Jardins - edição 03

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aQuadra

DEZEMBRO 2017/JANEIRO 2018

O J O R N A L D O J A R D I M PA U L I S TA N O E D O S A R R E D O R E S

VIDA DE BAIRRO ECONOMIA

GENTE

VIAGEM

CRÔNICA

ESTILO

DESIGN

PRAÇAS

URBANISMO

GASTRONOMIA

COMPORTAMENTO

CULTURA

LENTE

ANTENA

VIVER BEM

INSPIRAÇÃO CONVIZINHO

D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA

Vida saudável

Tempo de jasmim

Predinho em Pinheiros

Sossego urbano


EDITORIAL Publisher e diretora de redação Helena Montanarini Editora convidada Tatiana Rezende (MTB 30560) Diretora criativa Mabel Böger Carrazza Colaboradores Claudia Fidelis (tratamento de imagens), Gianluca Targino Mosca (produção), Giulia Magalhães (produção), Helena Bocayuva, JM, Luciana Maria Sanches (revisão), Nina Giglio, Paula Vasone, Paulo Giandalia (fotografia), Pedro Silva, Silvia Sibalde, Tati Vela, Valderson de Souza Publicidade Adriana Gorni comercial@jornalaquadra.com.br CTP, impressão e acabamento Gráfica Stilgraf www.stilgraf.com.br O jornal aQuadra é uma publicação bimestral da Montanarini Consultoria Editorial Ltda. - ME Rua Francisco Leitão, 653, 2o andar, conj. 22, CEP 05414-025, Pinheiros, São Paulo, SP, tel.: (11) 3898-3036 CNPJ.: 57.473.407/0001-53

aquadra@jornalaquadra.com.br www.jornalaquadra.com.br

Fotos: ilustração: Pedro Silva. CAPA: Paulo Giandalia; divulgação; Velentino Fialdini; ilustrações: Tati Vela, Ucho Carvalho

producao@jornalaquadra.com.br

Edição 4: fevereiro/março 2018 Distribuição: 1/2/2018

PADRINHOS

Lucinha Mauro Michel Farah Tatiana e Mariana Gabriel Vânia Assaly

Chegamos ao nosso terceiro número com vários motivos para celebrar. A colaboração e o talento de artistas plásticos, designers, ilustradores e fotógrafos contribuíram para tornar esta edição muito especial. O empenho dos vizinhos, dando ideias e enviando boas energias, também foi essencial para deixá-la inesquecível. Uma das sugestões até virou tema de uma reportagem sobre etiqueta na vizinhança. O talentoso designer Ucho Carvalho nos presenteou com a aquarela que ilustra nossa capa, o Q em ritmo natalino. Um de nossos vizinhos mais ilustres, o jurista José Afonso da Silva, escreveu uma deliciosa crônica de Natal. Nesta época de festas, em que todos preparam sua própria decoração natalina, pedimos a ajuda de duas designers florais: Luly Vidigal nos ensina a criar uma bela guirlanda e Aline Matsumoto constrói uma árvore tropical. O toque afetivo fica por conta de Suzana Gasparian, que compartilhou e ilustrou a sua receita de bolachinhas de Natal. A Casa Bola, ícone dos anos 1970, e a residência da família Fontoura, uma das fachadas mais fotografadas do bairro, são o resgate arquitetônico de nosso terceiro número. Descobrimos também Helena Bocayuva, a mulher do drone, que nos ajudou com a bela foto aérea para o roteiro cultural e gastronômico do Baixo Pinheiros. Outro grande momento da edição é a reportagem sobre mobilidade urbana. O assunto foi tema de um debate promovido por aQuadra para discutir a questão que afeta todas as metrópoles. Encerramos o ano com as previsões do astrólogo Valderson de Souza para 2018. Feliz Natal, ótimo 2018 e boas férias!

Helena Montanarini


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HELENA BOCAYUVA Pilota de imagens aéreas, é formada em hotelaria, publicidade e TI. Tem um canal no YouTube chamado A Mulher do Drone, no qual exibe filmes e fotos de São Paulo vista lá de cima.

Crônica

Colaboradores

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Por DR. JOSÉ AFONSO DA SILVA Foto LUCAS LENCI

UCHO CARVALHO É designer e trabalha como consultor de comunicação visual e propaganda. Na profissão há algumas décadas, já realizou trabalhos nas áreas de editorial, publicidade, marketing e televisão.

DANIEL KONDO Nascido em Passo Fundo (RS), o ilustrador e cartunista já foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti na categoria Ilustração com os livros Minhas Contas e Surfando na Marquise.

SILVIA SIBALDE Jornalista por formação e cozinheira por vocação. É colunista do Revista CBN, com o quadro Cozinha Cordial, do qual é idealizadora.

ALINE MATSUMOTO Com uma trajetória de 14 anos de experiência, a designer floral define criatividade como um processo que une o olhar seletivo com pesquisa e conhecimento técnico tendo em vista desafios propostos pelos clientes.

FELIZ ANO NOVO!

RENÉ FERNANDES É arquiteto e também trabalha com arquitetura de interiores. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, atua na área há 20 anos. Já participou da Casacor São Paulo nos anos 1990 e de áreas vip da Fórmula 1.

O TUCA REINÉS TIAGO GUIMARÃES Paulistano e fotógrafo Tiago Guimarães, pai da desde meados de 1970, Camilla, do Joaquim e é internacionalmente da Teresa, é consultor de reconhecido pelas belas branding da Thymus, onde imagens de arquitetura de ajuda líderes e companhias interiores publicadas em a ter sucesso nestes tempos revistas renomadas. turbulentos. Tem 42 anos de natal.pdf 1 11/17/17 5:25 PM “Praça do Ovo”.

LULY VIDIGAL Tornou-se mestre em arranjos florais pela Ikebana School, em Nova York, e deu aula no New York Botanical. Hoje, anos depois, Luly traz grandes clientes no portfólio.

LUCAS LENCI Fotógrafo, estudou desenho industrial e fotografia em São Paulo. Trabalhou como produtor e diretor de arte. Tem três livros publicados, prêmios e participou de exposições dentro e fora do Brasil.

VALENTINO FIALDINI Fotógrafo e artista plástico, é filho do fotógrafo Romulo Fialdini e sobrinho do escultor Dan Fialdini. “Está no sangue da família”. Já expôs em SP e BH, na Zipper e na AM Galeria.

fim do ano está chegando. É hora de tomar algumas providências, para que o ano que vem seja melhor do que o que está acabando. Por mim, já estou aprontando minha roupa branca para usar na virada do ano. Roupa branca porque o branco simboliza paz, iluminação e bondade. Mesmo que eu passe o Réveillon em casa, só com minha mulher, vamos os dois passá-lo de roupa branca, e ainda vou pedir à Lenita que adicione lentilha a nossa ceia de fim de ano. Comer lentilha no fim do ano propicia fartura. Essa superstição foi trazida ao Brasil pelos imigrantes italianos. Na Itália, existe até um ditado popular que diz: “Lentilha no Ano-Novo, dinheiro o ano todo” (“Lenticchie a capod´anno franchi tutto l´anno”). Mesmo que não se acredite muito nessas coisas, não custa utilizá-las, vai que são verdadeiras... Se formos para a praia, vamos acender muitas velas na areia em prol de Iemanjá. E à meia-noite vamos pular sete ondas. De acordo com a tradição, Iemanjá nos purifica e dá força para vencer os obstáculos a serem enfrentados no próximo ano. Por que pular exatamente sete ondas? Sete é um número considerado espiritual e representa Exu, filho de Iemanjá. Ao pular as sete ondas, você invoca os poderes de Iemanjá, abrindo caminhos para o próximo ano. Cada pulo deve ser acompanhado de um pedido que você deseja que seja realizado. Após pular, não vire as costas para o mar, senão quebra o encanto. Essas são algumas das superstições de fim de ano que integram a cultura popular brasileira. País de religiosidade difusa, de um catolicismo distante da ortodoxia da igreja, um catolicismo sincrético, muito contaminado da religiosidade africana. Não é de estranhar que o imaginário popular adicione outros símbolos às suas vivências culturais, o que explica as superstições, simpatias e crendices do fim do ano. O Brasil anda tão mal que, em vez de sete, convido-os a pular 14 ondas, para limpá-lo. A cada pulo, peça que a divindade o livre de males. Amém.

TATIANA REZENDE Jornalista, já teve passagens por Folha de S. Paulo, Terra e TV Globo. Atualmente, é cronista e colunista de cinema do site KBR Digital. Ávida por novidades, é curiosa e adora andar pelo bairro.

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Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 847 Tel.: (11) 3567-1270 - www.vascovasconcellos.com.br

Fotos: divulgação; Paulo Giandalia

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JOSÉ AFONSO DA SILVA Jurista, especialista em direito constitucional, professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP e autor de vários livros. Foi secretário de Segurança Pública do Estado entre 1995 e 1999. Tem 92 anos e é morador do bairro há 20.


Vida de Bairro

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A TENSÃO E A CERCA

Com cerca: Crianças soltas no cercado Mamães conversando ou no celular Babás namorando ou no celular Cachorros livres pra brincar e fazer cocô Donos sem precisar olhar para seus cachorros A tensão boa é bom, deixa vivo, atento, sensível e, segundo a biologia, em condições para evoluir. Sem tensão ficamos moles, desatentos, insensíveis e, assim, perdendo vida. 12/8 é a tensão boa do nosso corpo. Em toda a natureza é assim, fica de bobeira para ver! Com a nossa bunda ou postura, funciona assim também, elas ficam belas na medida que damos atenção a elas. É igual nas relações entre as pessoas e entre os animais e as pessoas. Se parar de dar atenção, elas correm mais risco ou perigo. Com a ideia ou o ideal equivocado da tranquilidade, buscamos eliminar a tensão com muros, defesas e cercas, acreditando ser a melhor solução. Mas se funcionamos mais como a natureza

Etiqueta entre vizinhos Comportamentos aparentemente simples, como levar o cachorro para passear, podem se tornar um problema de convivência

Tensão é necessária Atenção também Sem tensão tá morto Sem atenção tá largado Muita tensão paralisa Muita atenção também Pouca tensão fica mole Pouca atenção fica solto Cerca tira tensão Não precisa de atenção Cerca é para tirar o convívio Sem convívio não tem tensão Não precisa atenção Nem de atenção Não tem o que cuidar Tensão boa é a que tem atenção. Atenção boa é aquela que cuida do seu até o limite do outro. Por Tiago Guimarães Vizinho e consultor de branding da Thymus

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Etiqueta na vizinhança é ser um cidadão na comunidade, um bom vizinho, ter respeito ao próximo, evitar fazer coisas que atrapalhem ou dificultem a convivência com as pessoas que residem perto da sua casa. Seja gentil e respeitoso, vamos fazer do nosso bairro um lugar melhor.

A falta de consciência com o coletivo é algo que me incomoda. Não entendo deixar cocô na rua, jogar lixo no chão, desperdiçar água lavando carros e calçadas. E o mais incrível é que isso aconteça em um bairro com moradores que deveriam ser mais bem-educados.

Uma vez presenciei um senhor andando com o cachorro em frente à minha casa. Ele observou o cão fazendo cocô no meu canteiro e nada fez. Eu o abordei dizendo: ‘Nós, moradores do bairro, estamos fazendo uma campanha para que as pessoas recolham as fezes de seus cachorros com saquinhos plásticos’. Ele disse: ‘Mas é bom que aduba’. Eu respondi que não era correto, que deixa cheiro, que queima as plantas e que se ele achava que cocô de cachorro é bom, que usasse na casa dele e não na dos outros. Sugiro começarmos a exercer nosso papel de cidadãos ativos.

