NOTA DA AUTORA
INTRODUÇÃO
BIOGRAFIA ANA BACALHAU
"PODER"
"A MESMA COISA"
"SILÊNCIO"
"MAU GÉNIO"
INFORMA-TE
"ASSUNTO SÉRIO"
INFORMA-TE
LINKS ÚTEIS
Diz respeito às características biológicas que distinguem as mulheres dos homens. São características universais, que não se alteram de sociedade para sociedade.
Diz respeito a tudo aquilo que uma determinada sociedade ou época espera dos homens e das mulheres, isto é, quais são os seus papéis, as suas tarefas, as suas funções, os seus deveres, as suas responsabilidades, os seus poderes e os seus interesses. As características de género são diferentes de sociedade para sociedade e podem ser modificadas. "O género é uma categoria socialmente construída e fruto do (seu) tempo e lugar."
Fonte de Informação:
"Argumentário a favor da igualdade de género: perceber e saber do que falamos", 2006, Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens
... no que respeita ao tempo de trabalho não pago, as mulheres trabalham todos os dias mais 1h e 45m do que os homens?
Mulheres >>>> 4h23m
Homens >>>> 2h38m
...no conjunto do trabalho pago e não pago, o tempo médio diário de trabalho tem uma duração superior para as mulheres de 1h e 13m?
Mulheres >>>> 12h77m
Homens >>>> 11h64m
Fonte de informação:
"Os Usos do Tempo de Homens e de Mulheres em Portugal Policy Brief", 2016, Centro de Estudos para a Intervenção Social e Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego
... na média mundial, a assimetria de género nos salários estima-se em 23%; por outras palavras, as mulheres ganham 77% do que ganham os homens?
... A OIT (Organização Internacional do Trabalho) sublinhou que, sem uma ação focada na igualdade salarial entre mulheres e homens e mantendo-se esta taxa, não se alcançará o equilíbrio antes de 2086?
Fonte de informação: "Os Usos do Tempo de Homens e de Mulheres em Portugal Policy Brief", 2016, Centro de Estudos para a Intervenção Social e Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.
Fonte de Informação: Mundo OIT - Women at Work. Trends, 2016Sou homem
Choro também
Mas as lágrimas ficam cá dentro Porque não fica bem
Sou pai
Quero ser pai e mãe
Ficar em casa a olhar por eles
Cuidar, limpar e amar
Pai e Mãe
São palavras
Para a mesma coisa
Nos braços de quem
Doentes os filhos repousam
Se for mãe
Continuo a ser mulher
Ser humano inteiro e que quer Viver, sonhar e trabalhar
Pai e Mãe
São palavras
Para a mesma coisa
Nos braços de quem Doentes os filhos repousam
A PARTIR DE 2006, COM A APROVAÇÃO DA CHAMADA LEI DA PARIDADE, VERIFICA-SE UM AUMENTO MAIS SIGNIFICATIVO DA REPRESENTAÇÃO DE MULHERES NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.
A representação das mulheres, na Assembleia da República, passa de 21,3%, em 2005, para 33%, em 2015, atingindo, nesse ano, o limiar de paridade, de acordo com o que está definido na à Lei n.° 3/2006 de 21 de agosto.
APESAR DE SE REGISTAR UMA EVOLUÇÃO GRADUAL E CONSISTENTE, A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS CARGOS DE PODER LOCAL É AINDA POUCO EXPRESSIVA.
Em 2017, 10,4% das Câmaras tinham mulheres na sua presidência.
REGISTA-SE UMA EVOLUÇÃO SIGNIFICATIVA, SOBRETUDO NOS ÚLTIMOS ANOS, RELATIVAMENTE AO NÚMERO DE MULHERES NOS DIFERENTES GOVERNOS.
Em 2015, o XXI Governo tinha 18 ministros/as, incluindo o Primeiro-Ministro, dos/as quais 4 eram mulheres (22,2%). Dos/as 41 Secretários/as de Estado, 15 eram mulheres (36,6%).
A PRESENÇA DE MULHERES NOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DAS EMPRESAS DO PSI 20, EM PORTUGAL, É INFERIOR À MÉDIA DA UE 28.
Em fevereiro de 2017, a presença de mulheres nos conselhos de administração das empresas do PSI 20, em Portugal, é ainda de 15,5% e a dos homens é de 84,5%. Na UE28, a média é de 24,6% para as mulheres e de 75,4% para os homens.
Fonte de informação: "Igualdade de Género em Portugal Boletim Estatístico 2017", Comissão para a Igualdade de Géneros
"as relações entre homens e mulheres são enquadradas por um sistema social marcado por desigualdades e assimetrias de género, nomeadamente em termos de relações de poder, de natureza estruturante e estrutural. A violência de género corresponde à imposição da vontade e do comportamento por parte de determinado género a outro género; comummente, a VIOLÊNCIA de género é perpetrada por homens contra mulheres e pode ser de diversos tipos: FÍSICA, PSICOLÓGICA, FINANCEIRA, SEXUAL, COERCIVA, etc."
Fonte de informação: Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres
Porquê?
Porque é que, socialmente, me sinto mais à vontade para desempenhar certas funções, tarefas ou papéis?
Porque é que sinto necessidade de corresponder a certas expectativas sociais relacionadas com o meu género?
Porque é que ser mulher ou ser homem influencia o meu comportamento social?
Porquê?
“Desafiar Estereótipos” incita-te a questionar um porquê muito particular: o porquê das imposições ou das condicionantes sociais que te são apresentadas em função do teu género.
Agora, que te estreias ou estás prestes estrear na vida adulta, serás confrontada e confrontado com um conjunto de obstáculos diretamente relacionados com o facto de seres mulher ou homem. Estes obstáculos nem sempre são fáceis de descortinar, tal é a sua subtileza e enraizamento nas normas da sociedade em que vivemos.
“Desafiar Estereótipos” explora os diversos contextos de vida, onde a discriminação em função do género acontece, nomeadamente, na Conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional, nos contextos de Poder e de Tomada de Decisão e em casos de Violência do Género. O seu conteúdo dá-te a oportunidade de, sozinha/o ou em grupo, refletir e debater sobre diversos conceitos associados ao tema da Igualdade: Estereótipos de Género, Usos do Tempo, Papéis de Género, Androcentrismo, Empoderamento, Capacitação, Assédio Sexual, entre outros.
O livro integra três histórias ficcionadas sobre a Igualdade de Género, as letras das músicas que a Ana Bacalhau compôs para o projeto, capítulos com enquadramento conceptual, exercícios, dados estatísticos e links úteis, onde poderás procurar mais informação sobre este tema.