E assim deve ser / Que essa canção traga paz
Música de Fábio Cascadura e interpretação de Alex Pochat e os 5 elementos. Clique no ícone acima para ouvir a música.
Esta edição é um tributo à paz. A paz em todas as línguas.
A busca mundial pela paz vem tornando-se cada vez mais intensa, porém, parece que quanto mais cresce a busca frenética pela paz, mais aumenta a violência global em todas as esferas.
Mas o que é mesmo a paz? Onde encontrá-la? Como deve ser a jornada de um pacificador? Como mergulhar na paz?
A primeira edição da revista Om Line do ano de 2023 trás uma profunda reflexão sobre a paz. São textos leves e variados de yogis experientes no assunto da paz. Há ainda um vídeo clipe especial sobre a paz: “Que essa canção traga paz”.
Esta edição é para ser experimentada: ouça, leia, veja, sinta e mergulhe na paz que já existe dentro de você.
Feliz Ano Novo. Que seja um ano de muita paz!
Caro Leitor, Saudações de Paz! Goreth Dunningham e equipe Om Line * CARTA AO LEITOR *14. MATÉRIA DE CAPA
Paz na Linguagem do Silêncio Patrícia Schmidt Carvalho
8. OM PRIMEIRA PALAVRA
Sou um ser de paz Ken O’Donnell
10.
OM INSPIRAÇÃO
Paz no Mundo Dadi Prakashmani
14.
OM SHANTI
Paz em várias línguas
20.
OM VIRTUDES
A linguagem da Paz Paulo Sergio Barros
28.
OM TRANSFORMAÇÃO
Paz em todas as línguas Rute Freitas
34. OM COMIDA PURA
Kitchari, paz para corpo e alma Ana Paula Paixão
24. OM JOVEM
A Paz em todas as línguas - Espaço Jovem Augusto Zimbres
36.
OM ÚLTIMA PALAVRA
A Paz Original Dadi Janki
A JORNADA DO PACIFICADOR
Vídeo com Amanda Shapovalov apresentando a paz, a partir do livro “A jornada do Pacificador” de Mike George, pela Editora Brahma Kumaris. Clique no ícone acima para ver o vídeo.
OM SHANTI!
EXPEDIENTE
Editora: Goreth Dunningham
Design e diagramação: Felipe Arcoverde Revisão: Valéria Ferreira Amores Site: Ricardo Skaf Mídias Socias: Naiara Rios Colaboração: Samanta Brandão e Sandra Costa Ilustrações: Freepik.com
Envie para nós os seus e-mails, dúvidas e sugestões, através do Facebook e Instagram ou e-mail: revista.omline@br.brahmakumaris.org Facebook.com/omlinebrahmakumaris Instagram.com/omlinebrahmakumaris www.brahmakumaris.org.br/revista
Sou um ser de paz
Trechos retirados do livro “Reflexões para uma Vida Plena”, de Ken O’Donnell, pela Editora Brahma Kumaris
Paz é o meu estado natural, o ponto de referência do ser que serve para medir o que não é paz. Assim como a febre indica um quadro anormal no corpo, a perda da paz mostra que o ser está em desequilíbrio. A temperatura alta denota a luta do organismo para expelir algo estranho, algo que não lhe pertence. Do mesmo modo, a falta de paz não é uma simples luta contra os elementos que se infiltram no meu mundo interior e começam a me esquentar. É a própria paz que reside em mim que diz: “Você não faz parte da minha natureza. Por favor, saia daqui!”
Por que não posso reconhecer que possuo um termômetro embutido em mim que me diz que uma situação é boa ou ruim, violenta ou pacífica, doce ou amarga? O que isso pode ser, exceto a voz do meu estado natural que exerce seu poder de discernimento? A tensão do conflito entre o natural e o estranho cria o barulho dos pensamentos que não me permitem perceber o pano de fundo do silêncio. Não importa quanto as pessoas e as situações me puxem para fora do barco da evolução espiritual, preciso me segurar ao mastro da paz.
*
Ken O’Donnell é praticante de meditação Raja Yoga desde 1975 (47 anos). É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. Atual coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul.
