Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva 1 Março 2015 Março de 2015 ANO XIII - Nº 164 0.70 Euro Diretora: Paula Bravo

J O R N A L D O C O N C E L H O D E S I LV E S Messines

Deputados em visita

Alcantarilha

pág 8

Bispo termina visita

pág 17

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL

Produtos

Concelho

Encontro de Vinhos & Fados

Publicação Mensal

Pão e Mel chegam a África

pág 5

Venda da praia de Armação de Pêra a privado Situação ainda pode ser invertida

pág 9

Feira do Folar em S. Marcos da Serra

p9

Silves investe na promoção turística A Procuradoria da República mandou investigar o assunto. Agora, o Tribunal de Loulé diz que há "fortes possibilidades" do terreno vendido ser, afinal, do domínio público.

O caso continua a ser seguido pelo Ministério Público, em Portimão. p3

Maxime Sousa Bispo apresenta estudo publicado pela TIAC

Falajar

Sobre a questão da imparcialidade dos arquitectos municipais

Agir para dinamizar o Teatro Mascarenhas Gregório

À procura de Jovens Talentos Artistas de todas as áreas, entre os 15 e os 30 anos p 13

p7

Ala dos Namorados

Nova associação cultural em Silves p 13

p 15

Algarchurrra

apoia criadores em Messines, Algoz e S. Marcos da Serra p8

Dia 8 de abril, em Silves Dia 9 em Messines p 10

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teofilo@teofilo.com.pt

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Geral Março 2015

185 º aniversário de João de Deus

O

185º aniversário do poeta e pedagogo messinense, João de Deus, foi, mais uma vez, comemorado na sua terra natal, no dia 8 de março.

Uma efeméride marcada por várias iniciativas culturais, desportivas e sociais que se iniciaram no início do mês e que se prolongam até ao seu final.

De assinalar que, no dia 8 de março, se comemorou igualmente o 38º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de S. B. Messines.

Até ao final do mês, e no âmbito das comemorações está ainda prevista a realização do espetáculo “ João de Deus – a Magia das Letras”, organizado no dia 20 de março, às 21h, pelo Jardim Escola João de Deus, no auditório do Crédito Agrícola de Messines.

No dia seguinte, 21 de março, o Grupo de Teatro Penedo Grande apresenta a peça de Fernando Pessoa, “O Marinheiro”, pelas 21h, na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense. No mesmo local, mas no dia 28, às 17h, haverá uma palestra sobre “João de Deus e a alfabetização popular”, pelo Prof.

Doutor Justino Magalhães. A organização é da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines.

De destacar também a Exposição “João de Deus na escrita de Teodomiro Neto” que se encontra na Junta de Freguesia de S.B. Messines, até ao dia 4 de abril.

A mostra foi inaugurada no dia 8 de março, com a presença do historiador messinense, Teodomiro Neto que falou do poeta mas sobretudo do pedagogo João de Deus, numa intervenção marcada pelo relato de episódios muito curiosos, contados ao palestrante pela neta do poeta, Maria da Luz Ramos.

A presente exposição reúne os trabalhos publicados por Teodomiro Neto, entre 1987 e 2014, sobre João de Deus, na imprensa regional e nos “Anais do Município de Faro”. Integra também alguns periódicos que fazem parte da sua biblioteca, relativos às comemorações do centenário de João de Deus e a correspondência trocada entre Teodomiro Neto e Maria da Luz Ramos e o então presidente da Câmara de Silves, José Viola, sobre aquela que viria a ser a Casa Museu João de Deus.

O espólio reunido nesta exposição passou entretanto a ser propriedade da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines, na sequência da doação feita por Teodomiro

38º aniversário dos Bombeiros de Messines

Parte do espólio de Teodomiro Neto agora oferecido à Junta de Freguesia

Neto, de toda a sua biblioteca de língua portuguesa, à terra que o viu nascer, em setembro de 1938, e que tem reconhecido o seu valor e prestígio, nomeadamente através da inclusão da sua pessoa na exposição “Notáveis Messinenses: Vivências e Contributos”, organizada pela Junta de Freguesia em 2009.

Teodomiro Neto com João de Deus ao fundo ( pintura de Daniel Vieira)

Poeta António Pereira tem placa em rua de Armação de Pêra

U

m outro poeta - António Pereira – foi também homenageado na sua terra natal, Armação de Pêra. Ali, na rua dos Pescadores foi descerrada uma placa alusiva ao nascimento do poeta, a 24 de fevereiro de 1914.

A iniciativa partiu da Junta de Freguesia de Armação de Pêra que, com a colaboração de diversas entidades, organizou as Comemorações do Centenário do Nascimento do Poeta António Pereira.

Nesta cerimónia estiveram presentes cerca de uma dezena de familiares de António Pereira e meia centena de armacenenses, e a placa foi descerrada pelo presidente da Junta de Freguesia, Ricardo Pinto, que informou que a autarquia irá apresentar a proposta de atribuição

do nome de António Pereira a uma rua da vila, “aquando da apresentação de propostas para a atribuição de nomes às ruas de Armação de Pêra que não têm nome atribuído, num processo que irá ter início muito brevemente em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Silves e no qual estará prevista a auscultação e participação dos armacenenses”, como informa a Junta de Freguesia.

Para já, o nome de António Pereira ficou associado à rua dos Pescadores, que também viu reposta a placa de toponímia que há anos tinha sido retirada por motivo de obras na casa onde se encontrava e que não voltara a ser recolocada.

De destacar ainda que, no âmbito destas comemorações, a Junta

de Freguesia de Armação de Pêra tomou a iniciativa de reeditar a obra “Notícias do Mar” de 1963 “por a mesma já não se encontrar disponível há muitos anos, mas sobretudo porque considerou que esta iniciativa se tratava de um ato da mais elementar justiça e essencial à divulgação e promoção da obra do Poeta António Pereira”.

A placa de homenagem na rua onde nasceu o poeta (Fotos JFAP) O presidente da Junta, Ricardo Pinto descerrou as placas, na presença de familiares do poeta (Fotos JFAP)

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Informação Março 2015

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Venda de Praia de Armação de Pêra

Tribunal considera que há forte probabilidade dos terrenos vendidos pertencerem ao domínio público

A questão da venda de terrenos, incluindo uma parte da praia de Armação de Pêra, a uma empresa privada, em dezembro de 2012, está longe de estar encerrada.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé acaba de considerar que “os elementos existentes” nos autos analisados levam “a concluir pela maior probabilidade de os terrenos em causa pertencerem efetivamente ao domínio público”.

Entretanto, é notório que o acordo estabelecido entre a Câmara de Silves e a empresa Praia da Cova- Realizações Turística, S. A., tarda a ser cumprido. Também neste caso, o tribunal sublinha o que pode ser considerada uma falha evidente: é que o executivo da Câmara da altura fez depender da iniciativa da empresa o cumprimento do acordo.

Foi legal ou ilegal esta decisão? Agora, o tribunal de Loulé arquivou a questão, mas em Portimão o processo continua a ser investigado.

A

questão da “venda da praia de Armação de Pêra”, chegou a tribunal depois do vereador socialista Fernando Serpa, ter apresentado uma exposição à Procuradoria Geral da República. Na sua exposição, o vereador levantava dúvidas quanto a dois aspetos: o primeiro quanto à natureza jurídica do terreno em causa: se seria privado ou se pertenceria ao domínio público marítimo. Partindo do pressuposto que o terreno seria do domínio público, o vereador requeria então que fosse analisado um segundo ponto: a “deliberação camarária de 17-04-2013” , que aprovou os termos do acordo entre a autarquia de Silves e a empresa turística compradora.

Face a esta exposição, e aos documentos que a acompanhavam, a Procuradoria Geral da República considerou que deveria remeter esses assuntos para as entidades judiciais. Assim, a questão da legalidade da citada deliberação camarária foi encaminhada para o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, enquanto a questão da natureza jurídica do terreno seguiu para o Ministério Público da Comarca de Faro- Instância Central de Portimão.

Tribunal arquiva mas deixa dúvidas

A decisão do Tribunal de Loulé foi agora conhecida, tendo aquela entidade decidido o arquivamento do processo que lhe coubera analisar. Na sua análise, o tribunal considera que ambas as questões - da natureza do terreno e da legalidade da deliberação camarária - se encontram ligadas entre si e que “os elementos existentes nos

presentes autos nos levem a concluir pela maior probabilidade de os terrenos pertencerem, efetivamente, ao domínio público”. Na sua análise, o tribunal contraria a posição da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “por a mesma se reportar, de modo muito sintético, a autos de delimitação publicados em Diário da República que, na realidade, apenas procedem à delimitação do terreno com a Ribeira de Alcantarilha e não com o mar/ praia de Armação de Pêra”.

Sobre a deliberação da Câmara que estabelece os termos do acordo firmado entre a autarquia e os proprietários da Sociedade Praia da Cova, entende o tribunal nada encontrar que possa suscitar a sua nulidade, mas não deixa de fazer vários reparos à Câmara afirmando que “quase nada do decidido, é na verdade, a realizar pela Câmara Municipal ou depende da sua apreciação”.

Ou seja, com este acordo, a Câmara colocou-se à mercê da iniciativa da empresa e verifica-se que “volvidos quase dois anos sobre a sua aprovação, não produziu quaisquer efeitos, exatamente porque a sociedade Praia da Cova não teve os impulsos nele previstos”.

Não tendo encontrado matéria para considerar nula a deliberação da Câmara, o tribunal decidiu o arquivamento desta parte do processo, justificando que “ porque a deliberação não é nula, não há lugar à intervenção do Ministério Público em sede administrativa”, mas lembra que poderá “existir erro nos pressupostos subjacentes à deliberação, caso venha a concluir-se pela natureza pública dos terrenos a que a mesma se reporta”.

O arquivamento destes autos não

A Câmara precisa de autorização do “dono da praia” para fazer obras para os pescadores

impedirá também que, no futuro, o Ministério Público possa vir apreciar a “legalidade dos atos administrativos da Câmara Municipal”.

Para já, aguarda-se a decisão do Ministério Público de Portimão quanto à natureza da praia que foi vendida a um privado, sem qualquer oposição da Câmara Municipal de então, liderada por Rogério Pinto, do PSD.

E se for público?

A Sociedade Praia da Cova pagou 200 mil euros pela propriedade a que chama sua, há mais de dois anos, aos herdeiros da família Sant’Ana Leite.

Se for sua, os proprietários é que terão de fazer prova de tal, defende o atual executivo da Câmara, liderado pela autarca da CDU, Rosa Palma, que era vereadora não permanente quando o presidente

e vereadores do PSD aprovaram o acordo com a referida Sociedade.

Na altura, CDU e PS não aceitaram a versão da praia privada e contestaram as premissas de todo o processo.

Agora, ao atual executivo camarário não resta outra solução que não seja aguardar a decisão do tribunal quanto à natureza pública ou privada da propriedade em causa. E não estamos a falar de uma coisa de pouca importância: além da faixa de praia em si, o terreno inclui o antigo campo de futebol, apoios de praia, as instalações da lota e da Cruz Vermelha.

Para se ter uma ideia do imbróglio: recentemente a Câmara viu-se obrigada a desistir de uma candidatura para construção de um espaço de arrumos para os pescadores devido à indefinição jurídica sobre o espaço em causa. E mais: a autarquia está dependente da

autorização do proprietário para autorizar uma candidatura comunitária com vista à execução de medidas para a proteção ambiental da área reservada à comunidade de pesca de Armação de Pêra.

Publicamente, a Sociedade, representada por Manuel Cabral, tem demonstrado a melhor vontade para colaborar com a Câmara Municipal. Mas na realidade, como mostra a análise do tribunal, até ao momento, não foi ainda cumprido qualquer ponto do entendimento alcançado entre os proprietários e a autarquia.

Esse acordo, no essencial, compromete o proprietário do terreno em cedê-lo à autarquia e a outras entidades, ficando em troca com o direito de exploração de dois apoios de praia: a Estrela do Mar e a Kubata.

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Construções c/ Própria/Empreitadas Escritório: Rua José Falcão, 9 - r/c 8300-166 Silves - E-mail: finobral.lda@sapo.pt Pub.

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Opinião Março 2015

riqueza à sua população.

A questão da eficiência da gestão e o nível de qualidade dos serviços que são prestados são indicadores que necessitam de outros números para serem avaliados Paula Bravo corretamente…

Em Silves, como já foi afirmaRecados municipais do várias vezes pela presidente da Câmara, há departamentos izem os números que em que há uma grande falta de o Município de Silves funcionários, havendo outros em tem 680 funcionários, o que é o contrário. E não, não se que dá uma média de 18 funcio- pode pegar nos que “estão a mais” e colocá-los a fazer outra coisa, nários por cada mil habitantes.

Numa manhã da semana passada, como tanta gente sugere alto e deslocaram-se à Junta de Fregue- bom som… Haverá casos em que sia de Messines, três dos ditos é possível, mas não será a regra… funcionários. A sua tarefa? Dei- Nos últimos anos, a gestão muxar ali folhetos para distribuição nicipal anterior, optou por dar prioridade a empresas privadas ao público.

Primeiro apareceu um funcioná- para um grande número de tario com exemplares da agenda de refas. Chegou-se assim a situaeventos de março. Pouco depois, ções como esta: o segundo maior surgiram duas funcionárias com concelho do Algarve tem no seu quadro de pessoal sete funcionáfolhetos das Férias Super Fixe.

Ora façamos as contas: três fun- rios para o sector das estradas. E cionários, duas viaturas, grande apenas quatro eletricistas e seis probabilidade de estarem a fazer pintores. o circuito de distribuição pelo A atual gestão camarária, defenconcelho – quanto custa? Qual o dendo uma visão contrária, pretende contratar pessoal operário sentido que isto faz?

O que salta à vista é que não e especializado que permita à existe um serviço de distribuição autarquia fazer, com a “prata da centralizado. Cada departamento casa”, a maioria dos serviços, confará a distribuição dos seus ma- siderando que assim é mais renteriais quando e como entender. tável e eficaz.

Só assim se explica que, em cerca No entanto, esta visão choca com de duas horas, apareçam três fun- a do Governo que insiste com as cionários a fazer o trabalho que autarquias para que reduzam pespoderia ser feito por uma pessoa. soal. Em 2015 apenas as câmaras A guerra da Troika e do Governo que gastem menos de 35% das contra o “excesso” de funcioná- suas receitas com pessoal podem rios públicos tem sido uma das contratar. Como até agora o limique menos tem atormentado a te com despesas com pessoal era consciência nacional. A maio- de 60%, são poucas as câmaras ria da população tem do fun- que estão em condições de poder cionário público uma imagem fazê-lo e nesse número reduzido de desleixo, de ritmo lento e de não entra a de Silves. ineficácia que infelizmente, mui- Os estágios profissionais e a contas vezes, correspondia à verdade. tratação de pessoas através do Mas também é preciso dizer que Instituto de Emprego, com toda essa situação é cada vez menos a precariedade envolvida e a perfrequente e que há um crescente da de regalias sociais, são o recurnúmero de profissionais sérios e so prioritário das autarquias, ainda que a contragosto de muitas. competentes.

Em 2009, a Câmara de Silves ti- Nestas contas que se fazem sobre nha 778 funcionários. No Algar- os funcionários das autarquias, ve, só Faro e Loulé tinham mais! não podemos esquecer que, em A partir de 2010, a troika impôs muitas regiões, as Câmaras são uma redução progressiva, que foi grandes empregadoras, assuminalcançada com as aposentações e do-se também como o motor a não renovação de contratos a económico e social do seu concelho. Pensemos na autêntica prazo.

Hoje, a autarquia tem 680 fun- desgraça social que se abateria cionários, sendo cerca de 200 os sobre o Município de Silves se a que estão colocados nas escolas. Câmara fechasse as suas portas...

O problema é que não se pode A verdade é que as exigências que dizer que a Câmara tem excesso se colocam às autarquias são cada de funcionários. Ou que tem fun- vez maiores e mais complexas e aplicam-se a todos os degraus cionários a menos.

