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centros, desdobramentos e subcentros

Para tratar do objeto de estudo, o centro de Bauru, adotaremos o conceito de centro principal, ou seja, aquele que Villaça (2001) admite que, apesar da existência de outros centros, é principal pois é o irradiador da

organização espacial urbana, possuidor de um caráter simbólico, e que

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influencia toda a cidade e não somente uma parte dela. No centro principal a cidade se origina, seu traçado e propriedades vão influenciar o desenvolvimento do tecido urbano.

centros, desdobramentos e subcentros

A nova morfologia urbana, resultada do processo de reestruturação das cidades, caracteriza-se pela expansão do tecido urbano de forma descontínua, pela implantação de loteamentos distantes do centro, e ainda pela implantação dos equipamentos comercias e se serviço concentrados de grande porte, como shopping-centers e hipermercados de maneira que “produzem-se largas tramas urbanas que se redefinem por uma estruturação polinucleada, interna e externamente articulada por amplos sistemas de transporte e comunicação” (SPOSITO, 2001a, p.85). Com a definição das novas expressões de centralidades, simultaneamente, redefine-se a relação existente entre o centro e a periferia. Se antes havia uma relação hierárquica entre o centro e a periferia, na cidade polinucleada, a periferia perde seu sentido de subalterna em relação ao centro principal pois núcleos e aglomerações encontram-se distantes e diferentes no tecido urbano. Ocorre a descentralização, ou, em outras palavras, a

multiplicação e diversificação dos centros, que caracteriza a cidade polinucleada. Diferentemente do que ocorre na metrópole São Paulo, cidade em que se refere a teoria das centralidades, em Bauru, enquanto cidade média, a

produção das novas expressões de centralidade ocorre por meio do comércio e da prestação de serviço, com a concentração de agências bancárias.

Entretanto, como fator comum e que justifica a aplicação da teoria, há a especulação imobiliária e a presença do capital globalizado que favorece as novas centralidades (LOPES JUNIOR, 2007). Essas novas centralidades vão assumir características distintas de acordo

com a relação estabelecida com o centro principal e com a relevância no tecido urbano e o nível de diversificação das atividades. Buscaremos compreender algumas dessas expressões. Segundo Sposito (1991), o desdobramento da área central não necessariamente é contíguo aos centros, porém caracteriza-se como desdobramento pela proximidade, podendo até mesmo ser extensões do

mesmo.

Para além do centro e do desdobramento da área central, têm-se os subcentros, que surgem a partir das dinâmicas contraditórias de concentração e descentralização de espaços urbanos. A concentração atua numa tendência à homogeneização de atividades, setores e busca por mercados consumidores específico. Enquanto que, simultaneamente, há um processo de

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