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oJ O RrN A L nE S C OaL A R lP E R S P E C T I V A
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perspectiva Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia
www.esec-dr-j-araujo-correia-rcts.pt :: esjac@mail.telepac.pt
:: MARÇO de 2011 :: ANO XI - EDIÇÃO 34
w Editorial
Novo Programa de Português do Ensino Básico Pág. 2
Caro leitor
Filme do Desassossego
Está face a mais uma edição do jornal “Perspectiva”. E entre esta e a última edição, tantas foram as mudanças. Hoje, já somos um Agrupamento de Escolas, temos novos órgãos e novos responsáveis. E até parece que ganhámos a maioridade. Agora somos grandes… Agora temos expressão… E da furiosa contestação e enérgica oposição inicial passámos à serena e mansa rotina. Porventura mais aparente que real, pois a normalidade leva tempo a firmar-se. Contudo, o futuro não deixa de ser promissor. É que, na verdade, estamos cá todos ou quase todos e, por isso, a nossa Escola continua a ter todas as condições para ser uma instituição escolar de referência, onde se trabalha bem, com gosto, com querer e com a ambição de quem acredita que na educação reside a construção de um mundo melhor e de um Homem mais valioso e mais digno.
Pág. 3
O Centenário da República na Escola João Araújo Correia Pág. 4 Dia Internacional da Filosofia e da Língua Materna Pág. 4 Línguas
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Matemática
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Manuel Ferreira Professor de Filosofia
w Aniversário do CNO
w Dia do Patrono
No dia 30 de Outubro, realizou-se a cerimónia de comemoração do aniversário do Centro Novas Oportunidades (CNO), no Centro Escolar da Alameda.
Pág. 2
w Visitas de Estudo...
No próximo dia 20 de Maio, o Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia vai celebrar o “Dia do Patrono”.
Pág. 4
Visita ao Museu do Douro
Viagem ao Corpo Humano
Visita à Universidade de Aveiro
Visita a Lisboa e Mafra
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w Opinião
w Concurso Saber...aLer
Uma mulher desfigurada - Pág 9
A primeira fase do “Concurso Saber… aLer” já fervilha literariamente nas trinta e seis turmas do 1.º CEB do nosso Agrupamento. O concurso baseia-se nas obras Dom Draguim, Rei dos Dragões, de Carlos Campos, e Sarilhos do Amarelo, de Pedro Sales Luís Rosário.
Avaliação e autonomia das escolas - Pág. 10 Uma Régua menos "torta" - Pág. 11
Pág. 8 Sacrifícios de uma vida de estudante - Pág. 11
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JORNAL ESCOLAR PERSPECTIVA
NOTÍCIAS... ANIVERSÁRIO DO CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES
No dia 30 de Outubro, realizou-se a cerimónia de comemoração do aniversário do Centro Novas Oportunidades (CNO), no Centro Escolar da Alameda. A cerimónia foi muito participada, tendo estado presentes os adultos certificados ao longo do ano e as entidades convidadas. Paralelamente, decorreu uma exposição dos trabalhos realizados pelos adultos que foram certificados, pois muitos deles, nas horas vagas, dedicam-se a trabalhos artesanais de grande interesse cultural e artístico. Magníficos trabalhos de pintura, escultura, bordados, miniaturas de casas, e outros que encheram de curiosidade os visitantes, merecendo destes uma nota de excelência e, nos autores, a satisfação de lhes ser reconhecido valor e competência. Durante a cerimónia, foram entregues 131 diplomas do Ensino Básico e 132 diplomas do Ensino Secundário a adultos certificados ao longo deste ano lectivo, pelo Coordenador do CNO, professor Salvador Ferreira, pelo Director do CNO, professor Paulo Renato, pela Directora Adjunta da DREN, Dra. Ema Gonçalo, e pelo Presidente da Câmara, Eng. Nuno Gonçalves. Foi, também, aproveitada a oportunidade para serem assinados protocolos com as Juntas de Freguesia do concelho, com a Casa do Povo de Godim e com a Câmara Municipal de Peso da Régua, procurando, deste modo, aprofundar o trabalho colaborativo entre o CNO e a comunidade local, de
forma a dar resposta às necessidades de formação e certificação dos adultos do concelho. Foi servido um almoço, tendo terminado a festa com um baile abrilhantado pelos adultos, que demonstraram notáveis competências nos domínios da música, dos cantares e da dança. Este evento serviu para evidenciar o excelente trabalho desenvolvido pela equipa do CNO junto da comunidade, bem como dar realce ao trabalho pessoal de cada adulto, apresentado na exposição. Salvador Ferreira - Coordenador do CNO
Novo Programa de Português do Ensino Básico
O Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia está a desenvolver uma actividade de formação dos seus professores de Português, no âmbito do Projecto de Implementação do Novo Programa de Português do Ensino Básico (NPPEB). Uma vez por semana, à quarta-feira, decorre uma sessão de trabalho, orientada pela Dr.ª Conceição Pires, professora do Agrupamento, a qual se realiza durante noventa minutos alternadamente nas instalações da Escola EB 2,3 e da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia. O Novo Programa de Português do Ensino Básico apresenta orientações que procuram adaptar as exigências da vida moderna, exigente e competitiva aos conteúdos curriculares da disciplina. O mundo actual requer adultos críticos e interventivos e, neste sentido, a proficiência na língua materna, visível no domínio das competências linguístico-comunicativas, é um requisito indispensável para a interacção social e o sucesso profissional. As novas directivas produzirão alterações a vários níveis na actuação do professor de Português. Por exemplo, o princípio da progressão obriga a um conhecimento das orientações programáticas dos três ciclos do Ensino Básico e, consequentemente, a uma gestão e operacionalização ponderada e equilibrada, buscando uma efectiva interligação entre os mesmos. Outro aspecto inovador será a promoção da adequação entre as orientações programáticas, o Projecto Educativo do Agrupamento e o Projecto Curricular de Turma. O NPPEB consagra um desígnio educativo fundamental, que se concretiza numa “declarada atitude de exigência no que respeita ao domínio do português enquanto língua de escolarização” (PPEB, homologado em Março de 2009, p. 9). Tornar este desígnio uma realidade será o maior desafio do professor de Português, assim como de todos os intervenientes no sistema educativo. Os professores de Português do Agrupamento contam, naturalmente, beneficiar da actualização científica, pedagógica e didáctica que as sessões propiciam. Um dos participantes
“Pinta a tua Espanha” No âmbito da disciplina de Espanhol, os alunos das turmas A e D do 11.º ano participaram no projecto “Pinta a tua Espanha”, inserido no “VIII Prémio Pilar Moreno Díaz de Peña”, do Departamento de Educação da Embaixada da Espanha. O projecto consistia na criação de um cartaz que ilustrava o tema “Uma Viagem Cultural a Espanha”. Havia prémios monetários para os três melhores trabalhos. O placar vencedor poderá ainda servir de imagem do "IX Prémio Pilar Moreno Díaz de Peña" de 2012. O cartaz elaborado pelos alunos baseou-se em elementos culturais espanhóis como a Tomatina, o Carnaval, as Touradas, os palácios e a bandeira. La Tomatina es una fiesta divertida en España que se celebra en Buñol en agosto y que consiste en lanzar tomates entre los participantes durante una hora. Las fiestas de Carnaval se celebran en una multitud de pueblos y ciudades. Suele durar unos 3 días en los que la gente se disfraza. Las Corridas de toros son espectáculos preciosos característicos de España que consisten en lidiar varios toros bravos, a pie o a caballo, en un recinto cerrado, la plaza de toros. Los palacios - España es un país muy rico en términos de arquitectura. Existen grandes palacios muy bonitos. La bandera es el símbolo de España. Fue adaptada con todos sus elementos actuales el 5 de octubre de 1981, se compone de tres franjas horizontales roja, amarilla y roja y un escudo a la izquierda. Alunos do 11.º A e D
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JORNAL ESCOLAR PERSPECTIVA
NOTÍCIAS... so I Concur Concurso “Car ta a los R e yes Ma g os” “Carta Re Mag
No passado dia 6 de Janeiro, dia de Reis, os elementos organizadores do I concurso “Carta a los Reyes Magos” procederam à entrega dos prémios aos vencedores do concurso, numa cerimónia que decorreu no salão nobre da Câmara Municipal de Vila Real. Vários docentes da disciplina de Espanhol das escolas dos concelhos de Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Peso da Régua e Alijó, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Real e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), promoveram o referido concurso com o objectivo de estimular a criatividade, assim como de aplicar conhecimentos linguísticos e culturais dos estudantes de língua espanhola na tarefa de redacção de uma carta aos Reis Magos em Espanhol. Dos duzentos alunos participantes, seis foram consagrados vencedores, distribuídos pelas categorias “Ensino Secundário” e “3.º Ciclo do Ensino Básico”. Assim, na primeira categoria, ficou em primeiro lugar Daniel Carvalho, da Escola Secundária do Morgado de Mateus, Vila Real. O segundo e terceiro lugares foram para alunas do Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Pouca de Aguiar – Joana Barreiro e Mariana Sanches, respectivamente. No 3.º Ciclo do Ensino Básico, o primeiro lugar foi atribuído a Ana Sofia Olival, da Escola de São Secundária de Pedro, Vila Real. Em segundo lugar, classificou-se Ana Sofia Oliveira, da Escola Secundária C/3 Camilo Castelo Branco, Vila Real. O terceiro lugar ficou reservado para Inês Duarte Carvalheira, do 9.º A do Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia, Peso da Régua. Foi ainda destacada, com um prémio extraordinário, a carta mais divertida, pertencente à aluna Patrícia Soares, do 9.º A, do nosso Agrupamento de Escolas. Os alunos vencedores, acompanhados pelos pais, professores de Espanhol, directores de turma e outros docentes representantes de cada escola, deslocaram-se à Câmara Municipal de Vila Real, onde receberam os respectivos prémios e, de coroa dourada na cabeça, leram as suas cartas diante de um público que, orgulhoso, os aplaudiu efusivamente. A acompanhar e embelezar o momento esteve o grupo de cantares Aléu.
O evento, que decorreu num ambiente de convivência cultural e de partilha, foi seguramente importante para os premiados, bem como para os seus professores, familiares e amigos. De acordo com o regulamento de concurso, que prevê a divulgação das cartas vencedoras, aqui se publica, na íntegra e assinadas por um pseudónimo, as da nossa Escola: 3.º Prémio do 3.º Ciclo do Ensino Básico (Inês Carvalheira, 9.º A) Lunes, 13 de diciembre de 2010 Queridos Reyes Magos, todas aquellas Navidades que pasé, siempre pedía un montón de cosas que necesitaba, pero me di cuenta de que en la Navidad lo más importante no es la cantidad, sino la cualidad. Así que os pido, Melchor, Baltasar y Gaspar, que esta época de vacaciones lo único que quiero es que mi hermano pueda vivir sano y muchos momentos felices conmigo. Nuestra felicidad no se logra con grandes y caros regalos, que rara vez los usamos, sino con pequeñas cosas que ocurren todos los días. Besos: Néh
Filme do Desassosse go Desassosseg Pelo génio de João Botelho, um grupo de alunos de turmas do 12.º ano foi presenteado com a oportunidade de assistir ao “Filme do Desassossego”, filme baseado na obra Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. O filme em si retrata a vida de Bernardo Soares – heterónimo criado por Fernando Pessoa, sendo o que mais se assemelha a ele – em três dias e três noites. O filme propriamente dito iniciase com a criação do heterónimo e do meio que o envolve, decorrendo, mais tarde, um diálogo entre o heterónimo – Bernardo Soares – e o ortónimo – Fernando Pessoa – onde, numa conversa sem apresentações, o heterónimo queixa-se de não conseguir escrever poemas, mas sim fragmentos, ao contrário de Pessoa, que é um mestre da poesia. Ao chegar ao apartamento do primeiro, este entrega a Fernando Pessoa um livro de sua autoria, escrito à mão, intitulado Livro do Desassossego, e é
Prémio extraordinário – A carta mais divertida (Patrícia Soares, 9.º A) Lunes, 13 de diciembre de 2010 Hola Reyes Magos, Mi nombre es María, tengo 14 años y vivo en Portugal. Os escribo porque estaba pensando cómo seriáis en la actualidad: camellos sustituidos por Ferraris, ropa ancha sustituida por las ropas de los Jonas Brothers y la estrella que utilizáis para seguir el camino correcto, sustituida por un GPS. Habrán cambiado también los regalos, oro, incienso y mirra: Baltasar ofrecería una semilla de un árbol que da de comer; Gaspar daría una gota de agua para calmar la sed y Melchor ofrecería mil euros para los regalos de Navidad. Pensad en esta propuesta y tratad de venir este año. Besos, María.
