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feira do rolo e o comércio informal

Mapa 3.

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A feira do Rolo e o comércio informal.

Fonte:

Google Earth, 2021. IBGE, 2022. Open Street Map, 2022.

Elaborado por:

Hernandes, 2022.

Sistema de referência:

Coordenadas Geográficas Datum SIRGAS 2000 (EPSG 4674)

feira do rolo e o comércio informal

Uma das maiores feiras da região, a Feira do Rolo, acontece todos os domingos há cerca de 50 anos no centro de Bauru. Um

mercado de pulgas que se originou e popularizou, através do escambo dos mais variados produtos: eletrônicos, roupas e calçados usados, brinquedos e objetos antigos. Segundo dados da Polícia Militar, circulam cerca de quinze mil pessoas por domingo, um número expressivo para uma cidade com o porte de Bauru. É como se um pouco mais do que 4% da população de Bauru

visitasse essa região em um período de quase seis horas.

Na reportagem ‘’Tradições do Interior’’

da TV Unesp, Evaldo Carvalho, um dos pioneiros na feira, relata como tudo começou na marginal da Nações Unidas a partir da troca de objetos comuns como relógios,

itens eletrônicos, a partir da popularização, aumentou o número de pessoas e a variedade dos itens à venda. Entretanto, essa aglomeração passou a incomodar, ao passo que a feira foi transferida para a praça Rui Barbosa e posteriormente ao local onde se encontra atualmente.

A gente ficou por ali por um determinado tempo, mas começou a encher demais ali no gramado, então a prefeitura arrancou a gente dali e levou nos pra Praça Rui Barbosa, eles falaram ‘’se vocês querem bagunçar, vão para a praça [...], mas a turma do Rolo começou a estragar a praça, e lá vai o

prefeito e arranca nós outra vez, falaram para a gente ir caçar o rumo lá para

baixo na Gustavo Maciel, e até hoje estamos ali. (TV UNESP, 2012, entrevista de Evaldo Carvalho).

A feira ocorre na Gustavo Maciel até o limiar da linha férrea, estendendo um apêndice na Rua Júlio Prestes, sendo o mercado de pulgas concentrado principalmente na parte mais baixa. É questionável os motivos pelos quais a feira mudou, não apenas uma, mas duas vezes de local devido ao incômodo causado e o porquê foi destinada à região atual. Nesse sentido, retomamos ao pensamento discriminatório existente em relação à parte mais baixa do centro, e o percebemos ainda atual e corrente.

Entretanto, essa movimentação nos domingos traz ao centro o movimento que o último dia do final de semana não teria naturalmente. Além disso, os feirantes ocupam o beiral de um dos galpões do complexo ferroviário (Foto 2), se estabelecendo no pátio de paralelepípedos, pertencente à área do perímetro de proteção tombado, criando usos inimagináveis àquela estrutura.

Foto 2. A feira do rolo sob a cobertura do galpão. Fonte: Trabalho de campo, Hernandes (2020).

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