No Problem Se você anda angustiado Com alguma tristeza do passado Se alguém te deixa chateado Com aquele astral mal humorado Nunca seja afetado Muito cuidado ao seu estado Pra evitar ser abalado E pra que tudo seja transformado Crie espaços de paz Com o slogan que diz no problem Atenção na intenção Com pureza em cada ação Se a mente muda o mundo muda Cante junto essa canção
Música do Grupo Viratrupe (formado por alunos e professores da Brahma Kumaris Br asil) Clique no ícone a cima para ouvir a música
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CARTA AO LEITOR *
e Paz!
Saudações d
brete, e por m le m u e u q , nada mais é e in L m te de que O re b a d m o le ã iç m d U e s! Esta éis lembrete p a p s to n ta mental de de s o o ã m iç a d s n u o c o s a is lha entre um o c s e de que se rá te te re b re m p le m e m s U você entusiasmo. e o im n â e d imo vai precia n â m s u e e d o e d im o n ã â s sair da condiç ja e s e de pensar, d a ir te e n n e a lm m a a u re s você mudanças na e s com a te s o ã ju ç a la s n re u a lg u a s r a sar faze e também n ir g a r, e lh o c s rete de que e b r, m la le a f m r, u a é rg e enx dição também e ta s a delas. E . m u te n é e o m ã ç a a ri it p d sua pró e que a me o ã ç lu o s a o b a seu intelecto m e u te n re e p m m a e ri s há meditação dia a r a c ti ra p e Lembre-se d o desânimo. d a im c a rá a o se, cada arv e re s b a s m a le s rá a a h M gan Experimente! r? ta n rmação e e fo m s ri n e a p tr x e a l u s ta a Que para facilitar a ic d a m u é o siasmo como ã iç tu d n e e e ta s o e d im o n tig a adotar o â lo á v ti ndo para n ra e e c p in s e ra a tá p s e m ê també o, o que voc tã n E . te n ta s como voar? n o e c d a e id s v u e e d c e lo u ti es aro livre?! Esq s s á p ela casa e m p u s o o d m ri o lo c o z c li t voar fe retes em Posti b m le e lh a p s estar animaE ra r! a p ra r b a c m u le d e ta s re Ba ssa ação de se e o g mmmm! jo o m id O ! rt e e o iv V d : o m u tã torne mbre-se e en le , e s re b m le e, do. Lembre-s ine Equipe Om L
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SUMÁRIO *
28. MATÉRIA DE CAPA Liberte-se do desânimo Liliani Zunino Duarte
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10. OM PRIMEIRA PALAVRA
46. OM ESTILO DE VIDA
Não adie ser feliz Ken O’Donnell
Desapegando do desânimo e reencontrando a liberdade Silvânia Teixeira
14. OM DEPOIMENTO
48. OM PENSAMENTOS
Como parei de me sentir desanimada Joana D’Arc Filetto
Seu mundo está morto ou cheio de vida? Augusto Zimbres
18. OM POESIA
52. OM DROPS DE SABEDORIA
Está vivo? Anime-se! Paulo Sergio Barros
Uma vida com mais ânimo Ken O’Donnell
22. OM TRANSFORMAÇÃO
54. OM COMIDA PURA
Ação e construção de um bom futuro Katia Roel
Ânimo ao forno com pitadas de fé Ana Paula Paixão
34. OM ATITUDE
56. OM ÚLTIMA PALAVRA
Yoga: fonte de felicidade e força Patrícia Carvalho
Progresso espiritual Dadi Janki
38. OM INSPIRAÇÃO
58. MEDITAÇÕES OM LINE
O poder do ritmo Goreth Dunningham
Tornar-se inteiro Luciana Ferraz
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ESPAÇO DO LEITOR *
OM SHANTI!
EXPEDIENTE Editora: Goreth Dunningham Design e diagramação: Felipe Arcoverde Revisão: Valéria Ferreira Amores Site: Ricardo Skaf Mídias Socias: Naiara Rios Colaboração: Samanta Brandão Ilustrações: Freepik.com
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LIVE OM LINE *
As lives da Om line acontecem todos os sábados às 17h, direto pelo instagram @omlinebrahmakumaris
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Aprendendo a voar: abra suas asas
Tempo, nosso companheiro
Comida com consciência
Liliani Zunino Duarte praticante e professora de meditação Raja Yoga desde 1995, editora do Boletim Ponto a Ponto e membro da coordenação do Programa de Qualidade de Vida da BK.
Paulo Ségio Barros educador, escritor e professor da Brahma Kumaris em Fortaleza-CE.
Ana Paula Paixão designer, coordenadora do grupo jovem da BK no Nordeste, professora de meditação Raja Yoga e encantada com a natureza.
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OM PRIMEIRA PALAVRA * por Ken O’Donnell
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Uma das principais razões pelas quais muitas vezes ficamos desanimados, é porque não reconhecemos as coisas que já temos das quais poderíamos obter satisfação enquanto continuamos a planejar uma felicidade futura que nunca chega. Passamos nosso dia de trabalho e planejamos ser felizes à noite. Passamos nossa semana de trabalho e planejamos ser felizes no final de semana. Passamos o ano e planejamos ser felizes em nossas férias. Passamos por nossa vida profissional e planejamos ser felizes quando estivermos aposentados. Passamos por nossa aposentadoria e planejamos ser felizes quando? A história a seguir ilustra isso muito bem Uma pessoa muito pobre ouviu dizer que a princesa de seu país estava à procura de marido. O rei estava ficando mais velho e desespera-
do por um herdeiro. O camponês pensou em tentar, mas quando conseguiu ir ao palácio encontrou muitos outros concorrentes. Na noite anterior à competição, ele estava comendo uma simples refeição em uma pousada. O proprietário perguntou por que ele estava tão infeliz. O camponês lhe disse que estava preocupado com a competição que iria acontecer no dia seguinte. Ele disse que depois disso, ele poderia relaxar e ser mais feliz. Após várias provas difíceis, ele foi vitorioso e houve muitas comemorações. No dia seguinte, a princesa lhe perguntou por que ele parecia preocupado, já que ele havia acabado de ganhar a mão dela em casamento. Ele lhe disse que não havia caído a ficha deste novo arranjo e que após alguns dias ele seria capaz de relaxar e se sentir feliz. Depois de algum tempo, a princesa lhe disse que ele parecia edição 12 / ano 03
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OM PRIMEIRA PALAVRA * por Ken O’Donnell
preocupado. Ele respondeu que havia tantas coisas para consertar no reino, que ele não seria capaz de fazê-lo enquanto o rei estivesse vivo. Somente então ele seria capaz de relaxar e ser feliz. Depois de alguns meses, o velho rei morreu. Ele se tornou rei. Depois de uma semana de luto, sua esposa lhe disse novamente que ele parecia preocupado. Ele respondeu que era porque havia muitos problemas na fronteira com o reino vizinho. Só quando tratasse deste assunto que ele poderia relaxar e ser feliz. Após lidar de forma bem-sucedida com a situação na fronteira, um dragão atacou o país. O novo rei lutou com bravura contra ele e o matou. Então uma praga irrompeu e ele foi capaz de contê-lo e curar seu povo. Depois houve uma seca, inundações, incêndios florestais e assim por diante. Em tudo isso ele 12
conseguiu ajudar seu povo a superar os desafios. Contudo, não estava satisfeito. Sua esposa lhe deu à luz dois lindos filhos, uma menina e um menino e ele ainda não estava satisfeito. Após uma vida de muitos altos e baixos na qual ele sempre adiava ser feliz para depois da solução de algum problema, ele finalmente se encontrou em seu próprio leito de morte. O escriba real veio vê-lo e lhe perguntou se ele tinha alguma última palavra de sabedoria para compartilhar com as próximas gerações. Ele respondeu que como sua vida foi de uma catástrofe atrás da outra, ele disse que somente na vida seguinte, ele seria capaz de relaxar e ser feliz. Temos de fazer duas coisas para sair fora do desânimo – aprender com as provas e obstáculos e apreciar o que temos de fato a nossa volta. *
PARA AJUDAR A DESENHAR ESTA TABELA EM SEU CADERNO DE ANOTAÇÕES
Contemplar as respostas na coluna B e ver como você pode deixar seu desânimo. Contemplar as respostas na coluna D e ver como você pode se tornar feliz. [A] Testes difíceis nos últimos 12 meses
[B] O que aprendi com cada um
[C] As coisas principais que compõem minha vida
[D] O que eu aprecio em cada uma
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Ken O’Donnell é praticante e professor de meditação há mais de 40 anos. É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. É Coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul.
