Mudei de ideia
Sim, eu mudei de ideia, não sou tão inconstante Foi apenas pedra dura que se quebrou num instante Com a gentil água mole, água doce, água de néctar
Sim, eu mudei de ideia, sou um mutante aprendiz Como uma lagarta que amanhã parece outro ser, um ser alado
Mas era a mesma, o mesmo ser, apenas no anterior estado
Mudei de ideia, mutante aprendiz
Mudei de ideia e mais que ter uma ideia Eu quero ser feliz
Música “Mudei de ideia”, do álbum “Viratrupe”, da Editora Brahma Kumaris. Clique no ícone ao lado para ouvir.
Saudações de paz!
É com muita alegria que apresentamos a mais nova edição da revista Om Line. Com um tema atual e desafiador, esta edição é um convite ao novo, ao movimento interno e, também, ao silêncio que produz limpeza e restauração.
Novas formas de pensar, ver, falar, fazer, comer, interagir, enfim, viver. Viva a vida! Não como uma rotina chata e previsível, mas que essa rotina seja cheia de significado e aprendizado. Afinal, a vida é uma escola e nós somos os alunos. Vamos aprender a ser contentes com o que tem pra hoje? Vamooos!!!
Goreth Dunningham e equipe Om Line
22. MATÉRIA DE CAPA
O novo sempre vem…
Patrícia Schmidt Carvalho
8. OM PRIMEIRA PALAVRA
Reinvenção pessoal
Ken O’Donnell
36. OM JOVEM
Inteligência artificial, mas reinvenção natural
Augusto Zimbres
A jornada de Ana: reinventando a comunicação
Rute Freitas
18. OM VIRTUDES
Viver é reinventar o nosso poder de aprendizagem criativa
Paulo Sergio Barros
26.
Ressignificar-se
Ramon Almeida
32.
Saindo de velhos padrões mentais
Rosane Moskalewski
40. OM COMIDA PURA
Escute seu corpo e reinvente sua nutrição
Ana Paula Paixão
42.
Brownie Raw
Nancy Oliveira
44. OM ÚLTIMA PALAVRA
Sucesso
Dadi Janki
REINVENTAR-SE É PRECISO!
OM SHANTI!
EXPEDIENTE
Editora:
Goreth Dunningham
Design e diagramação: Felipe Arcoverde
Revisão:
Josélia Ribeiro
Site: Ricardo Skaf
Mídias sociais: Naiara Rios
Colaboração:
Samanta Brandão e Sandra Costa
Ilustrações: Freepik.com
Envie para nós os seus e-mails, dúvidas e sugestões, pelo Facebook e Instagram ou e-mail: revista.omline@br.brahmakumaris.org
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Reinvenção pessoal
Recentemente, conduzi um retiro sobre resiliência e estabilidade em nosso centro de retiros em Serra Negra (SP). Perguntei se as pessoas já enfrentaram algo na seguinte lista: perda de ente querido, coração partido, desastre – natural ou acidental, falência ou perda significativa de dinheiro, perda de emprego, divórcio difícil, infidelidade, aborto espontâneo, parente doente ou com limitação física, bullying, suicídio na família, alguma outra adversidade que deixou você excessivamente preocupado ou ansioso...
Todos os 40 da sala estavam com suas mãos levantadas. Em todos esses casos, eles tiveram que aprender a deixar o passado para trás e criar um novo futuro.
Talvez seja apenas a sensação de que não está vivendo a vida que deseja... que está preso em uma rotina, infeliz com as escolhas que está fazendo ou insatisfeito com os resultados que está obtendo. Como vimos,
muitas pessoas passam por períodos de perda, confusão e sentimentos de insatisfação. Às vezes, esses sentimentos são o resultado de eventos externos como a lista acima. Outras vezes, são o resultado de fatores internos, como baixa autoestima, crenças negativas ou falta de propósito na vida.
Seja qual for a causa, sentir-se infeliz onde está pode significar que você precisa se reinventar. Reinventar-se significa mudar os aspectos de si mesmo que não lhe servem mais. É adotar novos aspectos que se alinham com o eu autêntico e profundo e com o que você deseja alcançar. Mas como deixar seu passado para trás e criar um novo futuro? Como se reinventar para que isso seja significativo e sustentável? Aqui estão algumas dicas:
Comece com a autocompreensão e a autoconsciência. Uma das primeiras etapas para se reinventar é o autoconhecimento. É identificar quem você é realmente, quais são suas aspirações e o que está impedindo seu avanço. Uma maior clareza vem de ferramentas como a meditação e escrever suas experências num diário. Você também pode consultar alguém que já fez uma grande transformação na sua vida. Compreender a si mesmo o ajudará a identificar pontos fortes, pontos fracos, valores, paixões e objetivos.
