Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

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Dezembro 2014

Dezembro de 2014 ANO XIII - Nº 161 0.70 Euro

Diretora: Paula Bravo Publicação Mensal

J O R N A L D O C O N C E L H O D E S I LV E S Tomou posse novo Comandante Operacional Municipal p7

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA

NATAL 2014

VERIFICAÇÃO POSTAL

EB 2,3 de Armação de Pêra distingue- Iniciativas em todo se em Ranking de escolas o concelho marcam p 12 a quadra festiva Margarida Gomes e José António Simões Artesãos de Roda Viva levam arte a todo o país p9

p2e3

«A esperança somos todos nós» Maior Presépio do Concelho de Silves Na Estação de Silves

p8

Inaugurado “Miradouro do Lince” p 16

Marcha da Paz em Messines

Foto ICNF-CNRLI

p 10

Novas direções nas Casas do Povo de Messines e Alcantarilha p 13

Muralhas de Silves vão ser intervencionadas p 17

Presépio Vivo em S. Marcos da Serra

p2

Pub.

teofilo@teofilo.com.pt

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Geral Dezembro 2014

Exposição de Postais de Boas Festas antigos

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o mês de dezembro, o Arquivo Municipal de Silves escolheu para a sua exposição mensal uma coleção de postais antigos com imagens da cidade de Silves e votos de Boas Festas.

Esta exposição encontra-se enquadrada com a mostra de presépios que também ali está exposta, (ver notícia na pág.3), junto ao Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho.

Aqui se reproduzem alguns dos postais expostos.

Iniciativas de Natal Presépio Vivo em S. Marcos da Serra N o Largo da Igreja, em S. Marcos da Serra irá ser recriado um Presépio Vivo, durante a época natalícia.

O presépio será inaugurado no dia 21 de dezembro, pelas 14h, e pode ser visitado nesse dia até às 20h, e nos dias 22 e 23 de dezembro, das 18h às 22h.

A iniciativa é da responsabilidade de um grupo informal de jovens da localidade e, como disse ao Terra Ruiva uma das organi-

zadoras, Joana Cabrita, a ideia surgiu numa “conversa de café”. O objetivo é “dinamizar a freguesia nesta época, uma freguesia do interior algarvio, mostrando que é possível, com poucos recursos e apoios, ter iniciativas”.

A Câmara Municipal de Silves, Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra e alguns estabelecimentos locais apoiam esta atividade.

Museu do Traje mostra presépio

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o Museu Municipal do Traje e das Tradições, em S. Bartolomeu de Messines estão em exposição dois presépios: o presépio algarvio e o presépio em trono.

A atividade integra o plano educativo do sector de Museus da Câmara de Silves e

contou com a participação dos elementos do Pólo de Educação ao Longo da Vida de Messines.

Os presépios poderão ser visitados pelo público até à segunda semana de janeiro de 2015, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Passeio de Pais Natal e Feirinha em Messines

N

o dia 20 de dezembro, pelas 10h30, em S. Bartolomeu de Messines, junto ao Mercado Municipal, realiza-se mais uma edição da Feirinha de Natal, com a participação de produtores e artesãos locais.

Haverá ainda a atuação do Grupo Coral da Casa do Povo de S.B. Messines e o tradicional Passeio BTT de Pais Natal.

Um mergulho por sapatos em Armação de Pêra

A

iniciativa solidária “Um mergulho por sapatos” volta a Armação de Pêra, por iniciativa do Holiday Inn Algarve.

O hotel faz um desafio aos residentes da zona e aos turistas: que no dia 25 de dezembro e 1 de janeiro, mergulhem nas águas da praia. O objetivo é o de angariar fundos para que todas as crianças da instituição “A Gaivota”, em Albufeira, “possam iniciar 2015 com um novo par de sapatos”.

Para participar basta aparecer na praia de

Concerto de Natal em Silves

A

Sociedade Filarmónica Silvense organiza um Concerto de Natal, no dia 21 de dezembro, às 16h, na Sé Catedral de Silves.

Armação de Pêra em frente ao hotel, às 11h, nos referidos dias, com uma toalha. Após o mergulho, o Holiday Inn Algarve coloca ao dispor dos “mergulhadores”, para se aquecerem, um “Hot Bomba” no dia de Natal e um chocolate quente no Ano Novo. Adultos e crianças são bem-vindos a participar, “conhecendo que o fazem pelo seu próprio risco”, avisa a organização.

No dia de Natal, os participantes devem vestir-se de Pai Natal e no dia Ano Novo são convidados a vestir um pijama.

Participam o Grupo Coral e a Banda Filarmónica da Sociedade Filarmónica Silvense.

Informação Dezembro 2014

A esperança somos todos nós

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MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO

Ação de Natal nos Paços do Concelho

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o dia 8 de dezembro, o edifício dos Paços do Concelho recebeu uma ação natalícia, intitulada “A esperança somos todos nós”. E foi de esperança que se falou nesse dia, esperança em acreditar num mundo melhor “construído por todos nós”.

A inauguração de um presépio tradicional algarvio foi um dos momentos iniciais desta ação, que continuou com a abertura de uma pequena mostra de presépios da coleção do padre Carlos Aquino, e que se encontram expostos ao público até ao início de janeiro.

Já no Salão Nobre, a presidente da Câmara, Rosa Palma, falou um pouco sobre o simbolismo do presépio tradicional algarvio e do desejo da autarquia em afirmar-se como garante das tradições que devem ser preservadas. Confessando que “adoro o Natal”, Rosa Palma afirmou que nesta época, “ independentemente da crença de cada um”, o “espírito bom do Natal e a bondade de cada um vem ao de cima” e fez votos para que esse Foi ainda anunciado que a Quinta Pedagó“espírito esteja mais presente em todos nós gica, que organizou todo este evento e readurante o ano”. lizou a decoração dos Paços do Concelho, Também o padre Carlos Aquino se referiu irá promover, até ao dia 8 de janeiro, uma ao Natal como um “acontecimento de espe- recolha de alimentos. Assim, todos os que rança” que “é o que todos precisamos”.

Seguidamente, Rosa Palma, o vice- presidente Mário Godinho, o presidente da Assembleia Municipal, Analídio Brás, e o padre Carlos Aquino e padre Manuel Condeço fizeram uma plantação simbólica das “searinhas” que acompanham o presépio. Lembrou-se então que a tradição manda que as searas sejam plantadas no dia 8 de dezembro, um dia com muito simbolismo Semeando as searas, para um ano de fartas colheitas - é o Dia da Imaculada Conceição, que é também padroeira de Por- se deslocarem ao edifício serão convidados tugal e de Silves. a oferecer um género alimentício, que será Procurando promover o espírito de solida- depois entregue a uma instituição de solidariedade próprio desta quadra foram acen- riedade social, para que esta possa distribuir didas algumas velas, de modo, a colaborar por famílias mais carenciadas. com a iniciativa da Cáritas Portuguesa “10 milhões de estrelas”.

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C

aros concidadãos, Aproxima-se a quadra natalícia e, com ela, mais um final de ano.

Independentemente da religião que cada um possa professar, é tempo de dedicarmos energia a refletir, por tradição mas, mais importante, por bússola interior, de quem procura saber como ser humano, e parte integrante deste mundo, de onde vem e para onde vai.

Vivemos em sociedade mas cada um de nós continua a ser um indivíduo único, com uma história particular, sonhos, desejos e aspirações específicas. Para vivermos em harmonia é necessário sabermos equilibrar as nossas necessidades individuais com as do contexto social em que vivemos e em que queremos viver.

Desde que nascemos, somos ensinados a comportarmo-nos e a moldarmo-nos à cultura e especificidades organizacionais desse contexto. Contudo, num mundo cada vez mais global as sucessivas crises económicas e sociais alastram além-fronteiras, de ocidente a oriente, sem olhar a raças e a religiões.

Pedem a cada um de nós para encararmos o mundo onde vivemos como um organismo vivo, numa dialética local-global, em que as decisões que tomamos a nível individual, ou numa dada organização, afetam todos à volta. Por exemplo, conseguimos ver isso nas nossas famílias, quando alguém toma uma decisão emocional ou económica que depois molda a forma como toda a família se organiza ou estrutura.

Estamos todos interconectados. O mesmo se observa na política, essa arte da organização do dia-a-dia que todos praticamos mas que, devido ao ruído dos meios de comunicação social e algumas más práticas, aprendemos a ver como a profissão de alguém, e normalmente alguém que é caracterizado como sendo de pouca confiança.

Uma das maravilhas de se ser humano é que podemos sonhar e por isso construir novos mundos, somos sujeito e instrumento que

possibilita mudar as nossas próprias condições de existência, claro, possibilidade mais concretizável quando o esforço é além de individual, coletivo.

O Natal é um tempo especial, durante o qual as tradições, a sua preservação, a família e o serviço aos outros ganham particular relevo. O Natal é o tempo em que todos olhamos para os outros e buscamos no olhar que se cruza, uma resposta para tantas inquietações: como fazer para ajudar, como acolher, como estar presente na vida de quem precisa de um conforto? ... Como ser homem no meio dos homens, contribuindo positivamente para o bem comum? … É um tempo de questionamento, mas é, também, um tempo de ação, já que a presença ao lado de quem precisa de um abraço amigo é a medida certa para o início de uma transformação, tanto interior como exterior, uma transformação marcada pela esperança de construir um mundo mais justo e solidário. Uma transformação que tem de ser feita por cada um de nós, para se tornar viva nos gestos concretos que todos podemos por em prática.

O Ano Novo é como a primeira página de um livro em branco, para o escrevermos é importante percebermos quais são os nossos desejos, pensarmos que objectivos queremos estabelecer, eles dão-nos uma direção consciente e mobilizam as nossas ações para a sua concretização.

Faço, por isso, votos que escrevamos em 2015, pessoal e coletivamente, um livro de concretizações coletivas, participação democrática, justiça e progresso social.

Desejo a todos os meus concidadãos e respetivas famílias um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, repleto de amor, saúde e muitas alegrias.

Somos nós, com cada olhar, com cada gesto, com cada ação, que construímos um mundo melhor! A ESPERANÇA SOMOS TODOS NÓS! Presidente da Câmara Municipal de Silves Rosa Cristina Gonçalves da Palma

“TERRA RUIVA” - Rua da Fábrica, nº 3 8375 - 147 S. Bartolomeu de Messines

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Opinião

Editorial

Dezembro 2014

Paula Bravo

Da esperança que nos alimenta

Q

uase sem nos apercebermos chega ao fim mais um ano, fecha-se um ciclo. Sem sabermos bem como, voaram os dias passados e num sopro saímos do casulo aconchegante e familiar do Natal para o Novo Ano de 2015.

Deste ano que se esgota, saímos também nós esgotados. A troika, a queda do império Salgado, as ilegalidades no processo dos vistos gold, e agora a detenção do ex-primeiro ministro Sócrates. E as vendas, ah, as vendas do País, cortado a retalhos… Olhamos para o pouco que sobra e temos a amarga certeza de que tem o destino marcado, só ainda não se sabe a nacionalidade do comprador.

Passou o 1º de dezembro, sem que a data tão decisiva para a nossa nacionalidade tivesse direito a ser um dia feriado, e sentimos que também nestes pequenos/grandes pormenores o país se esgota, se perde… até não sabermos bem quem somos e o que nos distingue.

E no entanto… e no entanto, ela move-se, como terá dito Galileu, num tempo em que se condenava com a fogueira uma heresia tamanha como a afirmação que a Terra se movia.

E no entanto, digo eu, nós olhamos à nossa volta, para o maravilhoso país que temos, para pessoas que admiramos, e sentimos que estamos vivos e que Portugal não é uma miragem, nem um sonho perdido, mas uma força que se quer transformar, quer progredir. E em todos os recantos encontramos locais e pessoas que nos confirmam essa possibilidade, essa riqueza.

Num tempo de “apagada e vil tristeza”, quando se discute nas ruas e nas mais altas instâncias se a democracia está em perigo; se as instituições estão a cumprir o seu

Ficha Técnica

Directora: Paula Bravo.

Redacção: Francisco Martins, José Carlos Xavier. Director Financeiro: Francisco Martins (TLM- 918 700 152).