Os restantes alunos participantes não premiados receberam um certificado de participação, uma vez que todos mostraram uma grande receptividade à actividade, num dinamismo que prova o seu interesse pelo estudo da língua e cultura espanholas. Fátima Fraga - Professora de Espanhol
a partir desta entrega e da promessa de uma interessada análise de Pessoa que a história de vida de Bernardo Soares, em três dias e três noites, tem começo. Neste pequeno grande período de tempo, é mostrado ao público o meio em que Bernardo Soares vive, desde o seu trabalho como arrumador de livros numa biblioteca de Lisboa – tal como o próprio Fernando Pessoa –, onde reflecte sobre a sua própria existência, critica os companheiros de trabalho e acaba por escrever uma ópera; os monólogos no seu apartamento, nos quais a sociedade, o porquê de ele ser como é, e os fragmentos que escreve são o tema principal; os seus almoços num restaurante onde, através dos restantes clientes que lá almoçam, temas como a traição e opiniões de vida se fazem
sentir, juntando-se a eles opiniões entre Bernardo Soares e alguns empregados – que também as mantêm entre si – envoltas pelo porquê daqueles e de outros acontecimentos; os passeios que faz pela cidade de Lisboa, nos quais ele lida com a sociedade que critica por estar repléta de vícios, dos quais fazem parte os sete pecados mortais, e que, apesar de o saber, peca sem hesitar. O filme acaba com Fernando Pessoa a abandonar o mesmo bar onde conheceu Bernardo Soares, que não apareceu desta vez, e deixando na mesa onde se sentou o manuscrito que lhe tinha sido entregue e que, devido à insistência do dono do bar, lhe voltou às mãos, por este considerar que talvez Pessoa lhe pudesse achar maior interesse. Embora Pessoa dissesse que o livro não era dele, aceita-o e reflecte sobre o cansaço da sua fragmentação, deixando Bernardo Soares, que lhe deixou a sua obra, e partindo para outro heterónimo. Em poucas palavras, pode-se dizer que o filme não é baseado numa obra de
Fernando Pessoa, o filme é Fernando Pessoa. Daniel Teixeira de Carvalho – 12.º A
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NOTÍCIAS... O CENTENÁRIO DA REPÚBLICA NA ESCOLA JOÃO ARAÚJO CORREIA
VERDES ATÉ AO TUT ANO TUTANO
Um grupo de alunos do 12º- ano, turma C, está a levar a cabo um projecto de protecção do ambiente, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. “Desde sempre sonhámos em trabalhar este tema” diz a porta-voz do grupo, Inês Pereira. “Esta ideia nasceu há uns anos, quando vi um menino a separar o lixo quando cá ainda nem se
Durante o mês de Outubro foi possível visionar no pavilhão B da nossa Escola uma exposição sobre o centenário da República, organizada pela Área Disciplinar de História. Com boa apresentação e rigor histórico, a exposição tinha tudo o que era necessário para fazer reviver um evento importante como a queda da monarquia em Portugal e o começo de um novo regime político que durou até hoje. De facto, no dia 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos, juntamente com o seu filho primogénito, o príncipe Filipe, foi vítima de um regicídio. Como consequência deste atentado, a República foi implantada em Portugal, quando se contava o ano de 1910, no dia que todos conhecemos como feriado nacional, o 5 de Outubro. O centenário da República foi tema de programas televisivos, de debates e motivo de festividades, celebrações e, claro, exposições. Foi um dos acontecimentos mais importantes do ano, a que a nossa Escola não se alheou. A exposição da nossa Escola, além de apresentar os factos cronológicos mais relevantes, tinha várias curiosidades relativas à vida quotidiana, o que despertava o interesse e fornecia um quadro mais realista da época retratada. Isilda Castro – 10.º F
DIA DO P ATR ONO PA TRONO No próximo dia 20 de Maio, o Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia vai celebrar o “Dia do Patrono”. Nesse dia, pretende-se: . homenagear o Dr. João de Araújo Correia, patrono do Agrupamento de Escolas; . homenagear a Dr.ª Raquel Ruas pelos relevantes serviços prestados à Escola Secundária com o mesmo nome; . levar para a cidade todas as escolas do Agrupamento, com a participação de todos os seus agentes, no cumprimento da verticalidade e da transversalidade; . mobilizar pais e encarregados de educação para a participação no evento; . sensibilizar e mobilizar as forças vivas do concelho e da cidade, como sejam a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, as Associações Culturais, os órgãos de comunicação social e outras forças vivas. Serão organizadas, nesse dia, várias actividades, que vão do teatro de rua às danças de rua e animação de rua, exposições de pintura e fotografia, conferências e café-concerto. A organização será da responsabilidade da Área Disciplinar de Educação Tecnológica, que espera, naturalmente, a colaboração de várias pessoas e entidades, bem como dos alunos. Será sobretudo para estes que as actividades se dirigirão. Espera-se, portanto, a sua participação activa! Paulo PereiraGuedes - Professor de Português
falava em tal coisa. Fez-se luz!”. O projecto envolve várias actividades a decorrer durante o ano lectivo de 2010-2011. As preocupações ecológicas dos vários elementos começam a tomar forma nas suas primeiras aparições. O “Rolhão” é o recipiente destinado a recolher tampas plásticas para reverter a favor dos mais necessitados. A Árvore de Natal nasceu da intenção de alertar para a inútil emissão dos talões de movimentos do cartão da Escola, como os recibos no bar e na papelaria. Os alunos mobilizaram a comunidade escolar a enfeitar a sua árvore com os referidos talões. Vejam só que carregada! Dá que pensar!!! Contudo, a árvore não seria a mesma sem os sinos, estrelas e figuras integralmente construídas pelos alunos do grupo, com materiais reutilizados de embalagens de iogurte, leite, desodorizantes, rolhas plásticas, etc., que dela irão fazer parte. Até as luzes são ecológicas. Com ajuda do professor Rui Guimarães, todos podem “dar à luz!”: é que as luzes acendem quando se dá à manivela. Nada de energias poluidoras… O grupo apela: “Vem dar luz à nossa árvore!” Simbologia dos efeitos da Árvore de Natal Ecológica Anjos - Simbolizam os 5 subtemas individuais em que trabalhamos: Hidrosfera, Biosfera, Geosfera, Atmosfera e relação do Homem com a Natureza; Estrelas - Significam o fabrico de uma tonelada de papel reciclado, relativamente à produção de papel novo: necessita entre 50 a 200 vezes menos água (o equivalente ao consumo diário de mil pessoas); Sinos - Simbolizam a Pegada Ecológica Portuguesa, que é 4,5 hectares por pessoa, o que equivale a 4,5 campos de futebol; Bolas - Simbolizam 8 milhões de árvores plantadas todos os anos; Laços - Representam doze embalagens de plástico recicladas, correspondendo a 1 quilo de CO2 a menos na atmosfera; Talões - Simbolizam o desperdício de mais de 400 milhões de toneladas de papel por ano, no mundo; Luzes - Representam as 14,8 de toneladas de CO2 que foram emitidas em 2009 pela produção eléctrica, o que corresponde a cerca de 26% do total no país. Todos os enfeites são assim dotados de profundo significado, nada tendo sido deixado ao acaso. O espírito natalício nasce contrariando o consumismo que naquela época se apodera dos nossos pensamentos. Mas muitas outras actividades nos vão surpreender ao longo do ano. O grupo pretende alargar a sua intervenção às escolas do 1º- ciclo e talvez até ao pré-escolar. Preparou também com entusiasmo uma actuação de fantoches alusiva ao tema, que pretende fazer as delícias dos mais pequenos, e ainda um peddy-papper. Claro que todo o material será construído reutilizando. Bem hajam estes Jovens por acreditarem que vale a pena. Inês Sequeira - Professora de Área de Projecto
“Temos de compreender que somos apenas uma porção minúscula de um Universo incrivelmente vasto. Aconselho os cientistas a abordarem a Natureza com mais humildade. Pode chegar o dia em que as aves não cantem para celebrar a Primavera.” R. Carson
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NOTÍCIAS... Dia Inter nacional da Filosof ia Filosofia
A celebração do “Dia Internacional da Filosofia” constitui-se como uma oportunidade ímpar para sensibilizar e consciencializar toda a comunidade educativa e em particular os alunos para a importância da Filosofia na formação integral de cada indivíduo. A Filosofia é uma experiência indispensável à vida humana, estendendo o seu olhar interrogante a tudo o que nos rodeia. Num contexto marcado por um pragmatismo crescente, um individualismo cego, uma desumanização feroz e uma alienação cada vez mais frequente, é essencial mostrar que existem outras possibilidades, outras maneiras de pensar, de ser e de fazer. A Filosofia aparece, então, como um saber e uma vivência que, com a sua preocupação analítica, crítica e reflexiva, pode despertar o ser humano para uma existência mais autêntica, mais digna e mais justa. Assim, movido por esta convicção, a Área Disciplinar 410 – Filosofia – resolveu associar-se de forma activa à comemoração daquela efeméride, que se realizou no dia 18 de Novembro. A actividade decorreu no Anfiteatro do Pavilhão 3 e envolveu
várias turmas do ensino secundário, nomeadamente dos 10.º e 11.º anos. Com o envolvimento dos alunos do 10.º ano, da turma D, encenou-se com conteúdos e linguagem actuais o texto “Alegoria da Caverna”, escrito pelo filósofo Platão, e que se encontra na obra intitulada A República, Livro VII, 514a-517c. Foi apresentada ainda, por uma aluna do 11.º ano, da turma C, Sofia Guerra, uma intervenção que realizava uma comparação entre o discurso demonstrativo e o argumentativo. Por fim, visionou-se o filme “Reencontro com o passado”, tendose-lhe seguido um pequeno debate sobre o conteúdo e a mensagem do mesmo. Em termos gerais, podemos afirmar que a actividade foi ao encontro dos objectivos e das expectativas traçadas. A participação dos alunos foi viva e entusiasmante. Pensamos que este tipo de actividades é positivo e indispensável para que o aluno possa estabelecer uma relação entre os conteúdos escolares e as situações concretas da experiência convivencial. Manuel Ferreira – Professor de Filosofia
HORA DO CONT O CONTO Com o objectivo primordial de elevar os níveis de literacia, os alunos do 7.º A participaram na actividade extracurricular Hora do Conto, dinamizada pela professora Emília Craveiro em colaboração com a Biblioteca Escolar da ESJAC. Os referidos alunos assistiram, no dia 13 de Dezembro, pelas 14h20m, à leitura expressiva de poemas de Natal (a cargo do 9.º - B), e a dramatização do Conto «Happy Meal», de José Braga - Amaral, feita pela professora e alunos do 7.º - E. As actividades realizadas (dramatização, acróstico, mímica e bingo) foram uma mais-valia para os discentes, na medida em que puderam usar a leitura como um instrumento de comunicação e veículo de novas aquisições culturais. A avaliar pelos comentários dos alunos, todas as actividades relacionadas com a análise do conto foram realizadas com agrado pelos mesmos, tendo sido uma sessão dinâmica e divertida. Emília Craveiro - Professora de Português