Defina seus valores essenciais. É um exercício bastante útil. Esses são os princípios que orientam como você decide e age na vida. Eles refletem o que é mais importante para você e o que o faz feliz. Saber quais são seus valores essenciais o ajudará a alinhar suas escolhas com seu eu autêntico e a evitar comprometer sua integridade. Na Brahma Kumaris, temos vários workshops para ajudar as pessoas a descobrirem seus valores essenciais.
Pergunte a si mesmo o que precisa ser mudado. Tenha uma visão clara de quem você é e do que é importante para você. Em seguida, você pode começar a pensar sobre os aspectos de si mesmo ou de sua vida que gostaria de mudar. Talvez você queira mudar sua carreira, seus hábitos, seus relacionamentos ou sua maneira de pensar. Talvez queira aprender uma nova habilidade, adotar um novo interesse ou explorar um novo lugar. Seja qual for a mudança, certifique-se de que ela tenha ressonância em você e que serve para um bem maior.
Estabeleça metas realistas. Depois de identificar o que deseja mudar, você precisa estabelecer metas muito claras e alcançáveis. Essas metas o ajudarão a acompanhar seu progresso e a se manter
motivado à medida que começar a se reinventar. Por exemplo, se quiser mudar sua forma de pensar, você pode decidir: “Vou me inscrever em um curso de meditação on-line até o final deste mês”.
Crie hábitos positivos. Mudar seus hábitos é uma das maneiras mais poderosas de se reinventar. Os hábitos são as ações que repetimos diariamente de forma automática e inconsciente. Eles têm um impacto sobre sua identidade, comportamento e resultados. Ao mudar seus hábitos, você pode ter um impacto positivo em si mesmo e em sua vida. Por exemplo, se quiser ficar mais em forma e saudável, você pode adotar hábitos como exercícios regulares, alimentação vegetariana, beber água e dormir o suficiente.
Pratique a autorreflexão. A autorreflexão é o processo regular de examinar como você pensa, sente, age e se comporta. Ela o ajudará a avaliar seu progresso e a identificar áreas de melhoria. Você pode comemorar seus sucessos e aprender com seus erros. A autorreflexão também o ajuda a se manter em contato consigo mesmo e com suas metas e a fazer ajustes, se necessário. Há muitas ideias no nosso aplicativo MeditaBK que podem ajudá-lo a praticar a autorreflexão.
Seja honesto consigo. Um dos maiores desafios da autorreinvenção é ser honesto consigo mesmo. Isso significa reconhecer sua realidade sem negação ou distorção. Também significa assumir a responsabilidade por suas escolhas e consequências. Significa não culpar os outros ou dar desculpas. Ser honesto consigo o ajudará a enfrentar seus medos. Você pode superar seus obstáculos e crescer com suas experiências.
8. Peça apoio quando necessário. Pode ser difícil e solitário se reinventar. Por isso, é importante pedir o apoio de pessoas que se importam com seu desenvolvimento pessoal. Você pode encontrar muita ajuda entre amigos, familiares, mentores, coaches ou comunidades on-line. As pessoas que lhe dão apoio podem oferecer conselhos, incentivo, feedback, ou até recursos. Isso pode tornar sua jornada mais fácil e mais agradável.
Esteja aberto a novas oportunidades. Outro aspecto fundamental da autorreinvenção é estar aberto a novas possibilidades. Isso significa ser curioso e disposto a experimentar coisas novas. Também significa ser flexível, adaptável e disposto a mudar. Estar aberto a novas oportunidades o ajudará a descobrir e aprender coisas novas, a conhecer novas pessoas e a ampliar seus horizontes.
Desfrute do processo. Por fim, uma das etapas mais importantes para se reinventar é tirar proveito do processo. Isso significa se divertir, brincar e comemorar o que você alcançou. Também significa ser grato, otimista e resiliente quando for desafiado. Apreciar o processo o manterá motivado, inspirado e feliz em sua jornada de reinvenção.
Reinventar a si mesmo não é um evento único. É um processo contínuo de aprendizado, crescimento e desenvolvimento. Seguir essas etapas o ajudará a reinventar-se de forma real e duradoura. Você pode deixar o passado para trás e criar um novo futuro que esteja alinhado com seu verdadeiro eu e suas metas. Você pode viver uma vida que você quer viver.
*
Ken O’Donnell é praticante de meditação Raja Yoga desde 1975. É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. É o atual coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul.
A JORNADA DE ANA: REINVENTANDO A COMUNICAÇÃO
A JORNADA DE ANA:
QUE DECIDE REINVENTAR
SUA COMUNICAÇÃO
Uma jovem chamada Ana, próximo de completar 30 anos, sente a necessidade de reinventar sua comunicação. Ela queria evitar a confusão e atrito que até então existia na comunicação que vivenciava nos seus relacionamentos e a tornava cada vez mais estressada e triste. Então, Ana toma a decisão de encontrar a comunicação do coração.
Esse artigo versa sobre as decisões presentes na jornada de Ana para encontrar a comunicação do coração.