Colaboradores: António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno, Carlos Vargas, Eugénio Guerreiro, Estela Louçã, Gabriela Martins, Helena Pinto, José Manuel Vargas, Maria José Grade da Encarnação, Maria Lúcia Santos, Maria Luísa Anselmo, Mónica Gonçalves, Paulo Silva, Rogélio Mena Gomes, Teodomiro Neto. Redacção, Administração e Publicidade: Rua da Fábrica, nº 3; 8375 -

papel ou se nos estão a arrastar para o precipício; quando se questiona o verdadeiro poder e o real perigo que representa o triângulo negócios/política/media… neste tempo… temos de ter a coragem de defender as nossas convicções e de promovermos a riqueza do País, no que ele tem de mais único – as pessoas.

Não é por acaso que, mais tarde ou mais cedo, todos os partidos políticos acabam por construir slogans à volta dessa ideia. “As pessoas primeiro”, ou “ Primeiro as pessoas”, ou o muito utilizado “ Connosco, as pessoas contam”…

As pessoas devem contar. E devem fazer para merecer isso, participando na vida comunitária, colaborando com associações e entidades, das escolas aos clubes.

Descobrindo no outro uma vontade comum… apreciando o trabalho de equipa, seguido do sabor da recompensa, um gosto que perdura na obra feita, no saber que se deixou, de alguma forma, uma breve marca da nossa passagem.

E que, como humanos, demos a nossa contribuição na grande e interminável demanda da Raça.

No mês de dezembro, meio caminho entre o balanço do ano que passou ( que tantas vezes nos arrasta ao balanço da vida que se viveu) e o antecipar do ano que virá, há que haver este momento- o da pausa, da suspensão. O tempo para uma respiração mais longa, o tempo de interiorizar o nosso significado enquanto indivíduos e comunidade.

O tempo de pensarmos na transformação possível.

Será possível?

Para resposta escolho a frase que “roubei” à iniciativa natalícia organizada pela Câmara Municipal de Silves e que faz capa nesta edição : “A esperança somos todos nós”.

A todos – caros colaboradores, anunciantes, leitores e amigos – deixo as clássicas saudações: Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

E que a esperança nunca nos abandone e faça em nós o seu lar.

147, S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922, e- mail: terraruiva@gmail.com, www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva.

Design gráf ico e pré-impressão: Bruno Cortes. Impressão: FIG-Indústrias Gráfica, S.A. - Coimbra. Periodicidade: Mensal.

Tiragem: 1500 exemplares. Propriedade: Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves “Pé de Vento” – NPC 504606867. Registado no Instituto de Comunicação Social com o número 123511.

Depósito Legal nº 153123100. Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

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Tomar Partido

Francisco Martins

Verdade ou Mentira

A

menos de um ano das eleições legislativas, à semelhança do que aconteceu ao longo dos 38 anos de democracia, o país assiste a mais uma representação teatral de mudança de turno.

Se a história se repetir, chegou o tempo da substituição da coligação de direita pelo partido socialista, que se prepara para fazer o seu turno de serviço ao abrigo do regime de alternância ou rotativismo.

Para o concretizar, o PS escolheu e elegeu António Costa, como personalidade melhor posicionada para executar a mudança, surgindo no último congresso do partido com uma oratória de esquerda e a contornar habilidosamente o problema José Sócrates, afirmando rejeitar coligações com a direita e prometendo entendimentos com os partidos à esquerda do espectro partidário, não se coibindo de elevar a fasquia - pediu maioria absoluta ao eleitorado para governar. Há razões fundadas para desconfiar das reais intenções de mudança por parte da nova liderança porque o registo histórico da governação PS, revela uma prática de direita.

Entre falar à esquerda e governar à direita, a diferença é insanável. A este facto histórico há a acrescentar o discurso populista mas pouco inovador de António Costa que se limitou a defender a cláusula de salvaguarda para que o aumento do Imposto Municipal sobre Imóveis seja balizado, a reposição de feria-

dos ou a apresentação da “Agenda para a Década”, que representa uma mão cheia de nada em termos programáticos.

O país ignora a posição da nova liderança acerca de temas estruturantes como o défice e a renegociação da dívida pública, a Europa e o euro, o combate ao desemprego e o crescimento económico, a política fiscal e cortes salariais, o código laboral e direitos sociais, o Tratado Orçamental assinado em parceria com a direita, as privatizações, as parcerias público-privadas e a corrupção. É elucidativa a distinção e elogio que o congresso do PS fez em termos internacionais ao camarada Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano, adepto da chamada 3.ª via e amigo do neoliberalismo, que contradiz a aposta na mudança e a inversão de políticas. Também é problemático acreditar na renovação quando o poder de António Costa assenta nas grandes figuras do passado (Mário Soares, Almeida Santos, Jorge Coelho, António Vitorino, Manuel Alegre) e traz para o secretariado nacional um grupo de “socratistas”.

“Uma visão simplista diria que António Costa superou com distinção a prova do congresso. Encerrados os trabalhos, os seus camaradas aplaudiram de pé o reposicionamento, ainda que retórico, do partido à esquerda.”

(Nuno Saraiva, DN, 01Dez14) Apostila – a Municipalização do Ensino, inscrita no guião da reforma do Estado, é um dos objetivos do governo que está a ser negociada, no segredo dos deuses, com 20 municípios que servirão de experiência-piloto para os restantes, processo preocupante, direcionado para a desresponsabilização do poder central no campo da escola pública, que sacode a água para o

capote do local, que não receberá os necessários recursos financeiras para cobrir os custos das novas competências.

Assim aconteceu com a anterior transferência de atribuições e competências para os Municípios (Ano de 2008) que envolveu a assunção do pessoal docente das escolas básicas e da educação pré-escolar, as atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo do ensino básico e a gestão do parque escolar nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (construção, ampliação, manutenção e apetrechamento das escolas básicas). É mais uma aventura e experimentalismo dos governantes que inclui a transferência de responsabilidades em matéria de ordem pedagógica e gestão dos docentes (!). Os Municípios teriam a possibilidade de contratar docentes para os chamados projetos locais ou para a componente local do currículo, podendo atingir ¼ do total de professores. Por intermédio de um conjunto de normas contratuais e aplicação de critérios, pretende-se chegar a um número estimado ou expetável de docentes para o concelho, fazendo-se tábua rasa das diferentes realidades territoriais e socioeconómicas dos agrupamentos de escolas, com o objetivo de reduzir o número de professores, e, imagine-se, pagar aos Municípios (a partir do limite atrás referido) 13 594,71 euros por cada docente reduzido!

A concretizar-se o projeto do governo, de natureza economicista e acentuado pendor ideológico, dar-se-á mais um passo dramático na degradação da escola pública. É expetável a contestação de escolas, professores e comunidade educativa, tendo em consideração que se agravam e criam novos problemas.

GRÁTIS Email: terraruiva@gmail.com Envie o seu anúncio classificado até ao dia 12 de cada mês.

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Informação Dezembro 2014

Concelho GNR faz rusgas e detenções em Messines

Na madrugada do dia 27 de novembro, o Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial da GNR de Silves em colaboração de duas equipas do Grupo de Intervenção em Operações Especiais (GIOE) da Unidade de Intervenção da Guarda Nacional Republicana efetuou em Messines, uma “operação de combate à criminalidade” de “larga envergadura”, com buscas domiciliárias a residências e a viaturas.

Esta operação trouxe para a Vila messinense um aparato policial nunca visto, com homens e viaturas, tendo-se ouvido até uma troca de tiros, o que causou algum alvoroço na zona.

Posteriormente, a GNR informou que esta ação “surgiu no seguimento de uma investigação relativa ao crime de tráfico de estupefacientes “ e culminou “com a detenção de sete cidadãos do sexo masculino, residentes em São Bartolomeu de Messines, com idades compreendidas entre os 21 e os 41 anos, indiciados pelos crimes de tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida”.

Foi também “apreendido produto estupefaciente suficiente para 350 doses individuais de haxixe, 121 gramas de folha de cannabis seca e 17 gramas de sementes de cannabis, para além de duas balanças de precisão e diversos objetos relacionados com o consumo e tráfico de estupefacientes”.

Várias armas “cinco armas de fogo (duas pistolas de alarme, uma caçadeira de canos serrados, uma pistola calibre 6,35mm e ainda um revólver), um fuste de madeira, um cano sobreposto de uma caçadeira e ainda cento e quarenta munições de vários calibres (incluindo de guerra), foram também encontradas e apreendidas. Assim como “diversos objetos presumivelmente resultantes da atividade ilícita desenvolvida pelos ora detidos”, como televisores, computador portátil, consolas e diversos videojogos, leitores DVD, GPS, uma aparelhagem e colunas de som, vinte e dois telemóveis e vários cartões de telemóvel e de memória; um berbequim; dois gorros passa montanha; uma máscara; dois pés de cabra; diversas luvas; gazuas, e ainda 180 euros em moeda do BCE e outros eletrodomésticos.

Acrescenta a GNR que “ parte dos objetos ora apreendidos foram já reconhecidos como tendo sido subtraídos através de furtos anteriormente praticados pelo grupo”.

Sede da Sociedade de Tunes vai mesmo ser vendida

Está à venda o edifício sede do Clube de Instrução e Recreio Tunense, como forma desta antiga coletividade angariar fundos para regularizar a sua situação financeira e fazer face a compromissos financeiros.

Recorde-se que a venda desta coletividade foi inicialmente marcada para setembro, com a convocação de uma Assembleia Geral de Sócios. Nesta reunião, a decisão da venda foi suspensa, enquanto algumas pessoas, sócios e antigos e atuais dirigentes, tentavam mobilizar entidades e população,

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de forma a encontrar uma outra forma de resolver o problema.

Mas a solução não foi encontrada e após uma nova reunião foi decidido avançar com o anúncio de venda. É agora incerto o futuro desta coletividade fundada em 1935, conhecida por “Sociedade” e que recebeu na sua casa nomes tão conhecidos como Amália Rodrigues, Cidália Moreira, Madalena Iglésias, Simone de Oliveira, António Calvário, entre outros.

Bailes, espetáculos de variedades, de ilusionismo, de teatro, torneios de malha, jogos de salão, torneios de futebol, sala de cinema com máquina de projetar, compõem os momentos mais marcantes da história da Sociedade que era parte imprescindível da vida da comunidade tunense mas que, a partir de certa altura, não conseguiu acompanhar as alterações sociais, embora tivesse havido um esforço, com os órgãos sociais que se encontravam atualmente em funções.

Vendida a sede restará aos sócios decidir se o Clube tem ou não condições de continuar, num outro espaço.

Câmara adquire retroescavadora

A autarquia de Silves reforçou o seu parque de máquinas com a aquisição de uma nova retroescavadora, num investimento que ronda os 65 mil euros.

Este equipamento respeita os índices de poluição segundo a legislação em vigor e está equipada com um balde da frente com raspador, bem como com dois baldes traseiros e tem a possibilidade de trabalhar com martelo pneumático.

Esta unidade é uma versão criada especificamente para os municípios, já que traz como extra um sistema de acoplação que permite a utilização de bombas submersíveis, ideais para ruturas nas condutas de água. Para além disso traz cilindro de compactação, martelo pneumático manual e outros acessórios, informa a autarquia.

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necessite de apoio domiciliário que lhe está a ser prestado, enquanto o marido permanece internado.

Na sua nota, o Município de Silves reitera o “agradecimento ao excelente trabalho realizado pelas equipas dos Bombeiros Voluntários de Silves e Albufeira, e ao apoio prestado pela GNR, INEM e Cruz Vermelha”.

“Bem me Quero” com inscrições até 31 de dezembro

O projeto “Bem Me Quero”, promovido pelo Município de Silves, através do seu Sector de Ação Social, tem inscrições abertas até ao dia 31 de dezembro.

Destinada à população sénior, “esta iniciativa promoverá a realização de diversos workshops em que se abordarão as questões relacionadas com a autoestima e a autoimagem, procurando desenvolver nos participantes maior confiança e segurança.

Nestes workshops serão feitas sessões fotográficas, onde se recolherão as imagens dos participantes antes e depois da atividade. Este projeto contará com a colaboração de diversos fotógrafos amadores, das várias freguesias, que se disponibilizaram voluntariamente para colaborar na iniciativa”, informa o Município de Silves.

As inscrições podem ser feitas nas Juntas de Freguesia de Armação de Pêra, S. B. Messines e Tunes. Em Silves, é no Sector de Ação Social, na Câmara Municipal. Quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas junto dos técnicos deste serviço, através do telefone 282 440 800 (ext.: 370) ou do endereço de correio eletrónico sasocial@cm-silves.pt.

