Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva 1 Setembro 2015 Setembro de 2015 ANO XV - Nº 169 0.70 Euro Diretora: Paula Bravo

J O R N A L D O C O N C E L H O D E S I LV E S Concelho Silves Armação de Pêra 2ª ronda do Orçamento Comemorado Dia do Inaugurada Loja Azul Município Participativo pág 7

pág 9

Publicação Mensal

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL

Paróquias Novos padres no concelho

pág 5

pág 7

Escavações em Silves

Ingrid Bergman A diva de Casablanca em Silves

No rasto do Infante D. Henrique, o Alcaide-Mor da cidade

p 13

p3

O Brasil é hoje o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo. Na origem de toda essa riqueza estará o Infante D. Henrique. O mesmo que terá construído um engenho de açúcar no Castelo de Silves para ali fazer experiências.

As escavações que têm estado a decorrer revelam que Silves esteve bem no centro da fantástica odisseia dos Descobrimentos Portugueses.

Isabel Soares condecorada Por Presidente da República, Cavaco Silva

Equipamento contra incêndios p7

Silves e Alcantarilha Estações da CP com obras até ao final do ano

oferecido aos Bombeiros Voluntários de Messines p 14

p5

Torneio de Agility volta a Messines Com Mostra de Animais p 12

p2

Pub.

teofilo@teofilo.com.pt

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Informação Setembro 2015

Incêndios no Concelho Balanço provisório é positivo O mês de setembro ainda preocupa os bombeiros e os responsáveis pela Proteção Civil do Concelho.

“Está ainda calor, foi um ano de pouca chuva, os materiais combustíveis estão muito secos”, adianta ao Terra Ruiva, o comandante operacional da Proteção Civil Municipal, Nelson Correia.

Mas para já, findo o mês de agosto, o balanço que é possível fazer é positivo.

A prevenção, este ano, tem contado com o auxílio de uma equipa do Exército Português e de uma equipa de combate aos incêndios, sedeada em S. Marcos da Serra.

D

e julho ao final do mês de setembro, no decorrer daquela que é considerada a fase mais crítica para os incêndios florestais, uma equipa de combate a fogos está posicionada no antigo quartel de bombeiros, em S. Marcos da Serra.

Esta equipa é constituída por cinco operacionais e um veículo pesado de combate a incêndios florestais (VFCI) e funciona de forma contínua durante 24 horas.

A equipa foi montada graças ao esforço conjunto dos bombeiros de Silves e de Messines, sob coordenação do Serviço de Proteção Civil e Florestas de Silves, com o apoio do Município de Silves que suporta os custos da alimentação dos operacionais.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Cruz Vermelha Por-

tuguesa e as juntas de freguesia de S. Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra são outras das entidades que apoiam a constituição e manutenção da equipa.

Sendo que a grande motivação deste esforço conjunto é a de prevenção e de combate precoce ao fogo, nas escolas EB 2, 3 de Messines e de Silves foram também constituídas duas bases operacionais adicionais para estacionamento temporário de meios e recursos.

Quanto aos meios de combate aos incêndios que se encontram em S. Marcos da Serra, este verão já foram chamados a intervir, em fogos ocorridos não só no concelho de Silves, mas também no distrito de Beja, nomeadamente em Odemira, Almodôvar e Ourique.

Já o maior incêndio registado no Concelho de Silves aconteceu no

A equipa do Exército com a presidente Rosa Palma e o comandante operacional da Proteção Civil, Nelson Correia

princípio de agosto, na freguesia de S. Marcos da Serra, afetando principalmente zonas de mato.

Exército patrulha serra

Entretanto, também desde julho e até ao final de setembro, uma equipa do Exército Português tem estado a patrulhar diversas áreas das freguesias de Silves, São Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra, sobretudo zonas rurais e da serra.

Esta ação foi denominada pelo Exército como Plano FAUNOS e está a ser posta em prática pelo Regimento de Infantaria Nº1, sedeado em Tavira, envolvendo equipas de Militares do RI. Os militares envolvidos estão alojados nas imediações da Herdade da Parra e contam com o apoio lo-

gístico da Câmara de Silves, nomeadamente do Serviço de Proteção Civil e Florestas e da Quinta Pedagógica.

Esta colaboração entre o Exército e o Município já se tinha realizado em 2014, com resultados “muito As viaturas de combate aos incêncios colocadas em S. Marcos da Serra eficazes”, pelo que conhecendo todos os fatores de ineste ano a Câmara certeza no que respeita aos fogos. de Silves se esforçou por alargar a No final de setembro, terminada área de patrulhamento do exército, o que foi conseguido, disse ao Ter- a “fase crítica” será feito o balanço oficial, que o Terra Ruiva divulra Ruiva, Nelson Correia.

Ao terminar o mês de agosto, o co- gará. Até lá, espera-se que a mão mandante operacional do Serviço criminosa não atue e que as condide Proteção Civil da Câmara de ções climatéricas ajudem…

Silves, ainda não respira de alívio,

Bombeiros de Messines recebem equipamentos oferecidos pelo Intermarché

A

Associação Humanitária de Bombeiros de S. Bartolomeu de Messines recebeu cinco equipamentos de proteção individual de combate a incêndios florestais que foram oferecidos pelo Intermarché.

A oferta dos equipamentos foi feita no dia 7 de agosto, por Phillippe Bourroux, responsável por várias lojas no Algarve ( incluindo a de S. Bartolomeu de Messines).

Segundo este responsável, esta oferta surgiu no seguimento da ação “Juntos vamos equipar os nossos heróis” que decorreu de 14 de maio a 14 de junho, organizada pelo Grupo Os Mosqueteiros, nas lojas Intermarché, Bricomarché e Roady, e que consistiu na venda de ímanes pelo valor unitário de 0,50 euros.

Por via desta ação, organizada em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, desde 2005, já foi possível “oferecer 55 viaturas de combate ao incêndio florestal”.

Este ano, e com a colaboração dos clientes das referidas lojas, foram

Na cerimónia: Phillippe Bourroux, Gabriela Ventura, Sandra Santos, ( do Intermarché), João Carlos Correia, ( Junta de Freguesia de S. B. Messines), Joaquim Gonçalves, Emília Rodrigues e Cátia Guerreiro ( do Comando e Direção dos Bombeiros de Messines)

oferecidos 500 equipamentos de proteção individual de combate a incêndios florestais “dos quais eu, como representante dos Intermarchés de Lagoa, tenho a honra de oferecer 5 deles aos Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines”, afirmou Phillippe Bourroux.

Os equipamentos foram recebidos pela presidente da direção da Associação Humanitária, Cátia

Guerreiro e pelo comandante Joaquim Gonçalves que agradeceram a colaboração prestada, não só pelo Intermarché, mas também pelos cidadãos que colaboraram com a campanha de angariação de fundos.

De referir que o equipamento é composto por botas florestais, luvas, cógula, fato de proteção florestal ( calças e dólman), capacete e sweatshirt.

A presidente da Direção, Cátia Guerreiro recebendo um equipamento entregue por Phillippe Bourroux

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Informação Setembro 2015

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Infante D. Henrique em Silves

A sua alcaidaria e o seu engenho de açúcar, no Castelo O Brasil é hoje o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, responsável por mais de metade do açúcar comercializado no mundo. O valor desta riqueza mede-se em biliões de dólares anuais.

Para entendermos como tudo isto começou, teremos de recuar até 1457. E virmos até Portugal. Mais concretamente até Silves, ao encontro do seu alcaide, o magnífico Infante D. Henrique, nessa altura ainda a conjeturar sobre as maravilhosas e terríveis aventuras em que iria lançar o seu reino.

Esta é a versão que as pedras contam, através das escavações que se fazem no Castelo de Silves, em setembro de 2015, sob a direção da professora e arqueóloga Rosa Varela Gomes, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

N

o primeiro dia de setembro, o penúltimo dia da campanha, o Terra Ruiva visitou as escavações que decorriam no Castelo de Silves, procurando saber “as novidades”.

Pela manhã, sob um sol a tornar-se já quente, um grupo de jovens alunos da Universidade Nova de Lisboa trabalhava no terreno, com o acompanhamento de Rosa Varela Gomes. No local, também o seu marido, Mário Varela Gomes, arquiteto e arqueólogo, ambos conceituados especialistas.

O trabalho agora realizado destina-se a continuar os trabalhos de escavação realizados em 2006.

Decorriam as obras de requalificação do Castelo, no âmbito do programa Polis, quando, ao “fazer uma obra de canalização”, se descobriram as estruturas de um edifício que foi identificado como a residência do Infante D. Henrique, nomeado alcaide-mor ( governador) de Silves pelo rei D. Afonso V, em 1457.

Silves era então a mais importante cidade do Algarve, sede de bispado, por aqui passava a via de comunicação que ligava a região ao Reino de Portugal. Ao Infante D. Henrique é atribuída a alcaidaria de Silves, com direitos inerentes e vasto e rico território.

O Infante terá vivido em Silves durante quatro anos. Há também registos da presença de Gomes Eanes de Zurara, cavaleiro da Casa do Infante, cronista, que escreveu em Silves a “Crónica da Tomada de Ceuta”. Por entre estas paredes, também terá pernoitado por diversas vezes, D. Henrique, depois de se ter estabelecido em Lagos.

O mesmo edifício abrigou o rei D. Sebastião, na noite de 27 de janeiro de 1573. Mas, em 1600, dá-se conta que o castelo se encontrava desabitado e entulhado, possivelmente em consequência de destruição provocada por um terramoto que em 1587 atingiu fortemente o Barlavento Algarvio.

O engenho de açúcar

As escavações de Rosa Varela Gomes, em 2006, puseram a descoberto várias peças cerâmicas, moedas e fivelas. Do edifício da alcaidaria foi identificado um salão e uma escadaria. Em anexo ao edifício, foi feita uma descoberta muito importante: um engenho de açúcar.

Nessa altura, o resultado destas escavações foram amplamente divulgadas na comunicação social e houve a promessa de garantir a continuidade da pesquisa, pela então presidente da Câmara de Silves, Isabel Soares. Mas, depois, “a Câmara desinteressou-se”, e “não se mostrou recetiva” nos anos seguintes, diz Rosa Varela Gomes.

Este ano, foi finalmente possível prosseguir os trabalhos, com a colaboração da Câmara Municipal de Silves, destacando a arqueóloga, o “grande apoio e interesse da vereadora da Cultura, Luísa Conduto Luís”. E as escavações voltaram ao Castelo, atraindo também um grande número de turistas curiosos, como podemos constatar.

Entre os objetivos para esta campanha, Rosa Varela Gomes sublinha os principais: “tentar delimitar o território da alcaidaria” e aprofundar o conhecimento do “engenho de açúcar que foi identificado anteriormente”.

Este engenho, encontrado junto ao palácio do Infante, está identificado como “o mais antigo da Península Ibérica”, o que lhe confere ainda mais destaque. O facto de ser construído junto ao palácio, demonstra, na opinião da arqueóloga, a sua importância e além disso, o caráter sigiloso “desta experiência do Infante”. “Isto foi uma experiência que o Infante tentou fazer, de plantar a cana-de-açúcar em Silves e fê-lo junto à alcaidaria para ser controlada, tinha de ser controlada e sigilosa”, dado o grande valor do açúcar, então usado principalmente para fins medicinais.

A prova da ligação do Infante D.

Vista geral do engenho, onde a cana era transformada em açúcar

Henrique à cana-de-açúcar, diz Rosa Varela Gomes, pode ainda ser feita de duas formas. Uma é pela existência de topónimos em Silves, em terrenos propícios à plantação, como é o caso dos sítios da “Levada” ou “Vale de Engenho” ( atualmente no concelho de Lagoa, mas à época integrando o concelho de Silves).

A outra relação é estabelecida através da introdução da cultura da cana-de-açúcar na Ilha da Madeira, que diz a história ter sido feita por ordem de D. Henrique. Mais concretamente, sabe-se que foi Diogo Teiva, escudeiro do Infante, que, em 1452, recebe autorização para construir na Madeira um engenho de açúcar.

O cultivo da cana-de-açúcar floresce na Madeira, onde se começa a falar do “ouro branco” e o seu açúcar torna-se conhecido em toda a Europa. Ainda hoje é uma das culturas mais importantes ( 6 mil toneladas em 2014), com peso económico na região.

De Silves… até ao Brasil

De Portugal, mas muito particularmente da Madeira, a cana-de-açúcar é levada para o Brasil. Oficialmente, foi Martin Afonso de Souza, nobre e militar português, que, em 1532, levou a primeira muda de cana para o Brasil e iniciou o seu cultivo na Capitania de S. Vicente. A este nobre tinha sido dado o comando da 1ª expedição de colonização no Brasil, em 1530.

Hoje, como se disse no início do texto, o Brasil é o principal produtor de cana-de- açúcar do mundo o que o torna um gigantesco produtor de açúcar, álcool, combustível e biodiesel. Estamos a falar de dezenas de biliões de dólares de

rendimento anuais, e de milhões de toneladas de produção ( 645 milhões na última safra).

Números gigantescos que talvez tenham iniciado o seu percurso mundial aqui nas pedras de grés de Silves, no Castelo, à esquerda de quem entra pela porta principal? “É um percurso que faz sentido, de

ção de “no próximo ano tentar alargar esta área” e aprofundar o trabalho que não foi possível fazer agora, em apenas uma semana.

Da parte dos arqueólogos Rosa e Mário Varela Gomes, há uma certeza: não há dúvida que Silves esteve ligada à expansão portuguesa, quer através do Infante D.

À procura de objetos

Silves para a Madeira, da Madeira para o Brasil”, diz Rosa Varela Gomes.

Assim, a descoberta desta alcaidaria, o palácio onde viveu esse extraordinário e visionário Infante, com o seu engenho de açúcar, ganha uma dimensão que é difícil de compreender quando se olha para as evidências que o passado guardou: pedras, paredes que só se descodificam com a explicação da arqueóloga, e “algum espólio não muito numeroso” que nesta campanha de escavações resultou em “dados de osso ou de marfim, algumas cerâmicas contemporâneas ao Infante e posteriores e alguns fechos metálicos de arcas”.

Se a autarquia de Silves continuar a apoiar as escavações há a inten-

Henrique e que sendo este um dos portugueses mais conhecidos no mundo, a cidade teria muito a ganhar em reivindicar e em divulgar este estatuto: o seu lugar na incrível história dos Descobrimentos Portugueses.

Texto e Fotos: Paula Bravo

Nota: Para os interessados em aprofundar este tema, está disponível on-line a publicação da professora Rosa Varela Gomes: /www.academia.edu/6317721/ Engenho_de_Açúcar_da_Alcaiadaria_de_Silves .

Todos os dados sobre a produção de cana-de-açúcar são retirados de sites oficiais.

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Opinião Setembro 2015

certas sobre um bote de borracha, esta é uma questão menor. Mas está tudo ligado: as palavras, os seus significados e a vida.

Num mundo ideal, as Pessoas iriam interessar-se, os Cidadãos Paula Bravo iriam discutir e votar. No meu mundo ideal alguém diria que se bate pelo Progresso. O Progresso Anda arredio o em prol da melhoria das condições progresso de vida da população, como se diNuma volta pelos arquivos, encon- zia há décadas. Alguém diria: Eu trei várias publicações, de há duas e luto pelo Progresso – um poderoso três décadas atrás… do século pas- e límpido Progresso. E teria o meu sado… Eram os primeiros exem- voto. plares de um conceito democrático: as instituições públicas têm de …Reflexão prestar contas aos cidadãos. … Uma nota para uma situação Página após página surgiam obras ocorrida no Dia do Município e e eventos, projetos de toda a or- que julgo merecer alguma reflexão. dem, uns que se cumpriram, ou- O programa oficial incluía a divultros que se perderam no limbo das gação do vencedor de um prémio intenções… De entre todas, uma literário atribuído por uma editora palavra destacava-se: “Progresso”. (notícia na pág. 9). Pareceu-me esSaboreia-se a palavra e sente-se- tranho a realização desta iniciativa, -lhe a força, a vontade de avançar, no Salão Nobre da Câmara, vocade combater. Era o tempo das in- cionado para os eventos formais da fraestruturas básicas. E o progresso autarquia. vinha, na estrada de alcatrão, na E por que não na Biblioteca Mutorneira que se abria dentro de nicipal onde este tipo de iniciativas casa, na luz que iluminava e permi- tem sempre decorrido? Por ser fetia a compra dos frigoríficos e dos riado, a Biblioteca estava fechada, televisores. O progresso chegava não se podia fazer lá, mas houve às escolas que se inauguravam, às o cuidado de agendar esse evento cantinas que se criavam, e trazia para depois do encerramento da consigo parques infantis, recintos sessão solene, para a Câmara não desportivos. Era um progresso estar diretamente envolvida, foi o bom. esclarecimento que recebi.