DIA INTERNACIONAL DA LÍNGU A MA TERN A LÍNGUA MATERN TERNA Celebra-se a 21 de Fevereiro o Dia Internacional da Língua Materna, proclamado pela Conferência Geral da UNESCO em Novembro de 1999 e desde Fevereiro de 2000 que se comemora este Dia Internacional, com o objectivo de promover a diversidade linguísticacultural e o plurilinguismo. A Língua Materna tem, sem dúvida, um papel preponderante no desenvolvimento da criatividade, da capacidade de comunicação e na elaboração de conceitos, além de que a mesma constitui também o primeiro vector da identidade cultural. Desta forma e a fim de desenvolver nos alunos o gosto pela criação poética, os mesmos divulgaram os seus textos a outros alunos da comunidade escolar. Com o objectivo primordial de comemorar o Dia Internacional da Língua Materna, a professora Emília Craveiro dinamizou com os alunos da turma G do décimo ano, de Línguas e Humanidades, uma actividade extracurricular, subordinada ao tema LER É CRIAR E MOTIVAR, integrada no Projecto Dias Temáticos – a comemorar também se aprende, em colaboração com a Biblioteca Escolar da ESJAC. Os alunos de Línguas e Literaturas recitaram, assim como apresentaram num trabalho em powerpoint, diversas composições poéticas da sua autoria, sob as mais diversas formas, desde a cantiga de amigo, ao soneto camoniano e à quadra popular. Os textos poéticos abordaram a importância da aprendizagem da Língua Materna e as alterações do Novo Acordo Ortográfico. Seguidamente, a turma G proporcionou a todos os presentes um pequeno lanche, num ambiente de total confraternização entre docentes e discentes. A actividade realizada foi bastante enriquecedora, na medida em que os alunos puderam aprender, divulgando o seu próprio trabalho. A avaliar pelos comentários dos presentes, a actividade foi bastante profícua e, parafraseando o Senhor Presidente da CAP, Professor Paulo Renato, são momentos como estes que ficam na memória dos alunos e nos fazem recordar com saudade os nossos momentos escolares. Emília Craveiro – Professora de Português
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VISITAS DE ESTUDO... V ia g em ao Cor po Humano iag
No passado dia 22 de Outubro, algumas turmas do 12.º ano (turmas A, B, C, E, F e G) da nossa Escola deslocaramse à Alfândega do Porto, a fim de participarem numa visita à exposição intitulada O Corpo Humano. Esta visita de estudo efectuou-se no âmbito das disciplinas de Psicologia B, Geografia C e Biologia. A saída da Escola deu-se por volta das nove horas da manhã e, após uma viagem algo ensonada no início, mas bem desperta e bem-disposta no final, chegou-se ao Porto cerca das onze horas. Já no edifício da Alfândega do Porto, as turmas E e F (as únicas que têm Geografia) começaram a visita pelo Museu dos Transportes e das Telecomunicações, tendo-se detido, atentamente, na exposição sobre a evolução da rádio. No fim, e para vivenciarem uma situação prática, gravaram uma espécie de programa radiofónico, tendo como temática a campanha para a eleição da associação
de estudantes da Escola. Entretanto, as restantes turmas participaram na visita à exposição sobre o corpo humano. Já da parte da tarde, foi a vez dos radialistas das turmas E e F verem a exposição que as outras turmas já tinham visitado. Nesta exposição, pôde visualizar-se a constituição e o funcionamento do corpo humano, sendo que a exposição estava repleta de corpos reais. Viram-se, por exemplo, órgãos, fetos, corpos desmembrados e até mesmo fatiados, corpos sem pele. Para os alunos de Psicologia e de Biologia, esta exposição revelou-se extremamente enriquecedora. Após algum cansaço e muitas emoções, o almoço iria ser bem saboroso e retemperador. Teve lugar no Edifício Transparente, perto do Castelo do Queijo, ao som das ondas do mar a desmaiar nos rochedos. Para além do enriquecimento cultural, esta visita proporcionou um convívio salutar entre alunos e professores. Muitas facetas de uns e de outros só nestas circunstâncias se revelam. Às vezes, de modo bem surpreendente. A viagem de regresso foi mais sossegada, acabando à entrada da Escola por volta das 18 horas. Venham mais.
V isita à Uni ver sidade de Aveir o Univ ersidade eiro Polo de Águeda No passado dia 25 de Novembro, os dezoito alunos que constituem a turma do 10.º A do Curso Profissional de Técnico de Multimédia realizaram uma visita de estudo à Universidade de Aveiro, mais propriamente ao pólo de Águeda (ESTGA). Entre outros objetivos, pretendeu-se com esta visita proporcionar um contacto com a Universidade, permitindo perspectivar e compreender as oportunidades a que no futuro os alunos podem ter acesso, assim como facultar a possibilidade de tomar contacto com tecnologias, metodologias e processos de trabalho próprios da sua área de estudos. Pretendia-se, ainda, que os alunos aprofundassem o conhecimento sobre as áreas de atuação e as tecnologias envolvidas no processo de criação de produtos multimédia, perspetivando as possibilidades de evolução, em termos de conhecimento e do saber fazer nesta área de actuação. A visita revelou-se muito proveitosa, tendo-se iniciado pelas 11h30m com a participação num Workshop sobre “O Espaço a 3D”, no âmbito das atividades da Semana Aberta da Universidade. Os recursos e a tecnologia ao dispor da Universidade entusiasmaram todos os que quiseram pôr em prática as potencialidades dos programas que operacionalizam as imagens em 3D. Após o almoço, procedeu-se a um curto passeio pelo centro histórico da cidade de Aveiro. O regresso à Régua ocorreu pelas 17h30m. 10.º A Profissional NOTA: Texto redigido segundo o Acordo Ortográfico.
Filipa Costa – 12.º F
VISIT A A O MUSEU DO DOUR O VISITA DOURO No âmbito da disciplina de Português, a turma D do 10.º ano de escolaridade, dos cursos de Ciências e Tecnologias e Artes Visuais, deslocou-se ao Museu do Douro, no dia 21 de Outubro, pelas 11 horas. O percurso foi pedestre, já que fomos pela margem do rio. O ambiente foi muito divertido, porque há muitos talentos vocais na turma, se bem que a seleção musical nem sempre tenha sido consensual, intercalando-se música «pimba» e pop. Após a chegada, fomos recebidos por uma guia do Museu, que nos mostrou os vários espaços deste edifício cultural. Começámos por visitar a exposição temporária “Colecção de Ernest Lieblish”, que reúne um conjunto de obras de 22 artistas plásticos portugueses de renome. De seguida, deslocámo-nos para outro espaço, onde visualizámos exposições de vários artistas, entre elas “Ode à Vinha”, de Necas Nicolau de Almeida, que retrata aspectos relacionados com a vinha/vinho do Douro. Também retenho na memória uma exposição de fotografia bastante interessante. Fizemos, ainda, uma breve incursão a uma das salas que se situa no andar superior do edifício, onde se estava a organizar uma nova exposição, sobressaindo o xisto, rocha predominante no Douro. Por fim, pudemos desfrutar do espaço exterior do Museu, descansando por breves minutos na esplanada, com o Douro e a paisagem esplendorosa a rodearem num abraço familiar. Marta Arcanjo 10.º D – Curso de Artes Visuais
COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA Visita dos Alunos do 9.º Ano ao Porto No dia 22 de Outubro de 2010, no âmbito das comemorações do Centenário da Implantação da República, o grupo disciplinar de História promoveu uma ida ao teatro, para visionamento da peça “Vem aí a República”. A peça, produzida pela companhia Pé-de-Vento, contribuiu para o conhecimento do que foram as lutas pelos ideais republicanos que no Porto começaram ainda antes, com o 31 de Janeiro de 1891.
Durante a tarde, os alunos visitaram o Museu Nacional Soares dos Reis, tendo podido deliciar-se com a exposição “Transparência. Abel Salazar e o seu Tempo, um olhar”, organizada em torno da sua obra plástica, pretendendo contribuir para uma melhor compreensão e posicionamento histórico do seu trabalho à luz do pensamento actual. Ainda no Museu, os alunos envolveram-se na actividade “Ver e Resolver”, em busca do conhecimento autónomo do museu e da sensibilidade artística de cada aluno. Eduarda Araújo - Professora de História
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VISITAS DE ESTUDO... Visita a Lisboa e Mafra essoa er nando P Acompanhando F Pessoa Fer go ama osé Sar e J amag Sarama José
Nos passados dias 24 e 25 de Fevereiro, quarenta e oito alunos do décimo segundo ano, acompanhados dos respectivos professores de Português e Psicologia, realizaram uma visita de estudo a Lisboa e a Mafra. A visita de estudo, além de ter contribuído para a interacção dos diversos participantes e para incentivar a comunidade escolar à participação em actividades extra-curriculares, pôde proporcionar a consecução de alguns objectivos relacionados com a matéria em estudo: contactar com a mundividência de Fernando Pessoa e José Saramago; identificar épocas históricas; inferir das dimensões simbólica e crítica das obras daqueles autores; e constatar o modus faciendi da representação dramática. No primeiro dia, e depois de uma viagem que teve uma paragem para almoço em Leiria, junto ao Estádio Dr. Magalhães Pessoa, pudemos observar in loco os ambientes em que Fernando Pessoa viveu, nomeadamente a zona da Rua do Alecrim, que sobe para o Largo do Chiado e para o café “A Brasileira”, onde tomámos café com o poeta e com ele tirámos fotografias. Seguimos para
o Largo de S. Carlos, onde pudemos apreciar a fachada do Teatro com o mesmo nome, única sala de ópera em Portugal, tendo ainda podido apreciar exteriormente a casa onde Fernando Pessoa nasceu, em 13 de Junho de 1888, no 4.º andar do n.º 4 daquele Largo. No segundo dia – após noite retemperadora em Oeiras, com passagem pelo centro comercial Oeiras Parque para jantar –, seguimos para Mafra, onde nos esperava uma visita guiada ao Convento e Palácio Nacional, a qual, fruto do profissionalismo dos guias, nos permitiu uma abordagem proveitosa ao ambiente do monumento e à sua relação com a obra Memorial do Convento. De tarde, assistimos à representação da peça baseada naquela obra literária, protagonizada pelo Éter Teatro, que nos permitiu uma perspectiva bastante satisfatória da intriga saramaguiana e nos incita agora muito mais a proceder à leitura da obra. A chegada à Escola aconteceu já pelas vinte e uma horas do dia 25/02. Pela avaliação preliminar já efectuada, os docentes consideram que a visita cumpriu os objectivos enunciados.
