Os TVGAS - V Séculos de Camões a Piçarra

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OS

TVGAS V Séculos de

Camões a PiçarRa

x cantos ( do mundo)



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ÍiNDICE

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OS LUSIADAS ¸ APRESENTACAO

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18

BIOGRAFIA DIOGO PIÇc¸ ARRA

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OS TVGAS ¸ APRESENTAcaO

MAPA MUNDO ROTA DE VASCO DA GAMA ¸ E DIOGO PICARRA

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PASSAPORTE CIENTISTA - CANADA

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CANTO I

BIOGRAFIA LUIS VAZ DE CAMOEs `

NOTA DE AUTOR

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Estâncias do Canto I Poema do Diogo Piçarra

38

CANTO II


40 46

PASSAPORTE HOSPEDEIRo DE BORDO CABO VERDE

CANTO III

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CANTO VI

Estâncias do Canto V Poema do Diogo Piçarra

88

PASSAPORTE ¸ FUTEBOLISTA - FRANCA Estâncias do Canto VIII Poema do Diogo Piçarra

72

PASSAPORTE HOMEM DE NEGOCIOS Macau `

PASSAPORTE PROFESSORA - TIMOR

PASSAPORTE ATOR - BRASIL

Estâncias do Canto III Poema do Diogo Piçarra

Estâncias do Canto II Poema do Diogo Piçarra

64

48

Estâncias do Canto VI Poema do Diogo Piçarra

94

CANTO IX

96

PASSAPORTE EMPREGADA DE ¸ ¸ RESTAURACAO - SUICA Estâncias do Canto IX Poema do Diogo Piçarra


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PASSAPORTE ¸ MEÉDICA - MOCAMBIQUE

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CANTO IV

56

62

CANTO V

Estâncias do Canto IV Poema do Diogo Piçarra

78

PASSAPORTE MÚUSICO - REINO UNIDO `

CANTO VII

80

Estâncias do Canto VII Poema do Diogo Piçarra

102 104 CANTO X

PASSAPORTE ¸ DIOGO PICARRA - PORTUGAL

Estâncias do Canto x Poema do Diogo Piçarra

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CANTO VIIi


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os lusiadas


Os Lusíadas, o poema épico de Portugal, editado em 1572 e escrito pelo nome maior da Literatura Portuguesa, Luís Vaz de Camões, evoca, em dez Cantos, o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, protagonizado pelo navegador português Vasco da Gama. Camões engendrou um enredo mitológico, onde os deuses influenciam a evolução da ação, ora se opondo à investida de Vasco da Gama ora favorecendo-a e protegendo-a. Paralelamente, são narradas ao Rei de Melinde as glórias lusitanas, numa síntese da História de Portugal. Inês de Castro, D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira e muitos outros compõem o quadro de exaltação dos portugueses. No início e no fim de cada canto, Camões reservou um espaço para expor algumas considerações, onde partilha opiniões, reflexões e críticas. Na sua estrutura interna, a narrativa apresenta as características de uma epopeia clássica, cujos principais aspetos são: proposição (apresentação da matéria do poema), invocação (pedido de inspiração às musas e outras divindades míticas protetoras das artes, no caso d’Os Lusíadas, este pedido é endereçado à ninfas do Tejo), dedicatória (consagração do poema a alguém, sendo que Camões dedica a obra a D. Sebastião) e narração (a narração é feita por ordem cronológica dos acontecimentos, mas começa já no decurso dos acontecimentos – in media res – sendo a parte inicial narrada posteriormente, em retrospetiva). A forte presença de mitologia greco-latina, com heróis mitológicos a contracenar com heróis humanos, é também uma das características deste género narrativo.

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canto

Ii


O Rei de Mombaça convida a armada portuguesa a entrar no porto, para, influenciado por Baco, lhes armar uma emboscada. No entanto, Vasco da Gama, por medida de segurança, envia dois condenados a terra, encarregados por ele de obterem informações. A armada portuguesa, sob proteção divina, escapa à cilada de Mombaça, seguindo, depois, para Melinde, onde recebe a visita do Rei.

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silvia mourao


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ESTANCIAS DO CANTO V

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«Porém já cinco Sóis eram passados

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«Tão temerosa vinha e carregada,

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Que dali nos partíramos, cortando Os mares nunca d’ outrem navegados, Prosperamente os ventos assoprando, Quando ua noute, estando descuidados Na cortadora proa vigiando, Ua nuvem que os ares escurece, Sobre nossas cabeças aparece.

Que pôs nos corações um grande medo; Bramindo, o negro mar de longe brada, Como se desse em vão nalgum rochedo. – «Ó Potestade (disse) sublimada: Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?»

«Tão grande era de membros, que bem posso Certificar-te que este era o segundo De Rodes estranhíssimo Colosso, Que um dos sete milagres foi do mundo. Cum tom de voz nos fala, horrendo e grosso, Que pareceu sair do mar profundo. Arrepiam-se as carnes e o cabelo, A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!


¸ POEMA DO DIOGO PICARRA

Porém já cinco anos tinham passado Desde que do seu país havia partido, Nunca antes sentira uma saudade Que lhe parecesse tanto como um castigo. De repente vê um mundo desfragmentado E tudo voltava a fazer sentido: Esta professora que aos ventos agradecia, Por saber que estava onde pertencia. Vinha sem medo e carregada, De livros colados ao seu peito; Sorrindo, como uma mãe babada, Para um grupo de crianças perfeito. -“Atenção” (disse) determinada, Naquele seu já conhecido jeito, “Vocês são a casa quando me perco, Pedaço de água do meu deserto.” Tão grande era de coração, que bem podia Faltar-lhe tudo o que precisava, Desde o céu português que a conhecia, Até à sua nobre família que a amava. Por vezes o sentimento se invadia, Como um mostrengo que se apoderava: Mas não há português que se atormente Quando faz o que o coração sente.

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REESCREVE O POEMA

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“Os Tvgas” é o nome da segunda obra da “Coleção Reinventar por Diogo PiçarRa”, editada pela Betweien e asSinada pelo músico Diogo PiçarRa. No livro, que integra um projeto pedagógico mais alargado, o leitor ingresSará numa viagem íntima do autor pela obra camoniana “Os Lusíadas”. Os cinco séculos que separam PiçarRa de Camões foram o mote para a investida do autor numa odisSeia por mares e continentes, desta feita, não para desbravar novos mundos, mas para descobrir, conhecer e dar a conhecer portugueses e portuguesas que partiram de Portugal. Os dez cantos de “Os Lusíadas” transformam-se, pela mão de PiçarRa, em dez cantos do globo terRestre, onde o autor desembarca para encontrar emigrantes portugueses e portuguesas, que dão cartas na ciência, no ensino, na restauração e hotelaria, no desporto, nos negócios, entre outras áreas, e sobre quem poetiza. “Os Tvgas” faz parte de um projeto homónimo que estará nas escolas, com profesSores e alunos, não apenas para a apresentação e debate sobre o livro, mas também para asSistir à dramatização da obra, uma adaptação ao teatro do conteúdo do livro, e à performance musical dos temas que o autor e músico compôs para o projeto. “Os Tvgas” é um registo despretensioso, inspirado por aquela que é considerada uma das obras literárias portuguesas mais conhecidas em todo mundo. Estudar “Os Lusíadas” é um desafio exigente, é preciso amar “Os Lusíadas” para que o desafio seja enfrentado com o sentimento de orgulho e de pertença à nação lusitana. Acompanhar-te e ajudar-te neste procesSo é o propósito de Diogo PiçarRa.


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