Mais tarde, a palavra começou a Não consegui compreender por surgir com aspas. O “progresso” que não foi possível escolher outra tornou-se inimigo do progresso. A data ou outro local. palavra desapareceu…

Mas a minha questão central é: No seu lugar, impôs-se ufano o pode/ deve o Salão Nobre receber Desenvolvimento. Uma palavra iniciativas de empresas privadas, moderna, do tempo dos milhões. com fins lucrativos? E pode/deve O Desenvolvimento pretendia abrir as suas portas a eventos que alcançar Todos. Sim, porque as não sejam organizados pela autarPessoas começaram não só a estar quia, sendo o espaço mais solene primeiro, como também em todo que a mesma possui? o lado.

Pelo segundo ano consecutivo, no Até que surgiram as famigeradas Dia do Município, a mesma emaspas. Em nome do “desenvolvi- presa realiza os seus eventos no mento”… dizia-se…. e, num ápice, Salão Nobre da Câmara Municio desenvolvimento foi substituído pal de Silves. E, embora a sessão pelas Potencialidades. Não há con- solene já tivesse terminado, foram celho, localidade ou sítio no mato a presidente da Câmara e a vereaque não as tenha. dora da Cultura que anunciaram Já as Pessoas surgem ao lado da pa- os nomes dos vencedores, ao lado lavra omnipresente: CRISE. E ao de um candidato a deputado por lado desta, com uma ironia indis- Faro, a meio da campanha eleitofarçável, caminha o Crescimento. ral. Ou seja, não querendo a CâE agora também a Confiança. mara estar diretamente envolvida Ao distrito de Faro concorre um esteve envolvida diretamente. número recorde de partidos. Até Uma situação confusa que, na miàs eleições, as palavras serão arre- nha opinião, abre uma questão: um messadas, viradas e reviradas. Não precedente que pode vir a gerar siserão muitos a refletir sobre o seu tuações graves ou caricatas. sentido.

Amanhã, perante o pedido de ouE talvez isso pareça compreensível. tras empresas para apresentarem Neste tempo marcado por milha- os seus produtos no Salão Nobre, res de vidas que se suspendem in- o que responderá a Câmara?

Tomar Partido

Editorial

Francisco Martins

Escolhas eleitorais

Há quatro anos, em período préeleitoral, Passos Coelho prometeu, caso fosse nomeado primeiroministro, que não aumentaria impostos, nem realizaria cortes nos salários e pensões, e muito menos, sonegaria o subsídio de natal ou o subsídio de férias aos portugueses.

O aumento da receita pública, salientava o candidato, resolverse-ia com o alargamento da base tributária e os cortes nas gorduras do Estado, os chamados consumos intermédios. O seu antecessor, José Sócrates fez o mesmo. Um e outro, PS e PSD, alcançado o poder, fizeram exatamente o contrário daquilo que prometeram.

José Sócrates prometeu a criação de 150 mil postos de trabalho. O candidato António Costa promete, perdão, estima em resultado da aplicação das suas políticas, a criação de 207 mil empregos! O país tem sido governado nos últimos 39 anos em regime de alternância pelos partidos integrantes do bloco central de interesses (PS, PSD e CDS), separados ou coligados, e a só a eles, devem ser assacadas responsabilidades pelo estado deprimente e a encruzilhada a que Portugal chegou.

Que os cidadãos se cuidem com a desvergonha e a demagogia em estado bruto dos algozes que em tempo de governação revelaram gélida indiferença pelo país e pelas pessoas.

Os últimos 4 anos de governação sob protetorado alemão em consequência do programa de resgate da troika, autêntico pacto de agressão (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), assinado por aqueles três partidos, lançaram o país na profunda recessão, levando à destruição da economia, à insolvência de dezenas de milhares de empresas, ao desemprego maciço, a vagas de emigração só comparáveis com os tempos de Salazar, ao alastramento da pobreza e empobrecimento generalizado, à liquidação da classe média e deterioração acentuada das funções sociais do Estado (segurança social, saúde e educação), através de doses redobradas de austeridade assimétrica, colossal aumento de impostos e selváticos cortes de salários e pensões com especial incidência na função pública e demais trabalhadores… sem que

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os objetivos proclamados fossem alcançados, quer no controlo do défice do orçamento de Estado, ainda acima dos 3% do PIB apesar da brutalidade dos sacrifícios (inúteis) quer no controlo da dívida pública que é impagável, atinge números astronómicos e suga a riqueza nacional por via do pagamento de juros agiotas.

A lamentável semelhança entre PS e PSD, irmãos siameses (Nuno Melo, do CDS, noutro tempo, apelidou-os de 6 e meia-dúzia), que se diferenciam nos detalhes, ritmos e intensidade das suas políticas, altamente comprometidos com a entrada e desgraça do Euro, o Tratado Orçamental, a não renegociação da dívida pública na ótica do interesse nacional, as parcerias público-privadas (PPP), as privatizações, os ataques ao serviço nacional de saúde, aos professores e à escola pública, a promiscuidade e subordinação aos grandes grupos económicos, etc., é um dos dramas maiores da democracia portuguesa e um desafio para o eleitorado enfrentar – permanecer ou sair do pântano. Não basta acusar que os políticos e os partidos são todos iguais, mas quando chega a hora do voto, votam sempre nos mesmos. Nestas eleições legislativas assistimos novamente às posições de largas faixas de preopinantes que deturpam a natureza do voto, espalhando aos quatro ventos que ao eleitorado cabe escolher o primeiro-ministro, quando na verdade, os portugueses elegem deputados à Assembleia da República (AR). A rábula é tão

Falhas no site do Terra Ruiva

Nos últimas semanas, o site do Terra Ruiva tem vindo a registar diversas falhas no seu funcionamento, havendo por vezes dificuldade no acesso e na pesquisa de conteúdos, entre outras falhas.

Esta situação deve-se ao funcionamento deficiente da plataforma para a imprensa regional, onde o nosso jornal está alojado, criada pelo Instituto da Comunicação Social (entretanto extinto).

Para resolver esta situação, o Terra Ruiva está já a trabalhar

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perversa quanto contraditória com o ideário da corrente dominante que não se cansa de defender a alteração da Lei Eleitoral (eliminando a representação proporcional) com vista à criação de círculos uninominais e à suposta aproximação dos eleitos aos eleitores, conferindo um caráter local à escolha do deputado.

O Algarve elege 9 deputados. É bom que os algarvios tomem conhecimento do balanço da sua ação durante a legislatura que termina e do posicionamento de cada um relativamente aos problemas da região (e do país).

As portagens da Via do Infante criadas e mantidas pela teimosia da maioria governamental com a conivência do partido da rosa que prejudicam fortemente o turismo e a economia regionais, aumentam a sinistralidade da EN 125 (falsa alternativa) e alimentam mais um negócio ruinoso em sede de PPP, são exemplo a reter. Em termos de balanço do trabalho na Assembleia da República, o deputado Paulo Sá (CDU), a meu ver, foi o portavoz mais qualificado da região pela qualidade das suas intervenções no hemiciclo e nas comissões parlamentares, bem como pela apresentação de projetos de resolução, formulação de perguntas e requerimentos ao governo, e pelas constantes visitas de trabalho aos diversos cantos do Algarve. É precisamente para isso que a população elege os seus deputados, e é desta maneira, que se dignifica a política e se promove a aproximação entre eleito e eleitor.

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na construção de um novo site que deverá estar operacional no início do próximo mês. Até lá iremos mantendo o atual site ( www.imprensaregional.com.pt/ terra_ruiva ), pedindo desculpa pelas falhas pelas quais não somos responsáveis.

Pode ainda acompanhar a atualização das notícias do Concelho de Silves através da nossa página no Facebook: www. facebook.com/pages/Terr aRuiva-Jornal-do-Concelho-deSilves A Direção

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Ficha Técnica

Directora: Paula Bravo.

Redacção: Francisco Martins, José Carlos Xavier. Director Financeiro: Francisco Martins (TLM- 918 700 152).

Colaboradores: António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno, Carlos Vargas, Eugénio Guerreiro, Estela Louçã, Gabriela Martins, Helena Pinto, José Manuel Vargas, Maria José Grade da Encarnação, Maria Lúcia Santos, Maria Luísa Anselmo, Mónica Gonçalves, Paulo Silva, Rogélio Mena Gomes, Teodomiro Neto, Vera Gonçalves. Redacção, Administração e Publicidade: Rua da Fábrica, nº 3; 8375 - 147, S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922, e- mail: terraruiva@gmail.com, www.imprensaregional. com.pt/terra_ruiva. Design gráfico e pré-impressão: Bruno Cortes. Impressão: FIG-Indústrias Gráfica, S.A. - Coimbra. Periodicidade: Mensal. Tiragem: 1500 exemplares. Propriedade: Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves “Pé de Vento” – NPC 504606867. Registado no Instituto de Comunicação Social com o número 123511. Depósito Legal nº 153123100.

Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

Concelho Feira Medieval de Silves aumentou visitantes

Informação Setembro 2015

Dois grupos de crianças e jovens, que integram as Férias Super Fixe e do Jardim de Infância de Armação de Pêra, participaram da ação de sensibilização ambiental que decorreu durante a inauguração. Já no dia 28 de agosto e dias 2 e 4 de setembro, decorreram também vários jogos educativos, com temáticas como a floresta e o lince ibérico, realizados pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas em colaboração com o Sector de Educação da Câmara de Silves.

A “Loja Ponto Azul” está a ser dinamizada pelo Sector de Educação da Câmara de Silves e estão previstas várias ações a decorrer neste espaço.

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Cetáceos no Algarve.

A divulgação deste avistamento e a publicação da foto da baleia foram feitas pela Dream Wave, no seu site e página de Facebook. Um assunto que tem despertado muito interesse pela parte não só de cidadãos mas também de estudiosos da vida marinha, em particular dos que se dedicam à observação e estudo dos cetáceos no Algarve.

Município adquire três viaturas

Obras nas estações de Alcantarilha e Silves A Feira Medieval de Silves voltou este ano a registar um aumento no número de visitantes: 132 mil pessoas ( contra 100 mil no ano passado), vieram a Silves nos dez dias deste evento que decorreu sob o tema “A Mágica Capital da Cultura”.

Estiveram presentes 238 expositores ( do artesanato às comidas), bem como 22 grupos de diversas áreas ( da música, à animação de rua, grupos de armas e outros). Muitas coletividades e associações do concelho estiveram também presentes, dinamizando espaços de exposição e/ou tabernas, assim como os roupeiros, fornecimento de bebidas e a gestão do xilb ( moeda da feira).

Já a campanha de recolha e separação do lixo, que oferecia entradas para a Feira, em troca de resíduos, permitiu recolher 101 kg de embalagens e 144 kg de cartão. Um número modesto, pelo que a “ autarquia pondera a realização de nova campanha na próxima edição da Feira, com algumas melhorias, nomeadamente a possibilidade de os resíduos serem recolhidos nas várias freguesias, de modo a ter maior adesão dos munícipes, facilitando-lhes a entrega dos materiais que se destinam a reciclagem”.

No encerramento desta que foi a XXII edição da Feira Medieval de Silves foi anunciada a data da próxima edição, em 2016, que decorrerá de 5 a 14 de agosto.

“Loja Ponto Azul” em Armação de Pêra

No âmbito das obras de modernização da linha ferroviária do Algarve, foi anunciado que serão realizadas obras em várias estações da região, incluindo em Alcantarilha e Silves.

Segundo a empresa Infraestruturas de Portugal ( que resulta da fusão entre a REFER e as Estradas de Portugal), no dia 31 de julho foi adjudicada a “empreitada de substituição de travessas de madeira por betão, nas estações de Alcantarilha, Silves, Estômbar e Mexilhoeira Grande”.

A obra foi entregue à empresa OPWAY “pelo valor de 549.436,25 euros e um prazo de execução de 90 dias” e “engloba também a substituição de carris de barra curta por carril de barra longa soldada”, com o objetivo de reforçar “as condições de segurança, o incremento da disponibilidade e fiabilidade da infraestrutura e do conforto para os passageiros”.

“Até ao final de 2015 será ainda concretizado o alteamento das plataformas da Estação de Silves, com um custo estimado de 160 mil euros”, informa a Infraestruturas de Portugal que acrescenta que as diversas obras que estão a decorrer na região, “representam um investimento global na ordem dos 860 mil euros”.

Avistada Baleia perto de Armação de Pêra

No espaço do antigo minigolfe, em Armação de Pêra, está a funcionar a “Loja Ponto Azul”, que fornece aos visitantes informação diversa sobre o Município de Silves e as atividades da autarquia, e permite a aquisição de algum merchandising.

A “Loja Ponto Azul” foi inaugurada no dia 23 de julho, pela presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma.

Presentes na inauguração estiveram os vereadores permanentes, Mário Godinho e Luísa Conduto Luís, bem como o presidente da Junta de Freguesia, Ricardo Pinto e o comandante Operacional Municipal da Proteção Civil, Nelson Correia.

A Câmara Municipal de Silves “prossegue a renovação da sua frota automóvel, com a aquisição e entrada ao serviço de três novas viaturas ligeiras de mercadorias.

Os novos veículos de caixa aberta destinam-se a diversos serviços da autarquia e serão uma mais-valia na melhoria do trabalho de diversos sectores”, informa a autarquia.

“A modernização do parque de máquinas e viaturas permite, para além da melhoria na qualidade e da eficiência dos serviços à comunidade, uma redução nos encargos com manutenções e reparações”, acrescenta.

Cuidados Continuados com mais 10 camas no Algoz

A Administração Regional de Saúde (ARS) Algarve anunciou o alargamento da capacidade da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados do Algarve. Assim, a região passa a contar com mais 24 camas em Unidades de Longa Duração e Manutenção; mais 5 numa Unidade de Média Duração e Reabilitação; e está para breve a “contratualização de mais 20 camas numa Unidade de Saúde Mental”.

No âmbito deste alargamento, foram atribuídas 10 camas à Unidade de Longa Duração e Manutenção do Algoz ( Lar Quinta de São Sebastião).

Com este reforço, diz a ARS, o Algarve passa a dispor de “um total de 526 camas de internamento destinadas a cuidados continuados a pessoas dependentes, sendo 69 camas de convalescença, 10 camas de paliativos, 109 camas para internamentos de média duração e reabilitação e 338 camas para internamentos de longa duração e manutenção”, o que faz com que esta região seja uma das que “oferece maior cobertura assistencial a nível de internamento em cuidados continuados integrados”.

Uma baleia de bossa, com cerca de 10 metros de comprimento foi avistada, a cinco milhas a sul de Armação de Pêra.

A baleia foi avistada no dia 28 de julho, pelo biólogo Tiago Sá e o Skipper Joel Montezinho que se encontravam a bordo de uma embarcação da empresa Dream Wave, de Albufeira, que promove passeios náuticos e que tem vindo a desenvolver um reconhecido trabalho na área de observação de

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Opinião Setembro 2015

Consultório Jurídico

Eugénio Guerreiro

A TESE DO BESOURO E A ACÇÃO POPULAR Ainda a propósito da vacaria das Barradas

É

conhecida como “A Tese do Besouro” a tese de doutoramento de um eminente zoólogo americano em que, com base num infindável número de extensos cálculos científicos, ponderando todas as variáveis relevantes ao caso (peso, textura, formato, corpo, asas, força da gravidade, etc. etc.), logrou demonstrar uma surpreendente conclusão final: é impossível um besouro voar!

Surpreendente por isto: quem não viu já um besouro voar? No entan-

Utilidade Marginal

António Eugénio

Para onde pende o boletim de voto

D

o ponto de vista do espectador, adoro o período de campanha eleitoral. Para mim, o mais parecido com o período de campanha eleitoral é o período do Verão no futebol. Aí, a especulação é rompante; os jornais apresentam centenas de jogadores de futebol como possíveis contratações dos clubes; os comentadores dissecam e avaliam não só a época transacta, como extrapolam o que vai acontecer na próxima época, ainda que nem se tenham definido os treinadores que ficam ou saem das equipas. É um período mag-

Opinião

Maria José Grade da Encarnação

Eleições

A

proximam-se mais umas eleições e, novamente, aos portugueses é entregue o poder de escolha sobre quem irá governar este país por mais quatro anos. Em primeiro lugar, apelo a que todos vençam a inércia e vão votar. Não deixem que a voz de outros seja a vossa voz.