Bibiana Vieira, vizinha

Fernando de Sampaio Barros, vizinho

tura, empresas e fundações parceiras, doações e também por meio de eventos e brechós. Boa parte da renda vem dos dois brechós; um em Pinheiros, na Rua Maria Carolina; e outro em Santana, no bairro de Lauzane Paulista. “Temos de tudo: roupas, sapatos, móveis, objetos para casa, prataria... É maravilhoso”, diz Teli. Para mais informações sobre doações e voluntariado: asatransforma.org.br/asa/

Acima, a capa do livro que comemora os 75 anos da Associação Santo Agostinho, a ASA

O INCÔMODO MORA AO LADO

Fotos: divulgação

Sem cerca: Mais atenção às crianças Baba menos no celular Papai brincando mais com filho Cachorro brincando com dono por perto Dono de cocô de cachorro vendo ele fazer

do que como as máquinas, eliminar a tensão dá errado. Tudo que elimina a tensão está diminuindo a chance de criar sensibilidade ao outro, de estar atento ou dar atenção de qualidade àquele que está com você ou no mesmo espaço que você. Seja para criar e fortalecer vínculos ou para se proteger. Se nos cercamos ou cercamos alguém, queremos eliminar o convívio ou o risco dele com outra pessoa ou animal. Estamos eliminando a necessidade de dar ou prestar atenção. Uma boa tensão faz bem.

“A ASA é um vírus. A gente pega e não larga mais.” É dessa forma como Marilena Pinheiro Lobo, de 83 anos, define sua participação como voluntária da Associação Santo Agostinho, a ASA, que está completando 75 anos. Para celebrar a data, a instituição lançou, no dia 22 de novembro, na Casa do Saber, um livro em que retoma suas origens. Fundada por um grupo de ex-alunas do Colégio Des Oiseaux, das Cônegas de Santo Agostinho, a ASA nasceu com o propósito de ajudar crianças, mas hoje, além delas, atende mais de 1.400 adolescentes e idosos por meio de cinco creches, cinco recantos para adolescentes e um centro-dia para idosos. A primeira creche surgiu em 1951, na Rua Bela Cintra. Em pouco tempo, o trabalho se expandiu para bairros mais periféricos da cidade. “Temos grande necessidade de voluntariado, seja monitorando algum dos cursos que oferecemos ou captando recursos”, diz Maria Estela Penteado Cardoso, a Teli, atual presidente do Conselho de Administração. As atividades da ASA são mantidas graças a convênios com a prefei-

Fotos: JM, divulgação, ilustração Daniel Kondo

Para que servem as cercas? E se não tivesse cerca?

ASA, 75 ANOS

André Vieira, vizinho

Carros estacionados na saída da garagem, festas com música alta, saquinhos com fezes de cachorro na frente da porta, muros construídos fora do limite legal, latidos de cães, obras barulhentas, choro de bebês, folhas de árvore entupindo a calha do telhado alheio, cheiro de maconha ou cigarro. Quem mora em casa já deve ter enfrentado algum desses problemas. “Na rua não tem como reclamar com o síndico, então a melhor saída é conversar. Sempre”, recomenda Lidiane Genski, advogada especialista em direito imobiliário e condominial e sócia da Rachkorsky Advogados. O relacionamento entre vizinhos é um tema delicado. A maioria não sabe como agir diante de um ou vários incômodos causados por pessoas próximas – e muitas vezes desconhecidas – e o resultado são caras feias, bate-boca e até confrontos físicos. “Se a conversa não resolver, há como entrar com uma ação na Justiça de ‘obrigação de não fazer’ pedindo que o vizinho pare. O próprio juiz pode aplicar uma multa, mas tudo vai depender de provas. Antes de partir para uma ação, é possível entrar com uma notificação extrajudicial”, explica Lidiane. “Já no caso de um carro estacionado na frente da garagem, é possível chamar a CET”, completa. A consultora de etiqueta Claudia Matarazzo diz que o importante é adotar um tom conciliatório. “Por favor”, “obrigado” e “desculpe” são palavras que devem ser usadas sempre. Se for dar uma festa, o ideal é explicar o motivo da comemoração e se desculpar antecipadamente por eventuais desconfortos. O mesmo conselho serve para obras e mudanças. “Avise os vizinhos com antecedência e, ao fim, agradeça pela paciência e envie um agradinho”, sugere Claudia. Imprevistos como o estouro de um cano, um objeto jogado por uma criança ou até o xixi do cachorro em lugar indevido devem ser resolvidos com jogo de cintura, eficiência na ação e leveza na atitude. Claudia viveu em uma casa no Jardim América até os 21 anos e sofria com o alvoroço dos vizinhos. “E olha que era uma casa de gente rica, mas era tudo muito: muito alto, muito cachorro, muito funcionário. O barulho acontecia bem embaixo da janela do meu quarto”, relembra. Há cerca de 20 anos, Claudia mora em um prédio na Rua Haddock Lobo e está feliz da vida. Muitas vezes é ela quem acha que está incomodando. “Eu estudo piano. Toco mal pra burro. Treino todo dia, mas ninguém reclamou ainda. Já perguntei se atrapalho, mas eles dizem que nem ouvem”, conta, aliviada.


Vida de Bairro

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SENTE-SE E FIQUE À VONTADE

RESPIRA, SÃO PAULO

Quem passa pela esquina da Alameda Gabriel Monteiro da Silva com a Rua Ibsen da Costa Manso já deve ter notado a pequena sala de estar ao ar livre improvisada por José Félix da Silva Neto, o Juca. Há 15 anos, ele é o empalhador de cadeiras oficial do bairro. Aos 56 anos e pai de três moças, o carioca de Caxias mora em Valo Velho, na zona sul de São Paulo. Antes de se fixar na Gabriel, trabalhou nos bairros de Indianópolis e Campo Belo. “Aqui é melhor. É onde está o dinheiro, né?”, brinca. “Gosto daqui. É um bairro nobre com muita gente bacana”, completa. Antes de vir para São Paulo, 25 anos atrás, foi copeiro e garçom em uma churrascaria. “Mas vim visitar um tio que morava aqui e acabei ficando. Foi ele quem me ensinou a empalhar as cadeiras”, conta. Além de refazer o trançado de assentos e encostos, Juca oferece polimento e pequenos consertos. Habilidoso, diz que só é possível empalhar uma cadeira por dia. “Para não perder em qualidade”, explica. O preço? Depende do tamanho do móvel e do tipo de palha da Índia escolhida, natural ou sintética. Acostumado a lidar com peças antigas, Juca conta que é comum aparecer um ou outro cliente ciumento. “Pelo amor de Deus, hein, essa cadeira está na minha família há anos, foi da minha avó”, diz, relembrando algumas das recomendações que recebe. E quando chove? “Ah, guardo tudo na sapataria do Leandro”, revela.

Árvores urbanas embelezam a cidade, fornecem sombra nos dias em que as temperaturas atingem recordes e auxiliam na qualidade de vida dos cidadãos. Por meio de inúmeros processos ecológicos, elas assumem outras funções, como produção de flores e frutos que sustentam insetos e aves em áreas que já sofreram a ação do homem; redução da poluição do ar; interceptação da água das chuvas; estabilização da temperatura; redução do ruído e promoção de melhorias no bem-estar físico e psicológico das pessoas; e manutenção da umidade relativa do ar por meio da vaporização de água. As copas das árvores têm papel fundamental na temperatura das cidades. Parte deste efeito está relacionado à área foliar, que interfere na interceptação da água das chuvas, na evapotranspiração (perda de água para a atmosfera) e no sombreamento. Tem sido cada vez mais frequente em São Paulo o registro de queda de grandes árvores nas ruas e calçadas. Um dos motivos são as alterações climáticas, que atualmente resultam em tempestades repentinas com raios e ventos muito fortes. Além dos ventos, outro grande causador das quedas é o ataque de pragas como cupim. Parte do problema também ocorre por conta das espécies que eram utilizadas no passado sem muito critério e que são consideradas de grande porte. Por causa disso, não são recomendadas para serem introduzidas nas calçadas e em lugares próximos a edifica-

Antes e depois: esta linda tipuana se tornou um perigo para os moradores e transeuntes da Rua Itapirapuã esquina com a Sampaio Vidal. A prefeitura a podou e plantou um ipê-amarelo no lugar, uma planta de pequeno porte mais recomendada para calçadas

Fotos: divulgação

@brennheisen

ESCAPE HOTEL O local estimula o trabalho em equipe entre as crianças para resolver enigmas. Ambientes temáticos: salas Loira do Banheiro, Perdidos no Espaço e Cena do Crime. Av. Pedroso de Morais, 832, Pinheiros Tel.: (11) 3637-0007 - escapehotel.com.br

Fotos: JM

www.brennheisen.com

atlanticameioambiente.com.br

#criançasemférias

ASSIM CAMINHA O JARDIM PAULISTANO “Só de olhar para um sapato de homem já sei te dizer a marca. Não precisa nem tirar do pé.” Quem garante é Leandro Andrade, proprietário da sapataria mais antiga do Jardim Paulistano, a Sirva-se Bem, localizada na Rua Ibsen da Costa Manso. O negócio começou com o pai, José Carlos, em 1966, e ganhou o nome por causa do supermercado homônimo que funcionava onde atualmente é uma loja do Pão de Açúcar. Leandro administra a sapataria sozinho há quase 15 anos, mas frequenta o lugar desde a infância, quando saía de seu bairro, o Ipiranga, para ajudar o pai nos fins de semana. O patriarca era tão querido na vizinhança que chegou a ser retratado por um dos clientes, que o presenteou com o quadro. A obra, até hoje na parede da oficina, mostra o antigo sapateiro em ação. Segundo Leandro, 70% do público é feminino. “Os serviços mais comuns são saltinho, zíper de bolsa, sola inteira de sapato masculino, limpeza e hidratação de bolsas”, diz. “É tanto tempo no mesmo lugar que estou atendendo a terceira geração de clientes. Já consertamos sapatos de crianças que estudavam aqui na St. Paul’s e que hoje já são pais. Meu pai atendia a família Suplicy e também forrava os sapatos da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. O filho do Montoro é meu cliente até hoje”, orgulha-se. Há também casos engraçados. “Tem cliente que esquece a bota em um inverno e só vai lembrar no inverno seguinte. Outros não acham o sapato em casa e vêm procurá-lo aqui”, diverte-se Leandro.

ções, como a tipuana (Tipuana sp.). Além do porte, o tipo de solo e a presença de dióxido de carbono na atmosfera de áreas urbanas possibilitam maior produção de biomassa (permitem que as plantas se desenvolvam mais), o que torna as árvores urbanas normalmente mais grossas e pesadas. A melhor orientação em caso de rachaduras na calçada é transferir a planta para outro local e cultivar uma espécie menos agressiva no lugar. Embora seja impossível evitar totalmente as rachaduras, usar revestimentos semipermeáveis no canteiro e regar a planta regularmente na ausência de chuvas evitam o transtorno. A Secretaria do Verde do mu- André Motta, nicípio de São engenheiro Paulo criou o agrônomo Manual Técnico e consultor de Arborização ambiental Urbana para na empresa ajudar na instru- Atlântica ção das espécies Consultoria mais adequadas Ambiental para a cidade. Para calçadas, plantas de pequeno porte como araçá (Psidium sp.), pitangueira (Eugenia uniflora) e ipê-amarelo (Handroanthus chrysotricha).

