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4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

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PRÁTICA DOCENTE

PRÁTICA DOCENTE

A pedra parte de algum lugar, e se move, com a consistência permitida pelas circunstâncias, para um lugar e um estado em que ficará em repouso – em direção a um fim. Acrescentemos a esses dados externos, à guisa da imaginação, a ideia de que a pedra anseia pelo resultado final; de que se interessa pelas coisas que encontra no caminho; [...] e de que a chegada final ao repouso se relaciona com tudo o que veio antes, como a culminação de um movimento contínuo. Nesse caso, a pedra teria uma experiência, e uma experiência com qualidade estética (2010, p. 115-116).

A força e a importância da experiência para a idealização de processos de ensinoaprendizagem, me tem proporcionado um estímulo para a carreira docente que eu ainda não tinha sentido. Quando o conhecimento e as vivências anteriores, tornam possível observar o contexto da prática docente e contribuem para a percepção do arco de ações, questões e problemas ou dúvidas pelas quais já passamos, o trabalho de solucioná-los se torna fluido, alimentado pelos aprendizados de outrora.

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Considerações Finais

Durante a escrita deste trabalho, abordei a minha vivência como atriz e figurinista na criação coletiva do meu espetáculo de TCC de Bacharelado em Teatro, Grêmio Lixuoso Acadêmicos do Não me Calo, realizado no ano de 2016, e minha experiência como bolsista da PROEX, na função de preparadora corporal do Núcleo de Música Coral da UFMG durante 2 anos. Com isso, quis traduzir a minha função como atriz-docente, exercida durante esses anos e retratar como as minhas experiências anteriores me conduziram a este lugar.

A opção metodológica para conduzir minha regência no NMC foi os jogos teatrais, rítmica corporal e exercícios isométricos, pois foram eles que me abriram o caminho de entrosamento com o grupo e, também, me ajudaram a resolver questões e dificuldades pessoais, minhas e dos participantes. Isso porque, durante o meu processo de graduação essas foram as formas como aprendi a resolver situações em criações artísticas.

A abordagem do conceito de experiência, feita através do livro Arte como experiência de John Dewey, foi essencial para a construção deste trabalho, porque me deu suporte para organizar minhas vivências e relatos de situações experimentadas no decorrer da

Licenciatura, no espetáculo de TCC e no Núcleo. Cada experiência analisada constitui hoje a docente em que me tornei, que observa, dialoga e que vê nos seus alunos e alunas um reflexo dos seus aprendizados de outrora.

Acredito que só o fazer e refazer, o franco fazer de Dewey, proporciona a excelência em nossas tarefas. Quando se trata de ensinar, cada novo encontro é uma experiência, pois lidamos com pessoas e isso se reflete diretamente no processo de ensino e aprendizado. O franco fazer permite compreender o ambiente, o grupo e o momento com os quais estou lidando, e são eles quem realmente guiam meu fazer docente.

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