MOMENTO INICIAL: A REFLEXÃO
As diretrizes de cada relacionamento são em si complexas e muitas vezes norteadas pelas nossas expressões verbais. O que acontece na nossa mente quando nos relacionamentos norteia a mensagem que será comunicada. Foi este o conselho
que Ana recebeu de sua mentora espiritual, quando decide transformar sua comunicação. E, a partir daí, ela começa a buscar soluções.
Depois de muitos momentos de culpa e estresse, Ana entende que precisa parar por um tempo para refletir sobre como vinha vivenciando seus relacionamentos até então. Nesta reflexão, ela percebe que todo o potencial do bom convívio social depende em grande parte da qualidade dos sentimentos presentes no momento em que a comunicação acontece. E um esforço deve ser realizado para evitar sentimentos de conflitos.
Ana compreende a importância do pensamento na comunicação. É o pensamento que possui a capacidade de gerar os sentimentos de conflitos nos relacionamentos. Os conflitos nascem do significado que nossos pensamentos dão ao que estamos vendo ao nos relacionarmos.
Ela também percebe que o conflito e estresse presentes nos seus relacionamentos, até então, eram em grande parte provenientes das suas atitudes mentais, geradas pelos pensamentos que nutria quando se comunicava.
Algo precisava ser feito!
“Ana compreende a importância do pensamento na comunicação. É o pensamento que possui a capacidade de gerar os sentimentos de conflitos nos relacionamentos. Os conflitos nascem do significado que nossos pensamentos dão ao que estamos vendo ao nos relacionarmos”
OS PODERES DA ALMA
NA COMUNICAÇÃO DO CORAÇÃO
Diante desta decisão, Ana resolve meditar, com o propósito de compreender e transformar seus padrões mentais. Por meio das práticas de meditação, ela percebe que, para reinventar sua comunicação e encontrar a comunicação do coração, é necessário entender a diferença entre a comunicação da alma e comunicação do ego. Para tal, Ana resolve implementar o método ‘o poder das virtudes da alma’. E o método deveria ser formado por etapas.
ETAPA 1 - Auto-observação
Examinar os pensamentos que estão causando conflito na comunicação, ou seja, perceber quais os aspectos desta ou daquela situação que estão gerando raiva ou ressentimento nos meus relacionamentos;
ETAPA 2 - Poder da compreensão
Depois deste entendimento, é necessário ter clareza na mente para transformar o que está gerando ruído na comunicação e evitando que as virtudes da alma sejam comunicadas;
ETAPA 3 - Perceber a diferença entre a confusão do ego e o poder das virtudes da alma
Evitar reagir ao padrão mental de pensamentos que geram confusão e conflitos;
VEJA! PARECE, MAS NÃO É:
APRENDER A FILTRAR
AS INTERPRETAÇÕES
Depois de seis meses de meditação e implementação deste método, ela começa a transformar a perspectiva dos pensamentos na hora em que a comunicação acontece.
E, com a prática, ela percebe que:
“Nem sempre o que parece ser realmente é, ou seja, é necessário
entender as interpretações que surgem na mente, e, por meio deste entendimento, torna-se possível escolher filtrar as emoções e, com a criatividade da alma, encontrar a mensagem que fortaleça a paz e harmonia nos relacionamentos.”
ENFIM, A COMUNICAÇÃO DO CORAÇÃO
Enfim, Ana compreende que, para reinventar sua comunicação e expressar a comunicação do coração, ela teria de sentir o poder de uma mente livre de pensamentos
inúteis e fortalecida pelas virtudes da alma.
E, neste entendimento, ela percebe que faz a diferença o tom de voz, a expressão no seu rosto, e que teria de superar os bloqueios do ego e aprender a expressar o poder das virtudes da alma.
Assim foi a jornada que Ana implementou para alcançar a experiência da comunicação do coração, que é repleta de alegria, esperança, paz, felicidade.
E a sua jornada, você já definiu como será?
Rute Freitas é praticante de meditação na BK, matemática, mestre em Computação, especialista em Ciência da Mente e Pensamentos Positivos, PNL, terapeuta holística, voluntária da coordenação da Campanha Escolha a Calma e da executiva do Movimento Internacional da Cultura da Paz, em Campinas-SP.
Viver é reinventar o nosso poder de aprendizagem criativa
Aprender é reinventar-se, todos os dias. Aprendizagem significativa, transformadora, é a que provoca profunda modificação na nossa forma de pensar e, consequentemente, agir, relacionar-se. Ela nos transforma e também os outros, e não se limita a um aumento de conhecimento, mas abrange todas as nossas dimensões: intelectual, emocional, social, espiritual.
Reinventar-se é aprender seguindo o percurso traçado, não negar o vivido. Contudo, é preciso ousar, ter coragem, experimentar, imaginar, fazer da nossa mente um laboratório poético, imaginativo, romper as fronteiras desenhadas por nós mesmos e pelas instituições de nossa sociedade.
