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primeiras leituras da área
Figura 3: Limites e Acessos.
primeiras leituras da área
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Para esse trabalho consideraremos como centro a área constituída pelo perímetro Duque de Caxias, Nações Unidas, Pedro de Toledo e pela Linha Férrea, ou seja, levaremos em consideração os limites administrativos do bairro como delimitação para o recorte e consequentemente, o Setor 1 segundo a delimitação do Plano Diretor de Bauru, deliberado em 2008 (Figura 3). Para além das importantes avenidas, o Centro é margeado por uma topografia de vale que direcionou a implantação do primeiro loteamento e posteriormente, tornou-se o eixo da estrada de ferro (GOMES,1993). Atualmente Bauru, bem como grande parte das cidades brasileiras, enfrenta problemas relacionados a esse expressivo elemento, que se encontra praticamente em desuso. Ainda assim, o Centro permanece em sua relevância enquanto centralidade econômica da região, sendo localidade geradora de empregos diretos e indiretos, símbolo do comércio formal e informal e da diversidade de serviços.
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02. sobre centralidade
_ contexto
Com a finalidade de apreender o Centro de Bauru, iniciamos a análise a partir de escala da cidade, mais precisamente buscando compreender a produção do espaço em Bauru, o processo do surgimento das novas expressões de centralidades e o papel do centro principal da cidade nesse cenário. Segundo Sposito (2007), o processo de reestruturação produtiva do sistema econômico, que teve início na década de 1970, refletiu em todas as escalas espaciais, inclusive no espaço intraurbano das cidades médias. Essas sofreram alterações para se adequar ao novo modelo econômico. Em Sposito (1991), até os anos 1970, era predominante nas cidades brasileiras o modelo urbano cuja característica principal apenas um centro, qualificados como monocêntricas, em que uma área da cidade detinha os principais serviços urbanos, comércio e era o local com maior nível de fluxos. Após a década 1980, com investimentos de grande porte no setor de comércio e serviços feitos pelo capital estrangeiro amparados pelo Estado, como a instalação de empreendimentos de consumo, como shopping centers e supermercados. As cidades passaram a crescer e possibilitam a criação de novos centros, isto é, passam a ter como característica estruturas policêntricas (SPOSITO, 1991) Nesse contexto, Bauru teve expressivo crescimento populacional entre 1950 a 2000, sendo o crescimento mais significativo deu-se na década de 1980
como aponta Catelan (2008), e ainda crescimento significativo da malha urbana no mesmo período com a implantação de empreendimentos e loteamentos distantes do centro (Figura 4).
|Até 1950| |Até 1970| |Até 1990| |Até 2008|
Figura 4. Esquema de evolução da malha urbana. Fonte: Extraído de Catelan (2008) – Esquematizado por Hernandes (2022).
A partir desse crescimento horizontal do perímetro urbano, da implantação de loteamentos distantes do centro, e novas formas de habitar, como os conjuntos habitacionais e os loteamentos fechados, é que a cidade se torna mais complexa se acentuando o surgimento das novas expressões de centralidades impulsionadas pela busca do capital por novas áreas para investimentos em comércios e serviços, públicos e privados.