DE GRAÇA O projeto Sábado e Domingo São Dias de Teatro, com a Cia. de Teatro Arte & Manhãs, é realizados todos os fins de semana, com sessões às 15h e 17h. Livraria Cultura do Iguatemi São Paulo. Sala Eva Herz, Av. Brig. Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel.: (11) 3048-7305 iguatemi.com.br/saopaulo/eventos

PAIS E FILHOS Apesar do nome, o CineMaterna promove sessões de cinema para mães (e pais) com bebês de até 18 meses. As sessões acontecem todas as primeiras quartas-feiras do mês, às 14h10. Cinemark Iguatemi SP Av. Brig, Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano Tel.: (11) 3048-7305 - cinematerna.org.br


Vida de Bairro

11 res e diretores de cinema. Apesar do conhecimento sobre o assunto, Tathi só se tornou vegetariana há cerca de seis anos, após desenvolver uma síndrome do pânico. “Recorri à antroposofia (método de conhecimento da natureza, do ser humano e do universo). O médico me falou para comer menos proteína animal. Foi bem orgânico. Naturalmente, a carne foi saindo. Eu me curei com alimentação, antroposofia e muita fé”, recorda. Mãe de duas meninas e um menino com idade entre 8 anos e 5 anos, Tathi diz que eles são livres para comer de tudo, inclusive carne. “Mas aqui em casa eles nunca viram

A COZINHA DA AMORA Não se baseia apenas em vegan e raw (alimentação viva, crudívora), e, sim, em estudos pessoais da medicina ayurvédica”, explica. “Sempre fui cozinheira, mas sempre fiz comida de verdade, como arroz, feijão e carne”, revela. O incentivo que faltava para criar a Amoras veio após uma viagem para a Holanda com o marido. “Lá eu pirei.

#achamosegostamos...

Encontrei muitos lugares com comida crudívora e restaurantes veganos. Voltei a fim de colocar a cabeça para trabalhar em novas receitas e comidinhas”, conta. No início, Thati organizava jantares dançantes todas as quintas-feiras na Vila Madalena, bairro em que mora há sete anos. Hoje anda com a agenda cheia: prepara jantares intimistas e fornece catering para ato-

RESTAURANTE BIO Comida saudável. Rua Horácio Lafer, 38, Itaim @restaurantebio

CAFÉ HABITUAL Brunch em qualquer horário do dia. Alameda Tietê, 602 @cafehabitual

Tel.: (11) 3813-0800 casaorganicasp.com.br Quitandoca Rua Guaicuí, 53 Tel.: 3582-7367 aquitandoca.com.br/ Quitanda Orgânica Rua Artur de Azevedo, 321 Tel.: (11) 3061-5924 quitandanica.commercesuite.com.br Solli Orgânicos e Naturais Av. Pedroso de Morais, 816 vemprosolli.com.br Feira de Produtos Orgânicos do Shopping Villa-Lobos (estacionamento) Sábados, das 8h às 13h Avenida das Nações Unidas, 4.777 Tel.: 3024-3738 Komborgânica Feira orgânica móvel que a cada dia estaciona em um dos estabelecimentos parceiros. Acompanhe o itinerário pelas redes sociais komborganica.com.br @komborganica Fazenda Santa Julieta Bio stajulietabio.com.br @sta_julieta_bio Pedidos pelo e-mail: tanaepoca@stajulietabio.com

TAMMY MONTAGNA DELICIOUS PATISSERIE Rua Lisboa, 284, Pinheiros Tel.: 2936-2895 @tammymontagna

Modo de fazer Misturar os ingredientes em uma tigela com as

mãos até ficar uma massa homogênea. Abrir em cima da pia enfarinhada e cortar com forminhas. Colocar em forno preaquecido a 180 graus em fô rma untada por 20 minutos. Retirar do forno e deixar esfriar. Passar no açúcar e na canela. Rende 150 unidades.

O caçula do Baixo Pinheiros nasceu no início de outubro com um diferencial: o cardápio zero glúten. O Pandan, mistura de café, padaria e restaurante, tem no menu fixo pães, tortas, bolos e sanduichinhos, mas também serve pratos que mudam a cada semana. “Com exceção das massas frescas, tudo é produzido aqui”, conta Daniella Kobayashi, a proprietária. “Sempre trabalhei com moda e não levo muito jeito para cozinha, então a ideia de abrir o Pandan veio da descoberta de que tenho intolerância ao glúten, da minha formação em administração hoteleira e da vontade de retornar ao Brasil”, diz. Dani morou em Varese, no norte da Itália, por 12 anos. Descendente de croatas e japoneses, ela conta que o nome do empreendimento é uma palavra de origem francesa muito usada no mundo da moda que quer dizer “combinação”. “Mas pode ser também ‘pão da Dani’”, explica. “O sanduíche caprese, que lá é servido na ciabatta ou no pão de fôrma, aqui faço com pesto de manjericão, mozarela de búfala e tomate confit no pão de queijo”, diz. Extremamente feminino, o projeto de decoração surgiu a partir de um único elemento: o papel de parede da artista plástica Calu Fontes – é dela também a pia do lavabo, na parte de trás do imóvel, com libélulas, borboletas e joaninhas. As delicadas luminárias de Valéria Grzywacz são outro destaque. A lâmpada no alto de uma das paredes tem a minúcia de trazer em seu filamento uma rosa. “Minha família sempre viveu na Rua Fernão Dias e eu andava muito por aqui. Comprei o ponto há cerca de um ano e, a cada dois meses, vinha para cá acompanhar a obra”, explica. Dani adora a região. “Os moradores daqui caminham muito. É um bairro agradável e as pessoas têm cuidado com ele”, diz. PANDAN Rua Ferreira de Araújo, 369, Pinheiros Tel.: (11) 2729-3922

STEFAN BEHAR SUCRÉ

Biscoito de Natal por Suzana Gasparian Ingredientes 3 1/2 xícaras de farinha de trigo 1 1/2 xícara de açúcar 200 g de manteiga em temperatura ambiente 1 ovo inteiro

O PÃO DA DANI

A Rua Lisboa nunca foi tão sedutora. Desde setembro, o imóvel onde funcionava o restaurante Wolf’s Garten abriga agora a Tammy Montagna Delicious Patisserie. Batizada com o nome da proprietária, o espaço é uma consequência natural para essa americana que há quase dez anos cria delícias para festas e eventos paulistanos. “Achei que era o momento de abrir algo”, explica. A tentação começa logo na chegada: uma charmosa vitrine expõe bolos, cupcakes, pirulitos e docinhos. Tudo no capricho. No salão, lindamente decorado, é possível escolher entre essas e outras delícias. “O cheesecake de frutas vermelhas é um dos mais pedidos. O bolo bundt de chocolate, sem glúten e sem lactose, é fenomenal”, recomenda Tammy. No cardápio ainda há espaço para um ou outro salgado, como quiche e salada orgânica. Descendente de húngaros, Tammy conta que, às vésperas do Natal, as mulheres da família tinham o costume de virar a noite preparando cookies, biscoitos de gengibre e tortas para a ceia. “Mas nunca imaginei trabalhar com comida, sempre gostei de artesanato”, revela. Antes de se apaixonar por um brasileiro e desembarcar “com dois gatos e uma mala no aeroporto de Guarulhos”, Tammy fez faculdade de administração na cidade de Trier, na Alemanha, e morou por 13 anos em Nova York, onde era sócia de uma loja que unia moda e arte. “Nada foi planejado. Meu primeiro emprego foi na Goldman Sachs! Comecei em casa, de brincadeira, cozinhando para família e amigos. Daí fiz um chá de bebê para uma amiga, um bolo de aniversário para outra, lembrancinhas para maternidade... E foi dando certo”, diz. Tão certo que hoje ela tem uma equipe de 30 pessoas e atende entre 50 e 60 eventos por semana. Tammy mora no Jardim Paulistano há cerca de três anos. E ama o bairro. “É o melhor de São Paulo: bonito, arborizado, tem gente legal, supermercado, restaurante, e dá pra andar com as crianças. Levo isso muito em consideração. Sem falar que vou a pé para o trabalho. Meu marido também. Temos um carro só, por opção”, diz. A casa em que vive é dos anos 1970. “Os ex-donos moraram aqui a vida inteira, eram pessoas mais de idade, a casa precisava de reparos. E a gente tem mania de reforma”, brinca. “O arquiteto Fabio Storrer nos ajudou com a parte da sala, e eu me envolvi mais com a decoração”, completa.

Fotos: Paulo Giandalia; divulgação

Amoras são frutinhas muito comuns nas ruas do Jardim Paulistano e dos arredores. Mas para Tathiana Mancini, ex-modelo e ex-VJ da MTV, elas são mais do que isso. É o jeito carinhoso como se refere às amigas e também o nome de sua cozinha artesanal e orgânica. “É uma culinária com muitas especiarias, bem aromática e gostosa. A Amoras é uma fusão de filosofias, na verdade.

Feira do Produtor Orgânico - Parque da Água Branca Terças, sábados e domingos, das 7h às 12h Rua Coriolano, 631 Tel.: 3875-2625 http://aao.org.br/aao/feirado-produtor-organico.php Instituto Chão Rua Harmonia, 123 Tel.: 3530-0907 institutochao.org Feira de orgânicos Epicentro Jardins Terças e quintas, das 9h às 15h Rua da Consolação, 3.423 epicentrojardins.com.br Nova Feira do Produto Orgânico e Agricultura Limpa Sábados, das 7h às 13h Modelódromo do Ibirapuera, com entrada pela Rua Curitiba, 292 parqueibirapuera.org/ areas-externas-do-parque-ibirapuera/feira-de-produtos-organicos-no-parque-ibirapuera Casa Orgânica Rua Fidalga, 346

RESISTA SE FOR CAPAZ

uma Coca-Cola, não entra suco de caixinha. Se não tem a fruta, eles bebem água. E eles mesmos dizem: ‘Mãe, água é vida, né?’”, diverte-se. “À noite, não temos hábito de jantar, então são eles que vão para a cozinha preparar o que querem, seja panqueca ou omelete”, completa. Entre um evento e outro, Tathi também ensina ajudantes donas de casa a preparar pratos sem nenhuma proteína animal. “Adoro quando vou a casas com crianças. Elas são muito abertas. Depois que saio, as mães me retornam. Uma me ligou dizendo que o filho tinha adorado a receita de cookie e estava vendendo na escola. Pode?”, conta.

Fotos: Paulo Giandalia; ilustração Suzana Gasparian

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Uma barra de chocolate dourada gigante recheada com mais de um quilo de creme de avelã. Essa é a doçura mais vendida pelo chocolatier Stefan Behar. São mais de cem unidades por dia. No Natal, Stefan está oferecendo um serviço especial para os clientes que querem presentear de maneira cria-

tiva. São oito sugestões de cestas. Uma delas é a Nice, que inclui uma cesta redonda pequena, 1 minialce de chocolate, 1 compotinha crocante, 1 caixa miniárvores de chocolate, 1 mini bôíte chapéu com bolo de chocolate, 1 caixa de barrinhas de dragée postcard e decorações natalinas. Além dos modelos prontos,

o cliente pode personalizar a sua. Em caixas de chapéu antigas chamadas Articles de Voyage, é possível colocar caixas de puxa-puxa de pistache, bolo e brownie de chocolate e caixa de pão de mel. Shopping Iguatemi Av. Brig. Faria Lima, 2.232 Jd. Paulistano, térreo, loja Y15, tel.: (11) 99979-7090


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O NATAL BATE À PORTA A origem da guirlanda é incerta. Segundo a tradição católica, ela é anterior ao Cristianismo. Os gregos pagãos a colocavam nas portas como um sinal de boas-vindas. Já na Roma Antiga, um ramo de plantas enrolado em forma de coroa era um voto de saúde para todos os moradores. Nossa vizinha e florista Luly Vidigal nos ensina como fazer uma guirlanda tradicional. Inspire-se e crie a sua. Feliz Natal.

