Pureza do Ser
Ser original, soberano vive entre seus olhos
Joia a brilhar, irradia paz e poder
Som natural da verdade em todo lugar
Através da pureza sua beleza reluz
Pureza de ser
Pureza de som
Pureza de ver
Pra purificar o meu modo de pensar
Música “Pureza de Ser”, do álbum “Viratrupe”, da Editora Brahma Kumaris. Clique no ícone ao lado para ouvir.
* CARTA AO LEITOR *
Caro(a) leitor(a), saudações de paz!
Se você deseja experimentar paz interior e equilíbrio na vida, esta edição da Om line é para você. Restauração da energia vital e reconexão com a sua verdadeira natureza: isto é o que você encontrará entre as páginas da revista. Recupere sua Essência.
Ao ler e experimentar cada texto, você poderá aliviar a ansiedade, restaurar o equilíbrio e reconectar-se com a própria essência por meio de práticas leves, lúdicas, sutis e muito eficazes.
A experiência de recuperar a própria essência acontecerá de forma muito natural. Você se tornará mais contemplativo: apreciar o sol nascer por entre as árvores, contemplar o céu estrelado à noite, andar com os pés descalços em contato com a terra, plantar, colher, respirar, meditar, refletir, cantar, dançar, sorrir, viver.
Ou seja, viver com essência e naturalidade. Isso vai lhe devolver a saúde física e espiritual.
Recupere sua Essência é uma edição da revista Om line, que tem como objetivo ser uma inspiração para a sua jornada de restauração, reconexão e transformação de tudo o que você já não quer experimentar em sua vida. Venha renovar-se! Venha recuperar a própria essência!
Goreth Dunningham e equipe Om Line
26. MATÉRIA DE CAPA
Recupere sua essência
Patrícia Cantalino
10. OM PRIMEIRA PALAVRA
Dicas para voltar à essência espiritual
Ken O’Donnell
14. OM
TRANSFORMAÇÃO
Inspirações para restaurar a grandeza espiritual
20. OM
A essência
INSPIRAÇÃO
Ramon Almeida
30.
OM PAPO DE MÃE
Eu fico com a pureza e a resposta...
Fabyola Ribeiro
36. OM VIRTUDES
Tire um momento para si, (re)conecte-se
Paulo Sergio Barros
40.
OM JOVEM
O sentido da minha vida
Augusto Zimbres
42.
OM DICA DE LEITURA
Histórias engrandecem o ser!
Katia Roel
46. OM COMIDA PURA
Cozinhar, comer e reconectar-se
Ana Paula Paixão
48. OM ÚLTIMA PALAVRA
Conversar com o Eu
Dadi Janki
VIVER A ESSÊNCIA E SENTIR PLENITUDE
Vídeo “Viver a essência e sentir plenitude”, da Brahma Kumaris Brasil, com Márcia Medeiros. Clique no ícone acima para ver o vídeo
Envie para nós os seus e-mails, dúvidas e sugestões, pelo Facebook e Instagram ou e-mail: revista.omline@br.brahmakumaris.org Facebook.com/omlinebrahmakumaris Instagram.com/omlinebrahmakumaris www.brahmakumaris.org.br/revista
EXPEDIENTE
Editora Goreth Dunningham
Design e diagramação
Felipe Arcoverde Revisão
Josélia Ribeiro
Site Ricardo Skaf
Mídias sociais Naiara Rios
Colaboração
Samanta Brandão
Ilustrações: Freepik.com
* OM PRIMEIRA PALAVRA * por Ken O’Donnell
DICAS PARA VOLTAR À ESSÊNCIA
ESPIRITUAL
Há dois tipos de SPA. Um é onde vamos para relaxar com massagens e banho de ervas. Outro é justamente quando me afasto de qualquer possibilidade de relaxamento: a SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado), considerada o mal desta época moderna, que abarca um número assombroso de seres humanos hoje em dia. Alguns dizem que atinge até 80% da população em todas as faixas etárias.
Uma alternativa ou, certamente, um auxílio ao tratamento com drogas para tal grau de ansiedade é buscar, de forma séria, retornar à base da nossa existência - a alma. A alma ou o ser profundo por trás da nossa existên -
cia tem duas funções. Uma é fornecer a força vital para manter o corpo vivo. A outra é expressar-se por meio dos diversos papéis que desempenhamos no mundo. É nesta segunda função que me afasto da minha essência e verdadeira razão de ser, geralmente de uma forma sem muito controle.
A jornada de volta à essência espiritual é pessoal e intransferível. É um retorno à versão mais verdadeira de mim. Livra-me de camadas de condicionamento e expectativas que se juntaram ao longo de muitos nascimentos. É redescobrir a centelha da alma e a bússola interior.
O primeiro passo é aprofundar a prática de meditação. Não é, simplesmente, uma questão de prestar atenção à respiração ou ao momento presente. É um conversa significativa comigo e com a dimensão divina. Se eu parar de correr mentalmente, posso sentir minha paz. Posso acalmar a tagarelice incessante da mente. Se diminuir os desejos, posso sentir contentamento. Se parar de me dividir, posso sentir minha força. Essa quietude permite que me conecte com minha sabedoria interior.