O mesmo raciocínio tem de ser do edifício, do mais simples funfeito quando se compara o nú- cionário ao responsável político. mero de funcionários municipais. E, de uma forma geral, todos os Dizer que Faro tem 12 funcioná- sectores se esforçam por dar uma rios por mil habitantes enquanto resposta adequada… Eis porque Silves tem 18, não significa que três funcionários numa manhã Faro seja melhor gerido ou que, a distribuir folhetos surge como ao contrário, os 18 funcionários uma triste caricatura daquilo que de Silves proporcionem maior não gostamos de ver…

Editorial

D

Tomar Partido Deslizes

Francisco Martins

N

o altar da política portuguesa não se notam comportamentos novos nos protagonistas do centrão. A sete meses das próximas eleições legislativas, António Costa, líder do PS que “faz de morto”, evitando provocar ondas e fugindo à apresentação de políticas alternativas consistentes, preferindo deixar correr o marfim e esperar que as coisas aconteçam, distraiu-se recentemente num encontro com investidores chineses, ao afirmar que o país está diferente (para melhor) se comparado com 2011 - o ano da bancarrota e do pedido de resgate à Troika pelo governo de José Sócrates.

A opinião pública sai confundida e o próprio interior do PS foi abalado, sendo convicção de muitos, que António Costa, considerado uma pessoa hábil nos apoios que reúne à esquerda, mas na prática, distinguindo-se pouco da direita, aliás, como é timbre dos socialistas, cá dentro e por essa europa fora, deu um tiro no pé, como se diz na gíria política.

Confirma-se que os dirigentes do bloco central falam em função dos auditórios, para consumo interno ou externo, conforme as conveniências, e pior do que isso, prometem o paraíso antes das eleições, e lançam-nos no inferno assim que

aportam ao governo. Para não ir mais longe, foi o que aconteceu com José Sócrates e com Passos Coelho. Mas voltando à questão de fundo - O país está melhor hoje do que em 2011? O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro não tem dúvidas. No início de 2014 deu uma entrevista ao Diário de Notícias e na ânsia da busca da originalidade, proclamou uma autêntica alarvidade: os portugueses estão pior, mas o país está melhor!

Nesta ordem de ideias, as pessoas não existem, existem números e um conjunto de entidades a que se chama país. Para o deputado, que as pessoas estejam pior, não tem qualquer importância! É evidente que a realidade é trágica para os portugueses. As condições de vida deterioraram-se fortemente para a maioria esmagadora dos trabalhadores, empresários e população. A cegueira austeritária falhou. Os brutais sacrifícios infligidos aos portugueses para além da Troika conduziram à manutenção do défice orçamental acima dos 3% do Produto Interno Bruto, a dívida pública não pára de crescer à conta dos juros exorbitantes pagos à Banca e aos credores, revelando-se impagável nas condições atuais, mas sobretudo, a economia e o tecido empresarial definham, as desigualdades, a pobreza, a corrupção e os grandes escândalos grassam de forma visível, aprofunda-se a degradação do Estado Social (educação, saúde, segurança social), as mortes nas urgências hospitalares são a expressão máxima da crueldade e desumanidade, o desemprego mantém-se altíssimo, destruindo e infernizando a vida familiar, e o abandono da pátria por parte de

mão-de-obra qualificada e jovem equivale às vagas emigratórias dos anos 60 do século passado. Atestar as melhorias do país pelo acesso com juros mais baixos aos sacrossantos mercados financeiros é redutor. Nem as famigeradas agências de rating confiam nas putativas melhorias nacionais, mantendo as notações ao nível do lixo. Em suma, é inacreditável que o máximo dirigente do partido da rosa, convergindo com a coligação de direita, diga em público que o país está melhor. Bem desejaríamos que assim fosse. Ninguém recusaria dar a mão à palmatória. Mas a realidade é adversa e negra, sendo duramente sentida no quotidiano dos portugueses.

Apostila 1 – No Algarve, e reportando-nos ao ano de 2013, 28% das empresas encontravam-se tecnicamente falidas (17% em 2007), quase 50% apresentaram prejuízos (29% em 2007).

Apostila 2 – Da consulta ao balanço do Programa Operacional Regional do Algarve (PO21) relativo ao anterior Quadro Comunitário de Apoio (2007-2013), nas Tipologias – Mobilidade Territorial (estradas, arruamentos, etc.) e Requalificação da Rede Escolar do 1.º Ciclo, deparamo-nos com facto insólito. O Município de Silves é o único dos 16 municípios da região do Algarve que não garantiu qualquer candidatura aprovada (investimento financiado à média de 65% a fundo perdido)! Perdeu-se oportunidade histórica e foi prestado um mau serviço ao concelho de Silves pela anterior maioria PSD, pois as carências nas áreas em causa, ainda são gritantes.

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Ficha Técnica

Directora: Paula Bravo.

Redacção: Francisco Martins, José Carlos Xavier. Director Financeiro: Francisco Martins (TLM- 918 700 152).

Colaboradores: António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno, Carlos Vargas, Eugénio Guerreiro, Estela Louçã, Gabriela Martins, Helena Pinto, José Manuel Vargas, Maria José Grade da Encarnação, Maria

Lúcia Santos, Maria Luísa Anselmo, Mónica Gonçalves, Paulo Silva, Rogélio Mena Gomes, Teodomiro Neto. Redacção, Administração e Publicidade: Rua da Fábrica, nº 3; 8375 - 147, S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922, e- mail: terraruiva@gmail. com, www.imprensaregional.com.pt/terra_ ruiva. Design gráfico e pré-impressão: Bruno Cortes. Impressão: FIG-Indústrias Gráfica,

S.A. - Coimbra. Periodicidade: Mensal.

Tiragem: 1500 exemplares. Propriedade: Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves “Pé de Vento” – NPC 504606867.

Registado no Instituto de Comunicação Social com o número 123511. Depósito Legal nº 153123100. Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

Concelho Meio milhar de alunos na 1ª Semana da Proteção Civil

Cerca de meio milhar de alunos, de 16 turmas de escolas do concelho, participaram na 1ª Semana da Proteção Civil, organizada pela Câmara Municipal de Silves, através do seu Serviço de Proteção Civil e Florestas, em colaboração com a Quinta Pedagógica de Silves e que contou com a GNR, a Cruz Vermelha e as corporações dos Bombeiros Voluntários de Silves e de Messines como entidades parceiras.

Informação Março 2015

Segundo o PCP “estas iniciativas decorrem num momento particularmente difícil para os trabalhadores e o povo português, decorrente da política de exploração e empobrecimento que PS, PSD e CDS têm imposto ao país. Uma situação que no Algarve é testemunhada pela dimensão do desemprego, pela destruição do aparelho produtivo regional, pelo encerramento e degradação de serviços públicos designadamente do Serviço Nacional de Saúde, pela ruína de centenas de micro, pequenas e médias empresas, pela imposição de portagens na Via do Infante, por uma recessão económica que fez o PIB regional, pese embora toda a propaganda em torno do turismo, cair entre 2008 e 2014 mais de 15%.”

As comemorações do 94º aniversário do PCP, “fazendo a justa homenagem à luta de várias gerações de comunistas pela liberdade, a democracia e o socialismo, servirão também para a afirmação das soluções, das propostas e do projeto do PCP para o país”.

Escola EB 1 de Silves tem novo mobiliário

Quatro salas do 1º e 2º anos da Escola EB 1 de Silves foram equipadas com mobiliário novo, incluindo 70 mesas duplas e 120 cadeiras.

Esta semana, inédita a nível municipal, decorreu entre os dias 23 e 27 de fevereiro, destinada a alunos entre os 8 e os 14 anos de idade, que tiveram a oportunidade de assistirem e de participarem em diversos exercícios como “demonstrações de busca e salvamento, intervenção com equipas a cavalo, contacto com o projeto Escola Segura, demonstrações de técnicas de socorrismo, de equipamentos e técnicas de combate a incêndios urbanos e florestais, de técnicas de desencarceramento em acidentes de viação” e outros.

Na Quinta Pedagógica de Silves, estiveram presentes no local “uma média de 20 operacionais por dia com os seguintes equipamentos: três veículos pesados de combate a incêndios florestais, dois auto comandos e um veículo de desencarceramento dos Bombeiros Voluntários; dois veículos ligeiros de combate a incêndios florestais dos Sapadores Florestais e um auto comando do Serviço Municipal de Proteção Civil; duas viaturas ligeiras de patrulha, uma equipa de GIPS (Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro) com uma viatura, uma viatura pesada para transporte de cavalos, duas equipas a cavalo e três equipas cinotécnicas da GNR; 2 ambulâncias, uma tenda de campanha, um veículo de apoio logístico (posto de comando operacional) e duas moto 4 da Cruz Vermelha Portuguesa.

“A 1.ª Semana da Proteção Civil foi dinamizada num contexto muito específico para cada um dos visitantes, tendo os mesmos tido um contacto muito próximo com cada um dos cenários e demonstrações no local”, afirma a entidade organizadora.

94 º Aniversário do PCP comemorado em Silves e Messines

Uma série de iniciativas assinala, em todo o Algarve, incluindo em Silves e Messines, o 94º aniversário do PCP, que se comemorou no dia 6 de março.

Estas iniciativas em “todos os concelhos da região” envolvendo “largas centenas de militantes e amigos do PCP”, irão também marcar “uma nova fase de arranque da preparação das eleições legislativas tendo como objetivo o reforço da CDU nesse ato eleitoral”.

Assim, em Messines, no dia 29 de março, às 13h, haverá um almoço e uma sessão, com a participação de Paulo Raimundo, da Comissão Política do PCP, depois de em Silves, ter estado Jorge Pires, do mesmo órgão político, no dia 15 de março.

Rita Rodrigues

Solicitadora / Solicitor Rua Eng. Duarte Pacheco, I, 8365-235 Tunes Tel. 282 576436 / 918876942

Objetiva

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Onde há luz

Em muitos locais do concelho, quer em zonas rurais, quer em ruas centrais das povoações, verifica-se que muitos pontos de luz têm estado a ser desligados, com o argumento de que é necessário poupar dinheiro.

Mas um leitor atento alertou-nos para esta situação: uma modesta casa, à saída de Messines, ( junto ao desvio para o IC1, no sentido para Albufeira), tem à sua porta, não apenas um poste de iluminação pública… tem dois ( ou três?).

E acesos quando a noite cai, como a foto documenta.

Já no centro da povoação, os candeeiros têm um ritmo diferente: um aceso, outro apagado; um aceso outro apagado….

P.B.

pelas principais ruas da vila, sendo acompanhada pela Banda Filarmónica da Casa do Povo de Alcantarilha.

A celebração termina, no dia 25 de março, às 21h, com a Celebração da Reconciliação.

Esta medida representa um investimento de mais de seis mil euros, por parte da Câmara Municipal e é uma ação que “vem na sequência da política de melhoria e beneficiação das escolas do concelho” que se “pretende estender aos restantes estabelecimentos de ensino que apresentem essa necessidade”.

A autarquia relembra que “a Educação tem sido uma das grandes preocupações do atual executivo silvense que desde novembro de 2013 tem vindo a implementar diversas medidas ao nível educativo, entre as quais a atribuição de um total de meia centena de computadores às escolas EB1 do concelho, num investimento que rondou os 17 mil euros; o alargamento do apoio no âmbito da comparticipação do passe escolar aos alunos do ensino não regular, por forma a existir um tratamento equitativo entre os alunos do ensino regular e os do não regular; ou a atribuição de uma dezena e meia de bolsas de estudo destinadas a apoiar alunos do ensino superior do concelho”.

Festa do Senhor dos Passos, em Alcantarilha Celebra-se em Alcantarilha, a Festa em honra de Nosso Senhor dos Passos. O primeiro dia de celebração é no dia 21 de março, às 21h, com a procissão da Nossa Senhora das Dores, para a Igreja da Misericórdia.

No dia 22, haverá, às 17h, a Eucaristia Solene, seguida, às 18h, pela procissão com a imagem de Nosso Senhor dos Passos,

PATRÍCIO MACHADO C. NEVES Serralharia e Caixilharia de Alumínio Travessa da Rua António Cabrita Carneiro 8375-138 S. B. de Messines Telef.: 282 339 575 Pub.

Bispo do Algarve termina visitas ao concelho de Silves

O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, foi recebido nos Paços do Concelho, pela presidente da Câmara, Rosa Palma e pelos vereadores Mário Godinho e Luísa Luís.

Esta receção integra-se na última visita pastoral do prelado ( 2014/2015) , no âmbito da qual visitou as paróquias de S. Bartolomeu de Messines, S. Marcos da Serra e Silves, de 1 a 15 de março.

Estas foram as últimas paróquias do concelho a serem visitadas por D. Manuel Quintas que iniciara, em outubro do ano passado, a visita que abrangeu as paróquias de Algoz e Tunes. Em novembro foi a vez das paróquias de Alcantarilha e Pêra, tendo estado em Armação de Pêra no mês de fevereiro.

Na sua visita aos Paços do Concelho, o bispo do Algarve teve oportunidade de trocar impressões com a presidente da Câmara que revelou que o orçamento deste ano da autarquia silvense contempla uma “verba de 52.500 euros” para atividades cívicas e religiosas “ pela primeira vez dirigido ao apoio a todas as igrejas do município, bem como outras entidades religiosas e análogas”, informa a autarquia. “Foram, também, explanadas as condições sociais do concelho e debatidas formas de concertação de esforços para colmatar as situações identificadas, bem como o possível estabelecimento de acordos com instituições e a apresentação de candidaturas ao presente quadro comunitário de apoio no âmbito da recuperação de imóveis”.

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Opinião Março 2015

Consultório Jurídico

qualquer intervenção em tal contrato, sendo a este alheia, obviamente que, nesse caso, não tem qualquer responsabilidade perante o credor.

Este, para obter o pagamento, apenas poderá accionar o património próprio do pai, nunca o património próprio da filha. Com efeito, dispõe o artigo 601º do Código Civil que,

tecer alguma coisa”? Isto é, dito por outras palavras, na circunstância do pai falecer? Neste caso, a Alice é chamada à herança do pai - como herdeira legitimária -conferindo-lhe a lei um de dois direitos na ocasião: o direito de aceitar essa herança ou o direito de a repudiar. Sendo certo que, conforme dispõem os artigos 2054º e 2064º, ambos do Código Civil, não a pode aceitar só em parte assim como não a pode repudiar só em parte. O mesmo é dizer que o herdeiro não

pode pretender aceitar ou repudiar apenas a parte que lhe convém, ou aceita tudo ou repudia tudo.

Por outro lado, estatui o mesmo Código, no artigo 2068º, que a herança responde, nomeadamente, pelas despesas com o funeral, pelos encargos com administração e liquidação do património hereditário e pelo pagamento das dívidas do falecido. Quer isto dizer que continua a ser o património do pai, neste caso, o património deixado pelo pai - a sua herança - a responder pelas suas dívidas. Ou seja, também nesta circunstância não será o património próprio da Alice a responder pela dívida do pai, o património por este deixado é que continua a responder pelo cumprimento da obrigação de pagamento das obras que constituem dívida da herança.

A filha, tendo aceitado a herança, será chamada a dar cumprimento ao pagamento da dívida, é certo,

mas só está obrigada a fazê-lo mediante o património herdado do pai, nunca mediante outro qualquer património. Contudo, convirá, mas não necessariamente, que a aceitação da herança seja feita a benefício de inventário, isto é, requerendo-se inventário onde se limitará a responsabilidade aos bens recebidos e previamente inventariados.

Questionar-se-á ainda: e se acaso as dívidas forem superiores aos bens da herança recebidos?

A resposta é a mesma: só o património deixado pelo falecido responde. É certo que tal património passará a ser qualificado como património próprio da herdeira, a par do que já possuiria antes, ou que venha a possuir depois, porém, há que distinguir, só o património proveniente da herança responde pelas dívidas da herança.

fiscais, com maior ou menos sucesso, tendo em vista a promoção da sua atratividade empresarial.

