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estação central EFNOB
estação central EFNOB
Projetada em 1935 e inaugurada em 1939 (Figura 62), com a finalidade de abrigar as três ferrovias (Sorocabana, Noroeste e Paulista), a Estação Ferroviária de Bauru contava com uma grande estrutura física moderna para os padrões da época, originalmente o prédio acomodava toda a estrutura administrativa nos andares superiores e a bilheteria e acesso aos trens no piso (CODEPAC, 2021).
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Entretanto, a partir do contexto nacional de estímulo à transição modal, a estrada de ferro passou ter sua frota substancialmente reduzida. Até que em 1996, a concessionária Noroeste assumiu a ferrovia, e três anos depois os escritórios administrativos mudaram de lá.
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Fotos 18 e 19. |A estação de Bauru em construção (1939) | |Estação em 2021| Fonte: Acervo- Estações Ferroviárias do Brasil e GUARRESCHI (2020)
Em 2001 a Estação perdeu até mesmo sua função enquanto plataforma de embarque e desembarque, dando lugar a sujeira e a deterioração da edificação (Figura 63), atualmente o edifício pertence ao município de Bauru.
A partir de 2015, a estação passou a ser ocupada por órgãos, entidades e coletivos, como o coletivo Casa Cultural do Hip Hop, organizador da semana da Hip Hop em Bauru. O coletivo reúne em si cursinho, biblioteca e sala de dança, oferecendo atividades diárias gratuitas à população. Além disso, a Casa do Hip Hop organiza diversos eventos abertos à população.
Entretanto, em 2020 a Estação foi lacrada de acordo com a alegação de riscos estruturais, principalmente os arcos do pátio, e descumprimento às normas de segurança de combate a incêndios. Em setembro de 2020, foi formalizado um acordo com a prefeitura de Bauru e o Ministério Público que se responsabilizaria em realizar as obras necessárias para manutenção e preservação do patrimônio histórico. Desde o final de 2020, as atividades na estação foram encerradas e as entidades foram obrigadas a retirar materiais e objetos que estivessem lá. Um ano já se passou e nada foi realizado na Estação.
A ocupação cultural da Estação existia e resistia praticamente sem apoio ou investimento público, trata-se de uma insurgência popular que desabrochou na Estação. Os sujeitos transformaram o espaço a partir de doações, pintando as paredes, trazendo mobiliário, criando o centro cultural que Bauru necessita através da criatividade e oportunidade popular (Fotos 20 a 23).
A Casa Cultural irradiava à outros vazios nas proximidades da Estação, levando o grafitti, a dança, a música e consequentemente a ampliação ao movimento, a segurança ao centro.
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Fotos 20 a 23. Casa Cultural na Estação EFNOB. Fonte: Hernandes, 2022.