Os workshops serão agendados para o início de 2015, em datas a divulgar oportunamente.

Acidente em rua de Armação de Pêra

No dia 2 de dezembro, foi notícia a nível nacional, a queda de dois idosos num buraco de cerca de quatro metros de profundidade que se abriu subitamente na Rua D. João II, em Armação de Pêra.

Uma das vítimas, uma senhora, conseguiu sair, com a ajuda de populares, mas o marido, que se encontrava em estado mais grave, só foi retirado com a ajuda dos Bombeiros Voluntários de Silves e Albufeira.

Em nota entretanto divulgada sobre este incidente, a Câmara Municipal de Silves afirma que “lamenta profundamente” o ocorrido. Desde o primeiro momento, a presidente da Câmara, Rosa Palma, deslocou-se ao local, com o vice-presidente Mário Godinho, e técnicos do serviço municipal de proteção civil, acompanhando os trabalhos dos bombeiros e dos técnicos que procuraram averiguar as causas da derrocada.

Nos dias seguintes, a presidente da Câmara deslocou-se também ao hospital onde se encontravam os dois feridos, disponibilizando toda a assistência aos mesmos e à família. De momento, a senhora encontra-se já em casa, embora

Tlf: 282 339 253 Tlm: 965 189 375 Rua Cândido dos Reis, nº 44 8375-134 São Bartolomeu de Messines Email: cafeacademicomessines@gmail.com

Tlf: 282 339 253 Tlm: 965 189 375 Rua Cândido dos Reis, nº 44 8375-134 São Bartolomeu de Messines Email: bartholomeuguesthouse@gmail.com

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Rita Rodrigues Solicitadora

Rua Eng. Duarte Pacheco, 1, 8365-235 Tunes Tel. 282 576436 / 918876942

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Opinião Dezembro 2014

Consultório Jurídico

Eugénio Guerreiro

CONTRATOPROMESSA (III)

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receitua o artigo 410º nº3 do Código Civil que um contrato promessa de compra e venda de imóvel deve conter o reconhecimento presencial das assinaturas do promitente vendedor e do promitente comprador, e que, o promitente vendedor, só pode invocar a falta desse reconhecimento se tal sucedeu por culpa do promitente comprador. Por outras palavras, se o promitente vendedor no futuro pretender anular o contrato invocando a falta do reconhecimento das assinaturas, só

Opinião

Maria José Grade da Encarnação

A narrativa

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omos confrontados nas passadas semanas com uma narrativa extraordinária.

Ao fim de 40 anos de democracia, um ex-primeiro-ministro foi detido, preventivamente, pela suposta prática de crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Depois de uma temporada em Paris a dedicar-se ao estudo da nobre arte de pensar e a comentar a situação política de Portugal, José Sócrates é detido em pleno aeroporto de Lisboa, com os meios de

Utilidade Marginal

António Eugénio

Rotinas Orçamentais.

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h, o Natal e o Ano Novo!

Uma época do ano maravilhosa, repleta de esperança, família e bem recheada com todo o tipo de frituras e doces deliciosos que nos fazem esquecer o ano árduo que passou.

Também é a altura dos orçamentos, públicos e privados, em que as empresas, municípios, governos e afins, fazem as suas contas e esperam chegar ao número mágico que lhes pareçam mais aderente à realidade. É um exercício persistente e repetido todos os anos, como que uma forma de iniciação ao ano que aí vêm. Alguns povos prestavam culto e faziam sacrifícios em prol do novo ano; nós fazemos orçamentos.

Não é propriamente um trabalho glamoroso: trata-se de pegar em

devolva o cheque, argumentando que considerava o contrato nulo porquanto as suas assinaturas não foram objecto de reconhecimento presencial. Todavia, o Manuel recusa-se a devolver-lhe o cheque, e o Luís, então, instaura-lhe um processo judicial pedindo que o tribunal declarasse o contrato nulo e condenasse o Manuel a devolver-lhe o cheque. A primeira instância deu razão ao Manuel. A segunda instância - o Tribunal da Relação deu razão ao Luís. O Supremo, em decisão final, deu razão ao Manuel.

Basicamente, por considerar que o Luís cometeu abuso de direito, porque ao longo de muitos meses agiu sempre como se o contrato fosse válido jamais dando a entender ao Manuel, fosse por que modo fosse, que iria servir-se daquela irregularidade formal do negócio (falta do reconhecimento presencial das assinaturas) para, com base nela, obter a sua anulação.

o poderá fazer se essa falta se deveu a culpa do promitente comprador, por exemplo, invocando que foi o promitente comprador que não quis reconhecer as assinaturas. Porém, se for o promitente comprador a pretender anular o contrato, basta-lhe, para tanto, invocar a falta do reconhecimento das assinaturas, não tendo que justificar de quem foi a culpa dessa omissão. É isto que, claramente, aquela norma legal dispõe. Porém, na prática, as coisas não são assim tão simples e lineares. Pode suceder, e tem sucedido, que, pretendendo o promitente comprador mais tarde anular o contrato alegando falta do reconhecimento presencial das assinaturas, confiando que isso seria

condição suficiente e bastante, é surpreendido com a derrota dessa sua pretensão, que lhe afigurava bem certa à luz da aludida norma legal. Vejamos um exemplo que chegou ao Supremo Tribunal de Justiça, em que este tribunal não deu razão ao promitente comprador que, invocando a falta de reconhecimento presencial das assinaturas, pretendeu anular o contrato e que, correspondentemente, o promitente vendedor lhe devolvesse o sinal entregue. Manuel e Luís celebraram um contrato promessa de compra e venda relativamente a um monte alentejano, propriedade do Manuel, tendo o Luís, promitente comprador, entregue àquele um cheque de 40.000 euros a título

de sinal na altura em que assinaram o contrato mas sem efectuarem o reconhecimento presencial das suas assinaturas. Nessa ocasião, o Luís pediu ao Manuel que esperasse duas semanas antes de accionar o cheque, porque estava à espera do recebimento de uma quantia para ter saldo suficiente na conta. Passado esse tempo, o Luís disse ao Manuel que afinal ainda não tinha recebido essa quantia que aguardava e pediu-lhe mais um mês de espera.

Passado esse mês, pediu mais um mês. E estes pedidos sucederam-se por mais seis meses. Até que chegou um dia em que o Manuel, exasperado por tantos adiamentos, meteu o cheque ao banco, mas, o cheque foi devolvido por falta de provisão. Então, disse ao Luís que lhe iria instaurar um processo executivo com base nesse cheque sem cobertura. Aqui chegados, o Luís pede ao Manuel que não faça isso, e, inclusive, exige-lhe que lhe

comunicação social a proporcionar palco (ou cadafalso) ao, talvez, mais mediático primeiro-ministro deste país.

Em grande, como sempre nos habituou, este personagem principal da sua própria narrativa, determinou que os canais noticiosos de Portugal suspendessem a sua regular emissão. Sucederam-se horas de intermináveis debates sobre aquilo que todos falavam mas ninguém, na realidade, conhecia.

Traçaram-se hipotéticos cenários imagináveis, especulava-se o que seria, como seria, com quem seria.

Durante esse fim-de-semana, o país ficou suspenso da continuidade de uma narrativa paralela àquela que José Sócrates começara a escrever no dia em que deixou o governo.

Suspenso continuou até que o juiz decidisse se José Sócrates fi-

cava em prisão preventiva ou não.

Depois, claro, as críticas ao que o juiz fez ou deixou de fazer, se a comunicação do tribunal estava bem ou mal feita. Como o conteúdo da comunicação era escasso, passou-se à forma. Enfim, continuou a falar-se, e de repente já sabíamos o número de detido do ex-primeiro-ministro, o que tinha comido e toda a romaria que passou a ter lugar no estabelecimento prisional de Évora.

De duas coisas estamos seguros sobre José Sócrates: a) estimulou a economia eborense; b) continua a proporcionar uma boa narrativa.

Claro está que toda esta entourage montada à volta deste assunto, permite a José Sócrates afirma-se como o perseguido por todos. Afinal, “os jornalistas já o perseguiam”

desde o caso dos terrenos da Cova da Beira, passando pela sua licenciatura, os Magalhães, o Freeport, o pequeno-almoço do Figo entre outros. Este seria apenas mais um!

Porém, eis que a narrativa se transforma num triste folhetim, próprio que um cordel já velho e gasto, transmitido em directo pelos meios de comunicação social. Apenas nos falta a Teresa Guilherme como apresentadora, pois o conteúdo já é muito idêntico aos reality shows com que nos presenteia.

Há cerca de uns meses, Armando Vara havia sido condenado em Aveiro, no célebre processo “face oculta” pela prática de crimes semelhantes. E, muito recentemente, Duarte Lima foi condenado a 10 anos de prisão por burla e branqueamento de capitais.

Ainda a anteceder a detenção de José Sócrates, o país foi confron-

tado com o escândalo dos vistos gold, onde altas chefias deste país se deixaram corromper.

Ao fim de 40 anos, começamos a duvidar se este não será, como dizia o príncipe de Salinas, no Leopardo, o “tempo dos chacais e das hienas”. De facto, fomos confrontados com o pior que a política pode ter, o interesse individual sobreposto ao bem comum, gente medíocre que sem saber muito bem como, chegou onde não devia e conseguiu fazer aquilo que lhes deixaram.

Conforta-nos o facto da justiça, pese embora o coro de críticas que lhe foi dirigido e das más leis que tantas vezes se fazem, funcionar e isto é uma das garantias da democracia.

A todos um Santo Natal, tempo de renascimento e esperança, na companhia de todos os que amam.

expectativas, converte-las em números e ver se realmente fazem sentido, tendo em conta o que pensamos que se passará no futuro.

Qualquer semelhança com futurologia ou astrologia é pura coincidência.

Brincadeiras à parte, fazer orçamentos é trabalho sério e necessário. O orçamento permite uma comparação entre a realidade e a planificação. Haverá sempre derrapagens, positivas ou negativas, num orçamento. O importante é que, com um orçamento, sabemos se estamos acima ou abaixo das expectativas. É uma métrica de controlo; uma ferramenta importante de gestão. Sem orçamento, ou pelo menos, uma ideia do que nos espera, não há gestão.

Mais ainda, no campo público, é uma forma de transparência. A apresentação de um orçamento na esfera pública é uma declaração de intenções e uma apresentação de execução de políticas. A leitura de um orçamento permite ao cidadão ter uma consciência das prioridades dos seus dirigentes, e de como estas serão alcançadas: é uma forma de participação na vida pública.

Todo este elogio não significa que, do ponto de vista público, não existam alguns cuidados a ter com os orçamentos anuais. Um orçamento, e especialmente o de Estado, deve ser atempado e amplamente difundido. É absolutamente extraordinário que, ao momento em que escrevo estas linhas, componentes importantes do Orçamento de Estado ainda estejam nos segredos dos deuses e a menos de um mês da sua entrada em vigor ainda não se saiba como vai ser a taxação dos sacos de plástico ou o processo dos inventários, por exemplo. Um orçamento, enquanto instrumento de previsão, deve ser pertinente não só no seu conteúdo, mas também em termos temporais. Por fim, e fico sempre surpreendido em ver como esta regra é muitas vezes esquecida, um orçamento deve ser realista na sua análise. Fazer um orçamento que prevê a obtenção do prémio do euromilhões para financiar um edifício é absolutamente idiótico, visto que a probabilidade de ganhar é muito baixa.

O exemplo anterior é imbecil, é verdade. Mas não menos imbecil foi o Orçamento de Estado de há

alguns anos, que contabilizava nas suas previsões um preço de crude de 60 dólares o barril, quando a sua cotação, à altura da redação do orçamento já ultrapassava os 80 dólares.

Um orçamento é, no fim, um exercício intelectual de gestão; um modelo de como as coisas serão

feitas e financiadas. E quanto mais honestos formos na nossa análise, melhores serão as previsões.

Coluna Jurídica

O Terra Ruiva conta com a colaboração do advogado Eugénio Guerreiro que se disponibiliza a responder a questões dos leitores.

Tem uma dúvida jurídica?

Quer uma opinião sobre algum caso que o preocupe? Envie-nos a sua questão.

Boas festas!

