovendo diversas ações e campanhas de sensibilização ambiental, é notório nas reuniões públicas que uma das queixas que os cidadãos repetem tem a ver com os ecopontos. Que são insuficientes e que, portanto, ficam muitas vezes longe das habitações, obrigando a todo um trabalho de logística que não apetece a toda a gente; e que se encontram frequentemente cheios, por não haver um sistema de recolha regular.

Factos que qualquer cidadão comum pode atestar.

Mas também há o reverso da medalha, e ver cartão e vidro dentro ( ou ao lado) de um contentor de superfície a poucos metros de um ecoponto, também é um cenário que se encontra muitas vezes.

Entra então em cena, uma acusação frequente contra o cidadão: a de falta de civismo. O que, de fac-

Quantidade de lixo selecionada por habitante ( Fonte Algar)

Números da região ( Fonte. Algar)

to, também acontece. Conta Mário Godinho que nos últimos meses a Câmara de Silves teve de gastar alguns milhares de euros para pagar a uma empresa contratada para o arranjo de 55 tampas de Molok que foram vandalizadas.

Com razão ou sem ela, um número significativo de queixas recebidas pela Câmara Municipal e Juntas

de Freguesia tem a ver com o lixo e a sua importância não pode ser menosprezada, não só pelas questões de higiene e ambientais, mas também de saúde pública.

A má notícia é que o número de queixas é elevado. A boa notícia é que todos podemos dar uma contribuição para resolver o problema.

Texto de Paula Bravo com Aurélio Nuno Cabrita e Francisco Martins

Informação Julho/ Agosto 2015

PERSU 2020 – Município de Silves Em reunião da Câmara, a 27 de maio de 2015, e posteriormente na Assembleia Municipal de Silves de 26 de junho, foi aprovado o Plano de Ação- PERSU 2020.

Trata-se de um plano estratégico na área dos resíduos urbanos, no qual se estabelece a visão, os objetivos, as metas globais e específicas por sistema de gestão de resíduos urbanos, as medidas a implemen-

tar no período 2014- 2020 ( atual quadro comunitário de apoio), bem como a estratégia que suporta a sua execução.

Principais ações: - Prevenção da produção de resíduos - Preparação para reutilização e reciclagem/retoma de recolha seletiva

- Redução da deposição de resíduos urbanos biodegradáveis em aterro - Aquisição de veículos de recolha de resíduos com baixo teor de emissões de gases com efeito de estufa - Promoção de ações de informação e sensibilização junto da população (já acontece) - Estabelecimento de parcerias com estabelecimentos comerciais locais e a Quinta Pedagógica Municipal

que visam a cedência de produtos frescos (já acontece) - Implementação da fatura eletrónica - Implantação de ecopontos subterrâneos - Implantação de ecocentros nas sedes das freguesias de S. B. de Messines e Armação de Pêra - Implementação do sistema de recolha porta a porte em zonas piloto

3

do concelho de Silves - Implementação de um sistema de recolha seletiva de óleos alimentares usados - Implementação de um sistema municipal de recolha seletiva de resíduos verdes - Promoção da compostagem doméstica

Texto de Paula Bravo com Aurélio Nuno Cabrita e Francisco Martins

Campanha Reciclagem Feira Medieval

A

Câmara Municipal de Silves está a promover a “Campanha Reciclagem Feira Medieval”, que decorre de 27 de julho a 7 de agosto.

O objetivo é promover a separação do lixo, em troca de bilhetes para a Feira Medieval de Silves ou para os seus espetáculos.

Podem participar todos os “consu-

midores de água com contrato no concelho de Silves”.

Na Modalidade A, os participantes devem entregar separados 2kg de papel/cartão e 2kg de embalagens (plástico, cartão e embalagens de cartão para alimentos líquidos, recebendo em troca um bilhete de entrada para o espetáculo no Castelo ( limitado a 30 participantes);

ou um bilhete de entrada no Torneio de Armas ( limitado a 30 participantes).

Na Modalidade B, os participantes devem entregar separados 2kg de papel e 1kg de embalagens (plástico, cartão e embalagens de cartão para alimentos líquidos), recebendo em troca um bilhete de entrada para a Feira Medieval ( sem limite

de participantes).

O local de entrega é o edifício dos Serviços de Águas e Saneamento do Município (praça al-Mu’ tamid), entre as 9h e as 15h. A campanha decorre de 27 de julho a 7 de agosto. No ato de entrega, o consumidor deve apresentar a sua identificação e a fatura de água do último mês.

Terra Ruiva não se publica em Agosto

Por motivo de férias, o nosso jornal não se publica no mês de agosto. Até à nossa edição do setembro, pode seguir a atualidade do concelho através do nosso site: www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva e na nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Terra-Ruiva-Jornal-do-Concelho-de-Silves.

A todos, desejamos umas Boas Férias!

Terra Ruiva altera datas de publicação

A partir da próxima edição, no mês de setembro, o Terra Ruiva – Jornal do Concelho de Silves passará a sair nos primeiros dias do mês.

A saída nas datas atuais ( 3ª semana do mês) justificava-se com a existência de outro jornal no concelho e com a necessidade de evitar a publicação dos dois jornais em simultâneo.

Sendo agora o Terra Ruiva o único órgão de comunicação social do Concelho de Silves, entendemos alterar a data da publicação do nosso jornal.

Assim, a próxima edição do Terra Ruiva chegará às bancas do concelho no dia 9 de setembro.

Até lá.

ALTERAÇÃO NAS DATAS DE PUBLICAÇÃO: PRÓXIMA EDIÇÃO DIA 9 DE SETEMBRO

4

Opinião

Editorial

Julho/ Agosto 2015

Tomar Partido Paula Bravo

Atropelos à gestão dos municípios

Sonho de uma noite de verão Na peça de Shakespeare, com o título acima, numa noite de verão, num bosque, quatro jovens encontram-se: Helena ama Demétrio que ama Hérnia, que ama Lisandro. Mas nessa noite, todos os sentimentos se misturam e até a rainha se apaixona por um mortal com cabeça de burro. No final dessa noite mágica, a manhã traz consigo a “normalidade” e, como se nada tivesse acontecido, tudo termina com os casamentos tal como estavam previstos – antes daquela noite de verão…

A história de Shakespeare é passada na Grécia, povoada de personagens mitológicas. O país que nos “invade” nos dias que correm, notícias de avanços e recuos, hesitações, chantagens e lutas…

Como terminará este enredo… não será decerto com o casamento que estava destinado…

Em casa, assistindo pela televisão à inquietação de um país e ouvindo falar das exigências dos mercados, lembro questões que já ouvi colocar muitas vezes, sempre sem resposta – “quem” são esses mercados? Que rostos têm? Que interesses defendem e porquê? À procura de um sonho de verão, folheio o jornal, leio que o grupo Oceânico está de novo a vender apartamentos e moradias no Amendoeira Golf Resort, em Alcantarilha, junto ao campo de golfe. Em 2007, a venda tinha sido interrompida, devido aos preços baixos do mercado, está retomada, aparentemente com muito sucesso… Diz-se mesmo que no Algarve se atingiu o melhor nível de procura de há quase uma década! Mas, no final da notícia cai por terra o sonho de verão… diz a mesma que são estrangeiros que estão a comprar e que os bancos continuam a não emprestar a portugueses… ah…

Página nova, novo impulso: “Portugal já não fica a ver navios”, é o título. Ficamos a conhecer as perspetivas muito otimistas para o turismo de cruzeiro: imparável até 2019, com receitas de mais de 100 milhões ( no Porto de Lisboa).

Francisco Martins

Para as nossas bandas, a Portimão, chegaram no ano passado, 28 navios, com mais de 13 mil passageiros, o número mais baixo do país, mas em crescimento.

E imagino… tal como sonho de noite de verão… uma fatia significativa desses turistas subindo o Rio Arade e vivendo o momento de suspense em que o barco faz a curva lá ao fundo para revelar a cidade altiva, de torres de grés vermelho…

Mas despertando, lembro que o desassoreamento do Rio Arade teve projetos feitos e repetidos e anunciados e nunca concretizados… e não, não é um despertar feliz… não se fez na altura, quando havia projeto e fundos… não se fará agora, é certo.

Tristemente arredados deste sonho … sobra-nos… neste verão… a feira medieval, o festival dos piratas, a festa das tradições, as festas de verão nas freguesias e nas coletividades? Todas com as suas características, as suas virtudes e seus defeitos, criam riqueza, trazem animação e colorido aos nossos dias ( sobretudo às nossas noites), mas quando nos arrastamos à noite para casa, pés cansados e quase surdos, talvez possamos sentir tristemente que foi só um momento de verão…

No dia seguinte teremos de voltar à normalidade…

E é na manhã, depois do sonho de verão, que temos de combater o “triste fado” local… Estamos num concelho de retaguarda em muitos aspetos, é verdade, mas mais uma vez, nesta edição, trazemos à ribalta pessoas e projetos que batalham para singrar, do desporto, ao ensino e à cultura e economia.

E é colocando o foco nestas notícias que encontramos força para, diariamente, andarmos para a frente e encontramos o casamento possível, feito de compromissos entre os desejos e as realidades, mas sempre sem esquecer os sonhos…

Para todos os que nos seguem, Boas Férias e Bom Trabalho.

O

s municípios portugueses são alvo de intromissões grosseiras por parte do governo que, na sua ânsia centralizadora e submissa para com a troika estrangeira, tudo quer controlar e condicionar a partir de Lisboa, visando a redução do défice orçamental e a prossecução de intuitos mercantilistas, não revelando confiança nos eleitos locais, nem se importando com a violação da autonomia do governo mais próximo dos cidadãos. À Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso, de 2012, que impõe regras cegas e arbitrárias, independentemente do mérito ou do demérito de quem governa, da heterogeneidade geográfica, dos distintos quadros económico-financeiros e escalas de cada um dos municípios, juntou-se a imposição dos novos limites das despesas com o pessoal que são absolutamente absurdos e penalizadores de uma gestão autónoma, eficaz e eficiente.

A grande maioria dos municípios portugueses não reúne condições para assegurar que as despesas com o pessoal e aquisição de serviços a pessoas singulares não ultrapassem 35% da média das receitas correntes dos últimos três anos. O dislate e desproporcionalidade da medida mede-se pela regra anteriormente em vigor que determinava que as despesas com o pessoal do quadro num dado ano, não podiam exceder 60% das receitas correntes do ano económico transato, a que acrescia as despesas com pessoal em qualquer outra situação (25% daquele limite).

O município de Silves, em particular, confrontado com a impossibilidade de contratar pessoal, e possuindo margem financeira para o fazer, sobretudo, no setor operário (motoristas de pesados, canalizadores, cantoneiros, eletricistas, calceteiros, auxiliares de ação educativa, etc.), enfrenta severas limitações na capacidade de prestar serviço público de qualidade,

Assine o Terra Ruiva

resolver problemas básicos das populações e conceder apoio logístico significativo aos eventos organizados pelo movimento associativo.

Dois exemplos: a autarquia silvense dispõe de 4 calceteiros para o concelho (!), enquanto, no setor do vasto parque de máquinas e viaturas, mantidas em estado operacional permanente, fruto de uma boa gestão, não existe número suficiente de motoristas para o operar (!).

Os obstáculos referidos são frequentemente ultrapassados, inevitavelmente, e a contragosto, por intermédio das horas extraordinárias que também obedecem a limites legais e entram no cálculo das despesas com pessoal, e aos contratos de emprego e inserção (CEI) que são um mau exemplo dado pelo Estado português e autarquias no mercado de trabalho, por se tratar de vínculos precários (1 ano) que preenchem necessidades permanentes. Na antecâmara da política governamental que não é inocente, assente na ideologia neoliberal, encontra-se uma agenda política escondida, direcionada para a privatização do serviço público (água, saneamento, recolha do lixo, espaços verdes) e o recurso à contratação de serviços externos (“outsourcing”)

“TERRA RUIVA” - Rua da Fábrica, nº 3 8375 - 147 S. Bartolomeu de Messines

Para assinar o Terra Ruiva recorte o cupão anexo e envie-o preenchido para a nossa redacção. Pode efectuar o seu pagamento (15 euros) através de cheque ou transferência bancária, através do NIB: 0045 7120 4017 1566 6531 4 (CCAM) - (Ao proceder à transferência bancária indique o nome do assinante)

Nome: Morada: NIF :

Código Postal: TEL :

Forma de Pagamento: Cheque

-

,

Email : Transferência

(Assinatura anual por 15 Euros)

Nota: Os dados recolhidos são processados automaticamente e destinam-se à gestão da sua assinatura. O seu fornecimento é facultativo. Nos termos da lei é garantido ao cliente o direito de acesso ao seus dados e respectiva actualização.

que, importa denunciar - não deixará de ser financiada pela despesa pública e os contribuintes -, com a agravante das populações receberem um serviço mais caro e de pior qualidade. Esvaziando e liquidando o serviço público, não são necessários trabalhadores!

Finalmente, ainda no quadro específico do município de Silves, realço a importância da autorização prévia concedida pelos órgãos autárquicos para a contração de empréstimo bancário a longo prazo no valor de 4,4 milhões de euros para o financiamento de 17 investimentos distribuídos pelo concelho. Sumariamente, existindo margem legal de endividamento, conjugado com o facto de se reduzir em 70% (12,7 milhões de euros) o atual passivo financeiro do município até ao final do mandato autárquico 2014-2017, não se entenderia que assim não fosse. Através de uma boa medida de gestão, a autarquia potencia os recursos financeiros de maneira absolutamente sustentável, no sentido de levar a cabo um conjunto de obras fundamentais (algumas delas, na gaveta, e prometidas há largos anos) para a valorização do território e o bem-estar das populações.

Pub.

Ficha Técnica

Directora: Paula Bravo.

Redacção: Francisco Martins, José Carlos Xavier. Director Financeiro: Francisco Martins (TLM- 918 700 152).

Colaboradores: António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno, Carlos Vargas, Eugénio Guerreiro, Estela Louçã, Gabriela Martins, Helena Pinto, José Manuel Vargas, Maria José Grade da Encarnação, Maria Lúcia Santos, Maria Luísa Anselmo, Mónica Gonçalves, Paulo Silva, Rogélio Mena Gomes, Teodomiro Neto, Vera Gonçalves. Redacção, Administração e Publicidade: Rua da Fábrica, nº 3; 8375 - 147, S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922, e- mail: terraruiva@gmail.com, www.imprensaregional. com.pt/terra_ruiva. Design gráfico e pré-impressão: Bruno Cortes. Impressão: FIG-Indústrias Gráfica, S.A. - Coimbra. Periodicidade: Mensal. Tiragem: 1500 exemplares. Propriedade: Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves “Pé de Vento” – NPC 504606867. Registado no Instituto de Comunicação Social com o número 123511. Depósito Legal nº 153123100.

Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

Informação Julho/ Agosto 2015

Concelho Cidade de Silves volta a integrar Rota do Petisco

Silves volta a integrar a Rota do Petisco que decorre de 4 de setembro a 11 de outubro, dando a conhecer a gastronomia algarvia.

Tal como nos anos transatos, a iniciativa contempla uma vertente solidária através do apoio a projetos desenvolvidos por entidades sem fins lucrativos sediadas nos concelhos que integram a Rota.

A Rota do Petisco é um projeto de cariz cultural e recreativo, no qual é proposto um roteiro gastronómico por vários estabelecimentos de restauração que, durante o período do evento, disponibilizam ementas confecionadas especialmente para a Rota, a preços reduzidos.

A Rota do Petisco é uma organização da Associação Teia D’Impulsos em parceria com a Associação Alvorecer, que conta com o apoio de várias entidades locais públicas e privadas. Esta iniciativa surgiu em 2011 com o objetivo de dinamizar a restauração e o comércio local, fomentar a animação social e cultural e enriquecer a oferta turística das localidades aderentes. Esta 5ª edição decorrerá em vários espaços de restauração de Portimão, Alvor, Mexilhoeira Grande, Ferragudo e Silves.

30 mil euros para igreja de Armação de Pêra

5

Arquivo Municipal: 282 440 839 Biblioteca Municipal de Silves: 282 440 899 Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânea: 282 440 895 Casa Museu João de Deus: 282 440 892 Castelo de Silves: 282 440 837 Fissul: 282 440 897 Igreja da Misericórdia: 282 440 894 Museu do Traje: 282 440 893 Posto de Turismo: 282 440 898 Teatro Gregório Mascarenhas: 282 440 896 FAX Geral do Município: 282 440 851 Assim, o monumento pode ser visitado entre as 9h30 e as 20h, com as últimas entradas até às 19h30.

Estendendo o horário até ao final do dia, permite-se que os visitantes usufruam de momentos em que há menos calor e possam, desse modo, conhecer o espaço mais emblemático da cidade.

Quem visitar esta fortificação, que é monumento nacional, terá à sua disposição um serviço de áudio-guias, que proporciona uma visita completa e interessante.

O Castelo de Silves é uma das mais notáveis obras de arquitetura militar que os árabes nos legaram, com mais de mil anos de existência.

Situa-se no ponto mais elevado da colina em que a cidade assenta. Forma um polígono irregular, rodeado por uma forte muralha em taipa, revestida a arenito vermelho – o grés de Silves, e ocupa uma área total de cerca de 12.000m2.

Até outubro será possível visitar, também, a exposição “No caminho do lince ibérico”, uma organização conjunta entre a Câmara Municipal de Silves, a Águas do Algarve e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF), que apresenta uma perspetiva histórica da ocorrência deste animal na Península Ibérica, o seu recente desaparecimento do território português e os esforços que têm vindo a ser realizados para a sua reintrodução em meio natural.

A autarquia pede desculpa por “algum incómodo que estas alterações possam ter causado” .

Vinho de Silves premiado

Essential Passion – João Clara, um dos produtores que integram os “Vinhos de Silves” foi premiado no XIV Concurso Internacional “La Selezione del Sindaco”, que decorreu no Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras.

“João Clara Tinto 2013 foi o vinho galardoado com a medalha de Prata deste certame que é o único concurso de vinhos internacional que prevê a participação conjunta do produtor e do Município de proveniência das produções e que tem como elemento diferenciador a missão de valorizar as produções, fruto da tradição e de um território distinto.

A Câmara Municipal de Silves felicita, assim, o produtor Essential Passion - João Clara pela presença neste concurso internacional e pelo resultado alcançado, facto que denota a excelente qualidade dos Vinhos de Silves”, adianta a autarquia.

Retomado o serviço de Transporte à Comunidade

Alterações ao trânsito em Armação de Pêra

Um cheque de 30 mil euros foi entregue pela presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, ao pároco de Armação de Pêra, Joaquim Beato.

Este valor corresponde ao subsídio atribuído pela autarquia para as obras de recuperação desta igreja, assaltada e incendiada no dia 22 de agosto de 2014.

Os danos então ocorridos foram muito extensos e obrigaram à remodelação do presbitério, com a construção de um novo altar, sacrário, ambão e cadeira do presidente e a substituição da cobertura.

Foi também feita a substituição do piso de madeira por granito, a instalação de equipamento de segurança contra incêndio e a aquisição de mobiliário para a sacristia, tendo sido reaberta a igreja no dia 21 de março.

A Câmara Municipal de Silves “associou-se, desde o primeiro momento, ao esforço feito para recuperar este local, tendo deliberado, em reunião do dia 27 de agosto de 2014, apoiar o esforço de reconstrução da igreja”.