Num estado mais centrado, posso conectar-me com o profundo dos outros. Na es -
* OM PRIMEIRA PALAVRA * por Ken O’Donnell
sência, todos somos muito parecidos - somos seres espirituais passando por esta vida humana. As diferenças de crença, de raça, de gênero, de idade, e até de personalidade, são relativamente superficiais. Mesmo com histórias e línguas diferentes, essa essência de luz ou energia espiritual que somos brilha em cada um. É que eu preciso enxergar isso nos outros. Posso aprender com a natureza. Caminhar num parque, observar o céu e as árvores, sentir o sol na pele e respirar o ar fresco. Basta deixar o mundo natural penetrar em mim que me lembro da interconexão de todas as coisas.
Eu tenho o hábito de escrever minhas reflexões. Isso me ajuda a processar emoções, liberar crenças limitantes e conectar-me com Deus.
Também tenho que praticar a gratidão. Concentro-me no que há de bom na vida, expressando apreciação até pelas menores coisas. A gratidão muda minha perspectiva e abre meu coração para a beleza que me cerca.
E tenho que aprender a perdoar a mim e aos outros. Sei que guardar ressentimento e raiva só pesa. O perdão é um presente que me dou, permitindo que eu siga em frente com um coração mais leve.
Aprendo com a intuição também. Essa voz interior, muitas vezes sussurrada, é minha bússola espiritual. Presto atenção aos meus sentimentos e instintos e confio em sua orientação.
Também é muito saudável envolver-me, quando posso, na expressão criativa. Arte, música, escrita, ou qualquer atividade que me permita expressar o verdadeiro eu, podem ser uma ferramenta poderosa para o crescimento espiritual.
Para fortalecer esta volta à essência, preciso buscar mais significado e propósito. Se sou um ser de paz, quais valores e crenças devo desenvolver? Quando alinho minhas ações com esses anseios mais profundos, passo a viver uma vida mais autêntica e gratificante.
Acima de tudo, preciso cultivar a compaixão. Estendo gentileza e empatia a mim e aos outros. Esta prática promove conexão e compreensão, criando um efeito cascata de amor ao meu redor.
A jornada de volta à minha essência espiritual é contínua. Abraço os altos e baixos, os desafios e triunfos, pois todos eles fazem parte do processo de tornar a alma que sou mais autêntica.
Ken O’Donnell é praticante de meditação Raja Yoga desde 1975. É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. É o atual coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul *
INSPIRAÇÕES PARA RESTAURAR A GRANDEZA ESPIRITUAL
OLHE-SE NO ESPELHO. DEPOIS, LEIA ESSES PONTOS DEVAGAR, COM O OBJETIVO DE EXPERIMENTÁ-LOS. ENTÃO, OLHE PARA O ESPELHO NOVAMENTE. VOCÊ IRÁ VER UMA PESSOA MELHOR
NÃO PENSE!
Frequentemente, as coisas certas acontecem naturalmente. Não há muita necessidade de pensar. Use sua mente para perceber: eu sou luz. Experimente isso. E mais: estou diretamente relacionado com O Ser Supremo. Isso é algo bom para pensar.
CONECTE-SE!
O silêncio interno permite que nos conectemos com nossa honra e dignidade. Este silêncio nos permite restaurar nossa grandeza espiritual. Faça brotar o doce sentimento de ser um filho de Deus. Pense apenas: eu sou Seu filho inocente, e, com essa afirmação, nasça espiritualmente. Então, será fácil sentir o amor Dele. Pratique sentir o amor Dele.
Experimente isso: da mesma forma que Deus, sou um espírito, não matéria. Quando conectados dessa maneira, todos os poderes Dele são nossos.
ALCANCE AUTODOMÍNIO
O autodomínio significa dominar os sentimentos do coração. Qualquer um deveria ser capaz de abrir o nosso coração a qualquer hora e nada encontrar a não ser O Divino. Nós não somos comuns. Erros acontecem quando esquecemos isto. Lembranças passadas e a influência dos outros nos maculam. Os pensamentos impuros nos enfraquecem e nos cansam.
Reformar cada um de nós é a tarefa de Deus, mas temos que permitir que isso aconteça. Isso requer
* OM TRANSFORMAÇÃO *
reconhecer que toda a nossa dor acontece porque guardamos essas magoas nos nossos corações ao ignorarmos as leis da vida.
Precisamos nos colocar honestamente diante de Dele e dizer: “Amado Deus, agora eu quero mudar, estou pronto para libertar-me dessas tristezas”.
Fique sintonizado com o mais alto propósito de sua vida. Estamos no caminho espiritual porque aceitamos o objetivo de completude para nós mesmos. É hora de reconhecermos nosso direito de grandeza espiritual.
PERMANEÇA FELIZ; TORNE-SE VIRTUOSO
A felicidade é destruída pelo desperdício e por pensamentos negativos. Nós permitimos que a falsidade se acomode por meio do descuido e da preguiça ao criarmos desculpas.
Os hábitos negativos ainda estão dentro de nós porque não estamos vivendo com a mais elevada postura mental: Deus e eu estamos conectados propositadamente e positivamente; sempre estivemos e sempre estaremos.