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Informação Dezembro 2014

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Novo Comandante Operacional Municipal toma posse Nelson Correia é o novo responsável

Tomou posse no dia 9 de dezembro, o novo Comandante Operacional Municipal, Nelson Correia, em cerimónia ocorrida nos Paços do Concelho e que abrangeu ainda a entrega de equipamentos aos bombeiros voluntários de Silves e de S. Bartolomeu de Messines.

Nelson Correia, nascido em 1977, é licenciado em Geografia e Planeamento Regional. Funcionário da Câmara Municipal de Silves desde 2001, já desempenhou diversas funções, sendo, desde fevereiro de 2014, coordenador técnico do Serviço de Proteção Civil e Florestas de Silves.

Na intervenção de tomada de posse, afirmou estar plenamente consciente “das responsabilidades” do cargo de Comandante Operacional Municipal, comprometendo-se a “tudo fazer para estar à altura”.

A “proteção civil municipal tem uma missão clara, que é de executar e coordenar a política municipal de Proteção Civil, nomeadamente na prevenção, preparação, resposta e recuperação a acidentes graves, e catástrofes, promovendo a proteção e o socorro das populações, dos bens, do património e do ambiente”, afirmou Nelson Correia que, neste contexto, realçou a importância da “conjugação de esforços dos vários agentes de proteção civil

e demais entidades cooperantes na defesa da população”.

Entrega de equipamento aos bombeiros

Na ocasião, a Câmara Municipal entregou aos representantes das corporações de bombeiros de Silves e de Messines, diverso material de proteção individual de combate a incêndios urbanos.

No total, foram entregues “10 aparelhos respiratórios de circuito aberto (ARICA), completos, num investimento que ultrapassou os 9.000 euros, assim como outro tipo de equipamentos de proteção individual para incêndios urbanos, como capacetes e fatos nomex, caracterizados pela sua fibra resistente a chamas”, informou a autarquia.

Estes equipamentos constituem parte de um conjunto mais vasto de material de proteção individual de combate a incêndios florestais e urbanos, na sua maioria já distribuído, durante o ano 2014, e que,

conjuntamente com outros 10 aparelhos respiratórios de circuito aberto que serão entregues até ao final do ano, representam um investimento da autarquia que, As autoridades de proteção civil do concelho estiveram presentes na tomada de posse na sua totalide Nelson Correia ( segundo à direita) dade, ascende os 67.000 euros. Este valor é comparticipado em 85% pelo FEDER, no âmbito da candidatura «Reequipamento Estratégico da Proteção Civil do Algarve», efetuada em conjunto entre a AMAL e os municípios algarvios.

“Apoiar os Bombeiros Voluntários do concelho dotando-os de melhores equipamentos de proteção individual, contribuindo, desta forma, para a melhoria da sua atuação em situações de emergência” é o objetivo da autarquia.

Caros amigos da Freguesia de Silves, Aproxima-se a época de Natal e o final de um ano que se revelou particularmente turbulento a nível social, económico e moral, tanto no âmbito nacional como internacional.

Os cidadãos de todo o mundo cada vez mais fazem ouvir a sua voz, exigindo maior transparência dos sistemas e maior justiça social, as quais só serão possíveis se acompanhadas de uma reafirmação de valores éticos e morais.

Estas mesmas exigências também se fazem ouvir na nossa freguesia. Como tal, desde que tomei posse como Presidente desta Junta tenho defendido valores e princípios que permitam à minha equipa servir a todos de idêntica forma.

Sabendo que muitos de vós se continuam a debater com uma situação económica grave, com o inevitável impacto nas esferas familiar e social, posso apenas desejar que todos atravessem esta época festiva com um espírito positivo, uma atitude de confiança no futuro e a crença de que juntos podemos inverter uma tendência que não serve os nossos interesses.

Lanço, por isso, o repto.

Olhem à vossa volta e, com o espírito solidário que a nossa pequena comunidade já demonstrou em inúmeras ocasiões, convidem alguém que sabem sofrer de solidão ou de dificuldades de qualquer ordem, seja ele o idoso solitário, o doente desenganado ou o menos afortunado, a partilhar a vossa mesa e a vossa companhia na Noite de Natal. Não importa a abundância, importa sim pôr em prática uma atitude de comunidade unida e não vencida.

Cito uma frase que traduz, de forma simples, o espírito a que apelo: “Não importa o que temos, mas sim como partilhamos o que temos” (Autor anónimo) Feliz Natal e Bom Ano Novo a todos!

Parte do equipamento distribuído aos bombeiros

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Informação Dezembro 2014

Presépio na Estação de Silves Centenas de figuras encantam visitantes

Aquele que é provavelmente o maior presépio do concelho, está exposto numa casa particular, na localidade da Estação de Silves.

Foi feito pela primeira vez em 2009 e tem crescido todos os anos. No ano passado recebeu mais de três mil visitantes.

Este ano voltou a abrir as portas ao público que pode ver “mais de 300 novas peças”.

O

enorme presépio encontra-se no armazém da casa de Paulo Lourenço e Nelsa Silva, mas a ideia partiu de Cristina, a mãe de Paulo.

“Em casa sempre houve a tradição de fazer o presépio e quando comprei esta casa, a minha mãe achou que este era um belo armazém para fazer um presépio”, conta o filho.

Assim começou, com um projeto relativamente simples que foi ganhando dimensão, até porque “ as pessoas gostam e dão-nos força”, diz Paulo Lourenço.

Para fazer o presépio é necessária pelo menos uma semana de trabalho, em horas que deveriam ser de descanso. Há que fazer a estrutura que o suporta, apanhar o musgo, montar a instalação elétrica, fazer o riacho e até um lago… E pensar na organização das várias cenas que compõem o presépio. Aqui, além dos quadros típicos de qualquer presépio, encontram-se também cenas relacionadas com a cidade de Silves. Vê-se, por exemplo, o castelo de Silves num alto monte, ( e até uma caneca do saudoso fes-

tival da cerveja). Mais em baixo, chama a atenção a Cruz de Portugal. Além do monumento, lá se encontra também “ a casinha do Zé de Monchique e a última pessoa que lá viveu, o Zé Calceteiro”.

Com Paulo Lourenço a conduzir a visita, chegamos a uma cena da atualidade: ali não falta o preso mais famoso do momento, ou um coelho a rodar “às voltas para ver o que faz ao país”.

Subindo o olhar pelo lago onde nadam peixinhos vermelhos, riacho acima, observam-se cenas campestres mais comuns e um número imenso de figuras em situações muito variadas. Conseguir observar tudo é um verdadeiro desafio!

Neste trabalho que se mostra ao público nota-se que há carinho e gosto pelo que se fez. E Paulo Lourenço sublinha que o trabalho não acaba quando o presépio está montado, pois é preciso vigiar e

Paulo Lourenço e Nelsa Silva

cuidar da instalação elétrica e fazer tarefas como regar o musgo, para que tudo se mantenha bonito até ao Dia de Reis.

Até lá, quem quiser visitar este presépio pode fazê-lo todos os dias na parte da tarde, e encontrará Nelsa Silva com a porta aberta. É ela quem recebe as visitas, quer as particulares quer as de instituições. “É uma alegria quando vêm cá as pessoas dos lares e os miúdos das escolas”, diz o casal.

A entrada é gratuita e Paulo Lou-

A ”equipa”da Farmácia Algarve

renço faz questão de afirmar que “isto não é um negócio” e que as contribuições que recebem servem para adquirir pequenas prendas que são oferecidas às crianças das escolas que os visitam.

Quanto a este projeto, dizem que é para continuar a fazer: “ até morrer faço isto todos os anos”, garante

Aspeto geral do presépio

Paulo Lourenço.

Para o ano será diferente, pois todos os anos é desmontado e feito de novo no Natal seguinte.

Texto e Fotos: Paula Bravo

Quinta dos Avós

Casa de Chá - Museu Rural Jardim Botânico - Doçaria Conventual

deseja a todos os Messinenses, clientes e amigos um

Ano Novo muito próspero

visite-nos no Algoz

deseja a todos os clientes e amigos FELIZ NATAL e um Ano Novo muito próspero

Informação Dezembro 2014

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Roda Viva

A criatividade mora em Silves

Presépios, jardins do Natal, paraísos… bijuteria, troféus, azulejos e painéis pintados à mão… peças de cerâmica e de barro com os motivos e formas mais variadas, desde os gatos dos tempos iniciais, aos peixes de grandes bocas… e jarras… e … e…

A lista de peças, trabalhos e encomendas que o atelier Roda Viva, com os artesãos Margarida Gomes e José António Simões, tem produzido nos últimos 22 anos não caberia nesta página de jornal.

Há poucas associações e clubes no Algarve que não têm um troféu feito pela Roda Viva – e isto diz muito sobre o seu trabalho.

O

pretexto para esta visita do Terra Ruiva é a participação muito recente de Margarida Gomes, na Exposição Internacional de Presépios que está ainda a decorrer em Santo Tirso. Para a abertura da exposição foram convidados alguns artesãos, para uma grande feira de presépios. Margarida esteve presente, com os seus originais presépios algarvios, onde não falta nenhum dos elementos típicos regionais como a cabra algarvia, os cestos de laranjas “de Silves, as melhores do mundo”, os medronhos, amêndoas, alfarrobas e até “dons Rodrigos”.

O rei mago Baltazar é uma figura que salta à vista. Faz parte dos elementos obrigatórios de qualquer presépio que se preze, mas como este, de sorriso rasgado e vibrante não se encontra por aí.

A complementar, os presépios estilizados de José António, onde ressalta a unidade da família: a Mãe, o Pai e o Menino.

Os presépios da Roda Viva estão atualmente na casa de muitos dos grandes colecionadores portugueses, da Confraria do Caco, e não só, e em inúmeras instituições e têm alcançado um reconhecimento que enche de orgulho Margarida Gomes. Mas, além dos presépios, é possível encontrar peças destes artesãos silvenses em cerca de 30 lojas cuidadosamente selecionadas, de Guimarães a Lagos, passando por Coimbra, Sintra, Lisboa e muitas outras cidades. Ou ainda nas mais diversas exposições e feiras, também por todo o País.

Tendo um percurso de formação semelhante, iniciado na Escola de Artesanato em Lagoa, passando depois pelo Cencal ( Centro de Formação para a Indústria da Cerâmica), nas Caldas da Rainha, e complementado com diversos cursos e workshops de técnicas diferentes, viram o seu talento reconhecido logo no primeiro ano da sua atividade, ganhando o 1º e o 2º prémios do Concurso Nacional de Artesanato Criativo da Delegação Regional do Algarve, em 1991.

Em 1995, Margarida Gomes foi de novo distinguida com o 1º Prémio de Artesanato Moderno, no Concurso Algarve Artesanal; feito

que repetiu em 2003 e 2008.

Algumas das peças da Rota Viva mereceram também destaque em publicações da especialidade, nomeadamente “Rotas da Cerâmica – A sul do Tejo”, e “Artesanato da Região do Algarve – Traditional and contemporany crafis in Algarve”, ambas editadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Maior prémio

Os prémios, as distinções, ou a “felicidade” de pessoas que por vezes fazem muitos quilómetros para comprar uma peça da Roda Viva é um motivo de satisfação e de incentivo para os dois artesãos.

Mas a realidade do dia a dia impõe-se, por vezes de uma forma muito brutal. “O maior prémio é termos aguentado estes anos todos”, diz José António Simões.

Pertencendo aos órgãos diretivos da Arte Xelb, Associação de Artesãos do Concelho de Silves, tem assistido à saída de muitos associados, simplesmente porque “as pessoas são obrigadas a desistir”.

As exigências fiscais, a obrigatoriedade de estar coletado e ter de pagar segurança social e mais recentemente a questão das faturação e das guias de transporte, trouxeram à atividade um conjunto de regras que a “ maior parte dos artesãos que vende meia dúzia de coisas numa feira de tempos a tempos” não pode suportar.

Acresce a falta de poder de compra de muitos portugueses, acabando por colocar este tipo de aquisição num plano secundário. Para contrariar esta dificuldade, Margarida Gomes diz que o único caminho é estar “sempre a inventar”, fazendo peças mais complexas e caras, mas também muitas peças de pequena dimensão, com preços mais acessíveis. E, acima de tudo, renovar, melhorar, aperfeiçoar. Criar.

Margarida Gomes com o seu Jardim de Natal

José António Simões com os seus peixes de barro, feitos na roda de oleiro

A sua última peça, os jardins de Natal, são uma espécie de milagre da multiplicação, se assim se pode dizer.