V ia g em à Sub vidour o iag Subvidour vidouro No dia 5 de Janeiro do corrente ano lectivo de 2010/2011, as turmas 10.º B e 10.º C deslocaram-se a Armamar com a finalidade de visitar a ETAR e a Subvidouro (fabrica de aproveitamento de subprodutos), no âmbito da disciplina de Física e Química. A visita realizou-se apenas da parte da manhã. Deslocámo-nos ao local, de autocarro. Assim que chegámos ao local da visita, foi-nos fornecido um guia, um dos muitos trabalhadores desta fábrica, que nos proporcionou uma visita guiada às instalações, explicando-nos como se processava o trabalho, nomeadamente todos aqueles processos por que passam os resíduos enviados pelas adegas e que têm o mesmo fim, criando assim aguardente vínica que, mais tarde, entrará na composição do vinho do Porto, tornando-se este um produto natural. Como exemplo, temos o testemunho de uma das quintas que entrega os seus resíduos. A Quinta Seara D’Ordens, a par de muitas outras quintas, entrega os subprodutos à Subvidouro por duas razões principais: por prestação vínica, ou seja, relativamente à produção, as quintas têm de entregar uma percentagem de vinho, borras ou película de uva (bagaço) para destilar; e, depois de feita a prestação vínica, pode haver necessidade de se recorrer à destilação, quando há subprodutos a mais ou quando o vinho não apresenta qualidade para consumo (vinho com defeito). Esta destilação serve para produzir aguardente vínica que, por sua vez, serve para entrar na composição do vinho do Porto, tornando-o num produto natural. Com esta visita, o nosso grupo aprendeu não só todo o funcionamento daquela fábrica, como também conseguimos ver a importância dada a pequenos restos de borras ou película de uva que iriam para o lixo. É fascinante toda aquela transformação, todos aqueles processos
que nunca são em vão, mas que têm sempre um final útil para o consumo da sociedade. Infelizmente, ainda há muitas pessoas a virar costas a um pequeno gesto que pode mudar o mundo, a reciclagem. Mas foi com esta fábrica e estes trabalhadores que aprendemos uma grande lição: todos os objectos devem ter uma segunda oportunidade, a da reciclagem, sendo útil para a sociedade uma, duas ou três vezes. Não virem costas à reciclagem, pois sem ela não teremos uma segunda oportunidade! Carolina Moreira Fernando Mendes e Maria Inês – 10.º B/C
Paulo PereiraGuedes - Professor de Português
Visitas a Espanha Realizaram-se, nos dias 10, 11 e 12 de Março, duas visitas de estudo a Espanha. As visitas foram organizadas pelas professoras Regina Lima e Olinda Fontes, respectivamente docentes de História e Espanhol do décimo primeiro ano, e Cláudia Lapa, docente da Área Disciplinar de Informática. Podemos afirmar, até porque participámos numa das viagens, que os objectivos pretendidos foram alcançados, dado o interesse e a participação dos alunos nas várias actividades que lhes foram proporcionadas. Por um lado, as turmas CEF 1 A, 11.º F, 11.º E, 11.º B Prof. e 12.º B Prof. visitaram, em Madrid, o Museu Rainha Sofia, um repositório de arte contemporânea, onde foi possível apreciar obras de Picasso, como “Guernica”, ou obras do mestre surrealista Salvador Dali, entre outros. Visitaram, ainda, o Museu do Prado, instituição onde pôde ser apreciada arte clássica, romântica e realista, assim como o Estádio Santiago Bernabéu, cujo circuito turístico foi percorrido pelos alunos e professores que para tal tinham manifestado a sua pretensão. Por outro lado, as turmas CEF 3 A e 11.º C Prof. visitaram, na mesma cidade, a empresa Telefónica, assim como o Museu do Prado. Tratou-se de uma actividade extra-curricular que proporcionou o contacto com outros ambientes e, ainda, a consecução de alguns objectivos relacionados com matérias em estudo. Um dos participantes
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Projecto a Ler + Ler+ 01. Projecto aLer+ O Projecto aLer+, uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, da Rede de Bibliotecas Escolares e da DirecçãoGeral do Livro e das Bibliotecas, foi lançado em 2008 com o apoio da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e da Fundação Calouste Gulbenkian. A iniciativa aLer+ foi concebida com base no projecto Reading Connnects, Reading Trust, do Reino Unido, e pretende “criar uma cultura de escola em que o prazer de ler e a leitura são elementos centrais e transversais a todas as actividades curriculares e extracurriculares, envolvendo todos os elementos da comunidade educativa: alunos, docentes, não docentes, bibliotecários, famílias, voluntários, autarcas e todos os cidadãos e organizações da sociedade civil”. No ano lectivo de 2008/2009, o Agrupamento Vertical de Peso da Régua foi convidado a integrar o aLer+ e em 2009/ 2010 seguiu-se-lhe a ESJAC. O Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia continua a desenvolver este projecto. 02. Concurso Nacional de Leitura No passado dia 5 de Janeiro, pelas 14h30m, realizou-se em simultâneo na EB2/3 e na ESJAC a primeira fase da 5.ª edição do Concurso Nacional de Leitura. A comprovar que os nossos alunos lêem, e como já vem sendo hábito, a adesão a esta iniciativa do PNL foi grande. As obras para leitura, quer no Ensino Básico quer no Secundário, foram da autoria do patrono do Agrupamento, João de Araújo Correia. Vencedoras: 3.º Ciclo: Isabel Pinto Gonçalves, n.º 8, 7.º E Mª Leonor Pereira Ribeiro, n.º 18, 7.º C Rosário Dias, n.º 11, 8.º D Ensino Secundário: Ana Teixeira, n.º 3, 10.º F Helena Isabel Ferraz, n.º 10, 11.º B Maria Isilda Castro, n.º 15, 10.º F Estas alunas representarão a Escola na segunda fase do concurso, que se realizará a nível distrital, em data e Biblioteca Municipal a designar. 03. Entrega de prémios do concurso do Logótipo do SABE Sara Alexandra Diaquino, aluna do 12.º
Concurso Saber… aLer
D (Curso de Artes Visuais) da ESJAC, foi a vencedora do concurso Logótipo do SABE de Peso da Régua. Promovido pela BMPR e pelo Agrupamento de Escolas, este concurso revelou artistas com elevada criatividade plástica, que produziram trabalhos de grande qualidade. A cerimónia da entrega de prémios realizou-se no dia 7 de Dezembro, no salão Agustina Bessa Luís da BMPR. Todos os trabalhos apresentados a concurso estiveram expostos ao público na BM. 04. A comemorar também se aprende Pelo S. Martinho, Ricardo Fonseca, aluno do 8.º ano da ESJAC, através da Biblioteca da sua Escola e em intercâmbio com a Biblioteca do Centro Escolar das Alagoas, foi à turma do 2.º ano apresentar um trabalho de sua autoria sobre a lenda de S. Martinho. O Ricardo e os alunos da turma gostaram tanto desta experiência que a repetiram em Dezembro. Desta vez, o Ricardo e a monitora da Biblioteca, leram poemas de Natal e prepararam uma ficha para os meninos completarem e no fim colorirem. Todos esperam que esta interessante partilha se mantenha ao longo do ano. 05. Encontro com… Em Novembro, Daniela Mergulhão e Cláudia Joana, alunas do ensino secundário, deslocaram-se à turma do 9.º A e surpreenderam todos ao recriarem a vida e obra de escritores portugueses (Florbela Espanca e Fernando Pessoa, respectivamente). Tratou-se de um momento de descontracção que suscitou muito interesse e motivou os alunos para a leitura da obra daqueles conceituados poetas. 06. Vencedora do Passatempo “Conhecer João de Araújo Correia” Sandra Catarina Vicente Coelho, n.º 17 do 8.ºE
A primeira fase do “Concurso Saber… aLer” já fervilha literariamente nas trinta e seis turmas do 1.º CEB do nosso Agrupamento. O concurso baseia-se nas obras Dom Draguim, Rei dos Dragões, de Carlos Campos, e Sarilhos do Amarelo, de Pedro Sales Luís Rosário. Estes livros foram oferecidos pela Câmara Municipal a todos os alunos do 1.º CEB, como prenda de Natal, fruto da excelente parceria, ao nível da educação, entre as duas instituições. “Dom Draguim, Rei dos Dragões” , nos 1.º/2.º anos, e “Sarilhos do Amarelo”, nos 3.º/4.º anos, estão a ser lidos, vividos e interpretados, por cerca de oito centenas de meninos e meninas de palmo e meio, quer nas salas de aula ou nas Bibliotecas dos Centros Escolares, quer em contexto familiar, envolvendo-se, deste modo, os pais na promoção do livro e da leitura. A primeira prova do concurso decorreu no dia 28 de Janeiro. Não se esqueçam que Ler também é Saber, mas, acima de tudo… divirtam-se com a Leitura!
07. Li e recomendo! Queres ler um livro interessante, mas não sabes qual escolher? Os teus colegas já leram e recomendam os seus preferidos. Consulta as sugestões deles no blog da página da BE, “Viajar nas palavras”. Todos os meses encontrarás uma nova sugestão de leitura. “V iajar pela leitura sem rumo, sem intenção. Só para viver a aventura que é ter um livro nas mãos. É uma pena que só saiba disso quem gosta de ler. Experimente! Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça na imaginação!” (Clarice Pacheco) Isilda Megre - Coordenadora da BE
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OPINIÃO... Uma mulher desfigurada No âmbito da disciplina de Português, foime proposto apresentar oralmente um livro que efectivamente li, que se denomina por Desfigurada, escrito por Rania al-Baz e publicado por Edições ASA. O motivo pelo qual eu escolhi este livro foi essencialmente o meu gosto por factos verídicos e realistas e, sendo eu mulher, interesso-me pelos nossos direitos, não só no meu país mas também no mundo. Este livro conta-nos uma história lamentável, que se desenrola na Arábia Saudita e infelizmente em muitos outros países, nomeadamente no Irão, Afeganistão, entre outros. Para além de ser real, a história deste livro, relatada pela própria personagem, Rania al-Baz, é chocante na medida em que a mulher é tratada de uma forma intolerável. Rania al-Baz é uma jovem asiática, filha de Yahya al-Baz, um empresário que detém grande parte de uma cadeia de hotéis na Arábia Saudita. Começou o seu percurso profissional aos vinte anos, tornando-se numa das personalidades televisivas mais populares do seu país. Anteriormente, Rania estudava radiologia, mas entretanto conseguiu entrar no programa mais mediático do momento, “O Reino Esta Manhã”, que lhe deu uma enorme projecção, não só por ser apresentadora de televisão, mas por ter conseguido chegar ao topo da sua carreira. Rania é casada com Rachid, um famoso cantor que, entretanto, deixou de ter a fama de que gozava, e foi nesta época que Rania começou a sustentar a sua família. Rachid não gostou desse facto, visto que vivem num país em que as mulheres não podem exercer qualquer tipo de função. A partir daí agrediu-a constantemente, até que chegou um dia, 4 de Abril de 2004, em que a espancou mais violentamente, chegando ao ponto de a pôr em coma, completamente desfigurada. Rania, a seguir a este grave ataque, teve de fazer treze cirurgias para ficar com uma aparência facial “normal”, mas no total fez trinta e três operações. Este crime passou de um assunto passional, pois as autoridades pensavam que seria “só” mais uma história de violência doméstica, a um assunto de Estado. Rapidamente esta história de extrema violência percorreu o mundo. No final, este livro revela-nos as condições de martírio e de sofrimento a que as mulheres são sujeitas e a luta pela defesa dos direitos das mesmas. Esta é uma situação bem actual, não só na Arábia Saudita como em muitos outros países. Actualmente, Rania al-Baz vive em Paris, fazendo várias conferências em diferentes países, para abrir novos horizontes e para que as crianças e mulheres não passem o mesmo sofrimento que ela própria passou. Na minha óptica, este livro dá-me a entender que as tradições e a cultura que subsistem determinados povos são maneiras de o homem poder exercer domínio sobre a mulher. Quando terminei a leitura deste livro, fiz uma auto-reflexão pensando que a Arábia Saudita, sendo um país que possui um dos maiores bens, o petróleo, e um Estado rico e poderoso, tem uma sociedade pobre e podre, no que se refere aos abusos que incidem na mulher. Maria João Teixeira – 12.º G
A história dentro de um livro Abre! Não tenhas medo! Devagarinho, começa a ler as primeiras palavras! Sente a doçura e a gentileza que cada letra tem ao fazer uma palavra. Agora fecha os olhos. Sente essas palavras dentro de ti. Abre os olhos! Recorda a história e continua a ler devagarinho. Vive essa história! Faz do livro a tua nova casa. Agora sente a personagem dentro de ti! Deita para fora as palavras que anseiam sair do livro e espalhar a alegria da história. Deixa as palavras levarem a tua alma para junto delas, e fazerem com que conheças as suas emoções! Não importa se riem, choram, se querem morrer ou viver, as personagens habitam sempre aqui. Não saem do livro. Aqui elas sentem-se seguras. Se são comédia, tragédia ou drama, não importa, o que importa é o seu conteúdo, o que cada história quer transmitir para todo o mundo! Tu, que lês essa história, estás a viver tudo o que te transmitem. És uma personagem que elas querem transformar e vives a história como se fosse tua! Esquece as tristezas, arranca do teu coração o que é mau para ti! Nunca abandones um livro, porque este poderá um dia vir a ser o teu melhor amigo!