De notar que o acto eleitoral que terá lugar no próximo dia 4 de Outubro, será para eleger o governo e não o Presidente da República, cuja eleição apenas terá lugar em princípios de 2016. Na verdade, parece ser esta eleição a que mais atormenta o PS, já que, todas as semanas são lançados ruídos e rumores sobre a variedade de candidatos que da área de influência deste partido vão pu-

Coluna Jurídica

O Terra Ruiva conta com a colaboração do advogado Eugénio Guerreiro que se disponibiliza a responder a questões dos leitores.

Tem uma dúvida jurídica?

Quer uma opinião sobre algum caso que o preocupe? Envie-nos a sua questão.

to, ali foi cientificamente demonstrado que isso não é possível.

Vem isto a propósito, uma vez mais - dado o agravamento substancial no Verão do cheiro nauseabundo -, da vacaria existente nas Barradas, Messines.

Com efeito, os técnicos da CCDR, da DRAP, da DSAV e ainda a Sra. Delegada de Saúde do Barlavento, unanimemente afirmam que a vacaria cumpre todos os requisitos, quer legais, quer regulamentares, e daí concluem que daquelas cerca de mil vacas ali existentes é impossível a emanação de quaisquer “cheiros que possam ser considerados incómodos para a vizinhança” (vide Terra Ruiva de Outubro’2014).

Isto é o que tais sapientes técnicos cientificamente afirmam. Mas, pergunta-se: quem é que da vizinhança não sofreu já na pele a pestilência emanada da vacaria?

Face ao cerrar de fileiras desses técnicos em defesa dos seus próprios pareceres e decisões que levaram ao licenciamento da vacaria, a via da sindicância desses actos administrativos afigura-se inglória.

Por outro lado, não obstante a degradação da qualidade de vida e do ambiente na zona, também pode ser considerada como abuso de direito, por excessiva, a pretensão de encerramento puro e simples da pecuária, como, de resto, nesta mesma coluna, no nº 150 do Terra Ruiva, já se alertou.

Todavia, uma coisa indiscutivelmente é bem possível tecnicamente de realizar e de toda a razoabilidade exigir, designadamente, a diminuição da poluição emanada da vacaria para níveis não ofensivos do bem estar, da qualidade de vida e do ambiente sadio na zona. De facto, a instalação de tão dimen-

sionada exploração pecuária veio afectar sobremaneira o bem estar e a qualidade de vida da população das Barradas e mesmo de aldeias um pouco mais afastadas, como é o caso das Pedreiras, da Amorosa e do Furadouro.

Para se concretizar o direito a exteriorizar-se essa exigência, o nosso ordenamento jurídico faculta, entre outros, o meio da acção popular civil nos termos da chamada LAP - Lei da Acção Popular (Lei nº83/95, de 31 de Agosto). Trata-se de um meio legal que se destina precisamente à prevenção, e também à cessação ou à perseguição judicial das infracções previstas no nº3 do artigo 52º da Constituição, ou seja, nomeadamente, as infracções contra a saúde pública, a qualidade de vida e a preservação do ambiente. E não são só os próprios cidadãos directamente afectados

que têm legitimidade para instaurar esta acção judicial (no caso, no Tribunal de Silves), têm-na também quaisquer outros sem interesse directo, incluindo associações e fundações (cujo objecto social envolva a defesa da saúde pública, da qualidade de vida ou do ambiente), e ainda as próprias autarquias locais (neste caso, apenas em relação aos interesses de que sejam titulares residentes nas respectivas áreas). Sendo que, tão pouco é exigido a quem instaurar a acção, qualquer mandato ou autorização de quem quer que seja. Todos os demais titulares dos direitos ou interesses em causa são citados por anúncio para, querendo, passarem também a intervir no processo.

Por fim, uma outra particularidade também sempre importante: este tipo de acção beneficia de isenção de custas judiciais.

nífico, em que os sonhos, desejos e aspirações andam à flor da pele e todos desejam a vitória no campeonato, antes dessas pretensões serem esmagadas ou confirmadas pelos desempenhos em campo.

O assunto é diferente, mas a forma e a substância do período eleitoral processa-se da mesma maneira que o hiato futebolístico. Digladiam-se argumentos, formam-se esperanças, polarizam-se opiniões. Talvez esta lógica esteja especialmente vincada este ano.

Dada a presença da Troika nos últimos anos no nosso país, o discurso que pauta as eleições passa pela dicotomia entre argumentos pró-austeridade e anti-austeridade.

Por um lado, os partidos do arco da governação recente, que argumentam que todo os sacrifícios pelos quais passamos nos últimos anos valeu a pena, e que apenas temos de continuar. Pelo campo anti-austeridade posicionam-se os que tem estado na oposição nos últimos tempos, que argumentam que

o sacrifício foi infrutífero e inútil e que apenas pioraram as coisas.

Estas eleições batem-se freneticamente no campo ideológico, mesmo que, de parte a parte, as ideias careçam de algum teor prático. Não há discussão de políticas concretas; uns apresentam-se como defensores do caminho até agora percorrido, prometendo que o melhor está aí ao virar da esquina; outros bradam que o caminho imposto está errado e que somente uma mudança de trajetória salvará o país da desgraça.

Se não há propostas concretas, salvo a clamação aos céus de que a austeridade (ou a anti-austeridade) é a salvação, ambos os lados catapultam números do desemprego, da divida pública e do crescimento do PIB, como formas de convencer o eleitorado dos seus argumentos.

Nesta confusão, pergunta-se: quem tem razão? Estamos melhor ou pior? A resposta, como tudo na vida, depende. É verdade que as políticas de austeridade reduziram

o peso do Estado na economia. É verdade que as políticas de austeridade reduziram a pressão sobre o orçamento do Estado. É verdade que as políticas de austeridade melhoraram a nossa balança comercial.

No entanto, também é verdade que as políticas de austeridade aumentaram o desemprego para níveis incomportáveis. É verdade que as políticas de austeridade impuseram um nível de impostos incomportáveis para o cidadão. É verdade que as políticas de austeridade impulsionaram a emigração de milhares de portugueses. É verdade que a classe média portuguesa praticamente desapareceu. É verdade que a dívida pública não caiu, apenas diminui o ritmo a que cresce.

Então, no que ficamos? No fundo, tratam-se de duas perspectivas diferentes: a da Troika e dos governantes do arco da governação, que acreditam que finanças públicas equilibradas são condição essencial

para a retoma do país, mesmo que se tenham de sacrificar temporariamente os portugueses; outra, as dos restantes partidos, que acreditam que esta consolidação orçamental não levará a mais do que um empobrecimento contínuo dos cidadãos, e que apenas políticas fiscais expansionistas de crescimento poderão devolver a esperança aos portugueses.

No entanto, há uma questão maior que aqui se coloca nestas eleições: quem quer que ganhe irá fazer diferente, face à condição de dependência que estamos perante as instituições europeias? A experiência do Syriza na Grécia é um indicativo importante para a resposta a esta pergunta.

No entanto, mesmo que não gostemos da resposta ou no que acreditamos, votemos, seja em quem for.

Porque a ausência do voto apenas legitima aqueles que acham que não merecemos o voto.

lulando (pelo menos 3). Pese embora a distância deste acto eleitoral e o actual número de candidatos a presidente existentes, foquemo-nos nas eleições legislativas.

Creio que a grande pergunta que devemos fazer é: se Portugal está melhor do que há quatro anos.

Nessa altura, 2011, pedimos intervenção externa. Vieram dizer-nos o que teríamos de fazer em troca de um largo empréstimo para nos mantermos à tona. Tal apenas foi reflexo da incompetência do então primeiro-ministro, actual preso n.º 44 do estabelecimento prisional de Évora, o cidadão José Sócrates, ou como era chamado no seu partido “O menino de ouro do PS” (que deu origem a um livro, com o mesmo título).

O FMI/UE/BCE vieram, não porque não soubéssemos o que fazer, mas porque não houve coragem, nem competência para o executar.

O odioso de tal decisão foi deixado para outros, já que o cidadão José Sócrates apresentou a demissão.

Sim, que não era sua intenção ficar conotado com as brutais medidas

impostas pelo governo que se lhe seguiria. A sua preferência foi um exílio académico, e dourado, em Paris para obter prestígio académico e, sobretudo, distância de tudo isto (bem sabia o que vinha pois era fruto da sua acção).

Ao contrário do que Sócrates dissera a Durão Barroso, aquando da assinatura do Tratado de Lisboa, desta vez não foi “porreiro, pá!”, mesmo nada porreiro. E creio que o próprio agora reconhece tal facto.

Não podemos também esquecer que o Dr. António Costa fez parte dos executivos de José Sócrates, tendo, a dada altura, feito uma airosa saída para a presidência da Câmara de Lisboa, assim branqueando e ganhando distância, de um passado menos glorioso (sem qualquer conotação clubística).

A vontade do PS de ganhar é tanta que tudo valeu na pré-campanha, até dar rosto a histórias falsas. Mas como veio reconhecer António Costa, apenas se tratou de uma “aselhice”. Temos de reconhecer que ter aselhas no governo não será uma grande aspiração dos portu-

gueses, nem me parece que seja expressão de um desígnio nacional.

Olhando para o Portugal de 2015, temos de reconhecer que perdemos alguns privilégios, mas conseguimos, enquanto todo, superar uma terrível crise, sem fugas nem tibiezas. Foi duro, e para alguns ainda está a ser, mas estamos a conseguir recuperar a nossa dignidade enquanto país.

Portugal é olhado como um país em que vale a pena investir. O turismo cresceu como nunca antes, atingindo recordes. A agricultura volta a ser um sector em que se acredita e exportador. A cobrança de impostos apresenta níveis de eficiência cada vez maiores.

Começamos a recuperar de um terrível temporal que se abateu sobre nós. Como bem sabemos, recuperar o que se perdeu é demorado e, por vezes, compreendemos que tínhamos coisas que estavam mal dimensionadas, podendo ser corrigidas e melhor potenciadas. Esse é o trabalho que tem de continuar a ser feito com calma, serenidade, e sem os sobressaltos próprios de quem, a

qualquer custo, quer ser primeiro-ministro.

Os portugueses sabem que os desmandos de quem quer ganhar por motivos de ego, se pagam de forma muito, mas muito, cara. Se Portugal aprendeu alguma coisa desta terrível situação é que o lençol que nos cobre não é sem fim e que deverá dar para todos de forma equilibrada.

As experiências gregas, imediatamente apropriadas por toda a esquerda, revelaram-se trágicas para o povo. Agora muitos se demarcam de tal tragédia, apreciando a semente e a árvore, mas rejeitando os seus frutos.

Portugal saberá escolher o caminho certo por entre a incerteza que muitos oferecem de bandeja. Portugal é mais do que isso: Portugal tem de estar à frente de tudo isso.

Estou segura que, no próximo dia 4 de Outubro, os portugueses saberão optar pela continuidade da recuperação de um país e pela dignidade de todos.

Informação Setembro 2015

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Nomeados novos padres para Silves, Edital Messines e S. Marcos da Serra A Diocese do Algarve divulgou as alterações que foram feitas nas paróquias de Silves, S. Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra.

As alterações surgiram na sequência da saída do padre Carlos Aquino que, a partir do mês de setembro, passou a assumir a Paróquia de Loulé.

A despedida do padre Carlos Aquino da O novo pároco de paróquia de Silves, que dirigiu durante Messines, José Rito Atalívio dez anos, foi feita numa missa no dia 27 de agosto, que reuniu um grande número de pessoas que fizeram questão de expressar a sua admiração e carinho pelo padre Aquino.

O pároco de Silves passa agora a ser o padre Vasco Figueirinha que, no último ano, juntamente com o padre Carlos Aquino, vinha assumindo as paróquias de Messines e S. Marcos da Serra.

Para pároco de Messines e S. Marcos da Serra foi nomeado o padre José Rito Atalívio, anterior pároco de Alcoutim, que tomará posse no dia 27 de setembro. José Rito Atalívio, nascido em 1950, foi ordenado padre em 1992.

Bodas de ouro do padre Joaquim Beato

Os 50 anos do sacerdócio de Joaquim Beato, que há 40 anos é padre na Paróquia de Armação de Pêra, foram comemorados no dia 15 de agosto, com uma celebração presidida pelo bispo D. Manuel Quintas e por um jantar de homenagem em que compareceram muitas padres do concelho de Silves e de outros, bem como centenas de pessoas.

Os presentes manifestaram o seu agradecimento ao padre que há tantos anos é uma presença constante na vida dos paroquianos de Armação de Pêra.

Isabel Soares condecorada pelo presidente da República

A

ex-presidente da Câmara Municipal de Silves, Isabel Soares, foi condecorada pelo presidente da República, Cavaco Silva, com o grau de comendador da Ordem do Mérito.

A cerimónia decorreu no dia 27 de julho, no Palácio de Belém.

Na ocasião, o presidente da República agraciou 14 antigos autarcas que cumpriram pelo menos três mandatos à frente das respetivas autarquias. Além de Isabel Soares foram agraciados os autarcas: Daniel Campelo ( Ponte de Lima), José Ernesto d’Oliveira (Évora), António Aguiar Gouveia (Vila Nova de Foz Côa), António Lopes Bogalho (Sobral de Monte Agraço), Fernando Gomes Rodrigues (Montalegre), Francisco Tavares (Valpaços), Horácio Antunes (Lousã), Jorge Magalhães (Lousada), José Macedo Vieira (Póvoa de Varzim), José Saldanha Rocha (Mação), José Lopes Silvano (Mirandela), Mário Albuquerque (Ourém) e Victor Mar-

telo (Reguengos de Monsaraz).

Este ano foi a segunda vez que Cavaco Silva condecorou autarcas, já que em fevereiro tinha distinguido 15 presidentes de câmara, numa cerimónia onde sublinhou o contributo Isabel Soares com o presidente da República” (Foto do site da PR) decisivo que as câmaras municipais deram para o desenvolvimento do país nos anos da democracia.

Nova ronda de reuniões para Orçamento Participativo da Câmara de Silves

V

ai decorrer, de 21 a 29 de setembro, a segunda ronda de reuniões para o Orçamento Participativo para 2016, da Câmara Municipal de Silves.

O objetivo destas reuniões é o de “avaliar em conjunto com o Executivo a inclusão de propostas no orçamento” após a primeira auscultação que se realizou em todas as freguesias e com todas as associações, clubes, coletividades e entidades públicas do concelho.

Esta nova ronda de reuniões irá decorrer, sempre às 21h, nas seguintes datas e locais: 21 de Setembro - S. B. de Messines - Junta de Freguesia 22 de Setembro - Silves - Junta de Freguesia 23 de Setembro - S. Marcos da Serra - Junta de Freguesia 24 de Setembro - Algoz/Tunes - Junta de Freguesia (Tunes) 28 de Setembro - Pêra/Alcantarilha - Junta de Freguesia

(Pêra) 29 de Setembro - Armação de Pêra - Sede do CF Os Armacenenses Lembre-se que o Orçamento Participativo “é um processo de participação dos cidadãos na tomada de decisão sobre os investimentos públicos municipais. Por outras palavras, um mecanismo de democracia participativa de carácter consultivo, em que os cidadãos exprimem a sua opinião sobre os investimentos que consideram prioritários para o território onde vivem”.

Posteriormente, o Município irá “aceitar e integrar as propostas dos munícipes nos documentos de gestão (orçamento) que estiverem ao alcance das suas possibilidades”.

Campanha de donativos para Centro e Lar de Messines

O

Centro Cultural e Social João de Deus – Lar de Messines, lançou a Campanha “Nossa Casa, Nosso Lar” que tem como principal objetivo “a angariação de fundos para as obras de remodelação e ampliação do Lar de Idosos”.

“As obras de remodelação e ampliação do lar visam incrementar a qualidade de todos os cuidados adequados à satisfação das necessidades dos idosos, tendo em vista a vivência em comum, respeitando a individualidade e privacidade de cada um.

Pretendemos melhorar o espaço proporcionando um ambiente calmo, confortável e humanizado ao idoso, para que esta casa seja a NOSSA CASA, o NOSSO LAR…”, informa a instituição.

Quem desejar contribuir poderá fazê-lo entregando um do-

nativo. O Centro Cultural e Social João de Deus está habilitado a receber donativos pela Lei do Mecenato. É uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) isenta de IRC, como tal qualquer donativo pode ser deduzido por particulares ou empresas, nas suas declarações de IRS e IRC. Em alternativa, os donativos podem ser feitos por transferência bancária “para a conta nº 40118702447 da Caixa Agricola Geral com o NIB 0045 7120 4011 8702 4475 7”, ou através de cheque enviado para a seguinte morada: Centro Cultural e Social João de Deus Cruz Grande 8375-127 São Bartolomeu de Messines.