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OM DEPOIMENTO * por Joana D´Arc Filetto
i e r a p o m Co r i t n e s e de m a d a m i n desa partilhar Quero com eitor(a) com você l ncia em uma experiê ste tema e a o ã ç a l e r
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Deixei-me de comparar e de me sentir desanimada
Há tempos sentia-me uma pessoa desanimada, sem iniciativa, comparava-me com outros que demonstravam ser mais animados em suas ações, na comunicação, em expor suas ideias... Até que um dia eu tive a realização/insight de que sou um ser vivo, animado, ou seja, aquele que dá vida a este corpo. Sou este ser que pensa, sente e age; se fosse desanimado, sem ânimo não seria capaz de fazer isso. Esta realização trouxe uma grande mudança na forma como me percebo e consequentemente em minhas ações e interações. Parei de me comparar e de me sentir desanimada; entendi que ser animado significa usar a energia dos pensamentos, sentimentos e ações para meu benefício e para o benefício da humanidade; significa permitir que esta energia flua a partir do coração, de minha natureza eterna e original. Quando sou capaz de fazer um bom uso desta energia, ela flui no seu curso, de uma maneira constante e natural e, então torno-me espontânea, alegre, entusiasmada, animada. edição 12 / ano 03
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OM DEPOIMENTO * por Joana D´Arc Filetto
Quando por uma razão ou outra, eu tento bloquear esta energia ou permito que ela seja interrompida devido às crenças, experiências do passado, falta de autorrespeito, etc, então surge o desanimo. Passo a sentir-me sem vida, sem força, sem ânimo, sem coragem, sem entusiasmo. Ao ter este reconhecimento de que sou o ser vivo consciente, que estou no centro de minha vida e relacionamentos, que tenho a ca-
a assumo lidade abi respons vidade no de criar vida ha em min
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pacidade de fazer escolhas, decidir e me livrar de quaisquer amarras que me impeçam de ser livre e de tensões que me impedem de ser leve, liberto-me do desânimo e assumo a responsabilidade de criar novidade em minha vida, nos relacionamentos e interações, em minha rotina, diariamente. Penso também ser importante para manter o ânimo e entusiasmo, ter equilíbrio e estabilidade na vida, através da prática de exercícios fí-
manter a mente mais tranquila, calma, clara, descomplicada
sicos, meditação, ter propósito de vida claro e alimentação saudável. A prática de exercícios físicos contribui para produção de endorfinas no cérebro proporcionando a sensação de bem estar. A prática diária de meditação contribui para manter a mente mais tranquila, calma, clara, descomplicada. Ter um propósito claro favorece conectar com aquilo que é bom e valioso internamente e então doar,
o ser animad o, ativo, dinâmi co c r i a t i vo e
com o objetivo de trazer benefício para o mundo. Ter uma alimentação vegetariana devido ao princípio da não violência. Ao ter esta autopercepção redireciono o fluxo de minha energia; permito-me criar uma realidade com mais ânimo e entusiasmo. Sou o protagonista de minha vida – o ser animado, ativo, dinâmico e criativo. * Saudações de paz e felicidade
Joana D´Arc Filetto é coordenadora da Brahma Kumaris em Piracicaba-SP, pratica e ensina meditação Raja Yoga há 29 anos e atua profissionalmente como psicóloga.
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OM POESIA * por Paulo Sergio Barros
Viajar nessa procura toda de me lapidar nesse momento agora De me recriar, de me gratificar, te busco alma, eu sei. Milton Nascimento & Zé Renato - Anima 18
O ânimo e o desânimo e outras virtudes e vícios que a nossa existência nos tem legado estão guardados na anima (alma). Uns nos preenchem de encantos, apreços e esperanças; outros de ilusões e vazios. Um dos nossos dilemas é reconhecer os vazios, querer preenchê-los e saber com que preenchê-los. Encher vazios da alma é uma tarefa meticulosa, demanda tempo, trabalho de escultor que esculpe sua própria imagem tentando deixá-la perfeita. Podemos resolver a carência com muitas coisas: buscas à esmo, desejos por nome e fama, relacionamentos e outras perecibilidades que em alguns momentos nos dão a ilusão de termos eliminado o vácuo. Em vão: o vazio é nosso e temos que, paradoxalmente, preenchê-lo com algo que nos pertence: as virtudes.
Na nossa jornada não devemos negar o mundo, as pessoas, os desafios, nem mesmo os vícios (o que nos faz incompleto). Uma grande riqueza é a nossa incompletude (outro paradoxo). Precisamos mais de nós mesmos: auto-apreço, autodiálogo, silêncio contemplativo da alma, autoperdão. Precisamos também dos outros. Como cantam os iogues do Viratrupe: “Ninguém é ninguém sozinho. Precisamos uns dos outros no caminho”. Necessitamos de tudo que nos rodeia para acessarmos nossas virtudes, servir com elas. Para lapidar a anima basta estarmos vivos e querermos nos apropriar de algumas atitudes/exercícios. São muitos. Sugerimos cinco.