Castelo de Silves com horário de Verão

O Castelo de Silves está a funcionar segundo o horário alargado de verão, em vigor nos meses de julho e agosto.

A Câmara Municipal de Silves aprovou algumas alterações ao trânsito em Armação de Pêra que entraram já em vigor e que alteram o sentido de algumas ruas.

São as seguintes: - Limite de circulação na Rua Gil Eanes, Rua Digo Cão e Rua Pedro Álvares Cabral: (limite de circulação de trânsito, exceto a residentes) - Rua Eurico dos Santos Patrício: alteração do atual sentido de trânsito, passando a ter dois sentidos de circulação - Avenida General Humberto Delgado: passa a ter dois sentidos de circulação, mantendo-se as mesmas limitações de acesso à Frente Mar - Rua Dr. Henrique Gomes: passa a ter dois sentidos de circulação, mantendo-se as mesmas limitações de acesso à Frente Mar - Quinta dos Arcos: alteração dos arruamentos que têm um sentido, para dois sentidos de circulação - Arruamento a norte do Parque de Campismo: alteração dos dois sentidos de circulação para sentido único

Alterações nos números de telefone da Câmara Municipal de Silves

A Câmara Municipal de Silves está a proceder à substituição da sua central telefónica e, por esse motivo, alguns números dos serviços camarários sofreram alterações.

Contudo, o número geral da autarquia mantém-se igual, sendo ele o 282 440 800.

Esses números são indicados na tabela que se segue.

Arquivo Histórico : 282 440 865

A circulação do Transporte de Apoio à Comunidade que esteve suspensa cerca de um mês e meio foi já retomada, no dia 1 de julho.

A informação foi dada ao Terra Ruiva pela vereadora da Câmara Municipal de Silves, Luísa Conduto Luís.

De referir que o referido serviço de transporte, prestado pela Câmara Municipal, foi suspenso a 15 de junho, devido ao número insuficiente de motoristas para garantir esta tarefa bem como os transportes das crianças e jovens que participam no programa de Férias Super Fixe.

Na informação inicial prestada às juntas de freguesia, e que motivou o descontentamento de alguns utentes deste serviço de transporte, era dito que o mesmo estaria suspenso até ao dia 1 de setembro. Em declaração ao Terra Ruiva, a vereadora Luísa Conduto Luís disse na altura que, apesar de ser essa a data apontada para a retoma do transporte, estava a trabalhar para conseguir ultrapassar a situação e colocar o autocarro ao serviço da população, o mais cedo possível.

O que conseguiu, pelo que o Transporte de Apoio à Comunidade volta ao serviço da população.

O Transporte de Apoio à Comunidade “é um serviço prestado pela autarquia silvense há alguns anos e consiste no fornecimento de transporte gratuito para o Centro de Saúde e Extensões, dirigido à população do concelho que apresente dificuldades, quer ao nível de saúde, de mobilidade ou carência económica”, como se lê no site oficial da autarquia.

Atualmente são assegurados três circuitos: um para o Centro de Saúde de Silves e os restantes para as extensões de Alcantarilha e de S. Bartolomeu de Messines.

Pub.

José Manuel Lima Cabrita SÓCIO-GERENTE

FARO – Rua Aboim Ascensão, 34 – telef.: 289 894 400 / 4 – Fax: 289 894 401 FARO – Av. 5 de Outubro, 16 – telef.: 289 894 410 MESSINES – Rua Heróis de Mucaba, 28 – telef.: 282 333 300 / 282 333 305–Fax:282 333 309 QUARTEIRA – Av. Mota Pinto, 8 – telef.: 289 389 526

Pub.

6

Opinião Julho/ Agosto 2015

Consultório Jurídico

Eugénio Guerreiro

CONTRATOPROMESSA (VI) INTERPELAÇÃO ADMONITÓRIA

C

ontrato-promessa é, recorde-se, o contrato pelo qual alguém se obriga a celebrar um outro contrato – o contrato prometido ou definitivo.

Interpelação admonitória consiste na intimidação formal que alguém faz a outrem para que cumpra determinada obrigação em determinado prazo com a expressa advertência de que, caso não cumpra nesse prazo, se considera para sempre incumprida a obrigação.

Em 2004, José construiu um prédio habitacional e prometeu vender – livre de ónus ou encargos - um dos andares ao Filipe, tendo

Utilidade Marginal

António Eugénio

O sacrifício aos Deuses.

A

gamemnon estava nervoso. Havia semanas que o seu exército permanecia nos areais da costa grega, aguardando por vento, uma brisa que lhes permitisse embarcar e atravessar o mar para a conquista de Troia. Os deuses não o favoreciam; negavam-lhe a viagem, vexando o seu intento. Desesperado, consultou o seu oráculo, procurando o favor dos deuses que lhe permitiria embarcar e tomar Troia. O oráculo profetizou que o apaziguamento

Opinião

Maria José Grade da Encarnação

Verão Quente

A

o contrário do que possam pensar, este último artigo antes das férias, não se debruça sobre programa de verão da RTP 1. Por isso não vou falar das opções de programação dos nossos canais, onde todos apresentam sempre o mesmo formato.

Também não vou falar do ido ano de 1975. Quando este país foi confrontado com uma revolução em curso mais agressiva, onde se esqueceram os mais elementares princípios do Direito, esquecemos que nos dizíamos civilizados e começamos a ocupar o que, à data, se entendeu.

Coluna Jurídica

O Terra Ruiva conta com a colaboração do advogado Eugénio Guerreiro que se disponibiliza a responder a questões dos leitores.

Tem uma dúvida jurídica?

Quer uma opinião sobre algum caso que o preocupe? Envie-nos a sua questão.

este desde logo recebido a chave e começado a habitá-lo. Nesse contrato-promessa ficou ainda acordado que a escritura, isto é, o contrato prometido ou definitivo, seria marcada pelo construtor José logo que constituísse o prédio em propriedade horizontal, no entanto, sem fixarem um determinado prazo para o efeito.

Ora, um após outro, os anos foram passando sem que o José tratasse da aludida propriedade horizontal, impossibilitando, com isso, a realização da escritura de venda da fracção ao Filipe, e não obstante este inúmeras vezes lhe pedir que o fizesse. Pior ainda, José não só foi sucessivamente protelando essa condição indispensável para a escritura, como, ainda por cima, constituiu uma hipoteca sobre o prédio de que resultou inclusive a incidência de uma penhora instaurada pelo banco hipotecário, aca-

bando o Filipe, assim, por considerar perdido todo o seu interesse no andar prometido e concluir que o José incumpriu definitivamente o contrato, pedindo-lhe, consequentemente, a restituição do sinal em dobro e retendo a chave do andar até esse recebimento se verificar.

Contudo, o tempo continuou a passar sem que o José restituísse o sinal em dobro ao Filipe, pelo que este, em 2011, decidiu instaurar uma acção em tribunal contra o José e contra o banco hipotecário, visando que o primeiro fosse condenado à dita restituição do sinal em dobro e que ambos fossem condenados a reconhecerem o seu direito de retenção sobre o andar até à concretização do recebimento dessa restituição.

E o Tribunal de primeira instância deferiu inteiramente esses pedidos do Filipe.

Porém, José e o banco, desconten-

tes com essa decisão, recorreram para o Tribunal da Relação, o qual, retirando a razão ao Filipe, revogou a decisão da primeira instância com a justificação de que no seu entendimento ainda não se tinha dado o incumprimento definitivo do contrato-promessa pelo simples facto de que o Filipe, por mais vezes que tenha pedido ao José para este tratar da documentação necessária à celebração da escritura, porém, nunca o intimidou formalmente fixando-lhe um prazo findo o qual consideraria como incumprido definitivamente o contrato-promessa, isto é, nunca procedeu à interpelação admonitória do José.

Todavia, perguntar-se-á, não será razão mais do que suficiente para se considerar como incumprido definitivamente o contrato pelo José o facto deste não só ter durante anos e anos sucessivamente pro-

telado a escritura de propriedade horizontal e a escritura de compra e venda, como, ainda por cima, ter constituído uma hipoteca sobre o prédio, de onde resultou aliás uma penhora, quando tinha prometido vender o andar ao Filipe livre de ónus e encargos?

Sim, é razão bem suficiente, e isso mesmo viria a ser dito pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Com efeito, Filipe tendo perdido na Relação recorreu para o Supremo, e este tribunal superior considerou a decisão da Relação errada e que o Filipe tinha toda a razão em concluir já não ter o mínimo interesse no negócio, fazendo uma pergunta muito simples e esclarecedora: Quem quereria prosseguir com o contrato-promessa de um imóvel arriscando-se a comprá-lo para o ver “passar”, directa ou indirectamente, para a mão dos credores de José?

dos deuses requereria um sacrifício. Agamemnon escutava horrorizado enquanto o oráculo declarava que apenas o sacrifício de Ifigénia, a sua própria filha, satisfaria os deuses. Agamemnon sacrificaria a sua filha no altar dos deuses, e mal o último suspiro de vida deixou Ifigénia, levantou-se um vento impetuoso. Agamemnon teria a sua conquista de Troia.

Este episódio da Illíada de Homero, uma das grandes obras da literatura grega antiga é pertinente para a situação atual da Grécia.

Enquanto escrevo esta artigo, a Grécia prepara-se para sacrificar a sua terceira Ifigénia, com a aprovação de um terceiro resgate da parte da “Troika”. Mais uma vez, os gregos vão ser sujeitos a um pacote de medidas de austeridade, não obstante a vitória do “Não” num referendo que aparentemente não só foi confuso, como despro-

vido de sentido prático. Foi uma medida laudatória, uma iniciativa que apelava ao mais elevado sentido de cidadania e responsabilidade pública, mas que não teve grandes resultados práticos. A Grécia irá sofrer mais cortes no investimento público, nas pensões, o que inevitavelmente depauperá ainda mais a economia grega. O país que perdeu 25% do seu PIB desde o início da crise, que detém taxas de desemprego castradoras e que regrediu 40 anos de progresso económico vai impor mais medidas de austeridade.

A alternativa, a saída do euro, seria um desastre de consequências imprevisíveis, e embora hajam alguns economistas que prevejam que tal saída poderia ter impactos positivos no longo prazo, há uma total unanimidade na assunção de que no curto prazo, as consequências seriam calamitosas para os gregos.

No entanto, a questão central continua a ser evitada pelos credores: a sustentabilidade da dívida grega.

As estimativas da dívida pública da Grécia para 2016 colocam-na próxima dos 170% do PIB. Não é preciso ser um às da matemática ou da economia para perceber que, num país com um crescimento esclerótico e inexistente, a dívida grega, nos moldes atuais, acaba por se impagável. Um reestruturação da dívida grega tem de ser colocada em cima da mesa e efectuada. No entanto, que se compreenda que esta reestruturação pode não significar um perdão efetivo da dívida ou um corte da mesma. A reestruturação poderá passar pela simples extensão da maturidade da dívida, ou seja, mais tempo para os gregos pagarem as suas dívidas. Mais ainda, toda esta crise dos países periféricos da crise e a incapacidade dos mesmos de reporem os seus

orçamentos a níveis considerados aceitáveis pelos credores requerem uma reponderação das metas de inflação e de política económica de toda a zona euro. É necessária uma meta de inflação superior para que as dívidas possam ser efetivamente pagas, embora tal medida resulte num perdão oficioso da mesma.

São precisas politicas transversais a toda a Europa de apoio ao crescimento.

Caso não haja esta mudança de paradigma, a Europa arrisca-se a sacrificar mais Ifigénias aos Deuses do mercado. E ninguém está imune: a Finlândia começa a ter problemas orçamentais graves, quando há poucos anos era dos países mais irredutíveis no resgate das economias do sul da Europa.

Curiosamente as ondas de calor não serão objecto deste pequeno artigo. O que por si só seria um bom tema para levar a debate, na sequência da belíssima carta-encíclica do Papa Francisco “Laudato Si”.

Este mês creio ser, completamente incontornável a situação da Europa. E sim, vou falar da Grécia, tema que começa a ser recorrente nestes meus textos. Como se recordarão já havia falado deste assunto com o artigo “Medeia”, aquando da convocação do primeiro referendo na Grécia. Referia então, “De forma actualmente trágica, o futuro dos gregos é atirado para as mãos do povo, que se vê confrontado com duas únicas hipóteses: uma sobrevivência esmoler ou o suicídio da nação – a escolha é difícil, mas Medeia decidirá!

Afinal de contas, a estória de Medeia é intrínseca à História da Grécia e tal como Medeia, a Grécia não deixará de espalhar pânico e amargura à sua volta e da daqueles que lhe estiveram

próximos. Novamente Medeia confirma os seus intentos: “A dor se esvai, desde que não podes rir-te de mim.”” À data, o governo grego deu um passo atrás e foi nova ajuda para a Grécia. Hoje, o futuro da Grécia e, por arrasto, o da Europa é incerto.

Entramos por terrenos totalmente estranhos, navegamos ao sabor do vento, na esperança de encontrar bom porto.

Os gregos falaram e disseram não, a democracia funcionou. Mas que mudou? O governo grego ficou a saber que 61% da população não quer aquele programa! Mas vai querer o quê?

VaroufaKis saiu, porque seriam poucos aqueles que o queriam à mesa das negociações, entrou um outro, supostamente, mais moderado, porém o rumo parece ser o mesmo.

Os gregos começam a sentir directamente o elevado custo de certas decisões. O FMI está disposto a ajudar, porém a Grécia tem de li-

quidar a tranche que deve. O BCE não aumenta o crédito aos bancos gregos e o povo já sente bem próximo o impacto de não haver, materialmente falando, dinheiro a circular.

Dito de outra forma, tudo se agravou para as finanças e para a economia grega. Politicamente os gregos manifestaram-se e isso mostrou que a sociedade grega está viva. Porém, parece-me que o povo grego apenas pretende manter um status quo que a sua economia não permite.

Dois resgates e dois perdões de dívida depois, afirmar que a Europa não é solidária com a Grécia é profundamente injusto e demagógico, embora entenda que os cortes impostos são graves, draconianos, se assim quisermos qualificar, apenas para nos mantermos na Grécia.

Em resumo: a Grécia quer ficar no euro, no entanto, não quer ter os constrangimentos que esta moeda forte acarreta. Neste quadro coloco

uma questão: e se fosse a Alemanha e a França a saírem do euro?

E, se os governos destes países entendessem referendar esta questão, que também era lícito e democrático, como ficaríamos? Medeia no auge da sua loucura e imparável na sua crueldade!

Não posso deixar de notar a posição do PS, que de apoiante de Tsipras, passou para uma posição mais fria e distante. Também pelas zonas do PS se navega ao sabor da maré, mas até aqui nada de novo.

Neste mar de incerteza apenas podemos ter uma certeza, este verão vai ser quente e, seguramente, esta não será uma silly season, como as outras. A Europa contorce-se e treme, angustia-se perante um cenário negro. Veremos o que estes dias nos reservam. Até lá, votos de boas férias.

Informação Julho/ Agosto 2015

7

XXII Feira Medieval de Silves

M

ais uma vez, o centro histórico da cidade de Silves, recebe a Feira Medieval de Silves que este ano cumpre a 12ª edição de um evento que no ano passado recebeu mais de 120 mil visitantes.

Entre os dias 7 e 16 de agosto, a cidade que já foi a capital do Reino do Algarve recua até aos tempos áureos em que era a capital do Al-Gharb, para vivenciar 10 dias de recriação histórica do período medieval.

Nesta edição, mais uma vez organizada pela Câmara Municipal de Silves, propõe-se uma viagem pela “Mágica Capital da Cultura”, “envolvendo-nos no ambiente cultural e artístico existente na corte”.

“Elementos como a dança, a música e a poesia são fundamentais neste cenário, mostrando a vitalidade e a diversidade das artes no quotidiano árabe medieval e dando a conhecer uma cidade vibrante no que à cultura e às artes diz respeito”..

“Dois torneios a cavalo por dia, animação exclusiva no Castelo de Silves, manjares medievais, dança e animação, levarão os visitantes numa verdadeira viagem no tempo, onde será possível ter uma visão do que a cidade terá sido outrora e da sua importância incontornável na história da região. A azáfama nas ruas do centro histórico será constante, respirando-se uma atmosfera com características particulares, num ambiente e cenário únicos, constituídos pelo traçado peculiar do tecido urbano e pela imponência dos seus monumentos”.

Silves - 10 dias de história que revelam “A MÁGICA CAPITAL DA CULTURA” 7 de agosto | Sexta-feira | Sé Catedral A Poesia pelos mais ilustres poetas do Alandalus Serão literário na corte do Emir Abû al-Asbag ibn Musayn al-Muzaffar, no qual ilustres convidados, como Ibn ‘Ammâr, Ibn Muzayn, Ibn Hazm, al-A’lam Axantamarî e Maryam al-Ansarî, celebrizarão a poesia.

8 de agosto | Sábado | Sé Catedral Os perigos da desunião política dos Reinos Taifa Diálogo entre o jovem filósofo e poeta Ibn Asside de Silves e o provecto Abû-I Walîd al-Bajî, teólogo, jurista e poeta de Beja, em que este último adverte para o perigo que corre a cultura islâmica no Alandalus que, sem unidade política, dificilmente poderá fazer frente à ameaça dos cristãos do norte.

9 de agosto | Domingo | Sé Catedral Serão poético no requinte da corte de Almutamide O jovem Almutamide preside a um serão literário na sua corte. Vários poetas do Gharb Alandalus farão declamações.

10 de agosto | Segunda-feira | Sé Catedral O despertar do amor entre Almutamide e ‘Itimad

O jovem Almutamide e o seu amigo Ibn ‘Ammâr conversam. Almutamide propõe um jogo poético, lançando o primeiro verso. Surpreendentemente, quem responde é uma bela escrava que por ali passa e de quem o rei fica cativo: ‘Itimad.

11 de agosto | Terça-feira | Sé Catedral Entrada triunfal de Ibn ‘Ammâr em Silves como governador da cidade Ibn ‘Ammâr entra em Silves como governador nomeado por Almutamide. Um mercador relembra-lhe que em tempos de carência o havia auxiliado, ao que Ibn ‘Ammâr retribui num gesto de generosidade.

12 de agosto | Quarta-feira | Sé Catedral Encontro secreto entre Afonso Henriques e Ibn Qasî, Senhor de Silves Afonso Henriques encontra-se secretamente com Ibn Qasî no Castelo de Silves. Os dois soberanos trocam presentes reforçando a amizade e consolidando o pacto de auxílio mútuo.

13 de agosto | Quinta-feira | Sé Catedral Despedida de Ibn Qasî e entrega do seu testamento Ibn Qasî sabendo que irá perder a vida em breve reúne-se com os seus Muridinos. Entrega-lhes o seu testamento espiritual “O Descalçar das Sandálias”, exortando-os para que continuem a sua missão.

14 de agosto | Sexta-feira | Sé Catedral Sátira social por três poetas silvenses do século XIII Um encontro casual entre três poetas, Axilbîa (a Silvense), Ibn Badrûn al-Hadramî e Abdalá ibn Wazîr, serve de pretexto para uma crítica satírica ao estado decadente da sociedade, prenúncio já do fim do domínio islâmico no Gharb Alandalus.

15 de agosto | Sábado | Sé Catedral Lenda das três gémeas de Silves Quando as três lindas princesas gémeas nasceram, o seu pai, rei mouro de Silves, consultou os astrólogos.