O Município de Silves não é imune a este esforço. Num ambiente de crescente concorrência entre os municípios do Algarve para atrair investimento e estimular a competitividade, nenhum município pode ficar à “sombra da bananeira”, esperando que o sucesso lhe caia no regaço.

O Município de Silves oferece condições ímpares na atração de emprego e competitividade empresarial, tendo uma vantagem natural sobre os restantes, no que toca por exemplo, à sua tradicional competência na agricultura e na localização privilegiada no centro do Algarve.

No entanto, e como em qualquer produto que queiramos vender, se estas vantagens não forem comunicadas de forma abrangente e continuamente, dificilmente teremos

sucesso. O marketing, assim, assume uma importância capital para o sucesso de qualquer política de competitividade territorial. Antes de mais, distingamos Marketing de Comunicação. Marketing é mais do que um logótipo ou uma campanha de publicidade. É uma estratégia, uma postura, integradas num exercício que permite criar no consumidor o reconhecimento de que o produto que têm à frente tem um valor para si.

Um dos exercícios de marketing é saber posicionar um produto ou serviço; o que queremos que as pessoas pensem quando pensam numa marca ou produto.

Num contexto de produto ou serviço, este valor é muitas vezes, evidente para um consumidor. A Volvo é um bom exemplo desta compartimentação. Durante muitos anos, a Volvo significava “segurança” e os carros desta marca primavam por evidenciar essas qualidades. O

Volvo é percebido como um carro seguro.

No caso de um território, admito que esta compartimentação seja mais complicada. Um território como Silves tem imensas valências e “caras”. Armação de Pêra é conotada como território turístico de sol e mar, tipicamente associado com o Algarve. Silves é uma cidade histórica e medieval e como tal, denota características de cultura e historicidade. São Bartolomeu de Messines tem condições geográficas ímpares para a instalação de negócios que sirvam o Algarve. Como poderemos comprimir todas estas valências (e inegavelmente outras que o concelho têm e que foram olvidadas nesta breve elencagem) numa comunicação integrada e única?

A resposta não é fácil de alcançar: é difícil conceber uma estratégia de marketing que comunique todas estas valências de uma única forma. Mas também é um erro tentar

fazê-lo. Durante anos, o Turismo do Algarve empreendeu campanha atrás de campanha sobre o Algarve, focando-se no “Sol e Praia”. O resultado está aí: o Algarve é reconhecido por essas valências e nada mais. A estratégia resultou bem demais, especializando a região num único sector, com todos os riscos que tal apresenta.

A solução pode ser segmentar a mensagem por cada público-alvo: consumidores, turistas, empresas, com um posicionamento diferente para cada, mantendo no entanto, o principio base que deverá nortear qualquer individuo que escolha o município de Silves para a sua empresa, casa ou destino de férias: a qualidade de vida.

Todos queremos que o Município de Silves seja um bom sitio para viver. Podemos começar por comunicá-lo dessa forma.

atitude de António Costa, mas convenhamos, é, ou não perigoso escondermo-nos atrás das viaturas?

A resposta terá de ser sempre afirmativa.

Imagine-se que o condutor entra na viatura, inicia a manobra, engatando marcha atrás, não se apercebe que está uma jornalista encostada à traseira do seu veículo. A repórter, por estar muito perto da traseira do automóvel, não dá conta que as luzes que sinalizam a manobra se acenderam. Creio que temos todos os elementos para a ocorrência de um atropelamento à retaguarda, com manifesta negligência por parte da jornalista e uma série de problemas para o incauto condutor.

António Costa estava coberto de razão! Os jornalistas, e demais pessoas, não podem estar atrás de carros, pois podem ser atropelados.

Só não sabemos se a data da matrí-

cula da viatura era anterior ao ano de 2000, caso fosse a sanha ambientalista de Costa ainda era mais justificada. Valha-nos o facto de não estarmos no centro de Lisboa, que aí sim, António Costa estaria cobertíssimo de razão. Jornalista e dono do carro estavam numa situação intolerável.

Analisada esta primeira questão, que me pareceu pertinente, cumpre-nos ir ao conteúdo das suas declarações. António Costa, que tem de começar a atacar politicamente os seus opositores, deixou cair esta questão que tanto tem atormentado o primeiro-ministro. Aliás, a expressão de Costa revelava algum receio e perturbação, não por ser abordado por jornalistas que se materializam atrás de carros, mas pela questão em si mesmo. Quase que a fugir à questão por saber que, nesta matéria, também terá telhados de

vidro, ou rabos-de-palha, se preferirem.

António Costa tinha palco, oportunidade e motivo para fazer daquele momento um pesadelo para Passos Coelho. No entanto, não se viu vontade, evitou comentar a questão, atacando a jornalista que, inopinadamente, o maçava com questões constrangedoras. Aliás, este assunto veio a ser “trabalhado” por um deputado do PS, que nunca ninguém ouvira falar até então.

E sim, são questões constrangedoras, mas todos ficamos com a sensação que o constrangimento era de Costa. A incomodidade de Costa. O escândalo, por vir, seria o de Costa. Tudo muito estranho! Nesse mesmo dia, surgiu uma tenebrosa sombra sobre Costa, afinal também tinha havido uns esquecimentos da sua parte, tendo sido “ressuscitada” uma notícia do Semanário “Tal &

Qual” onde se falava deste assunto.

Afinal, o que afligia Costa não era a segurança rodoviária, nem a poluição ambiental, mas sim o ressurgir de uma sombra que já o havia coberto há algum tempo. Costa, no que toca a “esquecimentos” também parecer ter tido os seus, e o seu “imaculado” passado começa no presente a revelar máculas que poderão comprometer o seu futuro.

Esta situação veio revelar um António Costa, nada assertivo e muito pouco resiliente. Apareceu-nos uma pessoa autoritária, profundamente irritada e muito volúvel a este tipo de questões.

A sombra que ressurgiu, veio-nos mostrar que afinal não há um “D. Sebastião”, imaculado, impoluto e invicto. Tenhamos atenção a todos os sinais que vão aparecendo e, seguramente, não derraparemos na próxima curva!

Coluna Jurídica

O Terra Ruiva conta com a colaboração do advogado Eugénio Guerreiro que se disponibiliza a responder a questões dos leitores.

Tem uma dúvida jurídica?

Quer uma opinião sobre algum caso que o preocupe? Envie-nos a sua questão.

Eugénio Guerreiro

pelo cumprimento da obrigação,

Questões sobre Heranças apenas respondem os bens do devesusceptíveis de penhora.

Os filhos são responsáveis pelas dívidas dos pais? dor Porém, e na hipótese de lhe “acon-

Alice, leitora do Terra Ruiva, colocou-nos a seguinte questão: Meu pai, divorciado, e pessoa já de idade, resolveu fazer avultadas obras na casa onde vive e que é sua. Se lhe acontecer alguma coisa, e acaso fiquem por pagar essas obras, terei eu, filha única, a obrigação de as pagar?

C

omecemos antes pela hipótese do pai não pagar essas obras mesmo “não lhe acontecendo nada”. Claro está que, nesta circunstância, o credor apenas poderá exigir o pagamento ao pai, pois, unicamente este é que se constituiu como devedor ao contratar as obras. Não tendo tido a filha

Utilidade Marginal

António Eugénio

O Município visto pelo Marketing

M

uito se fala de competitividade nos tempos que correm. Reclama-se que esta competitividade deve ser encarada como uma prioridade pelos Municípios e são muitos que abraçam esta chamada, procurando atrair o investimento para os seus territórios. Trata-se de a consciencialização de um facto, muitas vezes ignorado nos últimos anos, de que a prosperidade só pode ser alcançada com emprego.

Para isso, os municípios desdobram-se em propostas e benefícios

Opinião

Maria José Grade da Encarnação

Segurança rodoviária

L

embrei-me deste tema, que deverá estar sempre presente em nós, pelas recentes declarações do Dr. António Costa à saída de um evento em Lisboa.

Como bem se recordarão, o Dr. António Costa, ficou extremamente incomodado com o facto de uma repórter da SIC ter aparecido “atrás de um carro” e, surpreendendo-o, começar a interrogá-lo sobre os pagamentos do primeiro-ministro à Segurança Social.

Tudo ficou perturbado com esta

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Informação Março 2015

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Silves investe na promoção turística E firma acordo com Município de Palmela

O

s municípios de Silves e de Palmela firmaram um acordo de cooperação com vista a desenvolver uma estratégia comum para “potenciar a atratividade dos dois destinos nos mercados nacional e internacional, por forma a incrementar o desenvolvimento turístico e económico”.

A assinatura deste acordo decorreu no dia 26 de fevereiro, em Lisboa, no decorrer da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), a maior feira do sector turístico do país, onde Silves esteve também representado, no pavilhão de Turismo do Algarve.

Nos termos do protocolo agora celebrado, os dois municípios, Silves e Palmela propõem-se desenvolver atividades, durante os próximos dois anos, que contribuam “para a troca de conhecimentos e experiências no âmbito do Turismo Cultural, Turismo de Natureza, Gastronomia, Vinhos e Golfe ; incentivar a cooperação entre os agentes turísticos, com vista a criar uma rede de parceiros públicos e privados e avaliar o desenvolvimento de iniciativas conjuntas que contribuam para a promoção turística e para o desenvolvimento económico de ambos. São, também, objetivos deste acordo o fomento de sinergias no plano da comunicação e do marketing turístico desenvolvido nas redes sociais, compartilhando ligações, informações e outros conteúdos que sejam potenciadores para a promoção e divulgação dos territórios, assim como a análise e o desenvolvimento de projetos conjuntos candidatá-

veis a fontes de financiamento que permitam melhorar a competitividade de ambas as regiões”.

O município de Silves “é o segundo maior do Algarve e tendo vindo a apostar numa trilogia onde a Cultura, O Pavilhão do Algarve foi dos mais visitados o Património e ral, de Natureza e a Gastronomia e o Turismo se assumem como um Vinhos, adquiriram maior projeção eixo central e marca distintiva para e constituem-se como os principais projetar o desenvolvimento do conprodutos turísticos deste concelho”, celho. A indústria turística e as poinforma a autarquia de Silves. tencialidades que a bacia do Arade proporcionam, conjuntamente com o valioso património histórico do concelho, definem como produtos Na grande feira de turismo nacioturísticos a Gastronomia e Vinhos, nal, que decorreu de 25 de fevereiro o Sol e Mar, o Turismo Cultural e o a 1 de março, o município esteve reTurismo de Natureza, a par da divulgação dos produtos tradicionais do concelho.

Por seu lado, o município de Palmela tem apostado num projeto de desenvolvimento local que passa pela valorização da economia local, em particular, dos seus produtos endógenos e pela qualificação e diferenciação da oferta turística.

Após a distinção como “Cidade europeia do vinho”, atribuída a O espaço de Silves foi uma mostra Palmela pela rede internacional de para os produtos locais municípios RECEVIN em 2012, e no quadro das medidas de desen- presentado no Pavilhão do Algarve, volvimento turístico promovidas com materiais e produtos do conpelo município, o Turismo Cultu- celho, promovendo os nossos even-

Silves na BTL

tos, com destaque para a XII Feira Medieval de Silves, e os recursos edificados e naturais.

No final do certame, por onde passaram mais de 70 mil pessoas, entre as quais 12 mil profissionais do sector, a Região de Turismo do Algarve fez um balanço “francamente positivo” da participação da região O stand da RTA, de 441 metros quadrados, reuniu o melhor que o Algarve tem para oferecer aos turistas nacionais e internacionais.

Assim, aos municípios da região juntaram-se 20 empresas do setor, presentes no expositor com módulos de negócio da iniciativa «Algarve Convida».

As degustações diárias de gastronomia e vinhos da região e os workshops de cataplana, que registaram sempre lotação esgotada, contribuíram para a presença permanente de visitantes no stand ao longo da feira.

RTA comemora 45 anos

Entretanto, a Região de Turismo do Algarve (RTA) comemora o seu 45º aniversário no dia 18 de março e para assinalar esta data irá promover este ano várias iniciativas inéditas.

No dia do aniversário, haverá um debate com o tema “Turismo no Algarve: Passado, Presente e Futuro”, em Almancil, que contará com

a presença do primeiro-ministro Passos Coelho, sendo ainda convidadas algumas personalidades ligadas ao sector do Turismo, incluindo Desidério Silva, o presidente da RTA , e Vítor Neto, ex-secretário de Estado do Turismo.

Para os turistas que visitarem os 21 postos de turismo da região haverá marcadores de livros para levarem para casa, e aos participantes das ações promovidas ao longo do ano serão distribuídas canetas e blocos com capa em cortiça. Está ainda prevista uma oferta de prestígio para personalidades ilustres: um mapa da região em cristal acrílico.

Os amigos do Algarve no Facebook e no blogue da RTA também vão poder participar na festa de aniversário. A RTA lançará um passatempo no dia 18 de março na página www.facebook.com/VisitAlgarve, que incitará os internautas a colecionar um conjunto de 45 cromos virtuais alusivos ao Algarve enquanto destino turístico. Já no blog. turismodoalgarve.pt serão divulgadas as 45 perguntas mais estranhas colocadas pelos turistas nos postos de turismo. E será também lançado um e-book com as 45 coisas que caracterizam a alma algarvia.

A RTA, então designada Comissão Regional de Turismo do Algarve, foi criada a 18 de março de 1970.

A definição da política regional de turismo, em consonância com a estratégia nacional para o setor, a promoção, a animação e a informação turística foram, desde sempre, as competências do organismo.

Município de Silves com situação inédita

Entre 2007 e 2013 foi o único no Algarve a não apresentar candidaturas para requalificação de estradas e escolas

No dia 13 de fevereiro, os municípios algarvios fizeram o ponto de situação do programa operacional regional – PO Algarve 21, que esteve em vigor nos anos de 2007 a 2013.

Uma reunião que serviu também para apresentar o novo PO Regional do Algarve, para 2014-2020, que aguarda a publicação do respetivo regulamento.

No balanço realizado verificou-se que o Município de Silves foi o único no Algarve - no período entre 2007 e 2013 - a não apresentar qualquer candidatura ao PO Algarve 21, “no Eixo 3, nas componentes- Mobilidade Territorial (que inclui beneficiação/requalificação de estradas, arruamentos, etc); e na Requalificação da Rede Escolar do 1º Ciclo”.

E

ste facto foi divulgado pela presidente da Câmara, Rosa Palma, na última Assembleia Municipal que decorreu no dia 27 de fevereiro em Alcantarilha.

A presidente da Câmara considerou que a participação do Município no anterior programa comunitário (2007-2013) foi “extremamente pobre, perdendo-se uma oportunidade única de trazer investimento e resolver problemas básicos do desenvolvimento do concelho”.

Como exemplo, Rosa Palma afirmou que o Município de Silves foi o único no Algarve a não apresentar qualquer candidatura “no Eixo 3, nas componentes- Mobilidade Territorial ( que inclui beneficiação/ requalificação de estradas, arruamentos, etc); e na Requalificação da Rede Escolar do 1º Ciclo”.

Este eixo, afirmou a atual presidente, “tinha uma componente financeira de 56 milhões de euros (investimento ilegível) com uma taxa de comparticipação a fundo perdido de 65%”.

“As únicas candidaturas aprovadas pelo Município de Silves reportam-se à “Requalificação da Frente de Mar de Armação de Pêra/Nascente e Poente” (3 milhões de euros); ao “Apetrechamento Tecnológicos das Escolas EB 1 do Algarve” (62 mil euros/candidatura da AMAL); à “Recuperação e Valorização Ambiental do Vale do Olival e Parque Urbano de Armação de Pêra”; (100 mil euros/candidatura submetida no atual mandato autárquico; ao “Sistema de Apoio à Modernização Administrativa” (49 mil euros/ candidatura submetida no atual mandato autárquico); e ao “Reequipamento Estratégico da Proteção Civil do Algarve” (110 mil euros/ parte maior reativada e executada no atual mandato autárquico)”.