Dezenas de pequeníssimas peças, brilhantes e coloridas, em pormenores belíssimos que as fotos do jornal de forma alguma conseguem reproduzir, unidas em torno de três figuras que mal se adivinham, o pai, a mãe, o menino…

Começamos a tentar perceber, adivinhar as longas horas de trabalho, desde a conceção à montagem, passando pela execução e pela pintura.

Margarida só sorri… “O meu coração é um fogo de artifício quando estou a pintar”… diz.

Mais palavras para quê?

Texto e Fotos: Paula Bravo

O presépio algarvio de Margarida Gomes

Contactos: Roda Viva Cerâmica Artística e Design Cerro S. Miguel, nº 107 8300-033 Silves Tel: 282 445 522 / 933282572 https://www.facebook.com /RodaViva.Algarve

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Informação Dezembro 2014

Marcha da Paz em Messines U ma marcha pela Paz irá realizar-se em S. Bartolomeu de Messines, no dia 20 de dezembro, pelas 21h, a partir da Igreja da Nossa Senhora da Saúde, seguindo para a Igreja Matriz.

Aí, terá lugar a intervenção do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas e do presidente da Cáritas Diocesana, Carlos Oliveira, ao que se segue uma atuação do grupo musical “Santa Maria”.

Esta iniciativa insere-se na campanha da Cáritas “Dez Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, na qual a paróquia de S. Bartolomeu de Messines está a ocupar um lugar de destaque por ser a comunidade que este ano acolhe, no Algarve, a “Luz da Paz”, o símbolo da campanha de Natal da Caritas.

Em 2014, a Caritas concentra-se no combate à pobreza infantil e na ajuda à população do Médio Oriente. Assim, 65 % das verbas alcançadas com a venda de velas será para apoiar crianças algarvias em situação de pobreza, para o pagamento de consultas médicas e no dentista, de aparelhos auditivos e óculos, entre outras necessidades. A verba restante irá apoiar um projeto internacional no Médio Oriente.

De relembrar ainda que as velas da Cáritas estão à venda em diversos locais do país, escolas, paróquias e estabelecimentos comerciais e têm um preço de 1€.

A operação ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’ é uma iniciativa que nasceu em França e que começou a ser promovida em

Portugal em 2003, tendo como principal objetivo incentivar a sociedade civil a contribuir para a melhoria das condições de vida de pessoas e povos desfavorecidos, atingidos por fenómenos como a pobreza, a guerra, as catástrofes naturais, as desigualdades sociais.

A campanha tem lugar durante o Advento (tempo litúrgico que precede o Natal no calendário católico) e é concretizada através de manifestações públicas de natureza religiosa, cívica, cultural e artística desenvolvidas pela Cáritas Portuguesa e pelas Cáritas Diocesanas.

A Cáritas convida cada português a acender uma vela na noite de 24 de dezembro, véspera de Natal, e a colocá-la à janela de casa.

Fechado ao Sábado Closed Saturday

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Geral Dezembro 2014

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Informação Dezembro 2014

Município de Silves tem orçamento aprovado para 2015

O

Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) do Município de Silves para 2015, foram aprovados pela Assembleia Municipal, do dia 3 de dezembro, com os votos favoráveis da CDU e a abstenção de todas as restantes bancadas: PS, PSD e BE.

O orçamento do Município de Silves para 2015, com um montante estimado de 32,6 milhões de euros, é o mais baixo de sempre apresentando-se muito próximo da execução orçamental média dos últimos anos (31 milhões de euros).

O orçamento prevê transferências para coletividades e associações que traduzem um aumento de 70 mil euros, se comparado com o anterior (o aumento anterior foi de 170 mil euros).

O investimento previsto em termos reais, descontando encargos e compromissos de anos anteriores, designadamente, a dívida relacionada com o processo Viga d´Ouro, ascende a 3 milhões de euros, considerado “um número extremamente diminuto que coarta drasticamente as necessidades de investimento da

autarquia, a elevação dos níveis de bem-estar das populações e o ritmo de desenvolvimento do concelho de Silves”.

Nos investimentos programados para 2015 e no âmbito da elaboração de projetos de execução técnica, contam-se os seguintes: mercados municipais de Silves e S. B. de Messines, nova adutora (e reservatório) da rede de abastecimento de água a S. B. de Messines, abastecimento de água da Torre ao Estádio Municipal (A. de Pêra), alteração do projeto do Polidesportivo de Tunes, requalificação do parque urbano nascente de A. de Pêra, espaço multiusos de S. Marcos da Serra, beneficiação da entrada poente de S. B. de Messines, ponte medieval de Silves, Torres Almedina 4,5 e 6, parque de feiras e mercados em S. B. de Messines, etc.

No domínio da execução de obras/empreitadas destacam-se as seguintes: construção do Polidesportivo de Tunes (2.ª fase), ampliação do cemitério de Silves, construção de muro no cemitério de S. B. Messines, beneficiação do Bairro dos Montinhos (S. Marcos

da Serra), pavimentação da estrada Amorosa/Vale Fuzeiros (S.B. Messines), pavimentação de caminho no sítio das Canelas (Alcantarilha), pavimentação da estrada de Monte Costa/Corte Mourão (S. Marcos da Serra), beneficiação de habitação na Rua da Central (Silves), parque de feiras e mercados de Alcantarilha, remodelação da rede de abastecimento de água (e saneamento) em A. de Pêra, repavimentação e melhoria da rede viária do concelho, melhoria da rede escolar, etc.

A autarquia prevê também a aquisição efetiva de 2 viaturas pesadas para a recolha dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e o lançamento de concurso público para o fornecimento de uma terceira viatura pesada (RSU).

Está previsto alargar a capacidade de investimento no concelho, através do recurso a “novas fontes

Orçamento tem cerca de 33 milhões de euros

de financiamento que implicará o recurso aos fundos comunitários e ao crédito bancário no âmbito da margem legal de endividamento de que dispõe”.

No quadro das atividades, com incidência nas áreas da dinamização socioeconómica, cultural e desportiva, é de assinalar as rubricas que se seguem: a Feira Medieval de Silves, a Exposição do Lince Ibérico, a Feira do Folar, o Festival da

Ranking de escolas destaca EB 2, 3 de Armação de Pêra

A

Escola EB 2, 3 Dr. António Costa Contreiras, em Armação de Pêra, é a melhor escola pública algarvia, no que se refere ao 9º ano.

Esta escola conseguiu a 206ª posição, com uma média de 3,19, num total de 1 247 escolas.

Este trabalho de classificação das escolas, feito com base nos resultados dos exames nacionais, tem vindo a ser realizado anualmente e, embora seja objeto de contestação por parte de vários sectores, serve igualmente de indicação quanto aos resultados atingidos pelas escolas.

Aqui se apresentam os resultados regionais, nomeadamente da me-

lhor escola do Algarve e as posições e médias das escolas do concelho de Silves.

Exames 12º ano Total: 621 escolas Algarve: Melhor escola: Colégio Internacional de Vilamoura- 14ª posição, média-13,6 Escola Secundária de Silves: 216ª posição; média- 10,57

Exames 9º ano Total: 1.247 escolas Algarve: Melhor escola: Colégio N. Srª. do Alto, Faro- 40ª posição, média-3,75 Melhor escola pública: EB 2.3 Dr. António Costa Contreiras, Arma-

ção de Pêra- 206ª posição, média3,19 EB 2.3 João de Deus, S. Bartolomeu de Messines- 631ª posição; média- 2,81 EB 2.3 Algoz- Algoz – 710ª posição; média-2,77 EB 2.3 Dr. Garcia Domingues726ª posição: média- 2,76

Exames 6º ano Total: 1.155 escolas Algarve: Melhor escola: Colégio N. Srª. do Alto, Faro- 11ª posição, média-4,03 EB 2.3 Dr. António Costa Contreiras, Armação de Pêra- 380ª posição, média- 2,93 EB 2.3 Dr. Garcia Domingues-

Vereador Fernando Serpa reativou o seu blogue

O

vereador socialista Fernando Serpa está de novo a escrever no seu blogue, depois de ter estado inativo durante vários meses.

O blogue de Fernando Serpa, que foi o candidato do PS à Câmara Municipal de Silves nas últimas eleições autárquicas ( alcançando o 3º lugar atrás da CDU e do PSD), tinha sido interrompido em julho de 2013, na altura da campanha eleitoral.

Em março de 2014, o vereador socialista voltou a publicar, num post intitulado “ Somos no presente a continuidade do passado, projetando o futuro”. Neste texto, Fer-

nando Serpa afirma que “Daí que, honrando o mandato que recebi de quem em mim acreditou, decidi reativar o blog. Irei assim trazer ao conhecimento de todos, tudo aquilo que me parecer pertinente.”

A publicação seguinte, de 8 de novembro de 2014, refere-se à não aprovação por parte do PS da primeira versão do orçamento da Câmara Municipal de Silves, para 2015.

“Orçamento 2015 – A vitimização começou”, é o título do texto que explica as razões dos vereadores socialistas.

Muito lido e comentado no período anterior, aquando da governa-

Fernando Serpa

ção do PSD na Câmara Municipal de Silves, a reativação do blogue do vereador socialista é, sem dúvida, um novo elemento no jogo da política partidária concelhia.

As causas e ideias de Fernando Serpa podem ser seguidas no endereço: http://serpa-vereador.blogspot.pt/ .

715ª posição: média- 2,71 EB 2.3 João de Deus, S. Bartolomeu de Messines- 940ª posição; média- 2,53 EB 2.3 Algoz- Algoz – 1068ª posição; média-2,37 Exames 4º ano Total: 4.441 escolas Algarve: Melhor escola: Colégio N. Srª. do Alto, Faro- 156 ª posição, média- 4, 02 Escola Básica da Portela, S. Bartolomeu de Messines- 1234ª posição; média 3,30 EB Pêra,- 1695ª posição; média 3,17 EB João de Deus, S. Bartolomeu de Messines- 1852ª posição; mé-

Caldeirada, Sunset Secrets, Lado B, Festival Só, , as comemorações do 25 de Abril e o Dia da Cidade, a animação cultural e desportiva de Verão, o Troféu Espírito Desportivo, as Férias Super Fixe e outras.

(Fonte: Relatório da autarquia que integra os documentos previsionais e documentos citados)

dia 3,13 EB 1º ciclo Tunes- 2653ª posição; média 2,94 EB Alcantarilha- 2665ª posição; média 2,94 EB Armação de Pêra- 2924ª posição; média 2,87 EB nº1, Silves- 3136ª posição; média 2,80 EB 1ºciclo Algoz- 3612ª posição; média 2,64 EB Amorosa, S. Bartolomeu de Messines- 4041ª posição; média 2,44 EB nº 2, Silves- 4326ª posição; média 2,12

Sociedade Dezembro 2014

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Novos dirigentes da Casa do Povo de Alcantarilha tomaram posse

Já estão em funções os novos corpos dirigentes da Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra que tomaram posse no dia 15 de novembro, numa cerimónia que decorreu no salão desta entidade.

A nova presidente, Paula Santos, acredita que será possível a esta equipa “revolucionar” e “dinamizar” esta Casa do Povo.

A

tomada de posse dos novos corpos dirigentes da Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra decorreu no dia 15 de novembro pelas 21h30, no salão nobre na Casa do Povo com a presença de muitos sócios.

Estiveram também presentes muitos autarcas, entre os quais a presidente da Câmara, Rosa Palma e representantes de várias associações e de entidades locais e concelhias.

O presidente da Mesa Assembleia Geral, Nuno Saraiva, depois de empossado, deu posse aos novos membros: Dina Vieira, Paulo Santos, António Manuel Brito, Carlos Patrício, António Campos, José Santos, José Francisco Carmo, Afonso Fernandes, Manuel Maia, Álvaro Silva, Gil Afonso, Emmanuel Luz, Márcia Diogo Saraiva, Paulo Vieira e Paula Santos.

De seguida, a Banda Filarmónica da Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra e o Grupo ‘Ponte Pequena’ abrilhantaram esta tomada de posse, tendo inclusive surpreendido os presentes com dois temas em conjunto.

A nova ‘Equipa’ agradece a todos os presentes e a todos os que nos têm congratulado por esta nova etapa. Aceitamos entrar ou continuar, neste desafio, de revolucionar, dinamizar a Casa do Povo que pertence ao triângulo de freguesias mais bonito do Algarve.

