Vozes da Floresta

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Vozes da floresta

Autores - Alunos do 6.º F

Autora da ilustração: Beatriz Marques - 6.º F


Título: “Vozes da Floresta”. Autores: Beatriz Marques, Beatriz Pinheiro, Bogdana Gavrylenko, Bruno Borrego, Dinis Karpov, Eduardo Silva, Érica Araújo, Guilherme Espanhol, Guilherme Silveira, Iara Florêncio, Igor Sobral, Isaac Soares, Joana Gonçalves, João Silva, Marcello Filho, Maria Carlota Alves, Maria Eduarda Papellás, Marisol Vicente, Quevin Rios, Salvador Carrilho, Tiago Moreira, Tiago Rafael e Tomás Rafael (alunos do 6.º F do Agrupamento de Escolas do Carregado). Ilustradores: Beatriz Marques, Iara Florêncio, Joana Gonçalves, Maria Carlota Alves, Maria Eduarda Papellás, Marisol Vicente, Tiago Moreira e Tomás Rafael (alunos do 6.º F do Agrupamento de Escolas do Carregado). Coordenadora do projeto: Professora Sílvia Correia. Colaboradores: Professores do 6.º F, especialmente, a Professora Isabel Inocêncio Editora: Betweien Edições Carregado, julho de 2020


Vozes da floresta


Índice

Prefácio………………………………………………………………………………………

“A Floresta Encantada”……………………………………………………………………

“Os Amigos da Floresta da Trilha Mágica”……………………………………………

“A Lição da Árvore”……………..……………………………………………………………

“Três Amigos e um Caçador”………………………………………………………………

Agradecimentos……………………………………………………………………………


………………………………………………………………………………………Pág. 05

………………………………………………………………………………………Pág. 07

………………………………………………………………………………………Pág. 13

…………………………………………………………………………………….Pág. 17

………………………………………………………………………………………Pág. 21

………………………………………………………………………………………Pág. 23


Prefácio Nós somos os alunos do 6.º F e frequentamos a Escola Básica Integrada do Carregado, sede do Agrupamento de Escolas do Carregado, situada no concelho de Alenquer. A ideia de elaboração deste livro surgiu no contexto do Projeto de Flexibilidade e Autonomia Curricular da turma, que tem como tema “A Natureza” e como subtema “Floresta: conhecer para preservar/semear no presente para colher no futuro”, e foi concretizada no âmbito da disciplina de Educação para o Empreendedorismo, em especial articulação com as disciplinas de Português e Educação Visual. Na disciplina de Educação para o Empreendedorismo, dividimos a turma em quatro equipas de trabalho, para abordarmos o tema e o subtema mencionados. Cada uma das equipas, após um trabalho de pesquisa, encontrou quatro áreas problemáticas que afetam a floresta: “A Poluição”, “A Caça Ilegal”, “A Destruição de Habitats” e “A Desflorestação”. Depois, em articulação com a disciplina de Português, escrevemos quatro histórias que refletem as áreas problemáticas que trabalhámos e visam sensibilizar as pessoas para a preservação da floresta. Por fim, ilustrámos as histórias, em parceria com a disciplina de Educação Visual. Assim nasceu o livro da turma!

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Este livro destina-se a todas as pessoas, especialmente, às crianças, porque acreditamos que as crianças serão os adultos de amanhã e devem aprender, desde cedo, a respeitar a Natureza, jamais esquecendo que a floresta faz parte do nosso ecossistema e é essencial para o equilíbrio ambiental e ecológico do nosso planeta. Além da sua beleza, a floresta é o habitat de variadíssimas espécies de seres vivos. O ritmo acelerado das atividades humanas e as agressões frequentes aos espaços florestais conduzem à sua degradação e destruição, pondo em risco a sobrevivência de todos os que deles dependem. Podemos e devemos preservar a floresta, tendo consciência de que é necessária à nossa sobrevivência, de que traz benefícios para os seres humanos, para uma imensa multidão de seres vivos e para o ambiente em geral. Aprendemos que preservar a floresta é proteger e garantir a qualidade de vida, é salvaguardar o futuro de todos nós!