Podemos redesenhar o nosso percurso, traçar uma nova cartografia para as nossas ações, aprender com métodos, práticas, análises, lógicas. Aguçar o nosso intelecto com investigações sobre algo novo que nos ascenda ou estimular os nossos sentidos, emoções, intuição, imaginação e virtudes com técnicas de visualização ou meditação.
“Podemos redesenhar o nosso percurso, traçar uma nova cartografia para as nossas ações, aprender com métodos, práticas, análises, lógicas”
Somos criativos? Reinventamos o nosso cotidiano? Até que ponto? Vamos refletir sobre os pontos a seguir.
• Você cria cardápios e cozinha para si mesmo, família e amigos?
• Você combina cores, tecidos e acessórios ao vestir-se, criando um estilo próprio?
• Você aprecia diferentes estilos de música, de diferentes épocas, de diferentes culturas?
• Você costuma se encantar diante da complexidade ou beleza das coisas e procura saber como isso foi feito/funciona/aconteceu/surgiu em sua vida?
• Você se estimula com espetáculos excepcionais no campo de diferentes matizes da arte ou do esporte?
• Você pega uma caneta e uma folha de papel e produz um texto, um poema, um desenho sem se preocupar com juízos estéticos?
• Você toma notas fugindo do formato linear e usa técnicas como mapa mental, mapa conceitual, gráficos etc., usando diferentes cores?
• Você planeja algo novo no seu campo de trabalho todos os dias?
• Você planeja uma rota alternativa ao retornar para casa, um passeio diferente no final de
semana, uma viagem de férias diferente?
• Você cria novas experiências de meditação e experimenta sentimentos de paz, amor, contentamento e generosidade encantadores?
• Você capta, aprecia e aceita as virtudes dos outros, mesmo de pessoas desconhecidas ou de difícil relacionamento?
Eu paro aqui. A lista poderia se alongar demasiadamente. Porém, se você respondeu SIM a mais da metade das perguntas acima, você é criativo. Certamente não é afetado seriamente pelas monotonias, solidão ou cansaço mental. Tony Buzan afirma que o simples fato de estarmos vivos prova que somos muito criativos. O que você pensa sobre?
Agora, aumente a lista. Ou, se preferir, crie uma própria. Aprecie os SINS e respeite os NÃOS. Eles fazem parte do percurso. Lembre-se de reinventar os SINS e os NÃOS, sempre. *
no vo sem pre vem…
* MATÉRIA DE CAPA * por Patrícia Schmidt CarvalhoVida é movimento. O tempo é um fluxo de energia contínuo em direção ao futuro. E, a cada segundo, temos uma nova cena revelando-se para nós, nesta eterna dança da existência. Cena que traz novas oportunidades, novas experiências, novas descobertas.
Talvez o grande segredo da felicidade seja a capacidade de sermos leves e desprendidos o suficiente para nos manter alinhados com esse fluxo e, desta forma, não ficarmos estagnados, presos ao passado, a memórias, situações, percorrendo internamente velhos caminhos, que, sabemos, nos conduzirão à angústia, ao medo, ao sofrimento.
Talvez a maior dádiva do presente seja o convite para nos reinventarmos. A alma humana é completa, divina na sua essência. Como filhos de Deus, temos a plenitude como nossa herança, direito adquirido. Fazer emergir cada aspecto dessa
identidade e vivenciar a plenitude em nosso dia a dia se faz meta para todos aqueles que cultivam essa convicção internamente.
Sendo assim, cada situação, cada desafio, nada mais é do que um convite para nos conhecermos um pouco melhor e retirarmos da nossa cartola novas habilidades, virtudes, talentos, que farão de nossa experiência humana algo mais próximo da nossa essência. Afinal, “somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”.
No entanto, assim como em cada empreendimento, projeto, a pintura da vida também requer dedicação, atenção. Não exatamente esforço porque, quando nos envolvemos em algo prazeroso, não temos a sensação do empenho, mas precisamos entrar no estado de fluxo, em que as coisas acontecem com uma aura de mágica, de mística, de sincronicidade que nos revela novos horizontes. E, para isso,
conhecimento, atenção, concentração e foco são requeridos.
Frente a novos desafios, posso simplesmente reagir, com base em hábitos e memórias recentes, ou posso ir mais fundo em busca de memórias originais, gravadas na matriz divina que existe dentro de cada um de nós. Afinal, cada situação tem diferentes ângulos, e, para criar uma nova realidade, preciso começar com novas percepções, um novo olhar.
O próprio tempo pode ser interpretado como uma dádiva ou um desafio, uma vez que toda a experiência tem ingredientes internos
e externos. Se o externo é exuberante, mas o interno é vazio, tempo pode ser percebido como tédio. Mas, mesmo que o externo seja pobre, se o interno for rico, tempo é percebido com criatividade e inovação.
Quais seriam nossos ingredientes internos? Pensamentos, memórias experiências, conhecimento, personalidade, intuição, atitude.
Quais seriam os ingredientes externos? Relacionamentos, ambiente, tempo, situações.