[01] A ROTINA Devemos fugir dela. O desânimo pode ser um pedido de mudanças na forma de pensar, agir, comunicar-se, relacionar-se, trabalhar. Se não for possível sairmos da rotina, chamemo-la por outro nome (meu novo dia, meu próximo dia, meu dia surpresa...). Podemos nos relacionar com ela a partir de outra perspectiva. Isso nos dará nova energia e expectativa a cada dia. Surpresas de fato acontecerão. Novas interações positivas com as pessoas do nosso dia a dia são impulsos criativos: falarmos de suas virtudes, propormos fazer algo novo juntos. Mudarmos nosso padrão de pensamentos e imaginação para algo que desperte alegria, aventura, coragem, calma... edição 12 / ano 03
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OM POESIA * por Paulo Sergio Barros
[02] CONTATO COM A NATUREZA É uma forma de acessar nossa natureza interior. Ambas são plenas de mistérios, belezas, alegrias.... Nós nos contemplamos ao apreciar a serenidade do mar, a liberdade dos pássaros. Encontramos respostas, resolvemos situações enquanto caminhamos no parque, em uma trilha na montanha, na areia da praia. Solvitas perambulum (resolva enquanto caminha), diziam os romanos. Cultivamos a nossa paz, generosidade e gratidão quando cuidamos de hortas, jardins, árvores, de jarros de flores ou ervas aromáticas. Quando doamos a nossa paz e amor para a flora e a fauna...
[03] A CRIATIVIDADE Todos nós temos um potencial criativo singular. Se não é usado, podemos sentir preguiça, mau humor, ver a vida de maneira monótona, sentir desânimo. A criatividade pode começar em pensar diferente sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre as circunstâncias. Podemos assumir personalidades de pintor, poeta, músico, cantor sem o objetivo de ser Dalí, Neruda, Villa-Lobos ou Elis Regina. Simplesmente sermos nós mesmos, expressando criatividade, brincando, descobrindo talentos.
[04] CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS É preciso compreendê-las. São lições da vida. Entendê-las, ajustarmo-nos a elas e aprender com seus sinais é grande sabedoria. Ajuda-nos a sermos forte, corajosos, sensatos, vitoriosos.
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[05] A ESPIRITUALIDADE Mergulhemos nela. Devemos criar tempo para ler sobre a alma, Deus, o pensamento, as ações/reações, as relações. E mais algum tempo para meditar, orar, refletir; servirmos ao semelhante, a todas as formas de vida, ao planeta com nossos bons pensamentos e atitudes. Sermos solidários, generosos e cooperativos com nossas habilidades e talentos, ajudando a quem precisa, respeitando e aprendendo com as diferenças. A espiritualidade nos anima, nos transforma e nos ensina que tudo vale a pena. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, disse o poeta Fernando Pessoa, referindo-se à coragem à determinação e à grandeza das ações. Todo empenho pessoal para lapidar a alma, por menor que seja, é grandeza.
Paulo Barros é educador, escritor e professor da Brahma Kumaris em Fortaleza-CE.
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OM TRANSFORMAÇÃO * por Katia Roel
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Estamos a todo momento tomando decisões, agindo e construindo resultados. Se reconhecemos a nossa responsabilidade sobre a nossa própria vida, reconhecemos o nosso poder de construir resultados. Portanto, entendemos que o presente foi construído por nós e, se quisermos algo melhor, precisaremos construí-lo. Temos a caneta do nosso destino em nossas mãos. Essa percepção é poderosa, porque desperta minha força de vontade. Se está nas minhas mãos, o único que pode fazer algo por mim sou eu mesmo. Na vida fazemos planos de como gostaríamos que tudo ocorresse, mas nem sempre acontece o planejado. Às vezes, alguém que sempre respeitei pode vir a me desrespeitar. Ou aquela pessoa por quem nunca fiz nada pode fazer muito por mim. Alguns em quem sempre confiei poderão me decepcionar de repente; e outros de quem nada esperei talvez me surpreendam, quem sabe? Essas são algumas evidências de que nossa história é maior do que aquela que conseguimos ver no presente. É como se tivéssemos a percepção de apenas parte de um quadro, que é bem mais amplo. Por isso nem sempre compreendemos algumas situações. Nós somos aqueles que escolhem os próprios pensamentos e as próprias decisões. Estou aqui, agora, lendo esse texto por uma opção pessoal. Ninguém me obriga. Mesmo que alguém peça que eu o leia, eu decido se quero ler ou não. Se tudo ocorresse de acordo com a vontade de Deus, o mundo seria perfeito, todas as pessoas teriam tudo de melhor. Não edição 12 / ano 03
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OM TRANSFORMAÇÃO * por Katia Roel
conheceríamos a imperfeição! Nossa saúde seria perfeita, nosso meio ambiente e nossa natureza seriam perfeitos. O que vemos na prática é que nem nossa natureza nem nossa saúde são perfeitas. Portanto, tudo o que ocorre não é a vontade de Deus, e sim nossa construção. Existe a lei de retorno, que a tudo organiza. Não é adequado pedir a Deus
que mude isso ou aquilo na nossa vida, porque o autor da nossa expressão somos nós mesmos. Algo muito importante a entender sobre as leis da vida é quem está escrevendo o que está na minha vida. Assim que eu souber quem escreve o que está na minha vida, eu saberei a quem buscar quando quiser mudar algo. Esse alguém sou eu!
ESTUDOS QUE FUNDAMENTAM A IDEIA DE QUE NÓS SOMOS OS CRIADORES DO NOSSO DESTINO
[02] Efeito pigmaleão – em outras palavras, a aposta que dá certo. Se pensarmos que alguém vai errar ou fracassar, provavelmente isso ocorrerá. Se confiarmos no potencial de uma pessoa, ela terá grande chance de ser bem-sucedida. Esse efeito tem sido estudado no campo educacional e deve seu nome ao personagem Pigmaleão, um escultor de um mito grego que, ao esculpir uma mulher que julgava perfeita, acabou apaixonado por ela. Então, a deusa Afrodite, por
[01] Efeito placebo – é uma das formas de compreender a força do pensamento e da imaginação, força que influencia resultados nos estudos de novos medicamentos.
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Existe uma prática comum entre certas pessoas de quererem saber sobre o futuro, consultar videntes, mas deveríamos usar nosso tempo e energia criando o futuro que queremos. O que nos paralisa é especialmente o que pensamos sobre nós mesmos e o que dizemos a nós mesmos.
misericórdia para com o escultor, transformou a estátua em mulher de carne e osso. O artista, assim, casou-se com ela. Esse mito aborda a lição de que somos capazes de dar vida ao que quer que acreditemos muito.
Indicação de um vídeo referente à citação acima Clique no ícone ao lado para assistir o vídeo.
