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Muitas vezes, desconhecemos a influência que temos na vida de quem nos rodeia na nossa casa, na rua, na escola… Principalmente, quem tem um trabalho de exposição, quer seja um músico, um ator, um comediante, ou eu...
Pode parecer cliché, mas a verdade é essa. Ninguém tem a capacidade de tomar decisões por nós, mesmo quando alguém as toma… foi porque nós o deixámos! Por isso, agarra a vida agora, imediatamente e... já!
Para quem está de fora, para o público, é sempre o “granda maluco”, o tipo cheio de estilo, a blogger sempre perfeita. Mas esquecemo-nos que, como um grande jogador disse uma vez, “somos humanos como as pessoas.” Mesmo os que falam muito que sofreram… os que contam as conquistas e as vitórias e tudo aquilo que superaram, dando a ideia de que agora sim, está tudo bem! E pode não estar! É uma construção constante com altos e baixos. Porquê? Porque é assim para todos nós! A paz não se conquista para sempre, vive-se todos os dias. Este livro pretende mostrar dois planos: um primeiro, que demonstra que a vida de quem tem uma exposição pública é perfeitamente normal. Que é igual a tantas outras. Mais sofrida numas ocasiões e menos noutras. E um segundo plano, que evidencia que a responsabilidade de vingar neste maravilhoso universo e de ultrapassar as dificuldades está em nós. 9
O que faço agora? Não tenhas medo. À tua frente, surge um palco. As amarras dos pés soltam-se. Tu levantas-te. De pé, olhas pela janela aberta e sorris. O que vês anima-te. Encaras o palco, mas as pernas não se mexem. Não te deixas andar. Deixas andar. Deixas arrastar o palco ao teu redor pela sala. Quem sabe não se arrastará para debaixo dos teus pés. O que faço agora? Não tenhas medo. A sala enche-se de animais. Macacos. Novos e velhos. Girafas. Leoas. Coalas. Tigres e Gatos. Os macacos beliscam-te a barriga e riem-se na tua cara. As girafas olham-te de cima com desdém, mas vigilantes, para que nada te aconteça. Os coalas penduram-se em pequenas madeixas dos teus cabelos e delas fazem ninho. As leoas lambem-te o rosto e rosnam aos restantes animais. Protegem-te. Gatos e tigres circundam à volta das tuas pernas. Gatos e tigres são as tuas pernas que, ora em passos tímidos ora em saltos velozes, te aproximam do palco. O que faço agora? Não tenhas medo. Sobes o palco e encaras a sala. Um espelho gigante, como uma massa humana, está diante do teu corpo. Tu vês nos outros, no público que agora te observa, quem tu és. Tu vês-te. Em cima do palco, iluminado pela lâmpada em cima da tua cabeça, que projeta agora uma luz de cor azul, o teu coração bate forte, preso no peito. O que faço agora? 46
Não tenhas medo. Tu falas. Ouvem-se risos. Tu falas. Ouvem-se aplausos. Tu falas. Ouvem-se assobios. O que faço agora? Não tenhas medo. A luz azul congela o medo. Fincas os pés no palco, as paredes da sala quadrada desaparecem. Já não há sala. Estás no mundo. Sobre ti está agora a luz azul do céu. O teu coração bate forte no peito livre. Quero fazer isto. Não tenho medo. 47
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O que é que queres ser quando fores grande? É a pergunta que mais nos colocam desde pequenos. Essa e “qual é o teu clube?” E os miúdos fantasiam muito! Desde serem astronautas até verem o Benfica Campeão Europeu! E todos nós sabemos que destas duas só uma será possível… até porque há bons cursos de engenharia espacial. Mas chega uma altura da nossa vida em que temos realmente de começar a tomar decisões. Por volta dos 14 anos, a caminho da escola secundária, surgiu a questão: O que queres ser quando fores grande? E, na verdade, para “ser grande”, já não faltava muito. Acabei por escolher comunicação. Melhor, acabaram por “escolher-me” comunicação. Nos testes psicotécnicos, a psicóloga olhou com desdém e disse-me: “Vai para esses cursos que vão até ao 12.º”. Enquanto os meus colegas iam para as áreas “normais” com o destino rumo à faculdade, eu ia para um curso sobretudo indicado para quem não queria estudar mais. Eu não sabia se queria ou não, mas senti-me colocado de parte, burro, como se não valesse mais do que aquilo que me tinham dito. Se calhar, não tanto pela escolha, mas pela forma como o disse e que ficou marcada.