As profecias recomendaram uma extrema vigilância. Mas elas acabaram por se enamorar de três jovens cristãos cativos…

16 de agosto | Domingo | Sé Catedral Lenda de D. Branca O rei mouro de Silves, Ben-Afan, teve um sonho premonitório com o amor de sua vida: D. Branca de Portugal. Aconselhado pela fada Alina, partiu em sua busca e os dois viveram um grande amor. Até ao dia em que D. Afonso III, pai de D. Branca, cercou o castelo e Ben-Afan perdeu a vida na batalha.

Torneio Medieval com duas edições diárias Com duas sessões diárias, com inicio pelas 20h, 1.ª sessão, e pelas 22h30, 2.ª sessão, numa liça construída de forma a fazer jus à época, decorre um Torneio Medieval, em que os cavaleiros se defrontam renhidamente.

Espetáculo no Castelo de Silves Realizar-se-á um espetáculo no Castelo de Silves, pelas 22h, com muita animação, dança e música, atraindo os visitantes para o espaço mais emblemático da cidade.

Experiências Medievais Os visitantes podem participar na Experiência Medieval, que compreende acompanhamento personalizado permanente, entradas diretas no perímetro da feira e nos espetáculos, lugares privilegiados nos espetáculos pagos (torneio e castelo), momentos de animação personalizados e recordação da Feira Medieval de Silves.

As reservas deverão ser feitas com antecedência mínima de 24 horas através dos contactos: Email: turismo@cm-silves.pt; ou no Secretariado da Feira Medieval ou nas bilheteiras oficiais do evento.

Os trajos da Feira Medieval de Silves Dois roupeiros disponibilizam, a quem o desejar, fatos de homem, mulher e criança, que são alugados por um valor simbólico.

A Gastronomia: uma atração para todos os gostos No que toca à gastronomia, os alimentos confecionados não deverão conter ingredientes desconhecidos na Idade Média. Procura-se estimular o trabalho de pesquisa e recolha de receitas de origem medieval e a sua reprodução.

“Xilb”: a moeda da Feira Medieval de Silves Será utilizado o “Xilb”, uma moeda válida apenas no espaço da Feira.

Os visitantes podem trocar os seus euros por esta moeda, num posto de câmbios, mas caso não o desejem fazer, podem usar os euros, já que ambos são moeda corrente dentro do recinto.

A imagem da X Feira Medieval O Município renovou o convite para a criação da imagem do evento a André Boto, jovem artista da cidade que é uma referência nacional e internacional no mundo da fotografia.

Os figurantes que dão corpo à imagem da edição da feira de 2014 são silvenses e a maior parte deles colaboram habitualmente na feira, quer como figurantes, quer realizando outras tarefas. Foram eles: Eduardo Ramos, Bernardo Martins, João Ramalho, Mónica Pereira, Catarina Taveira Oliveira, Ana Cipriano, Tiago Pinheiro e Raquel Martins.

A caracterização esteve a a cargo de Anita (Mariana Oliveira), proprietária do Salão Anita, que se associou de forma gratuita a este trabalho. Os modelos foram maquilhados e penteados, tendo usado trajos pertença do guarda-roupa da Feira Medieval de Silves e alguns adereços cedidos por Miguel Amaral.

Spot Feira Vídeo O spot vídeo foi criado e editado por Joana Gomes e Rafael Correia.

Ambos são jovens silvenses e têm formação na área do design, do vídeo e da música.

Bilhetes à venda para Feira Medieval As pulseiras livre-trânsito estaão à venda em diversos locais do concelho: nas Piscinas Municipais, no Museu de Arqueologia, no Castelo de Silves, no Centro de Interpretação do Património Islâmico, Biblioteca Municipal, nas Juntas de Freguesia e em vários estabelecimentos comerciais da cidade e do concelho (de vidamente identificados).

Estas pulseiras têm um custo de 3€ no período de pré-venda, até ao dia 6 de agosto. Depois custará 4€ euros.

O bilhete diário custa 2€ Os visitantes poderão alugar trajos medievais, custando o aluguer de um traje de adulto 3€ e o de um traje de criança 2€.

Bernardo Martins fotografado por André Boto

Eventos diários Abertura da Feira Medieval de Silves - 18h Cortejo pelas Ruas e Largos da Medina Leitura do EdiAna Catarina Cipriano fotografada por André Boto tal - 18h30 Portas da Cidade Teatralização do Episódio Diário Liça - 22h30 Praça Al-Mu’thamid - 19h Diversos locais da cidade Torneio de Armas a Cavalo na Juízo de Alá - 24h Largo da Colegiada Liça - 20h Praça Al-Mu’thamid Animação no Castelo - 22h “Serões do Axarajibe” Animação exclu- Eventos especiais siva no Castelo de Silves (Música | 16 de Agosto Dança Oriental | Dança de Fogo | Espetáculo de Encerramento: Falcoaria | Astronomia | Armeiro | 24h - Largo da Sé Malheiro) Torneio de Armas a Cavalo na

A Feira Medieval de Silves em números Data: 07 a 16 de Agosto Duração: 10 dias Tempo de preparação do evento: 8 meses Recursos humanos envolvidos: 170 pessoas Número de expositores 2014: 220 participantes Número de Tabernas 2014: 50 participantes Trajes: 750 unidades disponiveis Roupeiros disponíveis: 2 Roupeiros Capacidade do recinto do Torneio: 900 lugares sentados Total de grupos de animação convidados: 20 grupos previstos Total de animadores:

150 pessoas previstas Número de visitantes 2014: 120.000 mil Horas de animação: 70 horas N.º de espetáculos/animações: 600 N.º de espectadores do Torneio 2014: mais de 14.000 N.º de espectadores no Castelo em 2014: 6.500

8

Informação Julho/ Agosto 2015

Festas no Concelho

Os meses de julho e agosto são marcados pelas variadas festas de verão que no concelho acontecem.

Sunset Secrets- Quintas do Castelo e Feira Medieval, em Silves; Pirate Week em Armação de Pêra; Arraial do Petisco, em Pêra; Festa das Tradições, em S. Bartolomeu de Messines; Festas de Verão, em S. Marcos da Serra; e Feira dos Frutos Secos, em Alcantarilha são as atividades em destaque neste verão.

Em Armação de Pêra, há um programa especial de animação.

Freguesia de Armação de Pêra JULHO Dia 23- Música de baile com Noémia Duarte e António Cardoso; Fortaleza de Armação de Pêra, 22h, Org: JFAP Dia 24- Revista à portuguesa “Portuga: País das Maravilhas”, pelo Boa Esperança; Mini-Golf. Org: JFAP Dia 25- Torneio de Bubble Football- Estádio Municipal, 10h-18h. Org: JFAP/Portugal 4U Dia 25- Música Popular Portuguesa com o Grupo “Ponte Pequena”, Fortaleza, 22h.

Org: JFAP/Casa Povo Alcantarilha Dias 25 e 26- Etapa Final Circuito Regional de Gira Praia, Praia dos Pescadores, ao longo do dia. Org. CMS Dia 27- Noite de fados com Sérgio Gonçalves, Largo da Igreja, 22h. Org: JFAP Dia 28- Óscar Seven: Baladas. Fortaleza, 22h. Org: JFAP Dia 29- Duo Sax- Lara & Bruno, Lota, 22h.Org: JFAP Dia 30- 2º Festival de Tunas Académicas, Largo da Igreja, 22h. Org: JFAP 30 de julho a 5 de agosto – PIRATE WEEK O Pirate Week regressa num novo formato, focado na animação de rua e recriação histórica da invasão por piratas turcos à Baía de Armação de Pêra, em 1559.

O Bazar Pirata, as Tabernas Medievais, os

Sons e Sabores da Baía, o Teatro de Rua, as Lutas, as Brigas, os Duelos e os Cortejos, são alguns dos atrativos deste evento.

Na parte da recriação histórica, o programa tem o seguinte alinhamento: Dia 31 de julho- AVISTAMENTO - Leitura da carta do capitão D. Pedro à rainha Catarina Dia 1 de agosto- DESEMBARQUE E INVASÃO – desembarque pirata e cortejo pirata Dia 2 de agosto- CONQUISTA – espionagem dos piratas em busca dos tesouros Dia 3 de agosto- DEFESA – D. Pedro forma um batalhão de homens fortes e capazes Dia 4 de agosto- CONFRONTO - Assalto e combate na vila Dia 5 de agosto- EXPULSÃO- Piratas bons enfrentam os piratas invasores A organização é da associação Polis Apoteose em parceria com a Junta de Freguesia de Armação de Pêra, a Câmara Municipal de

Silves e outras associações e entidades.

AGOSTO Dia 2- Concentração de Carros Clássicos, Mini-Golf, as 10h às 13h; Org. JF AP Dia 6- Música de baile, com João do Carmo, Fortaleza, 22h. Org. JFAP Dia 7- Cinema ao ar livre, Mini-Golf, 22h, Org: JFAP Dia 8 - Dream Dancing – Espetáculo de dança Hip-Hop; Mini-Golf, 22h, Org: JFAP Dia 9- FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES Procissão por Terra e por Mar- 19h-20h30; Org: Fábrica da Igreja e JFAP Música de Baile, Vítor e Bruno, 21h30Fortaleza. Org: JFAP Tucha e Bailarinas, 23h- Fortaleza. Org: JFAP Fogo de artifício- 00h- Fortaleza. Org. JFAP Dia 10-The MNash Ups- Concerto de Banda de Covers, 22h- Mini-Golf, Orga. JFAP Dia 11- Paulo Viegas, Tributo à música portuguesa, 22h- Largo da Igreja, Org: JFAP Dia 12- Mini Half Pipe- Academia de patins, das 10h às 22h, Lota, Org: JFAP 10h- Caminha Intergeracional, Mini-Golf, Org: Santa Casa da Misericórdia 11h- Largada de Balões, Fortaleza. Org: Santa Casa da Misericórdia 22h- Espetáculo de jovens talentos ( música e dança), Fortaleza. Org: JFAP Dia 13- Mini Half Pipe- Academia de patins, das 10h às 22h, Lota, Org: JFAP 22h- Teatro Sénior, Mini-Golf, Org: CFOArmacenenses, JFAP Dia 14- Academia de Danças Vânia Silva, 22h, Mini-Golf. Org:JFAP Dia 15- Jantar Comemorativo dos 50 anos do padre Beato em Armação de Pêra- 20h, Pavilhão da escola. Org: Fábrica da Igreja Dia 16- Ecos de Coimbra, “Fados de Coimbra”, às 22h, Largo da Igreja. Org: JFAP Dia 17- Paulo Cabrita- Magia e Ilusionismo- 22h, Fortaleza. Org: JFAP Dia 18- Napoleão Mira & Reflect “ 12 canções faladas e 1 poema desesperado”, 22h, Fortaleza. Org. JFAP Dia 19- Concerto da Banda Filarmónica de Silves, 22h, Mini-Golf. Org: CMS Dia 20- Folk Faro ( dança), 22h, Lota. Org: JFAP Dia 21- Miss & Mister Armação de Pêra, às 22h, Lota. Org: JFAP Dia 22- Tributo OMG Family ( dança), às 22h, Casino. Org: JFAP Dia 23- 7ª Prova de Mar de Armação de Pêra, às 12h, Lota, Org: CF “Os Armacenenses” JFAP 22h- Ondina Santos ( Noite de fados), 22h, Largo da Igreja. Org: CMS Dia 24- SOS, Música Popular Portuguesa, 22h, Fortaleza. Org. CMS Dia 25- Rancho Folclórico de Messines, 22h, Lota. Org: CMS Dia 26- Pedro Frias em Trio “Música Popular Portuguesa”, 22h, Fortaleza. Org: CMS Dia 27 a 3 de setembro- FAGAP- Feira de Artesanato e Gastronomia de Armação de Pêra Dia 27-Benvindo Barros “Música Popular Portuguesa e Cabo Verdiana”, 22h, Mini-Golf. Org: CMS Dia 28- Fase Final do Campeonato Nacional de Futevolei, 10h, Lota. Org: FP Futevolei, JFAP Alfanfare- Orquestra de Metais dos Balcãs,

22h, Mini-Golf. Org: CMS Dia 29- Fase Final do Campeonato Nacional de Futevolei, 10h- 19h, Lota. Org: FP Futevolei, JFAP Dia 30- Fase Final do Campeonato Nacional de Futevolei, 10h- 19h, Lota. Org: FP Futevolei, JFAP

Freguesia de S. Bartolomeu de Messines AGOSTO XXXIII Festival Nacional de Folclore e XXII Festival Internacional No dia 1 de Agosto, no Anfiteatro da Junta de Freguesia; 21h30.

Com a participação dos grupos: Escola de Folclore do Rancho Folclórico de S. Bartolomeu de Messines, Rancho Folclórico Rosas do Lena- Batalha; Rancho regional de Fafel- Lamego; Agrupación Folklórica Kin-Yich, com Grupo de Música Tradicional Águila O Sol; Rancho Folclórico de S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia; Rancho Folclórico de S. Bartolomeu de Messines Org. Rancho Folclórico de S.B. Messines.

6ª FESTA DAS TRADIÇÕES Dias 21, 22 e 23 de agosto No Jardim Municipal, abre ao fim da tarde.

Música, teatro, produtos regionais e artesanato são os atrativos desta iniciativa que

todos os anos se expande a novos artesãos, músicos e artistas.

Festa do Emigrante na Amorosa

De 14 a 16 de agosto, na Amorosa, com organização da Associação Recreativa e Cultural da Amorosa – ARCA. Haverá artesanato, produtos regionais e um programa de animação. A entrada é livre.

Dia 14 19h01- Abertura do recinto 20h02- Jantar “Porco Assado no espeto e frango assado” 20h31- Grupo de cantares “Alma Serrana” 21h33- Baile com Noémia Duarte e António Cardoso 22h01- Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere 23h01- Cantor Gil Rosa 24h00- Continuação do baile Dia 15 08h02- Abertura do recinto 12h31- Almoço “Porco no espeto e sardinha assada” 16h02- Grupo de Cantares de Tunes 18h01- Grupo Coral Instrumental “Vozes de Almodôvar” 20h01- Real Tuna Infantina Mista da UALG 20h31- Jantar “Porco assado no espeto e frango assado” 20h31- Grupo de cantares “Alma Serrana” 21h02- Baile com Nuno Duarte Dia 16 08h02- Abertura do recinto 12h31- Almoço “Porco no espeto e frango assado” 16h03- Grupo Etnográfico da Casa Povo Stª Clara-A-Velha “Gente do Alto Mira” 19h01- Matiné Dançante com Mário Dias 20h01- Real Tuna Infantina Mista da UALG 20h02- Jantar “Porco no espeto ” 21h01- Rancho Folclórico do Algoz 22h02- Continuação da Matiné

Freguesia de S. Marcos da Serra AGOSTO FESTAS DE VERÃO Dias 14 e 15 de agosto Em S. Marcos da Serra, com petiscos e animação musical, com a seguinte programação: 14 de Agosto - Baile com Mário Neves 15 de Agosto - Atuação do Paulo das Vacas e do Rancho Folclórico do Poceirão.

Organização: Serrano Futebol Clube, com Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra, CMS e Crédito Agrícola de S.B. Messines e S. Marcos da Serra

Informação Julho/ Agosto 2015

Dia 5 DE setembro – Noite do Artesão 17h00 – Abertura do Certame 20h00 – Animação Musical com a atuação do Duo Paulo e Sónia 22h00 – Animação Musical com a atuação da artista Mariza Duvall e Bailarinas 02h00 – Encerramento do Certame

9

Dia 6 de setembro- Noite da Doçaria 17h00 – Abertura do Certame 20h00 – Animação Musical com a atuação do Acordeonista / Vocalista Paulo Coelho 00h00 – Encerramento do Certame Organização : Câmara Municipal de Silves e União das Freguesias de Alcantarilha e Pêra

Cultura, Desporto e Ambiente – na praia de Armação de Pêra

O

Freguesia de Silves JULHO/ AGOSTO “Sunset Secrets” - QUINTAS DO CASTELO Até ao dia 27 de agosto, no Castelo de Silves, entre as 18h30 e as 23h, todas as quintas feiras ( à exceção dos dias 6 e 13 de agosto, devido à realização da Feira Medieval).

Espetáculos de world music, dança oriental, poesia à mesa, massagens de relaxamento gratuitas e ainda promoção de produtos locais através da gastronomia. O programa de concertos é o seguinte: » 23.julho | Projeto “Flor de Sal” [voz/guitarra acústica, flautas de bisel/voz e percussão] » 30.julho | Eduardo Ramos Ensemble Moçárabe [voz/alaúde árabe, percussão e dança oriental] » 20.agosto | Cantus Firmus [piano, contrabaixo e violino] » 27.agosto | Grupo de Fados “Madragoa” [vozes, guitarra portuguesa e guitarra acústica] Org: Câmara Municipal de Silves AGOSTO XII FEIRA MEDIEVAL DE SILVES – De 7 a 16 de agosto ( ver programa na pág. 10) Org: Câmara Municipal de Silves

A organização é da Comissão de Festas da Paróquia de Pêra e Centro Paroquial de Pêra com o apoio da Câmara de Silves, União das Freguesias de Alcantarilha/Pêra e Crédito Agrícola de Pêra.

Atividades desportivas

XIV FEIRA DOS FRUTOS SECOS De 4 a 6 de setembro No Largo da Junta de Freguesia de Alcantarilha

União das Freguesias de Pêra/ Alcantarilha Dia 4 de setembro- Noite das Coletividades 18h30 – Inauguração do Certame às Entidades Oficiais e Convidados 20h00 – Animação Musical com a atuação do Duo Noémia Duarte e António Cardoso 22h00 – Atuação do Grupo Folclórico de Faro 02h00 – Encerramento do Certame

Ú MONCHIQUEIRO Grelhados Mercado Múnicipal

Tel.: 282 44 21 42

Silves

Está prevista a realização de diversas atividades desportivas, de julho a setembro que decorrerão na praia, junto à Lota: Aulas de zumba: dias 21, 23, 26, 29 e 30 de julho; / 2, 4, 6, 9, 11, 13, 16, 18, 20, 22, 23, 25, 27 e 30 de agosto Aulas de fitness: dias 22, 24, 25, 27 e 31 de julho; / 1, 3, 5, 7, 8, 10, 12, 14, 15, 17, 19, 21, 24, 26, 28, 29 e 31 de agosto.

Ainda em termos desportivos decorrerá a Etapa Final Circuito Regional de Gira Praia, nos dias 25 e 26 de julho e 1 e 2 de agosto, na praia dos Pescadores.

O desporto terá o seu momento alto com a realização da Fase Final Nacional de Futevólei entre os dias 28 e 30 de agosto, igualmente na Praia dos Pescadores.

Atividades ambientais

XXXIII Encontro de Bandas Civis Dia 29 de agosto

JULHO/ AGOSTO 17º ARRAIAL DO PETISCO No Polidesportivo de Pêra, a partir das 20h.

Os petiscos são uma forte atração destas festas que contam com o seguinte programa musical: Dia 24 de julho- Fernando Pereira Dia 25 de julho- Duo Compact 2 Dia 26 de julho- Vítor e Edgar Dia 31 de julho – Humberto Silva Dia 1de agosto- Duo Tânia e Teresa Dia 2 de agosto – Emanuel Martins

Município de Silves desenvolve durante toda a época balnear, algumas ações de sensibilização ambiental, na praia de Armação de Pêra, bem como atividades desportivas e culturais.