disciplinar es” disciplinares” Interdisciplinar “Trrajectórias Inter “T
No âmbito do Projecto “Trajectórias Interdisciplinares” promovido por alguns professores da nossa escola, realizou-se no dia 11 de Janeiro de 2011, pelas 14h30, um encontro acerca da multiculturalidade. Este teve lugar no IPTM e contou com a participação de diversas turmas do 12.º ano – 12.º B, 12.º D, 12.º F e 12.º G – bem como do 10.º D. Além da participação escolar, contámos, ainda, com a contribuição de dois convidados especiais, o Rickson e a Diana. Ele brasileiro e ela ucraniana. O objectivo desta actividade, incluída no Plano Anual de Actividades da Escola, era debater a problemática da multiculturalidade e perceber de que forma esta se traduz e se vivencia nos nossos dias. Para tal, a acção iniciou-se com a apresentação de um vídeo realizado na nossa escola e que continha uma compilação das entrevistas feitas a diversos membros da comunidade escolar (alunos, professores e auxiliares de educação) acerca da temática. O vídeo pretendia ilustrar a ideia que a população tem da multiculturalidade, bem como a posição que defende acerca das minorias. De seguida, os dois convidados puderam falar acerca da sua adaptação ao nosso país. Debateram-se temas como a diferença entre o modelo de educação do país de origem e o nosso, a gastronomia dos dois países e, ainda, a divergência entre o temperamento do seu povo e o nosso. Esta troca de opiniões prolongouse, pois muitos daqueles que assistiam quiseram partilhar a sua opinião e os professores também tinham algumas perguntas a fazer. Houve também tempo para assistirmos a um filme que os alunos do 12.º G haviam preparado. Este dizia respeito à existência de amores multiculturais no cinema e baseou-se na sua presença em “Pocahontas”. De igual forma, verificou-se que em “Avatar” e “A cidade dos anjos” há igualmente a partilha e conhecimento de culturas que não as nossas, o que conduz à sua aceitação. Posteriormente, a turma 12.º D expôs, ainda, um pequeno resumo sobre a presença da multiculturalidade na arte. Por último, o 10.º D mostrou-nos uma pequena encenação que pretendia evidenciar e distinguir os conceitos de relativismo cultural e multiculturalidade. O encerramento da actividade deu-se com todos em uníssono a cantar “Imagine”, de John Lennon, um conhecido hino à igualdade entre os povos. Actividades como esta devem ser aplaudidas e estimuladas, pois são uma forma de estarmos alerta acerca dos diferentes problemas e temas que afectam a sociedade em que vivemos. Ana João – 12.º B
Ana Lúcia Ribeiro - 11.º D
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OPINIÃO... Avaliação e autonomia das escolas
Indiferença social perante os mais velhos e os mais desfavorecidos A sociedade em que vivemos leva-nos a olhar apenas para o nosso umbigo e a não nos preocuparmos com quem está ao nosso lado. Muitas vezes deparamo-nos com casos verdadeiramente deprimentes. Só quando surgem as notícias na televisão é que damos conta do quão somos egoístas. Estou a falar dos casos que ouvimos de pessoas idosas que vivem sozinhas e acabam por morrer sós, sem que ninguém se aperceba e, por vezes, só passado um mês é que são encontradas mortas, na sua própria casa, como aconteceu há uns anos. Ou não têm família ou, se a têm, esta não tem tempo ou não quer ter para lançar um olhar a quem dele necessita. A idade passou, as doenças chegaram, as pernas já não ajudam e já não servem para nada e, assim, são “arrumados” nos lares, quando têm dinheiro ou, então, ficam esquecidos. No que diz respeito aos mais desfavorecidos, estes são diariamente vítimas de discriminação, assim como vivem solitariamente, sem apoios. As suas vidas resumemse a um dia-a-dia difícil, no qual é igualmente difícil encontrarem abrigo e alimentos para a sua sobrevivência. Uns, porque a vida lhes pregou uma partida, outros devido à falta de emprego e problemas familiares e vícios como álcool e droga, que os levaram a esse abandono. Estes, que na lei de Deus deveriam ser iguais em direitos na sociedade, são na realidade a imagem de como ainda existem desigualdades entre as pessoas. Pior mesmo é a covardia que cada um de nós, de uma forma ou de outra, demonstra perante outros membros da sociedade mais desfavorecidos. Mesmo manifestando sentimento e vontade de ajudá-los, é inevitável, ou pelo seu mau aspecto, ou por simplesmente pensarmos que ficaríamos mal vistos caso nos aproximássemos de algum deles. Chegamos mesmo a ter medo, porque, para sobreviverem, às vezes têm de roubar. Esta é uma realidade visível por todos. Apenas teimamos em “fechar os olhos” a este tipo de situações. É urgente acordar das nossas belas vidas onde nada falta e olhar um pouco em redor ajudando e valorizando quem mais necessita. Deles nos lembramos em dias mais festivos que apelam à solidariedade que há dentro de nós, como seja o dia de Natal, em que todos, talvez por alívio de consciência, nos abeiramos para oferecer uma “esmola” e lá vamos para casa mais tranquilos pelo dever cumprido. Mas Natal é só um dia e eles precisam de nós trezentos e sessenta e cinco. Inês Ferreira - 11.º D
Poema Colectivo O que é o sentimento? É o amor que tudo vence. O que é a liberdade? É o voar sem ninguém explicar. O que é a liberdade? É a beleza escondida. O que é a felicidade? É um filme de rir… O que é a simpatia, hoje em dia? É um sentimento puro e verdadeiro. O que é a ignorância? É a mentira de toda a verdade. O que é a dor? É uma pétala caída. O que é o amor? É a melhor coisa da vida. 11.º F - 10/12/2010
A grande novidade do Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio, reforçada pelo DecretoLei n.º 75/2008, de 22 de Abril, foi a afirmação da autonomia nas escolas e a sua descentralização, constituindo aspectos essenciais numa nova ordem educacional. Para se atingir a autonomia, as escolas terão de desenvolver condições para que se processe a avaliação externa e interna. É um facto que a avaliação das escolas tem estado ligada frequentemente a esses dois tipos de avaliação, com importância nas políticas educativas. A primeira visaa da escola. É um dispositivo de aprendizageme desenvolvimento organizacional, tendo como finalidade a igualdade da prestação do serviço público educativo. Procura criar condições de igualdade em todas as escolas, fornecendo os recursos necessários, de acordo com as necessidades de equipamento detectadas. A segunda propõe-se melhorar o funcionamento da escola,valorizando a ácia,a e osresultados escolares, sendo mais direccionada aos pais e alunos. A escola, num processo de auto-análise através dos seus agentes educativos, tem a necessidade de detectar os pontos fortes e fracos de cada estabelecimento de ensino, no sentido de encontrar uma resposta para os problemas detectados. Não é possível iniciar um processo de avaliação interna se a maior parte dos responsáveis da gestão e dos professores não se comprometerem com a melhoria da escola. A avaliação interna pretende assegurar o sucesso educativo, promovendo uma cultura de qualidade, exigência e responsabilidade nas escolas. É neste contexto que se insere a necessidade de uma aposta na avaliação, qualitativa e quantitativa, como forma de orientar as actuações pedagógicas, de promover a excelência, de distinguir as boas práticas. Pretende-se, assim, aprofundar o sentido de responsabilidade e compromisso dos agentes educativos perante a escola, a sociedade e o país. A autonomia dos estabele-cimentos de ensino tem de ser acompanhada de uma maior responsabilização na prossecução dos objectivos, valorizando o papel dos vários membros da comunidade educativa: dos professores, dos alunos, dos pais e encarregados de educação, das autarquias locais e dos funcionários não docentes das escolas. Deve também satisfazer os anseios e aspirações dos cidadãos em geral. A administração educativa local, regional e nacional, e a sociedade em geral, deve ter conhecimento de um conjunto de informações sobre o funcionamento do sistema educativo, integrando e contextualizando a interpretação dos resultados da avaliação. Estamos perante um sistema de avaliação que se perspectiva de forma dinâmica, que privilegia a comparabilidade, a continuidade e a sustentabilidade dos desempenhos. Nesta conformidade, a avaliação das escolas tem estado pressionada entreuma orientação para a melhoria e, ao mesmo tempo,
assume-se como um instrumentode controlo que procura aperfeiçoar o mérito daescola através de rankings. A contratualização da autonomia, da qualificação e do desenvolvimento abre as vias dos projectos educativos. Foram efectuados contratos com agrupamentos e estabelecimentos de ensino, dotando-os, pelo menos em teoria, de condições para ser aplicada uma política nacional em interesses que são locais. Pretende-se que, com a introdução de uma cultura de avaliação, seja possível criar ambientes favoráveis à inovação de práticas pedagógicas, administrativas e financeiras. Penso que o trajecto do ensino em Portugal continuará na construção de uma escola democrática, descentralizada e com maior autonomia, ao mesmo tempo que se incentivará maior qualidade. A massificação trouxe novos desafios e novos conceitos aos quais as escolas se foram adaptando. A educação exigirá uma multiplicação de novos canais e um enorme aumento da diversidade dos programas. Os docentes deverão possuir algum domínio das novas tecnologias da informação e uma nova cultura de ensino, provavelmente cada vez menos confinado à sala de aula. O conceito do ensino em massa, ocorrido no taylorismo, criado para conseguir o tipo de adultos de que a sociedade e a economia precisavam, foi ultrapassado. Hoje, a escola é um mundo rico e multifacetado, é um espaço cada vez mais de carácter social que tenta corrigir desigualdades dando condições de oportunidade a todos os jovens. Mas que precisa de evoluir face aos desafios que se põem de natureza pedagógica, social, financeira e científ ica. Embora continue a ter um forte centralismo, factor que contribui para a equidade entre os estabelecimentos de ensino, estes progredirão para uma maior autonomia, envolvendo os parceiros locais nos seus destinos. Mas, acima de tudo, não haverá medidas que tenham futuro se não galvanizarem na sua aplicação os principais agentes das mudanças educativas: os educadores e os professores. Manuel Mesquita – Área Disciplinar de Artes Visuais
