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2015

OFICINA | 84 Ano 14 | Edição 171

Junho | Julho

Motoristas revelam como escolhem a oficina

No Brasil, mais de 57 milhões de condutores habilitados estão atrás dos volantes e circulam diariamente pelas ruas e avenidas do país. Os dados, do último anuário estatístico do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), se referem a motoristas profissionais ou amadores - de ônibus, táxi e veículos de passeio. Apenas em Minas Gerais são emitidas, mensalmente, cerca de 120 mil CNH e, diariamente, seis mil documentos são entregues. Mas, na hora da manutenção, como eles escolhem onde levar seus carros?

SEM CRISE Consumidores formam filas para comprar carros em Belo Horizonte 16

AVENTURA Casal pretende desbravar o mundo a bordo de motorhome 8

COMEMORAÇÃO Associação de antigomobilismo mineira completa cinco anos 24

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HOMENAGEM Empresário do setor automotivo recebe medalha do Mérito Industrial 10


EDITORIAL Jornal do Setor Automotivo Mineiro

Jornal Minas Motor Show

Sempre em busca Satisfação. No dicionário, a palavra é definida como contentamento; sensação agradável que sentimos quando as coisas correm à nossa vontade ou se cumprem a nosso contento; ação de satisfazer o que se deve a outrem; alegria produzida pelo cumprimento de ação meritória que se praticou. De forma geral, buscamos satisfação em tudo que fazemos e, da mesma maneira, deveríamos procurar satisfazer aqueles com os quais convivemos. Pensando a respeito, nessa edição, buscamos entender melhor os clientes - nosso principal foco, motivo e razão de inúmeros negócios. É nosso dever e prazer satisfaze-los pois, em contrapartida, nossas expectativas também serão atendidas. No dia 25 de julho comemoramos o Dia Nacional do Motorista. Hoje, no Brasil, mais de 57 milhões estão atrás dos volantes e circulam diariamente pelo país. Mas, afinal, o que se passa na cabeça desses personagens fundamentais para nosso seg-

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Diretor-Geral: Anderson Rocha

mento? Como ele escolhem onde levar seus carros?

gos voltados para a defesa e preservação da memória do Ford Galaxie e, atualmente, é reconhecida estadual e nacionalmente. Exemplo de determinação e sucesso

Nas próximas páginas - com satisfação - mostramos que, apesar do momento delicado da economia e de uma avalanche Anderson Rocha, de notícias desanimadoras a resDiretor geral peito do setor automobilístico, em Belo Horizonte um novo cea ser seguido. nário se revela. Nos últimos meses, o que paPara finalizar em clima de aventura trazerecia incoerente com a realidade nacional vem acontecendo. As vendas de determinados mos – mais uma vez – a história de um casal modelos de automóveis dispararam e filas se apaixonado. No final de maio eles partiram formaram em algumas concessionárias. Hora para mais uma jornada. Com apenas o necesde repensar estratégias e aproveitar oportuni- sário, sede de cultura, muita disposição e sem data exata para voltar, passarão os próximos dades. quatro anos na estrada – a bordo de um moCom mais satisfação ainda, aproveitamos torhome – e pretendem alcançar as remotas para comemorar uma importante vitória do geleiras do Alasca. Vale a pena acompanhar antigomobilismo em Minas Gerais. No último essa saga. mês uma grande festa marcou o quinto ano dos Galaxeiros das Gerais. A Associação nasBOA LEUITURA ceu dos sonhos e ideais de um grupo de ami-

Diretor de Publicidade: Marcos Innecco Comercial : José Luiz Innecco Corrêa Diretor de Arte : Marcelo Távora Jornalista: Eduarda Salles Kanitz MG 11609 JP Secretaria: Luiz Henrique Amorin Distribuição Gratuita Via correios Redação: Av. Dom Pedro II,307, Carlos Prates - CEP 30.710-010 Belo Horizonte - Minas Gerais Tiragem: 5.200 exemplares Contato: (31)3324 2594 E-mail: mmshow@mmshow.com.br Impressão: Imprima Os artigos e matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores.



ACONTECE QUALIDADE E GARANTIA: VIEMAR LARGA NA FRENTE Desde o dia 28 de maio, somente peças certificadas pelo INMETRO podem ser comercializadas pelos fabricantes em território nacional. Contudo, de forma dinâmica e honrando a confiança de seus clientes e sempre em busca de soluções, a Viemar, desde novembro do ano passado, possui essa certificação. A empresa já está preparada, com antecedência, para oferecer toda a qualidade que o mercado procura e reconhece. A Viemar Indústria Automotiva é uma empresa genuinamente brasileira. Com sede no bairro Anchieta, em Porto Alegre, possui oito mil e quinhentos metros quadrados com infraestrutura moderna e tecnologia avançada para garantir a qualidade dos seus produtos. Atuando desde 1996 no mercado de reposição, é líder no mercado nacional em Articulações Axiais e possui a maior diversidade entre Axiais, Pivôs e Terminais do país. São mais de 1000 modelos de peças para aplicação em automóveis

RIOSULENSE INTEGRA O COMITÊ NACIONAL DE RETIFICAÇÃO DE MOTORES Na busca pelo fortalecimento do mercado onde está inserida, a Riosulense tem focado no contato e na sua inserção em entidades representativas do setor. Assim, desde a formação do Comitê Técnico Nacional de Retificação de Motores – COTENA - em 2014, a empresa tem participado de maneira ativa. O grupo busca fomentar melhorias e aumentar o relacionamento técnico entre retificas, fabricantes e fornecedores. O objetivo do Comitê é debater e apresentar ao mercado indicações para aprimorar produtos, processos, equipamentos e ferramentais ligados a este segmento. Além da relação técnica com os retificadores, o COTENA visa assegurar ao proprietário do motor segurança da compra de um serviço e peças com padrões de excelência tecnológica e rendimentos dentro das expectativas.

Há mais de seis décadas no mercado, a Riosulense está entre as maiores fabricantes da América Latina de guias, sedes, tuchos mecânicos de válvulas e fundidos em ligas especiais. Com investimentos em tecnologias e na inovação de processos, tem conquistado destaque no setor ao promover a capacitação dos aplicadores de suas peças. Qualidade e credibilidade representam a empresa que possui entre seus princípios o espírito inovador, fomento da economia nacional e o compromisso com o cliente. Os produtos são fornecidos para as principais montadoras de veículos automotivos do Brasil e de 25 países da América Latina, da América do Norte, da Europa, do Oriente Médio e da Oceania. A empresa atua também na área de reposição de peças, abastecendo o mercado nacional e internacional.

KING TONY BRASIL RECEBE PRÊMIO INÉDITO O “Prêmio Sindirepa-SP – Melhores do Ano” elegeu as marcas preferidas e mais lembradas de 22 segmentos, com a classificação Ouro, Prata e Bronze. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 19 de maio, na sede da Fiesp, no Teatro Ruth Cardoso, em São Paulo-SP. A King Tony Brasil foi uma das vencedoras e recebeu o prêmio na Categoria Ferramentas. A empresa está lisonjeada pela parceria com o setor da reparação e por ter contribuído com o desenvolvimento deste segmento. A Raven, tradicional indústria do segmento de ferramentas especiais e equipamentos para diagnósticos e análise, atua no mercado há mais 40 anos. Ciente das necessidades dos clientes e buscando novas soluções que atendessem com a mesma qualidade estas expectativas decidiu investir na parceria para distribuir, de forma exclusiva,

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os produtos da marca King Tony no Brasil. As ferramentas King Tony estão presentes em vários países da Europa, Estados Unidos, Japão e Oriente Médio. Sendo, desta forma, atestados pelas mais rígidas certificações e normas de qualidade. Com reconhecimento mundial, são produtos inovadores, elaborados com a mais alta tecnologia e precisão, para possibilitar extrema durabilidade nas mais variadas aplicações.