Em qualquer modalidade será emitido um recibo referente ao valor do donativo.

MUNICÍPIO DE SILVES CÂMARA MUNICIPAL EDITAL N° 88/15 -------- ROSA CRISTINA GONÇALVES DA PALMA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SILVES, ------------------------------------------------Faz público, nos termos do artigo 3.° do Regulamento das Bolsas de Estudo do Município de Silves, publicado no Apêndice n.° 12, do Diário da República, II.a Série, n.° 35/2002, de 11 de fevereiro, que se encontra aberto concurso para atribuição de 15 (quinze) bolsas de estudo para alunos que se encontram a frequentar o ensino superior. ------------------ O período de entrega de candidaturas é de 15 de Outubro a 31 de Outubro de 2015. ------------------------------ Os candidatos deverão:--------------------------------- 1. Subscrever uma ficha individual de candidatura, fornecida pelo Sector de Educação da Câmara Municipal de Silves; ----------------------------------------------------------- 2. Fazer acompanhar a referida ficha individual de candidatura dos seguintes documentos: --------------------------- a) Certidão de aproveitamento escolar referente ao ano lectivo anterior, em que conste a média final obtida; ----------- b) Comprovativo de matrícula em curso superior no ano lectivo em que a bolsa se refere; -------- c) Declaração de IRS/IRC relativa ao ano civil anterior de cada membro do agregado familiar, ou, na ausência desta, uma declaração emitida pela Junta de Freguesia da localidade de residência, acerca da situação sócioeconómica do candidato e ou agregado familiar; ------------------ d) Comprovativo da prestação ou renda de habitação; ------------------------------------------------------- e) Fotocópia do bilhete de identidade do candidato; -------- f ) Fotocópia do cartão de eleitor do candidato ou, quando menor de 18 anos, do seu encarregado de educação; -------- g) Declaração subscrita pelo candidato, ou, quando menor de 18 anos, pelo seu encarregado de educação onde ateste da sua candidatura ou não a bolsa de estudo de outro organismo ou entidade.------------------------------------------- Os documentos deverão ser entregues no Sector de Educação desta Câmara Municipal de Silves. -------------E para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

E eu, (Anabela Martins Cabrita), Chefe de Divisão de Educação, Desporto, Juventude e Ação Social da Câmara Municipal de Silves, o fiz lavrar e subscrevo assino. ----------------------------------------Paços do Concelho de Silves, 17 de Agosto de 2015. -------

Castelo de Silves pode ser visto no “street view”

O

Castelo de Silves é o único monumento do Algarve que pode ser visto no “street view” da Google Maps, e um dos poucos castelos portugueses incluídos nesta ferramenta, com visibilidade e exposição planetária.

Imagens panorâmicas de 360° na horizontal e 290° na vertical possibilitam que os visitantes do site possam ver a entrada do Castelo de Silves a partir do solo, bem como o seu interior, a partir de uma das torres.

Como informa a Câmara Municipal de Silves, “as imagens foram capturadas por uma equipe da Google que se deslocou ao local para o efeito e podem, agora, ser acedidas por todos os que visitam o site e, com o seu rato ou teclado, as desejarem conhecer em diferentes tamanhos, a partir de qualquer direção e de diversos ângulos”.

É possivel visitar o Castelo sem sair de casa

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Informação Setembro 2015

Eleições Legislativas Recorde de partidos… mas poucos silvenses…

A

s Eleições Legislativas que se realizam no dia 4 de outubro têm a concorrer, no distrito de Faro, 14 forças políticas que irão disputar os 9 lugares de deputados à Assembleia da República que são eleitos pelo Algarve, onde existem cerca de 371 mil eleitores.

As listas com os candidatos destes partidos têm estado a ser divulgadas. A campanha eleitoral oficial arranca a 20 de setembro e termina a 2 de outubro.

Na prática, os candidatos já andam no terreno e o nosso concelho não é exceção.

Silves foi a cidade escolhida pela CDU para apresentar a sua lista, numa iniciativa que contou com a presença de Jerónimo de Sousa, e a atual presidente da Câmara, Rosa Palma, é a mandatária desta lista.

Também a Feira Medieval de Silves contou com a visita de vários candidatos, nomeadamente do PS, com os candidatos ao distrito de Faro e com António Costa.

Analisando as listas do Círculo Eleitoral de Faro, confirma-se a fraca representação de cidadãos do concelho. Sendo poucos, encontram-se praticamente todos em lugar não elegível. A exceção é o MPT – Partido da Terra que apresenta em primeiro lugar, o silvense Rui Amador Gomes.

Por não nos ser possível publicar nesta edição todas as listas ( nunca tantos partidos políticos concorreram às eleições), optou-se por publicar as listas dos partidos da região que têm assento na Assembleia da República, bem como os nomes dos cabeças-de-lista dos restantes partidos.

As informações aqui publicadas são retiradas dos sites oficiais dos partidos referidos, tal como estavam apresentadas à data de fecho da nossa edição.

As listas serão publicadas na íntegra no nosso site.

Partidos e Candidatos ( pela ordem em que se encontram no boletim de voto) 1º PCTP-MRPP – Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses António João Costa Gamboa, 54 anos, ferroviário, licenciado em Ciências Sociais; Tavira.

2º BE – Bloco de Esquerda 1. João Vasconcelos, professor, 58 3º AGIR (PTP/MAS) – Partido Trabalhista Português (PTP)/ Movimento Alternativa Socialista (MAS) 1º Liliana Nóbrega – Psicóloga Clínica e presidente da direção da Associação Movimento Cívico Por Olhão 4º PNR – Partido Nacional Renovador 1º- José Antunes 5º Nós, Cidadãos 1 – Nuno Manuel Guerreiro de Campos Inácio- Licenciado em Direito, Genealogista, Escritor e Editor (Oficial de Justiça de profissão) – Portimão 6º MPT – Partido da Terra 1º - Rui Luís de Freitas Amador Gomes 7º CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) – Partido Comunista Português/ Partido Ecologistas Os Verdes 1º - Paulo Sá, membro do PCP, 50 anos, Professor Universitário.

2º - Catarina Marques, 38 anos, Professora, Dirigente do Sindicato dos Professores 3ª Joana Sanches, 34 anos, Enfermeira; Portimão 4º Brasão Costa, 63 anos, Médico; Faro.

5º Filipe Parra Martins, 35 anos; Vila Real Stº António 6ª Paula Vila Longa, 59 anos, Médica; Vila do Bispo 7ª Luísa Conduto Luís, 43 anos, Vereadora na Câmara Municipal de Silves.

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Silves

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8º Tiago Jacinto, 35 anos, Operário Polivalente, Dirigente do Sindicato da Hotelaria do Algarve; Almancil.

9º Luís Santos, 34 anos, empregado comércio, Dirigente do Sindicato do Comércio Escritório e Serviços de Portugal – CESP. 8º Livre/Tempo de Avançar Anabela Afonso 9º PAN – Pessoas, Animais, Natureza 1º- Elsa Cunha 10º PPM – Partido Popular Monárquico 1º- Deolinda Rosa Machado Vieira Estevão 11º PS – Partido Socialista 1- José Apolinário Nunes Portada, 53 anos, licenciado em Direito, presidente do Conselho de Administração da Docapesca – Portos.

2. António Paulo Jacinto Eusébio, nasceu em 1966, reside em Faro. Mestre e especialista em Construção, docente do Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve.

3. Jamila Bárbara Madeira nasceu em 1975, licenciada em Economia. É diretora para a Agenda Europeia de Energia.

4. Luís Miguel da Graça Nunes, 42 anos, residente em Faro, funcionário do Centro Distrital de Segurança Social de Faro.

5. Fernando José dos Santos Anastácio, 59 anos, advogado, empresário. É vereador da Câmara de Albufeira.

6. Ana Lúcia da Silva Passos, nasceu em Faro em 1967, li-

cenciada em Biologia Marinha e Pescas.

7. José Pedro Henrique Cardoso, 27 anos, de Portimão. Licenciado em Ciências da Engenharia Civil.

8. Josélia Maria Gomes Mestre Gonçalves, nasceu em 1971, reside em São Brás de Alportel. Docente universitária e técnica superior de saúde.

9. Paulo José Dias Morgado, 55 anos, médico especialista e coordenador do Centro de Saúde de Lagos.

12º PDR – Partido Democrático Republicano 1 – Maria do Rosário Vaz da Silva Maia – Diretora comercial de empresa têxtil, 52 anos, Faro. Conselheira Nacional do PDR 13º Portugal à Frente (PPD-PSD/CDS-PP) – Partido Social Democrata/CDS-Partido Popular 1º José Carlos Barros (independente, PSD) 2º Cristóvão Norte (atual deputado, PSD) 3º Teresa Caeiro (atual deputada, CDS) 4º Pedro Lomba (secretário de Estado, PSD) 5º Bruno Inácio (atual deputado, PSD) 6º Elsa Cordeiro (atual deputada, PSD) 7ºFrancisco Paulino 8º Carlos Eduardo Gouveia Martins 9º Graça Maria Palma Pereira 14º PURP- Partido Unido dos Reformados e Pensionistas ( Até ao momento sem qualquer informação sobre a lista)

Terra Ruiva altera datas de publicação

A partir desta edição (setembro) o Terra Ruiva – Jornal do Concelho de Silves passará a sair nos primeiros dias do mês.

A saída nas datas anteriores justificava-se com a existência de outro jornal no concelho e com a necessidade de evitar a publicação dos dois jornais em simultâneo.

Sendo agora o Terra Ruiva o único órgão de comunicação social do Concelho de Silves, entendemos alterar a data da publicação do nosso jornal.

Assim, a próxima edição do Terra Ruiva chegará às bancas do concelho no dia 7 de outubro.

Até lá.

ALTERAÇÃO NAS DATAS DE PUBLICAÇÃO: PRÓXIMA EDIÇÃO DIA 7 DE OUTUBRO

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Informação Setembro 2015

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Dia do Município de Silves Com homenagem a atletas e apresentação do novo Portal

Cerca de 150 atletas foram distinguidos pela Câmara Municipal de Silves, no dia 3 de setembro, nas comemorações oficiais do Dia do Município.

Na ocasião, a autarquia apresentou também o novo Portal do Município, totalmente “modernizado”, com uma “imagem mais atraente” e novas funcionalidades.

N

a abertura da sessão solene a presidente da Câmara, Rosa Palma começou por evocar a efeméride que se assinalava: “ 826 anos após a tomada da cidade aos mouros, no longínquo ano de 1189”, lembrando que foi durante a ocupação muçulmana que Silves “viveu o maior apogeu” e que “reconhecer e respeitar” esse legado “ajuda-nos a compreender e a valorizar as nossas raízes, a nossa identidade e a nossa história”.

De seguida, Rosa Palma considerou de “inteira justiça” a homenagem aos atletas do concelho para “valorizar o empenho e o mérito de quem mais trabalhou”.

Na parte final da sua intervenção, a presidente afirmou que “sem desvalorizar ou subestimar os constrangimentos internos e externos que envolvem a ação do Município de Silves, a liderança autárquica está confiante e convicta de que é possível ultrapassar os obstáculos com que se depara no dia

a dia” e terminou deixando “uma mensagem de tranquilidade e esperança”.

Seguidamente, atletas de inúmeras coletividades do concelho (Casa do Povo de S. Bartolomeu de Messines, Bombeiros Voluntários de Silves, Silves Futebol Clube, Clube Xelb, Clube de Futebol os Armacenenses, Associação Desportiva e Cultural de Tunes, Grupo de Aventura e Desporto de Alcantarilha Gare, Clube de Ténis de Silves, Grupo Desportivo e Cultural do Enxerim), foram distinguidos pelos bons resultados obtidos nas modalidades de andebol, capoeira, ginástica desportiva, luta, ténis, setas, futebol atletismo, natação e ciclismo, já que muitos se sagraram campeões nacionais ou regionais nos seus respetivos campeonatos.

Foi depois apresentado o novo portal do Município, que já está disponível para visualização e consulta e que se insere “num projeto mais vasto de modernização administrativa dos serviços camarários”, como disse

Rosa Palma.

Após a sessão solene, decorreu O Executivo Permanente acompanhado a apresentação do novo site da Câmara um momento dedicado à literatura e poesia, com a leitura de poemas de autores silvenses contemporâneos, pela técnica da autarquia Sónia Pereira, por António Baeta e José Paulo Vieira, voluntários dos clubes de Autarcas e muito público presente na cerimónia leitura do Município. nuel Neto dos Santos. O 1º Prémio foi para Esse momento terminou com a divulgação, João Morgado, da Covilhã, e houve uma pela Editora Arandis, dos vencedores da 1ª Menção Honrosa, atribuída a Sílvio Manuel edição do Prémio Literário de Poesia Ma- Costa e Silva, de Paços de Ferreira.

Comemoração do Dia Nacional da Água Voluntariado Em Silves, reúne especialistas em seminário nas Ribeiras de Silves

A

comemoração do Dia Nacional da Água, dia 1 de outubro, reunirá em Silves, um vasto grupo de técnicos, autarcas e responsáveis por diversas entidades que irão debater os temas “Corredores ecológicos” e “Pessoas e ecossistemas”.

Este seminário decorre no Auditório da Biblioteca Municipal, organizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, projeto Voluntariado Ambiental para a Água, Centro de Formação de Professores de Albufeira e Silves, Câmara Municipal de Silves, Autoridade Nacional para a Proteção Civil, com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Águas do Algarve, tendo como media partner o Terra Ruiva – Jornal do Concelho de Silves.

Programa 9. 00h - Receção dos participantes 9.30h - Sessão de Abertura Rosa Gonçalves da Palma – Presidente da Câmara Municipal de Silves Valentina Coelho Calixto – Diretora do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas IP Sebastião Braz Teixeira – Diretor da Administração Regional Hidrográfica do Algarve da Agência Portuguesa do Ambiente IP – ARH do Algarve PAINEL 1 – Corredores Ecológicos – principais desafios na conectividade dos ecossistemas Moderadora – Paula Noronha - Agência Portuguesa do Ambiente IP - ARH do Algarve 10.00h – Corredores Ecológicos do Algarve no contexto da ERVAA Henrique Cabeleira – Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Algarve 10.30h – Conectividade dos ecossistemas –

Boas práticas Representante- Instituto da Conservação da Natureza e Florestas IP – DRF Algarve

N

o dia da Floresta Autóctone, que se assinala no dia 23 de novembro, haverá uma ação de voluntariado nas ribeiras de Silves.

Esta ação de voluntariado é parte integrante da ação de formação sobre ecossistemas ribeirinhos que se encontra em fase de acreditação como curso de formação contínua de Professores, pelo CCPFC, com a duração de 15h a que corresponde 0,6 créditos, que relevam para efeitos de progressão em carreira de professores do Ensino Básico e Secundários .

Pausa - 11.00h/11.30h 11.30h – Ecossistemas ribeirinhos, património ictiofaunístico e o ciclo urbano da água; Marta Duarte – Águas do Algarve S.A. 12.00h – Reabilitação de rios urbanos para corredores ecológicos de ictiofauna Pedro Teiga – Engenho e Rio 12.30h – Debate 13.00h – Almoço livre PAINEL 2 – Gestão Participada dos Corredores Ecológicos Moderador – Pedro Coelho – Município de Silves 14.30h – Desafios na Conservação e Valorização da Rede Hidrográfica Paulo Cruz – Agência Portuguesa do Ambiente I.P. – ARH do Algarve 15.00h – Requalificação das ribeiras de Gaia * Representante – Águas e Parque Biológico de Gaia, EEM 15.30h – Requalificação de Galerias Ribeirinhas – Projeto da Ribeira de Odelouca

Marisa Viriato – Águas do Algarve S.A. Pausa- 16.00h/16.15h 16.15h – Projeto Rios – Une pessoas e rios Manuela Oliveira- Coordenadora nacional – Associação Portuguesa de Educação Ambiental 16.45h – Voluntariado Ambiental para a Água em Silves Paula Vaz – Agência Portuguesa do Ambiente I.P. – ARH do Algarve 17.00h – Debate e Encerramento dos Trabalhos

Mário José Godinho – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Silves Paulo Cruz – Chefe de Divisão da Agência Portuguesa do Ambiente IP – ARH do Algarve Representante- Instituto da Conservação da Natureza e Florestas IP – DRF Algarve Representante – Águas do Algarve S.A. * A confirmar Este seminário é parte integrante da ação de formação sobre ecossistemas ribeirinhos que se encontra em fase de acreditação como curso de formação contínua de Professores, pelo CCPFC, com a duração de 15h a que corresponde 0,6 créditos, que relevam para efeitos de progressão em carreira de professores do Ensino Básico e Secundário.