Temos noção de certas dificuldades, especialmente financeiras, que todo o país atravessa atualmente. No entanto, com as atividades que queremos concretizar acreditamos que iremos conseguir trazer mais atividades solidárias, desportivas e culturais. Mas, não podemos fazê-lo sozinhos, precisamos de mais sócios, amigos, apoios, parceiros e todos nós temos que acreditar que é possível concretizar muitos projetos nesta casa e em nome desta casa.

Na tomada de posse: Afonso Fernandes - vogal de Direção; Manuel Maia - vogal de Direção; Paulo Santos - vogal da Mesa da Assembleia; Dina Vieira - secretária da Mesa da Assembleia; Márcia Saraiva - tesoureira Direção; Álvaro Silva - vogal Direção; Paula Santos - presidente Direção; Gil Afonso - vogal Direção; Emmanuel Luz - secretário de Direção; Nuno Saraiva - presidente da Mesa da Assembleia; António Manuel Brito - presidente Conselho Fiscal; Armando Campo - relator Conselho Fiscal; José Santos - vogal Conselho Fiscal; José Carmo - vogal da Direção; Paulo Vieira - vice-presidente de Direção

Texto: Paula Santos (presidente da Casa do Povo de Alcantarilha) Fotos: Casa do Povo de Alcantarilha

Um momento da festa com a atuação da Banda Filarmónica de Alcantarilha e o grupo Ponte Pequena

José Carlos Araújo

reeleito presidente da Casa do Povo de Messines

J

osé Carlos Araújo ( José Piasca) foi reeleito como presidente da direção da Casa do Povo de S. Bartolomeu de Messines, nas eleições que decorreram no dia 10 de dezembro, a escassos dias da comemoração dos 80 anos desta instituição, que se assinalou no dia 13 de dezembro.

No que se refere às eleições, a Lista A, liderada por José Carlos Araújo, foi a vencedora com 131 votos , enquanto a Lista Z, liderada por César Neves, alcançou 58 votos.

A UNIÃO DAS FREGUESIAS DE ALCANTARILHA E PÊRA

É a seguinte a composição dos novos órgãos sociais: Direção Presidente - José Carlos de Sousa Araújo Tesoureiro- Nuno Miguel Coelho Neves Secretária - Liliana Sequeira Cabrita 1º Vogal- Inácio Manuel Vieira Martins 2º Vogal - Carla de Jesus Miranda Labisa Suplentes de Direção José Francisco Nunes Armando José da Ponte Galrão da Silva Filipe Manuel dos Santos Bica Jorge Miguel Rodrigues da Silva Nelson Filipe Correia Brás Conselho Fiscal Presidente - Mário Manuel Caldeira Guerreiro Gorjão 1ª Secretária - Emília Adelaide Sequeira Inácio 2ª Secretária - Glória Maria Ribeiro de Lima Cabrita

José Carlos Araújo

Suplentes do Conselho Fiscal Nuno Gonçalves Palma Cruz Ana Lúcia das Neves Correia Damas Gilberto Jacinto Valério Assembleia Geral Presidente - José Paulo Barbosa Moreira de Sousa 1ª Secretária - Olga Cristina Guita Santos Teixeira 2º Secretário - Paulo Jorge Loução Guerreiro Suplentes Assembleia Geral Vânia Lisa Calado Pedro Calado Ana Sofia Sequeira das Neves Sousa Jorge Manuel Branco Castelo

A União das Freguesias de Alcantarilha e Pêra, Assembleia de Freguesia, e os Funcionários, desejam a toda a população, um Santo e Feliz Natal, assim como um Ano Novo cheio de prosperidade.

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Opinião Dezembro 2014

Opacidades e Copos de Cristal JESUS

António Guerreiro

Jesus nasceu.

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos (declaração universal dos direitos humanos, 10 de dezembro de 1948, artigo 1.º).

Não consta, pelo menos que eu saiba, como é que Maria foi assistida durante a gravidez e na hora do parto. Os cuidados maternos foram assegurados pelo serviço nacional de saúde ou apenas terá recorrido às mulheres experien-

Partilhas

Helena Pinto

Pilares de uma Aprendizagem eficaz e construção da autoestima… (cont.)

D

ando continuidade às reflexões que pude partilhar com os leitores no número anterior deste jornal, gostaria hoje de falar sobre mais um aspeto que considero basilar para uma aprendizagem eficaz e construir uma autoestima forte: as aspirações transformadas em objetivos reais.

Todos temos as nossas aspirações, ou seja os nossos sonhos, sobre o que gostaríamos de ser em termos pessoais e profissionais, sobre o que gostaríamos de alcançar. Contudo nem sempre paramos para reflectir sobre isso e partilhar com os outros essas ideias. Sobretudo com as crianças é importante conversar para os ajudar a construir o caminho que os pode levar até onde querem ir, dando-lhes a noção de que para isso poderão ter de alterar ou melhorar a sua forma de agir,

tes, mães de numerosos filhos, da aldeia em que vivia? Quem terá assistido ao nascer e às horas subsequentes do recém-nascido Jesus?

Que parteira ou médico existiria por aquelas bandas, aquela hora tardia dos pequenos dias de inverno? Espero que qualquer criança e qualquer mãe tenham o direito a um eficiente acompanhamento médico, num serviço nacional de saúde, gratuito, durante uma gravidez desejada, na hora do parto e em sequência desta nova vida, livre e igual em dignidade e em direitos.

Jesus terá nascido livre e igual aos outros homens e mulheres?

Toda a pessoa tem direito à educação (dudh, artigo 26.º).

Jesus frequentou um ensino público e gratuito com todas as outras crianças em idade escolar ou limitou-se a aprender com sua mãe terão de se empenhar e lutar pelos seus sonhos. Quando desejamos verdadeiramente algo, lutamos para o conseguir. Este forte desejo conduz à persistência e a transformar as aspirações em objetivos com uma meta temporal para a sua concretização, e transformando assim, o sonho em realidade.

De uma forma categórica, poderíamos definir os objetivos como a fonte da motivação humana, aquilo que a pessoa deseja e quer alcançar. Neste aspeto temos de ter em conta dois tipos de objetivos: O Objetivo-final: é a ultima etapa, o ponto onde queremos chegar; e o Objetivo-processo: é o caminho que há que percorrer para chegar ao fim da viagem, é o modo como vamos conseguir o prémio final, as estratégias que delineamos para conseguir o objetivo-final.

Na definição dos objetivos, quer para adultos, quer para os jovens, face ao emprego, à escola, ou à vida, é importante ter em conta que eles devem ser positivos e atrativos, devendo descrever o que queremos e o que não queremos ou pretendemos evitar; devem ser claros e específicos, ser o mais concretos possível, pois se forem vagos dificilmente os conseguiremos alcançar; devem ser realistas, mesmo que difíceis devem ser concretizáveis, pois se não forem realistas não trazem qualquer esperança na sua concretização e se não forem desa-

alguns ensinamentos transmitidos de geração em geração? Quem terão sido a educadora e a professora de Jesus? Quem lhe ensinou a ler, a escrever, a olhar para o mundo com vontade de descobrir? Quem foram os seus companheiros e companheiras de escola? Não acredito que Jesus tenha ficado analfabeto ou que tenha construído sozinho a cultura dos homens que resulta e resultará sempre da construção coletiva dos povos. Todas as crianças, todos os jovens e todos os adultos têm direito a uma educação de qualidade, pública e gratuita. Qual foi o romance preferido de Jesus?

Teria Jesus aptidão para as matemáticas?

Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a fiadores, não há motivação; devem ser quantificáveis e mesuráveis, para que possamos avaliá-los regularmente e saber se os alcançámos; devem ser alcançáveis pelo próprio, ainda que com alguma ajuda, é o próprio que deve atuar, a ajuda dos outros é apenas para “dar a mãozinha”; devem ser situados no tempo, para forçar o nosso cérebro a pôrse em ação, evitando o adiar constante; devem ser orientados para o rendimento e não para o resultado, o esforço e a dedicação, reforçam o valor pessoal e a autoestima; devem ser respeitadores, valorizando as vantagens retiradas da situação e a sua manutenção nos projetos futuros; devem ser ecológicos, ou seja respeitar o equilíbrio entre o lado interno do jovem aluno/profissional/pessoa e a sua rede relacional (família, professores, amigos,etc).

Deixo mais estas notas para reflexão dos leitores, e votos de um FELIZ NATAL , cheio de paz e harmonia. (Partilhe as suas reflexões para helenamapinto@gmail.com)

dignidade humana (dudh, artigo 23.º).

Contaram-me que Jesus, tal como seu pai, foi carpinteiro. A educação é o principal fator de mobilidade social. Nada nem ninguém nos pode obrigar a ser carpinteiro, ou outro qualquer ofício ou arte, só porque os antepassados dedicaram-se à carpintaria. Assumindo que Jesus foi carpinteiro por vocação e não por tradição, o valor do seu trabalho seria o suficiente para viver com a sua família (a sua mulher Madalena e os seus filhos) com dignidade, sem necessitar do esforço braçal dos seus filhos em idade escolar, ou o débil sustento que tirava do seu laboro não foi suficiente para constituir família?

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal (dudh, artigo 3.º).

Até que a voz me doa Alento

Luísa Anselmo

Alento estimulante, esperança, neste próximo Natal, amigos!

O ser humano pode sonhar, lutar e conseguir…

Mas, com tal realidade já estamos cansados, cansados e enojados e desestimulados com a vida difícil

Jesus foi condenado pela comunicação entre os homens e pelo poder político e religioso muito antes de qualquer defesa num estado de direito. Todos temos direito à presunção de inocência até prova ao contrário. Indignamo-nos com a violência parecendo esquecer as lutas políticas pelo poder que se confrontam a todo o momento.

O julgamento popular condenou Jesus e salvou, sem o menor pejo, manipulado pelo poder religioso instituído, um qualquer Barrabás.

Acredito na inocência e na culpa dos homens, mas não acredito nos julgamentos populares. Quem advogou em defesa de Jesus?

Em cada três crianças portuguesas, uma está em risco de pobreza.

Todos os seres humanos nascem livres e iguais. E depois?

com a vida em sofrimento em que muitos seres humanos em qualquer idade já se encontram tragados por outros seres humanos indignos, cegos de ambição e desprezo ultrajante que até na insubstituível Natureza vão tragando suas belezas, sua tão necessária água, seu ar respirável, desapiedadamente.

Que em cada lar, seja dito a cada filho ou filha:-Sê livre, sê sábio a, sê honesto e ama a Natureza.

Assim, te respeitarás e respeitarás teu semelhante e melhor saberás viver.

Soneto

Sem sonhos, a vida não tem brilho.

Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos.

Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir!

Augusto Cury

Não me cativa o tempo preso ao braço Que eu muito levemente venho andando E tenho a alma fora do regaço E tenho o meu coração exultando.

O tempo preso ao braço é altivez do Homem-Cego O relógio está perdido no mundo e nem sabe Alguém que retire dos braços o que eu carrego Alguém, vindo de outro lado - que venha e acabe.

Ou com esta dor. Ou com a causa dela Que rasgue os versos que eu fiz na seda fina E que plantado em uma qualquer janela Não finde a causa que é pecado - assim pequenina.

Luís Carlos Vicente Ramos

E singela - de seu tom. Altiva na melancolia O vento nos cabelos e os cabelos ao vento, Quem outrora fora meu contentamento Agora, de negro e de tristeza tinge o dia.

E mesmo de noite, quando falta a luz Sobre as chagas despidas de um coração Há algo nela que em mim produz Tornar, desvairado e demolhar-me em sua paixão.

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Tel.: 282 44 21 42

Silves

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Sociedade Dezembro 2014

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Help-Portrait em Silves Fotografias para um mundo melhor

M

ais de 170 pessoas estiveram envolvidas no evento Help-Portrait Algarve 2104 que decorreu em Silves, na Fissul, no dia 6 de dezembro.

Fotógrafos, cabeleireiras, maquilhadoras, assistentes sociais e outros, foram mais de 60 voluntários que durante dois meses prepararam esta iniciativa cujo objetivo principal era o de “ levar umas horas de alegria a mais de 100 pessoas desfavorecidas; desde crianças rejeitadas a idosos e famílias pobres, misturando todos os escalões etários”.