Situação financeira da autarquia de Silves

A informação sobre a situação financeira do Município de Silves (reportada a dezembro de 2014) foi

outro dos pontos focados por Rosa Palma.

A presidente revelou que durante o ano de 2014, o passivo total da autarquia foi abatido em “cerca de 7,2 milhões de euros”; tendo havido uma redução de “3,034 milhões de euros no que respeita à dívida de médio/longo prazo à Banca”; uma redução de “3,6 milhões de euros na dívida relacionada com o processo Viga d’Ouro (capital e Juros de Mora)”; e foi também “saldada a dívida à Águas do Algarve, no montante de 579 mil euros”, Na sua intervenção, Rosa Palma realçou as dificuldades acrescidas com que o seu executivo se depara, nomeadamente por ter de se responsabilizar pela dívida de cerca de cinco milhões de euros “herdada” na sequência do processo Viga d’Ouro.

Como disse, o atual executivo conseguiu negociar com os três bancos credores (BES, CGD e BCP), um perdão de juros de mora na ordem dos 1,6 milhões de euros, mas ainda

Assembleia Municipal em Alcantarilha ( Foto Casa do Povo de Alcantarilha)

assim considera que esta dívida faz toda a diferença na gestão atual, penalizando a autarquia e a população.

Rosa Palma destacou também que uma grande parte da dívida de curto prazo existente, foi contraída pelos anteriores executivos, que pediram empréstimos para pagar dívidas e não para a realização de investimentos, o que considerou ser uma prova de “má gestão”.

Quanto ao prazo médio de pagamentos “situou-se nos 30 dias”.

Acerca da execução das receitas e despesas reportadas ao ano de 2014, foi dito que “as receitas correntes realizadas ascenderam a 28,3 milhões de euros, enquanto as receitas de capital somaram 627 mil euros.

O grau de execução da receita durante o ano de 2014 situou-se nos 88,46 por cento, valor que está acima das recomendações da tutela (85%), que compara com 57% em 2010, 64% em 2011, 61% em 2012 e 79% em 2013”.

Já as “despesas correntes realizadas durante o ano 2014 ascendem a 23,8 milhões de euros, enquanto as despesas de capital atingem os 5,8 milhões de euros. O grau de execução da despesa fixou-se nos 90,5%”.

No que respeita às “Grandes Opções do Plano (GOP), a taxa de execução em 2014 situou-se nos 77,14 por cento, que compara com 45% em 2010, 48% em 2011, 45% em 2012 e 58% em 2013”.

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Informação Março 2015

Comissão Parlamentar de Saúde vem ao Algarve Visita inclui Centro de Saúde de Messines

A

Comissão Parlamentar de Saúde desloca-se ao Algarve, nos dias 30 e 31 de março, visitando vários estabelecimentos de saúde, entre os quais o Centro de Saúde de S. Bartolomeu de Messines.

A visita dos deputados dá-se por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP que apresentou a proposta.

Segundo o PCP, este partido apresentou a proposta da deslocação ao Algarve em julho de 2014, apresentando depois, em fevereiro de 2015, a proposta de concretização desta deslocação para os dias 30 e 31 de março, bem como a lista das entidades a contactar e os locais a visitar.

Mas, diz o PCP, “a maioria PSD/ CDS, apoiada pelo PS, acabou por

aprovar a deslocação da Comissão Parlamentar de Saúde ao Algarve, mas excluiu a visita ao Hospital de Portimão (que foi substituída por uma visita ao Hospital de Faro), bem como a reunião com a Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde de Portimão”.

Esta atitude é criticada pelo PCP que entende que “ a concentração dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos no Centro Hospitalar do Algarve, com base em critérios meramente economicistas” colocou “em causa a qualidade dos serviços e a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde, particularmente nos hospitais do barlavento algarvio”. “É o confronto com esta realidade – que aliás tem sido objeto de uma intensa luta das populações e

dos profissionais de saúde – que a maioria PSD/CDS, com o apoio do PS, tenta evitar ao rejeitar a proposta do PCP de incluir a visita ao Hospital de Portimão e a reunião com a Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde de Portimão”, acrescentam os comunistas.

Assim, a Comissão Parlamentar irá reunir com: Administração Regional de Saúde do Algarve; diretores dos três Agrupamentos de Centros de Saúde do Algarve (Central, Barlavento e Sotavento); Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve; Sindicato dos Médicos da Zona Sul, Sindicato Independente dos Médicos, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública - Faro e Delega-

ção do Algarve da Ordem dos Médicos e presidentes das câmaras municipais do Algarve.

Os deputados farão visitas ao Hospital de Faro, Serviço de Urgência BáDeputados vêm ao Algarve, ver o estado da saúde sica de Loulé, Centro de Saúde de Tavira, Cen- ciar a crescente degradação dos tro de Saúde de Loulé e Extensão cuidados de saúde prestados à pode Saúde de São Bartolomeu de pulação algarvia e para exigir que as unidades de saúde públicas do Messines.

Apesar das alterações feitas à sua Algarve sejam dotadas de recursos proposta, o PCP afirma que “valo- humanos e materiais adequados a riza” esta deslocação que constitui uma resposta de qualidade e eficaz “uma oportunidade para denun- do Serviço Nacional de Saúde”.

Associação Algarchurra apoia criadores Em Messines, Algoz e S. Marcos da Serra

O

s criadores da Ovelha Churra Algarvia e agricultores em geral, do concelho de Silves, dispõem agora de um apoio da associação do sector, a “Algarchurra”.

Esta associação passou a estar presente na Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines às segundas e quintas feiras; na Junta de Freguesia do Algoz, às terças e quartas feiras; e na Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra às sextas feiras, para dar apoio aos associados e criadores de gado e agricultores em geral.

O atendimento é feito pelas engenheiras Vera Rocha e Rita Guerreiro e funciona por marcação.

Ovelha Churra Algarvia… uma raça com futuro

A ovelha churra algarvia, a sua preservação e divulgação, é o objetivo central do trabalho desta associação.

Criada no final de 2012, por cria-

dores desta raça autóctone que “agarraram a ovelha pelos cornos”, a associação Algarchurra “tem por objeto social a proteção e promoção desta raça, que representa um património genético valioso, possuindo um grande potencial de valorização económica (e de conservação) associada ao fomento de produtos tradicionais de qualidade como a carne, o leite e a lã.

Neste sentido, é importante a promoção e integração destes produtos, e em especial o borrego churro algarvio junto da restauração e das superfícies comerciais, tanto a nível Nacional como Internacional. A associação tem ainda como intuito divulgar a raça, apoiar os produtores e estimular os criadores no aumento de efetivo, produção e melhoramento animal”.

No documento da associação, explica-se que: “As diferentes raças autóctones são o resultado da evolução dos animais de determinadas espécies no sentido de se adaptarem aos meios onde vivem.

Quando uma população vive du-

rante muitas gerações sob as mesmas condições ambientais consegue um elevado grau de adaptação e uniformidade, desenvolvendo-se melhor nestas condições que outras raças que provenham de outras regiões. A Ovelha churra algarvia não é exceção, a sua vulnerabilidade e declínio não se prendem com o meio ambiente, mas por motivos puramente financeiros. Deixou progressivamente de ser comercializada pelos talhantes, compradores de gado e outros agentes, simplesmente porque esta ovelha dá uma carne magra, sem gordura, pequena, sem atributos visuais para se poder vender aos olhos do consumo de massas. No entanto, são esses mesmos atributos que a tornam muito mais saudável. Em termos organolépticos, tem uma textura macia, de fácil cozedura e digestão e um sabor natural”.

Assim, acrescenta: “Já sabe se escolher... Escolha local, porque o que é Nacional e Tradicional e é bom!”

Serviços prestados no atendimento Elaboração de RED-OC (Livros de Existências e Deslocações de Ovinos e Caprinos) e Livro de Registos de Existências e Deslocações de Suínos.

Declaração anual de existências de ovinos e caprinos (DEOC); Declarações periódicas de existências de suínos em Abril, Agosto e Dezembro (DES); A declaração de existências de apiários durante o mês de Junho Elaboração de Recenseamento Inicial de Animais Elaboração de RED-OC Elaboração de candidaturas IFAP Ajudas ao Rendimento Regime de Pagamento Base (RPB) Regime de Pequena Agricultura (RPA)

Curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos Em Messines

E

stão abertas as inscrições para o Curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos que irá decorrer em S. Bartolomeu de Messines, no mês de maio.

O curso é homologado pela DRAPC e atribui um certificado de formação profissional e certificado de aplicador.

Esta formação é organizada pelo Grupo Conclusão, que estabeleceu recentemente uma parceria com a Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines, no âmbito do Curso Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, pelo facto de esta formação ser obrigatória para todos aqueles que utilizam estes produtos.

“E tendo a Conclusão uma consciência

social, decidiu promover o curso a um custo mais reduzido, através da referida parceria, de forma a torná-lo acessível a todos”, afirma a empresa, pelo que o curso tem um custo de 120€.

“A formação tem a duração de 35 horas, tendo como objetivo principal capacitar os participantes para a manipulação e aplicação segura de produtos fitofarmacêuticos, minimizando os riscos para o aplicador, o ambiente, espécies e organismos não visados e o consumidor, de acordo com os princípios da proteção integrada”.

O Grupo Conclusão “é um conjunto de empresas de formação e consultoria implementado no mercado há mais de 27

anos de atividade, com sede em Coimbra e 12 delegações no país. Neste momento atua na região do Algarve através da parceria com a consultora Anabela Lourenço.

Para além de desenvolver formação própria dispõe de projetos financiados, tendo como entidade gestora principal o IEFP”.

Mais informações disponíveis no site da Conclusão em www.conclusao.pt ou através do número de telefone 964 548 983.

As inscrições podem ser feitas na Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines.

Apoios Associados (Prémio dos Ovinos e Caprinos, Vacas Aleitantes, Vacas Leiteiras,...)

Ajudas ao Desenvolvimento Rural Medidas Agro e Silvo-Ambientais Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas Florestação (PRODER, RURIS,...)

Outros serviços IFAP ( Elaboração e Alteração de IB; Consulta, Verificação e Atualização de Dados Idigital, ...)

SNIRA ( Posto de Atendimento e Posto Informático) ; Serviços de Parcelário Serviços Administrativos Apoio agricultores e criadores através da orientação e esclarecimento de dúvidas.

Informação Março 2015

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XVII Feira do Folar, em S. Marcos da Serra

A

17ª edição da Feira do Folar irá decorrer em S. Marcos da Serra nos dias 3, 4 e 5 de abril, no fim de semana da Páscoa, no Largo da Igreja.

Como habitualmente, esta iniciativa atrai à aldeia de São Marcos da Serra, muitas centenas de visitantes que procuram os produtos que a serra oferece: o pão caseiro, os folares, os enchidos; o leitão da serra, o mel, licores e aguardentes e a saborosa doçaria tradicional.

Está também certa a presença de alguns artesãos do concelho.

A par destes produtos, a Feira do Folar oferece ainda um diversificado programa de animação, que será

oportunamente divulgado.

A Feira estará aberta na sexta e sábado, das 11h às 21h, e no domingo das 11h às 20h.

A Feira do Folar é uma organização da Câmara Municipal de Silves com a colaboração de diversas entidades: Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra, Serrano Futebol Clube, Associação Humanitária de S. Marcos da Serra e o apoio do Crédito Agrícola de S. Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra.

«São Marcos da Serra, pelas suas características particulares é há muito local privilegiado de fabrico do pão, uma das suas pro-

duções mais tradicionais. É ainda, espaço do doce mais tradicional e importante da Páscoa: o “Folar”.

O “Folar da Páscoa” algarvio é doce e perfumado com canela e erva-doce,

decorado com ovos inteiros e resulta de uma massa levedada com fermento padeiro.

A Feira do Folar, tendo como objetivo primordial a promoção do interior do

concelho e da cultura popular local, designadamente da freguesia de São Marcos da Serra, pretende veicular o saber fazer das gentes locais, das suas tradições, gastronomia e artesanato.»

Produtores de Messines e S. Marcos da Serra em programa da RTP África

O

mel da freguesia de S. Bartolomeu de Messines e o pão da freguesia de S. Marcos da Serra estiveram representados no programa “Produtos da Terra” que foi transmitido pela RTP África, no dia 7 de março.

O mel de Leonardo Camacho e o pão de Maria do Céu Cabrita foram alguns dos produtos que foram apresentados no primeiro episódio deste programa, que também passou imagens filmadas no Percurso Pedestre dos Menires, na freguesia de Messines, e na serra ( vertente este) na freguesia de S. Marcos.

“Produtos da Terra” consiste numa série de oito programas televisivos gravados em Portugal, nas regiões do Algarve e Alentejo, e em São Tomé e Príncipe.

“Tendo como principal objetivo a promoção das referidas regiões, os telespectadores serão convidados a conhecer alguns dos melhores produtos locais desses territórios, através da sua utilização na confeção de pratos gastronómicos por parte do criativo João Carlos Silva ( apre-

sentador do programa “Na Roça com os Tachos”).

A maioria dos episódios foi gravada em mercados municipais, como forma de sensibilizar os telespectadores para a importância do consumo de produtos locais. As filmagens incluíram igualmente visitas às unidades de produção de alguns produtos, dando voz aos seus protagonistas”.

Estes filmes foram produzidos no âmbito do projeto “Produtos Locais – Cooperação com São Tomé e Príncipe”, financiado pelo Subprograma 3 do PRODER e que teve como promotoras as associações In Loco, Terras do Baixo Guadiana, Terras Dentro e Roça Mundo.

No âmbito do mesmo projeto foi editada a brochura “Produtos da Terra”, com receitas destes territórios, e o kit com o mesmo nome contendo oito produtos locais. A publicação encontra-se disponível no site da Associação In Loco – www.in-loco.pt, informa a associação.

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Informação Março 2015

Ala dos Namorados, em “Lado B”, com concerto em Messines

O projeto Ala dos Namorados é o próximo convidado da Biblioteca Municipal, para o formato “Lado B”.

Assim, no dia 8 de abril, Nuno Guerreiro e Manuel Paulo estarão em Silves, e no dia 9 em concerto em S. Bartolomeu de Messines.

C

omo é habitual neste formato, no dia 8 os membros da Ala (Nuno Guerreiro e Manuel Paulo) participam na conversa à volta de livros, músicas e filmes que marcaram as suas vidas, a qual se realiza na Biblioteca Municipal pelas 21h, com entrada livre.

Será também uma oportunidade para conhecer melhor este incontornável e prestigiado projeto da música portuguesa, que conta com mais de 20 anos de carreira e que lançou em finais de 2014 um novo álbum intitulado “Felicidade”.

No dia 9, a Ala dos Namorados apresenta-se em concerto intimista, em trio, no auditório Francisco

Vargas Mogo, no Crédito Agrícola, em S. Bartolomeu de Messines.

Os ingressos para este concerto têm um custo associado de 10 euros, podendo ser adquiridos previamente no Museu Municipal de Arqueologia de Silves, na sede da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines e na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense, bem como por reserva telefónica ou por email. Como é habitual neste formato, é possível adquirir um número limitado de bilhetes na tertúlia a realizar na Biblioteca Municipal no dia 8 de abril, por um preço especial de 8 euros.

explora diferentes facetas de um mesmo convidado, pretendendo fomentar práticas regulares de programação cultural em rede (PCR+) no seio de vários equipamentos da autarquia e também em articulação com o meio associativo local e com as freguesias. Esta estratégia visa explorar e potenciar as especificidades e complementaridades existentes entre os vários espaços culturais da cidade/concelho através da apresentação de diferentes formatos que envolvam intervenientes comuns, isto na área das artes performativas e de outros universos culturais afins.