“O objetivo deste programa é alertar os veraneantes e demais utilizadores da praia, para a necessidade de ter alguns cuidados que ajudem a preservar esse espaço, de modo a que o mesmo possa ser fruído por todos. Simultaneamente, procurar-se-á proporcionar alguns momentos lúdicos e culturais, desafiando os turistas a contactarem com a poesia, ou a realizarem ações de limpeza ou, ainda, a fazerem observação de aves, entre outras propostas”, informa a autarquia.

Pub.

Já no que toca à sensibilização para as questões ambientais, a autarquia desenvolve, entre 21 e 23 de julho e 24 e 25 de agosto, pelas 10h30, a ação “Consultório da Poesia”.

Os “Jogos do Ambiente” decorrerão de 27 a 29 de julho, também pelas 10h30, na Fortaleza.

Na zona da Fortaleza, no dia 23 será feita a distribuição de cinzeiros de praia nesta mesma zona.

A realização de um Percurso e de momentos de observação de aves/birdwatching na Praia Grande poderá ser desfrutada por quem tenha disponibilidade de participar no dia 2 de setembro, pelas 17h30 e no dia 5 de setembro, pelas 16h, haverá uma “Batida Fotográfica”.

PATRÍCIO MACHADO C. NEVES Serralharia e Caixilharia de Alumínio Travessa da Rua António Cabrita Carneiro 8375-138 S. B. de Messines Telef.: 282 339 575 Pub.

Pub.

O programa, no que diz respeito a ações de sensibilização ambiental, encerrará no dia 16 de setembro, com uma palestra sobre o tema ambiente, que decorrerá entre as 14h e as 16h na Escola EB 2, 3 Dr. António da Costa Contreiras, em Armação de Pêra.

Consultório de Poesia nas praias do Concelho

A Biblioteca Municipal de Silves, em parceria com o Sector de Educação da Câmara Municipal de Silves e no âmbito do Programa Bandeira Azul, realiza pelo terceiro ano consecutivo uma atividade de promoção de leitura nas praias de Armação de Pêra e Praia Grande, nos meses de julho e agosto.

Este ano, a atividade Poesia de pezinhos molhados, dedicada às famílias, dá lugar ao “Consultório de Poesia”: uma atividade em areia seca e apenas para adultos, nos dias 21 e 28 de julho e 24 e 25 de agosto, realizando-se as sessões do primeiro dia de cada mês sempre na Praia de Armação de Pêra e as do segundo dia na Praia Grande, no horário das 10h às 12h.

“O Consultório assenta no facto de que a poesia nos ajuda a conhecermo-nos melhor, a interpretar melhor pessoas e situações, ajudando-nos a ultrapassar medos e a vencer obstáculos/bloqueios emocionais e/ou psicológicos e a orientar-nos na construção de um futuro pessoal mais claro, solidamente construído e feliz.

O desafio consiste em partilhar poesia na praia, contribuindo para melhorar a saúde emocional e psicológica dos veraneantes que necessitem de ajuda na sua vida afetiva, profissional, financeira, na sua relação com o tempo (gestão de tempo ou dificuldade em fazer o luto de um ente querido), etc.”.

10

Informação Julho/ Agosto 2015

ETAR de S. Marcos da Serra entrou em funcionamento A ETAR de S. Marcos da Serra entrou em funcionamento, tendo como principal objetivo tratar as águas residuais urbanas de três populações – São Marcos da Serra, Estação de S. Marcos e Cruzamento, que totalizam cerca de um milhar de habitantes.

Acabam assim as descargas diretas para a ribeira de Odelouca.

A

informação foi divulgada pela empresa Águas do Algarve – AdA que considera que o dia da entrada em funcionamento desta ETAR ( dia 4 de maio) é uma data a recordar no calendário de São Marcos da Serra e no concelho de Silves.

Tratou-se de uma obra com um investimento “ na ordem de um milhão de euros” e abrangeu a execução de todos os trabalhos de construção civil e do fornecimento e montagem dos equipamentos e das instalações elétricas de condutas e câmaras de válvulas.”.

Com a entrada em funcionamento desta infraestrutura, elimina-se as descargas diretas para a ribeira de Odelouca, dos esgotos das povoações citadas. “A construção do Sistema veio permitir a eliminação desses pontos de descarga e o encaminhamento da água residual para tratamento adequado na ETAR de São Marcos da Serra e posterior recarga no meio recetor.”. “ Muito

embora a maioria das habitações estivesse já ligada à rede de drenagem, não dispunha de ETAR, sendo as água residuais, então, lançadas sem qualquer tratamento em 4 pontos distintos da ribeira de Odelouca. Presentemente, a entrada em funcionamento deste equipamento representa um benefício social para os habitantes dos três locais servidos pela ETAR, uma vez que permite melhorar de forma significativa as suas condições sanitárias e ambientais, considerando que diminuirá a carga poluente descarregada na Barragem de Odelouca”.

“O arranque da exploração da ETAR de São Marcos da Serra, vai contribuir para a redução das pressões sobre a bacia da ribeira de Odelouca e sua albufeira, que constitui atualmente a principal origem de água do Sistema Multimunicipal e Abastecimento de Água do Algarve”.

Orçamento Participativo entra na 2ª fase

A

té ao dia 31 de julho, está a decorrer a 2ª fase do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Silves para 2016.

Nesta fase, os munícipes, ou associações, que não participaram nas reuniões públicas que se realizaram no mês de maio nas diversas freguesias, podem expressar agora a sua opinião, através do preenchimento de um inquérito O referido inquérito encontra-se disponível no site da Câmara Municipal em www.cm-silves.pt e em papel, nas juntas de freguesia e nos serviços de atendimento da Câmara.

O objetivo com o lançamento deste inquérito é o de fazer a “recolha da opinião da população e a promoção da sua participação na elaboração do Orçamento do Município para 2016”. Aos munícipes é-lhes pedido que se pronunciem sobre “os investimentos que consideram ser prioritários, cabendo, posteriormente, ao Executivo, fazer a ava-

Pub.

ETAR de S. Marcos da Serra ( Fotos Águas do Algarve)

Carlos Martins novo administrador das Águas do Algarve

Carlos Manuel Martins é o novo presidente do Conselho de Administração da empresa Águas do Algarve, substituindo no cargo Isabel Soares, a ex-presidente da Câmara Municipal de Silves, que continua neste órgão como vogal executivo, juntamente com Jorge Torres. Integram ainda este órgão os presidentes das autarquias de Silves, Rosa Palma e de Monchique, Rui André.

Para presidente do Conselho Fiscal foi eleita a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes e o presidente da mesa da assembleia-geral é o presidente da Câmara de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro.

PCP propõe reposição de freguesias no Algarve

O PCP apresentou na Assembleia

liação final das propostas, com base em critérios técnicos, financeiros e estratégicos”.

No inquérito é solicitada a escolha de “3 áreas de intervenção municipal” que “devam ser consideradas prioritárias pela Câmara Municipal”, bem como “3 investimentos ( projetos, obras, pequenas intervenções ou iniciativas) que considera prioritários realizar na sua área de residência e/ou no concelho”.

A autarquia diz ainda contar “ com o envolvimento, as ideias, a criatividade e a capacidade de inovação de todos os munícipes no processo de gestão do investimento autárquico, com vista à melhoria dos índices de bem-estar e dos indicadores de desenvolvimento do concelho de Silves e agradece, desde já, a colaboração e o contributo de todos, através do preenchimento do inquérito”.

da República oito projetos de lei visando a reposição das freguesias que foram anexadas, no Algarve, entre as quais as de Alcantarilha, Algoz, Pêra e Tunes.

Na proposta, apresentada no dia 22 de junho, o PCP engloba ainda as freguesias de Bensafrim, Barão de São João, Santa Maria e São Sebastião, no concelho de Lagos. Para este partido, “apesar de estas freguesias terem sido extintas, a sua identidade cultural e social manteve-se”, o

que justiça a sua reposição, É ainda intenção do PCP apresentar outras propostas no mesmo sentido, para contrariar a extinção das 17 freguesias do Algarve extintas em 2012.

No seu documento, o PCP lembra que em “maio de 2011, PS, PSD e CDS subscreveram com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu o Programa da Troica, que impunha, em particular, a extinção de um número significativo de autarquias locais com o objetivo de retirar expressão e força à represen-

tação dos interesses locais e reduzir a proximidade entre eleitos e cidadãos”. Com base nesse acordo foram extintas mais de mil freguesias em todo o país, num processo que o PCP considera que foi “imposto de cima para baixo, contra a vontade das populações” e que “um ano e meio” depois desta extinção, “ a vida veio dar razão a todos os que se opuseram a essa medida que se traduziu em menos democracia, menos participação e piores serviços públicos”.

PS Silves critica opção do Executivo CDU

O PS Silves entende que “ mais uma vez fica adiada a resposta necessária ao desenvolvimento do concelho de Silves”, na análise que faz às opções do Executivo CDU da Câmara Municipal de Silves, a propósito do pedido de empréstimo de 4,3 milhões de euros, aprovado há cerca de um mês, pela Assembleia Municipal de Silves. É o seguinte o teor do comunicado divulgado por esta estrutura partidária: «4,3 Milhões de euros para obras de gestão corrente O Executivo CDU que lidera a Câ-

mara Municipal de Silves tem 4,3 milhões de euros para obras.

Foi aprovado, na Câmara e na Assembleia Municipal de Silves, um empréstimo para obras no concelho no valor de 4,3 milhões de euros, a pagar nos próximos 4 mandatos.

O PS, através da abstenção, validou a proposta de empréstimo porque entendeu não dever condicionar a ação do executivo permanente. A abstenção deveu-se ao facto de não ter sido dado conhecimento, nem aos vereadores e nem aos membros da Assembleia Municipal, dos processos das obras referidas, e não terem sido explicados os critérios que

estiveram na base da escolha.

O PS lamenta que a CDU tenha recorrido ao empréstimo no valor de 4,3 milhões de euros para a realização de obras, as quais podem ser facilmente executadas com a gestão corrente do município, uma vez que este possui liquidez suficiente para a execução de tais obras sem recurso a empréstimos.

Entendemos que um empréstimo deste valor, 4,3 milhões de euros, poderia e deveria ser aplicado numa obra estruturante para o concelho.

O PS entende que, mais uma vez fica adiada a resposta necessária ao desenvolvimento do concelho de Silves.»

Sociedade Julho/ Agosto 2015

11

Cerveja Marafada

Do Algoz à conquista do Algarve

A “Cerveja Marafada” foi um sucesso no Alameda Beer Fest 2015 que se realizou em Faro, no primeiro fim de semana de julho, também com grande êxito.

A “Marafada” nasceu e tem crescido na Quinta dos Avós, no Algoz, com André Gonçalves e Ruben Pires dois amigos, arquitetos paisagistas que, de momento, estão inteiramente dedicados à cerveja artesanal.

A

ideia da Marafada nasceu em Lisboa, quando os dois amigos, André e Ruben, começaram “ a fazer experiências com uns amigos italianos”. Das experiências à ideia de que “ fazia falta aparecer este tipo de cerveja no Algarve” foi um processo rápido. Mais difícil foi a sua concretização. Há cerca de dois anos, começaram as primeiras tentativas à procura do sabor que pretendiam alcançar. Passo a passo, gole a gole, experiência a experiência, chegaram à Cerveja Marafada, nas suas duas qualidades: India Pale Ale e Pale Ale. De inicio ao fim, todo o processo foi feito pelos dois arquitetos. André construiu os equipamentos necessários, por se ajeitar a esse trabalho, poupando muito dinheiro, ao mesmo tempo que garantia ter o equipamento adequado ao produto que pretendiam fazer. Agora, além da produção fazem também todo o trabalho de comercialização e divulgação. O rótulo foi desenhado por Ruben, seguindo um conceito bem definido: a rapariga “ marafada” não tem preconceitos, até levanta a saia, e está junto a uma serra, pois o Algarve não é só praia”.

A cerveja India Pale Ale é uma “cerveja concentrada”. A receita surgiu em Inglaterra, entre 1850 e 1950. O seu destino era a Índia, então dominada pelos ingleses, e bebia-se após ser diluída. Foi es-

“Nasceste logo Marafada colhida por André e Ruben por vão bebendo as experiências, e faSerá assim a vida inteira considerarem que “esta cerveja zendo os comentários. Bem como Estás bem preparada é que a encaixa melhor na nossa os clientes da Quinta dos Avós, a Para dar muita rasteira”. água, e além disso e uma cerveja casa de chá no Algoz, bem conheque aguenta bem o sol e a luz, e o cida pelos famosos doces de Maria Poeta algarvio Gualdino Calçada transporte”. É também uma bebida concentrada a que é servida por André e Ruben. Mas o seu sabor é único. Explica André Gonçalves que são quatro os fatores que determinam o sabor de uma cerveja: “ a água; o malte, o lúpulo e a levedura”. Mas a água é o fator chave para o sabor.

“A mesma cerveja feita noutro India Pale Ale é um estilo de cerveja corpulento, lugar, com outra André Gonçalves ( à esquerda ) e Ruben Pires (à direita), na Quinta dos Avós, no Algoz muito amargo, com os aromas fortes do lúpulo e água, não vai sair o sabor contrastante do malte. A Marafada não da mesma maneira”. As variações Encarnação Teodósio Gonçalves, algarvia, e de ervas tem conservantes e não é filtrada, por isso contém depósito e deve ser bebida no seu copo. também se verificam de produção doceira com prémios internacio- aromáticas como para produção. nais… Ao lado dos doces e do funcho, tomilho e Esta Marafada gosta de estar de pé, ao fresco e no escuro e é ainda melhor com pratos marafados e Por esta explicação facilmente se Museu Rural ali existente, produz- poejo está também bem condimentados. A Marafada está à venda por percebe as possibilidades de ex- -se agora a “Cerveja Marafada”, a ser explorado.

3,50€ ( garrafa de 33 cl). pansão da cerveja artesanal. enquanto outros projetos ganham A ideia, diz Ru“Não há uma cerveja igual a outra, consistência. ben Pires, “é fazer cada vez que fazemos uma produ- Um dos projetos passa por recriar a cerveja India Pale de diferentes ram mil litros de marafadas e o obção há algo que se pode melhorar a cerveja Alcalar que foi no ano marcas, adaptada aos recursos que jetivo é o de continuar a produzir e o nosso esforço é para fazer o passado apresentada em Portimão, temos no Algarve”. “produtos marafados”. melhor possível”, afirma André durante a recriação de um dia da Investigar, provar e produzir um Paula Bravo Gonçalves. pré-história nos monumentos me- produto “em que temos confiança” Os “provadores de serviço” têm galíticos de Alcalar. O uso de ci- é o caminho escolhido por André sido os amigos, claro. São eles que trinos, nomeadamente da laranja e Ruben. No último mês produzi-

Moradores reclamam acesso a Via Rápida no Foral

A

Assembleia Municipal de Silves decidiu manifestar a sua solidariedade aos moradores do Foral que há vários anos reivindica, a “construção de acesso a via rápida na zona do Foral entre Messines/Tunes”.

Na moção, aprovada no dia 26 de junho, a Assembleia Municipal deliberou ainda “reclamar medidas junto às entidades competentes, nomeadamente Estradas de Portugal e Câmara Municipal de Silves para a execução desta obra, bem como a execução de projeto por técnicos qualificados para o efeito”.

No documento aprovado, lembra-se que “no dia 2 de janeiro de 1988, foi eleita uma Comissão de Residentes, entre aproximadamente 150, incluindo também proprietários e agricultores da região, de modo a solicitarem às entidades competente, incluindo a Câmara Municipal de Silves, a execução de um acesso à via rápida naque-

la zona, de modo a que o acesso se fizesse com facilidade, tanto a pessoas como produtos agrícolas, turismo, transporte de doentes, etc”.

A referida “Comissão tem o apoio expresso de variadíssimas entidades” tais como as juntas de freguesia de Tunes, Algoz, Messines, Paderne, bem como dos municípios de Silves e de Albufeira, Caixas de Crédito Agrícola de Messines e de Albufeira, Caixa Geral de Depósitos, Viveiros do Foral e “ainda muitas empresas ligadas à agricultura”.

Paragens de autocarros

Foi entregue também à Câmara Municipal um pedido para que interceda também junto das Estradas de Portugal, no sentido de serem criadas paragens de autocarro, na Estrada IC1 Tunes/Silves.

Ao Terra Ruiva, o morador Cle-

A g o r a o Te r r a R u i v a

também está disponível na Internet

Povoações sem acesso ao IC1

mentino Fonseca, informou que os moradores no Foral defendem a construção de espaços para paragens de autocarros, que lhes facilitaria a vida, enquanto utentes de transportes públicos, sugerindo que o mesmo seja construído ao quilómetro 729, 4 do IC 1. Para Clementino Fonseca, o ideal seria a construção de mais duas paragens, junto do quilómetro 727, 4 e junto ao posto de combustíveis da BP. Estas paragens, a serem criadas, iriam servir não só os moradores do Foral, como também os moradores do Mouricão e outros sítios ao redor, bastante povoados.

w w w.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva

12

Geral Julho/ Agosto 2015

Lince Ibérico menos ameaçado de extinção Das 53 crias existentes atualmente, 11 nasceram em Silves

A

União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) retirou o lince ibérico da categoria de animais “Criticamente em Perigo” e passou-o para a categoria “Em Perigo”, por considerar que esta espécie de felino – a mais ameaçada do mundo – começa a dar alguns sinais de sobrevivência.

Segundo os dados divulgados, existiam, em 2012, 156 linces, e hoje serão mais de 300.

Atualmente, há 53 crias de lince-ibérico nos cinco centros de reprodução em Portugal e Espanha, resultado da temporada reprodutora de 2015. Em dez anos de história, a taxa de sobrevivência nunca foi tão elevada.

Das 53 crias, onze nasceram em Portugal, no Centro Nacional de Reprodução de Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves. As fêmeas Biznaga, Fruta e Fresa tiveram ninhadas de três crias; Flora e Artemisa tiveram uma cria cada.

Além dos animais que estão a ser criados nos centros de reprodução, existem já algumas zonas com populações estáveis de linces, que têm sido reintroduzidos em Espanha ( em 4 regiões) e recentemente também em Portugal, no Vale do Guadiana (Mértola), onde foram no ano passado libertados 10 animais.

No entanto, os responsáveis pelos programas de conservação do lince ibérico continuam a sublinhar que, apesar das boas notícias, há ainda

um longo caminho a percorrer. Por resolver continuam ainda as questões como o combate às doenças que atacam os coelhos bravos, a principal fonte de alimentação do lince, bem como as mortes causadas por atropelamento. A consolidação das áreas de reintrodução até conseguir populações ligadas entre si, é outro aspeto a resolver.

Na Lista Vermelha da UICN, embora tenha saído o lince ibérico, continuam a constar cerca de 23 mil espécies ameaçadas de extinção. As principais razões para que isso aconteça são a perda e degradação dos habitats, o comércio ilegal e as espécies invasoras.

Pub.

Pub.