Já experimentou raiva? Em uma mão, o criador da raiva; na outra, o alvo. O alvo da raiva tem a escolha de se permitir influenciar ou não. O criador não tem escolha, ele vive aquele sentimento porque ele o criou. O que crio experimento. Se crio paz, experimento paz. A energia que crio internamente irradia para as pessoas. Ao usar o WhatsApp, a energia chega antes das nossas mensagens. Se quero criar relacionamentos saudáveis, em especial o que conta em primeiro lugar é o que penso sobre eles. Se penso de forma crítica sobre alguém, esse relacionamento terminará em conflito. Os pensamentos influenciam meus sentimentos, meu corpo, as pessoas à volta, a atmosfera e o meio ambiente. O que é a energia do mundo? É a junção do que as pessoas estão criando em suas mentes. Então, edição 12 / ano 03
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OM TRANSFORMAÇÃO * por Katia Roel
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se queremos melhorar o mundo, temos de iniciar a melhoria nas mentes de todos. A energia que crio retornará a mim. Se envio amor, é o que retorna. Como as pessoas se comportam não deve comandar a minha resposta. Algo muito eficiente no nosso processo de mudança pessoal é deixar de culpar os outros, deixar de dar desculpas, deixar de delegar nossa responsabilidade a Deus e ter a coragem de ser o exemplo das mudanças que almejo para mim e para o mundo. Há algum tempo ouvi a experiência de um senhor muito bem-sucedido na vida, mas que tinha enfrentado muitas dificuldades por ter perdido os pais logo na infância. Ele até foi catador de lixo. Alguém perguntou a ele: “Você não carrega trauma da sua infância?”. Ele respondeu: “Trauma não! Carrego anticorpos! rsrsrs”. Isso mostra quão resolvi-
do ele é em não ter uma postura de vítima, mas sim a de alguém que reconhece o valor de todas as lições da vida nos possibilitando evolução. Cada expressão em pensamentos, palavras e atos deveria aumentar a energia da alma. Para isso, um pouco de atenção é necessária. *
Katia Roel é graduada em Ciências Contábeis, coordenadora da Editora Brahma Kumaris e professora de Meditação Raja Yoga em Serra Negra-SP.
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MATÉRIA DE CAPA * por Liliani Zunino Duarte
E S E T R 1 E LIB O M I N Â S E DO D Sempre me atrai este tema da liberdade, porque não esta relacionado a se ter tudo e nem a nada ter. Acredito que esta Virtude seja a que mais nos engana. Ser livre requer desapego e este sempre é antecedido por uma escolha e ela, a escolha, não se faz sem renúncia. Ninguém pode servir a dois senhores e isto começa a dar cara de contradição. Ser livre é viver o que eu sou e tenho internamente. Portanto não tem nada a ver com o que esta acontecendo fora de mim. 1 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina com 9,3% da população sofrendo deste transtorno. Podemos imaginar que o desânimo seja ainda maior e com certeza, neste período onde o empenho de cada um tem sido o de manter alguma perspectiva de uma “vida normal”, este índices aumentaram muito.
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Etimologicamente Liberdade tem origem no latim liber e no grego eleútheros com mesmo significado – “livre” e acredita-se que antes destas culturas, a raiz da palavra era “nação” e usada para designar “membro de povo-nãoescravizado”. Sendo escravidão a designação de “pessoa que é propriedade de outra”. Já desânimo tem origem no latim animus “alma, coragem, desejo, mente”, relacionado a anima, “ser vivo, espírito, coragem, disposição”, derivado do Indo-Europeu ane-, “assoprar, respirar”, acrescido de des. Fonte: ambas do site: Origemdapalavra
Para libertar-se é necessário soltar, cortar amarras e dependências. Poderíamos dizer que liberta-se do desânimo é uma ação para assumir a coragem, soltar o medo e deixar de seguir os outros. Nossa cultura e educação nos colocam alternativas que mais me parece “um perder” que um simples soltar, porque provavelmente queremos tudo, queremos os dois lados. E numa escolha, sempre soltamos uma das opções. Socialmente há um estimulo para seguirmos alguns, para nos associar ao pensamento de alguns, de acreditar nisso e viver de acordo. Essa cultura do seguir tira de nós a ação natural e pessoal de pensar e o pensamento edição 12 / ano 03
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MATÉRIA DE CAPA * por Liliani Zunino Duarte
é nosso maior recurso interno e a primeira forma de energia e o meio da alma se comunicar com a matéria, desde o seu autorreconhecimento, e do seu corpo e daqueles que são estão a sua volta até reconhecer o ambiente ondo vive. São os pensamentos que criam em nós o impulso que nos leva a ação (motivação). Quando eu uso o pensar e o pensamento do outro eu deixo de viver a minha vida e passo a viver a vida do outro, crio limites que estão fora de mim, portanto fora do meu alcance e poder. Em seu livro a menina e o pássaro encantado, Rubem Alves conta a historia do passarinho engaiolado e descreve a vida do passarinho como segura e tranquila, e continua descrevendo a vida que depende dos outros para viver como: Monótona, é verdade. Mas a monotonia é o preço que se paga pela segurança. Não há muito o que fazer dentro dos limites de uma gaiola, seja ela feita com arames de ferro ou de deveres. Os sonhos aparecem, mas logo morrem, por não haver espaço para baterem suas asas.
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Se minha motivação esta dependendo do que o outro pensa e como me alimento disso, esta na hora de viver com entusiasmo, ou seja, se deixar ser inspirado por Deus. Tornar Deus o seu Amigo, o seu Companheiro de viagem e ver sua opinião e como ele viveria com a tristeza relacionada a uma perda, por exemplo. Aceitar e entender que um evento, um fato, que já aconteceu, é passado e que o passado não pode ser mudado, é o primeiro passo para construir o futuro. Da mesma forma a recusa de aceitar um “não” é desmotivante e aciona o botão do desânimo. Então a primeira escolha deve ser: deixe que o passado seja passado! Desânimo nos leva a distorcer a realidade, as nossas perspectivas da vida e sua fonte de alimentação é o pensamento, principalmente aqueles que enfatizam a justificativa, que usamos para este estado. Assim, a segunda escolha deve ser: seja honesto com você, Deus ama o coração honesto. Deixe-se ser Amado por Deus.
Se minha motivação esta dependendo do que o outro pensa e como me alimento disso, esta na hora de viver com entusiasmo, ou seja, se deixar ser inspirado por Deus.
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MATÉRIA DE CAPA * por Liliani Zunino Duarte
Meditar é lembra quem é você e como você é e encontrar e se relacionar com seu Pai e Mãe Supremos.
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A recusa gera tristeza. Quando tentamos viver a vida do outro à partir de seguir os pensamentos e escolhas dele, somos tomados pela tristeza de deixar de viver, vivemos a morte de nossa existência, pois o único proposito de viver é se expressar e manifestar a sua essência. Por isso a terceira escolha deve ser: sou uma das contas do colar da humanidade, e por ser uma energia eterna jamais vou perder este direito. Se fizermos uma reflexão sobre porque passamos a seguir os outros, vamos encontrar uma falta de autovalorização, de autoconfiança e autorrespeito, por não conhecermos estas dimensões intimas de nós mesmos, não vemos motivos para nos admirar e amar. Na verdade, fechamos a porta da manifestação de nossa energia mais básica, o Amor. Para retomar o Amor a escolha deve ser: concentre-se no eu e medite, meditar é lembra quem é você e como você é e encontrar e se relacionar com seu Pai e Mãe Supremos. Cada um de nós tem seus próprios recursos. Sabemos que a forma de usar
os recursos disponíveis pode ser a diferença entre se ter sucesso ou ser derrotado. Um destes recurso é o tempo. Então checar como você esta usando seu tempo é uma das principais escolhas. Os pensamentos são a semente para suas realizações. Se elas não estão de acordo com o que você esperava de si, e por isso esta desanimado, entenda que a planta resulta da semente. Se a semente de seu pensamento não está preenchida com a força da determinação, você vai se autossabotar. Os pensamentos de desânimo e descuido não dão fruto. Para ter sucesso escolha preencher seus pensamentos com a força da determinação que vem da consciência de ser um Ser espiritual. E assim seja livre e liberte outros de suas fraquezas! *
Se a semente de seu pensamento não está preenchida com a força da determinação, você vai se autossabotar.