O programa é o seguinte: Quinta Pedagógica de Silves Início das ações: manhã 9.00h| tarde 14.00h 1. Ações de valorização na Ribeira Remoção de invasoras e plantação de autóctones Formadores: Francisco Keil do Amaral Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas IP; Marques Afonso - Agência Portuguesa do Ambiente IP – ARH do Algarve; Pedro Coelho - Câmara Municipal de Silves 2. Ações de sensibilização na Ribeira Conservação e sustentabilidade de ecossistemas de água doce Formadores: Marisa Viriato - Águas do Algarve S.A; Paula Vaz- Agência Portuguesa do Ambiente IP – ARH do Algarve PROCURA SOLUÇÕES PARA A EDIÇÃO? Livros, Boletins, Revistas, Relatórios de Empresas e Outras Publicações

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Informação Setembro 2015

Rota do Petisco com 16 restaurantes de Silves

À

semelhança do ano passado, a Rota do Petisco de Portimão, inclui este ano 16 restaurantes da cidade de Silves.

Esta edição começou no dia 4 de setembro e prolonga-se até ao dia 11 de outubro, com propostas de pratos, petiscos e iguarias para todos os gostos nos cerca de 170 estabelecimentos aderentes. Mais uma vez, a organização é da associação Teia D’Impulsos que conta também com o apoio da Câmara Municipal de Silves, entre outras entidades.

Este ano, a Rota do Petisco segue o mesmo modelo: existe um Passaporte da Rota que pode ser adquirido nos estabelecimentos aderentes ou no Museu Municipal de Arqueologia pelo preço de 1€. O

valor angariado reverte na totalidade para apoio a projetos sociais.

Por cada petisco consumido, será colocado um carimbo no passaporte, havendo também prémios para os passaportes com 12 e com 24 carimbos.

Quanto aos estabelecimentos aderentes irão ter disponível a Ementa da Rota, com duas modalidades: o “Petisco” ( prato + bebida), pelo preço de 3€; e “Doce Regional” (sobremesa + bebida), com o preço de 2€.

Os estabelecimentos estão agrupados por zonas, sendo Silves a zona “vermelha”, com o s seguintes participantes: •Restaurante A Ladeira - Petisco: Bacalhau Assado •Restaurante Ponte Romana - Pe-

tisco: Ensopado de Cabrito •Recanto dos Mouros - Petisco: Javali Estufado à Casa •Ugo Art Café - Doce: Flor de Queijo com Doce de Figo, Nozes e Amêndoas •Chapim Cafetaria Lounge Bar Petisco: Tiborna de Petinga •Snack-bar Lendas & Mitos - Petisco: Feijoada de Pipis com Batata-doce •Churrasqueira Valdemar - Petisco: Salada de Polvo •Art’aska Lounge Caffé - Petisco: Tomate Fresco Recheado com Patê Caseiro de Atum •Taberna Almedina - Petisco: Refogado da Matança •Snack-bar Pastelaria Al-Karib Petisco: Lulinhas Fritas à Silves •Tasca Béné - Petisco: Carapaus

de Escabeche •Restaurante Barbinha - Petisco: Tiras de Choco Frito •Restaurante Marisqueira Casa Velha de Silves - Petisco: Feijoada de Marisco •Café Da Rosa Doce: Dom Rodrigo com Limonada de Frutos Vermelhos •Café da Sé - Doce: Tarte de Amêndoa com Chocolate Quente •Café Castelo de Silves - Petisco: Figos Gratinados com Queijo e Presunto Além dos restaurantes mencionados, a Rota passa por estabe-

lecimentos em Portimão, Alvor, Monchique, Mexilhoeira Grande e Ferragudo.

Para mais informações sobre a Rota do Petisco consultar: www. teiadimpulsos.pt e www.rotadopetisco.com.

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Desporto Setembro 2015

Piscinas Municipais retomam atividade

A

s Piscinas Municipais de Silves já têm definidas as datas de abertura dos seus diferentes espaços para a época desportiva de 2015-2016.

Segundo informação da Câmara Municipal, os diferentes serviços iniciam as suas atividades nas seguintes datas:

- Ginásio: 1 de setembro (os clientes pagarão 100% da mensalidade).

- Fitness (Aulas de Grupo e Hidroginástica) e Utilização Livre (Piscina): 7 de setembro (os clientes pagarão apenas 75% da mensalidade).

- Escola Municipal de Natação (Classes de Natação): 15 de setembro (os clientes pagarão apenas 50% da mensalidade).

A autarquia informa ainda “que na época desportiva 2015-2016 haverá novos horários de Natação para

Bebés, às 6ªs feiras, a partir das 17h; e que as “Atividades Fitness incluirão Ginásio (apenas à 6ªfeira, sendo esta uma promoção especial e as Atividades Fitness (Sala de Fitness e Hidroginásticas) incluirão a possibilidade de frequentar o Ginásio igualmente às 6ªs feiras”.

Haverá, ainda, uma aposta na CMMCorrida – Silves Runners, passando os praticantes a dispor de um novo horário, às 4ªs feiras,

I “Trail do Lince”, em Silves

N

o dia 12 de setembro realiza-se, em Silves, o I Trail do Lince, uma prova que, além da vertente competitiva, tem também um cariz lúdico e familiar na consciencialização dos problemas associados à conservação do Lince Ibérico.

A iniciativa conta com a presença de Rosa Palma, presidente da Câmara Municipal de Silves e de Miguel de Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza.

Algumas caras conhecidas do grande público, associam-se também a esta iniciativa: de Mário Franco, António Nascimento, Miguel Castro Neto, Luís Represas, Sandra Cóias, Bernardo Coelho, Mafalda Matos, Alexandre da Silva, Sónia Balacó, João Nare, Francisco Mendes, Pedro Górgia, Ricardo Dinis, Silvie Dias, Pedro Lucas, Elsa Correia, Quimbé, Pedro Rocha dos Santos, Afonso Vi-

lela, Ricardo Andorinho e Ângela Morgado.

As inscrições estão abertas até ao dia 10 de setembro, se forem feitas on-line; ou até ao dia 12 de setembro, no local da prova.

O trail inicia-se nas Piscinas Municipais de Silves, com a partida dos atletas para os dois percursos previstos: um com 42 km e o outro de 10km. Este último pode ser realizado a correr ou a caminhar.

Os bilhetes para a participação têm o seguinte custo: Bilhete Trail – 42km Duplas- 25€; Individuais-30€ Bilhete Trail- 10km Individual- 20€ Bilhete Caminhada Individual- 5€ A organização adianta que dois euros do valor da inscrição reverterão a favor da WWF e do Fundo de Conservação da Natureza e Biodiversidade, destinando-se a investimentos no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico,

em Silves, particularmente e para o projeto Green Heart of Cork – No Coração do Montado, sobre a conservação do habitat natural do lince ibérico. Estes projetos são do ICNF e da WWF, respetivamente.

A inscrição no Trail dará ainda acesso ao passaporte da Rota dos Petiscos, que se associa a este evento. Deste modo, todos os que visitarem a cidade poderão usufruir de descontos nos estabelecimentos aderentes à Rota.

Paralelamente à prova haverá uma mostra de produtos locais em frente às Piscinas Municipais de Silves, mostra essa que funcionará entre as 10h e as 19h. Momentos desportivos e de animação, nomeadamente uma aula de zumba, estão igualmente previstos para este espaço, no tempo em que decorrerá a prova. Para quem acompanha os atletas, mas não participa no Trail, haverá um Peddy Paper, que termina no Castelo, de modo a que todos possam visitar a exposição

às 07h45.

Para mais informações, os interessados deverão contactar as Piscinas através do telefone 282 440 270 ou do email desporto@cm-silves. pt.

“No caminho do Lince Ibérico” ,que ali se encontra patente.

No final do dia, a partir das 19h, o Castelo acolherá o Leilão dos linces da Parada do Lince Ibérico e um espetáculo que estará a cargo de um dos embaixadores do evento.

Este I Trail do Lince Ibérico é organizado pela Fire!, com a chancela institucional do Secretario de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação das Natureza e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF); a chancela ambiental da WWF e da Liga para a Protecção da Natureza (LPN); a chancela desportiva da Associação Algarve Trail Running (coorganizadora); e o apoio da Associação Iberlinx, das Águas do

Cães e gatos mostram habilidades e beleza em Messines

P

elo terceiro ano consecutivo, irá realizar-se em Messines o Troféu Agility – “Terra João de Deus”, nos dias 19 e 20 de setembro. Uma prova que faz parte do calendário nacional, numa competição aberta a amantes e profissionais, de norte a sul do país.

Em paralelo, decorre uma Mostra de animais de estimação.

A iniciativa terá lugar no Estádio Municipal e é organizada pela Casa do Povo de Messines, As inscrições estão abertas até ao dia 10 de setembro, quer para os atletas de quatro patas, quer para os expositores.

Dar a “conhecer a toda a comunidade, atletas de quatro patas e treinadores, num dia repleto de animação para todas as fixas etárias, onde a beleza canina de-

safia a lei da agilidade”, é o propósito da organização.

“Este ano, voltamos a apostar na Mostra dos animais de estimação, sendo que as inscrições estão abertas, e poderá fazê-la no próprio dia. Uma manhã dedicada a todos aqueles que queiram por à prova as habilidades e beleza dos seus companheiros.

Em concurso estão várias categorias, desde cão/gato mais peludo, mais pequeno, ao mais habilidoso e ainda ao mais gordinho, entre outras distinções”.

O evento reparte-se nos dois dias, o primeiro ( sábado) dedicado à Mostra a partir das 10h, e a competição, que irá ocupar o período da tarde até às 19h30.

No domingo inicia-se com novo período, das 9h30 até 14h, com provas de agilidade e entrega de prémios.

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Além da vertente competitiva, o Estádio Municipal de Messines estará aberto a “comerciantes, veterinários e agentes da área que queiram marcar o seu lugar no recinto, com um expositor que promova a sua área/negócio”.

Os expositores não terão qualquer custo, mas a Casa do Povo de Messines “aceita donativos, sejam eles em géneros alimentares para animais, brindes para os participantes, ou patrocínios monetários”.

As inscrições e mais informações através dos contactos: 282 333 130 ou por email para comunicacao@casapovomessines. pt .

Algarve, da Almargem e do Município de Silves.

O regulamento da prova e as inscrições em : http://www.traildolince.pt/

Sociedade Setembro 2015

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Ingrid Bergman Quando a diva que nasceu há 100 anos esteve em Silves

A 29 de agosto de 2015 passaram 100 anos do nascimento de uma das maiores figuras do cinema de todos os tempos: Ingrid Bergman.

No percurso desta vida extraordinária encontram-se alguns momentos ligados diretamente à cidade de Silves, nos dias em que Ingrid passou aqui as suas férias.

A atriz

Nascida em Estocolmo, na Suécia, teve uma infância muito difícil.

Perdeu os pais muito cedo e, pouco tempo depois a tia, com quem ficara a viver, sendo criada por um tio.

Formada na prestigiada Royal Dramatic Theater School of Estocolmo, começou a sua carreira no teatro. Aos 17 anos teve o seu primeiro papel no cinema.

As décadas seguintes seriam um percurso ascendente que a levou a Hollywood.

No auge da fama conheceu o diretor de cinema italiano Roberto Rossellini, por quem se apaixonou.

A sua ligação foi um verdadeiro escândalo, à época, por Ingrid abandonar o marido ( o segundo, com quem esteve casada durante 20 anos) e a filha. Mas foi com Rossellini que todo o talento de Ingrid se revelou, ao longo de anos em que, juntos, fizeram seis filmes e três filhos.

Morreu aos 67 anos, no dia do seu próprio aniversário, após lutar contra o cancro da mama. Na prateleira de casa, três estatuetas, os Óscares com que Holywood distingue os melhores.

Dela diziam que era uma “antiestrela”, que se tornou atriz para combater a timidez, que não queria passar horas a maquilhar-se ou a escolher a roupa perfeita, que preferia ser ela própria a conduzir e que dispensava as limusines. … Hans Ostelius chega a Silves…

Começava a década de 60, do século XX, quando o popular

jornalista e escritor Hans Ostelius se instalou em Silves, numa casa no Cerro de S. Miguel.

A cidade do castelo vermelho exerceu um grande fascínio sobre este homem, jornalista da rádio e da televisão que se especializou como guia de “Viagens à volta da terra”, que o tornaram famoso.

Terá sido atraído a Portugal pelo livro de Selma Lagerlof, escritora sueca distinguida com o Prémio Nobel da Literatura, em 1909.

O seu livro, “O Imperador de Portugal”, é a história de um camponês sueco que enlouquece e que a partir daí se convence que é o imperador de “Portugália”, um lugar onde habitavam pessoas amáveis e cultas, vivendo felizes ao sol, nos seus jardins deslumbrantes, comendo laranjas e uvas e bebendo vinho do Porto.

Por essa ou razão, Hans Ostelius chegou a Silves em 1960 e aqui viveu durante vários anos, sendo um grande divulgador da cidade e do Algarve. A sua memória perdura numa rua com o seu nome, fruto de uma homenagem que lhe foi prestada pela Câmara Municipal de Silves, em 1996. … e convida Ingrid Bergman…

No ano de 1963, Ingrid Bergman chega a Silves, para passar uns dias na casa de Hans Ostelius que se tornara ( e assim foi durante anos), a residência de férias para muitos famosos.

A famosa estrela de cinema passeia pela cidade e pelo Algarve, provocando alvoroço por onde passa.

Mas é na praia de Monte Gordo, em Vila Real de Santo António, que se dá o grande escândalo: acabava de ser inaugurado um hotel de 5 estrelas, o hotel Vasco da Gama. Ingrid Bergman dorme aí uma noite e na manhã seguinte vem até à praia. O povo de Monte Gordo, na sua maioria pescadores pobres que ainda viviam em palhotas, acorre para ver a estrela de cinema, considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo.

E Ingrid surge na praia de bikini, indiferente aos seus 48 anos.

O bikini ainda mal surgira no cinema, possivelmente nenhum dos presentes tinha visto uma peça daquelas, num tempo em que, na praia, as mulheres tinham de usar fato de banho completo, da cabeça aos pés, e os homens não podiam estar em tronco nu. Foi uma comoção generalizada. É então que, perante o povo pasmado, entra em ação o cabo de mar e aplica a multa, implacável: vinte e cinco tostões. ... Play it, Sam… Essa década, de 60, traria ainda ao Algarve estrelas como Cliff Richard, Tom Jones, Paul McCartney, seguidos de muitos outros.

Começa a surgir o Algarve turístico e a contribuição de Hans Ostelius e de Ingrid Bergman, embora não seja citada frequentemente, é inegável.

Nos anos que se seguiram à visita de Ingrid, o número de turistas provenientes da Suécia e de outros países nórdicos aumentou imenso e só iria declinar em 1984, quando

um surto epidémico gastrointestinal, na zona de Albufeira, atingiu vários turistas, especialmente suecos, que foram hospitalizados.

As agências de viagem tiveram de indemnizar Ingrid Bergman, dando autógrafos, em Silves pesadamente os clientes afetados e este episódio teve larga repercussão mediática nesses países. Cerca de 70 mil dormidas foram canceladas e o Algarve surgiu como uma região com problemas sanitários graves, capazes de colocar em risco os turistas.

Nos últimos anos, o número de turistas suecos tem vindo a aumentar. O bom clima, o nível de vida barato e as regalias O presidente da Câmara José Viola e a fiscais têm trazido também um embaixadora da Suécia, na homenagem a Hans Ostelius (1996) número crescente de suecos que procuram o Algarve para residir, Nota: Para elaboração deste texto especialmente na zona de Tavira. recorreu-se à Wikipedia, para De tal forma que, em janeiro deste os dados biográficos de Ingrid ano, foi aberto um novo Consulado Bergman e ao blogue do Turismo Honorário da Suécia, em Tavira. do Algarve para a foto publicada; À margem de todos estes números, ao Boletim da Câmara Municipal a memória da diva que um dia de Silves ( julho 1996), para os passeou por Silves, permanece viva. dados sobre Hans Ostelius e foto.

Muitos não terão visto a maioria O episódio de Monte Gordo é dos seus filmes, nem tão pouco os relatado num artigo do jornalista que foram considerados como os do Público, Paulo Moura, em melhores, mas até as gerações mais fevereiro de 2013. jovens conhecem e têm-se rendido Já os dados relativos ao turismo ao seu sorriso e ao seu ar triste e sueco, constam do artigo encantador, no filme “Casablanca” “Promoção Turística de Portugal quando se ouve a famosa frase nos países nórdicos (1992-1993), “Play it, Sam”… de César Faustino, de dezembro de 2014, no site: http://eshtoris.