Quando você faz tudo com virtude - humildade, alegria e paz, então você faz com prazer e não sob pressão.
A verdade cresce dentro de nós na extensão da nossa humildade.
Nesta estação atual de mudança, a infelicidade não mais poderá ser justificada. Qualquer razão que possamos dar é criação da nossa insegurança.
Qualquer aspecto da espiritualidade que pratiquemos durante um longo período de tempo se tornará, em última instância, parte da nossa natureza.
A prova da caminhada espiritual é um caráter moldado por sabedoria. Valorize o estado do seu ser mais do que qualquer coisa.
CULTIVE RELACIONAMENTOS HARMONIOSOS
A base de relacionamentos verdadeiros com os outros é o relacionamento honesto com o próprio ser e com Deus. Por meio do autorrespeito, somos capazes de assumir a responsabilidade de termos respeito com os outros. Na “consciência do papel”, o papel é desempenhado pelo ego. Na “consciência da alma”, todos os papéis expressam as qualidades divinas. A experiência, expressão e o intercâmbio das qualidades são a base para relacionamentos harmoniosos.
*
Deus quer que Seus filhos possam remover o sofrimento dos outros. O nosso foco deve ser o de ter, primeiramente, experiência de sentimentos elevados, e, então, ter atitudes e pensamentos que reflitam estes sentimentos. Somente depois vêm as palavras.
PERMANEÇA COM A CONSCIÊNCIA ILIMITADA
O nosso empenho é o de nos tornarmos o que originalmente somos desde o início dos tempos. Sublinhe isso. Entenda o valor do tempo e verifique para onde ele está indo. Afinal, nós não podemos “criar tempo”.
O silêncio destrói os nossos pecados, e só então podemos despertar para a percepção do que temos que fazer agora.
A qualidade das nossas ações aqui e agora determina a qualidade do nosso futuro. Onde quer que eu seja colocado, o que quer que eu receba, com quem quer que eu esteja, tudo é bom. Prove isso a si mesmo.
FAÇA SERVIÇO ILIMITADO
O verdadeiro significado de doação é tornar a sua vida uma demonstração prática de percepção espiritual.
A mais elevada forma de doação é fazer tudo com um sorriso.
Importar-se com os outros é o maior ato de caridade. Doe generosamente. Não espere que os outros doem!
O cansaço vem quando nós tentamos ajudar os outros sem a percepção de sermos guardiões. O cansaço também vem porque nossa capacidade de servir é frequentemente limitada à atividade física. Quando o nosso estado interno emite sentimentos de paz e amor, a sede de muitas almas é saciada enquanto nos refrescamos.
O serviço de Deus acontece automaticamente por meio de vibrações. Aprenda a criar uma atmosfera tal que qualquer um que entre nela se sinta elevado. O mundo se tornará feliz ao ver nossa felicidade.
* OM INSPIRAÇÃO * por Ramon Almeida
A Essência
Algumas pessoas demonstram certo desconforto ou mesmo angústia quando se deparam com pensamentos sobre o sentido da vida: “o que é a existência?”, “o que estou fazendo aqui?”. Para lidar com maior propriedade com estas questões, será preciso refletir sobre “quem sou eu?”, “por que penso o que eu penso?”, “como surgem os pensamentos?”, sendo esta última reflexão fundamental para compreender um pouco mais sobre a mente humana como atributo que dá sustentação aos pensamentos.
Nesse espaço de comunicação (Revista Om line, 24ª edição, ano 6), já foi mencionado o quanto nossa capacidade de imaginação, avaliação e raciocínio é impactada pelo condicionamento imposto por dados e registros oriundos das experiências cotidianas e armazenados na sede da memória (hipocampo). Isso significa que os pensamentos podem, muitas vezes, indicar
reflexos lógicos de informações acumuladas, sem tratar devidamente do que se pretende, mas tentando apenas preservar o conforto de conteúdos preexistentes que subvertem a realidade.
Quando indagado a respeito de como surgem os pensamentos, o filósofo, escritor e educador indiano Jiddu Krishnamurti esclarece categoricamente: “Os pensamentos têm origem na memória e são, portanto, condicionados às experiências do pensador”, aquele que tenta sustentar as convicções num esforço descabido e preguiçoso de ampliar um fictício controle e senso de ter razão.
A compreensão sobre a origem dos pensamentos nos torna mais vigilantes e cuidadosos acerca da legitimidade e coerência das atitudes a serem demonstradas no dia a dia, sugerindo a necessidade de evitar o impulso precipitado das reações mantidas pelas limitadas crenças prefixadas. Seria melhor estimular o discernimento para obter respostas
* OM INSPIRAÇÃO * por Ramon Almeida efetivas sobre o que é essencial em cada instante. É comum perceber a posteriori a ineficácia de uma conduta muito útil no passado, mas que não prospera quando projetada para o futuro, restando claro que cada momento tem características próprias, sendo essencial agir com foco no presente. Sobre a outra reflexão, ‘penso o que penso’ por ser o arquiteto do meu destino e isso vale para cada um de nós. Projetamos e instalamos a base pessoal de convicções como alicerce da mente elaborada, que distribui convites individuais de identificação com os traços de personalidade para consagrar a ilusão do ego, o “eu menor”. Neste contexto, a tentativa de manter o
“É claro que não devo ser representado pelos condicionamentos que armazenei no subconsciente nem sou os pensamentos gerados na mente que deles se inspira”
efêmero conforto das elaborações mentais leva às perversões e inconformidades trazidas pelo desejo incessante, pelas expectativas, apegos, aversões e vícios encobertos sob o manto da insciência.