Nas diversas encruzilhadas que naturalmente surgem ao longo da jornada, algumas virtudes
“Frente a novos desafios, posso simplesmente reagir, com base em hábitos e memórias recentes, ou posso ir mais fundo em busca de memórias originais, gravadas na matriz divina que existe dentro de cada um de nós”
neutralizam o impacto das situações sobre a nossa consciência, permitindo assim que possamos permanecer num campo vibracional positivo.
Coragem, determinação e uma dose de fé na benevolência por detrás de cada situação.
Mas, sem dúvida, o mais importante é nutrir e cultivar nossa força interior, poder espiritual que vem de nossa conexão íntima com Deus, esse Oceano, Fonte infindável de poder, que, sutilmente, envolve a alma numa aura protetora, que alimenta nosso ânimo e entusiasmo, que reafirma nossa capacidade e nosso autorrespeito, e que, acima de tudo, nos ama e nos aceita como somos. É essa conexão que garante que a alma jamais abandone a senda da autotransformação até que alcance, finalmente, o seu destino – a liberdade, a revelação de nossa forma divina, à imagem e semelhança de Deus.
“Don’t give up Cause I believe there is a place where we belong” “Não desista, porque eu acredito que há um lugar onde pertencemos”
Peter Gabriel
*
* OM INSPIRAÇÃO * por Ramon Almeida
Ressignificar-se
Os neurotransmissores são pombos-correios cerebrais, responsáveis por passar informações diuturnas entre os 86 bilhões de neurônios do cérebro humano, através das sinapses. Essa imensa rede de conexões distribui e processa contatos, sensações, percepções e registros mantidos na sede da memória ou hipocampo, como assim é denominado na anatomia cerebral.
Esse volume extraordinário de dados observados, processados e armazenados está restrito, é claro, às associações, imaginações, avaliações e raciocínios lógicos de quem os percebeu. Embora tendo características individuais e condicionadas, são assumidos como uma “realidade” que restringe a natureza absoluta da verdade a um mero processo cognitivo da experiência humana. A base da cognição fixada na memória fomenta “formas pensamentos” que se repetem, criando hábitos e estes, reiterados, geram crenças, as quais, de forma imperceptível, tentam se preservar num lapso de conforto superficial, consolidando um padrão de consciência meramente sensorial ou material que se alicerça nas convicções
“Esse volume extraordinário de dados observados, processados e armazenados está restrito, é claro, às associações, imaginações, avaliações e raciocínios lógicos de quem os percebeu”
dos ditames da própria mente e das citações alheias, respectivamente chamados de manmati e parmati, em sânscrito.
Assim são formadas as verdades relativas, caracterizadas por impressões mentais construídas no apelo das memórias e cristalizadas nas crenças arraigadas dos pensamentos habituais, mas que operam em mão dupla uma vez que as percepções sedimentadas neste padrão de consciência limitado passam a influenciar os futuros pensamentos, palavras e ações, condenando o ser insciente às satisfações ilusórias dos desejos, expectativas e apegos da mente elaborada, com a qual tende a se identificar, expandindo o ego que deveria ser transmutado.
A boa notícia é que é possível deixar de ser efeitos de causas pretéritas para se tornar causas de futuros e promissores efeitos, fato acolhido pela ciência no recente avanço dos estudos da neuroplasticidade, que trata da capacidade de transformação e adaptações do sistema nervoso, incluindo novas ligações neurais a partir de novas experiências. No particular, a meditação Raja Yoga ajuda - e muito - no abandono
do velho mundo de significados e interpretações, favorecendo o desenvolvimento e sentido da própria existência.
O Raja Yoga tem foco no reencontro da maestria sobre si mesmo. Orienta como transformar o padrão limitado de consciência a partir do encontro com a Conexão Real que apoia na superação de desejos sensoriais ou materiais subservientes à mente elaborada, até alcançar a consciência ilimitada e divina no resgate da Autossoberania.
Após citar as faculdades utilizadas para gerar pensamentos e para armazenar experiências, respectivamente a mente e o subconsciente (sanskars, no idioma sânscrito), é preciso explorar um terceiro atributo de grande importância que trata do discernimento ou capacidade de fazer escolhas certas por saber distinguir o que é importante do que é essencial, comumente conhecido por intelecto (não confundir com racionalidade) ou buddhi (em sânscrito), revelando o adequado e natural poder de orientar, raciocinar, discernir, avaliar, compreender e entender cada situação.
O intelecto deve permanecer ativo, e isso
“O Raja Yoga tem foco no reencontro da maestria sobre si mesmo. Orienta como transformar o padrão limitado de consciência a partir do encontro com a Conexão Real que apoia na superação de desejos sensoriais ou materiais subservientes à mente elaborada, até alcançar a consciência ilimitada e divina no resgate da Autossoberania”
traduz a diferença entre reagir e responder. Um intelecto passivo apenas reage com base em dados conhecidos e confortáveis, submetendo a mente à imperícia das convicções pretéritas. Por sua vez, um intelecto ativo amplia as habilidades da mente, tornando-a capaz de responder com precisão e maestria ao apontar a melhor conduta diante de cada cenário, sustentando a atenção, o máximo possível, no momento presente.