Vida de Bairro SUGESTÃO DA LULY MATERIAL 1 maço de rosas vermelhas importadas 10 toquinhos de gloriosas 5 maços de folhas de magnólia 2 maços de cipreste-kayzuka 10 pinhas 10 palitos de churrasco ESPUMA FLORAL Coroa reforçada com 40 cm de diâmetro

PREPARO DA ESPUMA FLORAL Em um recipiente com água, mergulhar a espuma floral sem forçar e esperar calmamente o floral absorver toda a água. Enquanto isso, limpar as flores. PREPARO DAS FLORES E FOLHAS Rosas: Remover folhas e espinhos. Cortar o caule na diagonal. Hidratação: Deixar em água por pelo menos meia hora. Remover as primeiras pétalas

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(guard petals) escolher as cinco flores mais bonitas (geralmente, o caule é mais retilíneo e grosso) e deixar em um vaso separado. Gloriosas: Retirar os pistilos com cuidado para não quebrar as pétalas e a folhagem. Cuidado: os pistilos maduros liberam um pozinho que mancha os dedos e as roupas. Folhas de magnólia: Lavá-las bem e retirar as que estiverem machucadas e secas. 6

aspas Minha equipe e eu fizemos um arranjo floral e tropical em forma de árvore de Natal. Revestimos um cone de bambu com bromélias pendentes, alpínias, costos baby, helicônias-biquinho, orquídeas chuva-de-ouro, flor de banana, samambaia seca, cachos de palmeira e bastão-do-imperador. A árvore ficou com cerca de 2 metros de altura. Aline Matsumoto, designer floral

PASSO A PASSO 1. Marque cinco pontos no diâmetro da coroa e coloque, em sentido horário, os cinco galhos mais bonitos das folhas da magnólia com 20 cm de comprimento. 2. Complete toda a coroa com o restante das folhas de magnólia seguindo sempre o mesmo sentido. A base está pronta. 3. Corte as cinco rosas mais bonitas e as coloque nos mesmos pontos das folhas de magnólia principais. 4. Faça o mesmo com as gloriosas (foto 5) em pequenos maços de três hastes. 5. Complete os buquês com mais dez rosas, fazendo grupos de três rosas em cada. 6. Com os palitos de churrasco, espete as pinhas de baixo para cima. 7. Coloque as cinco pinhas maiores no espaço que se formou entre os grupos de rosas. As cinco pinhas menores ficarão ao lado das pinhas principais. 8. Complete com gloriosas e ciprestes para preencher os buracos. 9. Amarre a fita por trás da guirlanda. A peça ficará linda em sua porta. Como centro de mesa, a dica é colocar uma vela alta dentro de uma manga de vidro no furo central.

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Feliz Natal!


Viver Bem

O verão bate à porta e é hora de redobrar os cuidados com a pele. Em meio à correria das compras de Natal, faça uma pausa para conhecer um segredinho. A marca de cosméticos americana La Mer tem um spa escondido dentro da loja no Shopping Iguatemi. Os procedimentos faciais e corporais duram entre 30 minutos e 90 minutos e são feitos com produtos da própria marca, à base de elementos do mar. Algas e minerais marinhos passam por processos de fermentação e exposição a ondas sonoras e amplificam suas propriedades. Um dos tratamentos realizados no Spa de La Mer é o Miracle Broth Facial, que usa uma técnica de massagem e a infusão do Miracle Broth para proporcionar hidratação, suavidade e iluminação à pele. Outra opção é o Purifying Facial, tratamento detox que deixa a pele profundamente limpa, com poros diminuídos e aparência uniforme. Já o Eye Treatment é um procedimento personalizado com técnicas exclusivas que reduz a aparência de rugas, olheiras e linhas de expressão ao redor dos olhos. LA MER Shopping Iguatemi, Piso Boulevard Av. Faria Lima 2.232, Jardim Paulistano, tel.: (11) 3031-6421

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VOCÊ JÁ DEVE TER OUVIDO FALAR EM SUPERFOOD! Superfood são todos os alimentos com alta concentração de nutrientes e que, por isso, têm ação benéfica para a nossa saúde. Eles qualificam uma série de reações químicas que ajudam o sistema imunológico de diferentes formas: trazem mais vitalidade, auxiliam no desempenho, colaboram com a redução de algumas doenças crônicas, agem na imunidade, no metabolismo e até mesmo na saúde cerebral. Aí vão algumas dicas para quem quer acrescentar essa porção extra de saúde à rotina. APOIO AO SISTEMA IMUNOLÓGICO SPIRULINA: alga de cor verde azulada, é antioxidante, tem alta concentração de proteínas e auxilia na melhoria do sistema imunológico. Como consumir: em pó, pode ser colocada em sucos e shakes; em tabletes, para ser tomada com água. SUPORTE À SACIEDADE

GABRIELLE CHANEL Na fórmula, quatro flores brancas: flor de laranjeira, ylang-ylang, jasmim e tuberosa de Grasse. Bem feminino. chanel.com/pt_BR

VELA PINACOTECA O aroma, chamado Arte no Brasil, traz o cheirinho da Pinacoteca do Estado para a sua casa. pinacoteca.org.br

CHIA: o grão tem vitaminas do complexo B, gorduras nobres e fibras. Ele contribui para aumentar a saciedade, reduzir o colesterol e regular os níveis de glicemia. Como consumir: o grão deve ser hidratado em água por pelo menos oito horas. Depois é possível adicioná-lo a sucos, shakes e sopas. A farinha pode ser usada em bolos, pães, sucos, omeletes e iogurtes. APOIO PARA VITALIDADE E ENERGIA

ROSSY DE PALMA O Prep + Prime Transparent Finishing Powder/Pressed faz parte da nova coleção, M·A·C Rossy de Palma. maccosmetics.com.br

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PHYTOPOLLÉINE Elementos como limão, eucalipto e cipreste promovem um detox do couro cabeludo. phyto.pt

MACA PERUANA: raiz proveniente dos Andes peruanos, pode ser uma ótima alternativa para combater o cansaço, já que contribui para melhorar a energia do corpo e o desempenho na atividade física. Também pode ajudar no equilíbrio

hormonal de mulheres. Como consumir: farinha diluída em sucos, shakes proteicos e sopas. PARA EQUILÍBRIO DO CÉREBRO: BEM-ESTAR E FUNÇÕES COGNITIVAS GOJI BERRY: originária do sul da Ásia, esta frutinha tem altíssima concentração de vitamina C, além de minerais como selênio, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B. Ela também fornece o triptofano, precursor da serotonina, que pode ajudar a diminuir a ansiedade e melhorar o humor. Como consumir: uma colher de sopa em iogurtes e frutas (atenção: não tem baixo valor calórico) CACAU: seus taninos e flavonoides Marcia têm importante Maróstica, papel como nutricionista antioxidantes do Instituto e protetores de Prevenção contra doenças Personalizada cardíacas e danos ao DNA. São Paulo Porém, seus efeitos mais conhecidos são sobre o bem-estar. Eles estimulam a liberação de endorfina e aumentam os níveis do hormônio serotonina. Por isso, invista em chocolates com alto teor de cacau (pelo menos 85%). Como consumir: há versões em pó e em nibs, que podem ser acrescentadas a sucos, shakes, leites, iogurtes, frutas, bolos, musses e panquecas. Agora você já tem sugestões deliciosas para criar receitas especiais para sua saúde, vitalidade, treino e desempenho.

1838 Jardim América Rua Colômbia, 100 Jardim América, São Paulo, SP Tel.: 11 2539-8444

OUÇA BEM

FITNESS

CABIDE

O Conselho Federal de Fonoaudiologia fez o alerta: é cada vez maior o número de jovens que apresentam perda de audição causada pelo uso irregular de fones de ouvido. O problema, no entanto, não é exclusividade dos mais novos e tem se tornado frequente em outras faixas etárias. A causa é quase sempre a mesma: a exposição ao excesso de ruído industrial e aos equipamentos de som utilizados de forma incorreta – volume e tempo diário em contato com o barulho. A boa notícia é que, desde junho, há uma loja no bairro que oferece teste de audiometria gratuito. A avaliação é feita em uma cabine tratada acusticamente e dura cerca de 15 minutos. Segundo a fonoaudióloga Caroline Sampaio Barbosa, responsável pelo exame, são realizados dois tipos de teste: o tonal e o vocal. É possível avaliar se o paciente tem perda auditiva unilateral ou bilateral e se há necessidade do uso de aparelho auditivo.

A preocupação com a boa forma e o bem-estar físico e mental leva cada vez mais gente às academias no Brasil e no mundo. Esse mercado em ebulição faz com que as academias apostem em serviços diferenciados para atrair alunos. A ESPA Life at Corinthia, em Londres (Reino Unido), tem piscinas termais e centro de spa com decoração de mármore negro da Tunísia e couro texturizado. Descobrimos, no bairro, uma academia que oferece um serviço exclusivo às alunas. Na Bodytech, o vestiário feminino tem ampla sala de maquiagem com jeitão de camarim. Há, inclusive, um maquiador à disposição. Bom (e belo) treino!

Uma dica bacana para resolver o caos doméstico pós-festa de Natal: o serviço de personal organizer oferecido pela Utilità. Além de organização de closet, é possível arrumar outros ambientes. Agendada a visita, a personal organizer vai à casa do cliente para uma avaliação gratuita. “Às vezes, o cliente só precisa de uma organização mesmo, então sugerimos colmias e gabaritos dobra-fácil. Mas há casos em que é necessário ajudar com uma mudança”, diz Andrea Vitale Esteves, proprietária da loja.

APARELHOS AUDITIVOS AUDIUM (dentro da ótica GrandVision by Fototica) Shopping Iguatemi Av. Brigadeiro Faria Lima, 2. 232, Jardim Paulistano Tel.: (11) 3812-0732

BODYTECH Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, 9º piso Jardim Paulistano, tel.: (11) 3032-5644

Quer treinar com um dos Gracie? A primeira e única academia Ralph Gracie no Brasil oferece aulas de jiu-jítsu, boxe funcional, muay thai, pilates, superioga, ioga e treinamento funcional Gracie. Frequentada por modelos e atletas, a academia tem decoração voltada para ioga e lutas. O vizinho que aparecer com comprovante de residência ganha isenção de matrícula.

GRACIE SCHOOL R. Capitão Antônio Rosa, 444 Jardim Paulistano Tel.: (11) 3062-6184

UTILITÀ Shopping Iguatemi, alameda de serviços Av. Brig. Faria Lima, 2.232 Jardim Paulistano Agendamento pelo tel.: (11) 3034-5425

UM NOVO MODO DE VIVER

Fotos: divulgação

SPA LA MER

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Fotos: divulgação

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A cada dia ouço mais pessoas trazendo às conversas o mesmo assunto: do que realmente precisamos para viver? O verbo precisar ganhou maior conotação filosófica com o advento do efeito “Uber” para diversos setores da vida cotidiana. Ao invés de possuir, porque não apenas usufruir? Depois do serviço de carros compartilhados, as construtoras perceberam o efeito e passaram a oferecer novas soluções nos edifícios. Em Pinheiros, a Gafisa, Cyrela e Stan estão lançando prédios com lavanderias e espaços gourmet em áreas comuns. Parte do espaço dedicado à area de serviço e sala de jantar foi então revertido em maiores salas de estar e varandas, muito mais utilizadas. Essa mudança na arquitetura dos apartamentos requer novos hábitos. A gerente de marketing Renata Furlan percebeu isso quando deixou a casa dos pais para morar sozinha. “Abri mão de compras mensais. Hoje vou ao mercado toda semana e faço escolhas melhores. Sempre está tudo fresquinho e diminuí o desperdício” afirma. Moradora do Jardim Paulistano, a nutricionista PaFelipe Filizola mela Veneri também vem tentando reduzir a quantidade de compras e objetos guardados. Ela tomou a é fromado em decisão depois de perceber que o acúmulo de peças de Marketing roupas e produtos de beleza não trazia os benefícios esde Moda pela perados. “Decidir viver com menos é abrir espaço para Anhembi novas ideias e experiências. Guardar objetos e roupas Morumbi e sem saber quando iremos usa-los só gera ansiedade”, apaixonado por diz Pamela. arte de rua O desafio Be More With Less, lançado por duas inglesas, tornou-se uma febre nas redes sociais. Ele consiste em desafiar mulheres a utilizarem apenas 33 peças de roupas durante três meses. Como resultado, as participantes relatam mais autoconhecimento e sensação de liberdade. No fim das contas, o assunto não é apenas consumir menos, mas consumir melhor. Ao priorizarmos peças e objetos de melhor qualidade e que realmente se rão usadas, também estamos deixando um mundo mais sustentável para nossos filhos e netos.