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OPINIÃO... UMA RÉGUA MENOS “TORTA” Ontem sonhei que morava numa Régua menos “torta”. Apercebi-me do rigor da linha, logo ao sair de casa, afinal a caleira que perdia água fora substituída pelos serviços camarários. Já de saída, divisei a ausência do ar condicionado que costumava estar na parede paralela à minha e me presenteava com ar quente no Verão e ar frio no Inverno. A lei que regula o ar condicionado fora enfim posta em prática. Mas não era demais para ser verdade, as mudanças mal tinham começado. Uma vez na rua, dei por mim a caminhar nos passeios para peões. Ainda ontem eram os carros que lá paravam. Hoje parei eu para ver. A G.N.R. fez por aqui um giro… O padeiro passou, parou, vendeu pão e, sem buzinar, continuou a sua viagem comercial. Será que as “beatas” da minha rua deixaram de comer pão, em prol da linha e hábitos alimentares vegetarianos? Brevemente saberei. Alguma distância caminhada e os cães que me costumam cheirar as botas tinham desaparecido. Por cá só estava o Leão, que é velho no território, o Deco, proprietário da área do quiosque, e mais uns cães “betinhos” que vão com as donas fazer o xixi matinal. Nem é preciso adivinhar, a carrinha do canil passou por aqui. Desci pelas rua das Lages e não encontrei as personagens ansiosas que por aqui fazem rota ou para vender, ou para comprar, e para que fim? Isso todos sabemos. Ou foram dentro, ou morreram de overdose, perdoem-me a franqueza… Isto já estava a ser muito bom, mas mesmo assim o surreal continuava. Cheguei à escola e os contentores já não se encontravam nesse perímetro. Foram substituídos por salas com paredes de vidro. Enfim, uma escola transparente. Sabem o que isso significa? Todos vêem! Ninguém se esconde… Passei pela sala de convívio e palavras são poucas! O desejo dos alunos fora uma ordem: jogos, música, computadores… À imagem de um colégio privado. Saí das imediações em busca de mais mudanças. E elas eram flagrantes! De repente oiço a água que sai da caleira; a buzina do padeiro; as “beatas” a “gralhar” e os cães a ladrar. Acordei. Daniel CostaGuedes - 11.º D
Nós… na Pré-História Acordei, esfomeada. Levantei-me da minha “cama” e procurei qualquer coisa para comer. Ainda devia haver algum peixe guardado nos vasos da tenda… Vasculhei todos os cantinhos daqueles instrumentos usados no quotidiano. Nada. Nem uma pelezinha. Paciência, tenho que ir… sim, caçar. Um pouco de carne, para variar do dia anterior. Peguei na minha lança e no meu arco e flechas e saí buraco fora, caminhando em direcção ao bosque. «O que vou caçar?» – pensei para comigo, enquanto pisava a terra húmida. «Uns coelhos, nada muito pesado para o estômago. Estas ementas da Pré-História dão cabo de mim… De qualquer maneira, precisava de mais pessoas para caçar um grande animal e de ter trazido o meu arpão.» Caçar não é fácil… Embora eu não seja uma má caçadora, necessito de “faro de raposa e olhos de lince” para aconchegar o estômago com alguma coisa. Por sorte, e apenas por sorte, pois nunca tinha visto o bosque tão calmo, avistei um coelho que ia a atravessar um espaço entre duas árvores. «Bem grande», pensei. «Aquele deve chegar.» Saquei das minhas flechas, fiz pontaria e… Zás! Coelho para o pequenoalmoço, acabadinho de caçar. Voltei ao prado e acendi uma fogueira ao pé da tenda. Isto do fogo é bem útil… Depois de assado e de comida nem quarta parte daquela refeição, fiz um inventário (à maneira da Pré-História, cá na minha cabeça), de tudo o que tinha na tenda. Uma mó, um cesto (tinha aprendido com a minha mãe a arte da cestaria), vasos (a olaria também), uma faca, uma enxada para cultivar alguns cereais, o meu arco e flechas e um arpão. Os meus pais deviam estar aí a chegar, e… Bem, pode-se dizer que os avanços tecnológicos iam ajudar muito a sociedade, pois acho que é melhor não comer coelho ao pequeno-almoço todos os dias, até porque eu já estava a começar a ficar com dores de barriga outra vez… IsabelGonçalves – 7.º E
Sacrifícios de uma vida de estudante V ivemos num mundo em que profissões não faltam, e cada uma delas com as suas únicas características que as diferenciam das restantes, desde a sua duração, ao número de indivíduos que a procuram, e passando pelo empenho que exige. Pois bem, na minha opinião, a vida de um estudante bate todas as outras, e porquê? Porque são os estudantes que vivem as maiores desilusões e passam pelos mais variados sacrifícios, pelo menos, aqueles que querem ser alguém no futuro. Mas o que leva, de uma forma concreta, a que os estudantes se comportem desta forma? Para começar, as médias. Estamos perante um aumento do desemprego, quer a nível nacional, quer a nível mundial, e como a oferta de trabalho é pouca, a competição aumenta e as médias acompanham este ritmo. Hoje em dia, apenas aqueles que possuem uma média generosa é que acabam por se safar, seguindo os seus próprios sonhos e deixando os outros a remoerem o seu próprio estado psicológico. Tal como disse Darwin, estamos perante um caso de sobrevivência dos mais fortes. Contudo, nesta temática, há uma questão que não pode ficar por realçar: quem nos garante que a pessoa possuidora de tal média a ganhou por mérito próprio? Quem nos garante que não a ganhou com o trabalho de outrem? Talvez sejam questões às quais nunca saberemos a resposta, mas não deixam de ser reais e enquanto, estes sobem na vida, outros, que provavelmente seriam mais merecedores, não podem fazer mais nada a não ser ficar para trás, a serem consumidos por sentimentos como o desgosto e a injustiça, e não é de admirar que estes mesmos alunos, que tanto esperavam por alcançar o objectivo de fazerem o que mais desejam, ao verem este seu sonho ser-lhes retirado, não aguentem e caiam em profundos colapsos nervosos, dos quais dificilmente sairão, e em casos mais extremos, vingar-se-ão dos seus ladrões, e para os pobres de espírito, não lhes restará nada a não ser o suicídio. Mas não nos podemos esquecer daqueles que dão a outra face e continuam à procura, contudo, dificilmente seguirão o que querem, não lhes restando nada a não ser contentar-se com uma alternativa, que provavelmente realizarão com desagrado. Soluções para este grande problema? Diminuir as médias dos cursos e a sua rigidez, deixar de pensar nos alunos como números (afinal de contas, continuam a ser seres humanos) e avaliá-los melhor pelo que são e pelo que são capazes e não pelo que demonstram, pois, e aqui o povo está comigo, nem tudo o que parece é. Após a entrada merecedora, ou não, na Universidade, segue-se outra grande questão, que leva a outro grande problema: as praxes. De tudo aquilo que um recém-universitário, ou caloiro, que é como o povo insiste em chamá-lo, tem de passar, o deixar-se, ou não, praxar, é a primeira de todas as questões. Vantagens e desvantagens: se se optar pela praxe, o caloiro tem direito ao convívio com os restantes, se é que se
pode chamar a isso convívio, e não tarda nada explicarei o que quero dizer com isto. Ao convívio juntam-se as festas e, para além de outras, se é que as há, vantagens, aqui iniciam-se as desvantagens. Nas festas, há sempre quem leve os recém-chegados pelos maus caminhos e, infelizmente, há quem os siga. Neste aspecto, as formigas chegam a ser mais inteligentes: quando um elemento vê que pode pôr em risco todos os outros, afasta-se para morrer sozinho. Eu não quero insultar ninguém com isto, apenas alertar para a realidade que nos rodeia; sinto que é essa a minha obrigação. Continuando com as desvantagens da praxe, e talvez esteja aqui a maior de todas, o dito caloiro é tratado como escravo e, se bem me lembro, segundo a Declaração do Direitos do Homem, nenhum Homem deve ser escravo de outro, contudo, não é o que se vê. Vantagens e desvantagens de ser anti-praxe: comecemos pelas vantagens. Não se é praxado e não se é tratado como um escravo pessoal. Como desvantagem, é-se ignorado e tratado como se não se existisse. Este tipo de decisões acaba por ser uma excelente forma de começar uma promissora, ou não, carreira na Universidade, não acha? E aqui entra algo para o qual eu quero alertar: as praxes não são tão bonitas como parecem, se é que alguma vez o foram, o que duvido inteiramente. Já houve casos de caloiros que, numa dita praxezita, ficaram com graves lesões, desde alguns arranhões ou ossos partidos à paralisia parcial, ou completa, e até já houve casos de mortes. Perante isto, eu pergunto: porque raio é que elas continuam a ser feitas?! Serão assim tão cegos?! Não se vê que há quem sofra física e psicologicamente com estas ditas brincadeiras que já se viu serem bem sérias, e isto para que outros se possam divertir?! E não são só os próprios caloiros que sofrem, aqueles que os rodeiam também apanham por tabela, e as marcas chegam a ser irreversíveis e, em vez de serem os culpados a pagar, são os que não têm culpa nenhuma que pagam o preço. Assim podemos concluir que a vida de estudante é cheia de sacrifícios. Tudo isto que eu digo, por mais duro que pareça, é a verdade, e tais coisas não devem passar impunes, já que é de vidas humana que estamos a falar. O meu objectivo é alertar tudo e todos para o que se passa à nossa volta. Esta é uma das minhas mensagens. Outras virão e, mesmo que não me sejam dados ouvidos, e que eu caia na ignorância, não pararei de as lançar, pois sei que é possível fazer a diferença, e quantos mais estiverem cientes disto, melhor para nós. Serve para que no mundo de amanhã, um mundo onde todos seremos tratados como iguais, tais coisas, que não têm outro nome, não aconteçam e, assim, poderemos viver em paz. Isto é só o começo. Death Master - 12.º A
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LÍNGUAS... Keep exercising…
The world as it will be in 2050
I totally agree with the fact that practising sports and doing any sort of physical activity is important and good for our health. One of the benefits is, obviously, keeping fit. You burn up the extra calories and so you can avoid cardiovascular diseases, diabetes and obesity and at the same time have a body nicely shaped which will keep you away from food problems, eating disorders such as anorexia, for instance. Exercising is also very good for your mind. It helps you feeling relaxed and more peaceful, and that will improve your day-to-day performance at school or work. Practising sports provides the chance to meet new people and creates solid relationships which is good once you will hang out more and more and so you won’t have a sedentary lifestyle, for sure. Of course that exercising isn’t enough to be healthy and fit, but eating well isn’t enough either. You need to do both to be healthy and be in shape. “As fit as a fiddle” you know? Personally, I don’t play any type of sport now, but I’m used to jogging and I almost always walk home. Though I’m not playing any sport at the moment, I enjoy playing tennis whenever I can. To sum up, exercising is important to have a healthy lifestyle and I enjoy doing it a lot because it keeps me strong and energetic.