A Raven e a King Tony permanecem convictas no seu propósito de atender com qualidade todos os distribuidores, na qual inovação e percepção de futuro são os principais pontos para atingir esse objetivo. Trabalham em parceria com seus fornecedores e clientes no aperfeiçoamento de todos os processos de modos a beneficiar e viabilizar o crescimento e consolidação de todos que fazem parte deste conjunto.

DIRETOR DO MMS É NOVO PRESIDENTE DO BH CONVENTION & VISITORS BUREAU O vice-presidente de Relações Institucionais da CDL/BH e diretor do Jornal Minas Motor Show, Anderson Rocha, foi apresentando como o novo presidente do BH Convention & Visitors Bureau (BH C&VB). Ele e os demais membros da nova diretoria tomaram posse oficial em evento na CDL/BH, realizado no último dia 16 de junho. A nova diretoria foi eleita para a gestão 2015/ 2016. O BH C&VB é uma instituição não governamental, sem fins lucrativos e referência mundial no turismo que visa promover e valorizar a imagem de Belo Horizonte como importante destino de turismo de negócios, excelência médica, cultura, gastronomia, esportes, lazer e outros. Além disso, a instituição busca aumentar o fluxo de visitantes e seu tempo de estadia em BH e Região Metropolitana, por meio da captação, geração e incremento de eventos. Anderson Rocha lembrou a importância do BH C&VB para o turismo. “Os maiores e melhores destinos turísticos do mundo possuem esta instituição. São mais de 1500 em todo o mundo, mais de 200 na América Latina e Caribe, e 115 no Brasil, em todas as regiões. São instituições reconhecidas mundialmente na promoção de destinos turísticos”, destacou. Ele ainda explicou sua linha de atuação à frente da instituição. "Trabalhamos com a vocação da economia criativa. E a partir deste momento, a nossa busca será pelos pequenos e médios eventos", afirmou. O presidente da Belotur, Mauro Werkema, parabenizou a nova diretoria, em especial Anderson Rocha. “Coloco muita fé na gestão dele, que tem uma visão agregadora”, disse. A diretora de Promoção Turística da Belutor, Stella Kleinrath, também aproveitou o momento para dizer que está muito feliz com a posse novo presidente. “A atuação do Anderson é muito dinâmica, com visão de futuro. Tenho certeza que o Convention Bureau passa a ser um parceiro da Prefeitura de Belo Horizonte com essa nova diretoria”, concluiu. Já o vicepresidente da CDL/BH e secretário de Administração Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, Marcelo de Souza e Silva, afirmou apoio a Anderson a frente do BH C&VB. “Eu o conheço há mais de 20 anos e acredito totalmente no trabalho dele. Tenho certeza que fará um excelente trabalho à frente da instituição. O que ele precisar do apoio da Regional Centro Sul, pode contar comigo”, concluiu.



MINASPARTS

Terceira edição promete superar expectativas

responsáveis, como também engajar-se em campanhas que tratem desse tema. Sempre baseando-se na legislação vigente e mais especificamente na política nacional de resíduos sólidos (PNRS), regulamentada pelo decreto 7.404 de 2010. Nesta edição de 2015, um acordo entre a Diretriz Feiras e Eventos e o Sindirepa-MG, permitirá trazer para o ambiente da feira empresas que oferecem tecnologia limpa para o setor de funilaria e pintura, de acordo com as leis ambientais. De acordo Dresch, as condições exclusivas de adesão proporcionadas pelo acordo serão estendidas em especial, entre outras fornecedoras de tecnologias “limpas”, às dezenas de indústrias de produtoras de cabines de pintura. “Elas receberão convites para participar da Pró-Funilaria, primeira exposição de tecnologias ambientais, necessárias à funilaria e pintura automotiva a ser promovida no Brasil”, revela. Sucesso garantido

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inas Gerais vai receber pela 3ª vez a Minasparts – Feira da Indústria de Autopeças e Reparação Automotiva. No período de 19 a 22 de agosto e novamente no Expominas, estarão reunidos os principais destaques do setor automotivo, de utilitários, caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas. De acordo com Cassio Dresch, diretor comercial da Diretriz, promotora do evento, a feira é um importante canal de comunicação entre o setor industrial e seus potenciais clientes, habilitando-se para a prospecção de novos negócios e também para a troca de informações. “Será um dos principais encontro do setor em 2015, pois vai estimular a expansão do mercado e a realização de negócios, além de proporcionar o encontro de milhares de profissionais dispostos a conhecer e adquirir produtos e serviços”, afirma. Cassio ainda destaca a presença do segmento nacional e internacional e também o público visitante altamente qualificado e com poder de decisão de compra. “O perfil dos expositores do evento é um atrativo à parte. A ampla gama de produtos e serviços abrange praticamente todas as necessidades do varejo de autopeças, motopeças e de reparação. Assim, em um momento de economia instável, como o que passamos agora, conseguimos concentrar maior quantidade e qualidade de negócios no menor período de tempo. Isso é fundamental e um dos nossos diferenciais”, explica. Novidades A associação que reúne comerciantes de autopeças de todo o país, a Rede Âncora, aposta nos eventos de capacitação profissional durante a 3ª edição da Minasparts. No total, estão programadas 18 apresentações, incluindo palestras e treinamentos. O foco principal, segundo a assessoria da Rede, é o mercado de reposição automotiva, com destaque para as inovações e questões práticas relacionadas ao setor. A expecta-

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tiva da associação é reunir cerca de 1200 pessoas ao longo dos quatro dias do evento. "Durante os primeiros dias da feira, teremos duas salas reservadas a palestras e treinamentos, com uma capacidade de 50 pessoas cada, e no sábado, quando teremos uma programação mais extensa, a área será transformada em uma só para comportar cerca de 100 participantes simultaneamente", diz Sandro Vivian, diretor de marketing e marca da Ancora. A associação planeja ainda uma grande divulgação das marcas próprias Car+ e Truck+, além da exposição de produtos da Bosch, Sachs, Affinia e Magnetti Marelli, que prometem incluir grandes nomes do cenário automotivo no calendário de oficinas técnicas. Também será realizada uma caravana de dez ônibus – patrocinada pela Rede vindos de vários pontos do estado, levando associados, profissionais e clientes das lojas para visitar o evento. “Nós queremos formadores de opinião, pessoas que convivem diariamente com nossas marcas, fortalecendo a presença da rede na Minasparts”, conclui Sandro. Sustentabilidade O crescimento do setor de reparação automotiva de Minas Gerais, em sintonia com o aumento da frota de veículos no estado, fez com que a perspectiva ambiental do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos de Minas Gerais (Sindirepa-MG) ganhasse um novo enfoque. Alinhado com as consequências socioambientais da atividade exercida pelo segmento, a entidade está apoiando formalmente a Minasparts, cuja 3ª edição irá retomar a agenda verde que tem pautado os eventos anteriores em Minas. A entidade quer assegurar, durante a feira, uma ligação direta do evento com as mais de 10 mil pessoas jurídicas que representam no estado, seja estimulando a adequação de seus associados às condições ecoambientais difundidas pelos órgãos

Segundo os organizadores, a Minasparts deve reunir mais de 150 marcas expositoras e atrair um público qualificado de cerca de 15 mil pessoas ao Expominas. Em sua última edição, em 2013, mais de 20 mil pessoas circularam entre os estandes. Desde então, o evento se firmou como uma das maiores feiras do setor de autopeças e reparação automotiva do país e um importante canal de comunicação entre o setor industrial e seus atuais e futuros clientes. De acordo com Júlio Veras de Souza, diretor da Automech, o aproveitamento das visitas foi muito bom. “Em outras feiras do mesmo setor, às vezes tem mais visitantes, mas o aproveitamento não é tão bom. Ou seja, a maioria dos visitantes da Minasparts tinha interesse em fazer negócios. Além disso, era um público interessado em comprar equipamentos com a maior tecnologia e consequente maior valor agregado”, conta. Para Cincinato Lino, da Rainha das Sete, o investimento valeu a pena. “Os objetivos foram totalmente atendidos e as expectativas foram até superadas. É muito bom fazermos feiras em Belo Horizonte. O deslocamento é muito menor e uma feira regional fortalece muito o setor”, salienta. Maximizando oportunidades As feiras de negócios são uma estratégia obrigatória para todas as empresas e organizações que desejam crescer e também estejam interessadas em promover seus produtos, ampliar seus negócios e atualizar-se com as últimas tendências de mercado. Elas permite o contato direto com novos ou potenciais clientes, clientes habituais, concorrentes, fornecedores, potenciais representantes e distribuidores e consumidores. "As feiras são uma das ferramentas de marketing mais utilizadas para a promoção de produtos e serviços, para a ampliação da carteira de clientes e para uma exposição direta junto de compradores e fornecedores. Assim, ao participar numa feira, é certo que nesse mesmo espaço vão estar reunidos empresários, profissionais e clientes de uma determinada área”, ressalta Cassio Dresch.