Na Fissul, foram tratadas como se fossem vedetas: as profissionais de cabelo e maquilhagem embelezaram-nas, outros voluntários deram-lhes um pequeno lanche, brinquedos às crianças, um lenço de senhora ou uma gravata e os fotógrafos fizeram-lhes um retrato em estúdio profissional e ofereceram-no. Houve música ao vivo e cantaram-se os parabéns a dois aniversariantes.

Foto de parte do grupo de voluntários Foto de Pedro Alberto

“Foi um desfilar de emoções felizes e coisas boas entre os Homens, que se realizou em simultâneo em dezenas de cidades em todo o Mundo, envolvendo muitos milhares de pessoas, em 67 países”, afirma a organização.

Os números deste ano, ainda pouco conhecidos, vão sendo atualizados aqui : http://help-portrait.com Algumas fotos e outra informação pode ser vista em: https://www. facebook.com/pages/Help-Portrait-Algarve/597285697060144 Uma das equipas de fotógrafos, com o mentor do evento Jovelino Matos A equipa da receção, Margarida Ramos e suas “renas” Foto Katia Viola Foto de Pedro Alberto

Centro Social e Cultural João de Deus comemora aniversário

U

Silves R Comendador Vilarinho 22 Tel: 282 440 250

ma exposição fotográfica com os momentos mais significativos da história do Centro Social e Cultural João de Deus ( lar), em S. Bartolomeu de Messines, foi inaugurada na comemoração do 24º aniversário desta instituição – dia 1 de dezembro.

A mostra com o título “ 24 anos… sorrisos, carinho e compreensão” pode ser vista até ao final do mês.

Nela estão expostas algumas fotos históricas, nomeadamente da ocasião do lançamento da 1ª pedra, no dia 1 de dezembro de 1990; ou do início da construção do centro de dia, em outubro de 1991; ou ainda do lançamento da 1ª pedra da construção do lar, a 8 de março de 1997; e outras, de utentes e de atividades realizadas pelos mesmos.

D. Natália, antiga responsável, e José Atualmente, a instituição tem um lar com 30 Ataíde, atual presidente camas e dá apoio a 45 utentes, prestando também serviço domiciliário.

A atual direção, liderada por José Ataíde, tem em vista alargar o âmbito dos serviços prestados, nomeadamente na área das emergências infantis e criando um lar para pessoas atingidas por problemas mentais, como a doença de Alzheimer.

Há também projetos para aumentar a capacidade O Grupo d’ Alegria, do Centro, fez uma atuação do lar, para o qual existe constantemente uma lista de espera, numa quinta entretanto adquirida, na zona de Vale Fuzeiros.

As questões da mobilidade das pessoas idosas e em particular dos utentes do Centro, também estão a merecer uma atenção redobrada, estando prestes a iniciar um projeto de motricidade terapêutica e reabilitação, em colaboração com a Casa do Povo de Messines

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Sociedade

Dezembro 2014

Homenagem a Padre Augusto Brito

O

padre Augusto Brito, falecido há um ano, foi homenageado pelas paróquias onde serviu durante décadas, S. Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra.

A homenagem decorreu no dia 8 de dezembro, num “ dia de particular significado para a Igreja: celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição”, e num “dia de grata memória: o Padre Augusto Ó de Brito, saudoso pastor desta comunidade falecido precisamente há um ano, celebrava o aniversário da sua Ordenação sacerdotal”, informou a Paróquia.

Em S. Bartolomeu de Messines a cerimónia iniciou-se na Casa Museu João de Deus, com a inauguração de uma exposição com peças de arte sacra e objetos pertencente ao padre Brito, que estará patente até ao dia 8 de janeiro. Seguiu-se uma Eucaristia no Centro Pastoral Paroquial, onde foi descerrada uma lápide.

Foi ainda assinalado o segundo aniversário de ordenação sacerdotal do padre Vasco Figueirinha, que se encontra atualmente em funções na Paróquia, juntamente com o padre Carlos Aquino.

Em S. Marcos da Serra o sacerdote também foi recordado, com uma exposição com alguns dos

seus pertences e fotografias desde o ano de 1995 a 2013, as quais foram recolhidas junto da população. A exposição está patente, no edifício da Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra e nela é ainda de destacar a existência de um quadro retratando o padre Augusto Brito, pintado pela artista local, Sónia Guerreiro.

Quadro pintado por Sónia Guerreiro, integra a exposição em S. Marcos da Serra

Na inauguração da Exposição na Casa Museu João de Deus

Descerrada lápide na Casa Paroquial

Na inauguração da Exposição em S. Marcos da Serra

Exposição Fotográfica mostra Vila de Messines

U

ma Exposição Fotográfica coletiva está patente na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense, até ao final de dezembro.

Nesta mostra são apresentados os trabalhos de onze jovens que participaram num workshop de fotografia, conduzido por Eduardo Pinto, e que foi organizado no âmbito de uma parceria entre a Casa do Povo de Messines e a Algarve Film Comission.

Na exposição estão fotografias de:

Catarina Seguro Pereira, André Caetano, Bruno Miguel Alves, Cláudia Caetano, Joana Ribeiro, Cláudia Cabrita, Mário Gorjão, Daniela Martins, Lígia Palma, Rita Silva e Bruna Rita.

O tema central da exposição é a Vila de Messines, os seus lugares e pessoas.

Esta mostra estará patente na Sociedade de Messines até ao final do mês de dezembro, todos os dias, exceto às segundas feiras, das 7h às 19h.

Colaboradores da Câmara expõem em Silves

A

té ao final do mês de dezembro, na Biblioteca Municipal de Silves, pode ser visitada uma exposição solidária com contributos de vários colaboradores da Câmara Municipal, resultado dos seus hobbies criativos, muitos deles desconhecidos

dos restantes colegas.

A iniciativa integra uma vertente solidária, pelo que cada um dos colaboradores escolheu um dos objetos por si criados para oferecer a uma instituição de solidariedade social (a designar) no decurso desta quadra natalícia.

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Linces libertados

No mesmo dia em que é inaugurada “Rota do Lince” em Silves

O

dia 16 de dezembro poderá ser um dia marcante para o futuro do lince ibérico em Portugal, caso se tenham concretizado todas as iniciativas anunciadas para esse dia, antes do fecho da nossa edição ( 13 de dezembro).

Se tudo tiver corrido como o previsto, o dia 16 de dezembro terá sido o primeiro dia de “liberdade” para um casal de linces nascidos no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, Silves. E também terá sido inaugurada a Exposição “No Caminho do Lince Ibérico”, em Silves, e o 1º troço da rota temática “Na Rota do Lince Ibérico”, também no concelho.

Quanto aos linces, estes dois animais, são os primeiros, de um conjunto de oito, que serão libertados em território nacional, no Parque Natural do Vale do Guadiana, concelho de Mértola, nos próximos tempos. Para já, os dois animais serão alvo de uma “solta branda”, o que significa que serão soltos numa zona com cerca de dois hectares e que se encontra cercada. Aí permanecerão durante algumas semanas, sendo monitorizados por técnicos que irão decidir quando é que os animais estão prontos para serem libertados na natureza.

Para que a reintrodução da espécie seja feita com sucesso, a principal

condicionante tem a ver com a questão da alimentação, pois que o lince ibérico depende da população de coelhos que se encontra muito diminuída, em consequência de doenças.

Sobre esta matéria têm sido divulgadas muitas dúvidas expressas por associações ambientalistas e também de caçadores, mas tudo indica que, desta vez, o Ministério do Ambiente está decidido a avançar com o processo de libertação ( já anteriormente adiado).

Está previsto que os linces venham a ocupar uma área de mais de cinco mil hectares de terrenos favoráveis para a espécie, através de contratos que a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza assinou com os seus proprietários, os quais recebem prémios anuais de 10 a 100 euros por hectare.

Este será o primeiro passo para uma campanha de reintrodução, em Portugal, do lince ibérico uma espécie considerada “ criticamente em perigo” e que outrora se encontrava com relativa facilidade na serra do concelho de Silves.

Inauguração de exposição e de rota

No mesmo dia, no Castelo de Silves, será inaugurada a Exposição “No Caminho do Lince Ibérico”.

Lince Ibérico (foto ICNF_CNRLI)

A mostra apresenta uma perspetiva histórica da ocorrência deste animal na Península Ibérica e os esforços que têm sido realizados para a sua reintrodução em meio natural. A exposição procura dar a conhecer as particularidades morfológicas e comportamentais dos linces, as ameaças, os seus habitats e presas preferenciais e evidenciar a importância desta espécie.

Esta iniciativa integra, no entanto, um projeto mais vasto, informa a Câmara Municipal de Silves «que incluirá, para o mesmo dia, a inauguração do primeiro troço da rota temática “Na Rota do Lince Ibérico”, que conduzirá o visitante, a partir de Silves, para as cercanias da barragem do Arade, onde será inaugurado o “Miradouro do Lince”, local onde poderá ser observado o CNRLI-Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico.»

Este conjunto de eventos é resultado de uma organização conjunta entre a Câmara Municipal de Silves, a Águas do Algarve e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF).

Sociedade

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Dezembro 2014

Património Muralhas da Almedina de Silves vão ser intervencionadas

A intervenção ao nível de consolidação da Torre 16 da Almedina, em Silves, já terminou, informa o Município de Silves. Mas este foi apenas o primeiro passo de uma ação mais vasta que irá restaurar e tratar “todo o sistema defensivo da antiga cidade islâmica”.

Antes

Depois

no Arquivo Municipal), que desde 2008 se encontravam em estado de ruína, deixando cair pedras sobre os logradouros contíguos, ameaçando derrocar.

Numa ação de colaboração entre a autarquia e a Direção Regional da Cultura foi desenvolvido um projeto e, este ano, a Câmara Municipal de Silves assumiu a realização da empreitada, ora terminada.

No entanto, a autarquia sublinha que esta “intervenção é apenas o início de uma ação bastante mais alargada, que pretende tratar todo o sistema defensivo da antiga cidade islâmica. Em curso a Câmara Municipal tem já o desenvolvimento de procedimento, tendo em vista a adjudicação de projeto de restauro e requalificação da totalidade das muralhas da Almedina de Silves, por forma a garantir a perpetuação deste importante testemunho do nosso passado, que integra o conjunto dos cinco imóveis classificados como Monumento Nacional que temos na cidade”.

Tina cerâmica rara exposta em Silves

A obra representou um investimento superior a 75 mil euros e contemplou a realização de diversas ações, desde a picagem de rebocos, limpeza de raízes e remoção de plantas, passando pela colmatação de falhas em alvenaria de pedra, tratamento das fendas, até à consolidação do interior da muralha, por injeção Antes de caldas consolidantes, bem como pela aplicação de tirantes de aço inox, entre outros.

As muralhas da Almedina, classificadas como monumento nacional desde 2013, enDepois contram-se, na maioria dos tramos, em avançado estado de degradação. Uma das áreas mais preocupantes era a Torre 16 e pano de muralha adjacente (situada nas traseiras

Uma tina cerâmica de grandes dimensões, que foi exumada durante a intervenção arqueológica no espaço localizado por baixo da Biblioteca Municipal de Silves (área que corresponderia ao Arrabalde Oriental da Cidade Islâmica), passou agora a integrar a Exposição Permanente do Museu Municipal de Arqueologia de Silves.

A peça, uma tina cerâmica, que mede cerca de 0,55m de altura e 0,85m de diâmetro, foi retirada intacta da área intervencionada, com recurso a complexo trabalho de cooperação entre arqueólogos e empreiteiro, dado que foi necessário construir uma viga para suportar a casa contígua a norte, de modo a poder retirar o objeto.

Este tipo de objetos é muito raro no território português e estaria associado à indústria dos curtumes. Serviria para preparação das peles dos animais.

O objeto em causa, único que conhecemos completamente intacto, terá uma cronologia em torno do século XII e será apresentado num encontro científico que terá lugar na cidade francesa de Montpellier, no âmbito de um Congresso Internacional sobre Grandes Contentores Cerâmicos.

Silves integra “Ruta Al-Mutamid”

Silves já integra a Rota de Al-Mut’amid pelo Algarve e Andaluzia, criada pela relembrar e homenagear aquele que ficou conhecido como rei-poeta, nascido em Beja, governador de Silves e mais tarde da importante Taifa de Sevilha.

Esta é uma rota que inclui cidades portuguesas e espanholas, que se destacam pela riqueza da sua história, legada por povos de origens diversas mas que tinham em comum o facto de professarem a religião muçulmana. Em Portugal foram cerca de cinco séculos (VIII-XIII) e nalgumas regiões de Espanha mais de sete séculos de permanência islâmica, que marcaram a paisagem e a cultura.