Pensamentos saudáveis florescem no intelecto fortalecido, potencializando a capacidade de reconhecer coisas, distinguir circunstâncias, fazer escolhas certas, orientar ideias e deliberar, incluindo o discernimento necessário à geração das melhores palavras e das ações elevadas. A mente estará preparada para fazer fluir reflexões positivas e úteis, pois o intelecto reconhece e induz as formas sublimes de pensamentos, seus efeitos e consequências.
É possível permanecer em paz, preservar o amor incondicional e ser compreensivo, compassivo, paciente, cooperativo, generoso, prudente, desapegado e tantas outras
virtudes essenciais à vida ao permitir que o intelecto oriente a própria mente na criação de pensamentos pacíficos, íntegros e benéficos, ampliando o conhecimento espiritual, apreciando o silêncio, absorvendo os novos conteúdos sutis e disseminando a experiência nos relacionamentos intra e interpessoais.
Para a felicidade até mesmo dos pombos-correios cerebrais, novos registros serão conduzidos à memória num processo de requalificação dos sanskars, o que a ciência também explica na tese da neuroplasticidade. Nesta senda, não convém olhar para trás, evitando abstrações, fraquezas e retrocessos das trilhas inscientes alojadas no ciclo do tempo.
Agora é preciso olhar para frente, com ânimo e firmeza, na direção do Oceano de Pureza, de Paz e Felicidade. Este momento é especial e deve ser aproveitado. Cultive cada virtude como sendo uma bela flor do seu jardim. Cuide delas com carinho, amor e atenção, como sendo sua herança do Pai. E torne tão belo o seu jardim que até mesmo Deus apreciaria um convite para visitá-lo. Ressignifique-se e seja digno do encontro.
Agora é preciso olhar para frente, com ânimo e firmeza, na direção do Oceano de Pureza, de Paz e Felicidade. Este momento é especial e deve ser aproveitado”
SAINDO DE VELHOS PADRÕES MENTAIS
Uma boa limpeza naquele quartinho escuro e abarrotado, onde guardamos o que não está mais em uso ou onde colocamos aquilo que não sabemos qual destino dar, e que costuma ser, também, depósito de pó, traças etc., é o primeiro passo para não apenas otimizar o espaço, mas melhorar a energia da casa e do bem-estar de todos que ali moram. E os quartinhos escuros internos? Quando começamos a meditar, iniciamos o processo de observação da nossa mente, e a auto-observação é o primeiro passo para começarmos a identificar aqueles pensamentos que brotam quase como uma “geração espontânea”, que estão lá simplesmente instalados e que serão matéria-prima de padrões mentais, crenças que acabam fixadas e que, se não desafiadas, mais enraizadas elas ficam. As crenças se formam com as mais variadas experiências da nossa infância, crenças de nossos pais,
avós e pessoas de convívio frequente. Tudo isso ajuda na formação das experiências boas ou ruins. Elas são as responsáveis por termos pessoas com pensamentos diferentes sobre uma mesma situação e, consequentemente, uma resposta diferente a uma mesma situação. Crenças que formamos sobre nós mesmos, como a de que não somos boas o suficiente, que não somos capazes, que somos medrosas, que somos inseguras... ou sobre o mundo: que as pessoas não são confiáveis, que o mundo é um lugar perigoso, que todas as pessoas são más, que tudo vai piorar etc.
Ao parar e se observar, você pode se pegar pensando que é insegura e vai ficar lutando com a confiança baixa; se você achar que todo mundo é melhor do que você no trabalho, pode se sentir pequena e sem importância; se você considerar que o mundo quer apenas tirar de
você, pode se ver reduzida a uma postura de desconfiança constante; e isso afetará imensamente a sua autoestima, bem como o que você oferece ao mundo, seu comportamento perante as situações e o que você está disposta a compartilhar.
Uma vez que as crenças estão formadas, passamos a fortalecê-las pelo resto de nossa vida, por exemplo, se eu tenho a crença de que sou insuficiente no meu trabalho, toda vez que meu chefe fizer uma crítica ao meu trabalho, por menor que seja, no meu entendimento, essa crítica irá comprovar o fato de que eu sou uma pessoa insuficiente. Ao mesmo tempo, experiências que não comprovam aquela crença são distorcidas para poder ser encaixadas nas crenças disfuncionais, por exemplo, se o chefe faz um elogio ao meu trabalho, ao invés de utilizar isso como uma prova contrária à crença de insuficiência, eu distorço a
informação, pensando: ‘Ah, ele está falando isso só para me agradar, só porque ele, agora, está tentando passar uma imagem positiva’, ou seja, modificamos o evento só para poder encaixá-lo na crença existente nos arquivos internos, e isso acaba fortalecendo mais e mais a crença que nos puxa para baixo. Então, basta, pare, vamos parar com esse ciclo tóxico, vamos recalcular a rota dos pensamentos.