É claro que não devo ser representado pelos condicionamentos que armazenei no subconsciente nem sou os pensamentos gerados na mente que deles se inspira. Também não sou o corpo físico constituído, como atesta a ciência, por trilhões de células materiais e tampouco posso me limitar aos papéis que assumi na vida, sejam eles de caráter pessoal, profissional ou qualquer outro, sendo certo que esquecer a minha real natureza pressuriza a fonte de insatisfação e sofrimento.
É fundamental buscar a mente original, o que se inicia na compreensão sobre “quem sou eu”. O escritor português José Saramago, ganhador do Prémio Camões (1995) e Nobel de Literatura (1998), ensina que “dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”, sugerindo um posicionamento abstrato e inominável por ser imaterial, embora percebido de forma sublime como um sopro (flatus, em latim, ou pneuma, no grego antigo) que, ao animar a vida, eleva-se ao sopro divino ou espírito (spiritus, em latim) no âmbito religioso.
* OM INSPIRAÇÃO * por Ramon Almeida
No sentido mais amplo, o que anima é a alma (atma, em sânscrito) ou espírito, que também se traduz como essência e isso é, em verdade, o que somos. Atingir e manter o elevado estágio espiritual ( ruhani , em hindi) significa tornar-se ambos: espírito e essência. A essência é a natureza interior, valiosa como uma semente que contém as características da árvore inteira.
A essência é virtuosa, poderosa e refinada, sendo capaz de orientar a nossa expressão no mundo sensorial - se assim permitirmos - ao nos afastar dos condicionamentos mentais e deixar fluir palavras leves e doces que enaltecem apenas o que é essencial, nobre e valioso, por meio de pensamentos, palavras e ações precisas e dignas.
A essência é nosso jeito de ser original, embora muitos assim não percebam talvez por falta de atenção ou ausência de dedicação suficiente para descortinar a própria grandeza e entender melhor ‘o que é a existência’ e ‘o que fazemos aqui’, as primeiras reflexões desse texto.
“A essência é nosso jeito de ser original, embora muitos assim não percebam talvez por falta de atenção ou ausência de dedicação suficiente para descortinar a própria grandeza e entender melhor ‘o que é a existência’ e ‘o que fazemos aqui’, as primeiras reflexões desse texto”
Porém, para descortinar o véu dos estereótipos mentais predefinidos, será preciso aquietar o volume de pensamentos que alimenta a mente agitada e trilhar a senda da apreciação do silêncio e da serenidade, o que se obtém pelo exercício regular da meditação, sem pressa e sem pausa.
A insciência se desfaz no alcance da compreensão sobre ‘quem sou eu’ e na realização do amor por Deus, a quem nos conectamos acolhidos na Consciência de Alma, que produz bons votos, bênçãos e sentimentos puros por nós mesmos e por todos. No estágio de essência, é possível preservar a sublime conduta e ser leve, amoroso, pacífico, tolerante, compreensivo e estável, orientados pela mente misericordiosa, a qual, na peregrinação da lembrança de Deus, todos podem alcançar. Bem-vindos ao sadhana , o caminho da prática espiritual.
*
Ramon Almeida é engenheiro e voluntário do Centro
* MATÉRIA DE CAPA * por Patrícia Cantalino
Recupere sua essência
Todos (ou, pelo menos, muitos de nós) temos uma atração pelo que é genuíno e original: a primeira edição de um livro que se tornou famoso, o primeiro disco de vinil daquele cantor maravilhoso, o óleo essencial, o ouro 24 quilates... Concorda até aqui?
Pois bem, mas também há de concordar que tudo tem um preço. E, no caso do original, é sempre maior do que a cópia, que os desdobramentos...
E, talvez por isso, muitas, muitas, muitas vezes mesmo, nos acostumamos (ou nos contentamos) com as bijuterias, com a décima edição, com a água de colônia... e isso se tornou tão automatizado, tão da sociedade, que, às vezes, nem pensamos, apenas nos deixamos ser levados, pela imitação, pelo que todos estão consumindo, pelo que estão fazendo. O poder do grupo impera! E acabamos por ser mais lenha nessa grande fogueira.
No que se refere à condição humana propriamente dita, com o tempo, fomos nos deixando levar por pensamentos de segunda mão, desejos sem fundamentos, estados de consciência beeeem superficiais.
Perdemos o contato com a essência do eu, com a alma em si e, como não sabemos ficar no vácuo, fomos rapidamente preenchendo esse espaço usando e alimentando uma mente inquieta, tagarela e insaciável, e fizemos até pior, nos identificamos com ela e fomos nos deixando levar por preocupações as mais diversas, fomos catalogando
* MATÉRIA DE CAPA * por Patrícia Cantalino
tudo, nomeando tudo, dividindo tudo, porque é isso que uma mente desgovernada faz – e fomos nos enxergando através dessa mente arteira.