AVENTURA

Casal desbrava o mundo sobre rodas Planejamento A preparação para a viagem contou, inclusive, com rigorosos exames de saúde e até cirurgias. "Claudinha retirou a vesícula porque haviam duas pedrinhas que poderiam dar problema durante a viagem e eu fiz uma de hérnia de hiato para corrigir problemas de refluxo", salienta o aventureiro.

pretendem alcançar as remotas geleiras do Alasca. “O que nos move é a vontade de conhecer novos lugares e novas pessoas. Não temos pressa. Se fossemos esperar ficar mais velhos, talvez essa viagem não acontecesse", diz Silvan.

Sonho X Realidade

Um casal unido pelo amor e pelo espírito aventureiro. Silvan Paulo Jardim, de 59 anos, e Claudia Márcia Caetano, de 44, estão juntos há mais de 15 e têm muita história para contar. Desde 2000, quando se conheceram no meio motociclistico, são movidos pela paixão por viajar. “Adoramos conhecer lugares, quanto mais distantes melhor. Já rodamos por todo esse Brasil. Somos daquelas pessoas que gostam de chegar às localidades por terra, os overlanders trip”, destaca Silvan. Dentro desse espírito, no último dia 31 de maio, a dupla partiu para mais uma aventura. Com apenas o necessário, sede de cultura, muita disposição e sem data exata para voltar, eles passarão os próximos quatro anos na estrada – a bordo de um motorhome – e MMS | 8

Para concretizar o grande sonho, o casal abriu mão de outros. Eles vederam um apartamento, de 180 m2, e a motocicleta Harley Davison, uma antiga paixão. "Sou aposentado, mas trabalhava com consultoria em geotecnia. A Claudinha largou um emprego de 22 anos. Mas o desapego maior será ficar longe de nossos familiares e amigos", reconhece Silvan, pai de um rapaz do primeiro casamento e avô de um garoto de um ano. "Mas nosso motorhome comporta até cinco pessoas e já está combinado que eles irão nos encontrar sempre que possível para matar a saudade", revela. Jardim ainda conta que ficou surpreso quando colocou tudo na ponta do lápis. "Por incrível que pareça, conseguiremos viver com 1/4 que ganhávamos trabalhando, não teremos custo com estadia e procuraremos fazer todas nossas refeições no motorhome", calcula. Os dois fizeram um bom plano-viagem de saúde e garantem que seguirão uma planilha de custo. "Tudo será anotado para que tenhamos controle do gasto diário planejado", programou.

A principal meta do casal é conhecer todas as maravilhas das Américas, bem como as origens dos povos latino americanos, incas, astecas e maias. "Voltaremos a Patagônia e subiremos até o Alasca", planeja. A partir da Flórida, eles mandam o motorhome de navio para a Europa, onde aguardarão na casa de amigos, em Portugal. Depois, novamente de navio para a África do Sul, novamente de navio para Austrália e, finalmente, para a Argentina. "Nosso roteiro foi traçado depois de muito planejamento, onde baseamos principalmente em conhecer as maravilhas da natureza, muita pesquisa pela internet e troca de informações com outros overlanders", conta ele.

Mais detalhes Para não se arriscarem nem estragar a viagem, segurança é fundamental para os dois. Exatamente por isso, pretendem viajar somente durante o dia e o roteiro será baseado em informações de locais. Cuidar da manutenção do mortorhome é outro ponto essencial. O carro se aproxima ao máximo de uma casa normal. Tem sala de jantar, banheiro, chuveiro, uma cama de hóspedes e um quarto de casal. Tudo muito aconchegante. Nas paradas, é possível estender uma pequena cobertura do lado de fora que serve como uma área de lazer. Duas placas fotovoltaicas foram instaladas no veículo para gerar energia para as baterias, um gerador a gasolina, guincho e aquecedor a diesel para baixas temperaturas. O carro tem até uma pequena garagem, na qual levam uma motocicleta e uma máquina de lavar. A energia vai manter ainda computador, máquinas fotográficas, gps, spot e coisas que seriam usadas numa casa padrão.


Outras jornadas Em 2010, sobre duas rodas, a dupla foi a Buenos Aires, na Argentina. Na volta, empolgados com a experiência, resolveram elaborar planos mais ousados. “Queríamos conhecer a Patagônia e chegar ao "fim del mundo", em Ushuaia, a cidade mais ao sul de nosso continente, na ponta da América”, conta Jardim. Contudo, depois de estudar os trajetos a serem percorridos, ele concluiu que a motocicleta, chamada carinhosamente de Perpétua, não era apropriada para o tipo de terreno. “Compramos uma Ranger, a Porcina, e no dia 29 de fevereiro, de 2012, saímos de Porto Alegre em direção a Colônia del Sacramento, no Uruguai”, lembra Silvan. Durante 32 dias, o casal cruzou doze fronteiras e percorreu mais de 15 mil quilômetros. Entre as mais diferentes paisagens, se impressionaram com a natureza praticamente intocada. “A Patagônia é uma região de contrastes e de variedades climáticas extremas. Passa-

mos por áridas planícies, florestas e glaciares milenares. Ainda visitamos vulcões e os lagos andinos. A fauna e a flora são exuberantes, tanto na terra quanto no mar”, afirma Silvan. Entretanto, em uma verdadeira aventura, nem tudo é programado ou previsível. Além de momentos inesquecíveis, de pura contemplação e paz, eles também passaram por capítulos, no mínimo, inusitados. Em Punta Arenas, no Chile, a Pick up Porcina quase foi engolida pelas águas. “Chegamos à cidade debaixo de muita chuva. Depois de nos instalarmos no hotel, resolvemos deixar o carro na rua. Aproximadamente às cinco da manhã, fomos acordados urgentemente. O rio, que passava a três quadras dali, havia enchido e transbordado. A rua estava completamente alagada e a Ranger coberta até a metade”, conta Silvan. Já na volta para o Brasil, antes de subir a Cordilheira dos Andes, mais um susto. Próximo a Asunción, no Paraguai,

um terremoto surpreendeu a dupla. “Dentro de um túnel, um motorista não parava de buzinar. Não entendemos o que ele queria dizer e prosseguimos. Quando chegamos ao hotel, vimos na televisão que, a cerca de 300 quilômetros, a terra havia tremido. Na verdade, aquela pessoa tentava nos avisar sobre o fenômeno. À noite, quando já estávamos deitados, percebemos os lustres que ficavam ao lado da cama tremendo”, relembra Jardim.