O “Lado B” é um «formato que

Pelo formato “Lado B” já passaram,

desde fevereiro de 2014, conceituados músicos como João Afonso, António Manuel Ribeiro, Jorge Palma, Pedro Jóia, Ricardo Ribeiro, Sérgio Godinho, Luís Represas, Custódio Castelo, Rita Redshoes, Rita Guerra e Miguel Araújo», lembra a Câmara Municipal.

Estas duas ações contam com o apoio do Crédito Agrícola de SB Messines, da Junta de Freguesia de SB Messines e da Sociedade de Instrução e Recreio Messinense.

O telefone 282 440 838 e o email cultura@cm-silves.pt poderão ser usados para reservas prévias de ingressos e para o esclarecimento de dúvidas sobre o evento. Para mais informações sobre a Ala dos Namorados, poderão consultar a sua página oficial em http://www.ruelamusic.com/.

Fechado ao Sábado Closed Saturday

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Informação Março 2015

Câmara de Silves abre concursos para estágios profissionais

fendem a necessidade deste meio de socorro numa “zona estratégica” do Algarve. Até ao momento, a tutela tem desmentido essa intenção.

Rastreios gratuitos ao cancro do intestino em Messines e Pêra

A Câmara Municipal de Silves tem abertas, até ao dia 26 de março, candidaturas aos Estágios PEPAL, para diversas áreas, para jovens desempregados, até aos 29 anos de idade.

Assim, estão abertas as seguintes candidaturas: - Licenciado na área de Arquitetura (1) - Licenciado na área de Engenharia Civil (1) -Licenciado na área de Engenharia do Ambiente (1) - Licenciatura na área de Arte e Design (1) - Licenciado na área de Psicologia (1) -Licenciado na área de Turismo ( 1) Podem concorrer todos os cidadãos que estejam à procura do primeiro emprego, ou se encontrem desempregados, e que tenham até 29 anos de idade. ( 35 para pessoas com deficiência/ incapacidade). Os candidatos têm de estar numa situação em que não estejam a trabalhar, nem a estudar, nem a frequentar qualquer formação ou estágio. Têm também de estar inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional, na qualidade de desempregado.

O estágio será por um período de 12 meses.

Os candidatos devem formalizar a sua candidatura em suporte de papel, sendo que os documentos se encontram disponíveis no site da autarquia: www.cm-silves.pt. ( O texto completo do anúncio encontra-se no site do Terra Ruiva: http://www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva/ )

Em março assinala-se o Mês Europeu Contra o Cancro do Intestino e, neste âmbito, a Europacolon, ( associação de luta contra o cancro do intestino) em colaboração com algumas farmácias está a promover rastreios gratuitos à população do sul do país.

O rastreio tem como principal objetivo fa-

zer a deteção precoce do cancro do intestino, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes.

O exame pode ser feito em farmácias do Grupo Holon, que no nosso concelho abrange a Farmácia Algarve, em S. Bartolomeu de Messines, e a Farmácia Paula Santos, em Pêra.

“Qualquer pessoa que pretenda fazer um rastreio gratuito pode dirigir-se a uma das farmácias Holon espalhadas pelo sul do país.

Esta ação tem como objetivo a prevenção do cancro do intestino. Esta doença, se detetada a tempo, tem cura em 90% dos casos. É incrível como ainda 50 % da população desconhece os sintomas desta patologia, que representa a terceira causa de morte por cancro em todo o mundo”, afirma, em comunicado, Vítor Neves, presidente da Europacolon.

Mais de três mil assinaturas pelo INEM em Alcantarilha “Energia Fantasma”, Uma petição com cerca de 3400 assinaturas, da Deco, passa por Silves

Têm lugar na Biblioteca Municipal de Silves, no dia 24 de março, quatro sessões informativas da campanha “Energia Fantasma – livre-se dos desperdícios de energia em sua casa”.

As sessões têm início às 10h, 11h, 14h e 15h e são promovidas pela DECO, com o apoio da Câmara Municipal de Silves.

reclamando pela manutenção da ambulância do INEM em Alcantarilha, foi entregue no dia 11 de março, na Assembleia da República.

A petição foi entregue por uma delegação que incluiu um representante do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, um representante da Comissão de Utentes de Silves, um representante da comunidade estrangeira em Alcantarilha e o presidente da Assembleia Municipal de Silves.

O documento exige a permanência da ambulância do INEM em Alcantarilha e os seus subscritores querem que o Governo garanta formalmente que esta viatura de socorro não será deslocalizada da secção dos bombeiros de Alcantarilha.

Esta hipótese, como o Terra Ruiva tem noticiado, surgiu no ano passado, tendo sido contestada por população e autarcas que de-

André Boto ganha mais dois prémios internacionais

A

ndré Boto recebeu mais uma distinção internacional, ao ser distinguido com dois “Merit Awards”, na categoria ilustrativa, no Concurso de Fotógrafo Europeu de 2015, cuja entrega de prémios aconteceu recentemente, em Itália.

André Boto nasceu em Silves, em 1985, e desde que completou a sua formação em fotografia, em 2009, tem visto o seu trabalho amplamente reconhecido.

Em 2009, torna-se o único fotógrafo português com o certificado de «MasterQEP», tendo obtido os certificados de «Qualified European Photographer» nas categorias de Retrato e Ilustração. A maioria dos seus trabalhos fotográficos integra a área de projetos criativos de autor e de decoração, fotografia publicitária, arquitetura, industrial.

André Boto já conquistou dezenas de prémios e concursos em Portugal, entre eles o prémio «National Geographic - Portugal»

Gabriela Rocha Martins em Antologia de Poesia Internacional

“Cintilações da Sombra III” é o título da Antologia Poética que reúne 58 poemas de outros tantos poetas e três ensaios. Os autores são provenientes de Espanha, Brasil, Argentina, Grécia e Portugal.

Entre os autores portugueses, realça-se a presença de Gabriela Rocha Martins, silvense, autora de diversas obras e atualmente diretora da Casa Museu João de Deus, em S. Bartolomeu de Messines.

A edição é da Editora Labirinto & Núcleo de Artes e Letras de Fafe.

Inscrições para Grupo Coral Infanto-Juvenil

E

stão abertas as inscrições para as aulas de Canto Infantil, para crianças e jovens, dos 6 aos 15 anos, na sede da Sociedade Filarmónica Silvense, na Rua 1º de Maio, em Silves.

Para mais informações, incluindo sobre preços e horários deve ser consultada a Filarmónica Silvense através do email. filarmonicasilves@gmail.com

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Em cada uma das sessões a DECO transmitirá informação útil e dicas com vista à redução da fatura de energia elétrica, sendo dada particular importância aos desperdícios do stand-by e off-mode, (os chamados consumos fantasma) e também aos restantes desperdícios relacionados com a utilização e escolha de equipamentos.

em 2009. Vencedor de prémios internacionais, destaca-se aquele que lhe deu grande projeção internacional: o prémio de Fotógrafo Europeu do Ano 2010, pela FEP - Federação Europeia de Fotógrafos Profissionais.

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Sociedade Março 2015

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Falajar – Nova associação cultural em Silves

Há uma nova associação cultural em Silves – a Associação FALAJAR. Um “falar de agir”, é uma das ideias que orientam este grupo formado muito recentemente, para “intervir na sociedade civil em prol do desenvolvimento cultural da comunidade em que se insere”.

A

Falajar surgiu da constatação de um grupo de amigas que estavam ( estão) cansadas de ver o Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves, “praticamente sempre fechado”, e sem dinâmicas que tirassem partido de espaços como o bar ou o auditório…

E, seguindo o lema da associação “falar + agir” entenderam apresentar uma proposta à Câmara Municipal de Silves, no sentido de estabelecerem uma parceria para ali dinamizarem regularmente atividades culturais no âmbito das artes performativas, nomeadamente teatro, música e dança, bem como cinema (incluindo formatos de palestra e workshop).

Como disse ao Terra Ruiva, Paula Torres, da direção da Falajar, “ esta é uma associação sem fins lucrativos e todos as verbas angariadas com os eventos e as vendas do bar revertem para a dinamização de atividades”.

A ideia é que a associação possa “ajudar” a Câmara Municipal a dinamizar o teatro, que enfrenta “muitas dificuldades”.

Neste sentido, a Falajar pretende não só desenvolver iniciativas próprias, como também apoiar as iniciativas da autarquia, no espaço do teatro. E, numa fase posterior, depois da associação estar mais cimentada, há também a intenção de estabelecer parcerias com outras entidades e associações do concelho.

Festa da Primavera e da Criatividade

A ideia é mesmo “ por o teatro a mexer” e mantê-lo “aberto o mais tempo possível”.

A primeira iniciativa da Falajar foi a de dar apoio ao Ciclo “O Meu Coração é Árabe”, organizado pela Câmara Municipal, em fevereiro. Nos dias dos eventos, os membros da associação estiveram a dinamizar o bar, promovendo também produtos locais. O mesmo irão fazer durante o Ciclo “Os Filhos da Terra também têm nome” que se iniciou no dia 13 de março.

Por enquanto, como realça Paula Torres, a associação ainda está numa fase embrionária ( com a primeira assembleia geral convocada para dia 19 de março), mas está previsto que no dia 21 de março ocorra a apresentação pública da Falajar, não só para apresentação do projeto, como também para iniciar a angariação de novos sócios.

Esta apresentação irá ser feita no decorrer da Festa da Primavera e da Criatividade. ( ver notícia em caixa).

A Falajar pode ser contactada através do email: falajaremsilves@gmail.com ou da sua página de facebook.

“Música, poesia e performance” constituem a base da Festa da Primavera e da Criatividade que irá ter lugar em Silves, no dia 21 de março, às 21h.

A iniciativa é da Associação Cultural Falajar e do Município de Silves e conta com a atuação do grupo musical Yemadas e a participação especial dos atores silvenses Rafael Torres e Alexandrina Sequeira.

O evento tem entrada livre.

Rafael Torres e Alexandrina Sequeira

Yemadas -

Viagem pela música e dança de várias culturas étnicas e tradicionais, da Europa até às Américas Latinas passando pelas Áfricas e Índias, tudo se funde numa cultura só. A fusão de músicas do mundo num contexto moderno e reportório totalmente original desta banda que é também uma comunidade alternativa com visão de autossuficiência. A música é mais do que um entretenimento, é também um canal de ligação com a alma e outros mundos mais subtis que às vezes nos passam despercebidos. Os Yemadas convidam-nos a

O grupo Yemadas

entrar num mundo mágico de fantasia, de esperança, de união humana e de celebração e, contemplação sobre a vida!

À procura de jovens talentos Audições para músicos, cantores e dançarinos

N

os dias 23 e 24 de março, serão feitas audições para descobrir jovens talentos do concelho de Silves, nas áreas da música ( músicos e cantores) e da dança.

As audições decorrem no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves, das 14h às 18h, e inserem-se no programa “ Jovens Talentos” que a Câmara Municipal está a promover e, simultaneamente, na iniciativa “Março Jovem”.

“Sabemos que há muitos jovens com talento por aí, sabemos que existem”, explicou ao Terra Ruiva, Rute Santos, coordenadora do Sector da Ação Social e Juventude da Câmara de Silves. “A nossa ideia é fazer a sua identificação, para que possamos divulgá-los

junto de toda a comunidade e envolvê-los em atividades”.

Assim, os jovens músicos, cantores ou dançarinos, naturais ou residentes no concelho, entre os 15 e os 30 anos, que queiram participar nestas audições devem inscrever-se junto do sector de Juventude da CMS, localizado na Rua Dr. João de Deus, n.º 21 r/c (ao lado da Junta de Freguesia de Silves).

As audições serão acompanhadas por técnicos da autarquia que irão identificar os jovens participantes e verificar as suas características, mas não numa lógica de avaliação, “isto não é um concurso”, realça Rute Santos. O objetivo, como já foi dito, é o de recolher informação.

Mais tarde, em data ainda não definida, ha-

verá um evento de divulgação pública “talvez um concerto, em abril ou maio”, para a apresentação dos talentos encontrados.

No entanto, a campanha de descoberta de “Jovens Talentos”, não se esgota nas áreas da música e da dança. Procuram-se também talentos em áreas como “a pintura, literatura, fotografia, representação e outras”. O objetivo do trabalho com estes jovens é o mesmo: divulgar o seu talento, apoiá-lo à medida das possibilidades da autarquia, e promover o seu trabalho.

Assim, os interessados devem dirigir-se ao Sector da Juventude da Câmara Municipal (na morada acima referida). Mais informações podem ser pedidas através do telefone 282 440 800 (ext.: 450) ou do email juventude@cm-silves.pt.

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Opinião Março 2015

Opacidades e Copos de Cristal

António Guerreiro

TO HAVE A COLD

F

ui ao Porto. Ao Oporto (O Porto), para os ingleses que o viam a partir das caves de Vila Nova de Gaia. As companhias de aviação low cost (baixo custo) têm preços bastante reduzidos, ir e vir não atingiu os cinquenta euros (a tal moeda em crise). A companhia é irlandesa, os passageiros são portugueses. Já nos habitua-

Partilhas

Helena Pinto

Aprender a lidar com a Dor

P

ode ter dúvidas sobre o facto de ser possível viver e usufruir de novo da sua vida tendo Dor Crónica. Apesar disso, vamos pelo menos explorar como pode ser possível?

Já se sabe muito sobre a dor crónica, e todos os dias aprendemos mais, mas, mesmo assim, muitas pessoas vivem a sua vida diária com dor. Se sofre de dor crónica pode melhorar

Até que a voz me doa

Luísa Anselmo

SEGURANÇA

J

á todos nós sabemos que tal palavra, em sentido geral, significa “defesa assegurada, imaginária ou efetivamente”. Sendo importante para todos, a cada um de nós, para dormimos mais tranquilos, mais em harmonia, mais estimulados para a vida, para o voo, para o sonho. E o tempo correu na sua marcha, avançou o conhecimento, desenvolveu-se a ciência, a tecnologia, melhorou o bem-estar na vida dos humanos, a própria arte motivou-se em mais variedade de beleza, mas a multidão dos trabalhadores, nos vários espaços, continuou desprezada, sem defesa no trabalho, quantas vezes em risPub.

mos aos milagres económicos dos outros. Portanto, estive no Porto, com aquele característico tempo de chuva com algumas abertas e também alguns aguaceiros; claro que fiquei molhado. A cidade é simpática e bonita, mas este tempo húmido e chuvoso não está na minha natureza de sequeiro. Resultado, estive constipado. Naturalmente que a causa desta doença poderá não ter a ver com a ida ao Porto, nem sequer ao norte, mas para mim é uma boa justificação. Desta vez, foi uma constipação daquelas, que não me recolheu à cama, mas fez estragos suficientes para alterar as minhas rotinas de um dia normal e de uma noite de sono.

midade invadiu-me por dentro, acompanhada de uma substância ranhosa. A agitação noturna é brindada com pensamentos e sonhos invulgares (invulgares, porque normalmente não recordo aquilo que sonho, apesar de, como nos dizem, sonhar todas as noites), o mal-estar diurno é acompanhado por aquela tosse que nos cansa de tanto tentar extrair os resíduos acumulados (e nocivos) no nosso organismo. Com uma dose de químicos, com o aspeto de comprimidos (por vezes verdadeiramente comprimidos em invólucros minúsculos) de distintas cores e formatos, lá fui combatendo este animal. Ainda não estou a cem por cento (ou a um por um), mas

já voltei a dormir melhor e a tosse vai escasseando. Há tempos que não tinha uma constipação destas, acho que estou a ficar velho, para o ano vou tomar a vacina.

a sua vida diária aprendendo novas formas de aliviar a dor que já não tem cura, ou enquanto espera cura daquelas dores que ainda se podem curar.

Assim, vamos dedicar este espaço a falar um pouco sobre a Dor, para em primeiro lugar a entender melhor e depois analisar os métodos para lidar com ela. A aprendizagem de competências para lidar com a dor pode ajudar no seu alívio e ainda ajudar a aumentar a eficácia dos tratamentos médicos.

Tratar a componente emocional da dor para minorar a dor física é um passo fundamental para uma vida com maior qualidade.