Texto: Paula Bravo ( fã declarada) hypotheses.org.,.

Linda Zelenka vence 1ª Corrida Terra Ruiva esteve no “Verão Total”, Fotográfica de Armação de Pêra da RTP

L

inda Zelenka foi a vencedora da 1ª Corrida Fotográfica de Armação de Pêra, com a foto que publicamos.

Os restantes premiados foram Diogo Correia ( 2º lugar) e Gaynor Stapleton ( 3º lugar). O Melhor Prémio sub – 18 foi para Filipe Silva.

Esta iniciativa decorreu no dia 20 de junho e os nomes dos premiados foram anunciados em agosto. O evento decorreu no âmbito das comemorações da elevação de Armação de Pêra a vila, e foi organizada pela Portugal4U, com a Junta de Freguesia de Armação de Pêra, o Holiday Inn Algarve e outros patrocinadores.

A foto vencedora

O

programa “Verão Total”, da RTP1, foi emitido em direto, a partir de Silves, no dia 10 de agosto. O Terra Ruiva foi convidado a participar, na sua qualidade de meio de comunicação local.

O nosso jornal foi representado pela sua diretora, Paula Bravo, que explicou algumas das particularidades deste projeto de comunicação social que pertence a uma associação – a Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves “Pé de Vento” - e que desde o número zero, editado em abril de 2000, tem contado sempre com um número regular de colaboradores não remunerados. O que fará deste jornal um projeto inédito certamente na região e possivelmente no País.

Foram também abordados alguns temas incluídos na última edição do jornal, nomeadamente o nascimento de várias crias de lince ibérico, no centro de reprodução de Silves e a XII Feira Medieval de Silves, que era o tema em grande destaque na edição da RTP, um dos media partners deste evento.

José Pedro Vasconcelos, Vanessa Oliveira e Sérgio Oliveira foram os apresentadores de serviço, animando a Praça

Al-Mu’thamid, local por onde passaram artesãos e produtores do concelho, bem como autarcas, nomeadamente a presidente da Câmara Rosa Palma e o presidente da Junta de Silves, Tito Coelho, músicos e figurantes da Feira Medieval.

Esta emissão do Verão Total pode ser vista no site da RTP, em : http://www.rtp.pt/play/p1924/e203870/verao-total

Vanessa Oliveira com Paula Bravo

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Opinião Setembro 2015

Até que a voz me doa

Luísa Anselmo

Silves, por aí há poetas…

D

izem que no século XII, Silves sob o domínio mouro, era terra de poetas, mote que se dissesse a alguém, logo provocava uma quadra. Seria, será (por aí há poetas…) pelas tonalidades de beleza, que nimbam Silves, do amanhecer ao alvorecer, talvez das ainda irradiantes influências de heranças, dos muitos povos que nos antecederam, na região.

No seu livro, o nosso filósofo, José Gil, “Portugal Hoje. O Medo de existir”, afirma que um dos nos-

Geografias do Olhar

António Guerreiro

O DESARMAR DA BARRACA

A

feira (muita) e a festa (pouca) medieval terminou e aqui estou eu a desarmar a barraca. O desamar da barraca é tão complexo como o seu ato simétrico, apesar da necessária falta de animação em comparação com o armar (da) barraca. Temos de encaixotar a mercadoria sobrante, por vezes excedente, evitando o largar

Partilhas

Helena Pinto

Regresso às Aulas!

A

pós um tempo de descanso e descompresão, que parecia interminavel ao começar e agora parece que passou tão rápido, a escola está aí de novo. A azáfama de pais e filhos recomeça. Livros e mochilas para comprar, a expetativa do reencontro com os amigos, a curiosidade sobre os professores. Para aqueles que já num patamar mais alto partem para a universidade, a euforia de um mundo novo por descobrir,

sos dramas é mantermos o medo, ajudando a esquecer, a esfacelar a possibilidade de inscrição na nossa mente, na nossa memória, dos acontecimentos que muito amarguraram a vida de vários e portugueses, na ditadura.

Enquanto esquecidos, indiferente, ignorantes, mantemo-nos em grande perigo, em todos os sentidos… No passado dia 25 de Julho, fui assistir, na Biblioteca Municipal de Silves, à apresentação pelo seu autor, o escritor Custódio Rita (vive nesta cidade há mais de 40 anos) do seu segundo livro, “Por Este Rio Acima”.

Nele narra a vida de um alentejano, de muitos que por todo esse país viviam, sem viver, resignados, temerosos (não por acaso…) mesmo minguando-se-lhes tudo, o pão, a água, o bem-estar. Custódio Rita apresenta-se com saber vasto, como fonte de água benfazeja, por nos recordar o que eles sofreram,

chagados, sem estímulos de vida. E soube fazê-lo, aqui e além, com laivos de dor sentida, pelo vivido ou sentido ou visto, temperado com humor ácido; dando-nos também elucidativa dissertação histórica.

A certa altura do livro, o personagem principal Arindo, dialoga com a sua mãe:- Disseste-me que a solidão não é estar só, é ter o coração vazio de amor ao semelhante, estar cego é, de olhos abertos, não ver o próximo sofrendo. Que o próximo está logo aqui, mas também pode estar no fim do mundo; e falaste-me em ser solidário em toda a largura da Terra habitada.” É o livro banho elucidativo sobre a nossa História... Obrigada, escritor Custódio Rita, continue por esse seu rio acima!...

Há meses, o meu amigo poeta, José Madeira Bárbara, ofereceu-me o seu novo livro, em três volumes, contendo centenas de poemas, e que vai ser apresentado, brevemen-

te, mas que já se pode adquirir, em Faro, na livraria da rua do Município, “O Trigo dos Dias”. É poeta silvense, nasceu no Poço Barreto, mas é pouco conhecido, talvez pelo seu modo de existir, simples, simples, sem gostar de destaques. É bom poeta diarístico do que lhe tem sido dado viver e observar.

Merece ser mais conhecido, o que escreve tem beleza, acerto e convite à fraternidade. A propósito, será esta ajudada pela nova tecnologia, ou separa os humanos, criando entre eles, bolsas de gelo, bolsas de distanciamento; acabando, entre eles, com a maior necessidade do ser humano, a ternura próxima do outro, terminando com a palavra amiga, olhos nos olhos?

Volto ao meu amigo poeta, agora, com o pseudónimo que usa, Pedro Jorge:-Tanto poetiza acontecimento, como poetisa homenageando artista esquecido ou não, por exemplo, naquele caso, Samo-

ra Barros, nosso bom pintor, que homenageia com um poema no segundo volume. Artista que bem merecia uma exposição permanente, da sua obra, nesta cidade; como em contemplação emotiva, poetiza a beleza da Natureza; e como em sombras poéticas, poetiza injustiças, atos reprováveis de humanos contra humanos.

Dele trago-vos, primeiro volume, a “Canção das Casa sem Vozes”: - À Beira dos rios nasceram/aldeias cheias de vida/os rios não secaram/e as casas estão vazias./ Semearam-se casais/ pelas quebradas dos montes/os montes não desabaram/mas nas casas ninguém mora./Junto da areia das praias/ brotaram os povoados/as ondas seguem batendo/e as casas estão fechadas./Que peste negra ocorreu/ nesta terra portuguesa/para que os homens partissem/ a viver sob outros céus?/

dos sobejos que inundam o recinto anteriormente festivo. O chão do Largo da Mata ficará permanente encardido e manchado do esvaziar dos babados líquidos (molhos e bebidas), motivados pelo vazar das louças ou por problemas de equilíbrios dos utensílios cerâmicos e dos corpos em degraus insuspeitos, edificados com distintos pavimentos. Não posso esquecer o destrocar (dado o seu destroçar) dos xilbs que espero não tenham sido afetados por estas crises monetárias do euro, o que importa é que com a saída do euro já podemos utilizar em estável uso a moeda da cidade.

produção industrial (a dita revolução acontece uns quinhentos anos após o período retratado) até às fidalguias da alta nobreza e do clero (com um burlesco bispo) que, segundo sei, não exuberaram por estes territórios do reino dos algarves nos séculos primeiros do primeiro milénio de cristo. O sustento dos corpos excedeu certamente o alimento das almas, muita comezaina e pouca fé. Os veraneantes e os locais que ocorrem à feira oneram o corpo nas ingremes subidas da cidade, acompanhando o confrangedor cortejo (cada vez mais descolorido e mais desfigurado) e se instalam nos fardos de palhas para restabelecerem as forças momentaneamente dissipadas e passar a tarde noite, comendo e bebendo

em animadas, desanimadas ou silenciosas cavaqueiras. A fé dos homens, mesmo que sejam mouros, requer outra alma e outra dignidade para a prática diária das cinco preces a Alá. Allah hu Akbar (Alá é grande) e certamente entenderá que a fé dos homens não se subjuga ao diminuto local, intitulado de mesquita, irmanado com roupeiro das nobres vaidades de visitantes e de outros convidados do séquito da rainha.

os bailarinos e os figurantes foram acercando e desagregando ao longo dos dias supostamente festivos. As escassas teatralizações sem lustro nem estudo das falas e dos enredos (com improvisações grosseironas) agudizaram a pobreza da festa e equacionaram a justeza das entradas pagas para vaguear num mercado de produtos mais ou menos medievais. Muita gente, muita feira e pouca festa. O torneio a cavalo (com cavalos, no plural) engrandecia a festa com outras gentes mais profissionais, a dignidade de um torneio de cavalaria não se conforma com a farsada de um berreiro mascarado de recriação histórica.

de recreio, que tenham um raciocinio rápido e lógico. Contudo, em muitas escolas o espaço para a expressão física e artística, básica para o desenvolvimento de outras competências fundamentais, para a aprendizagem como o português e a matemética, é reprimido ou ineixistente. O brincar, tão fundamental para a promoção da aprendizagem, é cada vez menos estimulado, ou é transportado para o pc.

Aprender é uma experiência que se inicia no nascimento e se prolonga pela vida. Aprendemos em cada coisa que fazemos e é uma relação de troca, pois aprendemos com quem nos ensina e quem nos ensina aprende connosco também.

Se quem ensina não está disponível para aprender com os seus alunos não é um bom professor, pois não está aberto para introduzir

novas coisas no seu conhecimento e na forma como o transmite.

Recordo sempre um professor de português, que felizmente tive 3 anos seguidos (9,10 e 11º ano) que dizia “se um aluno meu não conseguir aprender o que eu lhe ensino, não foi ele que falhou, fui eu que não consegui ensiná-lo e despertar a sua vontade de aprender”.

Desejo a todos, Pais, Professores e Alunos um ano escolar cheio de desafios e descobertas. Que pais e professores escutem mais os seus alunos e filhos, que os ajudem a gostar de aprender, e que gostem de aprender com eles, que fiquem contentes por estes quererem pensar com a sua cabeça, mesmo que pareçam “disparates”, fiquem felizes por serem críticos e ajudem-nos a comprender o mundo à sua volta e a fazerem parte da sua

A feira (muita) vende de tudo, muito para além dos produtos medievos, desde mercadorias de

que gera um misto de aventura, liberdade e receio. É para todos mais uma etapa do seu crescimento para a autonomia.

Para todos os que regressam agora a mais um ano de aprendizagem, que este seja um ano de descobertas, de construção dos seus sonhos e de um caminho que, como dizia o poeta “se faz ao andar”. Esperemos que para todos a escola seja um espaço de estímulo à criatividade e construção e não de débito de matérias dadas de forma enfadolha e compactada, em que não são trabalhadas, nem é dado espaço para a expressão do movimento, da arte, nas suas diferentes formas, para o pensar. Queremos que as nossas crianças e jovens escrevam bem e com imaginação, que se relacionem de forma adequada com os colegas nas aulas e nos espaços

A festa (pouca) já pouco percorre a feira. Os fogos e as suas bailarinas bailaram, longe dos olhares da populaça que deambulava pelo casco da cidade velha, na fantasia do palácio das varandas, intramuros da cidadela do castelo. Os músicos,

Gostar da feira medieval é amar o folguedo e acreditar na festa!

transformação. Que as matérias escolares sejam vias de aquisição de aprendizagem para a vida, que os transformem em seres humanos sensíveis, solidários e criativos, dentro da sua individualidade, em relação com os outros.

Boas aprendizagens para todos!

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”

Paulo Freire Partilhe a sua opinião: helenamapinto@gmail.com

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Sociedade Setembro 2015

O Mercado Municipal de Silves, em exposição nos Paços do Concelho e no Mercado

História

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Vera Gonçalves

Nos Paços do Concelho, em Silves, encontra-se patente, até ao final do mês de setembro, a Exposição do Arquivo Municipal que este mês tem como tema “ O Mercado Municipal de Silves “.

A exposição será acompanhada de fotografias e postais alusivos ao Mercado e documentos administrativos, nomeadamente, capa do projeto, plantas do edifício e ofícios.

Além desta mostra, diversos painéis com o historial do edifício foram colocados no mesmo, no dia 5 de setembro, apresentando uma cronologia sobre a evolução deste espaço.

Estes painéis contém o texto da autoria de Vera Gonçalves, técnica superior do Arquivo Municipal e o design dos mesmos é do Gabinete de Informação e Relações Públicas da autarquia (GIRP), que deste modo colaborou com a Junta de Freguesia de Silves na realização deste projeto, que tem como principal objetivo valorizar e dar a conhecer a história deste espaço emblemático da cidade.

Como habitualmente, o Terra Ruiva colabora com esta iniciativa do Arquivo Municipal publicando uma versão reduzida do texto da exposição. A versão integral ( e trabalhada pelo GIRP) está disponível no nosso site.

O

Mercado Municipal de Silves Com o desenvolvimento de Silves, em meados do século XIX, fomentado pela indústria corticeira, a cidade sofreu um forte incremento urbano e com ele a necessidade de satisfazer a população de bens alimentares.

Além do edifício designado como Cais, situado junto ao rio Arade, onde se comercializava o peixe, a venda das verduras e frutas era feita ao ar livre, no largo em frente às arcadas do edifício dos Paços do Concelho. Os géneros eram expostos e comercializados sobre os passeios públicos, sem condições de higiene e salubridade, prejudicando também a imagem do palácio municipal.

Desde cedo, a Câmara Municipal sentiu a necessidade de alterar esta situação. Em janeiro de 1903 foi aprovado o projeto e orçamento para a construção do mercado de frutas e hortaliças de Silves, em frente do edifício dos Paços do Concelho, no prédio de Francisca Rosa Pereira. No entanto, não chegou a haver acordo sobre o valor da indemnização a pagar pela expropriação do prédio.

Na reunião a 28 de janeiro de 1904, o vereador Joaquim Diogo Mascarenhas Netto ponderou “a conveniencia de se escolher um outro local para a construcção do mercado” e para isso “lembrava uma cêrca pertencente ao Snr. Presidente da Camara, que esta situada muito proxima da praça e onde a referida edificação pode ficar muito mais desafogada e com accesso para tres ruas”.

O Presidente, Gregório Nunes Mascarenhas, concordou com a proposta e as obras iniciaram-se em maio do mesmo ano e ficaram concluídas em 1912.

Este edifício não teve vida longa.

Oito anos depois, foi deliberado adaptá-lo “ á construção d’um novo Quartel para a Secção da Guarda Nacional Republicana, deliberação esta fundamentada na fraca concorrencia do referido mercado, devido às pessimas condições do local onde foi construido”. Foi também resolvido que “enquanto não fosse construido novo mercado este passaria a ter logar provisoriamente no largo do município”.

Desta forma, o mercado das verduras regressou para o largo fronteiro aos Paços do Concelho e aí permaneceu durante mais de três décadas.

No ano de 1937, o Engenheiro Anastácio Guerreiro de Brito

apresentou à Câmara um projeto para o mercado, mas este nunca chegou a ser concretizado.

Só na década de 1940 a construção de um novo edifício, que reunisse num único espaço a venda de frutas e legumes, como também de peixe e carne, tomou forma. Foram encetados os contactos com os proprietários de prédios localizados no Largo António Enes e Ruas José Estevão e Francisco Gomes Pablos.

O arquiteto Jorge Ribeiro de Oliveira, ao serviço da Junta de Província do Algarve, foi o responsável pelo projeto. Para a sua construção foi adotado um estilo arquitetónico denominado “Português Suave”, também conhecido por Estilo do Estado Novo ou Estilo Nacionalista, modelo utilizado em edifícios públicos e privados portugueses, essencialmente durante as décadas de 1940 e 1950.