HONRA AO MÉRITO

Empresário do segmento automotivo recebe medalha do Mérito Industrial O Dia da Indústria 2015 foi comemorado pela FIEMG, no último dia 21 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte. Na ocasião, o empresário Tadeu Carneiro, presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração – CBMM, foi homenageado com o título de Industrial do Ano de 2015. Outros 15 empresários também foram agraciados com a Medalha do Mérito Industrial. Entre eles, para orgulho do nosso setor, se destacou o diretor da Retifica Tonucci Ltda, José Jacob Tonucci. Engenheiro mecânico formado pela Universidade Católica de Minas Gerais, José nasceu em Belo Horizonte e se destaca pela atuação na defesa dos interesses do segmento automotivo mineiro e nacional. Atualmente, ocupa a vicepresidência do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de Minas Gerais (Sindirepa/MG) e do Conselho Nacional de Retíficas de Motores (Conarem). HISTÓRICO Fundada há 69 anos, na região central de BH, a Retífica Tonucci desde o início teve como marca a inovação. A empresa, que sempre se destacou por sua gestão e serviços de vanguarda,

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com o passar do tempo ganhou nome e respeito e, em 1954, implantou um procedimento inédito na cidade: o alinhamento e balanceamento de direção de veículos. Durante dez anos, esse tipo de serviço foi exclusividade do estabelecimento. Nesse período a empresa teve um grande impulso e ampliou sua área de atuação, passando a retificar motores. Com a grande demanda de clientes, foi necessária a ampliação do espaço físico e a Tonucci passou a trabalhar em escala industrial, atendendo empreiteiras e oficinas em todo o estado. Hoje a empresa funciona em uma estrutura própria – de mais de oito mil metros quadrados – junto à BR-040 e à BR-262, e se tornou um dos empreendimentos mais respeitados do país no ramo em que atua. MISSÃO “A empresa sempre teve como missão valorizar sua equipe de trabalho, aperfeiçoar seus produtos e serviços de retífica de motores para gerar riquezas, manter um alto grau de competitividade e ajudar no desenvolvimento da sociedade”, afirma José Jacob.

Com certificação do Instituto de Qualidade Automotiva – um organismo sem fins lucrativos de certificação de qualidade especializado no setor automotivo – a Retífica Tonucci presta serviços competitivos e de qualidade para atender cada vez melhor seus clientes. Entre os procedimentos está a desmontagem/lavagem, serviços em blocos de até três metros de comprimento e teste de estanqueidade a quente; virabrequim e afins; balanceamento de volantes; entre outros. COMEMORAÇÃO O Dia da Indústria foi instituído pelo presidente Juscelino Kubitchek, em 1957, por meio do Decreto nº 40.983.

No mesmo ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou a Medalha do Mérito Industrial, para homenagear industriais de destaque na cena nacional. A medalha nº 1 foi entregue ao Presidente JK, pelo industrial Lídio Lunardi, presidente da CNI e da FIEMG. Em Minas Gerais, a comemoração teve início em 1960, na gestão Fábio de Araújo Motta. Desde 1965, anualmente, no dia 25 de maio, ou em datas próximas, firmou-se a tradição da outorga da Medalha do Mérito Industrial a empresários de destaque. Em 1976, foi instituído o título de “Industrial do Ano”, escolhido por Comissão designada pelo presidente da FIEMG.



DIA DO MOTORISTA

Motoristas revelam como escolhem a oficina

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o Brasil, mais de 57 milhões de condutores habilitados estão atrás dos volantes e circulam diariamente pelas ruas e avenidas do país. Os dados, do último anuário estatístico do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), se referem a motoristas - profissionais ou amadores - de ônibus, táxi e veículos de passeio. Apenas em Minas Gerais são emitidas, mensalmente, cerca de 120 mil CNH e, diariamente, seis mil documentos são entregues. No dia 25 de julho, todos esses personagens, que compõe e atuam na barulhenta sinfonia do trânsito, são homenageados. Na data, dedicada a São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, várias campanhas educacionais e de segurança são realizadas pelos governos estadual e federal – principalmente no que diz respeito à manutenção dos veículos. Contudo, do outro lado desse cenário estão proprietários de oficinas e mecânicos. De atuação fundamental, muitas vezes - na busca pelo o cliente e sua satisfação - são cercados por inúmeras dúvidas. Mas, afinal, como os consumidores escolhem onde levar seus carros?

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Na prática Muitos motoristas têm receio de levar seus veículos para realizar a manutenção, pois ficam preocupados porque imaginam que não vão conseguir se comunicar com profissionais automotivos, mas sim com aventureiros, e tem receio que seus carros não recebam a merecida atenção. Porém, não pensam que do outro lado pessoas ligadas à manutenção de veículos e a indústria de reparação também estão tomadas de preocupações. Várias empresas aprendem a duras penas, por sofrerem durante anos, que os consumidores não confiam neles e têm dificuldades para se comunicar. Como os veículos estão se tornando cada vez mais complexos, a necessidade dessa relação de forma clara, se tornou ainda mais importante. Para isto, o atendimento e trabalho de acordo com os padrões são fundamentais para que a confiança dos motoristas seja conquistada e mantida.

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Livre escolha

Histórias não faltam de pessoas que precisaram consertar o carro e depois descobriram que foram lesadas pela oficina. Peças que não precisariam mas foram trocadas, itens com preço de original que na realidade não eram, valores fora do padrão, e por aí a lista segue. Para evitar esse tipo de situação, o Procon dá dicas de como escolher a oficina mecânica e o que fazer para se resguardar contra estabelecimentos desqualificados. A primeira orientação é procurar uma empresa a partir da indicação de conhecidos que já tenham utilizado os serviços e estejam satisfeitos. O cliente novo deve visitar o lugar, verificando se o estabelecimento é organizado e se tem ferramentas e equipamentos básicos. Além disso, quem vai contratar a oficina deve pesquisar preços e qualidade. Foi o que a arquiteta Dora Campelo, dona de um Golf, fez quando precisou levá-lo ao mecânico pela primeira

Dora Campelo vez. Ela recebeu uma indicação da tia e visitou outros dois lugares. "Não gostei do atendimento nem do preço, por isso optei pela a que minha tia sugeriu", conta. Satisfeita com o serviço, a moça passou a utilizar sempre a mesma oficina. " Fui tratada como cliente antiga e eles ainda aceitam cartão de crédito. Me senti em casa", completa. O Procon também recomenda que antes de contratar a execução do conserto, o cliente peça um orçamento formal. Nele devem vir listados os serviços que precisam ser executados, as peças com defeito e os valores de cada item, incluindo a mão-de-obra.


O documento serve para que o motorista saiba quanto vai gastar, e também para que a oficina não cobre, no final, por peças ou consertos que não faziam parte do contratado.

Outras questões

Dênis Albuquerque Santos Beatriz Linhares

Jorge Martins Filho

Para o advogado Jorge Martins Filho, de 44 anos, o orçamento tem ainda outra função: comparar o que cada mecânico diz que precisa ser feito e certificarse de que ninguém está sugerindo a troca de nada que não seja essencial. "O que faço e que sempre dá certo é ir em três oficinas, anotar os preços e o que cada uma delas diz que precisa ser mudado", conta. Segundo Martins, tentar frequentar o mesmo estabelecimento também é uma forma de garantir um serviço confiável. “Entretanto, hoje em dia, muitas veze o preço fala mais alto”, revela.

De acordo com a fisioterapeuta Beatriz Linhares, as mulheres devem ter um cuidado especial quanto às oficinas. "Ainda existe o preconceito de que mulheres não entendem nada de carros e por isso podem ser exploradas ou enganadas", argumenta. Ela mesma já passou por duas situações, de troca desnecessária de peças e de preços mais altos que o normal, só por ser mulher. Mas hoje, como entende um pouco sobre o funcionamento do veículo, diz que é mais fácil escolher o estabelecimento. "Na pior das hipóteses sei interpretar os barulhos e o que vai precisar ser verificado quando eles aparecem. Também observo como os profissionais se comportam quando entro no ambiente. Se existe respeito e confiança", explica.

Para o comerciante Dênis Albuquerque Santos, outro fator é essencial para que ele defina a oficina onde fará a manutenção de seu Honda Civic. Segundo ele, o local deve ter uma boa aparência, organização e, sobretudo, limpeza. “Não gosto de oficinas à moda antiga, onde tudo era sujo de graxa e se perdia no meio de uma montanha de peças velhas. Atualmente acho inadmissível um ambiente assim. Penso que, se os profissionais não conseguem cuidar nem mesmo do local onde trabalham, como vão cuidar do meu carro?”, questiona. Santos ainda destaca o primeiro contato. “É como ir ao médico. Precisamos sentir confiança imediata. Educação, boa vontade e profissionalismo são o mínimo esperado”, conclui.