MARLABOR

Publicidade Julho/ Agosto 2015

13

/ 282338724 Fax: 282338725

Especialidades: * Cardiologia * Cirurgia Geral * Clínica Geral * Clínica Geral * Clínica Geral * Diabetes * Dermatologia * Endocrinologia * Endocrinologia * Fisioterapia * Ginecologia * Ginecologia * Medicina Chinesa * Neurocirurgia * Neurologia * Obstetrícia * Obstetrícia * Oftalmologia * Ortopedia * Otorrino * Patologia Mamária * Pediatria * Psiquiatria * Quiroprática * Reumatologia * Urologia * Enfermagem * Terapia da Fala * Psicologia * Psicologia

Dr. Alberto Felizardo Dr. António Lourenço Drª Madalena Lemos Dr. Roberto Fernandez Drª Rosário Sampaio Drª Madalena Lemos Drª Manuela Loureiro Dr. Mário Mascarenhas Drª Ana Barbosa Ft. Daniela Cabrita Drª Leonor Ferreira Dr. Aguinaldo Andrade Drª Camila Martins Dr. Cesário Vilela Drª Edmeia Monteiro Dr. Aguinaldo Andrade Drª Leonor Ferreira Dr. João Rodrigues Dr. Vítor Ferreira Dr. Inácio Filipe Dr. Aguinaldo Andrade Dr.ª Marilene Eusébio Drª Ana Pires Dr. António Teixeira Drª Eugénia Simões Dr. Miguel Cabrita Enf. Ana Rita Luz Drª Catarina Duarte Drª Telma Vara Dr. Carlos Albino

NOVOS EXAMES Ecocardiograma Electrocardiograma Ecografia Ginecológica Ecografia Pélvica Ecografia Vaginal Ecografia Obstétrica Ecografia 3 D e 4 D Ecografia Renal e Supra-Renal Ecografia Vesical Ecografia Prostática Ecografia Escrotal TRATAMENTOS Fisioterapia Estética (Tratamentos de rosto e corpo) Massagem de relaxamento/ terapêutica Drenagem linfática manual ACORDOS - Médicos Aderentes CA CliniCard RNA Multicare B.V.S.B.Messines (Quotas em dia)

(doenças de comportamento alimentar, anorexia, bulimia, défice de atenção e aprendizagem, hiperactividade, dislexia, disortografia, perturbações de pânico, toxicomanias, drogas e álcool, exames psicológicos, avaliação psicológica de condutores (aptidões e competências)) Pub.

S. Bartolomeu de Messines | Rua da Liberdade, 50 | Telefone: 282 333 200 - Fax: 282 330 104

a r u c s e r F e e d a d i Qual m e o ç e r P r o h l e ao M U E M O L O T R A B SÃO S E N I S S DE ME Ao seu dispor, todos os dias da semana, das 8h30 às 20h Domingos e feriados incluídos

Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral n.º 36 Tel: 282330333

S. Marcos da Serrra | Rua da Igreja | Telefone: 282 361257 - Fax: 282 361 192

Pub.

14

Desporto Julho/ Agosto 2015

UDM vai ter equipa sénior na próxima época E novo relvado

A

União Desportiva Messinense (UDM) irá ter de novo uma equipa sénior de futebol, na próxima época, três anos depois da sua suspensão.

A confirmação desta notícia foi dada ao Terra Ruiva pelo atual presidente da UDM, Hélder Bráz.

Foi em junho de 2012 que a UDM anunciou oficialmente a suspensão do futebol sénior, devido a problemas financeiros que tornavam impossível a manutenção de uma equipa sénior, remunerada, sob pena de arrastar o clube para a falência irreversível.

Em julho de 2015, a UDM anuncia que irá voltar a ter uma equipa, mas em moldes completamente diferentes, como sublinha o presidente Hélder Bráz. Assim, a nova equipa irá ser formada maioritariamente por “jogadores da casa, que saem das camadas jovens” e “alguns de fora”. Numa situação algo original, os jogadores não serão remunerados, exceto alguns que já jogaram na UDM e aos quais o clube devia dinheiro.

O seu ordenado será, assim feito através do pagamento dos ordenados em atraso ( assim se resolvendo também alguns processos que já corriam no tribunal, com montantes significativos).

A equipa terá entre 22 a 24 jogadores e “já está formada”, sendo a maioria dos jogadores de Messines, “os melhores que saem dos juniores”. Uma situação contrária ao que acontecia anteriormente onde os jovens jogadores não eram escolhidos para a equipa sénior, enquanto o clube pagava verbas avultadas a jogadores vindos de fora, vendo apenas a perspetiva dos resultados e uma certa vaidade em pertencer a determinada divisão de futebol.

Segundo o presidente do clube, as questões financeiras também estão praticamente asseguradas “falta apenas uns ajustes, mas vamos conseguir, com os patrocínios e apoios que temos e as iniciativas que temos realizado”.

Um outro problema do clube, que tem a ver com a degradação do relvado, está também em vias de resolução, uma vez que se encontra previsto nas obras que a Câmara Municipal de Silves pretende fazer dentro em breve,

estando previsto que a instalação do novo relvado se concretize algures em dezembro ou janeiro, segundo Hélder Bráz.

Esta obra irá decerto dar um novo alento a um clube onde treinam cerca de 130 crianças e jovens, em várias camadas: petizes, traquinas, benjamins, infantis, iniciados, juvenis e juniores. Camadas que são a verdadeira essência do clube, defende Hélder Bráz. São também estas crianças e jovens a razão que levaram Hélder Bráz a aceitar o cargo de presidente da UDM, no final do ano passado, quando o clube se encontrava sem direção e sem que aparecesse nenhum lista candidata aos corpos sociais. “Não me considero presidente do clube, eu considero-me uma pessoa que está aqui para trabalhar”. No clube onde já foi jogador, desde os 15 anos, treinador de camadas jovens e seniores, e diretor de futebol sénior durante dois anos, a motivação para regressar, depois de seis anos de afastamento, foi “ a vontade de encontrar uma maneira de ajudar os miúdos” que, “enquanto aqui andam estão entretidos num desporto, fazem uma vida saudável, não andam por fora a fazer o que não devem”.

Consciente de que a motivação para fazer mais em prol do clube, tem de ser muito grande para ultrapassar as dificuldades – sobretudo as financeiras que têm a ver principalmente com a enorme dívida herdada - Hélder Bráz faz questão de sublinhar também a enorme ajuda que tem tido dos comerciantes e empresas de Messines que, apesar das suas próprias dificuldades, “vão sempre apoiando” , bem como o apoio da Caixa de Crédito Agrícola de Messines, Câmara Municipal de Silves e Junta de Freguesia de S.B. Messines – que inclusive subsidia as crianças que não têm possibilidade de pagar as mensalidades para praticar futebol, pelo que “não há miúdo nenhum que deixe de jogar à bola”. Os agradecimentos estendem-se também à Casa do Povo de Messines e Bombeiros Voluntários de Messines,

Campeões Ricardo Correia

Ricardo Correia, o treinador da equipa de natação do Clube de Futebol “Os Armacenenses” é o novo Campeão Nacional dos 800 m livres no escalão Master C. O titulo foi obtido no Campeonato Nacional de Masters Loulé 2015.

O presidente da UDM, Hélder Bráz

Teresa Fernandes e Ana Sofia Silvestre

duas entidades sempre colaborantes nas iniciativas da UDM. Projetos Já no capítulo dos projetos que esta direção gostaria de concretizar, o presidente fala de dois. O primeiro não tardará a avançar, e tem a ver com a remodelação do quiosque da UDM ( à entrada do Campo Municipal).

Encerrado pela ASAE por falta de condições, está previsto que o mesmo seja deitado abaixo, para ali se construir uma nova estrutura, de raiz. Uma obra que terá o apoio da Câmara Municipal.

Mais difícil de concretizar será a outra ideia apresentada por Hélder Bráz: construir um edifício ao lado dos balneários do campo.

No rés-de chão seria instalado um ginásio e no primeiro andar seria feita a tão desejada sede do clube…

Para já, este projeto insere-se mais na categoria “sonhos”, mas “não é impossível”… nos anos futuros, quando o clube conseguir equilibrar as suas contas.

Paula Bravo

As duas atletas do Clube Xelb de Silves acrescentaram mais um título às suas brilhantes carreiras, ao sagrarem-se Campeãs Nacionais no Campeonato Nacional de XCO 2015, que decorreu em Loulé, no dia 12 de julho.

Raquel Coelho e Francisco Labisa

O par infantil da Ginástica da Casa do Povo de Messines, Raquel Coelho e Francisco

Visite a nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Terra-Ruiva-Jornal-do-Concelho-de-Silves

Faça um Like na página do jornal e veja as atualizações

Labisa são os novos Campeões Nacionais na Ginástica Acrobática, na categoria Par Misto Infantil, um título obtido na Taça de Portugal de Ginástica Acrobática.

GRÁTIS

Pub.

Envie o seu anúncio classificado até ao dia 12 de cada mês.

Pub.

Sociedade Julho/ Agosto 2015

Ciência Viva no Verão com atividades no Concelho

T

e v e início no dia 15 de julho e p ro l on g a - s e até 15 de setembro, mais uma edição da Ciência Viva no Verão, iniciativa da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, com os Centros Ciência Viva.

Passeios científicos, observações astronómicas, visitas a obras de engenharia, castelos e faróis, espeleologia e vida selvagem fazem parte de um programa que se desenvolve a nível nacional, com participação gratuita.

No nosso concelho irão decorrer as seguintes atividades: Ciência ao Sul – Na Praia Grande (Pêra Nascente) – No dia 30 de julho, a partir das 9h, numa organi-

zação do Centro de Ciência Viva de Lagos.

Astrónomos Medievais em Silves – De 7 a 16 de agosto, na Feira Medieval de Silves; a partir das 20h 30, no Castelo de Silves. Com o objetivo de dar a conhecer aspetos astronómicos das culturas árabes e europeias no período medieval. A organização é do Centro de Ciência Viva do Algarve.

Para todo o Algarve estão previstas cerca de 300 ações. O programa completo e as inscrições encontram-se em : http://www.cienciaviva.pt/veraocv/2015/

15

Nova Campanha Arqueológica no Castelo de Silves

U

ma nova campanha arqueológica está a decorrer no Castelo de Silves, até ao dia 1 de agosto. O objetivo é o de descobrir mais sobre o espaço que poderá corresponder à alcaidaria do Infante D. Henrique.

Esta campanha teve inicio no dia 20 de julho e está a ser orientada por Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes, conhecidos arqueólogos com vasta intervenção em Silves, da Universidade Nova de Lisboa, através do Instituto de Arqueologia e Paleociências, com a colaboração do Município de Silves.

A equipa constituída pelos dois arqueólogos contará com a presença de dez estudantes do 1º Ciclo de Arqueologia da FCSH da UNL. “A área a intervencionar localiza-se no setor poente do Castelo e pre-

tende alcançar um maior conhecimento do espaço que, segundo a investigadora que dirigirá os trabalhos, poderá corresponder à alcaidaria do Infante D. Henrique. A intervenção irá incidir neste setor, para permitir conhecer a dimensão do espaço, assim como os artefactos ali utilizados no quotidiano, pelos seus ocupantes, ao longo dos séculos XIV-XVI”, informa a autarquia.

Atletas da Casa do Povo de Messines em Helsínquia

U

ma delegação de 29 atletas da Casa do Povo de Messines esteve presentes na 15ª Gymnaestrada Mundial que se realizou na cidade de Helsínquia, na Finlândia, de 12 a 18 de julho.

A comitiva portuguesa foi composta por 1.090 atletas portugueses que se juntaram neste que é o maior evento de ginástica não competitivo, que permite a participação de todos os ginastas, de ambos os sexos, de todas as idades e diferentes culturas. Em 2015, em Helsínquia, foram 21 mil atletas de vários países do mundo.

No decorrer deste encontro, o ponto alto da participação portuguesa, ocorreu no dia 14 de julho, com a realização de uma Gala Luso-Brasileira, com a participação de 200 atletas portugueses ( entre os quais os da Casa do Povo de Messines) e 600 brasileiros, que fizeram uma apresentação conjunta com a duração de hora e meia.

De referir ainda que os atletas messinenses e restante comitiva foram recebidos no Salão Nobre da Câmara Municipal de Silves, no dia 7 de julho, tendo recebido das mãos da vereadora do Pelouro do Desporto, Luísa Conduto Luís, uma bandeira do Município de Silves, para que pudessem levar até Helsínquia as cores silvenses.

Na ocasião, Luísa Conduto Luís, que esteve acompanhada do presidente da Assembleia Municipal de Silves, Analídio Braz, destacou a importância da prática desportiva como componente da formação integral dos seres humanos e referiu, como sendo de grande relevância, o papel desempenhado por todos os que estão na retaguarda dos atletas: professores, dirigentes desportivos e, sobretudo, as famílias, que muito se sacrificam para que os jovens possam ter todas as oportunidades.

A classe de Ginástica da Casa do

2º Passeio Ciclomotores S. Marcos da Serra O Moto Clube de S. Marcos da Serra organiza no dia 9 de agosto, o 2º Passeio Ciclomotores.

O encontro é às 10h, junto à igreja de S. Marcos da Serra, de onde partirão para um percurso até à Barragem de Santa Clara.

As inscrições têm um custo de 15€ e podem ser feitas até ao próprio dia do passeio.

A receção na Câmara Municipal de Silves

Povo de Messines existe há 10 anos. Agrega muitas crianças e jovens da freguesia de S. B. Messines e circundantes, estando dividida em três grupos: Iniciação, Desenvolvimento e Competição.

Ao todo, conta com 88 praticantes,

Freestyle em Messines A União Desportiva Messines organiza, no dia 25 de julho, um evento de Freestyle Motocross Rider, em S. Bartolomeu de Messines, frente ao quartel dos bombeiros.

A demonstração decorre das 19h às 21h e a entrada tem um custo de 3€.

entre os 4 e os 18 anos de idade.

Estes atletas têm tido participações em provas nacionais, alcançando vários títulos regionais e nacionais, de onde se destacam os de Campeões Nacionais no escalão de infantis femininos em Mini-

Passeio Pedestre Noturno em S. Marcos da Serra No dia 1 de agosto, realiza-se o 1º Passeio Pedestre Noturno, em S. Marcos da Serra. A concentração é feita no Largo da Igreja, pelas 21h. Os participantes são aconselhados a usarem coletes refletores e lanternas.

A organização é da Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra.

trampolim e de Campeã Nacional Individual, no escalão de iniciados femininos, igualmente em minitrampolim. A somar a estes, registaram-se mais seis títulos de campeões regionais e 113 medalhados em todas as competições oficiais.

7º BTT Noturno em Alcantarilha

O Grupo Aventura e Desporto de Alcantarilha-Gare organiza o 7º BTT Noturno GADAG, no dia 25 de julho, com um percurso de 25 kms.

As inscrições são limitadas e devem ser realizadas através do contacto: www.gadag.pt .

O preço de participação é de “4 pedaladas” para sócios e de “6 pedaladas” para não sócios.

No final haverá “patuscada bem regada”.

16

História

Julho/ Agosto 2015

Exposição sobre os “Lavadouros Públicos”, nos Paços do Concelho

História

Vera Gonçalves

Os Lavadouros Públicos do Concelho de Silves é o tema da Exposição do Arquivo Municipal de Silves que pode ser vista nos Paços do Concelho, até ao final de julho. A exposição é acompanhada por fotos e vários documentos alusivos.

(A versão aqui publicada foi sujeita a vários cortes e supressão de fotos. A versão integral será publicada na nosso site.)

Lavadouros Públicos

Os lavadouros públicos são infraestruturas existentes em muitas das freguesias do concelho de Silves. Criados com a finalidade de dar resposta às necessidades básicas das populações surgiram nas primeiras décadas do século XX, sobretudo nos anos 30 e posteriormente nos anos 50.

Numa época em que a distribuição domiciliária de água era escassa e a rede de águas residuais quase inexistente, os lavadouros vieram permitir a criação de locais adequados à lavagem das roupas que até então eram lavadas nos rios, ribeiras e riachos.

De diversos formatos e tamanhos, têm, em comum, uma laje para esfregar a roupa. Deste modo, pode

ter o formato de um tanque de grandes dimensões, em pedra ou em tijolo e argamassa, que recebia e deixava correr as águas comunitárias, composto por lajes, polidas, que serviam para bater a roupa ou por um grupo de células individuais de dois tanques, um de “lavagem” e outro de “passagem”, com abastecimento próprio de águas e as mulheres acomodavam-se no espaço livre, de pé, no tanque.

A água que saía destes tanques também poderia ser aproveitada para a rega das hortas ou trazida, em cântaros, para as casas das pessoas para uso doméstico.

Já lá vai o tempo em que os lavadouros públicos eram procurados diariamente pelas lavadeiras profissionais, que aí lavavam as roupas das clientes que lhes pagavam para executar este trabalho, e pelas restantes donas de casa.

Este espaço, exclusivo das mulheres, era um local de socialização, uma vez que neles juntavam-se várias mulheres em ambiente de amena conversa e convívio, onde se inteiravam dos boatos e mexericos e se falava da vida alheia, do que era e do que não era, dos amores e desamores, das infidelidades, eram os “pasquins” da aldeia. Durante a lavagem das roupas, entre uma e outra conversa havia sempre quem cantasse e era aí que surgiam muitas das “modas” novas. Assim, transformava-se uma tarefa bastante dura e ingrata num momento de alegria.

Esta tarefa, para além de repetitiva, exigia grandes esforços, desde o transportar a roupa suja em trouxas até ao lavadouro público, onde era ensaboada com o sabão azul e branco ou clarim e esfregada na pedra áspera ao torcer. Como a roupa molhada era muito pesada, era normal estendê-la num sítio adequado, atando cordas às árvores existentes ou em arbustos próximos, deixando escorrer a água e para ficar a corar. Depois carregava-se à cabeça a bacia com as roupas de regresso a casa.

Para facilitar esta tarefa comum e quase quotidiana e porque, na altura, era uma importante infraestrutura comunitária, quase todas as aldeias ou vilas tinham um ou mais lavadouros públicos, dispersos por vários lugares.

Lavadoiro público de Messines

No concelho de Silves cedo houve a preocupação em apetrechar as diversas freguesias destas infraestruturas. Em 1925, a Câmara Municipal de Silves delibera “encarregar o Fiscal de Vias e obras de elaborar a planta e respetivo orçamento para construção dum lavadoiro publico em S. Bartolomeu de Messines”, o qual foi construído no sítio do Furadouro.

Três anos decorridos, foi deliberado “mandar proceder às obras de modificação do Lavadouro Publico de Messines, de forma a dar-lhe condições de segurança e garantir aos

proprietarios circunvizinhos, o aproveitamento das aguas que transbordam do referido Lavadouro”.

Em 1932 o Ministério do Comércio e Comunicação concedeu um subsídio no valor de 3.107$31 para a construção de um telheiro no referido lavadouro, na rubrica «Subsídios para melhoramentos rurais».

Na freguesia de S. Bartolomeu de Messines, este não seria o único lavadouro construído. Vinte anos depois, em 1950, a Câmara pretendeu construir, em comparticipação com o Estado, um lavadouro, chafariz e marco fontenário, no sítio de Messines de Baixo, junto à Estrada Nacional 108 ~ 2A, “aproveitando para isso a água de um poço existente a cerca de 180 metros do local das construções e a um nível bastante mais elevado”.

Este lavadouro “tem a capacidade para dez lavadeiras, dispondo cada uma de um tanque para mergulhar a roupa a lavar, e mais tarde para enxaguar, e outro tanque munido de uma pedra de lavar e outra para depósito da roupa ensaboada”.