PAZ NO MUNDO
Trechos retirados do seu livro “Seu Nome significa Joia de Luz”, pela Editora Brahma Kumaris
Um ser humano pacífico é a fundação de um mundo pacífico e mostrara o caminho da paz para muitos outros seres humanos. Nossa meta é essa. Queremos dizer a todos:” Cada um de vocês, continuem a acordar outros “e de cada gota há a criação de um lago, de cada tijolo há a criação do palácio inteiro. Ao acender a luz de uma alma, o mundo inteiro pode ser aceso. De um, dez acorda-
rão, de dez, cem acordarão, de cem, mil acordarão. No final, o mundo inteiro será acordado e então haverá paz no mundo. A paz mundial não pode ocorrer através de se implorar por ela. Não tem nenhuma utilidade dizer” Deixe que haja paz na Terra”. O instrumento prático para a paz é “Torne-se pacífico e, vendo você, os outros se tornarão pacíficos “. De um, a paz chegará a muitos.
MENSAGEM PARA O PROJETO UM MILHÃO DE MINUTOS DE PAZ
Cada um, de cada país, cada cidade, pequena ou grande, deveria fazer uma promessa de coração que daremos um minuto de doação de paz à toda natureza, aos 5 elementos da matéria, a todas as almas, aos animais e aos insetos. Somos os filhos do Doador de Paz. Não somos os filhos do Doador de Tristeza. O Pai Supremo, a Alma Suprema, não é o Doador de Tristeza, mas o Doador de Paz. Quando ouço as tristes notícias de todos os lugares, sinto que não são apenas aquelas almas que estão passando por tristeza, mas que todos nós estamos passando por tristeza. Como todos somos filhos de Um Pai, devemos, então, fazer a doação de amor, a doação de paz, a doação de sentimentos e devemos lidar com os outros com amor. Deixem que todas as pessoas saibam hoje que somos todos filhos de Um Pai, todos nós pertencemos a uma mesma religião de paz, sob o mesmo governo das leis da espiritualidade, falamos uma mesma linguagem de amor e acreditamos em uma mesma ideologia de integridade. Se as pessoas soubessem disso, todas as interações seriam baseadas em amor.
Dadi Prakashmani foi uma das principais dirigentes mundial da Brahma Kumaris.
PAZ
NA LINGUAGEM DO SILÊNCIO
Ao contrário do que muitos pensam, o silêncio fala. É uma linguagem poderosa, repleta de energia e vibração. A pausa também comunica. Os olhos se expressam em silêncio e muitas vezes, dizem coisas que as palavras não alcançam. A ausência de comunicação dá recados que para um bom entendedor são suficientes para entender a mensagem. Silêncio é, porque não dizer, a linguagem universal da alma.
De acordo com a perspectiva espiritual, que nos abre novas dimensões da realidade, a origem da alma é silêncio. Uma dimensão além desse mundo físico, do mundo das formas, das palavras, dos conceitos. Um mundo de silêncio, onde a alma habita em seu estado de plenitude absoluta. Como Deus. Uma pequena semente, que contém em si a gravação de toda a existência, mas de forma latente. E neste estado de preenchimento absoluto, a única experiência que poderíamos descrever é a experiência de paz total. Um estado de quie-
tude, além de qualquer expressão. A alma simplesmente é. E esta experiência do “lar” deixa gravada no ser, o registro desse estado de paz, que buscamos pela vida toda.
Quando cultivamos momentos de silêncio durante o dia e experimentamos essa doce paz interior, somos capazes de encontrar a fórmula interna correta para enfrentarmos as diversas situações do dia a dia, e assim permanecemos crescendo, alargando nossa capacidade humana. Pois cada dia nos traz novos desafios, que servem tanto para nos mobilizar a encontrarmos nosso eu melhor, como para nos afundar num turbilhão de questionamentos internos e dúvidas sobre o nosso próprio valor. É
tudo uma questão de perspectiva. E a paz definitivamente é o ingrediente que nos permite surfarmos por estas ondas, e alcançarmos esse estado de fluxo, onde a mágica acontece, o impossível torna-se possível e o ser é capaz de alcançar alta performance em tudo o que se predispõe a vivenciar.