Liliani Zunino Duarte é praticante e professora de meditação Raja Yoga desde 1995, editora do Boletim Ponto a Ponto e membro da coordenação do Programa de Qualidade de Vida da BK.
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OM ATITUDE * por Patrícia Carvalho
Yoga: fonte de felicidade e força
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A tradução da palavra Yoga no ocidente afastou-se completamente de seu significado mais elevado. Yoga significa conexão, comunhão. No Raja Yoga, significa conexão real, conexão com aquele Ser que é o Rei, Supremo, mais elevado, cuja consciência nunca se apega ou associa à nada do Drama da vida, que se desenrola no mundo físico. Deus está sempre além. Yoga significa uma conexão de amor, consciência com consciência, sem qualquer obstáculo ou limitação, sem interferência. Maya, as ilusões do ego, das identificações que cada um estabelece com o mundo à sua volta, quer seja com o corpo, com os papéis e com traços de personalidade é o que cria todos os obstáculos, uma vez que faz com que a consciência fique presa nessa dimensão dos sentidos, da oscilação, das situações, do turbiedição 12 / ano 03
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OM ATITUDE * por Patrícia Carvalho
lhão, das emoções, da razão, que nos priva de perceber a mente de Deus, na sua grandiosidade. Espelho Supremo, que revela a nossa própria forma original. Com clareza, somos capazes de entender o que não faz parte de nossa verdade, e aos poucos vamos eliminando todos os véus que recobrem a beleza do ser, que por sua vez atrai, e é atraído pela beleza indescritível de Deus, Sundaran, aquele que é sempre belo. Essa conexão de amor também é chamada de lembrança, porque desperta no âmago do ser memórias eternas, trazendo-as de volta à vida na forma de sentimentos puros, de um espectro de energia de qualidade altamente elevada, que de forma instantânea reconecta o ser com seu estado divino. Com essa experiência projetamos em Deus toda a nossa divinidade, e a transformação da energia do 36
ser acontece. Entramos na frequência vibracional desse Ser Supremo, e nesse campo toda a nossa força perdida é recarregada. A alma se preenche de poder, de força, de energia completamente pura. A partir desse estado interno, a atitude perante a vida se ilumina. Mágica, gratidão, clareza, verdade, insight, amor, passam a fazer cada vez mais parte de nossas experiências cotidianas. E é essa consistência de ser que traz, pouco a pouco, felicidade verdadeira. Não importa o que aconteça no mundo à nossa volta, e muitas coisas acontecem, e continuarão a acontecer, somos capazes de ver tudo como um observador desapegado, com a convicção da benevolência de cada cena. Às vezes é uma questão de paciência, às vezes de fé. Essa realidade espiritual está ao nosso alcance a cada instante. E
por isso felicidade é uma questão de escolha, de perspectiva e de liberdade. Quando nossa consciência está escravizada pela frequência de nossas contas cármicas, malha de conexões energéticas que criamos ao longo do caminho, não conseguimos ver além, sucumbimos à gravidade das situações. Mas se somos livres podemos ver e pensar longe. Tempo e espaço não são barreiras, mas meios de expressão. Tudo isso só pode ser evidenciado com a experiência, mas é um estado totalmente possível e alcançável para qualquer um que esteja motivado e comprometido o suficiente para experimentar o melhor de si mesmo. E cada dia é uma oportunidade, um convite para superar o ontem, e projetar o amanhã. Como dizia Beto Guedes: “...a lição sabemos de cor, só nos resta aprender...”. *
Patrícia Carvalho é cirurgiã-dentista, praticante de meditação Raja Yoga há 30 anos.
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OM INSPIRAÇÃO * por Goreth Dunningham
O poder do ritmo Texto retirado do livro “Diário de um anjo em construção”, de Goreth Dunningham, da Editora Brahma Kumaris
Clique no ícone acima para ouvir o audiobook do livro “Diário de um anjo em construção” 38
Já passa da meia-noite. Não sinto vontade de dormir, gosto de estar acordada quando todos dormem. Sempre gostei, desde criança. Gosto da solitude. Mas irei dormir mesmo sem sono, porque todos os dias tenho um compromisso dos mais importantes às quatro horas. É uma meditação diária. Gosto de pensar que é uma audiência pessoal com Deus. Muitas questões são resolvidas em silêncio nessa meditação das 4 horas. E muitos presentes espirituais inestimáveis são ganhos ali sentada na sala de meditação. É pura mágica. Mas não é sempre que consigo uma meditação poderosa. Às vezes há sono, às vezes desconcentração. Às vezes as cenas do dia anterior se lançam agressivamente sobre o novo dia na tela da minha mente. Mas mesmo assim, cansada ou desconcentrada, gosto de levantar e me sentar para meditar. É que acredito no poder do ritmo. Não disciplina ou determinação, porque esse par de virtudes me parece bem difícil, mas ritmo. Ou seja, nunca parar por nada. Com sono ou sem sono, animada ou desanimada, saudável ou doente, simplesmente ir em frente sem parar por nada. Seguir, seguir, seguir. Se consigo imprimir ritmo, ganho velocidade para voar acima dos desafios... Uma vez parei. Foi difícil retomar o ritmo, foi como ressuscitar: doloedição 12 / ano 03
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OM INSPIRAÇÃO * por Goreth Dunningham
roso, processual, a passos de formiga, gota a gota. Mas contei com muita ajuda de Deus, do Universo e de pessoas muito queridas. Alguns ajudaram facilitando as coisas. Outros ajudaram tornando tudo ainda mais desafiador e aparentemente impossível. Mas segui. Havia um desejo muito profundo no meu íntimo de cumprir o meu destino, o meu dharma. Essa força do dharma restaurou o ritmo com a ajuda também do poderoso Tempo. Agora sinto um ritmo veloz, um fluxo suave, intenso, constante como um rio que não pode ser parado por nada em seu caminho destinado a desaguar no Oceano... É incrível a força que têm as coisas que estão predestinadas a acontecer. Elas simplesmente acontecem a despeito de qualquer coisa! Elas apenas seguem o ritmo da vida, vão. Tenho compartilhado em palestras esse pensamento de que precisamos imprimir ritmo na vida, apenas seguir, e tenho recebido muitos relatos de pessoas que sentiram mais facilidade em seguir em frente com seus projetos e metas depois que começaram a usar esse conceito em suas vidas. Especialmente uma dessas palestras gostaria de mencionar aqui. Uma vez fui convidada a ministrar uma palestra em um presídio de segurança máxima. A princípio, resisti ao convite, pois havia um certo temor e desconforto só em pensar que para ministrar tal palestra eu precisaria ficar dentro do presídio com os presos por algumas horas. Mas sempre tive o hábito de enfrentar os meus temores e fui. Eu e um outro professor estávamos em outro estado do país para um ciclo 40