MEIO AMBIENTE

Oficinas podem e devem colaborar com a preservação No dia cinco de junho foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Antecipando as programações da data e lembrando o papel fundamental do segmento na preservação e proteção, um grupo de quatorze oficinas mecânicas filiadas ao Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Minas Gerais (Sindirepa-MG) recebeu, no último dia 22 de março, um importante diagnóstico feito por meio de questionários e visitas. O presidente do Sindirepa-MG, Carlos Ramon de Melo, explicou esta iniciativa pioneira. “Esse diagnóstico vai servir de base para orientar nossos membros a adotar práticas sustentáveis que são de simples aplicação e baixo custo. Queremos criar uma consciência de respeito ao meio ambiente entre nossos associados”, explicou. A gerente de Gerência de Responsabilidade Social Empresarial, Luciene Araújo, anunciou a entrega dos resultados e as medidas propostas pelo programa. As oficinas receberam uma cartilha com recomendações específicas para as necessidades de cada uma. Também foi publicado um manual com sugestões de ações coletivas, que funcionam para todo o setor. “Com esse documento, as empresas poderão ajudar a preservar o meio ambiente. O trabalho foi feito com base em levantamento dos impactos ambientais da atividade”, explicou Luciene. Também foi abordada a questão do gerenciamento adequado de resíduos. No caso das oficinas mecânicas, foi feita uma lista de resíduos que são produzidos por esses estabelecimentos, tais como filtros de óleo usados e óleos lubrificantes usa14 | MMS

dos, que tem potencial poluente. O levantamento também deu indicações de como as oficinas podem economizar água.

AÇÕES O baixo nível dos reservatórios da Região Metropolitana de Belo Horizonte ainda é motivo de preocupação. A Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae/MG) ainda avalia o pedido oficial da Copasa para a sobretaxa e deve autorizá-lo. Exatamente por isso, durante a semana do Meio Ambiente – entre os dias primerio e cinco de junho – a situação da crise hídrica foi o principal tema abordado em Belo Horizonte. Vários eventos sociais foram realizados na capital mineira e nas cidades vizinhas para alertar sobre o problema. A Copasa promoveu blitzes educativas com o apoio da Guarda Municipal da cidade, a Polícia Militar de Minas Gerais e as Prefeituras. Ainda foi destacada, em diversas ações, a atual situação do Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento da Grande BH. Nos últimos trinta dias, os três reservatórios que compõem o sistema tiveram ligeira queda ou se mantiveram estáveis. O Rio Manso saiu de 52,2%, medido em 2 de maio, para 50,6. No mesmo período Vargem das Flores também teve queda, de 40,8% para 39,5%. Já Serra Azul se manteve estável em 15,8%. Para se ter uma ideia da situação, no ano passado, em 1º de junho, o reservatório Serra Azul estava com 30,7% de sua capacidade, Vargem das Flores com 55,3%, e Rio Manso, 80,5%.

CONSCIÊNCIA O Sistema FIEMG tem a missão de liderar o processo de desenvolvimento sustentável da Indústria em Minas Gerais, fortalecendo sua competitividade e buscando a melhoria contínua das condições socioeconômicas do estado e do país. Um dos caminhos para a concretização do desenvolvimento sustentável é a gestão empresarial responsável e integrada, considerando os aspectos econômico, social, ambiental e cultural. Confiante nesse modelo de gestão, o Sistema FIEMG propõe que a indústria de Minas Gerais adote algumas práticas.

Entre elas se destacam: - Promover a participação empresarial proativa junto à sociedade e as instituições públicas, aperfeiçoando o sistema de representação empresarial com vistas à participação ativa no desenvolvimento e modernização das normas, regulamentos, padrões ambientais e da gestão socialmente responsável. - Contribuir para a boa governança, a ética, a transparência e a cultura de gestão ambiental nos negócios, estimulando parcerias e a convivência aberta e participativa entre a empresa e as comunidades do seu entorno, os fornecedores, os empregados, as ONGs e órgãos públicos. - Promover a melhoria contínua no que concerne ao consumo eficiente de matérias-primas e insumos, bem como o aperfeiçoamento dos sistemas de gestão e gerenciamento ambiental, saúde e segurança do trabalho nas empresas, por meio

da adoção de processos produtivos inovadores e eco eficientes. - Promover o consumo sustentável de energia e água em todas as atividades industriais de forma a minimizar impactos, reduzir a pressão sobre os biomas, bem como reduzir resíduos e emissões. - Fortalecer a política de resíduos sólidos quanto a sua utilização como matéria-prima de outros processos produtivos preservando a extração de recursos naturais. - Colaborar com o esforço de redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) mediante apoio à introdução de programas de redução e comércio de emissões, taxas sobre a produção de energias poluentes, regulamentos e normas para incentivar a eficiência energética e a gestão de emissões. - Estimular ações de respeito aos valores e conhecimentos locais e à preservação do patrimônio cultural e dos recursos naturais. - Estabelecer canais de comunicação e parcerias para estimular a interlocução com o público externo, possibilitando assim benefícios ao desenvolvimento de atividades sustentáveis. - Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, com o objetivo de reduzir ou eliminar impactos adversos ao meio ambiente, à estabilidade climática, à biodiversidade e à saúde. - Promover iniciativas que premiem as melhores práticas em gestão, melhoria de processos e a busca contínua da melhoria da competitividade, qualidade e sustentabilidade.


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MERCADO

Crise não impede fila para comprar carros em BH

A

pesar do momento delicado da economia e de uma avalanche de notícias desanimadoras a respeito do setor automobilístico, em Belo Horizonte um novo cenário se revela. Nos últimos meses, o que parecia incoerente com a realidade nacional vem acontecendo. As vendas de determinados modelos de automóveis dispararam e filas se formaram em algumas concessionárias. Segundo o diretor comercial da Valence Jeep em Belo Horizonte, Tiago Viana, existe fila de espera de três meses tanto para a versão diesel como para a linha flex do Renegade. O preço médio do flex está entre R$ 69,9 mil e R$ 90 mil, e o diesel vai de R$ 99,9 mil até R$ 116,9 mil. “O cliente dá um sinal de R$ 1.000 e aguarda o faturamento do carro. Hoje, tenho 120 pessoas na fila”, afirma. Viana acredita que, quando o Renegade estiver à disposição, o volume de vendas vai ser maior. “Quando normalizar o estoque, a expectativa de vendas é de cem unidades mensais”, calcula. Na concessionária, onde Jeep Renegade chegou há 40 dias, 90 unidades já foram vendidas. O diretor avalia que o veículo da Jeep veio com preço bom, pacote de itens de série bastante elevado e é de uma marca forte e famosa. “É o que está segurando as vendas, fazendo com que o impacto da queda no setor seja mais baixo”, conclui. Já o gerente de vendas da concessionária Banzai Honda de Belo Horizonte, Carlos Henrique Castro, diz que o advento do HR-V deu uma força maior ao movimento. “Tem uma lista de espera, dependendo do modelo, de 60 a 90 dias”, diz. A Banzai oferece o modelo mecânico por R$ 69,9 mil e o automático por R$ 76,7 mil. O EX sai por R$ 81,6 mil e o EXL por R$ 89,9 mil – as duas últimas com saídas maiores. “O HR-V está segurando as vendas”, afirma Castro. O diretor de

ríodo do ano passado. As três marcas vendem modelos com preços que vão de R$ 96 mil a R$ 959 mil e travam acirrada disputa no Brasil e mundialmente pela liderança nas vendas. O segmento total de automóveis e comerciais leves vendeu até abril 861,7 mil unidades, 18,4% a menos na comparação com igual intervalo de 2014. "Por ser um nicho, o mercado de luxo, ou grifes, não é tão afetado pela crise quanto o mercado total", diz Dimitris Psillakis, diretor da área de automóveis da Mercedes-Benz do Brasil.

relações públicas da Honda, Sérgio Bessa, diz que a estimativa da montadora é vender 50 mil unidades do HR-V até dezembro. “Apesar da situação econômica do país, há um grande público admirador da categoria SUV, que aguardava a chegada de um modelo inovador como o HR-V”, diz.