Também é a paz que nos capacita a alcançarmos esse estado de quietude interna que nos permite conectarmos com o divino adormecido dentro de nós. Como um arqueólogo que vasculha pacientemente em busca de resquícios de civilizações antigas, a paz nos capacita a fazermos essa arqueologia interior, buscando resquícios de nossa própria divinidade, de
“Quando cultivamos momentos de silêncio durante o dia, e experimentamos essa doce paz interior, somos capazes de encontrar a fórmula interna correta para enfrentarmos as diversas situações do dia a dia, e assim permanecemos crescendo, alargando nossa capacidade humana”
uma época em que nossa expressão era à imagem e semelhança de Deus. Desta época restam apenas memórias internas e memoriais externos, na forma de imagens, rituais, devoção. Mas, o ser divino que um dia fomos continua habitando a nossa essência, esperando pelo momento em que seremos capazes de revelá-lo uma vez mais. Não é à toa que um dos mantras mais conhecidos na Índia é o mantra HUM SO, SO HUM – O que eu fui, voltarei a ser. Mas é também na experiência da paz que somos capazes de perceber e nos conectarmos com Aquele Ser que é conhecido como o Oceano de Paz, o Supremo, completamente estável, imóvel no seu estado. Deus. Porque a paz torna
a percepção do ser mais sutil. É na calmaria que podemos escutar sons que no meio do ruído passam imperceptíveis. É na calma que podemos perceber mínimos movimentos. Os sentidos silenciam na paz e somos capazes de perceber uma realidade supra sensorial, que está lá, acontecendo o tempo todo. Apesar de Deus não ser Onipresente, no sentido de que está em mim, ou em você, Ele está disponível para fazer parte da nossa vida a todo do momento. Basta um instante de paz e a comunicação, comunhão, acontece.
E neste momento, nos tornamos nós também, pequenos oceanos de paz, agentes de paz, num mundo em que as diferenças se exacerbam e tornam o mundo
que deveria ser complexo e variado, complicado e desafiador. A complementariedade dá lugar à competição, o amor dá lugar ao medo, a sincronicidade dá lugar à labuta, a unidade dá lugar à polarização, a harmonia às disputas insanas por cargos e posições temporárias, que escondem a verdade. O inverno da humanidade aparentemente parece árido, sem
cor, frio, vazio. Mais do que nunca, o mundo clama por agentes de paz, pessoas que saibam ver que depois do inverno sempre virá a primavera, e uma vez mais, as flores vão desabrochar. Basta não perdermos a esperança e a disposição para essa aventura maravilhosa que é a vida humana, com todas as suas nuances, com todas as suas estações. *
Patrícia Schmidt Carvalho é cirurgiãdentista e pratica meditação Raja Yoga há 32 anos.
A linguagem da
A paz é uma busca universal expressa através de muitas atitudes devocionais, espiritualistas e linguagens (verbais ou gestuais). Como seres multiculturais, nós, humanos temos muitas formas de expressar ou buscar a paz: festivais, orações, meditação, peregrinações etc. Também usamos muitas palavras e expressões em muitas línguas para nos referirmos à paz. Paz, Peace, Paix, Мир (Mir), سلام (Salam), शांति (Shanti) etc. Muitas saudações em diversas culturas são votos de paz como Salaam alaikum (Que a paz esteja com você, na cultura árabe); o Namaste na Índia (com muitos significados, entre eles: Eu me curvo a você ou O divino em mim reconhece o divino em você); e o Sawubona, entre algumas tribos sul-africanas, cujo significado é: Vejo você, você é importante para mim e eu lhe valorizo. Em resposta a essa saudação se diz Shikoba (Então eu existo para você). Essas e outras saudações presentes
em muitas culturas são formas de reconhecer a importância da paz para a convivência e valorizar o outro naquilo que ele tem de espiritual, ou seja, as suas virtudes.
Essa diversidade cultural e linguística, expressa a busca pela paz social e espiritual. Contudo, essa busca pela paz interior e relacional às vezes, paradoxalmente, tem seguido pelos caminhos do desrespeito pelo outro diferente; da ganância, causadora das injustiças sociais e conflitos entre povos e nações; do ódio em suas múltiplas formas de violência física e simbólica; e da arrogância e a suas expressões de negação, de perseguição e de submissão de indivíduos e grupos sociais.