O edifício é caraterizado pela utilização de elementos decorativos como pedra rusticada, cunhais e guarnição de vãos em cantaria, tetos de águas inclinadas com beirais e telha, falsas cornijas, pináculos, pilastras em varandins, arcadas e torreões de evocação medievalista com coruchéus rematados com esfera armilar e cata-ventos.

O Mercado não foi a única obra realizada por este arquiteto em Silves, que foi também o responsável pelo desenho do magnífico Salão Nobre dos Paços do Concelho, um dos mais belos da província, revestido a mármores rosados da região e seda lavrada e com um teto apainelado a oiro e azul.

Em 1944 foi realizada a escritura de compra a Josefina de Ornelas Vasconcelos, ilustre figura da sociedade local, de dois prédios urbanos, situados no Largo António Enes, para “ali ser feita a praça da cidade”. Um ano depois, foi adquirido a Raúl Carlos Freire, um prédio urbano na Rua José Estevão e Largo António Enes, para o mesmo fim.

Devido à sua grandiosidade e aquisição de diversos prédios para a sua construção, esta obra acarretou elevados custos para a Autarquia, tendo sido executada em três fases e contou com a comparticipação do Estado, pelo Fundo de Desemprego.

A empreitada para a “Construção do Mercado Municipal – 1ª fase” foi concedida a 7 de junho de

1950, à Firma “Construções Hércules, Limitada”, pela quantia de oitocentos e setenta mil escudos.

As obras iniciaram-se em 1951.

Em março de 1951 foi adquirida a João Caldas Garcia Reis, uma faixa de terreno, na Rua Francisco Gomes Pablos “para o prosseguimento dos trabalhos”.

Para fazer face às despesas a Câmara resolveu “contrair um emprestimo ate ao montante de quatrocentos mil escudos, na Caixa Geral de Depositos, Credito e Previdencia”.

Em 1955, foi efetuada a escritura de compra duma parcela de terreno e armazéns, pertencentes a João Caldas Garcia Reis, na Rua José Estevão, para abertura de uma rua, pela importância de doze mil duzentos e cinquenta escudos.

A construção da 2ª Fase foi adjudicada, a 20 de dezembro de 1955, ao empreiteiro José Gonçalves Caliço, pela quantia de duzentos e cinquenta e quatro mil escudos.

Em fevereiro de 1957, torna-se “oportuno e urgente resolver o problema da urbanização à roda do mesmo Mercado e do seu acesso pelo lado norte”. Depois de várias diligências, o seu proprietário, João Caldas Garcia Reis, vende uma parte do prédio pela quantia de cinquenta mil escudos.

Com a conclusão das obras (1ª e 2ª Fases) do Mercado, no final do mês de março de 1957, a Câmara procedeu à fixação de taxas e de horários.

Como não houve nenhum ato solene de inauguração, conjetura-se que o Mercado Municipal entrou em funcionamento no mês de junho de 1957.

Havendo a necessidade de efetuar o seu alargamento, a Câmara procedeu, em 1969, à aquisição de prédio na Rua José Estevão, a Maria de Lurdes da Cunha Freire Pereira Caldas, pela quantia de cento e oito mil escudos. Encontrando-se o rés-do-chão ocupado por inquilinos com estabelecimen-

Mercado Municipal, na atualidade

tos comerciais foi necessário pagar indemnizações, no valor de mil novecentos e quinze escudos e vinte centavos a João Prata & Companhia, e sete mil trezentos cinquenta oito escudos e quarenta centavos a Manuel Baia.

Em novembro de 1973, procedeu-se à abertura de concurso para a execução da 3ª fase. Foi adjudicada à Firma Félix Mendonça dos Santos, pelo valor de um milhão cento e dezoito mil cento e quarenta e nove escudos e cinquenta centavos. As obras tiveram início no ano de 1974 e ficaram concluídas dois anos depois.

Com a conclusão das obras da 3ª Fase , o edifício do Mercado Municipal de Silves adquire o aspeto que hoje ostenta.

O valor total do investimento rondou cerca de dois milhões quinhentos e oitenta e cinco mil contos.

Em fevereiro de 1979, atendendo ao espirito descentralizador da Lei das Finanças Locais, o Mercado passou a ser explorado pela Junta de Freguesia de Silves, que ficou encarregue da sua conservação e manutenção.

O Mercado Municipal de Silves desempenhou e continua a desempenhar um importante papel económico para muitas famílias do concelho, com várias gerações ligadas ao espaço. Único é também

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o mercado que se realiza todos os sábados de manhã, ao ar livre, junto ao edifício, onde agricultores e produtores expõem e vendem os seus produtos, proporcionando a quem o frequenta uma mescla inigualável de tons, cheiros e sabores.

Pela sua localização e forte imagem arquitetónica, é a edificação que mais carateriza a zona ribeirinha de Silves, constituindo também um cartão-de-visita da cidade e um espaço frequentado por inúmeros turistas. Detém também uma importante função social, uma vez que é um ponto de encontro e de sociabilidade, um local público por excelência, símbolo da cidade, objeto de memórias individuais e coletivas.

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História

Setembro 2015

Palavra puxa Palavra

Teodomiro Neto

Mulheres da Minha Terra ( 5) Mulheres Viris

M

ULHERES VIRIS. Conheci-as num número vário, mas neste registo se contam duas. Mulheres honestas, trabalhadoras, contra a corrente, que assumiram as responsabilidades do grupo familiar.

Vejo-as neste recordar: a Maria Branco, a Maria Coelho e a Teresa Azevedo ( que falarei na próxima edição). Elas diferentes e iguais.

Entraram no mundo do trabalho, quando o homem tinha essa função por inteiro e, que, por lei natural do tempo, desapareceram, nem sempre pela morte. Aquela que ficasse viúva ou abandonada, recorria a novo acasalamento, geralmente. Mas houve excepções, certamente!

Maria Branco ( ou Branca) como era mais conhecida, mulher redonda de corpo e de rosto, usava um cabelo curto e claro; olhos azulados, de beleza feminina escondida.

Fez-se uma importante comerciante de carnes, com talho e rebanhos de ovelhas, cabras e vara de suínos. Abastecendo outras freguesias. Nunca lhe conheci homem, sim, dois filhos: o Manuel subordinado à chefia da mãe e o Arlindo mais inclinado para a cultura política, contra a ditadura.

Sofreu as consequências da sua “rebeldia”, regressando das prisões doente e renegado. Não aguentou.

Maria Branca, se me lembro, era de assustar os moços, pouco convencional para a época feminina, sempre vestida como se fosse um homem: chapéu, casaco ou samarra, botas altas de canudo, cinto largo à cintura.

Era talhadora no seu mando, nas suas carnes, assustando no manejo das suas grandes facas de talho, sendo o seu estabelecimento no velho edifício da antiga praça de peixe, construção irregular, cortando a rua da Liberdade ao meio, frente ao palacete dos Remexidos.

As mulheres nunca entravam nas suas conversas. Os homens, sim.

Tinha residência na rua da Mina, topónimo que vinha dos tempos sem data, onde se avizinhava uma centenária mina, em que as memórias antigas correram os séculos dos tempos dos mouros. Ainda, nessa rua, se conheceu um poço que a mina alimentava de água, a zona

poente, que ligava a rua da Mina à rua João de Deus. Era também o bebedouro dos rebanhos, das manadas, sobretudo, pelos domingos, quando os vizinhos da serra aportavam ao povo.

Maria Branca criou um pequeno património, muito suado e distribuído pelos seus familiares e de sangue. Mulher de respeito, austera, sofredora, pelo seu Arlindo, o menino dos seus olhos. Aos olhos do mundo era a mulher/homem.

Na mesma rua da Mina, e frente à residência de Maria Branca, morava Maria Coelho. Viviam em ódios nunca conhecidos e sem palavras. Desses silêncios criados e respeitados, tratados límbicos que entraram na gaveta dos esquecimentos secretos. Pouco ou nada nos interessa. Porque a intenção não é transformar a mulher no estereótipo macho/fêmea.

Vamos conhecer a Maria Coelho, outra mulher de negócio, esta do peixe. Vivia com as suas três filhas: a Albertina, a Catarina e a Maria.

Esta última sucedeu-lhe no negócio. Era um retrato da sua vizinha da frente. O mesmo vestir viril. As atitudes de mulher que enfrentava os seus parceiros, num vernáculo muito característico.

Dominava o negócio do pescado. Podemos imaginar o poder de compra da população: carapau, cavala, sardinha, bogas. O peixe de escama, assim chamado, tinha comprador nos comerciantes e ou no breve grupo minifúndio que habitava na terra de João de Deus e do Remexido.

Assim, em tempo de verão e de maior pescaria, aos domingos, quando o mercado era farto em concorrência de peixe, vindo de Armação de Pera, Albufeira ou Portimão, era ver, em pleno Verão, em plena rua, pirâmides de peixe miúdo, comprado, ao fim do mercado, quando o dia se acabava para a venda pública. Maria Coelho absorvia todo o peixe ( sobretudo o carapau) para ser escalado e salgado, numa tarefa dos moços mais necessitados, que se disputavam pela quantidade de caixas preparadas para o armazém.

Depois, no Inverno, o “charro escalado” seria vendido e consumido pelas camadas mais carentes, passado a bacalhau dos pobres. Nisso, Maria Coelho foi uma Mulher de sentido social, de sua natureza.

Lembro, ela receber em sua casa, bastante modesta, uma família: mãe e filhos refugiados da fúria política de Franco, na perseguição aos republicanos, nos anos quarenta. Lembro a pequena Mercedes, a espanholita, como a recebíamos nas brincadeiras. Maria Coelho foi sempre uma mulher respeitada e generosa. Morreu pobre.

Reviver o Passado

Aurélio Nuno

Memórias de um encontro de alunos em S. B. de Messines em 1929

A

6 de julho de 1929 reuniram-se no edifício escolar de S. B. de Messines (hoje o Pólo de Educação ao Longo da Vida), em sessão solene, os alunos que fizeram exame de instrução primária em 1902.

A iniciativa terá sido promovida pelo Dr. Joaquim Rita da Palma, já então um conceituadíssimo advogado em Faro, e visava a confraternização entre antigos colegas.

Para o efeito compareceram os condiscípulos José de Castro, José Cândido Guerreiro, Silvério Palminha, Diogo Mascarenhas e Pedro Rita. Para abrilhantar a sessão era acompanhado ao piano o Sr. Serafim (ceguinho), enquanto na assistência se encontravam muitas senhoras e cavalheiros da aldeia.

Após uma breve homenagem ao professor António Conceição Teixeira (à época já falecido), na qual usaram da palavra o Dr. Rita da Palma, José C. Guerreiro e Reis Varela, foi prestado um pequeno tributo à memória de D. Maria

da Graça, também ela antiga colega falecida, em 1918, aquando do flagelo da Pneumónica. Assim, coube à sua filha, a D. Aura Calado Gameiro, por ser a mais desinibida das três irmãs, então com 14 anos, declamar um lindo poema, de autoria do Dr. Rita da Palma, intitulado “Mãe”: Mãe As ilusões assemelham-se a um colar De pérolas alvíssimas de espuma Se o fio que as segura se quebrar Caem no chão dispersas uma a uma.

Caem no chão dispersas uma a uma Se o fio que as segura se quebrar Entre tantas sempre fica alguma Sempre alguma há de ficar!

Das minhas ilusões, dos meus afetos,

Muitas caíram já no pó também Uma não caiu nem cairá jamais É o teu amor santíssimo de mãe Aquele que eu mais prezo entre os demais!

Volvidas quase nove décadas desse momento a D. Aura, que completou no passado dia 2 de setembro 101 anos de idade, partilhou-o connosco, de memória e sem interrupções. A D. Aura Calado será por estes dias uma das últimas sobreviventes que assistiram àquela “reunião de curso”, numa época em que a educação não era generalizada a todas as crianças, grassando um analfabetismo avassalador, que teve repercussões no desenvolvimento de S. B. de Messines, do Algarve e do país ao longo de várias décadas.

Ilustres Silvenses Duas irmãs, atrizes de mérito reconhecido

D

ores Aço e Teresa Aço, irmãs, foram duas actrizes nascidas em Silves e que alcançaram um lugar de reconhecimento no panorama teatral da sua época.

Completamente esquecidas na sua cidade natal, aqui se traz a sua memória.

DORES AÇO (1866) – (19-06-1893) Dores Aço, nasceu em Silves e faleceu em Lisboa. Estreou-se no Teatro Baquet, do Porto, em 1885, na peça “O Cardial Dubois”, tradução de Borges de Avelar.

Dores Aço foi uma Actriz de muito merecimento. Trabalhou em muitos Teatros de Lisboa, Porto, Províncias Ultramarinas e Ilhas, representando, entre outras, as seguintes peças: “Kean, Médica das Crianças”; “Mamemoiselle de La Seigliére”; “Cabo Simão”; “Três Mulheres para um Marido”; “Mártir Paralítico”; “Mártir da Vitória”; “Honra por Honra”, “Milhões do Criminoso”; “Morgadinha de Val-Flor, etc.

Dores Aço era irmã da actriz Teresa Aço, foi casada com o Actor José Ricardo e cunhada do actor e empresário Afonso Taveira.

TERESA AÇO (18-05-1852) – (13-05-1892) Teresa Aço nasceu em Silves e faleceu em Lisboa. Estreou-se, muito nova, no Teatro Lethes, de Faro, na peça “Morgadinha de Val-Flor”.

Trabalhou em muitos Teatros de Lisboa, Porto, Províncias Ultramarinas e Ilhas. Em 1881 ingressou no Teatro D. Maria I. Representou, entre outras, as seguintes peças: “Mártir”, “Tomada da Bastilha”; “Marquês de La Seigliére”; “Fidalgos da Casa Mourisca”; “Princesa de Bagdad”; “Cabo Simão”; “Filha do Mar”; “Senhora da Bonança”; “Noites da Índia”; “Filho da Noite”; “Falsa Adúltera”; “Cão de Cego”; “Cabana do Pai Tomaz”, etc.

Era irmã da actriz Dores Aço.

Foi casada com o actor e empresário Afonso Taveira e cunhada do actor José Ricardo.

Teatro Baquet ( Porto)

Manuel Lopes Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 01, Pág.

279) Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres, de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 7”

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Sociedade

História Setembro 2015

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Curso de Língua Árabe em Silves

O Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves organiza mais um Curso de Língua Árabe, níveis 1 e 2.

O curso tem início no dia 19 de outubro, em horário pós-laboral, das 19h às 21 h, na Casa da Cultura Islâmica.

Informações e inscrições nos seguintes contactos: Centro de Estudos Luso-Árabes Apartado 58, 8300-999 Silves; Tlm: 966345976 ; Email: silveslusoarabe@hotmail.com

Apresentação de Revista Nova Águia em Messines

No dia 24 de setembro, às 21h30, terá lugar a apresentação de um novo número da Revista Nova Águia, em S. Bartolomeu de Messines.

A apresentação decorre na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense com as presenças do diretor da revista, Renato Epifânio e da vice-diretora Maria Luísa Francisco.

Este que é o número 15 da revista evoca o centenário do Revista “Orpheu” que, não obstante a sua brevidade, marcou profundamente o panorama cultural da época.

Evoca igualmente o centenário da “Arte de Ser Português”, essa obra tão emblemática dos desígnios da Revista “A Águia” e do Movimento da “Renascença Portuguesa”.

Fiel à sua condição transnacional lusófona, a Nova Águia publica neste número as Comunicações proferidas na I Conferência Cabo-Verdiana “Filosofia, Literatura e Educação”, promovida pelo Movimento Internacional Lusófono (MIL) na Universidade de Cabo Verde.

Pinharanda Gomes é uma figura igualmente em destaque, pela entrevista feita por Luís de Barreiros Tavares – publicada na secção Extravoo, onde se poderá ler igualmente uma entrevista a José Eduardo Franco, onde, entre outros assuntos, se fala da recente edição da Obra Completa do Padre António Vieira, um dos maiores acontecimentos editoriais nos últimos anos no universo lusófono.

Lembre-se que a Revista Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.

A Revista NOVA ÁGUIA, criada em 2008, pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado ao século XXI, conforme se pode ler no nosso Manifesto.

Para o próximo número, está já na calha uma outra entrevista feita por Luís de Barreiros Tavares a Eduardo Lourenço.

Exposição de Pintura na Sociedade de Messines

Uma exposição de pintura de Elisa Alves encontra-se exposta, até dia 30 de outubro, na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense.

A exposição tem o título “Paixão na Pintura” e reúne um conjunto de trabalhos de Elisa Alves, nos quais a mesma revela todo o seu mundo interior através da arte, que encara como um prazer e uma terapia fundamental ao seu bem-estar.

Elisa Alves nasceu na Freguesia de S. Bartolomeu de Messines, no seio de uma família numerosa e desde muito pequena adorava fazer rascunhos.