Zac. Casa com seu estilo

Tel.: (11) 2338-2157 @zac_imoveis www.zacimoveis.com.br


Baixo Pinheiros

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Foto HELENA BOCAYUVA

O nosso vizinho de baixo

MODA R. Padre Carvalho Acolá, 52 Acessórios e roupas femininas com estampas exclusivas tel.: (11) 3895-5533

Ao reunir uma variedade incrível de bares, restaurantes, espaços culturais, lojinhas descoladas e gente bonita, a região do Baixo Pinheiros é o achado da vez em São Paulo

R. Costa Carvalho Carol Farina, 126 Roupas e acessórios femininos tel.: (11) 99520-9439 SERVIÇOS R. Amaro Cavalheiro Botanista, 138 Loja de plantas, peças de arte e espaço para eventos R. Costa Carvalho Casa Grim, 109 Ateliê de restauração e transformação de móveis tel.: (11) 3881-3744 R. Ferreira de Araújo Casa Mariola, 373 Espaço para festa do pijama e eventos tel.: (11) 97081-2983

AV. BRIG. FARIA LIMA Pirajá, 64 Inspirado nos clássicos botequins do Rio, o bar tem happy hour com petiscos tradicionais tel.: (11) 3815-6881 R. PADRE CARVALHO Vinil Burger, 18 Hambúrgueres grelhados na brasa, molhos e cervejas especiais em um espaço informal com grafites nas paredes tel.: (11) 3032-1442 Negroni, 30 O bar oferece diversos drinques, como negroni, além de coquetelaria clássica tel.: (11) 2337-4855 Vila das Meninas, 139 Restaurante de comida contemporânea brasileira tel.: (11) 2364-2122 R. FERREIRA DE ARAÚJO Più Restaurante, 314 Cardápio com receitas italianas contemporâneas tel.: (11) 3360-7718 Vinum Est – A Cultura do Vinho, 329 Wine bar e restaurante com boa carta de vinhos tel.: (11) 3032-1918 The Butcher, 330 Butique de carnes com seleção de molhos e cervejas tel.: (11) 3032-5053

Pandan, 369 Café e restaurante gluten free tel.: (11) 2729-3922 Confeitaria Dama, 376 De inspiração francesa, tem cardápio variado de doces tel.: (11) 5182-5088 Mano Sanduíches, 381 Sanduíches e saladas em ambiente informal tel.: (11) 3816-1725 Nou, 419 Restaurante variado em ambiente descontraído tel.: (11) 2609-6939 Le Repas Bistrot, 450 Clássicos da cozinha francesa em clima de bistrô tel.: (11) 2366-9882 R. COSTA CARVALHO Restaurante Oui, 72 O cardápio mistura receitas clássicas francesas e autorais tel.: (11) 3360-4491 Guilhotina Bar, 84 Bar despojado com boa carta de drinques tel.: (11) 3031-0955 Vih! Kombucha Bar, 138 Bar de kombucha, bebida milenar feita

à base de chá fermentado tel.: (11) 3813-7178 Nina Veloso Pâtisserie, 195 Confeitaria artesanal de inspiração francesa tel.: (11) 3032-6453 Taka Daru Izakaya, 234 Boteco japonês com porções e bebidas como saquê, shochûs, drinques e cervejas tel.: (11) 3034-0937 R. VUPABUSSU Cocina Restaurante, 71 Cozinha autoral com cardápio de inspiração argentina tel.: (11) 3031-7097 Tahin, 73 Serve comida árabe tel.: (11) 3034-2529 Substância Gastronomia Light, 79 Restaurante e mercado de comida light tel.: (11) 3368-0334 Ruella, 199 Cozinha contemporânea tel.: (11) 4858-1996 Bráz Pizzaria, 271 Pizza tradicional italiana tel.: (11) 3037-7973 Empório Alto dos Pinheiros, 305 Bar, restaurante e loja com boa carta de cervejas e chopes tel.: (11) 3031-4328

Núcleo de Yoga Ganesha, 449 Práticas de ioga e meditação tel.: (11) 3819-3283 Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, 527 tel.: (11) 3031-6208 Cartório 251ª Zona Eleitoral, 538 tel.: (11) 3130-2712 Decap – Departamento de Polícia Judiciária, 653 tel.: (11) 3031-5446 R. Pedroso de Morais Pet Shop Dog´s Day, 1.066 tel.: (11) 2532-8730 Drogaria Onofre, 1.193 tel.: (11) 3813-1132 Colégio Palmares, 1.271 tel.: (11) 3037-2555 Av. Professor Frederico Herman Júnior Paróquia Nossa Senhora Mãe do Salvador, 105 (Cruz Torta) tel.: (11) 3031-8554 LARGO DA BATATA R. Ferreira de Araújo Caxiri, 1.007 Bistrô de comida brasileira com sotaque amazônico tel.: (11) 3562-7696

Forquilha, 347 Bar e restaurante com pratos preparados no forno a lenha tel.: (11) 2371-7981 R. NATINGUI Teus Restaurante Bar, 1.548 Bar e restaurante informal de cozinha variada tel.: (11) 3031-0654 R. COROPÉ Lanchonete da Cidade, 51 Hambúrgueres, sanduíches, pratos e sobremesas tel.: (11) 3819-0229 Santinho Tomie Ohtake, 88 Restaurante de comida brasileira tel.: (11) 3034-4673 R. CUNHA GAGO Casa Buzina, 590 Hambúrgueres, sanduíches variados e petiscos tel.: (11) 3853-6511 Empório Casa Portuguesa, 656 Restaurante português tradicional tel.: (11) 3819-1987 Estepe, 588 Bar com a autêntica coquetelaria popular brasileira tel.: (11) 3881-4855

R. ÁLVARO ANES Bona, 43 Casa de música e restaurante de comida variada tel.: (11) 3812-8400 AV. PEDROSO DE MORAIS Tartar & Co., 1.003 Restaurante clássico francês tel.: (11) 3031-1020 Solli Orgânicos, 816 Supermercado de produtos orgânicos ARTE Av. Pedroso de Morais A Casa – Museu do Objeto Brasileiro, 1.216-1.234 Espaço que abriga exposições e atividades culturais como cursos, palestras, seminários, debates e lançamentos de livros tel.: (11) 3814-9711

Studio Dama, 1.056 Espaço multifuncional com ateliê de customização de motos, lounge comunitário, galeria de arte, café/ restaurante, salão de beleza e área para eventos tel.: (11) 3031-2171 HM Food Café, 1.056 Brunch, café, bolos e comidinhas. Cardápio sazonal com produtos naturais e alimentos orgânicos tel.: (11) 3034-5319 R. Cardeal Arcoverde Fitó, 2.773 Restaurante brasileiro de inspiração nordestina tel.: (11) 3032-0963 R. Guaicuí Mica, 33 Restaurante com toques asiáticos tel.: (11) 3360-2608 Quitandoca, 53 Mercadinho de alimentos e produtos orgânicos tel.: (11) 3582-7367

Pitico, 61 Gastrobar com comidinhas libanesas, cervejas artesanais e palco para shows tel.: (11) 3582-7365 Garoa Hostel, 72 tel.: (11) 2729-7211 R. Pedro Cristi Mercado Municipal de Pinheiros, 89 tel.: (11) 3518-9096 R. Pais Leme Sesc Pinheiros, 195 Centro de cultura e lazer, também oferece almoço por quilo de terça a domingo tel.: (11) 3095-9400 Largo de Pinheiros Igreja Nossa Senhora do Monte Serrat, 52 tel.: (11) 3031-3656 Av. Brig. Faria Lima Estação Faria Lima Linha amarela do metrô.


Caminhada

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A Sampa do colombiano

#achamosegostamos...

Nicolas Franco, que mora em São Paulo há cinco anos, mostra seu roteiro de lazer e sua paixão pela cidade Há cinco anos, a vida me trouxe ao Brasil por motivos profissionais. No primeiro ano, morei no Rio de Janeiro e, logo na sequência, fui transferido para São Paulo. Desde o primeiro dia, comecei a descobrir uma cidade cheia de experiências intermináveis, que fazem do meu dia a dia um novo aprendizado. Para mim, Sampa, além de ser uma cidade, é uma explosão de experiências apaixonantes e, uma vez no seu coração, não tem como ir embora. A palavra diversidade é pouco para descrever a cena social, cultural e gastronômica de São Paulo, e é isso o que faz dela a maior metrópole da América Latina e uma das cidades mais interessantes para se morar do mundo. Aqui, mesmo nas baladas mais chiques, há gente de jeans, tênis e camiseta; o serviço nos restaurantes é excelente – nunca vi tantos garçons gentis e sorridentes –; é possível sair à noite, em qualquer dia da semana, e achar o que fazer. Aqui, compartilho um roteiro de fim de semana com alguns dos lugares que mais frequento e que, na minha experiência, são uma amostra da diversidade paulistana. Para começar seu dia de descanso, se você gosta de misturar natureza com cultura e boa comida, recomendo fazer um piquenique no Parque Buenos Aires, em Higienópolis. O bairro se destaca pela

CHAPÉU BEACHWEAR Os biquínis da marca são feitos por um pequeno grupo de criativos Rua Mourato Coelho, 1.277 Vila Madalena @chapeubeachwear

Nicolas Franco é executivo de recursos humanos responsável pela América do Sul em uma empresa farmacêutica alemã multinacional PRAÇA BUENOS AIRES

presença de grande quantidade de exemplos de arquitetura de tendências variadas, com palacetes belíssimos, casas bonitas e ricos jardins que eliminam a monotonia da cidade. No parque, situado no coração do bairro, a alegria das plantas, um bom vinho, comidinhas práticas e uma canga são uma excelente opção para passar algumas horas. Após o piquenique, você pode visitar o IMS (Instituto Moreira Salles), que tem fácil acesso saindo da Estação Consolação (Metrô - Linha 2 Verde). Um prédio moderno e acolhedor concentra uma grande mostra cultural, principalmente de fotografia de artistas brasileiros e estran-

geiros. O grande destaque é uma mostra fotográfica que apresenta a história e a transformação de São Paulo desde sua fundação até hoje. Há também uma biblioteca com cerca de 6 mil títulos no acervo, cursos e workshops. A gastronomia brasileira você encontra no café e restaurante Balaio. Depois do contato com a natureza e de uma jornada cultural, você pode ir caminhando ao restaurante Ritz, na Alameda Franca. Nada melhor do que encerrar a tarde com bons drinques, os melhores bolinhos de arroz da cidade e o clássico Ritz Burger, em um ambiente descontraído, com ar retrô, no coração dos

Jardins. Além da boa gastronomia, o restaurante tem intervenções artísticas com trabalhos de ilustração, escultura e fotografia na vitrine da porta giratória símbolo do Ritz. Se ainda tiver pique, a noite paulistana tem várias opções para você se divertir até o amanhecer. Entre as melhores, estão o Cine Joia, que serve de palco para uma ampla programação de shows de bandas nacionais e internacionais. Enfim, São Paulo é um mundo aberto e de infinitas possibilidades que encanta quem está disposto a mergulhar em suas entranhas. Definitivamente sou um filho adotivo de Sampa, e é com orgulho que posso chamá-la de meu lar.