E a maneira de acabar com isso é justamente desenvolver crenças novas, novos padrões mentais, como: minha contribuição no trabalho é importante, eu ajudo a encontrar soluções com minhas qualidades etc. Porém, a auto-observação diária ao que acontece na mente é de suma importância para entendermos mais e mais como lidar com essa valiosa faculdade da alma, a mente e as sementes cultivadas ali, os pensamentos, que são a base especial de todos os outros tesouros, como os
sentimentos, as emoções, a consciência, padrões mentais, comportamentos e tantos outros.
Toda mudança começa com o reconhecimento do poder que os pensamentos têm. Comece já a praticar a auto-observação e a fazer experimentos que a levem a mudar a qualidade dos seus pensamentos, por exemplo: ao despertar, comece por agradecer pela vida, por novas oportunidades, pela saúde. Quanto maior o autoconhecimento, mais seremos capazes de viver melhor, pois o nosso mundo é do tamanho do conhecimento que temos, então: pare, observe, recalcule a
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, MAS REINVENÇÃO NATURAL
A tecnologia tem tentado há décadas reinventar o nosso mundo.
E a Inteligência Artificial traz a maior promessa de reinvenção de todas. Ela promete reinventar o trabalho, a educação e muitas áreas de atuação humana.
E mesmo os jovens, que tendem a se adaptar mais facilmente à tecnologia, carregam medos e ansiedade nesse processo, tais como:
No entanto, esse tipo de Inteligência não é a primeira invenção Artificial dos nossos tempos modernos:
• antes da Inteligência Artificial, vieram as redes sociais. E, com elas, a felicidade artificial que boa parte de seus usuários se esforça para mostrar nelas;
• não conseguir trabalho diante da iminente substituição da mão de obra humana;
• perder a sua privacidade num ambiente de informação muito bem controlada;
• que ela torne os seres humanos em robôs inconscientes e incapazes de raciocinar sozinhos.
• antes das redes sociais, vieram os meios de comunicação alavancados pela tecnologia. E, com eles, a interação cada vez mais impessoal e automatizada, gerando relacionamentos humanos mais artificiais;
• mas, muito antes desses meios de comunicação, vieram as identidades artificiais que as nossas culturas introjetaram em nós e que seguimos sem um discernimento claro.
Portanto, para nos adaptar às mudanças que estamos próximos de viver e nos reinventar verdadeiramente diante delas, precisamos superar aquela artificialidade muito mais antiga, que fez com que víssemos a nós mesmos de uma forma artificial, o que deteriorou a qualidade dos nossos relacionamentos e das mensagens que compartilhamos com o mundo.
Podemos tentar nos reinventar profissionalmente, intelectualmente, tecnologicamente. Mas nenhuma delas vai trazer a transformação que precisamos para nos adaptar ao nosso mundo em constante mudança. Pois, mais do que nos adaptar a ele, é preciso transformá-lo em um lugar naturalmente positivo e verdadeiro.
Pode até parecer uma contradição, mas tudo o que precisamos fazer para que a nossa reinvenção pessoal seja real e transformadora é, simplesmente, voltar a ser o que já somos (mas nos esquecemos). Qualquer outra forma de nos reinventarmos que não seja essa é artificial e só reforça essa onipresente artificialidade que impera no planeta.
A meditação nos permite reafirmar para nós mesmos e vivenciar, de novo e de novo, que a nossa verdadeira identidade é uma energia eterna e poderosa, diferente da energia física por meio da qual nos relacionamos e compartilhamos mensagens com o mundo pelos nossos pensamentos, palavras e atos. Essa experiência contínua, ao longo do tempo, torna a consciência da
nossa identidade verdadeira algo natural na nossa vida.
Quando um certo número de seres conscientes tiver essa identidade profundamente introjetada no seu mundo interno:
• não haverá nenhuma felicidade artificial nem qualquer necessidade de mostrar isso, pois a felicidade já será o que nós seremos;
• não haverá relacionamentos artificiais, porque já seremos todo amor e harmonia que caracterizam relacionamentos verdadeiros;
• não haverá mais identidades artificiais e ilusórias, porque a verdade e a pureza já serão o que nós seremos;
• e, consequentemente, não haverá qualquer medo do futuro, porque viveremos eternamente no presente, de forma verdadeira e natural.
Escute seu corpo e reinvente sua nutrição
Você já ouviu a expressão “você é o que você come”? Eu também já. Mas, recentemente, conheci o Ayurveda, conhecimento milenar indiano, que tem um posicionamento diferente e defende que “somos o que conseguimos digerir”. Parei para pensar sobre isso e entendi que seguir dietas alimentares é importante, mas aprender a ouvir e entender o funcionamento
do nosso corpo é incrivelmente poderoso. Isso porque cada um de nós é um ser único, e o que faz bem para mim não necessariamente fará bem para você.