A construção era feita em alvenaria hidráulica, a cobertura em chapas de telha lusalitada, o beiral com telha de canudo e o estendedouro feito por colunas de betão atravessadas com arame zincado.

Este projeto foi executado pelo engenheiro civil Carlos Filipe Pinto Pimentel e a obra importou na quantia de 145.921$00, segundo projeto existente. No entanto, este projeto não foi seguido à risca, encontrando-se no local um lavadouro, marco fontenário e chafariz mas não correspondendo ao projeto acima referido.

Lavadouro do Algoz

Em Algoz, em 1931, a Junta de Freguesia manifestou junto da Câmara de Silves a necessidade de ser construído naquela povoação um lavadouro público e respetiva fonte.

A 3 de setembro, foi deliberado “mandar que o Mestre d’Obras desta Camara, elaborasse uma planta e respectiva fonte a construir na povoação do Algoz”. A 18 de janeiro de

1932, foi apresentado ofício do Ministério do Comércio e Comunicações, informando que foi concedido um subsídio de 14.664$46, destinado à construção de um poço e lavadouro publico na povoação do Algoz.

O Senhor Paulo Marreiros Leite, proprietário, residente no Algoz, ofereceu o terreno necessário destinado à construção do referido lavadouro e poço público do Algoz, tendo sido exarado um voto de louvor na ata da sessão extraordinária da Câmara Municipal de 21 de abril de 1932.

A 23 de maio do mesmo ano foi apresentado em sessão ordinária da Câmara Municipal um ofício da Junta de Freguesia do Algoz contendo duas propostas referentes à construção dum lavadouro público naquela povoação pelos

senhores José da Silva e Joaquim dos Santos, pelas quantias respetivamente de 4.877$00 e 10.591$00.

Sete meses depois, surge um ofício da Junta de Freguesia do Algoz “solicitando a conclusão dos trabalhos do lavadouro do Algoz e fornecimento duma bomba e respectiva tubagem para a condução d’água do pôço para o referido lavadouro e informando que caso a Camara não possa dispensar a importancia necessaria para a conclusão daqueles trabalhos a Junta de Freguesia abonaria para receber depois da Camara logo que esta possuísse disponabilidade”.

A Câmara deliberou “encarregar a Junta de Freguesia do Algoz de levar a efeito dos trabalhos de conclusão do lavadouro do Algoz, bem como a aquisição duma bomba e respectiva tubagem”.

Um ano depois informa aquela Junta de Freguesia que o lavadouro ainda se encontra por concluir, mas

que deverá estar pronto a abrir ao público até maio do ano de 1934.

Os azulejos foram oferecidos pela Fábrica de Cerâmica Lusitânia, à época, recentemente instalada em Algoz. Na sessão ordinária da Câmara do dia 21 de fevereiro de 1934 foi apresentado um ofício daquela Junta “pedindo autorização para colocar no lavadouro publico daquela freguesia o seguinte letreiro «Junta de Freguesia – 1933», por as obras estarem quásis concluidas e desejar fazer a inauguração”. Em abril de 1934 a Câmara é informada que o lavadouro público do Algoz se encontrava pronto a entrar em funcionamento.

Lavadouro de S. Marcos da Serra À freguesia de São Marcos da Serra também foi concedido um subsídio destinado à construção de um lavadouro público e respetiva fonte.

Na sessão da Câmara Municipal realizada no dia 23 de maio de 1932 foram apresentados vários ofícios da referida Junta de Freguesia. O primeiro diz respeito ao envio das propostas apresentadas por José Veríssimo da Palma e José Ventura Vargas, respeitantes à construção dum lavadouro público naquela povoação, pelas quantias de, respetivamente, 8.250$00 e 9.000$00.

Deliberou a Câmara “preferir a proposta apresentada por José Verissimo da Palma”.

No segundo ofício o Presidente da Junta da Freguesia de S. Marcos da Serra informa “que os [três] proprietarios do terreno onde deve ser construido o lavadouro de S. Marcos da Serra, aceitam a quantia de 150$00, conforme proposta desta Câmara”.

No último ofício apresentado por esta junta, o presidente informa “que foram iniciadas as obras da construção do lavadouro publico de S. Marcos da Serra, e pedindo a remessa de 150$00 para ser entregue aos donos do terreno onde vae ser construido o lavadouro”.

A Câmara deliberou “que o Mestre d’Obras desta Camara fôsse a S. Marcos da Serra, dar o alinhamento competente para inicio dos trabalhos da construção dum lavadouro publico naquela povoação, e bem assim enviar pelo referido Mestre d’Obras a quantia de 150$00 para pagamento do terreno onde deve ser construído o referido lavadouro”.

História Julho/ Agosto 2015

Lavadouros de Pêra e Alcantarilha

No que respeita às freguesias de Pera e Alcantarilha também foram contempladas com subsídios

Melhoramentos Rurais, contendo os exemplares dos projetos de modificação do lavadouro em Pera e em Alcantarilha, elaborados pelos Serviços dos Melhoramentos Rurais.

Lavadouro Público de Alcantarilha – 1949 (fotografia cedida pelo Presidente da Junta de Freguesia de Alcantarilha e Pera)

Em março de 1934 foi posta, em hasta pública, a arrematação das empreitadas de mão-de-obra e materiais a efetuar para modificação dos lavadouros públicos existentes em Alcantarilha e Pera. O empreiteiro Joaquim Nunes de Oliveira, casado, pedreiro, natural e residente em Pera, ficou responsável pelos trabalhos a realizar no lavadouro de Alcantarilha, pelo valor de 1.795$00, e o empreiteiro António José Vieira, casado, negociante, natural e residente em Pera, ficou encarregado das obras a realizar no lavadouro de Pera, propondo-se executá-las pela importância de 1.820$00.

Em maio, a Câmara foi informada que as obras efetuadas nos lavadouros de Pera e Alcantarilha se encontravam concluídas.

Lavadouro de Silves nunca construído 1Lavadouro Público e Poço de Pera Na freguesia de (fotografia cedida pelo Presidente da Junta de Fre- Silves desde cedo guesia de Alcantarilha e Pera também se alLavadouro existente na povoação de vitrou a construção de um lavaAlcantarilha, 606$45 com a condição douro. A primeira referência à sua dos trabalhos ficarem concluidos até construção data de 25 de julho de 1932, quando na sessão ordinária trinta de Junho de 1934”.

Em dezembro de 1933 a Câmara da Câmara foi deliberado mandar tomou conhecimento de dois ofí- “elaborar a planta e cadernos d’encios enviados pela Junta Autóno- cargos para a construção do lavadouma de Estradas - Repartição dos ro publico desta cidade, para o que se por parte do Estado para modificação dos lavadouros existentes nas respetivas povoações.

Em 1933, na sessão da Câmara Municipal, foi apresentado um ofício do Governador Civil do Distrito de Faro comunicando “que fôram concedidas a esta Camara Municipal as seguintes compartecipaçoes do Estado: para modificação do Lavadouro existente na povoação de Pera, 606$45; para modificação do

escolherá um lugar proprio”. Dois anos mais tarde, em 1934, voltouse a considerar “a necessidade de se construir um lavadouro publico nesta cidade”.

Vinte anos depois, este assunto voltou a ser abordado em reunião de Câmara a 8 de outubro de 1954, quando da aprovação do “projecto do novo lavadouro publico de Silves integrado na Obra de Saneamento em curso e deliberou que aquela obra seja realizada pelos Serviços Municipalizados”.

Todavia e decorridos treze anos, em dezembro de 1967, o Vereador José Águas Trindade “propoz que a Câmara encarasse o problema da construção de um lavadouro público em Silves, assunto que julga da maior necessidade dadas as péssimas condições higiénicas em que a roupa da maioria da população está a ser lavada”.

No entanto, nada foi realizado.

Oito anos mais tarde, já depois da Revolução de 25 de Abril, a construção de um lavadouro em Silves voltou a ser discutido em reunião ordinária da Comissão Administrativa, a 15 de maio de 1975, quando “pelo Senhor Presidente foi proposto a construção de um lavadouro público nesta cidade, por se verificar que será de grande utilidade para as pessoas que em suas casas não têm condições para lavar a sua roupa e têm que utilizar poças de água existentes nas ribeiras e que não oferecem condições de higiene. Em face a esta proposta deliberou a Comissão Administrativa, por unanimidade, encarregar o desenhador dos Serviços Municipalizados de fazer o estudo e escolha do local para a referida construção”.

Apesar das diversas diligências desenvolvidas, ao longo de quatro décadas, para a construção de um lavadouro público na cidade de Silves o mesmo nunca chegou a ser construído, continuando a roupa a ser lavada ao longo do rio Arade e sem as condições apropriadas.

Recuperação e memória

Já lá vai o tempo em que as mulheres do concelho de Silves lavavam as suas roupas e as de pessoas que lhes pagavam para executar esse trabalho. Hoje, os tempos são outros, as novas tecnologias transformaram o nosso quotidiano e as lavadeiras desapareceram, fruto desta evolução, restando uma salutar, ou talvez não, recordação.

Por imperativo dessa modernidade, a maioria dos lavadouros públicos deixou de ser utilizada e estes foram desativados e destruídos, como sucedeu em Pêra e S. Marcos da Serra, o de S. Bartolomeu de Messines foi desativado

e abandonado, outros, muito poucos, continuam ativos recordando a labuta de outrora, onde as mulheres faziam fila para lavar roupa.

Todavia, pela importância que tiveram noutros tempos e pelo significado que têm, os lavadouros públicos são importantes elementos do nosso património coletivo e que devem

17

Lavadouro de Alcantarilha

contemplado com dois painéis de azulejos, concebidos por Margarida Simões, Ateliê “Roda Viva”, a

ser preservados, sobretudo pelo va- partir de fotografias cedidas pelo lor cultural que desempenham.

Senhor José G. Rodrigues, uma Por isso, importa que a sociedade retratando o lavadouro em 1949 e tenha a sensibilidade necessária outra a cheia de 1968. para a valorização destes espaços que fazem parte do património de uma terra e da sua população, de forma a dar a conhecer às atuais e novas gerações como eram lavadas as roupas antes da existência das Lavadouro do Algoz imprescindíveis Agradecimento aos Senhores Presidentes das Junmáquinas de latas de Freguesia pela cedência de informações e de var roupa. fotografias. É neste sentido que em 2008, no âmbito das co- Lavadouro de Alcantarilha memorações da elevação de Al- Para além do lavadouro de Alcancantarilha a vila, que a Junta de tarilha, a Junta de Freguesia do Freguesia de Alcantarilha, através Algoz encontra-se, atualmente, de apoios comunitários – Projeto a promover obras de recuperação co-financiado pelo Programa Lea- no seu lavadouro público. der + Sudoeste – e com o apoio da A requalificação destes espaços autarquia, executou a obra de re- restituiu simbolicamente aos lavaqualificação do antigo lavadouro, douros a dignidade merecida como que durante muito tempo esteve elemento integral da memória loem ruinas. Quando desta recupe- cal e do património representativo ração o lavadouro, que se encontra numa época não muito longínqua situado na parte nascente da vila, em que os lavadouros públicos fojunto da ribeira e do poço que ram, durante décadas, locais de enabastecia de água a população, foi contro e de referência.

Pub. Pub.

18

Opinião Julho/ Agosto 2015

Até que a voz me doa

Luísa Anselmo

Mulher

M

ULHER, nos velhos tempos, lá nos princípios, pensa-se (sabe-se lá…), que o Homem saía de casa ao amanhecer para caçar e, regressava ao entardecer, e quando cansava abrigar-se-ia à sombra de alguma árvore e, se não dormia, pensava, refletia, ia estendendo a mente; a Mulher andava num vira que vira, todo o dia, dentro de casa, nas atividades domésticas e familiares.

Exausta, quantas vezes, caía nos braços do seu homem (frase não por acaso usada…), completamente esvaída.

Fácil foi, religiosa e civilmente, atri-

Opacidades e Copos de Cristal

António Guerreiro

POETAS DA MINHA JUVENTUDE

J

á tenho abordado este assunto, a vontade juvenil de ser reconhecido como poeta. A ilusão de esculpir no futuro uma simples ideia ou uma sonante frase que fosse verdadeiramente original. Quando andava no ensino secundário, apesar da minha formação em ciên-

Partilhas

Susana Amador

No dia em que Portugal desaparecer

N

os últimos três anos, Portugal perdeu cerca de 168 mil habitantes. Dizia um jornal da nossa praça que, a este ritmo, a população portuguesa desaparecerá dentro de 208 anos.

Pasmem-se com estes números, são gritantes!

Se se pensar que os três pilares que definem um estado são o território,

buir à mulher inferioridade biológica, moral, jurídica. Até o seu nobre valor de procriação foi usado para a diminuir. E, permanecia atarefada, sem contatos, nem descansos, nem início do princípio de pensar, refletir. Como poderia governar-se, governar o centro familiar, apresentar opções válidas, acertadas e como poderia desempenhar cargos que só se adaptavam bem aos mais musculados, aos de mentes mais desenvolvidas. Diziam e ainda dizem:- Coitada, era frágil, não se interessava por exercícios de autoridade.

Foi dito que Jesus Cristo teve outro olhar para a mulher, dela apresentou novo reconhecimento. Nunca as tratou com aversão, que quando da Ressurreição, foi a elas que Cristo ressuscitado pediu que fossem comunicar aos discípulos, que tinham fugido, o acontecimento, a Ressurreição.

Nas sociedades agrícolas começou a divisão sexual do trabalho. Começando logo com a manutenção

do salário da mulher mais baixo do que o do homem... Evocavam, claro, em manigância, fraquezas da mulher, sem esquecer a sua capacidade recuperadora, tinha o filho, tinha de amamenta-lo, de trata-lo…

E as sociedades patriarcais foram continuando na mesma, fundadas no poder do Homem, do chefe de família, e daí a governante de povos, foi um passo. A Revolução Industrial levou as mulheres às fábricas, tal como as crises, as guerras, o próprio desenvolvimento da produção, sempre com as mesmas assimetrias e diferenças no valor do salário. Finalmente, no século XIX, houve mulheres que acordaram e lutaram por melhores condições de trabalho, igualdade de jornada de trabalho para Homens e Mulheres, e exigindo o direito ao voto. A luta continuou… A sociedade capitalista serviu-se também do argumento da inferioridade biológica, moral, jurídica da mulher, mantendo, procurando manter a situação… E

chegou-se ao século XX, com poucos avanços, mas com maior luta por parte das mulheres, iam-se juntando, alertando. E, continuará até sermos todos nós, valorizadas pelo saber, pela dignidade, participantes na obra urgente de um mundo melhor, a realizar por elas ao lado deles.

Entre nós, a Lei Eleitoral da República Portuguesa (1911), reconhecia a todos os cidadãos portugueses com mais de 21 anos, o direito de votar. Carolina Ângela, a primeira mulher que o tentou, e não o conseguiu, por velhaca evocação de erro, face ao seu pedido de inscrição no recenseamento. E morreu sem o conseguir.

Salazar, em 1931, concede à mulher o direito de voto, com variadas restrições, e só em 1941, manteve o direito de voto às mulheres, mas só às que fossem chefes de família, e às casadas que soubessem ler e escrever, e tivessem bens próprios e pagassem 200 escudos de contribuição predial. E continuou a farsa,

mas os chamados Congressos Femininos foram-se sucedendo, mulheres vão-se destacando sabedoras e lutadoras.

Constitui-se o Grupo Português de Estudos Feministas, sob a direção de Ana de Castro Osório que conduziu à formação em 1908 da Liga das Mulheres Portuguesas (1908 a 1919). Entre 1933-1970, várias ditaduras sugiram na Europa e o Salazarismo foi uma delas. E tal como os outros, Salazar, não se apresentando contra, manha, aproveitou-se da dita inferioridade biológica da mulher, e tratou-a como seu elemento de formação ideológica e coesão social, até em organismo do Estado, exemplo, a Obra das Mães pela Educação Nacional e outras.

Mulher, chegou o tempo de, com o nosso parceiro darmos as mão, lealmente, e abastecidos de sabedoria e de mente tanto possível sã, ajudarmos a criar um mundo melhor, para todos, para cada ser humano.

cias físicas e naturais, irmanava com dois amigos, quimericamente escritores como eu, o gosto pela poesia e pelas letras (com artes literárias).

A jovem era mais dada a contos e a prosa poética, o jovem era mais dado a sonetos, com dois quartetos e dois tercetos, como mandam as regras. Ambos eram oriundos das humanidades e das letras (como eu sempre os imaginava). Falávamos sobre coisas literárias até à chegada dos autocarros que os levava, respetivamente, para Alcantarilha (o jovem) e para são Bartolomeu de Messines (a jovem). Eu ficava sempre na cidade, aguardando o seu regresso para prolongar as partilhas poéticas e as ilusões da escrita. O meu estilo era algo indefinido entre livre e quadras soltas, sem métricas,

com rimas variadas, na prática sem qualquer consistência ou personalidade, para além das temáticas do amor e da justiça social e política.

Tinha a vontade de ter dezasseis anos.

do com um segundo lugar (penso ter existido mais segundos lugares e penso que os meus amigos também foram reconhecidos), na falta de qualidade para a existência de primeiros lugares, foi um outro que falava dos pequenos passos de uma criança numa grande sala cheia de velhos quadros. Imaginei-me a ser reconhecido por um poema épico e fui premiado por um sonho, pelo sonho de uma pequena criança que se imaginara livre. Sonhos ausentes, sempre presentes.

desesperados, no caso de ainda não terem abandonado a leitura, e interrogam-se: o que é que ele quer com isto? Ilusoriamente, manifestar a minha quase certeza da irrelevância de quase todos nós. Mas para evitar o suicídio coletivo da humanidade (acreditando ou não nas transformações do clima) é preciso acreditar que somos capazes de contribuir com um poema, com uma flor.

o poder político e a população, chegar-se-á facilmente à conclusão que dentro de 208 anos Portugal não será mais uma nação, pertencerá àquele passado reservado aos livros de História.

Os factores que conduzem a esta diminuição abrupta da população são, na sua grande parte, de conhecimento geral. Desde a baixa natalidade, motivada tanto por mudanças na sociedade (pense-se na evolução do papel da mulher), como por modelos económicos que em nada incentivam a natalidade; ou a emigração dos últimos anos, que tem conduzido à fuga de milhares de jovens. O envelhecimento da população portuguesa está à vista, e não existindo uma renovação de gerações, caminhamos inevitavelmente

para um abismo demográfico. A insustentabilidade do sistema de pensões, que é apontada como uma das causas do problema económico, começa na insustentabilidade do nosso próprio modelo demográfico.

As condições económicas têm aqui um papel fundamental, pois se não existem boas condições para a renovação de gerações, não vai existir essa renovação, e se não há renovação de gerações não pode existe um estado social sustentável.

Por exemplo, no concelho de Silves, a taxa de natalidade corresponde a 7,8 por mil habitantes, enquanto que a taxa de mortalidade é de 12 por mil, ainda se constatando que o índice de envelhecimento mais que duplicou nos últimos 50 anos, passando de 46,7% em 1960, para

162,7% em 2011 (segundo dados do Pordata).

Mas este não é problema somente português, é generalizado na velha Europa. E a forma como se tem lidado com o mesmo é, no mínimo, degradante. Confronta-se o problema como menor e secundário, mas esquece-se que aqui pode estar a chave para a resolução de outros que são considerados como de primeira ordem. Assim, a Europa arrisca-se a ver os seus estados à beira da inevitável falência demográfica.