de palestras e tivemos de viajar de automóvel por algumas horas para chegar ao distrito onde se localizava o presídio. Tivemos de passar por um scanner que escaneou os nossos corpos e, previamente, a minha bolsa e o meu aparelho celular foram confiscados. Seriam devolvidos na saída. O violão do outro professor também passou por uma revista. Confesso que senti um certo temor quando as grades foram fechadas às nossas costas. Atravessamos corredores sombrios e chegamos ao espaço onde funcionava uma espécie de escola para os detentos. Era uma sala ampla, clara, ventilada, porém toda gradeada. Havia carteiras escolares e um quadro negro. O presídio era imenso, mas nem todos estudavam. Naquele dia, cerca de 50 deles compareceram à palestra. Acredito até que foram selecionados para participar os mais bem-comportados. Não sei... Sentei em uma cadeira à frente deles e invoquei a ajuda de Deus, como costumo fazer todas as vezes que vou falar em público. Olhei no centro das testas daqueles rostos sofridos e curiosos e foi a alma que vi. Cada um daqueles presos era uma alma pura e divina em essência, mas que havia perdido a consciência de sua pureza e divinidade. Meu coração se encheu de amor e misericórdia e uma silenciosa empatia se estabeleceu. Senti que estavam desmotivados. Tinham perdido a esperança em si mesmos. Comecei a falar olhando nos olhos de cada um deles. Falei sobre como é necessária coragem para despertar a própria bondade, como é restaurador resgatar a própria consciência edição 12 / ano 03
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OM INSPIRAÇÃO * por Goreth Dunningham
divina e como a meditação pode ser uma ferramenta muito útil nesse processo. Como é importante trazer essa consciência divina para a ação na forma de virtudes e como os vícios espirituais (raiva, apego, ganância, luxúria, arrogância) nos escravizam e nos prendem, nos levam a fazer coisas das quais nos arrependemos depois. Expliquei que vícios espirituais são aquelas atitudes que nos fazem mal, mas não conseguimos parar com elas. Falei sobre como a prática das virtudes pode resgatar a nossa dignidade e autoestima. Propus um exercício que costumo fazer com o público nas palestras, o exercício de dançar a vida. Sim, porque viver tendo como base a disciplina ou a determinação pode ser uma proposta extremamente desafiadora para quem está se sentindo desmotivado. Mas a proposta de dançar soa mais leve e lúdica. E para dançar a vida precisamos de ritmo, expliquei a eles. Pedi que se levantassem e, a cada frase que eu falasse, levantassem os braços e gritassem: VOU! E comecei: Hoje está chovendo (eles respondiam “VOU!”) / Hoje está fazendo sol (VOU!) Disseram que sou feio (VOU!) / Disseram que sou bonito (VOU!) Acordei triste (VOU!) / Acordei alegre (VOU!) Tenho dinheiro (VOU!) / Não tenho dinheiro (VOU!) Alguém me elogiou (VOU!) / Alguém me criticou (VOU!)
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E levamos cerca de dez minutos brincando de ir além dos mais variados tipos de situações opostas. Eles estavam animados e entenderam rapidamente o espírito do exercício: não parar em hipótese alguma. Não esperar as condições ideais para seguir em frente com os seus projetos e não se deixar paralisar por críticas ou elogios. Seguir sempre sem nunca parar, ou seja, imprimir ritmo à vida. Se continuo a seguir independente das situações que surgirem à minha frente, o resultado será o sucesso, a vitória, porque só perde quem para. Contextualizei com exemplos e dicas engraçadas que descontraíram o ambiente e arrancaram gargalhadas deles. Pude testemunhar olhos cheios de dor se iluminarem com esperança e ternura. Quando eles já estavam calmos e cheios de enlevo, pude falar sobre o amor de Deus e explicar como meditar é conectar-se a Deus e receber força espiritual d’Ele. Sugeri que praticássemos uma meditação e eles concordaram. Um poderoso silêncio se estabeleceu enquanto eu sugeria pensamentos com voz branda. Por cerca de 10 minutos, ficamos imersos naquela prática, e a vibração era de amor divino e silêncio poderoso. Ao final, lágrimas desciam pelas faces de alguns deles e outros sorriam docemente. Alguns permaneciam sérios, mas perscrutei enlevo em seus olhos. Um me chamou à parte e perguntou como poderia continuar a praticar a meditação. Sugeri que a pessoa que me convidara para ministrar a palestra lá, que também é um professor de meditação, desse continuidade ao processo. Internamente meu edição 12 / ano 03
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OM INSPIRAÇÃO * por Goreth Dunningham
coração estava cheio de júbilo, agradecia a Deus por ter nos usado como instrumentos para tal valioso serviço espiritual. O outro professor também compartilhou experiências e tocou violão para eles cantando músicas que tinham letras muito significativas. Eles participaram alegremente do momento musical. Ao final, distribuímos entre eles uns inusitados cartões de mensagens chamados Carteira de Identidade Angélica. Tais cartões foram criados para uma exposição de arte e espiritualidade sobre anjos. O objetivo da exposição era despertar o anjo que existe dentro de cada ser. O cartão tinha o formato de uma carteira de identidade, de um lado se colocava a foto, a digital e a assinatura do portador, e do outro lado havia dez práticas sugeridas por nossa professora de meditação mais antiga de como potencializar as características angélicas. Pois bem, distribuímos os tais cartões entre eles depois de uma breve explicação do que significava aquilo. Apreciaram muito. Pareciam crianças felizes. Pediam carteiras de identidade angélica extra para seus familiares e amigos que viriam visitá-los no domingo. Fiquei muito sensibilizada com aquela receptividade deles e pude constatar como cada ser, na verdade, anseia por resgatar sua natureza divina mesmo que não perceba isso e não saiba como. O que precisamos fazer é conectar cada um à sua própria essência divina. E não só em situações extremas, como em um presídio, mas mesmo com aqueles que vivem à nossa volta. 44
Precisamos ser misericordiosos com os que nos cercam e conectá-los à própria bondade, deixar que eles expressem o seu melhor. Ser um anjo é ser um facilitador desse processo. Saímos daquele presídio tão tocados que o outro professor esqueceu o violão lá dentro. Um preso nos alcançou já no portão interno. Vinha correndo com o violão na mão preocupado em devolvê-lo. Na saída, enquanto nos dirigíamos ao carro que nos levaria de volta, eu perguntei à assistente social o porquê de eles estarem presos, pareciam tão bons! Ela sorriu me fazendo sentir-me ingênua. Eles cometeram muitos erros graves, ela se limitou a dizer. Voltamos todo o percurso em silêncio. Eu pensando sobre crime e castigo. Sobre misericórdia e compaixão. Sobre o equilíbrio entre amor e lei. Sobre como deveríamos descobrir um método de ser mais efetivos na reeducação daqueles que cometeram tais erros graves. Como deveríamos criar um sistema de restauração dos seus valores e não de punição. Realmente não acredito na eficácia da punição! * Goreth Dunningham é graduada em Comunicação Social e Design de Moda. É editora da Om Line Magazine, coordena uma unidade da Brahma Kumaris em Salvador (BA) e escreveu os livros “Diário de um anjo em construção” e “A cara do bem”.