In the future, Bunnies/Robots/Unicorns/Teddy Bears/Noddy will take over the world. Human stupidity led to the collapse of economy, and artificial intelligence blessed super mutant bunnies with superior brainzz… Someone with nothing better to do will invent mutant popcorn, which will lead to mutant corn that will infect 85% of the population, making them zombies. (It seems John Green was right all along…). World War III will start, with Bunnies and Unicorns fighting for control over Candyland. Eventually, they will all die of diabetes and cardiac arrests, clearing the way for Noddy to take over. The use of hats with bells will become mandatory and Teddy Bears will work at McDonald’s. Meanwhile, the world population is suffering from a cotton shortage, which seriously threatens Teddy Bear reproduction, but more importantly, socks which will lead people into using shoes without socks, and die because of really smelly feet. Noddy isn’t really concerned at all, because humans were already extinct, so their death doesn’t affect his plan to build an Empire across the stars. Robots will be nothing but janitors for the first millennium, but due to precarious working conditions, start rioting against Noddy’s government and burn down his house while he’s inside it (because he’s made of wood, and in the future everything will be fireproof, except wood). Teddy Bears, having recovered from population shortage, discover the end of the triple rainbow and find a giant pot of gold, becoming instantly the richest species to have ever lived on planet Earth. Racism and slavery come back to haunt us, and most of the non-Teddy Bear population is killed in work camps, and their guts are used to make pillows. Global warming was solved by unicorn scientists (who are now dead), who discovered that cotton candy eats carbon dioxide particles out of the air, making it safe to burn the entire world population in work camp ovens. The End:D
Sofia Rodrigues – 9.º A
João Francisco e Madalena Moreira – 10º - A
Do sports to be healthy… I think practising sports is really important to have a healthy life. I mean, if you eat vegetables, fruits and other healthy nutrients, have indeed a balanced diet but just sit on the sofa watching television all day long, you won’t have a healthy lifestyle, for sure. I don’t practise any sport regularly but at school I have Physical Education lessons and sometimes, in my free time, I like jogging for a while. In summer, when I’m on the beach I practice a lot of sports such as swimming in the open sea, conquering the waves or playing volleyball with my dad which is really hard because he is a great player. I always get exhausted when I play with him. Last Summer I tried bodyboard and now it has
become one of my favourite water sports. I hope to be keen on it. Another of my favourites is handball but I just play it when I’m attending Physical Education classes. It’s a team sport and I like grouping together to have fun with my classmates. My opinion is that doing exercise is a great way not only to keep fit, to stay in shape and healthy but also a great way to achieve wellness and have fun with some friends. Raquel Costa Babo – 9.º A
The Importance of Learning English I think that learning English is important if we want to communicate and know what is going on around us. Most of the things we do and use today have always something to do with the English language and culture. Nowadays, we need English for almost everything: to read off icial documents from important organizations, to do business with foreign people, to find a job outside the country, to watch films on cable TV, to go shopping on the internet, to play games online, to understand the message of most of the songs we like... My strategies for learning it well are simple: reading magazines, books, texts in English to improve my skills, listening to a lot of music and finding the translation of the lyrics among many others. The English classes are also very important to improve our skills. There, I can learn grammar and how to speak properly about many different things. Mariana - 10º - B
Fast food meals, low consumption of fruit and veggies and the lack of physical exercise are considered to be the main causes of child / teenager’s obesity. What advice would you give young people to get back on the track for a healthy life? I agree with this sentence because when we eat lots of fast food like hamburgers, pizza or fizzy drinks and don’t practise any sort of physical exercise we will be fat and we’ll be considered an obese child or teenager. We will have cardiovascular diseases for sure, sooner or later. If we want to lose weight or be healthy we need to exercise, be active and have healthy eating habits because, as the motto says, “We are what we eat”. To have healthy eating habits we have to eat lots of fruit and vegetables. Eating fish and poultry instead of red meat is advisable and drinking lots of water instead of fizzy or soft drinks is the best option. There are many types of vegetables like lettuce, cauliflowers, sprouts, tomatoes, cabbage, carrots, onions…; we should also eat different types and amounts of fruits such as apples, apricots, plums, pears, peaches, strawberries, yellow melon and water melon among others once they provide different nutrients to our body. I think I’m a healthy person because I eat fruit and vegetables every day, I drink a lot of water, I don’t skip meals and I always have homely made food which is completely free from addictives and preservatives. Ana Beatriz Xavier – 9.º A
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LÍNGUAS... The Importance of Learning Languages
Amig os Sem F as Amigos Frr onteir onteiras As docentes Fernanda Sousa e Helena Guedes dão continuidade às actividades de intercâmbio/correspondência iniciadas em anos anteriores, através da plataforma “Etwinning”, que pretende incentivar o uso da Língua Inglesa como língua de comunicação, promover o uso das TIC, desenvolver a capacidade de socialização e incentivar a uma melhor compreensão da comunidade global. A professora Helena Guedes, juntamente com a turma D do 11.º ano, está a dar continuidade aos trabalhos iniciados no ano anterior com a colega turca Duygu Yildiz. Recentemente, tem sido aprofundada a ligação de amizade já construída. Uma foto da docente com alguns alunos:
As we know in the world there are a lot of different languages as well as a lot of barriers in terms of communication between people who live there. The basis of communication is the language; it’s what we use to establish connection with people in different parts of the globe. So, if we don’t have that skill, how can we overcome the limits of our world? That’s the reason why it is so important to learn languages; this is the “bridge” for communication. If we speak just our own language, the one which is spoken in our country, we will be limited, we will only be able to communicate with people from our country or people who can speak our language. If there are people abroad who know our language, they can communicate with us more easily. So why can’t we do the same? If we
learn another language, we will be able to talk with many more people and the world will be bigger. There’s much more than me, my country and my language and learning new languages gives me the chance of coming out of my world. And as we learn, we can see the world getting smaller at our feet… Ângela Pinto - 10º B
POESIA. . . Foi contig o contigo
Alunos e professora turcos A professora Fernanda Sousa está a desenvolver este Projecto com a sua turma do 10.º A, do Curso Profissional de Multimédia, e trabalha com a docente polaca Agnieszka Piekarska e os seus alunos. Os alunos têm trocado informações sobre si mesmos e os respectivos países e tradições. Aqui fica uma carta dos alunos polacos:
Foi contigo que aprendi a amar Foi contigo que aprendi a sonhar Foi contigo que aprendi a persistir Foi contigo que aprendi a sorrir
..
Tuesday, 23rd November 2010 Dear Portuguese friends We are a group of teenagers from Poland. Our names are: Marlena Wieleba, Dominika Repe´, Karolina Kowalczyk, Marta BiaduD´, Jola Olszewska, Maciek Wiczuk I MichaB´ Motyl. We are fourteen years old. We are in a Mathematics class which has a Ig number. We live in Z´widnik which is a small town in the east of Poland and we go to gymnasium nr 1 which is named after John Paul II. We like our region. We live close to Lublin which is quite big and there are also beautiful towns like Kazimierz on Vistula – the town of artists.A few words about us. In the future Marlena wants to be a choreographer, Dominika and Maciek want to be dentists, Jola wants to be an accountant and Karolina an IT specialist. We are ordinary teenagers and we like listening to music, going out with friends, playing football, basketball and volleyball. We like many types of music. We listen to Black Eyed Peas, Eminem, Linkin Park, Aerosmith, Green Day and Lady Gaga. We also like animals and watching films. We go to school from Monday to Friday. In our free time we surf the Net, play computer games and we go to different after-school activities. To finish we would like to travel in the future. We are going to have an airport soon, so one day …Love and kisses,Boys and girls from Ig.
As docentes responsáveis
Contigo quero ficar Contigo quero andar Contigo quero chorar Contigo quero recuperar Juntos vamos sorrir Juntos vamos agir Juntos nunca vamos desistir Juntos vamos sempre persistir Ama do verbo amar Age do verbo agir Sorri do verbo sorrir Sonha do verbo sonhar Maria João Mesquita – 8.º E
Última Recordação Estas são as palavras que te vou dizer. As justas palavras que no meu coração moram, Junto de um sofrimento que não pára de doer. Durante a minha vida, vivi e cresci ao teu lado. Brincava, falava e sempre sorria para ti, Até um dia, onde tudo ficou magoado. Deixaste-me, foste para o céu. Nesse dia tudo mudou para mim. Não me quero separar de nada que era teu, Ver a tua imagem à minha frente. Recordar-te todos os dias da minha vida É chorar para sempre.
Agora que te perdi, Quero dizer-te que sempre te adorei, admirei, mesmo as mágoas que nos fizeste passar, nunca vou esquecer daquilo que me fizeste, daquilo que me disseste, para me tornar numa menina feliz. Adoro-te para sempre e recordar-te-ei todos os dias da minha vida, tudo aquilo que passámos, tudo aquilo que fizemos! Adoro-te e isso vai ser para sempre. Ana Lúcia Pereira Ribeiro – 11.º D
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MATEMATICANDO... Canguru Matemático sem Fronteiras 2011 Novamente, este ano, a escola vai participar no concurso Canguru Matemático sem Fronteiras, que tem como objectivos principais os seguintes: - Estimular o gosto e o estudo pela Matemática; - Atrair os alunos que têm receio da disciplina de Matemática, permitindo que estes descubram o lado lúdico da disciplina; - Tentar que os alunos se divirtam a resolver questões matemáticas e percebam que conseguir resolver os problemas propostos é uma conquista pessoal muito recompensadora; - Aumentar todos os anos o número de participantes no concurso a nível nacional e tentar atingir as quotas de participação de outros países europeus. Este concurso consiste na realização de uma única prova, cuja realização, este ano, está prevista para o dia 17 de Março. Não existe nenhuma selecção prévia nem existe uma prova final. Existem seis níveis, de acordo com as idades dos alunos, e a nossa escola abrange quatro desses níveis: Benjamim, Cadete, Júnior e Estudante. A prova consiste num questionário de escolha múltipla de cerca de trinta questões de dificuldade crescente. Os alunos interessados em participar inscrevem-se junto do professor de Matemática da turma e podem preparar-se resolvendo provas de anos anteriores disponíveis, na reprografia, para fotocopiarem. Também no site http:// www.mat.uc.pt/canguru/ os alunos podem aceder a todas as provas e outras informações sobre o concurso, assim como, resolver testes online. Entretanto, deixamos alguns exemplos de questões: O número 4 sofre duas reflexões, como mostra a figura. Quando o mesmo acontece com o número 5, que imagem aparece no lugar assinalado com o ponto de interrogação?
As letras P, Q e R representam 3 algarismos diferentes. Multiplicando o número PPQ por Q obtém-se o número RQ5Q. Qual é o valor da soma P + Q + R? (A) 13 (B) 15 (C) 16 (D) 17 (E) 20 A Leonor desenha os seis vértices de um hexágono regular e uniu alguns dos seis pontos com linhas para obter uma figura geométrica. Essa figura não é, seguramente, um (A) trapézio (B) triângulo rectângulo (C) quadrado (D) triângulo equilátero (E) triângulo obtusângulo A Cátia necessita de 18 minutos para construir uma longa corrente através da união de três correntes mais curtas. Utilizando o mesmo processo, quantos minutos precisa para construir uma corrente, unindo seis das correntes mais curtas? (A) 27
(B) 30
(C) 36
(D) 45
(B) 12
(C) 14
(D) 15
(E) 20
As áreas das bases de dois recipientes de forma cúbica são 1 dm2 e 4 dm2. Queremos encher o recipiente maior com água de uma nascente, utilizando o recipiente menor. Quantas vezes teremos de ir à nascente? (A) 2 vezes
(B) 4 vezes (C) 6 vezes (D) 8 vezes
As Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM), organizadas anualmente pela Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), são um concurso de problemas de Matemática, dirigido aos estudantes dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e também aos que frequentam o ensino secundário, que visa incentivar e desenvolver o gosto pela Matemática. A primeira eliminatória, realizada no passado dia 10 de Novembro, teve a participação do Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia, com organização do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, tendo envolvido 159 alunos distribuídos por quatro categorias: Pré-Olimpíadas – 25 alunos que frequentam o 5.º ano de escolaridade; Categoria Júnior – 62 alunos que frequentam o 6.º ou 7.º anos de escolaridade; Categoria A – 26 alunos que frequentam o 8.º ou 9.º anos de escolaridade e Categoria B – com 46 alunos que frequentam o 10.º, 11.º ou 12.º anos de escolaridade. No seguimento daquela primeira eliminatória e de acordo com os resultados obtidos, foram seleccionados para a segunda eliminatória – realizada na Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, no passado dia 19 de Janeiro, por decisão da SPM – os alunos: - da Escola EB2,3 de Peso da Régua: Rafael Barroso (6.º ano/5) e Mariana Guedes (7º ano/2); - da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia: Isabel Pinto Gonçalves (7.º ano/E); Maria Inês de Almeida Alves (8.º ano/C) e Ana Isabel Santos Vasques (12.º ano/A). Os problemas propostos neste concurso fazem sobretudo apelo à qualidade do raciocínio, à criatividade e à imaginação dos estudantes. São factores importantes na determinação das classificações o rigor lógico, a clareza da exposição e a elegância da resolução. Tal como é expresso no regulamento das OPM, um dos objectivos do concurso é a detecção precoce de vocações científicas e, em particular, para a matemática. É com agrado que se observa que continua a ser uma prova muito participada no nosso Agrupamento. Carlos Pinto Ribeiro Coordenador da Área Disciplinar de Matemática
“A triste história do z er o”, zer ero”, de Manuel António Pina
(E) 60
Em cada aniversário a Rosa recebe tantas flores quantos os seus anos. Ela seca e guarda as flores, tendo agora 120 flores. Que idade tem a Rosa? (A) 10
XXIX Olimpíadas Portuguesas de Matemática (2010/011)
(E) 16 vezes
ACHAS QUE UM "ZERO" NÃO "V ALE N AD A"? "VALE NAD ADA"? No dia 21 de Setembro de 1997, enquanto navegava ao largo da costa da Virgínia, um cruzador de mil milhões de dólares… estremeceu e parou. Tal acontecimento deveu-se à existência de zero que era suposto os engenheiros terem retirado quando instalavam o software. Continuas com a mesma opinião? Sílvia Madureira – Professora de Matemática
Numa certa conta havia um zero dado à poesia que tinha um sonho secreto: fugir para o alfabeto.
e ainda as chaves do carro e uma máscara de entrudo... Não tinha bolsos, coitado, guardava na alma tudo!