As formas diferentes e incessantes de buscar a paz refletem a *
nossa dificuldade de encontrar o verdadeiro caminho até ela: o silêncio espiritual. O silêncio é a linguagem espiritual universal para vivenciarmos e compartilharmos a paz. Quando todos nós desenvolvermos a prática de pensar, falar, agir e relacionar-se a partir do reconhecimento e experiências das nossas virtudes, assim como das virtudes dos outros, haverá experiências de paz pessoal e social através do respeito, do amor, da compreensão, da solidariedade, da honestidade etc. Viveremos em uma sociedade cuja linguagem será compreendida por todos, pois estará fundamentada em valores espirituais, os quais se expressarão através das palavras, dos gestos, do sorriso, do olhar. A paz será, então, natural em todos nós.
* OM VIRTUDES * por Paulo Sergio Barros“Quando todos nós desenvolvermos a prática de pensar, falar, agir e relacionar-se a partir do reconhecimento e experiências das nossas virtudes, assim como das virtudes dos outros, haverá experiências de paz pessoal e social através do respeito, do amor, da compreensão, da solidariedade, da honestidade etc.”
Paulo Barros é educador, escritor e professor da Brahma Kumaris em Fortaleza-CE.
* OM JOVEM * por Augusto ZimbresA PAZ EM TODAS AS LÍNGUAS
Espaço Jovem
Para conhecer um pouco mais sobre a paz em todas as línguas numa perspectiva jovem, fizemos uma pesquisa com jovens de cinco países diferentes ao redor do globo sobre como eles vivem a paz em algo prático de suas vidas que, frequentemente, interfere em um estado pleno de paz: trabalho ou estudos. As respostas, que compartilhamos aqui abaixo com você, deixam muito claro que a paz é uma linguagem universal, que se expressa em nossas vidas práticas, de acordo com o quanto somos conscientes dela. peace, paz, shanti...
“Aliviar o sofrimento de um paciente requer mais do que apenas remédios. Por isso, além de prestar cuidados médicos, tento trazer uma energia de paz e estabilidade dentro de mim, o que também ajuda a confortar os doentes.”
Shivani Dayal tem 26 anos e é uma estagiária de medicina nos EUA
“Quando me sinto cansado e estressado, o conhecimento espiritual me ajuda a obter energia e calma. Quando vou ao centro BK, sinto que estamos unidos como uma família lá e estamos com o Pai, e isto me reenergiza para lidar com os meus desafios profissionais com estabilidade.”
Roman Levitski tem 36 anos e atua como gerente na Estónia
“A empatia é uma forma importante de viver a paz. Quando se tem empatia, pode-se ver as necessidades reais e atender as pessoas que precisam da sua ajuda enquanto se faz pesquisa. Aplico o método antropológico, que permite que as pessoas lhe digam o que precisam ou sabem, antes de lhes dizer o que precisam. Isto é viver a paz.”
Manape Shogole tem 29 anos, é antropóloga social e investigadora de saúde pública na África do Sul
“Comecei a trabalhar em tempo integral como engenheiro há 8 anos. Naquela época, eu estava estressado, ansioso e sem confiança no trabalho. Graças à meditação, hoje em dia estou mais tranquilo no meu trabalho, e capaz de lidar com situações desafiantes de forma mais equilibrada.”
Wesley Ford tem 31 anos e trabalha com engenharia na Austrália
“Na faculdade de ecologia, aprendemos sobretudo sobre como proteger a natureza utilizando filtros em tecidos, materiais tóxicos ou energia renovável. Mais tarde, quando terminei os meus estudos, fui voluntária na melhor ONG da nossa cidade. Trabalhamos em tantas coisas, tais como construir um fogão à lenha e preparar uma casa, e tudo a partir de materiais extraídos da terra. A natureza fala através da paz e traz a paz.” Amra Ćamdžić tem 32 anos e é engenheira de proteção ambiental na Bósnia e Herzegovina
Augusto Zimbres é apresentador do canal de YouTube Inspira Saúde Plena. Lidera o movimento jovem da Brahma Kumaris para a América Latina com muito ânimo e entusiasmo.
Precisamos nos empenhar mais para criar uma cultura mundial de supremo valor à vida de todos os seres vivos do planeta. Assim a cultura da Paz será verdadeira para todos os povos.