Assim como as bijuterias oxidam e a décima edição desvaloriza, a alma cansa, mas... diferente do que acontece fora, dos objetos e cenas, ela tem autoconsciência, lampejos de clareza e parte em busca de ajuda, de um “autorresetamento”. Age assim porque é impulsionada por algo maior que seu devaneio, do que o véu que lhe tapa a visão, age inspirada, mesmo sem saber, pela força (mesmo que encoberta) da sua essência.
E como recuperamos (o viver) a essência? É bom relembrarmos que ela sempre esteve lá – mesmo quando não vista ou sentida, mesmo quando não a sabíamos... sempre lá... eterna.
A essência da alma tem um valor intrínseco, assim como o óleo essencial é mais poderoso por ele mesmo. No cerne da alma, todo o poder criativo, todo o potencial para a autotransformação, a semente latente do que fomos e ou viremos a ser um dia...
Na essência, somos calmos, doces, gentis e despreocupados, sábios também, tocando que estamos a eternidade de cada momento, saciados por ele em si.
Diferente da pérola, que nasce de um desconforto, a alma está mais para o diamante: só precisa ser lapidado para “viver” sua beleza.
Pois então, é uma questão de darmos tempo, de nos ocupar, de termos curiosidade e interesse para sentar, meditar e nos conectar com Deus (Ele que nunca Se perde da Sua essência) e praticar a autenticidade – autenticidade sempre agrada, mais cedo ou mais tarde.
Fiquemos no presente, observadores da mente tagarela e inquieta – ela é ela, eu sou o observador dela. Só.
Sentar com atenção e relaxamento – sim, ao mesmo tempo –, e com paciência, buscar o silêncio e, com suavidade, mergulhar dentro do eu e visitar nossa natureza genuína e nos admirarmos a partir da autoapresentação.
Quando entregues à percepção do próprio eu, quando o somos, a vida toma outra dimensão e as situações e impacto das pessoas têm apenas o próprio volume, sem os exageros de uma mente que divaga, que navega na superfície.
Vamos tirar, tire, as arestas dos maus sentimentos, das palavras tortas, do comportamento abusivo, da visão negativa e limitada, e com (e por) amor, com gentileza, por (e, sobretudo, com) autorrespeito e com profundo senso de autovalorização, vamos recuperar, recupere, a sua essência. *
Patrícia Cantalino é professora de meditação na Brahma Kumaris desde 1998. Atua como assistente da coordenação da BK na região Nordeste
* OM PAPO DE MÃE * por Fabyola Ribeiro
“Eu
fico com a pureza e a resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita!” (Gonzaguinha)
Quem nunca ouviu, cantou ou até mesmo recitou esta frase?
Quanta veracidade numa citação!!!
Ser criança é ser capaz de manter-se sempre feliz, com serenidade, doçura, é ter um sorriso e um olhar que emanam muita luz, paz e esperança. De forma intuitiva, as crianças conseguem transmitir genuinidade, espontaneidade, simplicidade e veracidade. Elas são o retrato mais real da própria pureza!
Todos nós um dia fomos assim. Nossa essência é de felicidade, paz, amorosidade, contentamento,
simplicidade, compaixão, honestidade, desapego, gentileza, pureza, autoconfiança e autorrespeito. Não precisamos crescer e perder essas qualidades, não precisamos ouvir essa linda canção e sentir saudades da época em que éramos crianças!
Crescemos sim, temos responsabilidades, compromissos, agendas cheias, queremos tudo ao mesmo tempo, vivemos apressados, agitados por muitos estímulos, e acabamos não percebendo o que fomos deixando em último plano ou talvez em plano algum.
Inventamos desculpas, achamos culpados, romantizamos e nos vitimizamos como forma de acalento.
E, nessa rotina corrida, por diversas vezes, não percebemos o quanto estamos influenciando nossos filhos de forma negativa, afetando o crescimento, equilíbrio emocional e espiritual deles. Nessa jornada chamada “vida”, precisamos entender e aceitar que nossa essência é capaz de iluminar o mundo.
Se uma vela pode acender outras, podemos usar nossa luz interior para acender outras luzes! Então, vamos abrir os caminhos da reconexão e resgatar nossa essência?
* OM PAPO DE MÃE * por Fabyola Ribeiro
É sobre isso que quero conversar um pouco com vocês, mamães e papais. Sobre a importância do equilíbrio espiritual dos nossos pequeninos, como podemos resgatar essa essência da pureza em nós e ter leveza para lidar com as adversidades da vida, deixando de lado o sentimento de culpa e entendendo que sempre fazemos o melhor por eles, diante das ferramentas de que dispomos. Mas, para isso, antes de qualquer coisa, é preciso reduzir os ruídos externos e encontrar um espaço seguro e acolhedor dentro de nós, para que possamos nos escutar, acolher, reconectar com quem somos e nos fortalecer para atuar no mundo!