Sonhava tornar-se um O nem que fosse um dia só, ou ainda menos: só o tempo de dizer: «Oh!»
A alma! Como queria gritá-la num «Oh!» sincero! Mas não passava de um zero
(Nos livros e nas selectas o que mais o comovia eram os «Ohs!» que os poetas metiam nas poesias!)
que, oh!, não se pronuncia... Daí que andasse doente de grave doença poética e em estado permanente de ansiedade alfabética.
Um «Oh!» lírico & profundo, um só «Oh!» lhe bastaria para ele dizer ao mundo o que na alma lhe ia!
E se indignasse & etc. contra o destino severo que fizera dele um zero com uma alma de letra!
E o que na alma lhe ia! Sonhos de glórias, esperanças, ânsias, melancolia, recordações de criança;
Tanta ambição desmedida, tanto sonho feito pó! E aquele zero dava a vida para poder dizer «Oh!»...
além de um grande vazio de tipo existencial e de uma caixa que o tio lhe pedira para guardar;
(in Pequeno Livro da Desmatemática) Acção de Formação “Dos números naturais aos números reais” – Guimarães – Lisboa Editora Sílvia Madureira e Manuela Rodrigues (19/02/2011)
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OPINIÃO...
Um dia destes, o tema a ser debatido num programa de televisão despertou a minha atenção para um assunto que pode ser muito controverso. Falava-se então sobre o testamento vital, que, segundo proposta do Partido Socialista, foi apresentado para discussão. Ao que percebi, consiste numa declaração que qualquer um de nós pode fazer a fim de não permitir que a sua vida possa ser prolongada artificialmente. Lembrei-me então da eutanásia e, após alguma pesquisa, dei conta de que poderiam existir algumas diferenças entre os dois casos. Aqueles que a defendem alegam misericórdia para com os doentes que
padecem de doenças incuráveis para as quais não há esperança. Administrar injecção letal ou simplesmente desligar a máquina de suporte à vida é ajudar a morrer misericordiosamente, ou seja, praticar eutanásia. Do ponto de vista ético e científico, pergunta-se: poderá alguém viver uma vida que não quer? Será moralmente aceitável prolongar a vida de alguém, quando se sabe que apenas se lhe está a prolongar o sofrimento? Sabemos que a morfina administrada irá, mais tarde ou mais cedo, destruir o organismo e, consequentemente, provocar-lhe a morte. Penso então nas crianças, que ainda mal iniciaram o seu percurso de
vida e travando uma luta feroz e desigual; nas pessoas portadoras de Alzheimer ou outras doenças degenerativas, que desumanizam. Porque maior que a dor de vermos partir os que amamos é vê-los sofrer e a degradação humana a que muitas vezes chegam. Se a lei permite eliminar vidas antes de verem a luz do dia – pelo aborto – que, numa perspectiva de probabilidades, seriam seres perfeitos, porque não deixar escolher aqueles que se tornaram imperfeitos? E que por sua vontade querem pôr um ponto final na sua existência? Por outro lado, considerando ser o direito à vida o primeiro dos direitos do homem, desde a sua concepção até à morte, consagrado na Constituição Portuguesa, quem atenta contra ela comete um crime. Assim sendo, poderiam ser homicidas os médicos que a praticassem? Segundo o que pesquisei, a maioria dos profissionais de saúde aprova a legalização da eutanásia, talvez porque já não saibam mais lidar com a dor de ver sofrer! Ao serem dotados destes poderes – matar ou deixar morrer
–, não colidiriam com os princípios da sua missão e do seu juramento? Não estão eles encarregados de velar pela vida dos seus doentes? Ao aplicá-la não correríamos o risco de limpar os “fardos” da sociedade para poupar recursos ao Estado? Pelo que reflecti, concluo que a vida é um ciclo que começa com o nascimento e culmina no dia da morte natural destinada por Deus – segundo o que eu acredito – e que não deve ter intervenção do homem. Investir cada vez mais em unidades de cuidados paliativos e continuados é o que se pede para que se possa ter dignidade no sofrimento. Tratar a dor física e moral é o que se pede. Por conseguinte, eu sou a favor da vida, devendo esgotar-se todos os recursos ao dispôr dos cidadãos para que a sua pena se torne mais leve. Vale sempre a pena viver, com mais ou menos sofrimento, alimentar sempre a esperança e acreditar que amanhã poderá ser um dia muito melhor que o de hoje. “A Vida é Bela”, já dizia o filme. Inês Ferreira - 11.º D maria_inestf@hotmail.com
TECNOLOGIAS... No va R evolução na Iluminação Nov Re A Iluminação está a mudar Novo CLS. Equipado com o inovador sistema de iluminação em LED que segue o movimento do volante e diminui de intensidade com a aproximação de outros veículos.
5 – Resistência ao impacto e vibração; 6 – A Tecnologia LED já está a ser usada em países de primeiro mundo, que possuem a preocupação com o meio ambiente; 7 – Diminuição da emissão de CO; 8 – O retorno financeiro fica garantido pela economia causada pela nova tecnologia.
Luzes Diurnas aplicadas na Audi.
Se já utiliza lâmpadas economizadoras e/ou fluorescentes, prepare-se para nova mudança. Iluminação LEÐ – O Futuro da Iluminação O LEÐ pode ser descrito como o terceiro estágio na evolução da lâmpada eléctrica. LEÐ (Light Emitting Diode) é um componente electrónico semicondutor que emite luz quando sujeito a corrente eléctrica. A luz gerada resulta de um efeito electrónico no semicondutor e não do aquecimento de filamentos (princípio da lâmpada incandescente e halogéneo) ou por uma descarga em gás (princípio da lâmpada fluorescente). Para a comum lâmpada, restarão os museus, leilões de preciosidades e a nostalgia dos mais velhos. Melhor luz com menos energia é o resultado. Vantagens da Iluminação LED: 1 – Redução de consumo até cerca de 80%; 2 – Redução dos custos de lâmpadas de substituição e serviços associados; 3 – Tempo de vida muito alargado superior a 50.000 horas; 4 – Não emitem luz ultra-violeta, sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiação é indesejado, por exemplo, obras de arte, quadros;
Lâmpada de LEDS. Tecnologia LED em iluminação urbana.
António Lopes – Professor de Electrotecnia / Electricidade
V i ver em pleno v ento vento Viver em pleno vento, seria maravilhoso! Estenderia a minha mão a alguém que me fizesse companhia e poderia deixar-me transportar sem medo até bem longe, em busca da verdade, em busca do amor e da amizade, percorrer o mundo. Ser livre como as estrelas e como as gotas de água, viver sempre, sempre a sorrir e a sonhar em melodia de amor e de esperança. Tentar tocar as estrelas e observar, encantada, o brilho delas! Observar bem de cima os primeiros raios de sol a espreitar a Terra e desejar bom dia aos pássaros, ao Sol e a tudo quanto eu visse no horizonte – os carros circulando tontos com buzinas e apitos, ouvir vozes ingénuas de crianças nos jardins e assistir, ali, a uma explosão de flores e mais flores. Porque eu gostaria de ser livre como o vento para correr atrás de ideais. Maria João – 8.º E
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PASSATEMPOS... SOP A DE LETRAS SOPA Procura na sopa de letras os 4 animais, 17 objectos, 6 alimentos e 7 partes do corpo representados nas pinturas A e B.
Cadavre Exquis, pinturas a acrílico
Pintura A: Rita Silva, Cristiana Gouveia, Diogo Azevedo, Emília Ramos, Liliana Cristina, Liliana Rodrigues e Luís Teixeira – 12.º D
Soluções : Animais: macaco,pássaro, moscas, homem. Objectos: chávena, cinto, corda, cigarro, baloiço, coluna,viola, CD, lâmpada, comando, auscultadores, pauta, piano, óculos, disco, escada, garfo. Partes do corpo: orelha, olho, dentes, língua, cara, mãos, nariz. Alimentos: amendoim, queque, amburguer, limão, marmelo, banana.
Isabel Babo – Área Disciplinar de Artes Visuais
Pintura B: Matilde Pinto, Nádia Dolores, Nathalie Correia, Patrícia Gonçalves e Sara Diaquino – 12.º D
Acordo Ortográfico
FICHA TÉCNICA
É certo e sabido que o país em que vivemos vai de mal a pior enquanto o tempo passa. É certo e sabido que, apesar das promessas dos nossos caros governantes, os preços sobem, o povo é despedido e os bolsos ficam vazios. Perante estas promessas e medidas políticas que em nada dão a não ser na desilusão e revolta do povo (e com razão), e como se não bastasse arruinarem o país dos dias de hoje, pretendem agora arruinar o que levou séculos a formar-se. Querem que todos escrevam segundo as leis do dito Acordo Ortográfico. Abolir consoantes mudas, acertar a pontuação e sabe-se lá mais o quê. Estas mudanças não fazem qualquer sentido. Sejamos sinceros, o português de Portugal está muito bem como está e não precisa de ser mudado. O que muitos não sabem é que o português de hoje demorou séculos a formar-se, começando por divergir do latim, e modificando-se consoante a localidade. Muitos foram os artistas, aliás, os grandes artistas que ajudaram nesta mudança e que tornaram Portugal conhecido fora das paredes deste pequeno rectângulo à beira-mar plantado. Refiro-me a Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Cesário Verde, José Saramago, entre muitos outros. Estes artistas dedicaram grande parte da sua vida à sua língua-mãe, e este Acordo acabaria por fazer com que esse esforço fosse em vão. Aceitar este acordo seria o mesmo que cuspir na cara destes grandes artistas. Querem que sejam os professores e alunos a dar o primeiro passo, mas pelo que se pode ver, essa mudança vai surgir com muita dificuldade. Death Master – 12.º A
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Editores: Rosa Ferrão, Manuel Ferreira, Paulo Pereira Guedes Redacção: Alunos, Pais/EE, Assistentes Técnicos e Operacionais e Professores Paginação e Impressão: Imprensa do Douro Endereço: Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia Avenida Sacadura Cabral 5050-071 Peso da Régua Telefone: 254 320 720 Fax: 254 322 262 Email Geral: esjac@mail.telepac.pt Email do Jornal: perspectiva.esjac@hotmail.com Web: www.esec-dr-j-araujo-correia-rcts.pt
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JORNAL ESCOLAR PERSPECTIVA
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