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OM ESTILO DE VIDA * por Silvânia Teixeira
o d n a g e p Desa e o m i n â do des o d n a r t n reenco e d a d r e b i l a
Silvânia Teixeira é Professora de Raja Yoga há 28 anos
Um primeiro aspecto, que podemos chamar de diagnóstico, é assumirmos que estamos desanimados, desmotivados, meio “down”. Porque, só podemos nos libertar de algo, quando sentimos que estamos “presos”. Igualmente, só podemos tratar uma doença, quando assumimos que estamos doentes. E o desânimo, pode-se dizer que é uma doença. A doença dos sentimentos, emoções, do interno, do ser espiritual. Para a saúde integral, quaisquer um desses estados internos negativos podem levar a consequências maiores como: depressão, gastrite, dores musculares e de cabeça; desarmonia nos relacionamentos com família, vizinhos, colegas de trabalho; comportamentos agressivos e impacientes nos supermercados, shoppings, clinicas, trânsito, entre outros. Um segundo 46
aspecto é a compreensão do diagnostico: as causas do desânimo. As pessoas e situações não nos prendem. Nós que nos permitimos nos “atar”, nos prendermos a esse estado interno negativo de desanimo, através das nossas próprias escolhas. Um terceiro aspecto é entender que: nos libertamos com as nossas escolhas, da mesma forma que, com elas, ficamos aprisionados. Claro que têm pessoas e situações, que podem nos ajudar, dar aquele “empurrão” e toques, como estímulos. Mas, a decisão pela liberdade, tem que partir de nós, de nossa própria motivação interna. Esse aspecto é muito importante porque, para assumirmos o desânimo, bem como suas consequências e nos libertarmos disso, é necessário que algumas qualidades sejam despertadas, a saber: determinação, coragem, autoconfiança, decisão, pro-atividade, compreensão, reflexão, entre outras. Essas quali-
dades precisam ser acionadas para fazer face ao negativismo, que nos puxa e nos prende, como comportamentos de vitima, lamúrias, esperar acontecer ou mesmo falta de atitude. Um quarto aspecto, que podemos chamar de prognóstico ou tratamento para libertarmos do desânimo é entender que: nenhuma das “grades” da “prisão” do desânimo, desmotivação, letargia, falta de forças e de todos os estados internos negativos não são mais fortes do que a pessoa de luz, bonita, sutil, que existe dentro de nós, com todo o potencial de força, coragem, determinação e autoconfiança. O quinto aspecto sugerimos o método ou medicação para libertarmos do desânimo. MED: Meditação: um olhar interno para resgatarmos nosso potencial de virtudes. Exercícios físicos para o corpo e para a mente de pensamentos bons. Dieta com uma alimentação saudável e de pensamentos positivos. * edição 12 / ano 03
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OM PENSAMENTOS * por Augusto Zimbres
Seu mundo está morto ou cheio de vida?
Clique no ícone a cima para assistir o vídeo do canal no Youtube do grupo de jovens da Brahma Kumaris.
Recentemente publicamos no nosso canal de YouTube Jovem este vídeo de 4 minutos intitulado “Seu mundo está morto ou cheio de vida?”:
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Usamos o super-vilão dos quadrinhos, Darkseid, para abordar o tema. Ele é o inimigo nº 1 da Liga da Justiça, movimento franqueado pela empresa DC Comics e formado pelo Super-homem, Mulher Maravilha, Batman, Lanterna Verde, Flash, dentre outros heróis superpoderosos. No entanto, Darkseid é capaz de enfrentar sozinho todos eles juntos, a fim de preencher os seus planos de descobrir a Equação Anti-Vida, que lhe daria o poder para dominar tudo que desejasse, incluindo acabar com todo livre arbítrio do universo. Na minha infância e adolescência, curtia quadrinhos e colecionava bonecos de heróis e vilões, incluindo esses mencionados acima. Um dia, outra grande franquia dos quadrinhos, a Marvel Comics, com heróis como Hulk, Homem Aranha, Capitão América, Homem
de Ferro e Thor fez uma série especial em conjunto com a DC Comics, onde os seus personagens lutavam entre si. Um super-vilão da Marvel, Galactus, uma gigante entidade cósmica devoradora de planetas se encontra com Darkseid. Galactus se alimenta da energia de planetas e dá preferência por aqueles inabitados ou em conflito. Será que ele já veio à Terra? Já, mas desistiu de devorá-la porque alguns heróis da Terra descobriram uma arma para derrotá-lo. E você, conhece essa arma? Eis que Galactus chega ao Apokolips, planeta de Darkseid, todo crente que iria devorá-lo numa boa. Darkseid mobiliza milhares para enfrentar Galactus, que mata todos, mas na hora H: “Ué! Seu planeta não tem vida?!” Depois de mostrar que é muito edição 12 / ano 03
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OM PENSAMENTOS * por Augusto Zimbres
mais perverso que Galactus, deixando que os habitantes de seu planeta morressem desnecessariamente, Darkseid nos traz essa bela reflexão que dá título ao vídeo: Seu mundo está morto ou cheio de vida? Além disso, podemos nos perguntar: O que torna o nosso mundo cheio de vida? Talvez você pense em responder sobre o nosso planeta, dizendo que ele está cheio de vida em alguns momentos, em alguns lugares, mas está morto em outros. Mas o que é o nosso planeta senão o reflexo de tudo que pensamos, falamos e fazemos sobre ele? Então, a pergunta vale mais para o nosso mundo interno, de onde parte toda energia invisível e sutil dos nossos pensamentos e sentimentos, materializados pelas nossas palavras e atos. Esse mundo interno é como um jardim secreto, que precisa ser muito bem cuidado para 50
revelar a sua beleza e a sua riqueza. Se ele for bem cuidado, as borboletas da transformação virão a ele para usufruir de suas flores, ou seja, nossas virtudes. A questão é que, frequentemente, corremos atrás das borboletas para que elas venham ao nosso jardim, mas elas não vêm porque nos esquecemos de cuidar dele. Perfumamos o nosso mundo com crenças e identificações visíveis que mascaram a chocante realidade de que, em muitos aspectos, ele se parece mais com o mundo do Darkseid do que com um belo jardim. Mas as verdadeiras borboletas não se enganam como o Galactus: elas sabem para onde ir. O desânimo é o resultado dessa desilusão de que aquelas construções visíveis, sejam elas sociais, culturais, religiosas, filosóficas ou até mesmo familiares não eram as borboletas que buscávamos.