Existe uma associação direta entre aquilo com que me conecto e o que estou colocando em prática. Então, é importante que a gente se preencha de pensamentos e intenções puras para alcançar resultados poderosos.
Vale salientar que não devemos esperar que seremos uma pessoa otimista da noite para o dia, mas, com a prática e resiliência, passamos a enxergar flores no jardim.
Os pensamentos e atitudes positivas se tornam mais fortes quando praticamos. Precisamos focar no que existe de bom nas situações adversas. Isso não significa que devemos viver no “mundo da Poliana” ou ignorar a realidade. Sempre temos opções de escolha na nossa vida e isso inclui como vamos preferir passar por determinadas situações, podendo simplesmente abordar os eventos da vida com ênfase no positivo.
Somos as melhores mães e os melhores pais que nossos filhos podem ter, nunca devemos duvidar disso! Não vamos permitir que os pensamentos e opiniões negativas sejam mais poderosos que nossas ações e pensamentos positivos.
“Vale salientar que não devemos esperar que seremos uma pessoa otimista da noite para o dia, mas, com a prática e resiliência, passamos a enxergar flores no jardim”
Ribeiro
Muitos acreditam que a espiritualidade tem muito a ver com mística da religião, mas vai muito além disso, envolve a maneira como a criança se relaciona consigo, com os outros, com o mundo e a natureza, conseguindo ter o discernimento para compreender, entender, perdoar e ter empatia pelo próximo.
Assim como nós, adultos, temos necessidades espirituais, as crianças também têm, e, por diversas vezes, manifestam-se em situações de vazio, dor e desespero. Importante mostrarmos para elas que não estão só, que respeitamos suas necessidades e vamos apoiá-las. Ao mesmo tempo que precisamos dar espaço para que nossos filhos descubram a própria
espiritualidade, é nosso papel mostrar os caminhos.
Tenho duas filhas, de 18 e 2 anos, posso dizer que já passei por muitas fases, adversidades e aprendizados.
Hoje, consigo entender a importância que o “acreditar” tem na vida dos nossos filhos.
Lembro-me do dia em que minha filha mais velha falou que, desde que comecei a meditar, não brigava mais com ela. Dei risada e perguntei se estava sentindo falta, a resposta foi não. Mas, a partir disso, pude perceber que o relacionamento dela conosco, em casa, também ficou mais leve. Esse fato me proporcionou a oportunidade de viver e colher o fruto da amorosidade e aceitação. Acessamos no mundo interno o que realmente é importante para nossas necessidades e felicidade, e, assim, conseguimos ser melhores com os outros e conosco.
Precisamos ser o alicerce e exemplo para nossos filhos, pois vão se relacionar com o mundo conforme nos relacionamos com eles, e isso parte muito da premissa de como encaramos a vida. Os desafios nunca deixarão de existir, não podemos controlá-los, mas podemos escolher como enfrentá-los. Escolho sofrer, chorar ou escolho passar por isso sem acumular e doar tristeza?
Hoje, procuro aplicar o que aprendo de valioso em todos os âmbitos da minha vida, mas, principalmente em casa, quero que minhas filhas vejam e vivenciem os benefícios da simplicidade, do amor e da pureza e o quão afortunados somos quando estamos na lembrança do Ser Supremo.
Quando praticamos a autorrealização, soltamos o passado facilmente e deixamos de ficar lamentando, pois a consciência de alma nos traz as qualidades originais da nossa essência: amor, paz, felicidade e contentamento. Recebemos o que doamos. Então, te convido a fazer uma breve reflexão.
O que temos doado?
Fabyola Ribeiro é enfermeira, praticante de meditação Raja Yoga e mãe de Maria e Yasmin
Todos nós almejamos ser melhores. A cada dia, tentamos (re)desenhar a nossa melhor versão, ao estarmos atentos à forma como nos comunicamos, nos relacionamos e agimos ou, simplesmente, ao praticarmos as nossas virtudes em tudo que fazemos. O texto que epigrafa essa reflexão poetiza caminhos para chegarmos à nossa essência espiritual: viajar, buscar, lapidar, recriar, gratificar... Ser alma.
Ser alma é ser a essência virtuosa, poderosa, criadora. O que temos que fazer é viajar à essência do ser, reconhecer-se como tal, apropriar-se das virtudes e poderes esquecidos ou desconhecidos e recuperá-los, lapidá-los, recriá-los.
As virtudes são a nossa luz. Todos nós brilhamos, sentimo-nos felizes quando temos uma de nossas virtudes reconhecidas, ressaltadas.
Cotidianamente, mantenho comigo a experiência de parar para pensar em minhas qualidades e como usá-las. Repito isso várias vezes durante o dia. Nas interações, valorizo
* OM VIRTUDES * por Paulo Sergio Barros
e destaco as virtudes dos meus colegas de trabalho, amigos, familiares. Isso mantém minhas virtudes e as deles em destaque e cria uma atmosfera amistosa e respeitosa. Na minha prática docente (que me demanda estar conectado com minhas virtudes e as dos estudantes), pratico o mesmo. Primeiramente, nas várias vezes em que paro por alguns segundos, um minuto ou mais, fico em silêncio e aprecio uma virtude que reconheço em mim e neles: a calma, o respeito, o bom humor etc. Então, sigo adiante. Outra prática espiritual, divertida e lúdica é o uso da “caixinha de virtudes”, que uso em sala de aula com os estudantes há anos. Eles apreciam muito
quando recebem, aleatoriamente, uma carta com uma virtude e se identificam, veem nela uma resposta, um impulso. É uma atividade que provoca autoconhecimento, sorrisos, esperanças, curiosidades, pedidos, alegrias e ludicidades no início da aula, em momentos tensos, como um presente de aniversário, uma chamada de atenção para estar presente.