A sua vida desenrolou-se entre o Algarve e Lisboa, tendo casado e sido mãe de três filhos. Em 1999, emigrou para Inglaterra, na esperança de encontrar melhores condições de vida.

Em 2008 começou a fazer os primeiros trabalhos de pintura. Os seus trabalhos são 100% autodidatas, pois nunca frequentou lições de pintura.

Elisa Alves integra a ELY ART SOCIETY e a SSA- Society for all artists, organizações de artistas em Inglaterra.

Em 2013 e 2014 fez duas exposições em Inglaterra.

Exposição de fotografias do Racal Clube de Silves

Uma mostra de fotografias do Algarve, organizada pelo Racal Clube, é o tema da exposição que a Biblioteca Municipal

Marta de Aguiar, Paulo Medeiros, Sérgio Reis, Silvestre Raposo, Marília Resende e Hermínia Cândido.

“As Revelações Intimas de Sócrates”

O livro de Marco António Flor, “As revelações íntimas de Sócrates” é apresentado na Biblioteca Municipal de Silves no dia 26 de setembro, às 15h.

A organização é do Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta, com o apoio da Câmara de Silves.

O autor, Marco Flor nasceu em Moçambique, em 1971. Reside no Algarve desde 1976, e é empresário. “Desde jovem interessou-se pelos segredos da vida, procurou no exterior respostas”para concluir que “o maior segredo está dentro de nós.

Abandonando o Curso de Física, inscreveu-se no Curso de Psicologia levado “pela curiosidade incansável e amadurecida”.

Sobre este seu livro, publicado pela Chiado Editora, diz: “Conquiste a sua liberdade espiritual lendo as ironias da vida, segundo Sócrates!”

Teatro em Silves de Silves apresenta até ao dia 30 de setembro.

Esta mostra, revela os trabalhos de alunos de cursos de fotografia para amadores que o Racal Clube tem organizado e que “ vão muito além de ensinar a usar os botões da máquina fotográfica; antes procuram atingir algo mais do que a mera representação de uma cena ou objeto”.

O Racal Clube é uma instituição de utilidade pública sediada em Silves que em tempos foi conhecido por atividades importantes no domínio do automobilismo, teatro, rádio e diversos eventos culturais, entre eles o único concurso de fotografia reconhecido em Portugal pela Sociedade Americana de Fotografia e pela Federação Internacional de Arte Fotográfica, sediada em Bruxelas, de que o Racal é o representante em Portugal.

Exposição de Pintura e Escultura em Messines

A Casa-Museu João de Deus promove, até ao dia 30 de outubro, uma mostra coletiva de pintura e escultura, intitulada “Cumplicidades”, com trabalhos do “Grupo 9”.

O Grupo 9 “integra artistas provenientes de diferentes locais do país” e com “formações artísticas diversificadas”. O Grupo surgiu em 2011, “procurando congregar esforços individuais na promoção do debate e da troca de experiências em torno da diversidade artística”.

A mostra tem trabalhos de Chi Pardelinha, Florentina Resende, Manuel Carvalho, Manuela Taxa, Maria Rafael,

“Sabina”, a partir da peça “Sabina Freire”, de Manuel Teixeira Gomes, é a proposta da companhia de teatro Alteatro que apresenta espetáculos de 23 a 27 de setembro e de 1 a 4 de outubro.

Os espetáculos serão no Teatro Mascarenhas Gregório, às 22h.

Esta iniciativa é fruto de uma parceria estabelecida entre a Alteatro ( companhia de teatro residente em Silves), o Município de Silves e ainda a Direção Geral das Artes e Secretaria de Estado da Cultura.

A entrada é livre e o público é convidado a deixar um donativo.

Sabina Freire é uma peça de teatro escrita por Manuel Teixeira Gomes em 1905. A história baseia-se em duas mulheres que se odeiam: D. Maria Freire, fidalga de província, conservadora e austera e a sua nora Sabina, mulher esplêndida e sensual. O texto escrito por Manuel Teixeira Gomes, o algarvio que foi Presidente da República, alterna entre o drama e a comédia, numa paródia aos costumes da época, ao meio social e à mentalidade tacanha. É a partir deste texto que a Alteatro compõe o seu trabalho.

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Geral

Agenda Setembro 2015

Feiras e Mercados

Eventos Exposição “Mercado Municipal de Silves” - Nos Paços do Concelho, até 30 de setembro. De segunda a sexta feira das 9h às 17h.

Exposição “No caminho do Lince Ibérico”, no Castelo de Silves, diariamente das 9h às 17h.

Exposição Fotográfica “Fotografias do Algarve” – De alunos dos cursos do Racal Clube, na Biblioteca Municipal de Silves, até 30 de setembro. De segunda a sexta feira das 10h às 18h30; sábado, das 14h às 18h30.

Exposição de Pintura “Paixão na Pintura” – De Elisa Alves, na Sociedade de Instrução e Recreio Messinense, todos os dias ( exceto às segundas-feiras), das 8h às 19h.

Exposição de Pintura e Escultura “ Cumplicidades” – Do Grupo 9, na Casa Museu João de Deus, das 10h às 18h, até 30 de outubro.

Exposição “Há 25 anos a conservar e a restaurar”- No Museu Municipal de Arqueologia, todos os dias, das 10h às 18h.

Exposição “Arte de Lourdes Abraços” ( pintura em porcelana) – Torreão da Almedina. Dias úteis das 10h às 13h e das 14h às 18h.

Casa Museu João de Deus - Exposição Permanente sobre João de Deus, em Messines. Com Espaço da Biblioteca, Espaço Multimédia e Ludoteca, onde são organizadas várias actividades, das 10h às 13h e das 15h às 18h. Encerra aos sábados, domingos e feriados.

Encontro de Veículos Clássicos em Armação de Pêra – No 1º domingo de cada mês, junto ao Mini Golfe.

Empregos

Mercado no Algoz – Na 2ª segunda-feira do mês; perto da Junta de Freguesia.

Mercado em Messines – Na 4ª segunda-feira do mês, no terreno de feiras e mercados.

Mercado em S. Marcos da Serra – No 1º sábado do mês, junto à povoação.

Mercado em Silves- Na 3ª segunda-feira do mês, no terreno de feiras.

Mercado em Tunes – No 4º sábado do mês, junto à passagem de nível.

Mercado em Azilheira – Na 1ª quinta-feira do mês.

Mercado em Alcantarilha – Na 1ª sexta-feira do mês, no centro da vila.

Mercado em Armação de Pêra – Na 3ª quinta-feira do mês.

Feira de Velharias no Algoz- No 1º sábado de cada mês, no centro da povoação.

Feira de Velharias em Silves- No 3º sábado de cada mês, junto à Fissul.

Feirinha Mensal- De artesanato e produtos locais. No Mercado Municipal de S. B. Messines, aos 2ºs sábados de cada mês.

Feira de Velharias em Messines- ao 2º sábado de cada mês, no Jardim Municipal

Feira de Velharias em Alcantarilha- 4º sábado do mês Sítio do Bacharel, frente ao cruzamento das Fontes de Matosa Mercados Gourmet Alternadamente entre Alcantarilha e Pêra- 3º sábado do mês

2 vagas para encarregado de refeitório- Para S.B. Messines.. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588595261 Ajudante de cozinha – Para Silves, para piscinas. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588594444 Empregado de mesa- Para S.B. Messines. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588591507 2 vagas Empregado de limpezas para parque de campismo – Para Silves. No site do IEFP: www. netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588591978 Trabalhador agrícola para estufas – Para Silves. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588590658 Técnico Oficial de Contas – Para Silves. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588586366 Especialista em redes informáticas- Para União de Freguesias Alcantarilha e Pêra. No site do IEFP: www. netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588582864 Técnico de Engenharia Civil- Para União de Freguesias Alcantarilha e Pêra. No site do IEFP: www.netemprego. gov.pt. / Oferta nº 588582850 Empregado de posto de combustíveis- Para Algoz.

No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588582956 Empregado de armazém- Para Alcantarilha. No site do IEFP: www.netemprego.gov.pt. / Oferta nº 588546524 Comerciais para imobiliária- Para loja em Armação de Pêra. Enviar CV para: geral@landexpert.pt ou contactar: 282 314 538.

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Geral

Escritura

Escritura

CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA MARIA MARGARIDA FRESCO BORLINHA HENRIQUES, SITUADO NA RUA CRUZ DE PORTUGAL À PROJECTADA DIOGO MANUEL, BLOCO A, EDIFICIO ARADE, LOJA 3 C, SILVES. CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em vinte e oito de Agosto de dois mil e quinze, foi exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, lavrada a folhas cento e trinta e três verso e seguintes do Livro de Notas número cento e quarenta e sete, deste Cartório, os quais, MANUEL XAVIER FELICIANO e mulher ALICE MARIA GONÇALVES, casados no regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia e concelho de Silves e residentes habitualmente na Ladeira de São Pedro, em Silves; contribuintes fiscais números 113 568 240 e 113 568 231.

Declaram os outorgantes, que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do prédio urbano, sito na Ladeira de São Pedro, freguesia e concelho de Silves, composto de três divisões, cozinha, duas casas de banho, duas despensas e logradouro, com a área coberta de noventa e dois virgula cinquenta metros quadrados e descoberta de sessenta e sete virgula cinquenta metros quadrados, destinado a habitação, confinante do norte com José Manuel Gonçalves Feliciano, do sul, não especificada, do nascente, com José do Carmo e do Poente, com Raul Xavier Feliciano e Isaurinda Feliciano, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves, e inscrito na matriz predial urbana, em nome do justificante marido, sob o artigo 7807, com o valor declarado igual ao patrimonial tributário de 52 220,00 Euros.

Que ele outorgante marido, adquiriu o prédio, ainda no estado de solteiro, maior, por meio de doação verbal nunca reduzida a escritura, feitas por seus pais, José Feliciano e mulher Maria da Conceição Xavier, casados no regime da comunhão geral de bens, e residentes que foram habitualmente na Ladeira de São Pedro, em Silves, no mês de Agosto do ano de mil novecentos e cinquenta e um, e em data e mês que não pode precisar.

Que desde esse ano possui o prédio em nome próprio, habitando-o, utilizando-o, conservando-o, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente e com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu o imóvel por USUCAPIÃO, não tendo todavia dado o modo de aquisição, documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade perfeita.

Está conforme o original.

Silves, vinte e oito de Agosto de dois mil e quinze

Escritura

CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA MARIA MARGARIDA FRESCO BORLINHA HENRIQUES, SITUADO NA RUA CRUZ DE PORTUGAL À PROJECTADA DIOGO MANUEL, BLOCO A, EDIFICIO ARADE, LOJA 3 C, SILVES. CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em vinte e sete de Julho de dois mil e quinze, foi exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, lavrada a folhas oitenta e seguintes do Livro de Notas número cento e cinquenta, deste Cartório, a cargo da Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques, na qual MANUEL JOÃO DO ESPÍRITO SANTO TERRA e mulher ISABEL DOS SANTOS MARTINS TERRA, casados no regime da comunhão geral de bens, naturais respectivamente da freguesia de Guia, concelho de Albufeira e da freguesia de Pêra, concelho de Silves e residentes habitualmente em São Lourenço do Palmeiral, Pêra; contribuintes fiscais números 110 347 757 e 110 347 765, foi dito que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Vales de Algoz, União das freguesias de Algoz e Tunes, concelho de Silves, composto de mato e cultura arvense, com a área de dez mil oitocentos e oitenta metros quadrados, confinante do norte com José Manuel da Palma Santos, do sul, com Sulceram- Cerâmicas do Sul, S. A. , do nascente com Emil Sejby e do poente, com Rui Carlos Martins Terra, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves, e inscrito na matriz predial rústica, em nome do justificante marido, sob o artigo 1 da Secção AV, com o valor declarado igual ao patrimonial tributário de 50,15 Euros.

Que eles justificantes adquiriram o referido prédio rústico, por meio de compra verbal nunca reduzida a escritura, feita a António Mascarenhas Cochado e mulher Rosa Maria Gonçalves Cochado, casados no regime da comunhão geral de bens e residentes que foram na Rua da Igreja, número 32, em Pêra, e já falecidos, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, e em data e mês que não podem precisar.

Que desde esse ano possuem o prédio, em nome próprio, cultivando-o, colhendo os frutos, conservando-o, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente e com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o imóvel por usucapião, não tendo todavia dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer prova do seu direito de propriedade perfeita.

Está conforme.

Silves, vinte e sete de Julho de dois mil e quinze

A Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques

A Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques

Registado sob o nº 117 Emitido recibo.

(Publicado no jornal Terra Ruiva, edição nº 169, de 08 de Setembro de 2015)

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Registado sob o nº 144 Emitido recibo.

(Publicado no jornal Terra Ruiva, edição nº 169, de 08 de Setembro de 2015)

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Setembro 2015

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CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA MARIA MARGARIDA FRESCO BORLINHA HENRIQUES, SITUADO NA RUA CRUZ DE PORTUGAL À PROJECTADA DIOGO MANUEL, BLOCO A, EDIFICIO ARADE, LOJA 3 C, SILVES.

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em trinta de Julho de dois mil e quinze, foi exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, lavrada a folhas oitenta e quatro verso e seguintes do Livro de Notas número cento e cinquenta, deste Cartório, a cargo da Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques, na qual TEÓFILO JOSÉ CABRITA NETO e mulher DÉLIA ASSUNÇÃO PEREIRA GOMES CABRITA NETO, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais respectivamente da freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves e da freguesia de Boliqueime, concelho de Loulé e residentes na Avenida 25 de Abril, número 26, em Albufeira; contribuintes fiscais números 114 246 335 e 114 246 343; e JOSÉ CABRITA CAETANO e mulher ALICE DA CONCEIÇÃO MARTINS NETO CABRITA CAETANO, casados no regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, onde residem na Rua Heróis de Mucaba, número 52; contribuintes fiscais números 136 152 414 e 162 343 779; foi dito que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, de um terço para cada um, do prédio rústico, sito em Perna Seca, ou Guarita, freguesia de São Marcos da Serra, concelho de Silves, composto de cultura arvense, montado de sobro ou sobreiral, leitos de curso de água e construções rurais, com a área de oitocentos e setenta e sete mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar actualmente do norte, com Maria Manuela Vitorino Sequeira e Maria de Lurdes Sequeira Perpétuo e outros, do sul, com Herdeiros de Armando Manuel Cabrita Calado, do nascente, com Herdeiros de Inácio Pontes Guerreiro, Vânia Lisa Pedro Calado e outros e do Poente, com Angelbert Huber, Manfred Rolf Zachan e outros, descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves, sob o número três mil cento e oitenta e nove, onde se acha registado, um terço a favor do primeiro outorgante, outro terço, a favor dos segundos outorgantes, e o restante terço, a favor de Domingos Manuel Figueira Neto Cabrita e mulher Maria Suzana Dias Barroca da Franca Ribeiro Neto Cabrita, pela Ap. três de vinte e seis de Abril de mil novecentos e setenta e três e inscrito em nome dos justificantes na matriz predial rústica, metade para cada um, actualmente sob o artigo 1 da Secção EZ, com o valor declarado igual ao patrimonial tributário de 13 783,03 Euros e anteriormente sob o artigo 993.

Que o justificante Teófilo José Cabrita Neto, à data da aquisição já casado com Délia Assunção Pereira Gomes Cabrita Neto, sob o regime da comunhão de adquiridos, e os segundos outorgantes, adquiriram o restante terço do prédio rústico, em comum e partes iguais, por meio de compra verbal, nunca a reduzida a escritura, a Domingos Manuel Figueira Neto Cabrita e mulher Maria Suzana Dias Barroca da Franca Ribeiro Neto Cabrita, à data da aquisição, casados no regime da comunhão geral de bens e ora casado com Isabel Maria de Jesus Marques Neto Cabrita, no regime imperativo da separação de bens, e residentes na Rua Barão Sabrosa, número 157, terceiro, direito, frente, em Lisboa, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, e em data e mês que não podem precisar.

Que desde esse ano possuem o restante terço do prédio, em nome próprio, cultivando-o, colhendo os frutos, utilizando-o e conservando-o, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente e com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o citado imóvel na proporção mencionada por USUCAPIÃO, não tendo todavia dado o modo de aquisição documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade para fins de registo.

Está conforme.

Silves, trinta de Julho de dois mil e quinze A Notária Maria Margarida Fresco Borlinha Henriques Registado sob o nº 169 Emitido recibo.

(Publicado no jornal Terra Ruiva, edição nº 169, de 08 de Setembro de 2015)

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