São muitas as questões que envolvem essa escuta e o processo digestivo, mas, por hoje, a dica valiosa é: você só deveria comer quando estivesse com fome. Pois ela indica que seu “fogo digestivo” está pronto para transformar alimentos em substâncias nutritivas para seu corpo.
Perceba como o fogo é um elemento fundamental em nossa vida. Ele também transforma as nossas negatividades, quando estamos em estado meditativo.
Você pode reinventar sua nutrição, observando os efeitos que os
alimentos causam em seu corpo e em sua mente. Esse exercício maravilhoso vai ajudá-lo a fazer melhores escolhas. Estimule seu apetite com esse simples chá de erva-doce e gengibre, mas, sempre que precisar, faça um digestivo também! *
Chá de erva-doce e gengibre
Ferva 1 xícara de água com 1 rodela de gengibre. Desligue, acrescente 1 colher de chá de erva-doce e abafe por 15 minutos. Coe e tome 30 minutos antes da refeição.
Chá digestivo
Combine partes iguais de sementes de cominho, coentro e erva-doce e use uma colher de chá para 1 xícara de água fervida. Deixe abafado por 15 minutos. Coe e tome.
Ana Paula Paixãopratica meditação
Raja Yoga há mais de 12 anos. É designer, culinarista e encantada com a natureza.
Brownie Raw
* OM RECEITA * por Nancy OliveiraIngredientes
• 1 xícara de amêndoas
• 1/2 xícara de coco fresco ou seco
• 1/2 xícara de tâmara sem caroço
• 1/2 xícara de ameixa sem caroço
• 1 e 1/2 colher de sopa de cacau
• 1 colher se sopa de alfarroba em pó
• 1 colher de sopa de óleo de coco
• Pitada de sal
modo de Preparo
Processar tudo até obter uma massa, colocar em uma forma e levar ao congelador por uma hora. Retirar do congelador, cortar em quadrados e decorar com frutas e hortelã.
Nancy Oliveira é culinarista viva, queijeira e aluna da Brahma Kumaris em Lauro de Freitas-BA.
* OM ÚLTIMA PALAVRA * por Dadi JankiSucesso
O sucesso significa alcançar um nível tão constante de pensamentos positivos que as ações puras aconteçam naturalmente. As ações puras são como boas sementes que, quando plantadas, produzem frutos saudáveis e doces.
O que você semeia, você colhe.
Preocupação pela qualidade de minhas ações hoje garante o sucesso do meu amanhã. As virtudes são a corrente principal disso porque um sucesso como este requer esperança e, no mundo de hoje, ter esperança requer coragem. É uma questão de trabalhar com a força de suas convicções, o que é um tipo de honestidade espiritual.
Equilibre essas qualidades, e o caminho será fácil. Você só andará para frente. Seu sucesso estará garantido. Só a coragem não leva ao sucesso. Se houver só coragem, haverá ego. É a coragem mais a honestidade que trazem a ajuda de Deus, e é isto que garante o sucesso.
‘Deus realizará isto através de mim’.
‘Eu sou simplesmente um instrumento nesta tarefa’.
Esses são pensamentos honestos que suscitam a ajuda e a proteção de Deus. A humildade é o resultado de tal honestidade e coragem.
Uma vida de entusiasmo, coragem, honestidade e humildade é inspiradora.
Um modo de ajudar os outros a se tornarem também bem-sucedidos.
Dadi Janki, yogini indiana, líder espiritual da Brahma Kumaris, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica do Texas como a mente mais estável do mundo. Deixou o corpo físico e ascendeu ao mundo espiritual em março de 2020.
Autoprogresso
Sento-me aqui, em silêncio, consciente de quem eu sou: um ser espiritual diferente do corpo físico. Minha atenção vai dirigindose ao centro da minha testa, na altura do meu terceiro olho, o olho do conhecimento, da sabedoria. Gentilmente e de maneira lenta, eu avanço no meu caminho de crescimento pessoal. Olho para trás, para aquilo que eu era, e vejo que, a cada dia, eu avanço um pouquinho mais. Eu vejo onde tenho que ir e, algumas vezes, parece muito alto, muito distante, mas os passos estão acontecendo e eu estou progredindo, mesmo que, às vezes, pareça que estou andando devagar. Estou aprendendo, e mesmo quando caio, ou quando algo não sai como eu gostaria, ainda assim, aprendo alguma coisa. Percebo o erro e prossigo. Sou capaz de melhorar. Não mais culpo os outros nem a mim próprio, apenas reconheço a falha e me transformo. Meus olhos estão firmes no meu destino. Vejo minhas possibilidades e minhas intenções sinceras...
Meditação “Autoprogresso”, do álbum “Viagem Interior”, da Editora Brahma Kumaris, conduzida por Luciana Ferraz. Clique no ícone acima para ouvir.
Uma publicação da Brahma Kumaris Brasil
brahmakumaris.org.br/revista
OM line é uma revista digital para quem almeja restaurar o equilíbrio interno.