As virtudes são a nossa essência. Elas não podem nos ser tiradas ou apagadas. Precisam ser estimuladas, vivenciadas, compartilhadas. Há muitas maneiras de fazer isso. A mais efetiva é o silêncio espiritual. Compartilho um dos exercícios silenciosos que pratico diariamente.
* OM JOVEM * por Augusto Zimbres
O SENTIDO DA MINHA VIDA
Costumava me manter ocupado buscando me sentir valorizado
Projetava isso no meu dever e deixava de lado o ser
Tão distante do que é essencial
não me via como alguém especial
Ao entender que sou um ser espiritual deixei pra trás a resposta intelectual à boa e velha pergunta fundamental: Qual é o sentido da minha vida?
Pois o amor de Deus se tornou algo vivo e real e o desejo puro de servir um dom natural
A beleza da alma passou a ser refletida na entrega à adorável tarefa Divina
Este conhecimento espiritual que recebi é uma mina ilimitada e eterna de joias e diamantes invisíveis que me traz equilíbrio mesmo em situações imprevisíveis
Comecei a entender que ser à imagem e semelhança não significa que eu seja fisicamente igual a Deus mas que devo me empenhar pra manter a doce lembrança de que os Seus atributos imperecíveis também são meus
Consciência que foi ocultada pela ilusão de ser o meu nome, forma, papéis e ocupação Mas agora, ao conhecer, de fato, o eu e a Verdade me torno digno de ir a um mundo de felicidade
Augusto Zimbres é apresentador do canal Inspira Saúde Plena no YouTube. Lidera o movimento jovem da Brahma Kumaris para a América Latina com muito ânimo e entusiasmo
* OM DICA DE LEITURA * por Katia Roel
Histórias engrandecem o ser!
Uma forma bonita e agradável de alguém se inspirar é conectando-se com companhias que o fortaleçam. Nem sempre podemos contar com o apoio e a inspiração de pessoas próximas, dependendo do assunto em que queremos progredir. Por isso, uma forma interessante de aproximação com bons exemplos na área em que desejamos nos desenvolver é por meio da leitura de suas histórias. Esse é o valor de lermos biografias de seres que se superaram e deixaram um legado interessante e exemplar.
As histórias podem nos conectar com qualidades e possibilidades que talvez nem pensaríamos em ter ou usar. Elas podem desencadear transformações importantes no processo de conquistas na vida. Elas podem despertar atitudes positivas e fortalecer objetivos grandiosos.
Quando conheci a filosofia Raja Yoga, encontrei inspiração em experiências de muitos outros por meio de suas histórias. Elas me deram uma visão do que é possível alcançar com o trabalho interno. Elas me deram muita motivação para continuar progredindo.
Recentemente, a Editora Brahma Kumaris lançou o livro Sabedoria prática, de Judy Johnson. Uma obra que reúne histórias para despertar atitudes nobres e assertivas. Uma história melhor que a outra!
Compartilho na próxima página uma dessas joias preciosas do livro. Leia cada história com o intuito de assimilar a essência de cada uma delas.
* OM DICA DE LEITURA * por Katia Roel
SORVETE
Nos tempos em que um sundae custava bem menos, um menino de 10 anos entrou em uma cafeteria de hotel e sentou-se a uma mesa. Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele.
“Quanto custa um sundae?”
“Cinquenta centavos”, respondeu a garçonete.
O garotinho tirou a mão do bolso e contou várias moedas.
“Quanto custa um sorvete simples?”, ele perguntou.
Algumas pessoas já estavam esperando por uma mesa, e a garçonete estava um pouco impaciente.
“Trinta e cinco centavos”, disse ela bruscamente.
O menininho contou novamente as moedas. “Vou querer o sorvete simples”, disse ele.
A garçonete trouxe o sorvete, colocou a conta na mesa e afastou-se. O menino terminou o sorvete, pagou no caixa e foi embora.
Quando a garçonete voltou, começou a limpar a mesa e engoliu a seco ao ver o que estava ali. Ao lado do prato vazio, estavam duas moedas de cinco centavos e cinco moedas de um centavo - a gorjeta dela.
“O verdadeiro autorrespeito é uma atitude de dignidade interior. Significa ser leal à realeza dentro de mim. O autorrespeito molda o que faço e como faço”
O verdadeiro autorrespeito é uma atitude de dignidade interior. Significa ser leal à realeza dentro de mim. O autorrespeito molda o que faço e como faço. Com consideração cuidadosa, trago qualidade e virtude a cada ação. Então, minhas ações são respeitosas para com os outros e o meu autorrespeito cresce.
