Diego de Paula Antunes - Boas práticas para a construção de rigs para personagens humanóides...

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- Após verificar a gama de movimentos requiridos do personagem e a robustez de sua geometria é extremamente vantajoso buscar referências desses movimentos na vida real. Isso pode ser feito com sucesso através de filmagens de um ator, possivelmente o próprio rigger, executando as ações requeridas. Essas filmagens podem ser analisadas quadro a quadro para se compreender a mecânica dos movimentos em questão e se definir exatamente como criar os controles necessários. Por exemplo: o simples ato apoiar os cotovelos numa mesa requer, para o animador, que esses possam se manter fixos enquanto a mão e o ombro conectados se movimentam. Para isso é necessário um sistema de cinemática inversa pivotado no próprio cotovelo. Essa configuração não é comumente antecipada e muitas vezes se mostra necessária ao longo da produção de uma animação. 2.2 Criação consciente do esqueleto Em animação 3D digital, quase todo rig possui um esqueleto, até mesmo se tratando de algo como um automóvel ou uma chaleira falante. Ele é útil para se organizar de forma hierárquica as regiões de deformação de um rig. No caso de um rig humanoide, o esqueleto criado é bastante similar ao que descreve a anatomia humana. Entretanto, as necessidades de se criar um esqueleto num rig diferem das razões da vida real, pois um modelo tridimensional não precisa da sustentação que o esqueleto humano oferece. No processo de rigging, "em vez de tentar simular a estrutura do esqueleto humano, o diretor técnico tenta simular a variedade de movimentos." (RITCHIE; CALLERY; BIRI, p. 6, tradução nossa). Sendo assim, a quantidade de articulações é definida durante a pré-produção do rig e varia de acordo com as necessidades e design de cada personagem. De forma geral, em um rig humanoide a root joint (articulação raiz) é criada na região do pélvis, ou base da espinha dorsal, pois para os fins práticos é vantajoso ter o ponto primordial da hierarquia na base da coluna e próximo ao quadril e ao centro de gravidade do personagem. Isso porque permite definir um ponto inicial para a hierarquia do tronco e das pernas simultaneamente. Além disso facilita, por exemplo, centralizar corretamente a rotação do personagem no ar.


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2.8 O conceito de Driven Keys e o exemplo de sua aplicação

9min
pages 42-47

2.7 A necessidade de isolar a rotação de partes do corpo

1min
page 41

2.6 O IK-FK switch

3min
pages 39-40

2.5.1 Diferenças na interface de conexões de atributos

1min
page 38

2.5 Os Custom Attributes

3min
pages 36-37

2.4 Conexões diretas entre atributos

1min
page 35

2 Estratégias para a produção de um rig humanoide

2min
pages 25-26

2.3 A criação de pole vector constraints sem desalinhamento do rig

3min
pages 33-34

1.11 Deformação da malha e o conceito de Skinning

1min
page 24

2.2 Criação consciente do esqueleto

8min
pages 27-32

1.8 Cinemática Direta e Inversa, ou FK e IK

3min
pages 18-19

1.10 Objetos controle

5min
pages 21-23

1.9 O Pole Vector constraint ou IK Target

1min
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1.7 Joints e Bones

1min
page 17

1.4 Objetos “vazios”: nulls, helpers, locators e empties

1min
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1.3 Hierarquia entre objetos, espaço global e espaço local

1min
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1.6 Constraints

1min
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1.2 O espaço tridimensional e seus objetos

1min
page 12

1 Conceitos do universo 3D fundamentais ao rigging

1min
page 10

1.1 O paradigma da orientação a objetos aplicado à técnica 3D digital

1min
page 11

Introdução

4min
pages 7-9

1.5 O conceito de Offset

1min
page 15
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