No entanto, a vida tem o seu sentido e o primeiro é que a avaliação que os outros fazem de nós é só isso mesmo! Não é a verdade! É o que elas pensam, segundo os seus padrões, a sua história e, muitas vezes, até os seus próprios receios. Não somos nós. O mais curioso, é que acabei por ficar numa escola perto de casa e o curso até tinha a sua graça. Tinha uma forte componente prática, estimulava a criatividade e eu, que até era um aluno médio no ensino básico, tornei-me num aprendiz exemplar. Pela primeira vez, senti na pele o que era ser o marrão! Eu que gozava com esses, agora era um deles. Resultado? Acabei por ir para a faculdade e para o curso de jornalismo, onde tinha até mais facilidade que a maior parte dos alunos, porque o meu curso, por ser mais prático, deu-me ferramentas que os outros não tinham. É curioso como a vida nos vai dando sempre um rumo. Só é preciso estarmos disponíveis. Às vezes, podemos não saber muito bem o que queremos nem o que escolher… mas nada é o fim do mundo, nada é finito e permanente. É como um surfista que procura a melhor onda. Pode escolher uma que lhe parece a melhor e a meio levar um chapadão e engolir dois litros de água. E o que faz a seguir? Volta para procurar outra. 49
Para te ajudar a conhecer as tuas aptidões e a tomar consciência daquilo que mais te entusiasma e, através disso, facilitar a definição de linhas diretrizes que te ajudem a tomar uma decisão quanto ao teu futuro profissional.
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL PODE INCLUIR: Uma entrevista presencial e diferentes provas estruturadas de avaliação psicológica. Um relatório, entregue no final do processo, que apresenta o teu perfil, assim como a delineação de um projeto académico e/ou profissional, onde são sugeridos cursos, formações e/ou áreas de estudo ou profissionais mais adequadas ao teu perfil profissional. 52
NO FINAL DO TERCEIRO CICLO DO ENSINO BÁSICO (9.º ANO):
É (ou foi) a primeira vez na tua vida em que terás (ou tiveste) de decidir sobre o teu futuro profissional, optando por prosseguir os estudos numa das três áreas assinaladas na tabela. NO FINAL DO ENSINO SECUNDÁRIO (12.º ANO):
É nesta fase que decides se enveredas pelo Ensino Superior ou pelo ingresso no Mercado de Trabalho; Em ambas as hipóteses, é necessária a reflexão sobre o melhor caminho profissional a seguir.
Opção mais adequada para quem pretenda seguir um percurso académico ao nível do ensino superior; Integra quatro áreas principais, das quais só se pode optar por uma: Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades, Ciências Socioeconómicas ou Artes Visuais. Opção mais adequada para quem quer ir diretamente para o mercado de trabalho; Exemplo de áreas profissionalizantes: administração, serviços e comércio, agroalimentar, ambiente e recursos naturais, entre outras. Opção mais adequada para quem pretenda uma carreira mais relacionada com a área artística e criativa; Exemplo de áreas profissionais: artes do espetáculo, dança, música, pintura, entre outras.
FONTE: https://uptokids.pt/educacao/ensino/orientacao-vocacional-serve/
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Pensar no Futuro a Longo Prazo significa estruturar objetivos de vida a longo prazo, isto é, não somente para daqui a 10 anos, mas para daqui a 30, 40 anos.
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s do Sem bolas de cristal ou até mesmo máquina de arias gost onde ser, de arias futuro, quem gost quê? o r faze a e r esta de arias gost estar, com quem es Escreve uma carta a ti próprio, como se a foss . anos 35 receber quanto tiveres A PRIMEIRA E ÚNICA REGRA DA TUA CARTA É COMEÇAR POR:
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Poucas são as perguntas que ouvimos tão frequentemente, ao longo da nossa infância e adolescência, quanto esta: “O que queres ser quando fores grande?” Quando crianças, respondemos, inocentemente, uma fantasia qualquer, motivada pelos nossos sonhos, pelos nossos heróis e heroínas ou brincadeiras. Ainda não temos preocupações, o futuro está lá à frente, tão longe. Quando adolescentes, talvez nem respondamos tão pouco, zangados/as que andamos com a vida e com todas as mudanças que ela nos impõe. No nosso íntimo, começam a vingar muitas dúvidas e incertezas. O Futuro está a bater à porta e nós não sabemos o que fazer. “Agora, Imediatamente e… Já!” ajudar-te-á a refletir e a debater sobre diversos conceitos associados à temática do Desenvolvimento Pessoal e da Orientação Profissional, como por exemplo: História de Vida; Valores, Aptidões e Interesses; Percurso Escolar; Diagnóstico Vocacional; Processo de Tomada de Decisão; Recursos e Oportunidades disponíveis (Domínios Profissionais; Escolas; etc.); Plano de Carreira de Futuro; Aprendizagem ao longo da vida; Desenvolvimento do Poder Pessoal; Construção de um projeto vocacional; Ferramentas de autorregulação e responsabilização. O livro, para além de três histórias baseadas na vida do António Raminhos, inclui, também, capítulos com enquadramento concetual, exercícios, ferramentas úteis, dicas e reflexões do promotor do projeto sobre a sua vida e cada um dos temas explanados no livro.
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