Porque sente Dor? Porque tem uma doença que lhe provoca dor e para a qual não existe cura? Sente-se muito frustrado(a) porque já tentou explicar aos médicos que a

sua dor é real e persistente, mesmo que eles não consigam encontrar uma causa para ela e não existe explicação médica para ela? Já lhe disseram que a dor que sente é resultado de stresse emocional ou que “está tudo na sua cabeça”?

Sente-se pouco compreendido(a) por familiares e colegas de trabalho? A dor crónica é muitas vezes não compreendida, perturba e dificulta a vida de muitas pessoas.

A Dor, como a febre, é um sintoma, é um componente importante e necessário da experiência humana. Em termos biológicos, a dor é um sinal de que o corpo está ferido, em termos psicológicos, é o resultado de um sofrimento emocional; em termos de comportamento, a dor altera a forma como a pessoa de comporta e age; em termos cognitivos, a dor leva-

-nos a pensar no seu significado, a sua causa, e possíveis tratamentos; espiritualmente, a dor recorda-nos que somos mortais; culturalmente, a dor tem sido usada para testar a força e resistência das pessoas ou para as tornar submissas.

A dor é um processo complexo e pode ser dividida em dois níveis: aguda e crónica. A dor aguda é limitada no tempo e dura o suficiente para a cura começar, normalmente entre 24h a 10 dias.

Avisa-nos de um ferimento ou lesão nos tecidos. Está associada a um trauma físico.

A dor crónica dura mais tempo que a dor aguda e é causada por um leque variado de fatores. Estão associadas pelo menos 3 condições que explicam a sua duração: doença crónica; lesão dos nervos associados; mudanças no cérebro ou

na espinal medula que controlam a mensagem sobre a dor e aumenta o seu volume e duração. Alguns problemas de dor crónica resultam de doenças que causam inflamação crónica ou irritação.

co da própria vida.

Só lá pelo século XIX, surgiu o Sindicalismo, corria o processo de industrialização da Europa. E o Sindicalismo foi movimento geral de organização de classes sociais ou grupos profissionais.-É sempre bom não ficarmos longe das fronteiras da compreensão verdadeira de certos mistérios da vida…-. Foi natural o surgimento do Sindicalismo, em tal tempo, pois aumentara o número de locais de trabalho, e muitos mais trabalhadores em cada um deles, permanecendo horas e horas em convívio, clamando situações precárias, de risco, “sem rei nem roque”, sem quem deles se ocupasse, dando-lhes segurança de vida, mais estimulante, digna. E a caminhada de luta começou…

Drama provocado por cegos de ambição, por espertos-idiotas, marimbando-se para milhões de humanos que viviam sem viver.

Em Portugal, lá pelo ano 1919, dois diplomas surgiram trazendo

os seguros sociais obrigatórios que nunca foram aplicados- aliás, já tinha sido tocado o tema, na Primeira Lei Reguladora da Proteção dos Acidentes de Trabalho, em 1913. E em 16 de março de 1935,surgiu a Lei 1884 que criou, então, o Primeiro Sistema Previdencial Social que fora previsto, em linhas gerais, já no Estatuto do Trabalho Social, Decreto-Lei 23048, de 23 de setembro de 1933, onde não se encontrava ainda a proteção no desemprego o que só se verificou na Lei 2115, de 18 de junho de 1962. Atrasos e mais atrasos, pressões e mais pressões de boas criaturas. Qual histórias! Mas, foi triste, desumano, e será sempre triste, desumano quando leviana e ousadamente não se respeitem os direitos justos, seja de quem for.

Até que, finalmente, depois do “25 de Abril”, firmaram-se, e têm-se vindo a consagrar, legalmente cumprindo, as defesas que têm dignificado, melhorado a vida dos

trabalhadores e também a vida dos aposentados, dos reformados, dos necessitados sociais, em várias áreas. Pena é que também tem havido indivíduos desumanos-idiotas que se têm aproveitado… E, afinal, quem tem mantido os Fundos do Sistema Previdencial Português?

Os que os têm suportado com suas quotizações mensais, têm sido os aposentados, os reformados, na sua vida ativa, e empregadores cumpridores, assim, garantindo, hoje e amanhã, o pagamento das aposentações, das reformas de sobrevivência; dos subsídios de desemprego, de doença, de parentabilidade; da formação profissional. O Governo, apenas, tem fiscalizado o cumprimento legal de tal Sistema, sem contribuir sequer com um cêntimo.

O Sistema Previdencial Português é um sistema misto de repartição e de capitalização consagrado por Lei em vigor ainda, número 4, de 2007.

Os citados Fundos englobam a Caixa Nacional de Pensões e Caixa Geral de Pensões e nada têm a ver com as contas públicas, nem com a divida pública. Tal sistema dispõe de reservas para fazer face a imprevistos, e é gerido em regime de capitalização pelo Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social- pelo Fundo de Estabilização Financeira de Segurança Social.

E, agora, que estamos a ficar pouco seguros, quem ajudará a repor a segurança a todos nós? Portugal não pode deixar perder a sua dignidade, a dignidade dos seus cidadãos, é o país que tem uma das mais democráticas Constituições do mundo, avanço humano; que na sua Revolução para a democracia, usou, em vez de balas, cravos vermelhos, nas suas armas; e há pouco ouvi dizer: “E a nossa terra não tem fronteiras, alarga-se pelo mar fora…”

Não dormia capazmente e a hu-

Para compensar, adivinha-se a primavera (não é a prima Vera chegada da emigração) e reconhece-se aquele calorzinho da natureza (humana e sem o ser) que começa a irradiar nas tardes destes dias, cada vez com mais luz, cada vez com mais sol. O dia, verdadeiramente, tem sempre a mesma quantidade de minutos, de segundos, apesar do nosso dia não corresponder exatamente ao movimento da rotação da terra. É por isso que, de quando em vez, surge o 29 de fevereiro.

Dizem que os dias estão maiores,

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Silves

o que é verdadeiro em termos estritos, o dia entre a amanhecer e o pôr-do-sol, e ficamos mais atraídos pelo sol. É sempre esta luz, este sol, que combate a negritude e a humidade que nos invade pessoalmente e socialmente. E sol a brilhar para todos nós.

Ao acreditar na primavera, acredito na possibilidade de revolução, acredito na possibilidade de um campo com papoilas vermelhas (que podem ser do Benfica, não necessariamente de Benfica). Ao acreditar nas flores, acredito num verão quente e num início de outono de mudança política e social.

Acredito!

Aqui ficam algumas ideias para uma primeira compreensão sobre as questões relacionadas com a dor. No próximo Terra Ruiva, continuaremos a conversar sobre o tema. Até lá Partilhe as suas opiniões e experiências: helenamapinto@ gmail.com “Graças a Deus, finalmente percebi que a dor pode ser obrigatória, mas o sofrimento é opcional…” T. Nelson – ator

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TODA A INFORMAÇÃO ATUALIZADA www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva Visite a nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Terra-Ruiva-Jornaldo-Concelho-de-Silves

Sociedade

Entrevista

Março 2015

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a Maxime Sousa Bispo

“Valores como a imparcialidade e isenção são abalados quando surgem conflitos de interesses” O jovem advogado silvense, Maxime Sousa Bispo, publicou uma monografia “O Arquitecto Municipal e a Garantia da sua Imparcialidade”, editada pela Transparência e Integridade – Associação Cívica (TIAC).

A sua motivação principal prende-se com o que considera ser uma necessidade urgente de combater diferentes formas de corrupção.

Questões delicadas, relacionadas com o trabalho do arquitecto municipal, visto como um dos principais intervenientes nos processos do Poder Local, são abordadas neste estudo.

O Terra Ruiva lançou algumas questões ao autor, que disponibiliza gratuitamente o seu trabalho.

“O Arquitecto Municipal e a Garantia da sua Imparcialidade” - O tema da obra e a razão para a escrever?

As razões para escrever precederam a escolha do tema da obra.

Desde a crise que afecta actualmente o nosso país, causada, fundamentalmente, por uma sofrível performance da maioria dos actores públicos portugueses, e que caracterizo, ao longo das últimas décadas, por um esbanjamento de recursos e dinheiros públicos em prol de interesses privados, prejudicando, assim, o bem comum. A imperatividade de combatermos as diferentes formas de corrupção, que corroem os pilares do Estado de Direito Democrático, e que potenciam uma desigualdade de tratamento dos cidadãos perante a lei, bem como a necessidade e importância de contribuir para uma maior transparência na vida pública e política. E, por fim, o alento transmitido pelo Dr. Luís de Sousa, professor e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e actual Presidente da “Transparência e Integridade - Associação Cívica” (TIAC), para que me envolvesse na escrita de um artigo, versando sobre um tema da minha escolha alusivo ao modo de funcionamento das autarquias e à ausência de mecanismos de transparência e de combate à corrupção, com vista à sua eventual publicação pela TIAC, no âmbito do projecto do Índice de Transparência Municipal.

Em síntese, todos estes factores, aliados à minha área de formação e respectiva experiência profissional, motivaram-me a iniciar o processo de escrita. E assim nasceu a obra relativa ao “Arquitecto Municipal e a Garantia da sua Imparcialidade”.

Em que termos ganha relevância a garantia da imparcialidade do arquitecto municipal?

Conforme é sabido, no domínio do urbanismo, os arquitectos municipais assumem um papel importante na apreciação técnica dos projectos de arquitectura, para verificar da sua conformidade com o bloco normativo aplicável, e, desse

modo, possibilitar aos municípios o cabal exercício das suas competências em matéria de licenciamento de obras particulares.

Por essa razão, os arquitectos municipais, no exercício das suas funções públicas, são obrigados a actuar com imparcialidade, independência e isenção em relação aos interesses e pressões dos particulares, na perspectiva do respeito pela prossecução do interesse público, mas também do respeito pela igualdade dos cidadãos perante a lei. Porém, valores como a imparcialidade e isenção são abalados quando surgem conflitos de interesses, muitas das vezes decorrentes da acumulação de funções públicas com privadas.

Basta pensar no caso do arquitecto municipal que emite pareceres em processos de licenciamento urbanístico, apreciando e analisando, do ponto de vista técnico, a legalidade das soluções representadas em projectos de arquitectura, e que, em simultâneo, é proprietário de um gabinete de arquitectura ou presta serviço, em acumulação, para uma empresa de construção civil, tendo por funções, especialmente, a elaboração de projectos de arquitectura para os seus clientes, que pretendem licenciar determinadas obras particulares no município onde aquele arquitecto exerce funções públicas.

Que principais constrangimentos se colocam à imparcialidade do arquitecto municipal?

Os constrangimentos podem ser de vária ordem e surgem exemplificados na obra. Pense-se, por exemplo, no caso das “assinaturas de favor”, situação essa que revela o arquitecto municipal sem escrúpulos, destituído de espírito ético, que, independentemente de estar autorizado a acumular funções privadas, e perante uma proposta de trabalho aliciante e bem remunerada, com repercussão na área do município onde exerce funções públicas, não hesita em aceitá-la, perspectivando na mesma uma oportunidade perfeita para consolidar o seu círculo de influências no mundo profissional dos arqui-

tectos.

Esta prática revela-nos uma utilização perversa das funções públicas por parte de alguns arquitectos municipais, assente na oportunidade de fazerem uso venal das mesmas, semeando factores de perturbação na apreciação dos projectos de arquitectura, factores esses, por vezes, relacionados com o fenómeno da corrupção, que transfere a apreciação e aprovação dos projectos de obras para os corredores dos edifícios municipais, esvaziando, assim, os poderes legais dos órgãos municipais competentes.

Sublinhe-se, contudo, que nem todos os arquitectos municipais se prestam a este tipo de actuações, mas basta que um ceda para que a imparcialidade e a isenção dos demais fique automaticamente abalada.

Qual é a reação dos responsáveis autárquicos perante este tipo de situações?

Depende da seriedade e honestidade dos eleitos locais quando confrontados com estas situações.

Sendo que o problema tem tendência a agravar-se quando temos um presidente de câmara municipal que vislumbra o exercício do seu mandato enquanto instrumento de enriquecimento pessoal e partidário, independentemente da defesa dos interesses do concelho e das suas populações, já que encontra no arquitecto municipal dado ao uso venal das suas funções públicas, e que possui múltiplos contactos clientelares nos meandros do urbanismo e da construção civil, um intermediário ideal para aliciar construtores civis ou promotores imobiliários dispostos a participar em negociatas que implicam, regra geral, a violação da legalidade urbanística.

Como ultrapassar estes constrangimentos e “limpar” a imagem dos arquitectos municipais?

Antes de mais, importa salientar que existem bons e maus, como em todas as profissões. Mas, para

Maxime Sousa Bispo

proteger os bons e salvaguardar o prestígio e a imparcialidade das funções públicas, era importante que o legislador, que estranhamente não vislumbra incompatibilidades entre o exercício simultâneo das funções de deputado com o exercício da advocacia, tivesse a capacidade de estabelecer, ao menos, uma proibição legal absoluta do exercício acumulado das funções de arquitecto municipal, com a actividade privada de arquitecto, em regime liberal, bastando, para o efeito, estatuir tal regra no Estatuto da Ordem dos Arquitectos.

Já o combate à prática das “assinaturas de favor” poderá passar pela criação de mecanismos de fiscalização rigorosa do cumprimento daquela proibição e pelo agravamento das sanções disciplinares aplicáveis.

A monografia é publicada pela TIAC, como surgiu essa oportunidade?

Aquando da realização de um evento cultural na Biblioteca Municipal de Silves, tive a oportunidade de trocar impressões com o Dr. Luís de Sousa, Presidente da

TIAC, que, na altura, incentivou-me a iniciar a escrita desta obra, solicitando que a mesma lhe fosse remetida, logo que concluída, a fim de aferir da sua relevância, para efeitos de publicação no âmbito do projecto relativo ao Índice de Transparência Municipal, o que veio a suceder em Novembro de 2014.

Onde e como é possível adquirir essa monografia ou ter acesso à mesma?

A monografia persegue o objectivo de consciencializar a opinião pública para os conflitos de interesses que rodeiam a acumulação de funções públicas com privadas, por parte dos arquitectos municipais, e, simultaneamente, mobilizar os cidadãos para o problema da falta de transparência nalgumas áreas de actuação da Administração Local, logo, não faria sentido a obra em causa ter um custo de aquisição, sob pena disso colocar em causa o propósito visado pela mesma.

O acesso à obra, é simples. Basta contactar a TIAC ou falar comigo. (máxime_343@hotmail.com)

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Sociedade

Março 2015

Arquivo Histórico

José Manuel Vargas

Os moradores de S. Bartolomeu de Messines em meados do séc. XVIII: suas profissões e ofícios, nomes e alcunhas

A

20 de Agosto de 1763 chegou a S. Bartolomeu de Messines o doutor António José Pereira do Lago, juiz de fora e superintendente particular da décima da cidade de Silves. Vinha proceder ao lançamento do novo imposto da décima que incidia sobre os rendimentos de prédios rústicos e urbanos e sobre os maneios (actividades e ofícios).

A obrigação do recenseamento de todos os possíveis contribuintes foi apregoada pelas ruas públicas do lugar e logo de seguida tratou-se de elaborar uma lista de todos os moradores (entenda-se chefes de família, cabeças de casal) da freguesia.

O rol de contribuintes, concluído em Dezembro desse ano, foi feito de forma exaustiva, passando a constituir como que um cadastro da população e das suas profissões e ofícios.

Para além da sua importância para a história económica e social, a

Palavra puxa Palavra

Teodomiro Neto

Mulheres da Minha Terra (1) A Lourinha

M

aria Gertrudes Louro Pinto foi uma senhora, nos meus tempos de menino, com quem minha mãe mantinha uma amizade de juventude. Raramente se mostrava no povo (classificação antiga topográfica de Messines, até à década de sessenta do séc. XX), sendo uma senhora muito reservada. Só por uma vez a vi em minha casa ( rua da Estalagem), noite iniciada, em visita a minha mãe, por esta se encontrar doente. Eu estranhei, perguntando quem era aquela vizinha que não se via pela terra?