A Mercedes cresceu 31% nas vendas nos primeiros quatro meses do ano no comparativo com 2014, para 4.238 unidades. A concorrente Audi cresceu pouco mais - 35%, para 5.018 unidades. A BMW foi a única a registrar queda, de 3,5%, para 4.680 unidades. Contudo, segundo a assessoria da BMW, apesar dessa queda inicial, a marca trabalha com previsão de reverter o quadro e crescer dois dígitos até o fim do ano, algo próximo a 10%. Para isso, aposta nos lançamentos que fará nos próximos meses e na ampliação da produção na fábrica de Araquari (SC), que iniciou operações em outubro do ano passado.

NÚMEROS DA FENABRAVE MOSTRAM QUE BRASILEIRO GOSTA DOS UTILITÁRIOS‑ESPORTIVOS

Mais luxo O mercado de carros de luxo também segue com fôlego, apesar da crise que derrubou as vendas totais de veículos no país. Só as três marcas alemãs de modelos premium, responsáveis por 70% dos negócios nesse segmento, cresceram 18% nos primeiros quatro meses do ano, mesmo porcentual de queda verificado nas vendas totais de automóveis e comerciais leves no período. Juntas, Audi, BMW e Mercedes-Benz comercializaram 13.936 veículos de janeiro a abril, ante 11.807 em igual pe-

4.957 HONDA HR‒V EMPLACADOS EM ABRIL / 2015 10.775 RENAULT DUSTER EMPLACADOS DE JANEIRO A ABRIL/2015 12.395 FORD ECOSPORT EMPLACADOS NO ACUMULADO DESTE ANO 660 JEEP RENEGADE EMPLACADOS DESDE O LANÇAMENTO

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TRIBUTOS

Muito imposto para pouco retorno O Brasil ĂŠ um dos paĂ­ses em que mais se cobram impostos no mundo. Neste ano, os brasileiros terĂŁo de trabalhar mais de 150 dias apenas para pagar os tributos cobrados pelo governo. Para lembrar a data e chamar a atenção da opiniĂŁo pĂşblica para a questĂŁo, mais uma vez o setor de comĂŠrcio e serviços se uniu e mostrou ao cidadĂŁo o quanto ele paga de impostos em tudo que consome. No Ăşltimo dia 21 de maio aconteceu, em vĂĄrias regiĂľes do paĂ­s, o protesto batizado de “Dia da Liberdade de Impostosâ€?. Em Belo Horizonte, jĂĄ em sua 9ÂŞ. edição, a iniciativa foi organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e o Centro de Desenvolvimento Lojista Jovem (CDL Jovem). O evento sempre ĂŠ realizado no mĂŞs de maio porque esta ĂŠ a data em que o brasileiro deixa de trabalhar sĂł para pagar impostos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, no ano de 2015, o cidadĂŁo irĂĄ trabalhar 151 dias, ou o equivalente a cinco meses completos (janeiro a maio), somente para ficar em dia com o governo e pagar impostos, taxas e contribuiçþes. Na dĂŠcada de 90 os dias mĂŠdios trabalhados somente para pagar tributos chegavam a 102. Na dĂŠcada de 80 eram 77 dias. MĂŁo Ăşnica

“Dia da Liberdade de Impostosâ€?. Em Belo Horizonte, jĂĄ em sua 9ÂŞ. edição, a ini‑ ciativa foi organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e o Centro de Desenvolvimento Lojista Jovem (CDL Jovem).

O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, explicou que o objetivo do “Dia da Liberdade de Impostosâ€? ĂŠ conscientizar a população sobre a grande carga de impostos que incide, direta e indiretamente, sobre sua renda. “Os impostos sĂŁo importantes. Mas o governo precisa reinvestir o que pagamos em serviços pĂşblicos.

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Pagamos impostos de primeiro mundo e temos serviços como saĂşde, segurança, educação e transporte de terceiro mundoâ€?, destacou. O dirigente ainda destaca que todos somos atingidos pelo problema. “NĂŁo ĂŠ apenas o empresĂĄrio que paga imposto e sofre com a alta tributação. Parte do valor de tudo o que compramos vai para os cofres do governo, sem exceçþesâ€?, salientou De acordo com estudo divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Planejamento TributĂĄrio (IBPT), o Brasil segue na Ăşltima colocação no ranking que mede o retorno oferecido em termos de serviços pĂşblicos de qualidade Ă população em relação ao que o contribuinte paga em impostos. Esta jĂĄ ĂŠ a quinta vez seguida que o paĂ­s fica no fim da lista - que ĂŠ liderada pela AustrĂĄlia. O estudo avaliou os 30 paĂ­ses com as maiores cargas de tributos do mundo. O ranking leva em consideração a arrecadação de tributos do paĂ­s em todas as suas esferas - federal, estadual e municipal - em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 e o Ă?ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Naçþes Unidas (ONU), que mede a qualidade de vida e bem-estar da população. Mundo Todos os paĂ­ses ganham do Brasil em retorno de quantidade e qualidade de serviços pĂşblicos. Ou seja, educação, saĂşde, segurança e transporte sĂŁo mais condizentes ao tributo pago pelo contribuinte. Aqui, onde a carga tributĂĄria foi de 35,04% do valor do PIB, ĂŠ o contrĂĄrio. A população paga muito e nĂŁo recebe serviços de qualidade, tendo que arcar do prĂłprio bolso, alĂŠm do imposto, para ter uma boa escola, um bom atendimento mĂŠdico e segurança. “Mesmo com os sucessivos recordes de arrecadação tributĂĄria, marca que, em 2015, jĂĄ chegou aos R$ 800 bilhĂľes de tributos, o Brasil continua oferecendo pĂŠssimo retorno aos contribuintes, no que se refere Ă qualidade do ensino, atendimento de saĂşde pĂşblica, segurança, saneamento bĂĄsico, entre outros serviços. E o pior, fica atrĂĄs de outros paĂ­ses da AmĂŠrica do Sulâ€?, destaca o presidente-executivo do IBPT, JoĂŁo Eloi Olenike. A AustrĂĄlia ficou em 1Âş lugar no chamado Ă?ndice de Retorno de Bem Estar Ă Sociedade (IRBES), seguida da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Na edição anterior do estudo, os trĂŞs primeiros colocados foram, respectivamente EUA, AustrĂĄlia e Coreia do Sul.

O estudo aponta que, apesar de terem carga tributåria muito próxima à nossa, países como Islândia (35,50% do PIB), Alemanha (36,70%) e Noruega (40,80%) estão muito à frente no que se refere a aplicação dos recursos em benefício da população, ocupando, respectivamente a 14ª, 15ª e 18ª posiçþes. O destaque dessa edição foi o Reino Unido, que passou do 17º para o 10º lugar.

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SEBRAE

Toda hora é hora de empreender

Para empreender é preciso conhecer. Pensando nisso, o SEBRAE Minas está disponibilizando aos interessados em montar, administrar ou até mesmo repensar sua própria oficina mecânica, um valioso material. Trata-se de um guia, uma ideia de negócio completa – da apresentação e mercado até normas técnicas e planejamento tributário e financeiro. O objetivo é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender? Segundo pesquisa da entidade, apesar do momento econômico instável, a procura pelos serviços de oficina mecânica ainda deve acompanhar o grande crescimento da venda de automóveis no Brasil gerada pelos incentivos de impostos que o governo ofereceu nos anos de 2012 e 2013 e pela facilidade dos prazos de financiamento. Contudo, mesmo com estes veículos novos, grande parte da frota nacional ainda é composta por veículos antigos, onde os donos recorrem frequentemente aos serviços de uma oficina para estender a vida útil de seus automóveis.