Texto coletivo do 6.º F

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“A Floresta Encantada” Certo dia, depois das aulas, Chico saiu da escola, mas estava tão distraído a jogar no seu telemóvel novo, que tinha recebido recentemente pelo seu aniversário, que se perdeu no caminho para casa. Sem se aperceber, Chico entrou num portal mágico que ia dar à Floresta Encantada, no Reino da Fantasia, onde só as crianças de coração puro podiam entrar. Chico era um menino muito bondoso e tinha um coração cheio de amor e de generosidade. Ele gostava de ajudar os amigos e, quando havia problemas na turma, era quem ajudava a resolvê-los, por isso, tinha sido eleito o Delegado de Turma. Chico era também o melhor aluno das aulas de Ciências Naturais e sabia todas as regras para melhorar o planeta Terra. Mas Chico estava perdido e assustado! Caminhando pelos montes verdes, observou a beleza das árvores e ficou admirado, porque, na Floresta Encantada, não havia desflorestação. Todos os seres vivos eram amados e respeitados pelo Homem, tal como o meio ambiente e a Natureza. Chico também queria que fosse assim no planeta Terra e decidiu melhorar o seu planeta! De repente, Chico ouviu uma voz e assustou-se: - Olá, olá! Eu sou a Árvore Colorida, a árvore mais sábia de toda a floresta! Os meus ramos estão cobertos de folhas que dão alegria a todas as crianças tristes e assustadas. Não tenhas medo!!! Chico sentiu um aperto no seu coração e deu um salto, mas a árvore, para o tranquilizar, colocou na mão do menino uma pequena e brilhante folha que retirou, generosamente, de um dos seus ramos. A árvore disse-lhe:

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uarda Papellás

ação: Maria Ed Autora da ilustr

- 6.º F

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- Já está a ficar tarde! Talvez seja melhor ires já para a tua casa! De certeza que os teus pais estão preocupados contigo! - Mas eu não sei o caminho!!!- disse o menino assustado e com uma lágrima a querer sair dos seus olhos verdes. De repente, do mais alto tronco da árvore, ouviu-se a voz tímida de uma menina. Era a Menina Caramelo, que lhe disse: - Olá, Chico! Eu venho aqui todas as tardes, quando saio da escola, e já conheço todos os caminhos desta fantástica floresta. Adoro brincar com todos os animais que cá vivem, mas o mais simpático é o Ursinho Carinhoso. Dá-me a tua mão e vem comigo procurar o ursinho e assim brincaremos os três juntos! - Boa ideia! - disse Chico entusiasmado. Entretanto, ouviram-se passos, chegara o Menino Docinho, que também costumava vir brincar com a Menina Caramelo e havia dias em que até a ajudava com os trabalhos de casa. Então, Chico brincou com os seus novos amigos, jogaram às escondidas e fizeram todos os jogos que as crianças da sua idade gostam e, debaixo da sombra acolhedora da Árvore Colorida, viveram uma tarde de grande felicidade. Chico pensava que bom seria se todas as crianças pudessem conhecer aquele lugar mágico e se o Homem compreendesse a importância de proteger as árvores. No final do dia, já cansado de tanto brincar, Chico foi-se embora para casa, guiado pelos seus novos amigos. O Menino Docinho e a Menina Caramelo também regressaram às suas casas, e até o Ursinho Carinhoso procurou o conforto da sua toca feita no tronco da Árvore Colorida. Mas ficaram amigos e passaram a brincar todas as tardes à sombra daquela árvore tão especial, e prometeram guardar segredo da entrada para a Floresta Encantada, para preservá-la dos perigos da poluição e da desflorestação. Também partilharam os seus contactos e comunicavam sempre no «Instagram», no «WhatsApp» e no «TikTok». Nessa noite, Chico foi ao seu computador pesquisar sobre as causas e os problemas da desflorestação, e como poderemos evitar prejudicar assim tanto o nosso planeta Terra.