Então, minha mãe desbravou todo aquele pequeno mistério que se

lista de moradores de 1763, tem evidente interesse local pela identificação das pessoas que então viviam, ou tinham propriedades em S. Bartolomeu de Messines, e que actividades desenvolviam.

Da extensa lista de mais de 800 recenseados, apresenta-se uma amostragem que se pretende representativa do quadro social messinense na segunda metade do século XVIII. A começar pela Rua do Prior, entre os seus 19 moradores, são de referir: o órfão Inácio*, filho do capitão Manuel Fernandes Pacheco; Isabel Caetana, viúva do capitão; o alferes Eugénio Martins**; Francisco Lopes Amado, escrivão de testamentos; Domingos José, oficial de alfaiate; Manuel da Silva-o-Velho, pedreiro; Francisco Xavier, oficial de sapateiro; Baltasar Gomes, mestre ferreiro; António Gomes, o “Cinco Réis”, almocreve; Manuel Rodrigues “Palangana”, marchante.

Na Rua de Cima, com 29 moradores, assinalam-se: Brás Martins, soldado pago; Manuel da Silva-oMoço, oficial de pedreiro; Valério Martins, alfaiate; João Gonçalves, o “Patriarca”, lavrador; António Viegas, guarda da renda do verde; Manuel Afonso, neto do “Coxo” Felício; António José, serralheiro; os órfãos de José Rodrigues “Cegonha”; José Nunes, barbeiro.

A Rua Direita tinha 21 moradores, de entre eles: o capitão José Amado, ausente no Brasil; o capitão Lourenço da Luz Tavares; Manuel

Rodrigues, tendeiro; Francisco Ricardo, boticário; os órfãos do doutor José Júdice***.

Na Rua do Adro, com 5 moradores: Manuel Gomes, ferreiro; Francisco Fernandes, sapateiro; Manuel Mendes, barbeiro; e Manuel Rodrigues, o “Vacas”.

Passando à Rua da Fonte (10 moradores), refiram-se: Domingos Martins, mestre albardeiro; João Rodrigues Paulos, serrador; José Rodrigues, ferrador; André Corsino Águas; João Damasceno, almocreve.

Os três moradores da Rua da Igreja eram o capitão José Fernandes Pacheco, João Rodrigues Zorro e Manuel Afonso Carrasco.

Na Rua do Paço, também apenas três moradores: Manuel Gomes Simões, Margarida Gonçalves, viúva de Manuel Gomes, e José Gomes, da Senhora da Saúde.

Na Rua da Estalagem (8 moradores), viviam João Gonçalves Bastos**** e João Martins, o estalajadeiro.

Nas Fontaínhas, nada de especial a assinalar no que se refere aos seus 10 moradores.

Nos lugares fora da povoação (Serro e Portela (18); Messines de Cima (10); Messines de Baixo (22); Monte Branco e Mouricão (33); Poço do Gueino e Barrocal (32); Carrasqueira e Calvos (28); Joinal e Monte Velho (16); Senhora da Saúde e Monte do Boi (17); Benaciate (28); Carvoeiro e Nora (48); Torre e Cortes (26); Amorosa (57); Vale de Fuzeiros, Pedreiras e

mantinha sobre a Lourinha, ao meu conhecimento, e impertinência de garoto, como ela se pronunciava sobre a sua amiga de infância: Lourinha vivia com os filhos à espera do regresso do marido que abalara para as Américas, para enriquecer e voltar um dia… E foi nessa espera, continuando, que se fez o seu viver, a sua luta em educar os filhos, que eram três, tratando da sua courela, donde arrancava os produtos do seu viver familiar.

Na minha continuidade fui entendendo aquela mulher que se reservara, vivendo inteiramente à espera que o seu homem regressasse, sem que lhe apontassem uma mácula.

Também foi assim que muitas “viúvas brancas” foram sobrevivendo, na responsabilidade do núcleo familiar e na integridade da mulher casada. Assim se construiu uma tradição cultural de responsabilizar a mulher, menos que ao homem.

Lembro as semelhanças desta Lourinha com a “Vitória nas Amendoeiras”, peça teatral escrita nos anos oitenta e que o Grupo Penedo Grande representou por grande parte do País. Vitória foi

uma “viúva branca”, que ficou só; abandonada pelo marido que lá abalou, deixando a família à responsabilidade da mulher, assim como o bocado de terra, em que Vitória sempre se defendeu do interesse dos negociantes intermediários e trafulhas na posse das terras, nessa negociata turística.

Vitória, nessa coragem de mulher sem homem, nesse respeito pelo ausente, que, certamente, não mais regressaria, resistiu às tentações, todas: defendendo a sua courela dos interesses estranhos, continuando como “viúva branca”, à espera… à espera. Na responsabilidade de educar uma neta. A sua única família presente.

A Doutora Glória Marreiros, algarvia de Lisboa, escreveu sobre “Viúvas Brancas”, uma crítica à peça teatral, levando-a a expor em “Congresso sobre Teatro e o Algarve”.

Lourinha viveu uma vida enclausurada, trabalhando de sol a sol no seu bocado de terra. Mulher recatada de todos os pecados da língua.

Educou os seus filhos, cidadãos respeitáveis.

Maria Gertrudes Louro Pinto

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Barradas (30), etc.), a maioria eram lavradores, sendo de referir vários pastores e alguns moleiros.

Entre os apelidos mais comuns, destacavam-se: Afonso, Cabrita, Correia, Gomes, Gonçalves e Martins. Muito curiosas eram as alcunhas recenseadas entre os moradores do termo: “Gargalhudo”, “Texugo”, “G uardanapo”, “Malho”, “Cabeçudo”, “Carocho”, “ Marr ac heiro”, “Parafuso”, “Cansadinho”, “Pequenino”. “Beberrão”.

Por último, são de mencionar alguns não-residentes, mas com propriedades na freguesia e incluídos no rol dos contribuintes: o doutor Francisco de Sousa Prado, o capitão José Biker e Dona Isabel de Mascarenhas, de Vila Nova de Portimão; o tenente Luís Gomes e José Martins, o “Surdo”, de Alte; o capitão Manuel Martins Cortesão, de Benafim; o capitão-mor de Loulé, Nuno Mascarenhas Pessanha Lobo; três religiosas do convento de Lagos; e a “ilustríssima e excelentíssima senhora condessa de S. Lourenço”.

tem uma peça estatuária sobre a sua campa, no velho cemitério de Messines, numa homenagem póstuma, com que sua filha (médica psiquiatra), não deixou de homePub.

*Inácio Gomes Carlos (n. 1744) viria a ser capitão de Ordenanças, tal como pai. **Eugénio Martins Pousado, mais tarde capitão, casou com Isabel da Luz Tavares. Era avô do guerrilheiro António de Sousa Grade, o “capitão de Tunes”. ***José Júdice, de origem italiana, naturalizou-se em 1731 e foi nomeado juiz de fora de Silves em 1736. Casou em Messines, em 1744, com D. Quitéria Marina Tavares. Deste casal procede a conhecida família Júdice.

Faleceu em 1762. ****João Gonçalves Bastos, alferes, era casado com Antónia Maria. Era avô materno de Maria Clara Machado Bastos, casada com o Remechido.

nagear essa “Mãe Coragem”.

Agradeço a Carminda Fiadeiro (neta) a foto enviada para a ilustração desta memória.

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Sociedade

Sociedade Teatro em S. Marcos da Serra No dia 28 de março, às 21h, a Sociedade de Recreio e Instrução de S. Marcos da Serra recebe o Grupo de Teatro Penedo Grande que apresenta a peça “A Porta”, de Rogélio Mena Gomes.

“A Porta” é uma sátira ao dinheiro e à ganância de duas irmãs… adequada aos dias que correm.

A entrada é livre.

Problemas com a Língua Portuguesa

“Os meus problemas com a Língua Portuguesa” é o tema da tertúlia que se realiza no dia 28 de março, na Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica, com a presença de Carlos Castilho Pais, professor do Departamento de Humanidades da Universidade Aberta .

A tertúlia tem inicio às 15h e será a primeira de um ciclo de tertúlias “Língua Portuguesa”.

A organização é do Centro Local de Aprendizagem (CLA) de Silves/ Universidade Aberta, com o apoio do Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves.

Março 2015

A exposição pode ser visitada diariamente das 10h às 18h.

“De Mim para Mim”, apresentado em Messines

O livro “De Mim para Mim” será apresentado na Casa do Povo de S. B. Messines, no dia 27 de março, às 21h.

Este livro reúne os textos de Carolina Tendon que faleceu prematuramente, aos 22 anos, em fevereiro de 2014, quando se encontrava a concluir o último ano de Medicina Veterinária. A obra será apresentada por Pedro Pinto, seu namorado, que se tem de-

Mulheres - e uma lutadora incansável pela dignidade e pelos direitos das mulheres, sendo a imagem de uma Mulher de cultura, escritora, romancista, jornalista, feminista, intelectual com grande participação política.

Foi diretora do “Modas e Bordados”, tendo sido, também, uma das fundadoras da moderna literatura para crianças. Em 1925 fundou e dirigiu a revista “O Pintainho”.

III Encontro de Vinhos e Sabores do Fado

Terá lugar, no dia 28 de março, na Casa do Povo de Alcantarilha, o III Encontro de Vinhos & Sabores do Fado.

O evento tem início às 21h, e oferece a degustação de petiscos variados saboreados na presença de fadistas da região. Até ao momento, estavam confirmadas as presenças dos fadistas António Dalmeida e Helena Rodrigues e dos guitarristas Raimundo Seixas e Cláudio.

Reviver o Passado

Aurélio Nuno

Messines vai ter um busto ao Dr. Cabrita

A

vila de S. B. Messines vai contar brevemente com mais um monumento, um busto ao médico Dr. Francisco Neto Cabrita. Uma iniciativa promovida pelo Dr. António Neto Guerreiro, empresário e escritor de sucesso, há muito radicado no Brasil, que pretende desta forma homenagear e glorificar o distinto conterrâneo.

Recorde-se que o insigne médico nasceu em São Bartolomeu de Messines a 20 de dezembro de

Reside no Algarve há dez anos, desde 2013 em S. Bartolomeu de Messines.

Pela sua arte, procura traduzir a sua busca interior do universo humano, pela forma pictórica. Esta, que é a sua obra mais recente, é entendida como fazendo parte de uma fase em que a pintura é marcadamente simbólica, para lá da realidade.

“Triologias” de Manuel Carvalho em Messines

Exposição Internacional de Cartoon em Silves

O Museu Municipal de Arqueologia de Silves acolhe, até 9 de maio, a Exposição Internacional de cartoon “Os direitos dos trabalhadores a traço de humor”, com trabalhos de 112 artistas de 39 países.

Trata-se de uma exposição lançada em 2010 pelo PCP, em parceria com a Humorgrafe, na qual os cartoonistas e caricaturistas retratam as “grandes questões que têm vindo a atingir milhões de trabalhadores e que se prendem com áreas como a luta pela dignidade do trabalho, a exploração de seres humanos, o desemprego ou a luta dos trabalhadores como fator de rutura e mudança da vida dos povos, entre outros”.

A iniciativa é promovida pela Junta de Freguesia de Silves com o apoio da Câmara de Silves.

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dicado à divulgação dos textos de Carolina “um exemplo de vida, uma inspiração” que “aos 10 anos escreveu o primeiro texto que deixou todos aqueles que o leram surpreendidos”.

Maria Lamas recordada em Silves

A exposição “Maria Lamas - uma mulher do nosso tempo” estará patente, até 27 de março, nos Paços do Concelho, em Silves.

Composta por aproximadamente duas dezenas de painéis e por materiais diversos, entre os quais jornais, livros e outros documentos e bens pessoais da homenageada, a mostra foi inaugurada no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Mulher.

Maria Lamas foi presidente honorária do MDM – Movimento Democrático das

1899. Licenciou-se em medicina pela Universidade de Coimbra, em 1926, fixando-se então na terra natal, onde exerceu a sua profissão. Ocupou também, durante alguns anos, o cargo de presidente da Câmara Municipal de Silves, bem como a presidência da Junta de Turismo da Praia de Armação de Pêra.

Como cidadão tornou-se um devoto defensor das aspirações locais, enaltecendo acerrimamente a sua terra. Foi o principal responsável pela criação da Casa do Povo de S. Bartolomeu de Messines (fundada a 15 de dezembro de 1934), tornando-se o seu primeiro presidente e depois nomeado facultativo da mesma instituição e à qual ofereceu, durante três anos, os seus vencimentos e muito equipamento cirúrgico.

Os doentes constituíram sempre a sua maior preocupação. Num meio

Estará também presente a Confraria dos Enófilos e Gastronómica do Algarve, havendo a degustação de um vinho regional.

As reservas podem ser feitas através dos contactos: 282 332 314 ou casadopovoapap@gmail.com

Está patente até 19 de abri, na Casa Museu João de Deus, a exposição de cerâmica, pintura e fotografia “Triologias”, de Manuel Carvalho.

A iniciativa insere-se no projeto TEIA - V Bienal de Poesia do concelho de Silves.

Elementos e ambientes que cruzam o nosso dia-a-dia foram a inspiração da maior parte das obras em exposição nas quais, de acordo com o artista, “existe uma liberdade criativa e uma entrega pessoal enorme”.

Exposição de Peter de Jong, em Messines

“Em busca da realidade” é o título da Exposição de Colagens de Peter de Jong, que está patente na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense.

A exposição foi inaugurada nas comemorações do 86º aniversário desta coletividade, que se assinalou no dia 24 de fevereiro. Esta mostra estará patente na Sociedade até ao dia 16 de abril, podendo ser vista diariamente ( exceto à segunda feira).

Peter de Jong nasceu nos Países Baixos, em 1949.

rural e pobre como era S. B. Messines, e o Algarve em geral, o Dr. Cabrita espalhava benevolência, prestava auxílio assistencial e quase sempre económico, pois, além de não cobrar consultas, ainda deixava dinheiro aos mais pobres.

Pelo seu carácter íntegro e afável, conquistou a simpatia popular e a consideração geral de todos, não olhando a classes, distinções ou haveres. Exerceu ainda clínica para a Federação das Caixas de Previdência e para a Companhia dos Caminhos-de-ferro Portugueses.

Francisco Neto Cabrita veio a falecer, após prolongada e atroz doença, aos 49 anos de idade, a 30 de dezembro de 1948. A sua morte causou em todo Algarve elevada consternação, constituindo o seu funeral uma das mais importantes manifestações fúnebres vividas até então em S. B. Messines. No primeiro aniversário do seu fale-

cimento foi-lhe prestada homenagem, com a realização de uma sessão solene, onde todos os oradores “evocaram com profunda emoção o nome e a obra do homenageado cuja memória será para sempre lembrada e abençoada” (Folha do Domingo, 08/01/1950), bem como descerrado o seu nome na rua onde residia.

De certa forma o busto vem glorificar no bronze a memória de tão saudoso clínico, que ficaria conhecido, até hoje, como o “pai dos pobres”.

Movido por esse espírito de gratidão o Dr. António Guerreiro, salvo em criança pelo Dr. Cabrita, oferece, através de um verdadeiro ato de benemerência, suportando todos os encargos, o busto daquele médico à comunidade messinense.

Dado que o impulsionador de tão nobre iniciativa reside no Brasil é a Junta de Freguesia que se encontra

Dr. Francisco Neto Cabrita

a liderar todo o procedimento, desde a escultura, até à localização do monumento que, estamos certos, muito enriquecerá o espaço público da vila de S. B. Messines.

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Geral

Agenda Março 2015

Eventos

Exposição “Acontecimentos atmosféricos no mês de fevereiro” - Nos Paços do Concelho, até 28 de fevereiro. De segunda a sexta feira das 9h às 17h.

Exposição “No caminho do Lince Ibérico”, no Castelo de Silves, diariamente das 9h às 17h.