CASA QUE TEM A charmosa lojinha que fica nos fundos da Pão tem um variedade de objetos para casa Rua Mourato Coelho, 1.039, Pinheiros @casaquetem

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PAIR Nesta concept store, o branco e preto dá o tom R. da Consolação, 3.387, Jardins @_pair

MONDO O novo restaurante, empório e rotisserie une os chefs Salvatore Loi e Lalo Zanini Rua Oscar Freire, 30, Jardins @mondogastronomico

DE GOEYE A marca das irmãs Fernanda e Renata de Goeye escolheu o Jardim Paulistano para abrir sua nova loja Rua Joaquim Antunes, 152, Jardim Paulistano @degoye

AUÁ A loja de moda mineira acaba de aterrissar em Pinheiros. É a primeira loja da marca em SP Rua Lisboa, 316 @aua_atelier

LUIZA DIAS 111 Na casa nova, a designer de acessórios mostra suas criações exclusivas e peças de decoração Rua Mateus Grou, 509, Pinheiros @luizadias111_

SUPERBACANA+ Espaço multidisciplinar que abriga criação de projetos gráficos, cursos, oficinas e conversas Av. Brig. Faria Lima, 212, 12º andar, Jardim Paulistano @superbacana_mais

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MUSEO DEL ORO Um dos maiores museus de ouro do mundo. O acervo é composto de peças pré-colombianas trabalhadas com o ouro da região. Cra. 6 #15-88, Tel.: (57) 1 3432-222 @museodeloro

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O QUE SIGNIFICA FÉRIAS PARA VOCÊ? Férias é poder parar para pensar, repensar ou simplesmente não pensar em nada. É carregar a memória e recarregar as energias. É esquecer completamente que o tempo existe. É você livre da rotina e das preocupações. É poder gritar “tô de férias!”. “Tô de férias” não é só uma constatação, é a declaração da sua felicidade. Se para você férias significa muita coisa, para nós, significa tudo, pois se não for inesquecível, perde todo o significado. Por isso, para CVC, suas férias têm que ser perfeitas.

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Mobilidade Urbana

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Por TATIANA REZENDE

O novo desafio das metrópoles

gente. Tem uma molecada chegando com uma visão diferente, ocupando o espaço público de uma maneira muito corajosa. Há uma multidão que vai à Paulista todos os domingos. E não são só os vizinhos. Por quê? Porque você não gasta nada, ali tem de tudo e ainda dispõe de transporte urbano de massa. É uma riqueza urbana muito atraente”, completa.

A questão da mobilidade urbana vai muito além da reles discussão sobre a construção de ciclovias e ciclofaixas

O DIA A DIA Em novembro, o jornal aQuadra promoveu um debate sobre mobilidade urbana com estudantes de diversas áreas e moradores de diferentes cidades do Brasil e do mundo. No encontro, realizado no Birô Coworking, no Jardim Europa, os problemas relatados foram os mesmos apontados pelo arquiteto Marcos de Oliveira Costa. O principal deles: os efeitos na qualidade de vida. Danilo Zanetti, estudante de propaganda e marketing, sente fortemente os transtornos causados pelos grandes deslocamentos. Morador de Pirituba, ele encara duas horas de ônibus todos os dias para chegar à faculdade, na Vila Mariana. “Chego em casa à uma da manhã e tenho que acordar às cinco. Costumo dormir no ônibus”, diz ele. Flavia Rasi, estudante de design gráfico, vai à faculdade em Higienópolis, mas reside na Vila Mariana. “Acabo me virando de metrô ou Uber porque não penso em ter carro. Até o estacionamento é muito caro. Só vou tirar carteira de motorista porque meu pai está no pé”, diz ela, que já viveu em Paris (França), Roma (Itália), Belo Horizonte (MG), Santa Maria (RS) e Curitiba (PR). Talita Almeida, estudante de letras, tem uma visão clara sobre o problema. “A cidade ideal é a que consegue enxergar o todo. E a gente não foi educado para entender que a bike é um meio de transporte”, diz ela, moradora do Baixo Augusta. Talita já viveu em Londrina (PR) e Florianópolis (SC) e se desloca em São Paulo de bicicleta ou ônibus. “Se você for andar de bike no meu bairro, vai ser roubada”,

A ciclovia da Avenida Paulista tem pouco mais de 2 quilômetros de extensão e vai desde a Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso, até a Consolação. Executivos, estudantes e ciclistas vivem, diariamente, a nova realidade em termos de transporte em São Paulo

Dados atualizados da CET:

Como lidar com cidadãos que reclamam de ter uma estação de metrô na vizinhança? Nosso problema é muito mais cultural do que técnico.

498,3 km

Extensão das vias com tratamento cicloviário permanente em SP

468 km

de ciclovias e ciclofaixas

BIKE SEGURA

30,3 km de ciclorrotas

6.149

Número de vagas em bicicletários públicos

NA GARUPA

Pesquisa da Rede Nossa São Paulo feita pelo Ibope Inteligência em 2017

71%

dos paulistanos são favoráveis à ampliação de ciclovias e ciclofaixas

59%

dos paulistanos relatam problemas de saúde ligados à poluição

3 horas Ônibus

Tempo médio diário gasto no trânsito Meio de transporte mais usado pelos paulistanos (47%)

Fotos: Paula Vasone, Lu Prézia, divulgação

aspas

Segundo o arquiteto, o mundo passa por um momento de transição em termos de mobilidade urbana. “A mudança mais importante talvez seja o veículo autônomo, que em uma década estará disponível. Em 30 anos pode se tornar realidade e será algo transformador. Pode oferecer à cidade a oportunidade de reduzir os impactos ambientais locais e globais das viagens dos veículos”, prevê Marcos. Ele mora na Consolação e usa bicicleta todos os dias. “Estou a 2,5 quilômetros da Faap. A duas quadras da minha casa eu tenho metrô. Só temos um carro em casa, que é compartilhado com a minha esposa.” “É curioso como o automóvel pode ter se popularizado. É insano. Você gasta uma fortuna para deixá-lo parado 95% do tempo. A gente compra para deixá-lo estacionado. O resultado são grandes áreas de estacionamento”, diz Marcos. Ele ressalta ainda que a quantidade de deslocamentos diários representa impacto na saúde, na economia e em vários outros aspectos da vida do cidadão. “Ele vai precisar de tranquilizante e depois de remédio para acordar. A grande dificuldade é as pessoas entenderem o que é melhor para elas. Ficam muito tempo no trânsito, adoecem, engordam e, ainda assim, relutam em mudar de vida.” “Não é fácil convencer as pessoas. Cadê a pressão da sociedade para exigir mais trens? Essa é uma cidade que reclama de estação de metrô! Houve um movimento organizado em um bairro contra a implantação de uma estação. Como lidar com cidadãos que reclamam de ter uma estação de metrô na vizinhança? Nosso problema é muito mais cultural do que técnico”, explica Marcos. “Iniciamos um processo de mudança uns três, quatro anos atrás, mas temos muito a avançar. Precisamos construir um debate. O que acho que a cidade tem de mais interessante é sua

Fotos: JM, divulgação

C

idades mais compactas, incentivo aos transportes de massa e das bicicletas, diversificação dos meios de transporte, desestímulo do uso de veículos individuais e, principalmente, mudança na mentalidade dos cidadãos. Esses são alguns dos desafios propostos às cidades na discussão sobre mobilidade urbana. “Quando vamos falar de mobilidade, pensamos no meio de transporte, no deslocamento. Antes de refletir sobre isso, temos que pensar no por quê a gente precisa se deslocar. A maior parte das cidades do mundo hoje passa por uma crise. A questão é que nosso modelo urbano – disseminado ao longo do século 20, de cidade esparramada – depende de um volume brutal de viagens diárias para que possa funcionar. Esse modelo urbano atrelado a um modal de transporte individual se mostra cada vez mais anacrônico. Além de não trazer as respostas econômicas de que o mundo precisa, traz problemas ambientais.” A afirmação é do arquiteto, professor e coordenador do curso de arquitetura e urbanismo da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Marcos de Oliveira Costa. Associado ao escritório Borelli & Merigo, ele participou do projeto de revitalização da Praça Roosevelt e da nova sede do Museu de Arte Contemporânea da USP, no Ibirapuera. “Esse é um debate silenciado, que ainda não foi feito no Brasil. Como adotar modelos urbanos que gerem demanda menor de viagens? Certamente não será com o automóvel”, diz o arquiteto. Ele cita um estudo feito em 2015 pela London School of Economics que demonstra que cidades espraiadas são um verdadeiro desastre ambiental. Uma comparação entre Atlanta e Barcelona – dois lugares semelhantes em termos populacionais, porém com modelos urbanos distintos – deixa claro que a cidade americana emite cinco vezes mais poluição com transporte do que a espanhola.

Em pé: Sebastião Vieira, Tracy Bispo, Flavia Rasi, Natalie Kelsey. Sentados: Rodrigo Araujo, Talita Almeida, Danilo Zanetti. Jovens que participaram do debate promovido pelo aQuadra

diz Tracy Bispo da Silva, moradora de Carapicuíba. “Para mim é tudo longe e cheio. Até tem faixa de pedestres, mas não há lugar para passar por causa dos camelôs. Natalie Kelsey, gerente do Birô Coworking, viveu em Sydney (Austrália), Paris (França) e Barcelona (Espanha). “Voltei ao Brasil por razões familiares, mas entendi que quem faz o país somos nós. Decidi voltar e tentar ser feliz sem carro morando em um lugar legal”, diz ela, que atualmente reside na Bela Vista e é adepta da bicicleta.

18 minutos

Tempo médio de espera no ponto de ônibus

7 em cada 10

utilizam automóvel, ainda que de vez em quando

8 em cada 10

deixariam o carro em casa se tivessem boas alternativas de transporte público

Reinaugurado em novembro, o bicicletário do Shopping Iguatemi está com espaço ampliado. Agora são 96 vagas em áreas cobertas e descobertas. Desse total, dez são para bikes elétricas com tomadas (220 v). Monitorado por câmeras, o local oferece ainda, gratuitamente, armários com senha e kit para pequenos reparos. Boulevard do Iguatemi São Paulo Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 Jardim Paulistano Segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingo, das 14h às 20h (o bicicletário segue os horários especiais de funcionamento do shopping durante fim de ano e feriados). Gratuito.