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Autora da ilustração: Maria Carlota Alves - 6.º F

Foi ao grupo da turma dizer aos seus colegas que tinham de proteger as árvores e, assim, em conjunto, decidiram organizar uma manifestação para sensibilizar as pessoas para a importância da preservação das florestas. No dia seguinte, falou com os seus professores e perguntou-lhes se o ajudavam. A professora de Português ajudou na construção do slogan e do texto para os folhetos escritos e virtuais, a professora de Educação Visual deu muitas ideias para a construção dos cartazes, a professora de Educação Musical preparou uma música espe-

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cialmente para eles cantarem na manifestação e, ainda, o professor de Educação Física ajudou-os com as coreografias. No dia da manifestação, todos os alunos da escola quiseram participar e vestiram-se com roupa verde, para simbolizar a Natureza e a importância de lutar contra o abate excessivo das árvores em todo o planeta Terra. Os pais chamaram a TVI, a SIC, o Canal 1 e até a CMTV, para que, em Portugal, todos os meninos de todas as escolas tivessem vontade de ajudar na consciencialização e na luta contra a desflorestação. O presidente da Câmara prometeu oferecer um camião cheio de pequenas árvores para plantar na vila onde viviam e na serra mais próxima, e todos os habitantes quiseram ajudar na plantação agarrando nas pás e nas enxadas. Foi uma ação tão fantástica, que até a BBC fez um documentário sobre a desflorestação e, depois, Chico foi convidado para organizar um projeto de plantação de árvores na Amazónia. Ficou conhecido em toda a Terra como o «Amigo da Floresta». E assim foi! Hoje, passados vários anos, o menino tornou-se homem e é ele que, todas as tardes, leva os seus filhos para brincarem à sombra da Árvore Colorida, na Floresta Encantada. Os seus amigos especiais, o Menino Docinho, o Ursinho Carinhoso e a Menina Caramelo, também aparecem todas as tardes e, no fundo dos seus corações, sentem uma enorme admiração por tudo o que ele fez em criança para melhorar o nosso planeta Terra, mas também se sentem muito felizes, porque Chico cresceu e continua com o coração puro! Todos podemos fazer o mundo melhorar, com pequenas ou grandes ações. O importante é acreditarmos na importância de respeitar a Natureza: «Não à Desflorestação!!!»

Texto redigido pelos alunos do 6.º F: Maria Carlota Alves, Maria Eduarda Papellás, Isaac Soares, Guilherme Espanhol e Marcello Filho.

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“Os Amigos da Floresta da Trilha Mágica” Era uma vez três crianças chamadas Luís, Maria e Leonor. Certo dia, foram à Floresta da Trilha Mágica, para fazer uma corrida de orientação. A floresta era um pouco escura, mas tinha uma grande variedade de árvores, de flores e de animais. Também tinha uma zona de acampamento muito divertida, que foi de onde as três crianças partiram, para realizar a sua corrida. De mapa na mão, as crianças iniciaram o percurso. O Luís era rápido, a Maria era muito inteligente e adivinhava todos os enigmas e a Leonor era boa a descobrir todos os caminhos. Quando as três crianças estavam na trilha para chegar ao primeiro ponto, apareceu um papagaio que foi ter com elas. O papagaio era colorido, tinha um ar muito divertido e… falava! Depois de se apresentar, dizendo que se chamava Dinis, o papagaio, ficando agora com uma expressão triste e preocupada, contou-lhes que havia um lenhador, que se chamava Diogo e estava a ser obrigado pela sua empresa, chamada Cortavorex, a abater, sem regras, uma grande quantidade de árvores, e que já estava quase a chegar ao local onde ele morava. As três crianças ouviram o papagaio Dinis com muita atenção, compreenderam a gravidade da situação e foram a correr para o sítio onde ele morava. Quando chegaram ao local, encontraram o lenhador e perguntaram-lhe: - O que está aqui a fazer? – perguntou o Luís. - Eu estou aqui, porque a empresa onde trabalho, a Cortarvorex, obrigou-me a cortar estas árvores todas, para eles ganharem muito dinheiro. - respondeu o lenhador.