Oportunidades Sabendo disto, um empreendedor tem uma diversidade de serviços que podem ser oferecidos em uma oficina mecânica, devendo pesquisar qual especialização vai oferecer. Havia um tempo em que um mecânico conseguia arrumar ou revisar qualquer carro, mas hoje em dia esta realidade é diferente, pois o aumento da concorrência e o avanço tecnológico dos automóveis exigem a profissionalização e segmentação do setor. Atualmente as oficinas mecânicas possuem serviços mais específicos, com alta tecnologia e mecânicos especializados, ou seja, o mercado não dá espaço para as velhas oficinas mecânicas, pequenas e abafadas, onde a quali-

dade do atendimento dependia do temperamento de seu proprietário. Outro ponto importante é o treinamento de funcionários. Ele é fundamental para o bom atendimento e a prestação adequada do serviço. O fácil acesso à informação tornou o brasileiro mais consciente sobre seus direitos e mais exigente quanto aos serviços oferecidos e realizados.

De olho Embora a venda de carros novos contribua para a renovação da frota, 57% dos veículos que circulam em território nacional tem mais de 5 anos de idade. A idade média da frota é de 8 anos e 5 meses, elevando a procura por serviços de manutenção e reparo. Por outro lado, As montadoras têm oferecido modelos de automóveis com uma quantidade maior de componentes eletrônicos, assim como carros importados que exigem conhecimentos específicos das fábricas e, dessa forma, um aumento nos custos com treinamento e equipamentos. É importante, portanto, ficar de olho nas novas tendências que estão surgindo como a chegada de franquias especializadas, com grandes estruturas de atendimento em redes espalhadas pelo país e as próprias concessionárias que estão oferecendo serviços mais baratos e alguns “pacotes” de revisão para fidelizar o cliente. Assim, tornase indispensável visitar os concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho e, inclusive a participação em seminários especializados.

Dicas preciosas - É fundamental, para se tornar mais competitivo, dimensionar o conjunto de serviços que serão agregados; avaliar o custo-benefício desses serviços é vital para a sobrevivência do negócio, porque pode representar um elevado custo sem geração do mesmo volume de receitas.

- Investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou seja: qualidade do serviço, ambiente agradável, profissionais atenciosos, respeitosos e interessados pelo cliente, além de comodidades adicionais como é o caso de transporte de clientes. - Procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como: remessa de cartões de aniversário, comunicação de novos serviços e novos produtos/serviços ofertados, contato telefônico lembrando de revisões necessárias. - O acompanhamento do proprietário é fundamental para o sucesso do empreendimento, mas isto não quer dizer que este precisa estar na “frente de trabalho” todo o tempo, pois necessita se dedicar ao planejamento de suas ações futuras e correção de falhas eventuais. - O maior desconforto para um cliente que deixa o seu automóvel para conserto é a mudança de rotina causada pela ausência do veículo. A alteração do seu meio de locomoção para estudar ou trabalhar causa irritação e ansiedade. Por isso, além do serviço bem feito, o empreendedor deve se empenhar em cumprir os prazos acordados. Atrasos e períodos longos de consertos invariavelmente ocasionam perda de clientes e insatisfação com os serviços prestados. - Para os clientes que preferem o conserto ao invés da substituição de peças, é importante alertá-los para a diferença de resultados. E atenção para a prática de cobrir orçamentos de outras oficinas, isso pode gerar a canibalização do setor, trazer margens de lucro muito apertadas e comprometer a qualidade do serviço. - Outra dica importante é abrir aos sábados para o atendimento aos clientes. Normalmente, neste dia as pessoas têm mais tempo para resolver os seus problemas automotivos e solicitar orçamentos. Para baixar o guia completo acesse http://www.sebrae.com.br

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PESADO

Caminhão: Como lidar com a manutenção? Eles carregam as riquezas nacionais e fazem a economia girar nas rodas de seus caminhões. É impossível imaginar o Brasil funcionando sem esses personagens que, sob forte pressão, amanhecem e anoitecem nas precárias estradas que cortam um país de dimensões continentais. No dia 30 de junho é comemorado o Dia do Caminhoneiro, nossa gratidão e reconhecimento aos profissionais que transformam suas vidas em viagens intermináveis. Casas ambulantes “Para se esconder de um caminhoneiro, basta ir para a casa dele”. Esse ditado, criado e usado pelos profissionais da estrada, explica bem a rotina de trabalho da categoria. A maioria do tempo eles passam na boleia e, exatamente por isso, precisam cuidar dos veículos da melhor forma possível. Para especialistas, se a manutenção preventiva da frota de veículos pesados fosse levada mais a sério, a grande parte dos acidentes poderia ser evitada. Um levantamento realizado desde o ano passado pelo Grupo de Manutenção Automotiva - que reúne os principais sindicatos das indústrias de autopeças – aponta que, de 576 caminhões inspecionados pela entidade,

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68% tinham problemas de direção e 38% rolamentos defeituosos. “Atualmente, menos de metade da frota de veículos com mais de vinte anos, cerca de 46%, passa por algum tipo de manutenção preventiva. Muita gente deixa para fazer a manutenção do veículo somente quando ele quebra”, avalia o coordenador do GMA, Antônio Carlos Bento. “Muita gente compra um veículo e pensa que ele vai durar para sempre. Se esquece de contar os custos de manutenção. No caso dos caminhões, é possível afirmar ainda que a alta demanda pelos serviços de transporte contribui para o descaso com a manutenção”, completa Bento.

“Estou o tempo todo circulando. Dificilmente volto para o mesmo lugar em um curto período de tempo. Para consertar um defeito não tenho muita escolha. Normalmente paro na oficina mais próxima, na que está no meio do meu caminho”, revela o caminhoneiro. Há mais de 30 anos nas rodovias, Gomes conta que já passou por muitos apertos. “Já fui enganado várias vezes, em vários estabelecimentos. Porém, com o tempo fui pegando as maldades da profissão e da mecânica. Sei que o ideal seria frequentar apenas uma oficina, mas minha rotina infelizmente não permite”, afirma.

Fidelidade x praticidade

pero o problema, tento manter tudo em ordem para que não haja imprevistos”, diz. Segundo Nascimento, a fidelidade ao mecânico também é uma garantia de que o veículo está em boas condições. “Se levamos sempre no mesmo lugar e com a mesma pessoa, um histórico do caminhão fica registrado. Não precisamos de tentar adivinhar o defeito ou contar a mesma história mais de uma vez”, salienta. Wando conta que quando chega no “Seu Mulambo” – apelido carinhoso que deu ao mecânico que frequente há mais de 15 anos – não precisa dizer nada. “Ele entende o meu caminhão melhor que eu mesmo. Desde que cuido com ele não fiquei na mão na estrada. Claro que pneus já furaram, mas nada mais sério aconteceu”, conclui. Aprendizado

De acordo com José Eustáquio Gomes, de 63 anos, na hora da manutenção a praticidade é fator determinante.

Para Wando Nascimento, de 42 anos, a manutenção é religiosa e a fidelidade fundamental. Segundo o profissional, o segredo é trabalhar de forma preventiva. “Antes de o defeito acontecer, já levei o caminhão na oficina. Não es-

Experiência é um fator que faz toda diferença na condução de um caminhão. Saber como agir em situações de risco, quais são os hábitos necessários para cuidar bem do veículo e as melhores maneiras de economizar combustível são conhecimentos que se aprimoram com o tempo na boleia. Mas a experiência também pode carregar alguns vícios e hábitos errados, passados de geração em geração. Alguns são tão comuns e disseminados no cotidiano da pro-


fissão que acabam se tornando mitos da mecânica. Muitos motoristas acreditam estar fazendo o correto, mas acabam agindo justamente ao contrário do recomendado pelos fabricantes.

Paulo Antônio Veloso, de 43 anos, está na estrada desde a infância. “Meu pai também era caminhoneiro. Nasci e cresci dentro do caminhão”, diz. Segundo ele, a rotina é a melhor escola. “Procuro levar o veículo sempre na mesma oficina. Foi assim que meu pai me ensinou. Contudo, tem dias que é impossível. Quando acontece algo que não previa, tento eu mesmo consertar o que estragou. Muitas coisas aprendemos com o tempo e a prática. Acho muito importante o motorista saber mexer no seu caminhão e conhecer os princípios básicos da mecânica pesada”, destaca.