Lançada no segundo semestre de 2017, a Bikxi oferece caronas em bicicletas duplas elétricas guiadas por profissionais treinados nas ciclovias e ciclofaixas de São Paulo. O passageiro não é obrigado a pedalar e tem à disposição capacete, touca higiênica e capa de chuva. Uma frota de dez bicicletas circula por um trecho de mais de 20 km entre o Ceagesp, a Avenida Faria Lima, o Parque do Ibirapuera, a Avenida Luís Carlos Berrini e a Ponte do Morumbi. As viagens podem ser solicitadas pelo aplicativo (disponível para Android e iOS) ou diretamente com um Bikxer na ciclovia. Dinheiro não é aceito. O cálculo do valor a ser cobrado é feito somente pela distância percorrida. bikxi.com.br @bikxi_oficial


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Arquitetura/Design

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Por RENÉ FERNANDES Fotos TUCA REINÉS

A

nos 1970, Guarujá, férias no paraíso. A Praia de Pernambuco parecia Trancoso de tão linda, selvagem e sofisticada. As casas eram elegantes, modernas e representavam bem o momento que o Brasil vivia. Mas, de repente, uma “nave”, um volume diferente, uma nova forma de ver e morar apareceu na praia, e aquilo me marcou e me fez, ainda criança, pensar o que era arquitetura. Eduardo Longo. Jovem arquiteto que começava sua carreira e que marcava presença na praia e na vida dos paulistanos. Era sua primeira obra... Vamos à nossa pauta: o grande marco. Agora em São Paulo, a Casa Bola. Em pleno Itaim, colado no nosso bairro, de repente, eu ainda jovem, conheço a obra mais emblemática do pedaço. E de novo reencontro esse grande arquiteto que fazia, e ainda faz, com que o uso do espaço tenha que ser repensado e reinventado. Os espaços públicos privados voltam à cena, em uma proporção menor do que os idealizados pelos grandes arquitetos modernistas, que acreditavam que as cidades deveriam ser livres de barreiras e que os lotes, pelo menos dos edifícios comerciais, precisavam ser liberados para uso e acesso.

O mundo é uma bola A emblemática Casa Bola, do arquiteto Eduardo Longo, segue como símbolo de como repensar e reinventar espaços

De baixo para cima, a cama com ares futuristas é mais alta do que as tradicionais e tem formato de uma nave. Ao lado, amplas janelas dividem espaço com a decoração clean da sala de descanso. No círculo, a cozinha, onde a maioria dos móveis é fixa

aspas Nada pode ser mais leve do que uma esfera. A Casa Bola, além de ter o terreno liberado para acesso, dispunha de uma área com uso comercial. Tive o prazer de, nos anos 1980, almoçar quase diariamente em uma quicheria que existia no térreo, onde conheci nosso megamestre Alex Atala. Além do Celsinho, que vendia as canetas que todos nós, jovens arquitetos, sonhávamos em ter um dia. E uma loja de camisas... Catfish, de Chico Macchione. Será que a memória está me traindo? Sempre coisas novas, gente interessante, e a Bola parecia viva e enigmática, com seu dono morando ali, logo acima, naquele volume solto no espaço, literalmente, uma bola. A ideia era que aquilo se transformasse em um novo modo de viver, com as pessoas ocupando menos espaço na cidade, afinal uma bola ao lado da outra cria lacunas vazias. Projeto ousado do nosso caro Longo. Que fechou o escritório para se dedicar ao projeto e à execução da Casa Bola. Ele acreditou em um futurismo que não aconteceu. Talvez no Japão, para onde ele até levou seu projeto e em que ouviu que o Brasil parecia, ou deveria ser, o país ideal para casas bolas. Uma obra futurista, marcante e que definitivamente é das melhores casas que temos na cidade. Vivas para este grande arquiteto sonhador, como todos nós arquitetos, afinal sonhar é preciso, ou não sobrevivemos.


Gastronomia

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Por SILVIA SIBALDE

F de Fitó e feminino

...ROTA DOS DRINQUES por Flora Canal

Cafira Foz, cearense criada no Piauí, prepara pratos contemporâneos de inspiração familiar no Fitó, restaurante que leva seu apelido de infância

APOTHEK, O PEQUENO GENTIL Localizado na Rua Oscar Freire, embaixo de uma galeria de arte, o menor bar de São Paulo vem para dar força ao pequeno comércio. É uma proposta completa dos nossos tempos: além do foco na qualidade e não na quantidade, o atendimento é impecável. Educados e gentis, os funcionários ajudam na escolha dos drinques, que são servidos em copos muito elegantes. A carta de coquetéis é enxuta e extremamente bem preparada. Os drinques são clássicos, secos, fortes e alcoólicos e podem ser encontrados também engarrafados lá ou pelo site. Negroni Saccharum com cachaça, vermute, Campari e maraschino. Rua Oscar Freire, 2.221, Jardins apothekcocktails.com

aspas A maior dificuldade que eu enfrento é como deixar minha cabeça sã, ficar preparada para esses vieses que vão surgindo na vida como empresária.

eu vou dizer o que quero”. Comecei a voltar para minha cultura, a percebê-la muito forte e a me perguntar o que me tornaria uma cozinheira brasileira. Descobri que era trabalhar com o que eu conheço. aQuadra: Como é estar à frente desta cozinha? CF: Quando começava a chegar gente, eu me assustava. Achava que eles não iam gostar da comida, que iam me detonar, eu não tenho cabeça para receber esse tipo de crítica. Sou canceriana com ascendente em Peixes – desconfiada. aQuadra: Sua equipe é majoritariamente feminina. Isso foi proposital? CF: Acho que não seria esse o termo. Temos o Thomaz e o Mariano, que é um homem trans, o restante é mulher. Pensando sobre isso, tomei uma decisão: que eu não iria mais a restaurantes que não tivessem pelo menos uma equidade de gêneros. aQuadra: O Fitó está bem no centro de um reduto nordestino na cidade. Você imagina o restaurante em outro lugar? CF: Hoje eu imagino o Fitó como ele é, bom e barato, em vários locais da cidade. No centro, na Berrini. Quando eu abri, pensei muito nisso. Sou privilegiada, moro e trabalho no mesmo

bairro, mas o meu cliente fica horas no ônibus e merece comer bem. Então, comecei a pensar no meu cardápio, do quanto eu posso gastar com cada prato. Eu crio em cima de um orçamento, não me dou o direito de praticar aqui porque isso gerar mais gastos. Cerca de 50% dos meus clientes voltam porque eles conseguem perceber isso. O mais legal do Fitó é que recebemos do porteiro ao alto executivo. Então, pensando na cidade como um lugar caótico, acho que podemos estar em vários lugares e atender outras pessoas que passam pelo mesmo drama. aQuadra: O que a cozinha te trouxe, Cafira? CF: Além de rugas e dor de cabeça [risos], disciplina, foco, sentido, motivo para levantar da cama, empoderamento, possibilidade de escolher, direito de falar e de dizer não. Antes, não me sentia no direito de falar e me calava porque eu não tinha grana ou por qualquer outro motivo. Hoje eu posso bancar as minhas escolhas. Ser mulher é muito bom, dá para a gente crescer, mas temos de trabalhar muito, abrir mão de muita coisa. Não ter filhos, ficar perto da família, ser uma pessoa mais romântica, mais doce. Hoje não me dou mais esse direito. Gostaria de ser mais doce, mais suave.

Fitó Rua Cardeal Arcoverde, 2.773, Pinheiros Tel.: (11) 3032-0963

BOCA DE OURO, O BAR COMO DEVERIA SER Sem frescuras ou invencionices, o Boca de Ouro oferece só o melhor: drinques incrivelmente executados e comidas de boteco com ares contemporâneos. O resto é só lucro: boa música sempre, mesa de bilhar e atendimento de quem mais entende do assunto. Não tem letreiro na porta nem perfil do Instagram cheio de posts, mas se quiser garantir uma vaga no bar, o melhor lugar da casa, é melhor chegar bem cedo... Ou bem tarde. Macunaíma, com cachaça, fernet e limão, é o drinque autoral e queridinho da casa. Rua Cônego Eugênio Leite, 1.121, Pinheiros bocadeouro.com.br

MAJESTIC, ÓTIMO E BARATO Irmão mais novo do Paramount, bar que enche as calçadas da Rua dos Pinheiros, o Majestic abriu as portas em outubro. Com mesinhas na calçada e a grande variedade de drinques a bom custo-benefício, o bar atrair o dobro de pessoas que seu primogênito. Saia do comum com o Red Gim: gim-tônica com frutas vermelhas. R. Delfina, 130, Vila Madalena

Flora Canal, 27, é designer gráfica. Paulistana, vive pela cidade atrás de novas descobertas

Vinheria Percussi agora com delivery. Aproveite!

Acima, a simpática fachada; o baião de dois é um dos pratos mais pedidos. Abaixo, o ambiente acolhedor do restaurante é um diferencial

Fotos: Paulo Giandalia; divulgação

criada no Piauí chegou à cozinha? Cafira Foz: Conheci meu marido [Thomaz Foz] no primeiro dia em que cheguei a São Paulo. Ele é antropólogo, tem muita bagagem intelectual e, por intermédio dele, comecei a me perceber melhor. Nesse processo de autoconhecimento, entrei em uma depressão profunda, e decidimos fazer uma viagem para a França. Lá, fomos a um restaurante asiático, e comi um pato com lichia, arroz de jasmim e fiquei muito emocionada. Eram ingredientes da minha vida, como coentro, caldos, frango caipira, louro, frutas, tudo próximo do que eu sentia que era a comida nordestina. Foi ali que pensei: “Quero fazer isso para a minha vida”. Quando voltamos, comecei a estudar e a praticar em casa. Acho que engordamos uns dez quilos. Daí um dia estávamos passando por aqui [Largo da Batata] e vimos uma placa de venda. aQuadra: O Fitó já estava na sua cabeça? CF: No meu imaginário, sim, tinha até a concepção do lugar, mas não o cardápio. Quando chamamos a arquiteta, ela veio com vários conceitos estéticos, e eu falei: “Faça só as coisas que eu não posso fazer. Todo o resto

Fotos: Paulo Giandalia; divulgação

aQuadra: Como é que a cearense

KRAUT, ALEMANHA X BRASIL Com proposta germânica, Kraut, o novo bar na Vila Buarque, traz comidas e bebidas inspiradas na Alemanha. A arquitetura é assertiva, com ponto alto na iluminação e no balcão geométrico. O bar tem drinques executados com precisão germânica e charme brasileiro. Não vai ter erro em um Bloody Mary impecável, com borda de sal temperado e arrematado com picles de pepino saborosíssimos! Não deixe de experimentar as comidas – são deliciosas e vão te levar direto para as ruas de Berlim. Bloody Mary. R. Barão de Tatuí, 405, Vila Buarque @krautbar

Rua Cônego Eugênio Leite, 523 Pinheiros São Paulo SP T 11 3062 8684 | 11 9 9103 8008 www.percussi.com.br

decortrico.com.br @decortrico Te l . : ( 1 1 ) 3 0 6 2 - 3 3 4 4


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Fotos VALENTINO FIALDINI

Um oásis no bairro

UM NOVO RITMO: DEVAGAR À medida que nossa vida está cada vez mais acelerada e o tempo escasso, encontramos mais inspiração em momentos de tédio e na alegria de apreciar um novo ritmo: devagar. Paradoxalmente, começamos a perceber os benefícios da lentidão, do silêncio e até do tédio, que estimulam o pensamento criativo e nos motivam a procurar novas metas e projetos. A popularização da prática de atividades manuais aumenta o sentimento de calma, realização, e dá espaço para a criatividade. O uso das mãos contribui para o resgate de uma medida de tempo mais humana. A dedicação ao artesanal nos obriga a deixar de lado a faceta multitarefa e focar apenas no trabalho manual e no presente. Esse esvaziamento de pensamentos e a eliminação das distrações contribuem para nosso bem-estar mental. Dentro desse cenário, atividades artesanais ameaçadas estão sendo redescobertas e modernizadas por gerações mais novas, que desejam preservar e promover técnicas tradicionais como ponto cruz, cerâmica, tricô, crochê e bordado. Surge, assim, uma nova onda artesanal. Vemos a produção de obras únicas, que apelam para nosso desejo de individualidade. Desejamos o que é agradável ao toque, feito à mão, com tempo e, acima de tudo, em outro ritmo: devagar.