Na cidade de Silves “já se pode observar, junto à Porta da Almedina, um Totem com informação generalista sobre a rota, bem como, nalguns pontos da cidade o direcionamento para o Centro de Interpretação da Cultura Islâmica, local onde se prestam informações sobre a Rota”, informa a autarquia.

A Rota Al-Mut’amid, em Portugal, integra monumentos de Tavira, Loulé, Albufeira, Paderne, Silves, Sagres e Aljezur, tendo o projeto como parceiros os Municípios de Silves e Tavira, a Direção Regional da Cultura, a Associação de Estudos e Defesa do Património Histórico-Arqueológico de Aljezur e a Junta da Andaluzia.

Intervenção na Cisterna Islâmica em Silves

Foi efetuada no dia 12 de novembro, uma obra na cobertura da Cisterna Islâmica da Rua do Castelo, atrás da Catedral de Silves.

Segundo informa a autarquia, esta cisterna “já teve outros trabalhos arqueológicos e de conservação e restauro, nomeadamente em 2001” mas não terão tido o melhor resultado, tendo- se constatado “a proliferação de vegetação infestante no interior da cisterna, que a médio prazo poderia afetar a estrutura do imóvel e comprometer a sua estabilidade”.

Assim,” procedeu-se à substituição de dois dos módulos da estrutura de cobertura, por outros laminados, para garantir a ventilação do espaço”.

Esta cisterna forma um retângulo irregular, medindo cerca de 8,50m nos lados maiores, tendo capacidade para cerca de 140 mil litros de água. A cobertura abobadada é construída em blocos afeiçoados de “grés de Silves”, sendo as paredes revestidas por blocos de tijolo burro.

As fissuras que se observam em vários pontos da parede poderão ter constituído motivo do seu abandono, que poderá ter ocorrido em período anterior ao século XV. A arquitetura da cisterna remete para o período islâmico, podendo estar associada à mesquita principal da cidade, que se crê ter tido localização nas proximidades.

Fotos CMS

A g o r a o Te r r a R u i v a

também está d i s p o n íve l na Internet

w w w.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva

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Geral

Agenda Dezembro 2014

Eventos

Feiras e Mercados

Exposição “Itinerários Artísticos”, de Maria Keil. Na Igreja da Misericórdia de Silves, até 10 de janeiro. De segunda a sexta feira, das 9h às 17h.

Mercado no Algoz – Na 2ª segunda-feira do mês; perto da Junta de Freguesia.

Exposição Coleção de Presépios e Postais Antigos de Boas Festas - Nos Paços do Concelho, até 6 de janeiro. De segunda a sexta feira das 9h às 17h.

Exposição “Talentos na Comunidade” – Na Biblioteca Municipal de Silves, até 31 de dezembro. De terça a sexta feira das 10h às 19h30; segunda e sábado, das 14h30 às 19h30.

Exposição Coletiva de Fotografia – Na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense, até 31 de dezembro. Todos os dias, exceto segundas feiras.

Exposição Os Signos do Quotidiano”, no Museu Municipal de Arqueologia, todos os dias, das 10h às 18h.

Exposição Permanente – Sistemas de abastecimento de água na Silves Medieval, no Castelo de Silves, das 9h às 17 horas.

Casa Museu João de Deus - Exposição Permanente sobre João de Deus, em Messines. Com Espaço da Biblioteca, Espaço Multimédia e Ludoteca, onde são organizadas várias actividades, das 10h às 13h e das 15h às 18h. Encerra aos sábados, domingos e feriados.

Encontro de Veículos Clássicos em Armação de Pêra – No 1º domingo de cada mês, junto ao Mini Golfe.

Mercado em Messines – Na 4ª segunda-feira do mês, no terreno de feiras e mercados.

Mercado em S. Marcos da Serra – No 1º sábado do mês, junto à povoação.

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Mercado em Silves- Na 3ª segunda-feira do mês, no terreno de feiras.

Mercado em Tunes – No 4º sábado do mês, junto à passagem de nível.

Mercado em Azilheira – Na 1ª quinta-feira do mês.

Mercado em Alcantarilha – Na 1ª sexta-feira do mês, no centro da vila.

Mercado em Armação de Pêra – Na 3ª quinta-feira do mês.

Feira de Velharias no Algoz- No 1º sábado de cada mês, no centro da povoação.

Feira de Velharias em Silves- No 3º sábado de cada mês, junto à Fissul.

Feirinha Mensal- De artesanato e produtos locais. No Mercado Municipal de S. B. Messines, aos 2ºs sábados de cada mês.

Feira de Velharias em Messines- ao 2º sábado de cada mês, no Jardim Municipal

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Geral Dezembro 2014

Escritura

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Empregos

JUSTIFICAÇÃO Ana Rita da Silva Palma, Notária do Cartório Notarial sito em Lagoa (Algarve), na Rua Município de S. Domingos, Lote 7, rés-do-chão direito, CERTIFICA narrativamente, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no dia vinte e dois de Novembro de dois mil e catorze, de folhas cento e trinta e duas a folhas cento e trinta e sete verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cento e quinze-A, foi lavrada uma escritura de justificação notarial, na qual: - José Francisco Gonçalves Borralho, NIF 131 591 614, casado sob regime da comunhão de adquiridos com Maria José Águas da Encarnação Borralho, natural de Lagoa (Algarve), residente na Avenida D. Luís I, número 17 E, rés do chão direito, em Alfragide, Amadora; e, Carlos Manuel Gonçalves Borralho, NIF 169 160 211, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Ângela Maria Neto Pereira Borralho, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, residente na Rua da República Peruana, número 1, 6º esquerdo, em Lisboa.

Representantes da herança ilíquida e indivisa aberta por óbito de Francisca de Jesus Gonçalves, que também usava e era conhecida por Francisca de Jesus Gonçalves Borralho – conforme tudo consta da escritura pública de “Habilitação”, outorgada no dia dez de Julho de dois mil e oito, no Cartório Notarial sito no concelho da Amadora, em Alfragide, da Notária Ana Filipa de Lousada Marcelino Tomás, exarada a folhas noventa e uma e seguinte do Livro de notas para escrituras diversas número trinta e três.

DECLARARAM ser, donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, do PRÉDIO URBANO situado na Rua do Pé da Cruz, na cidade de Lagoa, na freguesia de Lagoa e Carvoeiro, concelho de Lagoa, que confronta do norte com Joaquim Duarte Vicente, do sul com a Rua da Liberdade, do poente com Peen Rafael Jose Delcere e do nascente com a Rua do Pé da Cruz, com a área total e coberta de vinte metros quadrados, composto por edifício de dois pisos, destinado a habitação, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lagoa (Algarve), sob o número cinco mil quatrocentos e setenta e sete da freguesia de Lagoa, onde se acha registada a aquisição a favor de José de Oliveira Júnior, conforme inscrição correspondente à apresentação cinco de dezanove de Junho de mil novecentos e quarenta e quatro, inscrito na respetiva matriz predial urbana, em nome de Francisca de Jesus Gonçalves – cabeça de casal da herança de, sob o artigo 71 da referida freguesia de Lagoa e Carvoeiro, que provem do anterior artigo 23 da extinta freguesia de Lagoa, com o valor patrimonial de 7.513,32€, igual ao que lhe atribuíram.

Declararam ainda: Que, a sua referida mãe Francisca de Jesus Gonçalves ( já falecida e de quem os justificantes são os únicos herdeiros e representantes da herança ilíquida e indivisa) adquiriu este prédio, já no estado de viúva, por sucessão, por óbito de Gertrudes do Carmo Borralho Correia, sua tia, falecida em oito de Dezembro de dois mil e um, por o mesmo imóvel lhe ter sido legado pela referida Gertrudes do Carmo Borralho Correia, viúva, natural que era da freguesia e concelho de Silves, residente que foi em Lagoa (Algarve), conforme Testamento Público outorgado no dia cinco de Maio de mil novecentos e noventa e nove, exarado de folhas sessenta e seis a folhas sessenta e sete verso do Livro de Testamentos Públicos número setenta e seis do extinto Cartório Notarial de Lagoa (Algarve), no qual esta distribuiu toda a sua herança em legados.

Todavia, o mencionado título não se afigura suficiente para promover o competente registo do prédio em nome da legatária e consequentemente em nome dos seus herdeiros, uma vez que a testadora Gertrudes do Carmo Borralho Correia não é a titular inscrita no registo predial.

Que, a referida Gertrudes do Carmo Borralho Correia adquiriu e entrou na posse do identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta, no mês de Dezembro, por sucessão, por óbito de seu irmão Domingos Oliveira Borralho, o qual também não é o titular inscrito no registo predial, de quem foi declarada única herdeira, por vocação testamentária, “com cláusula de absoluta incomunicabilidade para o seu marido, José da Conceição Correia”, conforme consta da escritura pública de habilitação de herdeiros ( com o respetivo testamento anexo), outorgada no dia onze de Maio de mil novecentos e oitenta e quatro, exarada de folhas noventa e sete verso a folhas noventa e oito verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número cento e quarenta e seis – B do extinto Cartório Notarial de Lagoa (Algarve).

Que, por sua vez, o mencionado Domingos Oliveira Borralho havia adquirido e entrado na posse do identificado prédio por doação verbal, nunca reduzida a escritura, feita por seu tio José de Oliveira Júnior – o titular inscrito, por volta do ano de mil novecentos e cinquenta e seis, em dia e mês que não podem precisar, inexistindo portanto título formal que a comprove.

QUE, assim, desde aquela data, Dezembro de mil novecentos e oitenta, em consequência da aquisição por herança, que a mencionada Gertrudes do Carmo Borralho Correia, já falecida, entrou na posse e fruição do supra identificado prédio, como coisa própria, autónoma e exclusiva, como sua exclusiva proprietária, pagando os respetivos impostos, suportando os correspondentes encargos, fazendo obras de reparação e restauro na casa, os melhoramentos necessários, caiando-a ou pintando-a, limpando e cuidando da mesma, inclusive arrendando a casa, enfim, nele praticando os atos materiais correspondentes ao direito de propriedade plena na convicção de não lesar o direito de outrem, convicta de ser a verdadeira e legítima proprietária do referido imóvel e como tal sempre por todos foi reputada, e tendo a falecida Francisca de Jesus Gonçalves, na qualidade de sucessora daquela, continuado após a morte da mesma, seguida dos seus herdeiros ( os justificantes), tudo isto sem que tenha ocorrido qualquer interrupção no tempo desde a mais antiga das datas, pelo que possuem o dito prédio em nome próprio há mais de vinte anos, sem violência ou oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente.

Que, assim e de acordo com a supra referida habilitação de herdeiros, os acima identificados José Francisco Gonçalves Borralho e Carlos Manuel Gonçalves Borralho, sucederam à sua mãe Francisca de Jesus Gonçalves na posse que esta vinha exercendo sobre o referido imóvel, de acordo com o artigo 1255º do Código Civil, assim como a dita Francisca de Jesus Gonçalves havia sucedido a Gertrudes do Carmo Borralho Correia na posse que esta exerceu sobre o mesmo imóvel, nos termos do mesmo artigo.

Que, deste modo, esta posse pública, pacífica e contínua, de boa fé, conduziu à aquisição do direito de propriedade do mencionado prédio por USUCAPIÃO, que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo.

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Fumigador- Para União de Freguesias Algoz/Tunes.

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6 vagas para Agente imobiliário- Para Armação de Pêra.

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Vai conforme o original.

Lagoa (Algarve), vinte e dois de Novembro de dois mil e catorze.

A Notária, Ana Rita da Silva Palma

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Conta registada sob o nº 1272 (Publicada no jornal Terra Ruiva, edição nº 161, de 17 de Dezembro de 2014)

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José Manuel Lima Cabrita SÓCIO-GERENTE

FARO – Rua Aboim Ascensão, 34 – telef.: 289 894 400 / 4 – Fax: 289 894 401 FARO – Av. 5 de Outubro, 16 – telef.: 289 894 410 MESSINES – Rua Heróis de Mucaba, 28 – telef.: 282 333 300 / 282 333 305–Fax:282 333 309 QUARTEIRA – Av. Mota Pinto, 8 – telef.: 289 389 526

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Sociedade Dezembro 2014

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