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ente ação: Marisol Vic Autora da ilustr

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Autor da ilustração: Tiago Moreira - 6.º F

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- Porque é que não recusou essa tarefa? - perguntou a Maria. - Eu, ao princípio, recusei, mas eles ameaçaram despedir-me! Eu gosto bastante da Natureza, mas tenho uma família para sustentar… As crianças, depois de terem ouvido o lenhador, decidiram ir pedir ajuda. Interromperam a corrida de orientação, pois tinham uma missão importante para cumprir, e foram para as suas casas. Falaram com os seus pais e estes apresentaram queixa na polícia. O lenhador ganhou coragem e acompanhou-os, estando disposto a testemunhar e a colaborar na defesa da floresta. A polícia investigou a empresa Cortarvorex e encontrou muitas irregularidades. Os donos da empresa tiveram que ir a tribunal, tendo ficado decidido que a empresa passaria a ser gerida pelo lenhador. O lenhador mudou o nome da empresa e esta passou a chamar-se Plantarvorex. Desde então, ele passou a proteger a Natureza, a salvaguardar o habitat dos animais que viviam na Floresta da Trilha Mágica e a plantar mais árvores. Quem ficou muito feliz com esta mudança foi o papagaio Dinis, afinal, conseguiu preservar a sua casa, o seu lar. As crianças, o papagaio Dinis e o lenhador passaram a encontrar-se com regularidade, pois tinha nascido uma grande amizade entre eles. Todos os fins de semana, iam plantar árvores juntos. Até já tinham um lema: «Protege a floresta, planta árvores e cuida do habitat dos animais!»

Texto redigido pelos alunos do 6.º F: Beatriz Marques, Dinis Karpov, Igor Sobral, Marisol Vicente, Quevin Rios e Tiago Moreira.

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“A Lição da Árvore” Numa tarde de outono, o Afonso, um rapaz de cabelo castanho-chocolate, olhos azuis e de estatura média, fez uma festa, porque era o seu aniversário. A festa foi feita numa quinta, que tinha várias atividades, tais como: passeios a cavalo, «peddy-paper» e outras atividades ao ar livre. O Afonso convidou toda a gente que ele conhecia, mas não apareceu ninguém. Como não apareceu ninguém, ele sentiu uma grande fúria e destruiu tudo o que estava na festa. Infelizmente, o Afonso estava habituado a destruir e ia, frequentemente, às matas poluir e, por isso, ele era conhecido por Afonso Poluidor. Deitava o lixo do lanche para o chão. Havia pacotes de sumo, palhinhas e sacos de plástico espalhados por todo o lado. A verdade é que ele era um rapaz muito revoltado, porque, quando tinha cinco anos, o seu pai, um lenhador, morreu, porque lhe tinha caído um tronco de árvore na cabeça. Desde então, ele irritava-se com facilidade e tinha vontade de destruir e de poluir tudo ao seu redor. Entretanto, três escuteiros, que por ali passavam, viram tamanha confusão e pararam junto do Afonso Poluidor. Primeiro, apresentaram-se, dizendo que se chamavam Joana, João e Jeremias. Depois, com grande espanto, exclamaram: - O que passou aqui?!?! O Afonso Poluidor respondeu que tinha sido ele a causar aquela confusão. Os três escuteiros tentaram conversar com ele sobre o assunto, porém, nada conseguiram, pois o Afonso Poluidor estava muito irritado, como sempre.

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cio - 6.º F ação: Iara Florên Autora da ilustr

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Autor da ilustração: Tomás Rafael - 6.º F

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De repente, uma árvore que estava lá a ouvir tudo, decidiu intervir, para aliviar o ambiente. Esta era uma árvore especial, pois conseguia falar a língua dos homens. Ela começou a falar, com uma voz doce e firme, conseguindo a atenção de todos, especialmente, do Afonso Poluidor, que ficou surpreendido com o que estava a acontecer. A árvore deu-lhe uma lição que falava do problema da poluição e da importância de se preservar as árvores, porque sem elas não se conseguiria viver. Também lhe dirigiu palavras de conforto que o ajudaram a lidar melhor com a morte do seu pai, declarando que este ficaria muito orgulhoso se ele crescesse a respeitar a Natureza. O Afonso Poluidor ficou muito comovido com as palavras da árvore, percebendo a mensagem de vida que ela lhe queria transmitir. Então, acalmou o seu coração, nunca mais voltou a poluir e passou a proteger a Natureza. Também ganhou três amigos, os escuteiros, e de vez em quando ia acampar com eles e faziam, em conjunto, a limpeza das matas. A partir daí, o Afonso ficou a ser conhecido como o Afonso Reciclador, pois aprendeu a produzir menos lixo, a separá-lo e, sobretudo, a reciclar.

