3ª EDIÇÃO
ÍNDICE INTRODUÇÃO _9 FERNANDO PESSOA Biografia _15 DIOGO PIÇARRA Biografia _19 AUTOPSICOGRAFIA _26 ALTERPSICOGRAFIA _27 PRESSÁGIO _30 REVELAÇÃO _31 O CEGO E A GUITARRA _34 O RUÍDO E O SILÊNCIO _35 O MOSTRENGO _38 O DEUS _39 MAR PORTUGUÊS _42 MAR MUNDO _43 O INFANTE _46 O HOMEM _47 GATO QUE BRINCAS NA RUA _50 GATO QUE BRINCAS COM A SORTE _51
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A MORTE É A CURVA DA ESTRADA _54 A MORTE NA CURVA DA ESTRADA _55 NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO _58 NÃO SEI QUANTOS ANOS TENHO _59 ÁLVARO DE CAMPOS BIOGRAFIA _63 LUNA THEA BIOGRAFIA _67 TABACARIA _74 LIVRARIA _75 POEMA EM LINHA RECTA _78 POEMA ENTRE LINHAS _80 ODE MARÍTIMA _84 CANTO AÉREO _86 ANIVERSÁRIO _90 NATAL _92 TODAS AS CARTAS DE AMOR… _96 TODAS AS MEMÓRIAS DE AMOR _97 LISBON REVISITED 1923 _100 DRAMMEN REMEMBERED 1983 _102
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A MINHA ALMA PARTIU-SE _106 O MEU CORAÇÃO DE VIDRO _107 ALBERTO CAEIRO BIOGRAFIA _111 INGENUO GARCIA BIOGRAFIA _115 O GUARDADOR DE REBANHOS _122 O GUARDADOR DE SONHOS _124 POEMAS INCONJUNTOS _128 POEMAS DEFUNTOS _129 RICARDO REIS BIOGRAFIA _133 WALTER EGO BIOGRAFIA _137 PÕE QUANTO ÉS NO MÍNIMO QUE FAZES _144 SOU TUDO O QUE ME QUEBRA _145 SEI BEM QUE NUNCA SEREI NINGUÉM _148 SE SONHO, ENTÃO POSSO SER _149 DESAFIO _153
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AUTOPSICOGRAFIA O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
FERNANDO PESSOA 26
ALTERPSICOGRAFIA Na verdade, o poeta é um tradutor. Traduz tão eficazmente Que sabe descortinar a dor Que transporta o peito da gente. E os que percebem o que traduz, No peito sentem também, Não a dor que a gente produz, Mas a dor que deles provém. A dor é uma Língua estrangeira Que nos confunde a perceção Sobre corações sem eira nem beira, Que uns entendem e outros não.
DIOGO PIÇARRA EM PESSOA 27
REESCREVE-TE EM PESSOA Redige a tua versão do poema
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ÁLVARO DE CAMPOS: BIOGRAFIA Álvaro de Campos nasceu no dia 15 do décimo mês do ano de 1890, em Tavira, às 13h30m. Frequentou o Liceu, viajando, posteriormente, para a Escócia, onde estudou engenharia mecânica e naval. Estudou, também, Latim, que lhe foi ensinado por um padre beirão, seu tio. Em tempo de férias, viajou até ao Oriente, onde escreveu a obra Opiário. Tinha uma estatura alta (1,75 metros de altura), com um porte magro, cabelo liso, alinhado ao lado, e usava monóculo. A pele entre branca e morena conferia-lhe o ar de um típico judeu português. Discípulo de Alberto Caeiro, Campos encontra-se, filosoficamente falando, no extremo oposto de Ricardo Reis. É o Poeta da Modernidade.
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Cria o teu heterónimo e ilustra-o
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DESAFIO
Encerramos o livro com um exercício criativo. Um exercício que podes realizar quando bem entenderes. Sozinho ou em grupo. Na escola ou em casa. Observa e analisa a ilustração acima apresentada. Ela foi construída tendo como inspiração um poema pessoano. Pedimos-te que faças o exercício de tentar perceber que poema, e respetivo autor (inclui na tua reflexão o trabalho dos heterónimos), serviu de mote para a criação desta ilustração.
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