A BUSCA MUNDIAL
PELA PAZ E FELICIDADE
A humanidade em geral quer vivenciar uma vida pacífica e viver de modo a experenciar a felicidade nos seus relacionamentos. O anseio básico por paz, felicidade, e superação do sofrimento e de conflitos, existe em todas as nações do mundo. Mas, como vivemos em uma sociedade com diferentes culturas, é quase certo que passemos por momentos de conflitos, desavenças e discórdias. Vejamos, conflitos na esfera das ideias e opiniões, podem causar debates e pesquisas novas bem relevantes para o meio ambiente e planeta. A espiritualidade nos ensina que o que existe de valioso no
conflito é a maneira como nós nos relacionamentos com o mesmo, ou seja, se sabemos utilizá-los positivamente. Neste sentido, nossa atitude mental é fundamental: pois se conseguimos sustentar a Paz no nosso interior, as forças externas “hostis” não conseguirão alterar nosso equilíbrio e felicidade. O que não acontecerá se nossa mente estiver agitada e estressada, mesmo quando estamos cercados de conforto e riqueza material.
QUE REINE A PAZ ENTRE NÓS
Vejamos, na atualidade, parte da humanidade possui um padrão elevado de facilidades materiais, resultantes da contribuição da tec-
edição 21 / ano 06
“A espiritualidade e as pesquisas cientificas, apontam que o conforto material, por si só, não consegue proporcionar a tão desejada “Paz” e felicidade. Os recursos materiais podem causar conforto físico, e podem até mesmo facilitar a harmonia social física, mas são nossos sentimentos internos, nossa conexão com as virtudes Divinas de Deus, os responsáveis pela nossa Paz Interior e felicidade” nologia e da ciência. Mas, a inquietação e preocupação mental, de muitos, também se faz presente nessa realidade das facilidades materiais. A espiritualidade e as pesquisas cientificas, apontam que o conforto material, por si só, não consegue proporcionar a tão desejada “Paz” e felicidade. Os recursos materiais podem causar conforto físico, e podem até mesmo facilitar a harmonia social física, mas são nossos sentimentos internos, nossa
conexão com as virtudes Divinas de Deus, os responsáveis pela nossa Paz Interior e felicidade. São esses sentimentos que fortalecem a Paz e harmonia entre todos os seres.
Quando analisamos uma realidade de paz e outra onde a não paz se faz presente, percebemos a destruição que impera no meio ambiente e no interior dos que estão nesta realidade. A violência, raiva, são emoções destrutivas, e nos afastam da Paz interior e da
Paz social. Neste aspecto, a espiritualidade, tem o poder de nos mostrar caminhos e soluções para cultivarmos uma mente pacifica e capaz de controlar a raiva interior e social. É claro, que para a paz reinar entre nós, o tempo é um fator que apresenta um papel importante, pois para cultivarmos a Paz interior e a Felicidade interior e social, é necessário empenho constante na pratica das leis do conhecimento e da meditação.
OM SHANTI: SOU UM SER DE PAZ
Cada um de nós, somos em essência um ser de paz, e temos o poder de desenvolver um coração pacifico e generoso para com todos os seres vivos. Todos possuímos o mesmo potencial para nos dedicarmos a praticar as virtudes que fortalecem a paz interior e social. Também possuímos condições de contribuir com melhores condições sociais, tornar o mundo mais feliz, e com uma hu-
“A compreensão que somos seres de paz, pode ser adquirida pela meditação, reflexão e contemplação através do estudo das leis da espiritualidade, como aprendemos na Universidade Mundial de Meditação Brahma Kumaris”
manidade mais pacifica. A cultura da Paz, acontece com o somatório da boa vontade de cada um, assim como da compreensão do que realmente representa a vida em si.
A PAZ QUE EXISTE EM MIM SAÚDA A PAZ QUE EXISTE EM VOCÊ
Cada pessoa que expressa sua natureza pacifica, tem em si o poder de beneficiar os que a cercam com a virtude da paz. Quando tomamos a decisão de operar sobre a verda-
de interior: A paz que existe em mim saúda a Paz que existe em você, espalhamos e fortalecemos o poder que a Paz nos confere. Desenvolvemos a capacidade de beneficiar a família, vizinhos e comunidade.
A compreensão que somos seres de paz, pode ser adquirida pela meditação, reflexão e contemplação através do estudo das leis da espiritualidade, como aprendemos na Universidade Mundial de Meditação Brahma Kumaris. A compreensão, fundamentada pela
percepção e familiaridade com a verdadeira Paz, nos aproxima de um estado emocional de auto soberano, onde nos tornamos os doadores da Paz, para o outro e para o meio ambiente como um todo.