Se em alguns países em desenvolvimento deveria existir controlo da natalidade, aqui deveria existir uma real política de incentivo à natalidade.

Ora, se de um lado do mundo o problema é haver gente a menos, do

de jovens que o fascismo frustrou.

Deus e Salazar, a religião e a política, atravessam todo o livro. Um aparente choque de ideais serve para iluminar caminhos e justificar escolhas. Numa longa introdução Custódio Rita «despe-se» e anuncia ao que vem”.

Na sua nota Mário Zambujal afirma: «“Por este Rio Acima” transporta-nos pelas sombras de uma época que a prosa- excelente- ilumina. Ilumina por forma clara e

clarifica por vivida sagacidade para tudo alcançar pelas portas da inteligência e do estudo (...) O que Custódio Rita faz com este romance é transmitir aos leitores a densidade de um conhecimento invulgar. Nunca é tarde. Para escrever - e para ler livros como este.»

Este é o segundo romance de Custódio Rita que, em abril de 2013, apresentou “Às Duas por Três

Novo livro de Custódio Rita

“Por Este Rio Acima” é o título do novo livro de Custódio Rita que será lançado no dia 25 de julho, na Biblioteca Municipal, às 16h.

O prefácio é da escritora Elsa Graça e a professora Esmeralda Lopes assina uma breve nota introdutória, tendo ainda na contra capa uma nota crítica de Mário Zambujal. A edição é da Arandis Editora.

Este livro do silvense Custódio Rita, “percorre a vida de um homem desde o seu nascimento, em

abril de 1944 até à madrugada do 25 de abril de 1974. A história da personagem é acompanhada em capítulos intercalados com a história de Portugal. São trinta anos de uma vida que tudo faz para fugir à formatação que lhe estava destinada pelo salazarismo e pela religião. É todo um passado vivenciado pelo autor, mas não é a vida do autor que se conta. É a sua vivência ficcionada. Pretende-se fazer do herói o protótipo de milhares e milhares

A Associação de Estudantes da Escola Secundária de Silves (nesses anos idos) promoveu um concurso literário entre os alunos (com o júri constituído por professores).

Concorri com três poemas. Mesmo depois de entregues e antes de conhecer qualquer veredito, lia-os empolgado com a sua beleza. Apostava tudo num deles, achava-o brilhante: imaginara a vida como um comboio, percorrendo a via férrea (o tempo) e parando em várias estações e apeadeiros (era o comboio da vida). Ilusões. O poema distingui-

A arte não é do artista, do seu imaginário, é do outro, do espetador (aquele que observa, não confundir com espetador, aquele que espeta, ou com expetador, aquele que está na expetativa, como é difícil ser poeta). Os meus leitores já estão

Mesmo sem ninguém dar conta nem qualquer relevo, a minha amiga pode contribuir com um conto, o meu amigo pode contribuir com um poema e eu, que deixei de escrever na idade adulta, posso contribuir com um desejo, para que o leitor contribua com um sorriso.

outro é haver gente a mais, não haverá aqui uma oportunidade de encontrar um equilíbrio tanto a Norte como a Sul? A situação é tão complexa que os mecanismos de resposta deveriam ultrapassar fronteiras e divergências. Quando se fala no desaparecimento da população, não é só disso que se trata, é também do fim de uma identidade, de um povo com uma cultura distinta que jamais será reproduzida da mesma forma. E tudo aquilo que consideramos tão imutável nos dias de hoje, não passará de histórias da História. Mas e se Portugal deixar mesmo de existir como estado soberano dentro de 208 anos? Que queremos nós que contem sobre nós?

Morremos”.

O autor apresenta-se como um homem, nascido em Alvalade- Sado, ex-operário, ex-empresário, residente em Silves há cerca de 50 anos que, um dia entendeu ter “histórias para contar”.

Geral Julho/ Agosto 2015

Reviver o Passado

Aurélio Nuno

Presidente da República visitou Armação, Alcantarilha, Pêra e Silves há 50 anos

H

á 50 anos o Algarve recebeu a visita do chefe de Estado, cujo principal objetivo foi a inauguração do aeroporto de Faro.

Inaugurada aquela infraestrutura no dia 11 de julho, Américo Tomás dedicou o segundo dia da visita ao sotavento e o terceiro ao barlavento algarvio. Neste âmbito visitou as freguesias de Armação de Pêra, Pêra e Alcantarilha, bem como a sede de concelho, Silves.

Na verdade foi o primeiro presidente do Estado Novo a empreender uma visita à cidade, consecutivamente excluída dos périplos presidenciais no Algarve, apesar de o general Craveiro Lopes e o próprio Américo Tomás já terem visitado à barragem do Arade. Tal não seria por acaso, o movimento oposicionista dos silvenses à situação vigente era por demais conhecido pelo regime de Salazar. Todavia, eram volvidos quase quarenta anos sobre o 28 de Maio, e a contestação ope-

rária, por força das circunstâncias, era já uma miragem do que fora no passado.

A imprensa deu amplo destaque ao Algarve, e em particular a Silves, inserindo fotografias e descrevendo a visita em pormenor. Se é verdade que os jornalistas estavam sujeitos à censura, que limitava a sua acção e os forçava a ocultar a realidade dos acontecimentos, os jornais permitem-nos hoje, com alguma reserva, é certo, vivenciar aqueles dias de há 50 anos. Apoiados nas edições do “Diário de Notícias”, de “O Século” e do “Diário de Lisboa”, propomo-nos viajar até Silves e às freguesias de Armação de Pêra, Alcantarilha e Pêra, no dia 13 de julho de 1965.

Vindo de Lagoa, onde inaugurou a 3ª fase do abastecimento de água, o chefe de Estado era aguardado no limite do concelho de Silves, pelo presidente da Câmara Salvador Gomes Vilarinho, vereadores, membros da Junta de Freguesia de Armação e presidente da Junta de Turismo.

Feita a receção, o cortejo dirigiu-se para Armação de Pêra, onde chegou já depois das 12:30. As ruas encontravam-se “atapetadas com redes de pesca cobertas de junco. Muitos turistas estrangeiros associaram-se à recepção dispensada ao sr. Presidente da República, filmando ou fotografando aspectos da visita. A população, entre a qual predomina a classe piscatória aclamou com espontâneo entusiasmo o ilustre visitante, que permaneceu

três horas na famosa praia, onde almoçou”, nas palavras do jornalista de “O Século”.

O chefe de Estado descerrou uma lápide comemorativa da visita à entrada do edifício da Junta de Turismo, localizado junto ao casino.

Américo Tomás não terá ficado alheado à magnifica paisagem que se vislumbra daquele local, tendo, segundo o “Diário de Notícias”, ali permanecido alguns instantes a “contemplar o soberbo panorama que dali se desfruta”. Findo o repasto a comitiva presidencial dirigiu-se para Silves.

Em Pêra, cujas ruas também estavam engalanadas com verdura, flores e colchas, foi prestada homenagem ao insigne visitante, em frente da Junta de Freguesia. Após a apresentação de saudações pelo presidente daquela autarquia, Dr. Elias Irio, o chefe de Estado agradeceu a espontaneidade das homenagens que lhe foram tributadas.

Uma gentil menina ofereceu ainda à 1ª Dama um ramo de flores e várias lembranças locais.

Cerca das 16:30 a comitiva chegava a Alcantarilha, e sobre a receção feita pelos alcantarilhenses publicou o DN: “No largo da igreja o ilustre visitante foi alvo de manifestações de muita simpatia, visitando depois o principal templo da localidade. Ali, o rev.º padre José de Jesus Montes deu informações acerca do valioso património existente no referido monumento, que possui entre outras peças, uma das mais expressivas

Encontro com Leitores em Alcantarilha

N

o dia 24 de julho, a partir das 21h, o Terra Ruiva – Jornal do Concelho de Silves promove mais um Encontro com os Leitores, desta vez na União das Freguesias Alcantarilha e Pêra, na Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra.

Este será o segundo encontro de um ciclo que o nosso jornal está a promover, no âmbito da comemoração do seu 15º aniversário.

O primeiro encontro decorreu em Silves, no dia 19 de junho, no Teatro Mascarenhas Gregório. Cerca de duas dezenas de pessoas estiveram presentes para trocar impressões com alguns dos colaboradores do jornal. Foram abordadas diversas questões relacionadas com as dificuldades de sobrevivência da imprensa local e regional mas também se falou sobre a importância deste tipo de imprensa e o papel muito importante que a mesma pode desempenhar na promoção e enriquecimento cultural e social das comunidades onde está inserida.

Na ocasião, iremos relembrar muitos dos temas abordados ao longo dos últimos 15 anos, através de uma Exposição com alguns dos jornais que publicámos.

O objetivo destes encontros é o de proporcionar um maior conhecimento sobre os nossos leitores, ao

O primeiro Encontro em Silves

Francisco Martins, António Guerreiro, Paula Bravo, Aurélio Cabrita e Vera Gonçalves na mesa. Estiveram também presentes os colaboradores Mónica Gonçalves, Bruno Cortes, Eugénio Guerreiro e Luísa Anselmo que não surgem na foto.

mesmo tempo que se promove a partilha de experiências e de opiniões, entre os leitores e aqueles que fazem o Terra Ruiva.

Será também uma oportunidade para se discutir algumas questões relacionadas com a imprensa re-

gional e local, as dificuldades e as potencialidades, os fracassos e os sucessos…

O Terra Ruiva convida todos os leitores, anunciantes, amigos e população em geral.

19

Américo Tomás em Silves

jóias do manuelino em Portugal”.

Para “O Século” não foram só as entidades que para ali convergiram, presidente da Junta, José Maria Rodrigues, pároco, representante da Casa do Povo, Domingos Vieira, entre outros, foi “toda a população da localidade”.

Ao chegar a Silves, o chefe de Estado desceu do automóvel junto à ponte nova, onde recebeu os cumprimentos das autoridades locais.

O séquito presidencial seguiu a pé, pelo largo coronel Figueiredo e rua 5 de Outubro, até à praça do Município. Aqui, com os bombeiros voluntários em formatura, a banda da Sociedade Filarmónica Silvense executou o hino nacional. O Almirante Américo Tomás dirigiu-se pouco depois para a Cruz de Portugal de automóvel. Visitou de seguida a Sé, onde à porta formava um destacamento de escudeiros, tendo à frente o padre José dos Santos

Oliveira e posteriormente o castelo, após o que partiu para Portimão.

Sobre a receção na cidade, o DN salientou que os silvenses estavam “em peso na rua” e como consequência, o automóvel avançava com dificuldade, sendo que o trajeto feito a pé pelo chefe de Estado se realizou entre “alas de povo que o aclamavam ruidosamente, quase não deixando ouvir-se o estrondo dos morteiros.” Se é certo que poderá existir aqui algum exagero, a verdade é que as fotografias inseridas nos diferentes periódicos evidenciam uma cidade repleta de populares.

A cidade e os silvenses cediam pois ao regime, o Almirante Américo Tomás era recebido em festa na brevíssima passagem pelo concelho e particularmente em Silves. Foi há 50 anos.

Fotografia cedida pelo Dr. João Vasco Reis a quem reconhecidamente agradecemos.

Talentos da Nossa Terra, em Messines Ate 31 de julho estão abertas as inscrições para o evento “Talentos da Nossa Terra”, promovido pela Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines.

Podem participar todos os jovens

com idade inferior a 18 anos.

A mostra dos talentos irá decorrer no dia 22 de agosto, às 21h, no Jardim Municipal.

Os interessados devem contactar a Junta de Freguesia.

20

Sociedade Julho/ Agosto 2015

Palavra puxa Palavra

Teodomiro Neto

Mulheres da Minha Terra ( 4) A Mulher Serpente

E

stávamos no fim da década de 40. Messines, nos seus compartimentos habitacionais determinavam-se nas suas originais ruas, construídas sobre a fortaleza do grés, em topónimos duplas, nas centenárias ruas da Mina e da Estalagem. O resto eram as conhecidas ruas de Cima, ruelas irregulares, onde a urbe operária se fixava. Ainda, a longa rua que se dividia em duas: rua João de Deus, a ponte e rua Cândido dos Reis, a nascente. Pequenos largos: Largo dos Artistas, Largo da Republica, Sacadura Cabral.

A rua da Liberdade, a artéria mais moderna, que vem do início do caminho-de-ferro (finais do século XIX), onde se destacava a construção mais burguesa do chamado povo, a admirada casa dos Remexidos, casa “nobre”, oitocentista, numa construção próxima do neoclássico, em cantarias, ferros forjados, platibanda a correr o segundo piso, madeiras fortes do Brasil.

Fiquemos pelo palacete dos Remexidos/Mendes, famílias de Sousa Reis, tradicional portuguesa e de Mendes, judeus regressados ao Algarve, à sua cidade remota de Faro (Pequena Jerusalém) assim, tradicional, chamada pelos retornados judaicos, que expulsos no reinado de D. Manuel I, fins do século XV, só regressando a Portugal, no primeiro quartel do século XIX, com o Liberalismo. Essa família chegou ao Algarve, nessa qualidade característica pelo comércio, mais do que produção agrícola, não tendo “nojo” em uniões de famílias ricas.

Uma justificação para entendermos a terra e o negócio.

Nessa nova artéria, que a força da República lhe deu o patrocínio de Rua da Liberdade, e nesse palacete, vivia, no feminino, o resto dos descendentes dos Remexido/ Mendes. A primeira família tradicional prevaleceu, por Messines, como resto de família de nome, por duas mulheres. E a meio século XX, nesse palacete na rua da Liberdade, ficou a memória das irmãs Remexido, irmãs desavindas, segundo se contava pelo povo, em boca cheia.

Nunca soube o particular de cada.

Pouco interessa.

A mais nova delas, a menina Remexido, que interessa nesta narrativa de memória, pouco se mostrava, só aos domingos pela missa do meio-dia. Sempre de negro vestida, numa elegância notável.

Um véu cobria-lhe quase todo o rosto, mas o corpo, fosse verão ou inverno, mostrava-o, numa elegância surpreendente, que levou os jovens da terra a baptizarem-na de “Mulher Serpente”, ocupando eles, o escadório do adro da igreja para apreciarem os movimentos clássicos, daquela mulher sem idade, que se sabia uma quarentona apreciada, a caminho da missa tradicional de meio-dia.

Era o tempo em que o cinema era o mundo exposto, desconhecido, atraindo velhos e novos, e crianças que aguardavam o domingo, o único dia cinematográfico possível.

Era o tempo dos filmes do rapaz e da rapariga, os heróis que os E.U.A., sobretudo, forneciam no que a censura permitia. Era o tempo das fantasias das “Mil e uma noites”, da “Mulher Serpente”, em que Maria Montez, John Hall e Sabu faziam delirar os espectadores: adultos e crianças. Outros filmes como “A mulher que sabia demais”, com Ginger Rogers, na dança sapateada, ainda “Sinfonias das estrelas”, o delírio inquietante de Carmem Miranda, “Pelo vale das sombras”, com Gary Cooper.

Ainda o audacioso filme: “Um raio de luz”, com Ann Sheridan, um filme sobre a resistência ao nazismo, que a censura não se apercebeu. Ainda o cinema nacionalista de “Um homem às direitas”, com Barreto Poeira e Maria Matos. O filme “Casablanca”, com Ingrid Bergman e Humphrey Bogart, estava proibido pela PIDE e sistema político, a ser projectado em Portugal. E o cinema era a janela do mundo que se abria, aos meus jovens horizontes. Havia messinenses, nos dois graus, com lugar cativo. Eu tive a sorte de um meu familiar levar-me ao cinema “João de Deus”, mesmo contra a oposição da minha professora primária, que, por ela, as crianças não deveriam frequentar aqueles antros de pouca vergonha e de deformação cristã; tornando-me num jovem cinéfilo.

Na verdade, apesar da minha perspicácia juvenil, nunca vi a menina

PROCURA SOLUÇÕES PARA A EDIÇÃO? Livros, Boletins, Revistas, Relatórios de Empresas e Outras Publicações

Contacte o Terra Ruiva

Rua da Fábrica, nº 3; 8375 - 147, S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922 E-mail: terraruiva@gmail.com

Pub.

Remexido frequentar o cinema.

Foi uma mulher infeliz, em que só o deslumbramento do amor por um jovem homem, a despertou para maior amargura que se lhe impunha, cortando as fronteiras que o tempo impunha.

Assim aconteceu, o que foi visível a todo o povo, quando, em fins da segunda grande guerra o governo da ditadura retomou, o que em 1790, a rainha D. Maria I, em projecto pombalino, no reconhecimento Geodésico do reino.

Entretanto, chegava a Messines, um destacamento militar para esse reconhecimento, que já ficara adiado pela invasão francesa, iniciada em Portugal, em Novembro de 1807. E assim o palacete da rua da Liberdade, o mais distinto e de tradição na terra, passou a ser, no seu rés-chão ocupado pelos soldados e cavalaria, sendo o andar superior, cedido, em parte, para o jovem capitão, comandante do destacamento. Lembro o jovem oficial, certamente sedutor, como um John Hall, levando a menina Remexido, feita amazona, a mulher guerreira, segundo a mitologia grega, nas suas deslocações pelos campos.

Assim a menina Remexido ( que nunca lhe soube o seu nome de baptismo) saía do largo portão de férreo forjado, vestindo calças justas ao corpo, frente à Ordenança, lado a lado ao jovem capitão, num orgulho de mulher apaixonada, jogando os preconceitos pelos caminhos que conquistava. Era um desfile a não perder, em que os moços corriam em cavalgadas de imitação cinematográfica.

Pela primeira vez, se via ao vivo,

uma mulher da terra envergando trajo masculino, toda imponente, lado a lado de um jovem oficial, a caminho das nossas pequenas montanhas, para a colocação, que se justificasse, de um pequeno marco, o chamado Talefe.

A menina Remexido, passado o tempo desse “acampamento militar” e de felicidade patente, ficou mais só, agarrada às grades do enorme portão que dava entrada para os antigos serviços de cavalariça. Qual Mariana Alcoforado, a célebre freira de Beja, presa de amores pelo cavaleiro Noel de Chamilly. A persistência da me- A ilustração que se ajusta à menina Remenina Remexido agarrada xido é retirada do pintor italiano Modogliani, que foi contemporâneo de Picasso e do aos ferros da sua “prisão”; nosso algarvio Carlos Porfírio, por Paris, na a doença que adquiriu na primeira década do século XX pele: Herpes Zoster, levou a que um irmão, homem de extre- na Remexido não era comentada, mos, conservador, a terminar com nesse galanteio em que desfilava esses desgostos de mulher apaixo- cavalgando, desafiando na indinada e solitária, nessa exigência e ferença as mulheres da sua terra, nesse orgulho de ultrapassado mi- pela audácia inimaginável, que só guelismo.

Maria Montez ousara em película Minha Mãe, num postal que me de Mulher Serpente. As velhas da escreveu, já lá vão algumas décadas, terra, rezadeiras, beatas, olhavamse me lembro, informava-me: Sa- -na benzendo-se. bes quem morreu, foi a menina Remexido!? Coitada! – acrescentava.