O respeito pelos outros é uma expressão de autorrespeito.
Cada vez que você lê uma história, perceba o sentimento que ela deixa em você.
Qual foi o sentimento desta?
Que você possa usufruir de sentimentos que tocam a essência do ser!
Roel, professora de meditação Raja Yoga em Serra Negra-SP
Cozinhar, comer e reconectar-se
Em meio à rotina acelerada e aos desafios do dia a dia, é fácil se perder de si. Com suas demandas e pressões, o mundo moderno muitas vezes nos afasta de quem realmente somos, do que nos nutre tanto física quanto espiritualmente. No entanto, o ato de cozinhar e de comer pode ser uma ferramenta poderosa para fazermos essa conexão com nossa essência.
Cozinhar é um ato de amor e comer é mais do que apenas uma necessidade biológica. É um gesto transformador, capaz de nos elevar, se feito com calma, com ingredientes certos e na lembrança de Deus.
Perceber como certos alimentos nos afetam, como nos sentimos antes e depois de uma refeição, nos traz informações
valiosas sobre o que realmente nutre nosso corpo e nossa mente. Assim, a alimentação se transforma num caminho de autodescoberta. Você começa a identificar os alimentos que trazem leveza, energia e vitalidade, e os que, por outro lado, desequilibram a nossa mente, com medo, ansiedade e desejos.
Sugiro que você faça essa receita em silêncio, lembrando-se de Deus. Depois de saboreá-la, observe-se e escreva sobre suas percepções e sentimentos. Topa? *
Ana Paula Paixão pratica meditação Raja Yoga há mais de 14 anos. É designer, culinarista e encantada com a natureza
TORTA DE LENTILHA ROSA COM LEGUMES Ingredientes
• 200 g de lentilha rosa
• 1 xícara de brócolis em floretes
• 1 xícara de couve-flor em floretes
• ½ xícara de cenoura em cubinhos
• ¼ xícara de azeite de oliva
• Orégano e sal a gosto
Modo de preparo
Deixe a lentilha de molho por duas horas. Escorra a água e coloque a lentilha no liquidificador. Acrescente uma xícara de água filtrada, o azeite e os temperos. Bata bem e reserve. Em uma panela, coloque os legumes para refogar por alguns minutos, até ficarem al dente. Quando esfriar, misture-os na massa e ponha para assar, por 15 minutos, em forno a 180 graus.
* OM ÚLTIMA PALAVRA * por Dadi Janki
TEXTOS RETIRADOS DO LIVRO COMPANHEIRA DE DEUS, DE DADI JANKI
Conversar com o Eu
Quando você conversa consigo, em sua mente, a que eu você se dirige? E como? Normalmente, as pessoas não conversam com sua divindade, mas com o aspecto mais superficial de sua personalidade cotidiana. E, muitas vezes, é uma corrente de medos, reclamações e uma repetição, sem raciocínio, de coisas velhas.
Se falássemos dessa forma com outro ser humano, teríamos que pedir desculpas.
Aprender a falar adequadamente com o Eu é um esforço espiritual.
Pensamentos do passado e preocupações com o futuro não criam boa conversação.
Ao invés, aprenda a falar com sua mente como se ela fosse uma criança. Converse com ela com amor.
Se você forçar uma criança a sentar-se, ela não sentará.
Uma boa mãe sabe como preparar uma criança para fazer o que ela quer. Seja uma boa mãe para sua mente. Ensine-a pensamentos bons, positivos, de modo que, quando você falar para ela se sentar em silêncio, ela o fará.
Ame sua mente. Permaneça feliz.
Dirigente do Eu
Há uma conexão entre uma mente pacífica e o comportamento bom.
É interessante notar como o aparato sensorial - visão, tato, audição, paladar e olfato - está envolvido nisso.
Por exemplo: suponha que eu me prometi que não ficaria mais zangada, mas então, mais tarde, naquele dia, eu vejo ou ouço alguma coisa negativa.
Se eu me permitir esquecer a promessa, isto é, se meu nível de consciência voltar ao que era antes dela, então é provável que minha reação imediata seja igualmente negativa.
No entanto, se eu lembrar da promessa que me fiz, os mesmos estímulos provavelmente produzirão uma resposta mais sábia e com mais recursos.
Com os estudos espirituais, minha mente cresce forte neste compromisso com a paz e a verdade em ação.
Esta força me permite obter controle sobre os órgãos dos sentidos.
Eu, simplesmente, não lhes permito assumir o que quiserem conforme algum dos meus velhos hábitos.
Eu permaneço conscientemente presente, monitorando o que quer que façam. É o primeiro passo para tornar-me um mestre-dirigente do Reino do Eu.
Dadi Janki, yogini indiana, líder espiritual da Brahma Kumaris, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica do Texas como a mente mais estável do mundo. Deixou o corpo físico e ascendeu ao mundo espiritual em março de 2020
* MEDITAÇÕES OM LINE *
De volta à Fonte
Meditação “De volta à Fonte”, do canal da Brahma Kumaris Brasil no YouTube. Clique no ícone acima para ver o vídeo
brahmakumaris.org.br/revista