A arquitetura de inspiração inglesa e as peças de decoração portuguesa dão o toque de charme à casa da família Fontoura

Por Nina Giglio Especialista em marketing na WGSN, bureau de tendências global @WGSN.br WGSN.com

Ao lado, as amplas janelas dos seis quartos da residência. O relógio de chão (acima) foi trazido da quinta da família, localizada em Chaves, cidade ao norte de Portugal. A pia batismal (também acima) é um dos itens de maior valor sentimental para a família. Abaixo, quadros e ladrilhos portugueses e a maçaneta garimpada em viagens; a piscina e seu lindo jardim

Q

uem olha de fora e reconhece a serenidade da residência da família Fontoura não imagina que ela já foi palco de inúmeras celebrações. “É uma casa com muita alma e que traz ótimas lembranças”, diz Maria Luiza Fontoura, filha dos proprietários. Construída no início dos anos 1970 e de inspiração inglesa, foi projetada por um amigo da família, o engenheiro Sérgio Freire. O amplo imóvel, com seis quartos, é decorado com móveis confeccionados por um marceneiro inglês que morava no Brasil. Os principais objetos de decoração – como ladrilhos antigos, quadros e o charmoso relógio de chão – são herança do avô português de Maria Luiza. “Assim que meu pai soube que meu avô tinha doado a quinta para as freiras de Chaves (cidade ao norte de Portugal), foi correndo tentar recuperar alguma coisa”, conta ela. “A cabeça de veado meus pais trouxeram da África, em uma volta ao mundo que fizeram em 1968, de navio. A maçaneta foi garimpada em algum leilão ou mercado de pulga na Inglaterra”, explica Maria Luiza. Um dos itens de maior valor sentimental para a família é a pia batismal que repousa em um dos cantos da sala. A peça foi trazida da antiga Fazenda da Grama, onde a matriarca, Lurdinha Fontoura, nasceu. “Meus dois filhos foram batizados lá”, diz Maria Luiza.

Ao lado, luvas de lã do projeto Linhas da Mão, de Renato Dib. Acima, Semente, da fotógrafa e artista visual Mari Queiroz. Abaixo, obra de Pedro Luiss, que integrou a exposição Um Fio Solto.

LUZ E MOVIMENTO

Pioneiro da arte cinética e considerado um dos principais artistas contemporâneos, o argentino Julio Le Parc é tema da retrospectiva Julio le Parc: da Forma à Ação. A mostra chega ao Instituto Tomie Ohtake depois de ter sido realizada, em 2016, no Pérez Art Museum Miami. Com mais de cem obras, a exposição se divide em três seções temáticas. A primeira reúne trabalhos iniciais e inclui A Longa Marcha, um grupo de dez pinturas vibrantes que flutuam ao redor de uma parede arredondada. Na segunda parte estão caixas de luz, obras de contorção e os revolucionários labirintos-instalação. No último segmento, denominado “Jogo & Política de Participação”, a curadora Estrellita Brodsky explica que dissolve os muros físicos e ideológicos entre espectador, obra de arte e instituição. Em 1958, Le Parc trocou Buenos Aires por Paris, onde foi um dos fundadores do Grupo de Pesquisa de Artes Visuais (Grav).

Julio Le Parc: da Forma à Ação Instituto Tomie Ohtake Rua Coropés, 88, Pinheiros, tel.: (11) 2245-1900 Até 25 de fevereiro de 2018. De terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis

#dicasdeleituraesériesdosvizinhos

Fotos: divulgação

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Cultura/Artes

Decoração/Estilo

Quem lê: Maria Edith, endocrinologista Livro: A Invenção da Natureza, de Andrea Wulf, editora Alfred A. Knopf

Quem lê: Adriana Camasmie, vizinha Livro: Hibisco Roxo, de Chimamanda Adichie, editora Companhia das Letras

Quem lê: Antonio Procópio, empresário Livro: Noite Sobre as Águas, de Ken Follett, editora Arqueiro

Quem vê: Flávio Pinheiro, vizinho Série: Mindhunter Gênero: suspense

Quem vê: Tetê Ribeiro, jornalista Série: Stranger Things Gênero: suspense


Antena

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Lente

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Por HELENA MONTANARINI

Da costela de Adão

Folhas tropicais como costela-de-adão e de bananeira caíram no gosto de designers e agora inspiram o lifestyle de coleções de moda, decoração, acessórios, joias e arranjos. A tendência também enfeitiçou a trend forecaster Lidewij Edelkoort, da revista Bloom, que já lançou um livro inspirado na flora brasileira Brinco Costela-deAdão, feito de latão bruto polido,da Greta Atelier. @gretaatelier

Case da Goo.ey desenhada por Clinton Friedman, à venda na Acaju do Brasil. @acajudobrasil

A Talento Joias convidou a artista plástica Regina Silveira para o projeto Joia de Artista. O resultado é a linda pulseira-bracelete de ouro branco, lápislazúli e coral que simula um labirinto.

Giselle Bariani Malzoni, na Julie Chermann

A costela-de-adão, espécie nativa do México, é cultivada como ornamental e tem um fruto comestível e muito saboroso

Thereza Collor de Mello

Paula Juchem e Ruy Teixeira, na exposição Alquimias, Firma Casa

Clarissa Schneider

aQuadra registrou o estilo “dia e noite” de gente que mora, trabalha ou circula pelas ruas e pelos eventos do bairro e dos arredores.

Patrícia Lunardelli, a Áreaoito Sonia Diniz

Vestido Tropical Art/ Verão 2018 Iódice. @iodicebrasil

Festa de 4 anos de Rita (foto) e Cecília Dávila, na Praça Gastão Vidigal

SYLVIE QUARTARA Clutches de marchetaria com temática tropical da designer francobrasileira. @sylviequartara

Owen Wilson e Manoel Dias Teixeira Neto (Petit), na livrari a Freebook

Victor Collor de Mello e Stefan Weitbrecht Florinda Bolkan, JK Iguatemi

Fotos: Paulo Giandalia; divulgação

Fotos: divulgação

Renata e Fernanda de Goeye, na De Goeye

Sérgio Luizetto, Vasco Vasconcellos e Guillermo Tizon, na Al. Gabriel Monteiro da Silva

Lucinha Mauro, Salão 1838

Luiza Stecca, na Dpot

J O I A S Q U E C O N TA M HISTÓRIAS. CONTE A SUA @ALICE_PENTEADO (11) 98555-5134 | 3742.2134 A N E L D A FA M Í L I A . P E R S O N A L I Z E O S E U

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Por VALDERSON DE SOUZA

2018

30

Astros

O

astral positivo e a abundância serão constantes em 2018, pois a energia de Júpiter, o planeta da prosperidade, vai dominar todo o período. O ano será voltado para os assuntos do poder, da justiça, das relações internacionais e da religião. O primeiro semestre será marcado por bons resultados econômicos, que vão aliviar as preocupações. Porém, uma forte onda de pensamentos e ações conservadoras será sentida por todos. No segundo semestre, o astral estará mais leve. Uma nova geração de políticos jovens vai ocupar espaço nas eleições gerais, mas devemos ficar atentos, pois a pouca idade não será sinônimo de pensamentos avançados. A Copa do Mundo tem todas as chances de ser nossa, oxalá! Para os arianos, o ano será de intensas transformações no mundo financeiro. Tudo ficará bem desde que você preserve seu espaço e fique no mundo do conhecido. Se está só, no segundo semestre o amor virá. O ano termina cheio de novidades, descobertas e viagens. Taurinos: a boa sorte vai estar longe de casa, então aproveite o ano para viajar e descobrir novos horizontes. No meio do ano, as finanças ficam estáveis, e a segunda parte poderá ser cheia de aventuras. Atenção à família mais para o fim do ano. Cuide do seu emocional para ter forças. Os assuntos profissionais e a vida social vão ser os temas principais dos geminianos – e isso vale para o ano todo. Aproveite o primeiro semestre para aprender coisas novas e melhorar seu currículo. No segundo, uma melhoria financeira permitirá aumentar seu patrimônio e seus prazeres. Acredite. Os cancerianos devem ter um ano intenso nas relações sociais, familiares ou políticas. Mesmo sem querer, sua participação será marcante e vai mudar sua rede de amigos. No primeiro semestre, a casa e os filhos exigem atenção e, no segundo, as reuniões e as viagens prometem sucesso. Os leoninos terão um ano cheio de conquistas e vitórias, especialmente no segundo semestre. A chave para acontecer está em tomar a iniciativa e não depender de nada nem de ninguém. A partir de seu aniversário, as mudanças no trabalho vão deixá-lo de bem com a vida. Cuidado com o estresse. O bom resultado financeiro vai aumentar a autoestima e as oportunidades dos virginianos em 2018. A parte final será bem melhor. Planeje tudo com dedicação e sem ansiedade. As iniciativas terão sucesso desde que você aceite os desafios. Boa saúde e paz serão as recompensas. Para os librianos, os planos finalmente acontecem, e a prosperidade permanece durante todo o ano. Fique atento aos convites de parcerias e sociedades, eles serão bem-sucedidos. No meio do ano, dívidas materiais e emocionais terminam e permitem um fim de ano de sucesso e esperança. O escorpiano terá o melhor ano desta fase da vida, pois Júpiter, o senhor da alegria, estará em seu signo até o aniversário. Aproveite para abrir a cabeça e descobrir novos talentos em si mesmo. No segundo semestre, a boa sorte vai estar bem perto de casa e do trabalho. Fique ligado. A vida familiar e a organização da casa serão os focos de atenção em 2018 para os sagitarianos. O importante é não exagerar até meados do ano. No meio do segundo semestre, Júpiter entra em seu signo e tudo melhora definitivamente. Mantenha a saúde e tome cuidado para não engordar. Os capricornianos vão passar por renovações em 2018, tanto em si mesmos como no lugar em que vivem. A primeira parte do ano traz embates no trabalho. Cuidado para não adoecer. No segundo semestre, a saúde pedirá cuidados, então tudo dependerá da alimentação e da cuca. Amor e finanças tranquilos. Os aquarianos começam o ano mudando rotinas de vida e trabalho. De nada adianta lutar contra o futuro, encare-o de frente. No meio do ano, problemas financeiros se resolvem bem e anunciam um segundo semestre voltado para novos espaços de atuação. Aceite as parcerias e aproveite a vida. Para os piscianos, o ano voltará a atenção para as relações de amor e trabalho. Descobertas fundamentais abrem sua sensibilidade para perceber outras pessoas. No segundo semestre, assuma as responsabilidades e aceite os desafios, isso tornará seu futuro tranquilo e o fará feliz. Durante metade do ano vamos sentir a presença da tensão entre Plutão e Urano, bem mais fraca do que nos anos anteriores. Entre junho e novembro, um estado de melhoria será sentido por todos, graças às boas energias de Urano e Saturno. O ano de 2018 será melhor do que os anteriores, mas não criemos expectativas para não nos decepcionar. Na astrologia oriental, 2018 será o ano do cachorro de terra, um período lento e cheio de bons propósitos, que vai inspirar confiança para o uso adequado do dinheiro e do poder. Será um ano em que não devemos nos sentir vencidos pela derrota nem confiantes pela vitória, um ano para reavaliar os valores, aprimorar as virtudes e combater a tirania e a opressão. Tudo ficará bem se for mantido o caminho da honestidade na vida e nos negócios. Cor: azul-esverdeado/verde azulado Flor: cravos/madressilva Pedra: ametista/topázio imperial Aroma: aloé/anis Chá: camomila/dente-de-leão

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