Exposição documental/iconográfica “185º aniversário do nascimento do poeta João de Deus”, de 1 a 31 de março, nos Paços do Concelho.

Exposição “Talentos na Comunidade” – “Fazer rendas de bilros por prazer”, de Nel Hoogvliet-Albas – Na Biblioteca Municipal de Silves, de 6 a 31 de março. De terça a sexta feira das 10h às 19h30; segunda e sábado, das 14h30 às 19h30.

Exposição “Maria Lamas – uma mulher do nosso tempo”, Paços do Concelho, inauguração no dia 8 de março, 17h.

Exposição de escultura de Manuel Carvalho- De 7 de março a 19 de abril, na Casa Museu João de Deus, diariamente. (exceto ao fim de semana) Exposição Os Signos do Quotidiano”, no Museu Municipal de Arqueologia, todos os dias, das 10h às 18h.

Casa Museu João de Deus - Exposição Permanente sobre João de Deus, em Messines. Com Espaço da Biblioteca, Espaço Multimédia e Ludoteca, onde são organizadas várias actividades, das 10h às 13h e das 15h às 18h. Encerra aos sábados, domingos e feriados.

Encontro de Veículos Clássicos em Armação de Pêra – No 1º domingo de cada mês, junto ao Mini Golfe.

Óbitos João Luís Faleceu no passado dia 9 de Março do corrente, com 81 anos de idade, João Luís. Natural do Pereiro, concelho de Alcoutim, funcionário público aposentado, há largos anos que residia em S. B. de Messines.

Cidadão social e politicamente ativo, militou nas fileiras do PCP. O “Terra Ruiva” endereça as mais sentidas condolências à viúva, filhos, genro, neto e demais familiares.

Maria Gonçalves Barradas

Faleceu no passado dia 28 de Fevereiro do corrente, com 96 anos de idade, Maria Gonçalves Barradas. Doméstica reformada, era natural de S. B. de Messines, Vila onde residiu.

O “Terra Ruiva” endereça as mais sentidas condolências à filha, genro, neto e demais familiares.

Francisco Sebastião da Silva Mealha

Faleceu no passado dia 9 de Março do corrente, com 79 anos de idade, Francisco Sebastião da Silva Mealha. Natural de S. B. de Messines e residente em Messines de Baixo, encontrava-se na situação de jardineiro aposentado.

O “Terra Ruiva” endereça as mais sentidas condolências à viúva, filhos e demais familiares.

Gabriela Coelho da Silva

Agradecimento A mãe, irmã e sobrinhos de Gabriela Coelho da Silva agradecem a todos os que manifestaram o seu pesar pela morte da nossa familiar.

Gabriela Coelho da Silva nasceu a 3 de maio de 1954 e faleceu a 27 de fevereiro de 2015. Era funcionária no Tribunal, em Faro.

“Deus a guarde no céu, como nós a guardamos no coração”.

Convocatória

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José Manuel Coelho Guerreiro

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Ao abrigo do n.º2, alínea c), do art.º 26º dos Estatutos da Casa do Povo de São Bartolomeu de Messines, convocam-se todos os sócios, em pleno gozo dos seus direitos, para Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 25 de Março de 2015, pelas 18 horas, na sede da instituição, no sítio à Cruz Grande, com a seguinte ordem de trabalho: Ponto 1- Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas e parecer do conselho fiscal, do ano 2014; Ponto 2- Outros assuntos de interesse; Conforme o que se observa no n.º 1 do artigo 28.º, a Assembleia iniciará os trabalhos à hora marcada na presença de mais de metade dos sócios com direito a voto ou uma hora depois com qualquer número de sócios.

São Bartolomeu de Messines, 10 de Março de 2015 O Presidente da mesa da Assembleia Geral

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Edital FREGUESIA DE SÃO MARCOS DA SERRA CONCELHO DE SILVES Luís Manuel Viegas Cabrita, Presidente da Junta de Freguesia de São Marcos da Serra, Concelho de Silves, torna público que os serviços do cemitério desta Freguesia irão proceder á exumação das sepulturas do 3° Talhão esquerdo, abaixo indicadas. Os familiares têm o prazo de 30 dias, a partir da publicação deste edital, para entrar em contacto com a Junta de Freguesia, a fim de acordarem o destino a dar às ossadas.

Findo que seja esse prazo, sem que os possíveis interessados promovam qualquer diligência para o efeito, proceder-se-á á exumação, considerando-se abandonadas as respetivas ossadas, serão estas enterradas a maior profundidade do que o estabelecido para as novas inumações.

Coval

Nome

Residência / Data de Inumação

468

Itelvina Maria

Ribeiro

20/01/2006

467

Deolinda de Jesus Martins

Monte de São Pedro

02/03/2006

466

Manuel Gonçalves Cabrita

Ribeiro

06/04/2006

465

João Guerreiro

Corte Galega

07/04/2006

464

Alfredo Maria Bento

Portela das Coelhinhas

26/04/2006

463

José António

Joios

03/05/2006

462

Joaquim Martins Guia

Albufeira

09/05/2006

461

Alexandrina da Saúde Calado

Perna Seca de Baixo

09/06/2006

460

Maurício Lima de Jesus

Barreiro

30/08/2006

459

Ermelinda da Conceição Cabrita

Rua das Escadinhas, 1

02/09/2006

458

Maria José Marques

Porto da Figueira

14/09/2006

457

Joaquina Mendes

Joios

16/09/2006

456

Vitorino Domingos Francisco

Mte Branco - Foz Carvalho 12/10/2006

455

Elvira Maria Bárbara

Vale Touriz

23/10/2006

454

Maria Martins

Pedreira, Silves

21/10/2006

453

José Martins Clemente

Rua dos Ferroviários, 9

30/10/2006

452

Silvina Emília Guerreiro

Alcaria

03/12/2006

451

Joaquim Gregário Coelho

Silveira de Cima

10/12/2006

450

Inácia Maria Cortes Lima

Bairro dos Montinhos, 19

22/12/2006

449

Teresa Maria da Conceição

Vale Touriz

26/12/2006

448

Piedade da Conceição Santos

Vale Fontes, S. B. Messinesl4/01/2007

447

João Faustino Luís

Rua da Oficina, 6

25/01/2007

446

Garcia Lourenço

Bairro dos Montinhos, 6

30/01/2007

445

Silvina Maria da Silva

Lar Sta Maria, Tavira

02/02/2007

444

Júlia Ana Calado

Monte das Almas

02/02/2007

443

Matilde dos Santos Louçã

Cruz de Pau, Seixal

05/02/2007

442

Alberto Luís Cristina

Calvos, S. B. Messines

20/02/2007

441

Antónia de Jesus Martins Gonçalves

Foz de Carvalho

28/02/2007

440

José António dos Santos

Chaminé

19/03/2007

439

Maria Adelaide Lima

Monte Mogo

20/03/2007

E para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do costume.

Junta de freguesia de São Marcos da Serra, 27 de Fevereiro de 2015

19

Estágios PEPAL – A Câmara Municipal de Silves tem abertas candidaturas para estágios para várias áreas ( ver notícia na pág.

12 ou consultar o site do Terra Ruiva, onde encontra o regulamento do concurso).

Motorista de Veículos Pesados- Para União de Freguesias Alcantarilha/Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588530682 Empregado, para posto de abastecimento de combustível- Para empresa no Akgoz.No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588534883 Empregado de mesa – Para restaurante em Armação de Pêra, para pessoa inscrita no Centro de Emprego. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588533202 Cabeleireiro e barbeiro- Com carteira profissional, para Silves.

No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588534961 Pedreiro ( duas vagas)- Para União de Freguesias Algoz e Tunes.

No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588534922 Empregado de armazém- Para União de Freguesias Alcantarilha e Pêra.No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588530751 Técnico de próteses médicas e dentárias- Para Silves. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588530667 Vendedor de materiais de construção – Para cafetaria em Silves, para pessoa inscrita no Centro de Emprego. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588529021 Pasteleiro – Para Armação de Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588530318 Empregado de balcão – Para gelataria em Armação de Pêra. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588526481 Cozinheiro – Para snack- bar, em Messines. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588529018 Farmacêutico- Para Messines, Mestre em Ciências Farmacêuticas. Enviar CV com referência: F_Messines_MAR/15 no assunto do e-mail. Os CV’s deverão ser enviados para recrutamento@ farmaciasholon.pt

Convocatória

Convoco todos os Srs. Associados do Centro Cultural e Social João de Deus de S. Bartolomeu de Messines, em pleno gozo dos seus direitos a reunirem em Assembleia Geral extraordinária, na sala de reuniões do Centro de Dia pelas 20h do dia 8 de Abril de 2015 com a seguinte ordem de trabalhos, Ponto Um — Apresentação, discussão e aprovação dos estatutos do Centro Cultural e Social João de Deus.

Ponto Dois - Apresentação, discussão e aprovação dos regulamentos Internos das respostas Sociais de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.

Ponto Três — Outros assuntos de interesse.

Com base no Artigo 31° dos Estatutos da Instituição, se á hora marcada na convocatória não estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto, esta funcionará uma hora depois com qualquer número de presentes.

Nos termos estatuários é admissível o voto por correspondência, bem como a representação, sendo que cada associado só poderá exercer a representação de outro associado.

Os elementos para o voto por correspondência serão solicitados ao Presidente da Assembleia Geral através de requerimento devidamente assinado pelo associado e terá de ser entregue pessoalmente ou através dos CTI’ até dia 7 de Abril de 2015 até as 19 horas.

S. Bartolomeu de Messines. 4 de Março de 2015 A Presidente da Assembleia Geral

(Olga Cristina Guita Santos Teixeira)

Certifico, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que foi exarada hoje, neste Cartório, no livro número duzentos e dois, de notas para escrituras diversas, de folhas cento e quarenta e oito, a folhas cento e cinquenta, uma escritura de Justificação, em que ELSA CRISTINA CABANITA, que também usa ELSA CRISTINA MARTINS CABANITA, solteira, maior, natural de França, com dupla nacionalidade portuguesa e francesa, residente na Rua 1º de Maio, Senhora do Pilar, nº 28, Algoz, União de freguesias de Algoz e Tunes, a qual outorga na qualidade de procuradora de MARIA DA ASSUNÇÃO MARTINS DO SACRAMENTO, viúva, natural da freguesia de Algoz, concelho de Silves, residente em 2 Rue de Provence, 88140 Contrexeville, França, contribuinte fiscal número 210 178 930, declarou: Que a sua representada é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Misto, situado em Baians, União de freguesias de Algoz e Tunes, concelho de Silves, composto por morada de casas térreas com vários compartimentos, destinada a habitação e por terra de semear com árvores, inscrito na matriz, a parte urbana sob o artigo 276 ( anteriormente sob o artigo 613 da freguesia de Algoz), com o valor patrimonial tributário de 20 680,00 euros e a parte rústica sob o artigo 56, secção AS (anteriormente sob o artigo 369 da freguesia de Algoz), com o valor patrimonial tributário de 112, 95 euros; descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves sob o número quatro mil duzentos e vinte e sete/ dois mil e doze onze vinte e nove, ainda da freguesia de Algoz, aí registado a favor de Maria Isabel Martins Vieira, no estado de viúva, residente que foi em Baians, freguesia de Algoz, concelho de Silves, pela apresentação cinco de vinte e sete de março de mil novecentos e setenta e dois.

Que o identificado prédio foi adquirido em data imprecisa mas que sabem ter sido no mês de agosto de mil novecentos e setenta e dois, pela mãe e pelo padrasto da ora justificante, Amália da Conceição Martins e Francisco da Conceição Correia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no sitio de Alvaledes, freguesia de Algoz, concelho de Silves, através de uma doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita à titular inscrita a referida Maria Isabel Martins Vieira, atualmente já falecida.

Por escritura de doação lavrada em vinte e sete de outubro de mil novecentos e setenta e oito, a folhas setenta e cinco, verso, do livro de notas para escrituras diversas número Dtreze, do Cartório Notarial de Silves, o identificado prédio foi adquirido pela ora justificante, Maria da Assunção Martins do Sacramento, ainda no estado de casada com Floriano da Silva Cabanita sob o regime da comunhão de adquiridos, doação que lhe foi feita por sua mãe e seu padrasto, os referidos Amália da Conceição Martins e Francisco da Conceição Correia, sendo seu bem próprio, e que desde essa data da escritura, entrou na posse do dito imóvel continuamente até hoje.

Que a posse tem sido exercida desde o referido ano de mil novecentos e setenta e dois, primeiro pelos referidos Francisco da Conceição Correia e mulher Amália da Conceição Martins, e posteriormente pela ora justificante Maria da Assunção Martins do Sacramento, a ora representada da primeira outorgante, sempre todos eles usufruindo o dito prédio, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, habitando-o, fazendo obras de conservação, cultivando-o, plantando árvores e colhendo os frutos, pagando os respectivos impostos, com ânimo de quem exercita direito próprio, de forma ininterrupta, sem violência, de boa-fé, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pelo que, também o adquiriram por usucapião.

Que, pretendendo efectuar o registo de aquisição a seu favor, não dispõe a justificante, de título ou documento formal bastante que lhe permita estabelecer o trato sucessivo na competente Conservatória Registo Predial e não podendo provar pelos meios normais o seu direito.

Que foi efectuada a notificação prévia dos herdeiros incertos da dita titular inscrita, nos termos do artigo 99º do Código do Notariado.

Cartório Notarial em Loulé, da Notária Manuela Maria Palma Nobre Semedo Tenazinha, nove de fevereiro de dois mil e quinze.

Beatriz Cuiça Rafael

A Notária Manuela Maria Palma Nobre Semedo Tenazinha

Agente de seguros

Registada sob o nº PA 286/2015 Factura nº N 286/2015

Rua J os é Rod r ig ues M ar tins , Lj. 10 | 8 37 5 - 1 1 8 S. B. M es s ines Tel. / Fax: 2 8 2 3 3 0 2 07 M óvel: 91 81 1 5 0 0 9 ou 9 6 3 27 9 8 3 5

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(Publicada no jornal Terra Ruiva, edição nº 164, de 17 de março de 2015)

Sociedade

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Março 2015

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Centro histórico de Silves em festa

O Centro Histórico de Silves será animado nos dias 27 e 28 de março, com um programa especial para comemorar o Dia Nacional dos Centros Históricos.

Preservar, valorizar e divulgar o património histórico é o objetivo desta ação que traz este ano algumas novidades, apostando num contacto mais direto com a população.

A

s comemorações abrem no dia 27 de março, pelas 10h, com o peddy paper “À descoberta do Centro Histórico de Silves”, dirigido a grupos escolares e atletas do Desporto Sénior que, de forma lúdica, irão conhecer um leque variado de aspetos relativos ao centro histórico da cidade.

Já no dia 28 de março, Dia Nacional dos Centros Históricos, e data do nascimento de Alexandre Herculano, seu patrono, as comemorações começam com a ação de sensibilização “Sabia que?”, atividade que, entre as 9h30 e as 13h, irá transmitir informalmente aos transeuntes que se encontrarem no centro histórico informação relativa ao mesmo.

Meia hora depois, o largo norte da Sé de Silves transforma-se em sala de exposições com a mostra “Objetos do quotidiano da Almedina de Silves”. Aqui, e até às 17h, estarão expostas peças arqueológicas oriundas de escavações efetuadas no centro histórico de Silves proporcionando, assim, e de forma menos convencional aos transeuntes, um contacto com objetos que em tempos terão sido utilizados por gentes da Almedina.

As comemorações encerram com a exposição de fotografia “Paisagem Urbana – dois Olhares”, patente a partir das 10h, no Mercado Municipal de Silves. Mostrar, através de fotos antigas e recentes, momentos diacrónicos de alguns locais em Silves é o principal objetivo desta exposição que poderá ser visitada até dia 5 de abril, de segunda a sábado, das 10h às 13h.

A organização das comemorações é da responsabilidade da Câmara Municipal de Silves, através do seu Sector de Património Histórico.

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