Ainda que essas construções visíveis tenham o seu valor, para tornar os nossos mundos cheios de vida, precisamos aprender a ser bons jardineiros que conhecem o seu verdadeiro valor, e que esse valor é perceptível pelas flores das nossas virtudes. Quer um conselho... uma ajuda? Meditação Raja Yoga da Brahma Kumaris. Preenchemos os nossos mundos de vida quando assumimos essa responsabilidade por sermos os jardineiros deles. E isso também atrai o Jardineiro Supremo para nos ajudar nessa tarefa. Ele pode nos lembrar do valor dos nossos jardins e, portanto, do valor das nossas vidas. Sinto que a minha vida é revelar esse jardim ao mundo, o que vai contribuir para que o nosso mundo inteiro se torne um grande Jardim: o Jardim do Éden, O Jardim de Alá, o Jardim de Osiris, o Jardim de Yima... *
Para concluir, convido você a criar uma experiência do seu mundo cheio de vida, fazendo a meditação orientada no vídeo que originou este artigo:
Clique no ícone a cima para assistir o vídeo.
Augusto Zimbres é analista de RH, tem 20 anos de prática de meditação e lidera o movimento jovem da BK para a América Latina.
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OM DROPS DE SABEDORIA * por Ken O’Donnell
Vídeos retirados do canal no Youtube “Viver e meditar” de Ken O’Donnell
UMA VIDA COM MAIS ÂNIMO ONDE ENCONTRAR www.youtube.com/viveremeditar www.facebook.com/viveremeditar
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Ken O’Donnell é praticante e professor de meditação há mais de 40 anos. É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. É Coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul.
VÍDEOS Clique nos ícones acima para ver os vídeos do canal “Viver e meditar” de Ken O’Donnell
Vídeo 1 Minha vida mais valiosa
Vídeo 2 Como superar as dúvidas
Vídeo 3 Meditação para o equilíbrio
Vídeo 4 Exercício simples para recuperar o autocontrole
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OM COMIDA PURA * por Ana Paula Paixão
Para o desânimo, ânimo! Então vamos para a receita?
01 litro de coragem. Misture tudo e despeje em uma assadeira. Coloque um fio de leveza e salpique Em uma vasilha coloque 02 xícaras fé a gosto. Leve ao forno. Sinta na de amor, 01 xícara de determina- atmosfera quando estiver pronto e ção, 02 colheres de criatividade e saboreie ainda quentinho. 54
E não venha me dizer que não tem algum desses ingredientes, pois eu lhe garanto que nada disso falta à alma, o ser consciente que somos. Entendo que nem sempre eles estão visíveis. Para encontrá-los é preciso silenciar e procurar nos armários internos. Um pode estar bem lá no fundo, exigindo um pouco mais de esforço para alcançar, o outro pode estar atrás de um pote de crenças bem grande e pesado e o outro pode estar bem em nossa frente, mas não enxergamos por achar que ele não existe. Ao abrirmos o nosso terceiro olho, que significa ativarmos um olhar mais sutil e divino, tudo fica claro e ganhamos força e discernimento para encontrar o que for preciso. Acredite, tudo está lá. Agora vamos fazer um biscoito para celebrarmos essa descoberta? *
BISCOITO CROCANTE DE GERGELIM Ingradientes 05 colheres de sopa de aveia 04 colheres de sopa de farinha de grão de bico 01 colher de sopa de linhaça 02 colheres de sopa de gergelim 02 colheres de sopa de azeite 1/2 colher de sopa de sal 1/2 xícara de água
Modo de preparo Misture todos os ingredientes e espalhe a massa com as mãos em uma assadeira (17x22cm). Faça marcas com uma espátula definindo o tamanho do biscoito conforme desejar. Asse em forno médio por 15 minutos. Prontinho!
Ana Paula Paixão é designer, coordenadora do grupo jovem da BK no Nordeste, professora de meditação Raja Yoga e encantada com a natureza.
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OM ÚLTIMA PALAVRA * por Dadi Janki
Progresso Espiritual Texto retirado do livro “Companheira de Deus”, de Dadi Janki, da Editora Brahma Kumaris
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Há benefício para você em cada situação. Isto é, se você souber procurá-lo. A ideia por trás de um firme progresso espiritual é ver cada circunstância e situação (particularmente as que o desafiam) como uma lição personalizada em seu plano pessoal de autodesenvolvimento. Por exemplo, numa situação onde palavras ofensivas ou raivosas foram trocadas, por que não vê-la como uma oportunidade de perceber os aspectos do seu caráter que precisam de mudanças ou treinar alguma virtude ou qualidade que você precisa colocar em prática mais vezes? Na realidade, deveríamos ser gratos pela oportunidade de avaliar nós mesmos. Dessa forma você pode transformar qualquer coisa numa lição construtiva. Nunca pense que aprendeu o bastante e agora pode parar.
Você deveria amar quando as pessoas procuram corrigi-lo ou lhe dão conselhos. Isto o mantém alerta e lhe dá muitas oportunidades de colocar sua verdade em prática. É sinal de grande perigo ser incapaz de aceitar crítica e, ao invés, usar seu entendimento para criticar outros. Perceba profundamente o significado de cada momento e seu progresso espiritual estará garantido. *
Dadi Janki, yogini indiana, líder espiritual da Brahma Kumaris, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica do Texas como a mente mais estável do mundo. Deixou o corpo físico e ascendeu ao mundo espiritual em 27 de março de 2020.
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MEDITAÇÕES OM LINE * por luciana ferraz
Tornar-se inteiro
Uma das principais razões da fraqueza espiritual é que existe uma fragmentação interior. Concentrando a minha consciência num só ponto, posso ter a chance de experimentar a minha ‘inteireza’. Fazendo isso, automaticamente acabo com a divisão que existe dentro de mim e experimento a minha verdadeira força... Eu, o ser espiritual, dou vida a meu corpo... embora eu não consiga ver a alma, posso reconhecer a diferença entre ela e o corpo... eu me considero a alma... a energia consciente que dá vida ao meu mundo pessoal... estou no centro de tudo o que me acontece... desapegado... doador... Todas as coisas que passam pela minha cabeça antes da meditação desaparecem quando me torno o que realmente sou... sou o pensador, não o pensamento... sou quem deseja, não o desejo... sou o criador das ideias, o guardador das memórias...
Luciana Ferraz é socióloga, coordenadora da Brahma Kumaris no Brasil, tem mais de 40 anos de prática de meditação Raja Yoga, ministra palestras em muitos países e é membro do comitê internacional de Meio Ambiente da BK.
Meditação retirada do CD “Meditações para uma Vida Plena”, da Editora Brahma Kumaris. Meditação escrita por Ken O’Donnell e conduzida por Luciana Ferraz Clique no ícone a cima para ouvir a meditação completa
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OM line é uma revista digital para quem almeja restaurar o equilíbrio interno.
Uma publicação da Brahma Kumaris Brasil brahmakumaris.org.br/revista