CONCLUSÃO: A PAZ ESTÁ
te de poder infinito, é onde tenho o poder de encontrar a força da paz para lidar com tudo o que está externo a mim, e assim contribuir com a Paz no planeta. Om shanti, Om shanti, Om Shanti. *
PRESENTE
E GUARDADA NO MEU CORAÇÃO
Existe um caminho para a Paz Interior e para a Paz no planeta. E ela se inicia através da compreensão que existem duas verdades, uma proveniente da nossa identificação com a matéria e a verdade presente no nosso interior, que é expressa através dos nossos pensamentos.
Uma depende do que está externo a mim, e a outra é minha fon-
Rute Freitas é praticando de meditação na BK, matemática, mestre em Computação, especialista em Ciência da Mente e Pensamentos Positivos, PNL, terapeuta holística, voluntária da coordenação da Campanha Escolha a Calma e da executiva do Movimento Internacional da Cultura da Paz, em Campinas-SP.
Kitchari, paz para corpo e alma
Cheiros, sabores, sensações. Ter ido à Índia e exposto meus sentidos nesse lugar mágico deixou impressões positivas no meu “eu”, que em alguns momentos retornam em forma de lembranças e experiências. Acho que por isso, ao ler o tema desta edição, me conectei a uma comida indiana que amo fazer: o kitchari. Já ouviu falar? É um arroz com lentilha, só que com um toque especial de temperos e especiarias. Um tipo de alimento que pacifica o corpo, acalma e acolhe a alma. Isso porque ele é leve, super nutritivo e muito fácil de digerir. Imagine unir a esse prato uma dose de amor, paciência e vibrações positivas? Isso é possível simplesmente ao lembrar de Deus enquanto o prepara.
Prontos para essa experiência?
KITCHARI VEGANO
Ingredientes
• 01 xícara de arroz branco
• 01 xícara de lentilhas deixadas de molho
• 04 xícaras de água
• 02 colheres (sopa) de óleo de coco
• 01 colher (chá) de mostarda preta em grão
• 03 folhas de louro
• 01 colher (chá) de cominho
• 01 colher (chá) de semente de coentro moída
• 01 colher (chá) de erva-doce moída
• 01 colher (chá) de açafrão
• 01 pitada de pimenta-do-reino moída
• ½ colher (chá) de sal
• ½ colher (sopa) de gengibre ralado
• Folinhas de coentro para decorar
Modo de preparar
Em uma panela coloque o óleo de coco e todos os temperos e especiarias para refogarem. Em seguida acrescente o arroz, a lentilha e a água. Deixe cozinhar por uns 15 minutos ou até secar. Sirva em cumbucas, decore com o coentro e coma quentinho.
Ana Paula Paixão, pratica meditação Raja Yoga há mais de 12 anos. É designer, culinarista e encantada com a natureza.
A PAZ ORIGINAL
Trechos retirados do livro “Companheira de Deus”, de Dadi Janki, pela Editora Brahma Kumaris
Dadi Janki, yogini indiana, líder espiritual da Brahma Kumaris, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica do Texas como a mente mais estável do mundo. Deixou o corpo físico e ascendeu ao mundo espiritual em março de 2020.
Não é necessário procurar a paz. Ela está dentro.
Seu estado original é o de paz.
Situações externas o levarão para longe da sua paz se você deixar.
Os sentimentos internos também podem tirar sua paz. O cansaço, por exemplo, o leva à irritabilidade. Aprenda a ficar no controle de si e mantenha sua paz: centralize sua consciência na sua forma espiritual, um pequenino ponto de luz como uma estrela localizada no meio de sua testa.
Experimente realmente a diferença entre você, a estrela brilhante, e seu corpo, o veículo físico. Aprenda a desapegar-se do seu veículo.
Alguns momentos desta prática feita regularmente lhe devolverá o seu estado natural de paz.
O cansaço desaparecerá. A irritabilidade também.
E suas ações serão preenchidas com amor para si e para os outros.
Mergulando na Paz
Meditação “Mergulhando na Paz” conduzida por Patricia Cantalino. Clique no ícone acima para ouvir a meditação.