No meu regresso, cerca de trinAinda hoje guardo na memória ta anos depois, visitando a Terra, a esfinge dessa mulher distante, encontrei o palacete dos Remexiadjectivada de Mulher Serpente, dos/Mendes substituído por um em que os rapazes colocados em imenso caixote de cimento. Lastiguarda de honra, em admiração mei que o mais distinto imóvel da àquela senhora, que nem de sos- terra, como uma maldição, fosse laio os olhava. E ela, carregando arrasado… Sinal que as entidades a indiferença, a caminho do tem- concelhias, pouco ou nada olharam plo de S. Bartolomeu… A meni- pelo património construído.

Renovação de Assinaturas Solicitamos aos nossos assinantes que renovem a sua assinatura anual, através do pagamento de um valor de 15 Euros, para custear as despesas de envio do jornal.

O pagamento pode ser efetuado por cheque ou transferência bancária, através do NIB: 0045 7120 4017 1566 6531 4 (Caixa de Crédito Agrícola de Messines).

Se proceder a transferência bancária, não esqueça de indicar o nome do assinante.

O pagamento da sua assinatura é essencial para que possamos continuar a enviar o jornal.

Para novos assinantes, que desejem receber o jornal tranquilamente, em sua casa ou estabelecimento, basta preencher o cupão da página 3 e enviá-lo, ou contactar-nos através do e-mail: terraruiva@gmail.com

GRÁTIS Envie o seu anúncio classificado até ao dia 12 de cada mês.

Email: terraruiva@gmail.com

Sociedade Julho/ Agosto 2015

Partilhas

Helena Pinto

Continuando a refletir sobre a dor - a importância da atitude.

V

amos retomar nesta edição o tema da DOR, e gostaria de partilhar com os leitores esta pequena história: “Era uma vez, um velho fazendeiro que tinha uma égua. Um dia a égua partiu a cerca e fugiu. “Agora você não tem nenhum cavalo para puxar o seu

arado na época da sementeira”, disseram que os vizinhos. “Que má sorte isto é!”.

“Má sorte, boa sorte”, retorquiu o homem, “Quem Sabe?”

Na semana seguinte a égua voltou trazendo consigo dois garanhões selvagens. “Com três cavalos tu agora és um homem rico”, disseram os vizinhos. “Que boa sorte isto é!”

“Boa sorte, má sorte”, retorquiu o homem. “Quem sabe?”

Nessa tarde o único filho do homem tentou domesticar um dos garanhões selvagens, mas foi atirado e partiu uma perna. “Agora não tens ninguém para te ajudar com a plantação.” Disseram os vizinhos. “Que má sorte isso é!”.

“Má sorte, boa sorte” retorquiu de novo o homem. “Quem sabe?”

No dia seguinte os soldados do impe-

rador chegaram à cidade e recrutaram o filho mais velho de cada família, mas o filho do fazendeiro foi deixado devido à sua perna partida. “ O teu filho é o único jovem da província que não foi levado da sua família”, disseram os vizinhos. “Que boa sorte isso é…” (história do livro The Wellness Book) Esta história ilustra uma atitude flexível, demonstrando que, independentemente das interpretações que as pessoas tenham dos eventos da vida, existe sempre uma certa dose de imprevisibilidade na vida.

Desenvolver uma facilidade em lidar com a incerteza é uma forma de adaptação ao stresse e aborrecimentos diários da vida. Para pessoas que se encontram a viver com a presença da dor, esta adap-

Sessão sobre Descontos Sociais de Energia e Gás

O

concelho de Silves surge numa posição modesta num estudo realizado pela Bloom Consulting que analisa quais os concelhos mais atrativos para “Turismo (Visitar)”, “Negócios (Investir)” e “Talento (Viver)”.

A nível nacional, o nosso concelho ocupa a 53º posição e a 7ª a nível regional.

nente, ter uma potência contratada inferior ou igual a 6,9 kVA, ter um domicílio fiscal com um rendimento anual elegível e/ou ser beneficiário de uma das seguintes prestações sociais: _Complemento solidário para idosos _Rendimento social de inserção _Subsídio social de desemprego _Abono de família _Pensão social de invalidez _Pensão social de velhice Para obter descontos sociais no gás natural, o consumidor tem que ter um contrato de fornecimento em seu nome, o consumo destinado

resultado de muitas influências, como a cultura, família, aprendizagem e talvez genética. As atitudes podem ser um problema quando são negativas e podem ser a salvação quando são positivas e nos ajudam a lidar com a incerteza da vida.

No próximo Terra Ruiva, continuaremos a conversar sobre as atitudes pelo seu impacto nestas questões do lidar com a dor. Até lá Partilhe as suas opiniões e experiencias: helenamapinto@gmail.com “Sempre dizem que o tempo muda as coisas, mas quem tem que as mudar é você.”

Anais Nin Helena Pinto – Psicóloga Clinica e Psicoterapeuta

Concelho de Silves pouco atrativo

O

s Descontos Sociais de Energia destinam-se a 500 mil famílias e para ter acesso basta solicitar a adesão junto ao comercializador de eletricidade e/ou de gás natural.

Esta é uma das principais mensagens da sessão de informação e esclarecimento promovida em Silves, pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em parceria com a RNAE - Associação das Agências de Energia e Ambiente (RNAE) e neste caso específico com a AREAL– Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve e a Câmara Municipal de Silves.

A sessão de esclarecimento aos consumidores de Silves, realizada no dia 19 de junho, permitiu esclarecer as dúvidas e explicar todo o procedimento para que os habitantes de Silves possam usufruir dos descontos sociais que podem atingir os -34% na eletricidade e -31% no gás natural.

No caso dos descontos sociais de eletricidade, tem que ser titular do contrato de fornecimento de energia elétrica, o consumo tem que se destinar exclusivamente para uso doméstico em habitação perma-

tabilidade pode ser crucial para lidar com ela. Os estudos demonstram que as pessoas que trocam uma vida rígida e estilos de vida e comportamentos destrutivos, por estilos de vida mais saudáveis, positivos e flexíveis, têm benefícios enormes com impacto na sua saúde. Estes benefícios incluem diminuição dos fatores de risco para doença cardíaca, redução da recorrência de ataques cardíacos, melhoria no sistema imunitário, aumento da esperança de vida nos doentes oncológicos.

Na realidade, cada vez se percebe e compreende mais o poder da adaptabilidade e das atitudes positivas. Quando falamos de “atitude”, referimo-nos às características psicológicas que uma pessoa adota sem pensar nelas. As atitudes são

21

exclusivamente ao uso doméstico em habitação permanente, ter um consumo anual inferior ou igual a 500 m3 e ser beneficiário de uma das seguintes prestações sociais: _Complemento solidário para idosos _Rendimento social de inserção _Subsídio social de desemprego _1º Escalão do abono de família _Pensão social de invalidez Para mais informações, os consumidores devem falar com seu comercializador, contactar o 808 100 808 ou visitar o site http:// escolhaasuaenergia.pt/DescontosSociais/.

Os concelhos de Faro, Albufeira, Portimão e Lagos são os únicos da região que conseguem entrar no top-25 dos municípios mais atrativos, à semelhança do que aconteceu no ano passado, no estudo então efetuado. O ranking é liderado por Lisboa, seguida do Porto e de Braga. O “melhor” município algarvio é Faro, que alcança a 11ª posição no País.

No ranking nacional, Silves ocupa a 53ª posição.

Por categorias, o concelho de Albufeira lidera em “Turismo (Visitar)”, seguido de Portimão, Tavira, Lagos, Faro, Loulé, Sil-

ves, Vila Real de Santo António, Olhão e Lagoa, que completam o top-10 regional.

A categoria “Negócios (Investir)” é liderada por Faro, seguido de Albufeira, Loulé, Portimão, Lagos, Tavira, Silves, Olhão, Aljezur e Monchique.

Na categoria de “Talento (Viver)”, Faro continua a ocupar o 1º lugar, seguido de Portimão , Albufeira, Lagos, Loulé, Tavira, Olhão, Silves, Vila Real de Santo António e Lagoa.

O estudo, que abarcou os 308 municípios portugueses, teve como base dados do Instituto Nacional de Estatística, a procura, representada pelas pesquisas “online” e a variável do desempenho “online”, através dos sites e redes sociais de cada concelho.

Este estudo está disponível no site da consultora, no endereço: http://www.dinheirovivo.pt/ DVMultimedia/upload/BC_ PT_City_Brand_Ranking%20 2015.pdf

Teatro Sénior em Silves e em Messines

O

s grupos de Teatro Sénior formados pelos utentes do Polo de Educação ao Longo da Vida de Silves e de Messines apresentaram, nos dias 10 e 11 de julho, as peças de teatro nas quais trabalharam ao longo dos últimos meses.

Em Silves, o grupo apresentou a peça “A Escola do Outro Tempo”, no Teatro Mascarenhas Gregório.

Já em Messines, o grupo apresentou a peça “Hoje é sábado”, na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense.

Estas ações vêm na sequência do desafio lançado, em fevereiro de 2014, pela Câmara Municipal de

Silves, através dos seus sectores de Ação Social e Cultura e de onde, pela elevada adesão, resultou a criação de quatro grupos de teatro nas localidades de Armação de Pêra, S. B. Messines, Silves e Tunes. É de salientar que os grupos são formados por pessoas sem qualquer experiência teatral e que colaboram em todas as etapas do processo, desde os textos até à encenação e que o resultado deste trabalho tem sido muito gratificante

Teatro Sénior em Messines

quer para os participantes, quer para os espetadores.

Teatro Sénior em Silves (Foto de Rute Santos)

22

Agenda Julho/ Agosto 2015

Feiras e Mercados

Eventos Exposição “Lavadouros Públicos” - Nos Paços do Concelho, até 31 de julho. De segunda a sexta feira das 9h às 17h.

Exposição “No caminho do Lince Ibérico”, no Castelo de Silves, diariamente das 9h às 17h.

Exposição Fotográfica “Atmosferas” – De Bruno Gonçalves, na Biblioteca Municipal de Silves, até 31 de julho.

De segunda a sexta feira das 10h às 18h30; sábado, das 14h às 18h30.

Exposição “ Linha com Tinta Nua” - De Cuca Fiadeiro, na Casa Museu João de Deus, até ao dia 6 de junho, das 10h às 18h., até 28 de agosto.

Exposição Fotográfica “Portugal em Marrocos: um olhar sobre um património comum” - De Frederico Mendes Paula, na Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica, até ao mês de agosto.

Exposição “Há 25 anos a conservar e a restaurar”- No Museu Municipal de Arqueologia, todos os dias, das 10h às 18h.

Exposição “Arte de Lourdes Abraços” ( pintura em porcelana) – Torreão da Almedina. Dias úteis das 10h às 13h e das 14h às 18h.

Casa Museu João de Deus - Exposição Permanente sobre João de Deus, em Messines. Com Espaço da Biblioteca, Espaço Multimédia e Ludoteca, onde são organizadas várias actividades, das 10h às 13h e das 15h às 18h. Encerra aos sábados, domingos e feriados.

Encontro de Veículos Clássicos em Armação de Pêra – No 1º domingo de cada mês, junto ao Mini Golfe.

Mercado no Algoz – Na 2ª segunda-feira do mês; perto da Junta de Freguesia.

Mercado em Messines – Na 4ª segunda-feira do mês, no terreno de feiras e mercados.

Mercado em S. Marcos da Serra – No 1º sábado do mês, junto à povoação.

Mercado em Silves- Na 3ª segunda-feira do mês, no terreno de feiras.

Mercado em Tunes – No 4º sábado do mês, junto à passagem de nível.

Mercado em Azilheira – Na 1ª quinta-feira do mês.

Mercado em Alcantarilha – Na 1ª sexta-feira do mês, no centro da vila.

Mercado em Armação de Pêra – Na 3ª quinta-feira do mês.

Feira de Velharias no Algoz- No 1º sábado de cada mês, no centro da povoação.

Feira de Velharias em Silves- No 3º sábado de cada mês, junto à Fissul.

Beatriz Cuiça Rafael Agente de seguros Rua Jo sé Ro d r ig ue s M ar tin s, L j. 10 | 8 37 5 - 1 1 8 S . B. M e ssin e s Te l. / Fax : 2 8 2 3 3 0 2 07 M ó ve l: 91 81 1 5 0 0 9 o u 9 6 3 27 9 8 3 5

Pub.

MESSINOMETAL, LDA . SERRALHARIA CIVIL . AUTOMATISMOS . INOX . PORTÕES SECCIONADOS . SISTEMAS DE VEDAÇÃO

Gerência: José Manuel Vargas

Telef./Fax: 282 338 579 Tlm.: 91 41 03 212 E-mail: messinometal@sapo.pt Rua Teófilo Fontainhas Neto 8375-S.B. Messines

Pub. Pub.

Feirinha Mensal- De artesanato e produtos locais. No Mercado Municipal de S. B. Messines, aos 2ºs sábados de cada mês.

Feira de Velharias em Messines- ao 2º sábado de cada mês, no Jardim Municipal

Feira de Velharias em Alcantarilha- 4º sábado do mês Sítio do Bacharel, frente ao cruzamento das Fontes de Matosa Mercados Gourmet Alternadamente entre Alcantarilha e Pêra- 3º sábado do mês

Pub.

Pub.

José Manuel Coelho Guerreiro

Pub.

Pub.

Materiais Eléctricos Instalações Eléctricas Electrobombas - Ferramentas Mini-Mercado

Construções c/ Própria/Empreitadas Escritório: Rua José Falcão, 9 - r/c 8300-166 Silves - E-mail: finobral.lda@sapo.pt

Rua poeta António Aleixo, n. 20 | 8375 S. Bartolomeu de Messines | Tel. 282 339 173

Pub.

P.J.G.

Pub.

Contabilidade Unipessoal, Lda. Contabilidade / Fiscalidade / Seguros

Pub.

Rua António Aleixo nº3

Telm: 962 578 769

Telef: 282 338 128

Fax: 282 330 626

Pub.

Pub.

Julho/ Agosto 2015

Empregos

Escritura

Nadador salvador- Para Armação de Pêra.. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588570493 Ajudante de cozinha – Para restaurante em Armação de Pêra, para pessoa inscrita no Centro de Emprego. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588572625

Operador de máquinas de lavandaria- Para zona de Armação de Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588580201 Empregado de bar – Para Armação de Pêra para pessoa inscrita no Centro de Emprego. No site do IEFP: www. netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588574455

Cozinheiro de 2ª – Para Armação de Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588570519 Motorista de veículos pesados – Para Alcantarilha ( serviço de reboques). No site do IEFP: www.netemprego.gov. pt. / Oferta nº 588580378

Sistemas informáticos para:

Restaurantes | Bares | Discotecas Oficinas automóveis Motos | Cabeleireiros SPA´s | Gestão Comercial Software Hostel

Assistência 24/7 304 500 800

Empregada de limpeza- Para União de Freguesias Alcantarilha e Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588579771

Rua Camilo Castelo Branco nº 36 | 8200-276 Albufeira tel. 289 543 168 | email. comercial@windland.pt

Carteiro- Para concelhos de Silves e Albufeira. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588579666

GRÁTIS

Comerciais para imobiliária- Para loja em Armação de Pêra. Enviar CV para: geral@landexpert.pt ou contactar: 282 314 538.

Envie o seu anúncio classificado até ao dia 12 de cada mês.

Chefe de cozinha- Para Armação de Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588576112

Empregado de armazém- Para Alcantarilha. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588571527

Técnico comercial EDP – Para zonas de Portimão, Silves e Lagos. Contacto: rh@sales4u.pt

Email: terraruiva@gmail.com

Pub.

Operador de posto de abastecimento- Para Alcantarilha.

Enviar CV para: candidaturas@prioenergy.com com o assunto: “operador de posto Alcantarilha” Terapeuta Ocupacional- Para UCC e Lar no Algoz. Inserida na Medida Estágio Emprego. Contacto: josebarbosa52@gmail.com

Gerente de Loja Retalho Têxtil- Para Silves. Apresentar candidatura em: http://www.msearch.pt/recrutamento/ id-247223/gerente-de-loja-m-f.aspx

Pub.

CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA MARIA MARGARIDA FRESCO BORLINHA HENRIQUES, SITUADO NA RUA CRUZ DE PORTUGAL À PROJECTADA DIOGO MANUEL, BLOCO A, EDIFICIO ARADE, LOJA 3 C, SILVES. CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em dez de Julho de dois mil e quinze, foi exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, lavrada a folhas quarenta e nove do Livro de Notas número cento e cinquenta, deste Cartório, a cargo da Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques, na qual ALDA DO SACRAMENTO MARTINS GOMES, solteira, maior, natural da freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, onde reside habitualmente no sítio do Monte Branco; contribuinte fiscal número 149 262 914, foi dito que é dona e legítima possuidora com exclusão de outrém, dos seguintes prédios: Prédio urbano, sito na Estrada Municipal, mil e sessenta e oito, Monte Branco, freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, composto de duas divisões, destinado a arrecadações e arrumos, com a área de trezentos e sessenta e sete metros quadrados, confinante do norte, com estrada, do sul e nascente, com Herdeiros de Rudolfo Cabrita Palma e do poente, com Aline Cabrita de Oliveira, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves, e inscrito na respectiva matriz predial urbana, em nome da justificante, sob o artigo 8639, com o valor declarado igual ao patrimonial tributário de seis mil quatrocentos e sessenta euros.

Prédio urbano, sito em Monte Branco, freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, composto de duas divisões, destinado a armazém e actividade industrial, com a área de cento e quarenta e um metros quadrados, confinante do norte e poente, com João Bartolomeu, do sul, com estrada e do nascente, com Francisco Cabrita, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves e inscrito na respectiva matriz predial urbana, em nome da justificante, sob o artigo 7874, com o valor declarado igual ao patrimonial tributário de oito mil quatrocentos e trinta euros.

Que adquiriu os prédios por meio de compra verbal, nunca reduzida a escritura, feita a José Cabrita de Sousa e mulher Maria Sequeira Neves, casados no regime da comunhão geral de bens, e residentes no sítio de Monte Branco, São Bartolomeu de Messines, no ano de mil novecentos e oitenta e três, e em data e mês que não pode precisar.

Que desde esse ano possui os prédios em nome próprio, utilizando-os e conservando-os, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente e com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu os imóveis por USUCAPIÃO, não tendo todavia dado o modo de aquisição documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade perfeita.

Está conforme.

Pub.

Silves, dez de Julho de dois mil e quinze

Pub.

A Notária PROCURA Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques

Pub. Pub.

23

SOLUÇÕES PARA A EDIÇÃO? o nº 65 de Empresas Livros, Boletins,Registado Revistas,sob Relatórios Emitido recibo. e Outras Publicações (Publicado no jornal Terra edição nº 168, 21 de Contacte o Ruiva, Terra Ruiva Rua da Fábrica, nº 3;Julho 8375 - de 147,2015) S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922 E-mail: terraruiva@gmail.com

www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva

TODA A INFORMAÇÃO ATUALIZADA Visite a nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Terra-Ruiva-Jornal-do-Concelho-de-Silves

Pub.

24

Julho/ Agosto 2015

Pub.

- Consultas gerais - Análises Clínicas - Radiografia

- Banhos e tosquias - Ecografia - Domicílios animais de companhia e espécies pecuárias - Cirurgias - Profilaxia médica Horário: 10.00 - 13.30 / 16.00 - 19.30 | Sábado: 10.00 - 13.30

Aldeia Ruiva (em frente ao Cruzamento dos Campilhos) – S. B. de Messines

Pub.