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5.4. Quarto núcleo: A instalação “sobre o tempo”
from Paulo Henrique de Oliveira - PRINCÍPIOS DO TEATRO PÓS-DRAMÁTICO COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
by Biblio Belas
Foto 14: Espaço “brincante”
5.4. Quarto núcleo: A instalação “sobre o tempo”
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Para a última intervenção na escola, o núcleo propôs uma instalação audiovisual, fazendo com que o diálogo entre o teatro e as artes visuais, mais uma vez, se reforçasse e se reafirmasse. Esse diálogo, direta ou indiretamente, sempre perpassou os trabalhos, fazendo com que o tema, a discussão que queríamos propor e a forma de estabelecer essa interação com o público fossem discutidos de forma ampla, por isso que cada núcleo teve autonomia para propor o tema na linguagem que quisesse. Então, para finalizarmos esse trabalho, trouxemos referências da caixa de memórias, com a ideia de que essa instalação começasse com a infância como ambientação, passasse pela fase
adulta e terminasse na terceira idade, sempre com referências visuais como fotos, brinquedos, objetos cênicos que retratassem cada etapa da vida, além do som de um tique taque de relógio como ambientação sonora.
Para começar o percurso, o espectador deveria tomar um leite achocolatado no início e entrar engatinhando na instalação, lá ele tinha contato com a infância, com fotos dos alunos, brinquedos e roupinhas de neném. Em seguida, no meio do percurso, ele se deparava com fotos de adolescentes, cadernos, livros, fones de ouvido e outros objetos que remetiam à juventude. Depois, havia uma área com espelho, escrivaninha, uma mesa com garrafa de vinho, copos e também um quadro com fotos de adultos. E para finalizar, fotos de idosos, animais de porcelana, uma bengala, pantufas e uma lã de fazer crochê. Durante todo o percurso, desde a infância até a fase da terceira idade, o ambiente estava repleto de relógios pendurados e espalhados juntos aos objetos. E para que o público pudesse sair, ele tinha que abaixar, pois tinha uma cortina que descia e o fazia ficar encolhido, para não só trabalhar o engatinhar de um neném, mas também o encolher de um idoso, trazendo para o corpo algo que eles estavam vendo nas imagens e objetos.
Uma preocupação dessa instalação foi a sutileza do percurso, desde o achocolatado com o engatinhar, a trilha sonora ao fundo e a forma com que os objetos estavam dispostos no espaço. Todos esses elementos foram discutidos e pensados a fim de propor um diálogo sobre o tempo com o público.
Convidamos todos da escola para adentrar na instalação, fazendo rodizio dos alunos que deveriam recepcionar o público, cuidar da entrada e saída desses, e os liberar para entrar na instalação aos poucos, fazendo um controle das pessoas que estavam visitando e pegando o nome de todos.
Além de Mônica e eu trabalharmos com os alunos a forma que eles deveriam recepcionar o público, explicando o caráter da instalação, também propomos a eles que alguém ficasse dentro da instalação se maquiando e ao mesmo tempo cuidando dos objetos que tinham no espaço. Essa preocupação em ter alguém dentro da instalação cuidando do espaço, surgiu por causa da quantidade de objetos de valor pessoal que estavam dispostos na instalação. Grande parte dos alunos, funcionários e professores da escola visitaram o ambiente, alguns até por mais de uma vez, relatando terem gostado bastante do que viram.
Os alunos da 7 A relataram estar bastante satisfeitos com a recepção do público devido a quantidade de pessoas que visitaram a instalação mais de uma vez. Todos que participaram dessa instalação estiveram presentes trabalhando por vontade própria e propondo diferentes interações com o público. Abaixo segue transcrito um relato de um dos estudantes proponente do núcleo:
Emanuel:
“Esse ano a instalação foi um sucesso as pessoas gostaram muito do que viram lá dentro, as fases da vida e muitos alunos falaram comigo que na hora viu lembrança na sua cabeça.”
Fotos 15, 16, 17, 18,19, 20, 21 e 22: Instalação “Sobre o Tempo”
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Foto 16: Fila de alunos para entrar na instalação
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Fotos 18, 19, 20, 21 e 22: Dentro da instalação
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