Texto redigido pelos alunos do 6.º F: Tiago Rafael, Iara Florêncio, Tomás Rafael, Eduardo Silva, Érica Araújo e Bogdana Gravrylenko.

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“Três Amigos e um Caçador” Num dia muito bonito, três amigos, o Johnny, a Melissa e a Ilse, decidiram ir passear para uma floresta, que ficava na região onde viviam. O Johnny era um rapazinho pequeno e muito curioso, a Melissa era uma menina muito alta, de olhos verdes e de cabelo castanho, e a Ilse era baixa e muito esperta. Eles tinham algo em comum: o amor pela Natureza! Nesse dia, os três amigos foram passear para a floresta, que era muito linda, cheia de cor e de pássaros. Aproveitaram para brincar uns com os outros, apreciando a beleza daquele espaço. Entretanto, eles encontraram um caçador, que tinha apanhado um filhote de lince que estava perdido. Os três amigos tentaram impedir o caçador de abater o pobre animal, mas o homem gritou-lhes: - Saiam daqui! Este é o meu trabalho! Vocês não me vão fazer desistir do lince, pois ele vale mais do que vocês imaginam. - Nós sabemos que ele vale muito, por isso é que não pode abater uma espécie em vias de extinção. – disse o Johnny. - Já percebi a vossa mensagem, crianças, mas este é o meu trabalho e eu não posso fazer nada. Vão-se lá embora! – respondeu o caçador. - Nas aulas de Ciências Naturais, aprendemos que o lince é uma das espécies mais ameaçadas do mundo e o carnívoro em maior perigo na Europa. Por favor, liberte o animal! – apelou a Ilse. - Olhe para o lince, por favor, veja como está assustado! Ele só quer ir para junto da sua família! - acrescentou a Melissa. - Nós conhecemos um caçador que fez o que o senhor está prestes a fazer, foi denunciado às autoridades e agora está preso.

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Quer que isso lhe aconteça? Quer ficar longe da sua família? – interrogou o Johnny. O caçador ficou calado por uns instantes, a olhar para aquele pobre lince que gemia de medo. Também pensou na sua família, nas consequências do seu ato… Olhou para as três crianças e disse: - Têm razão, crianças, não posso fazer isto…Eu sei que não está correto e é ilegal. Não posso desiludir a minha família…Não posso continuar a fazer mal aos animais… Depois destas palavras, o caçador libertou o lince, agradeceu às crianças, prometeu-lhes que não voltaria a fazer o mesmo e foi-se embora. As três crianças ficaram radiantes por terem conseguido transmitir ao caçador o seu amor pela Natureza e pelos animais. Continuaram a brincar na floresta e, ao fim da tarde, regressaram às suas casas. Quem também regressou ao seu lar foi o pequeno lince, que se deixou guiar pelo seu instinto.

Texto redigido pelos alunos do 6.º F: Guilherme Silveira, Beatriz Pinheiro, João Silva, Joana Gonçalves, Bruno Borrego e Salvador Carrilho.

Autor da ilustração: Joana Gonç

alves. - 6.º F

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Agradecimentos

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Agradecemos a todos os Professores da Turma F do 6.º ano, do Agrupamento de Escolas do Carregado, que direta ou indiretamente colaboraram neste projeto. Queremos fazer um agradecimento muito especial à nossa Diretora de Turma, que é também a nossa Professora de Português, de Cidadania e Desenvolvimento e de Educação para o Empreendedorismo, Sílvia Correia, que coordenou todo este projeto e nos acompanhou no processo de construção das histórias, e à nossa Professora de Educação Visual e Tecnológica, Isabel Inocêncio, que nos orientou na criação das ilustrações. Também queremos agradecer a todas as Técnicas da Betweien que nos acompanharam nesta caminhada empreendedora e à Gestora Catarina Constantino que tornou possível a publicação deste livro em formato digital.

Texto coletivo do 6.º F

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