Já Moisés Arantes Neto, de 57, acredita que a qualificação é a melhor opção. “Sou da época que todo mundo achava que entendia um pouco de tudo. Porém, acredito que para se trabalhar em uma máquina, devemos aprender com profissionais que estudam para a fazer funcionar. Já fiz vários cursos de mecânica, principalmente preventiva”, explica. Contudo, o carreteiro não dispensa a mesma oficina há 32 anos. “Conheci o estabelecimento por meio de um companheiro de profissão. Fui lá e gostei do esquema e dos mecânicos. Acho que se for possível, o melhor é fazer a manutenção sempre no mesmo lugar”, finaliza.

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TURISMO

Eventos prometem agitos quentes para inverno mineiro Entre os dias 8 e 19 de julho, cores, sons e movimentos vão tomar conta das ruas, casas e praças das tricentenárias cidades de Outro Preto e Mariana. Desenvolvido e realizado desde 2004 pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o Festival de Inverno reafirma a importância das manifestações culturais e reforça o diálogo entre os moradores locais e os visitantes. Um encontro onde o conhecimento popular e o acadêmico ganha novos contornos e uma nova visão sobre si mesmo.

Para os ouvidos Os visitantes – são esperados cerca de 200 mil - terão a oportunidade de vivenciar e testemunhar performances nacionais e internacionais. As ações envolvem apresentações, exposições, oficinas e debates nas curadorias de Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Infantojuvenil, Literatura, Música e Patrimônio, além do Festival com a Escola, que promove apresentações artísticas e oficinas em escolas da rede pública de ensino. Atrações como Paula Lima, Aline Calixto, Lô Borges, Renegado e o cubano Fernando Ferrer - sobrinho de um dos integrantes do Buena Vista Social Club – serão alguns dos shows de destaque. A música clássica também faz parte do evento e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a Orquestra Ouro Preto também devem tocar ouvidos e corações dos presentes. A programação oficial do evento ainda não foi completamente divulgada. Para maiores informações, entrar em contato através do número: (31) 3559-3432.

mais aconchegante. O inverno começou oficialmente no domingo, 21 de junho, e os principais destinos turísticos já esquentam seus calendários oferecendo festas, eventos e programações especiais. Monte Verde, distrito do município de Camanducaia, no Sul de Minas, está entre as localidades mais frias do estado e é considerada uma atração à parte. Os restaurantes e casas de chá e de chocolates fazem do local um verdadeiro paraíso gastronômico. Em 2008, o distrito localizado entre os grandes centros urbanos de Belo Horizonte e São Paulo, foi eleito o melhor destino de inverno do Brasil com 44% dos votos em eleição do site Viaje Aqui, promovida pelo Guia Quatro Rodas.

Variedade e aconchego Apresentações cênicas e musicais, exposições, oficinas e debates se espalham pelas ladeiras históricas, palcos profissionais ou improvisados, galerias, escolas e espaços de convivência. O envolvimento entre artistas, moradores e turistas – das duas primeiras capitais de Minas Gerais – é o ponto alto do evento, considerado um dos maiores do meio em todo o Brasil. A edição desse ano é inspirada na teoria do filósofo Spinoza. O Festival vem com o tema definido pela afetação de mistura de corpos. Nas manifestações e discussões da arte, o saber move o ser e cria sua essência e virtude. A liberdade, configurada na existência e na ação integrada a uma ética do contentamento, culmina no livre exercício de corpo e alma, de extensão e pensamento, de vício e virtude. Os conhecimentos cambiáveis, os limites fluidos, os sentimentos despertos e as cores da arte são buscados em tudo “o que te afeta”. A temática abrange o afeto como sentimento e como aquilo que te faz agir, movimentar e criar. 22 | MMS

O pequeno município de Maria da Fé, no Sul de Minas, também na Serra da Mantiqueira, é conhecido internacionalmente pela produção de artesanato feito com a fibra de bananeira e detém o título de cidade com a mais baixa temperatura já registrada no estado - 8,4ºC, em 21 de julho de 1981, de acordo com dados do Instituto Cemig/PUCMinas. Aproveitando estes atributos, Maria da Fé realizará, de 15 a 19 de julho, o Festival de Inverno, Artesanato & Design. A programação conta com exposições de artesanato, palestras, oficinas e apresentações culturais variadas. Minas Gerais das cidades históricas, das montanhas, das estâncias hidrominerais, das grutas, das serestas, das quitandas, das comidas típicas de sabores inigualáveis e tantas outras. Em qualquer uma delas e em todos os 853 municípios do estado, a característica mais marcante do povo mineiro – a hospitalidade - é manifestada nesta época do ano, em que todos se preparam para receber os turistas da estação mais fria e

Para os amantes da boa música, Juiz de Fora, na Zona da Mata, é a pedida ideal. A cidade sediará de 19 de julho a 1º de agosto, o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga. As apresentações acontecerão em vários pontos da cidade. Já em Poços de Caldas, no Sul de Minas, tem a Julhofest. No evento, são realizadas apresentações de dança, teatro, música e exposições de arte.



GALAXEIROS

Evento marca aniversário de associação

Gratidão O presidente do clube, Dr. Antônio do Monte Furtado Filho, em seu discurso inaugural, relembrou a trajetória do clube, exaltou a história do Galaxie e agradeceu aos filiados, colaboradores, convidados e familiares.

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o último mês uma grande festa marcou o calendário do antigomobilismo mineiro. No restaurante Café Paddock, na orla da Lagoa da Pampulha, foi comemorado o quinto ano dos Galaxeiros das Gerais. Em clima rústico, mas muito requintado, os convidados puderam desfrutar de uma deliciosa feijoada -preparada em fogão de lenha - e relembrar a trajetória de sucesso da Associação. Para comemorar a data e muitas lutas e vitórias, ainda foi criada a comenda Associação Galaxeiros das Gerais - condecoração de honraria máxima do clube - com o objetivo de agraciar personalidades e benfeitores por relevantes serviços prestados à Associação, à memória do Galaxie e, por extensão, ao antigomobilismo nacional. Os nomes indicados foram colocados ao crivo e aprovação da diretoria, em reunião solene. Foram agraciados Anderson Rocha, Diretor do Jornal Minas Motor Show; Robson Elias, presidente do Clube da Autos Antigos de Congonhas; Caio Mário Baptista Pereira, presidente do Clube de Autos Antigos Rota Real; Cornélio José da Silva, presidente do Clube de Carros Antigos de Cachoeira do Campo; José Geraldo Braga, presidente do Clube Itabirito de Carros Antigos; Jorge Filho, presidente do Clube de Veículos Antigos de Nova Lima; Francis Castaings, diretor do site Retroauto; o radialista e comunicador André Candreva; entre outros.

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“Sem a presença de vocês, nada disto seria possível. Nesta vida, ninguém faz nada sozinho, principalmente um movimento desta natureza. Durante estes anos, foi gratificante conhecer e conviver com várias pessoas que assim como eu tem uma paixão imensurável pelos Galaxies. Aos meus queridos pais, muito obrigado por tudo. À minha esposa, Elis Regina Guimarães, que me apoiou e suportou em todos os momentos, o meu muito obrigado pela grande compreensão. Aos meus filhos, Stéphanie, Antônio, Samantha e mais recentemente, Maria Eduarda, luzes da minha vida. Eu amo todos vocês”, afirmou Furtado emocionado. Dr. Antonio também relembrou o nascimento do grupo e fatos importantes.“Cinco anos se passaram. Cinco anos de muitas emoções, lembranças, lutas, derrotas, vitórias e, principalmente, momentos inesquecíveis. Em 2010 plantamos a primeira semente e com o tempo as raízes cresceram fortes e deram os seus primeiros frutos. Todos vocês que nos acompanharam nesta prazerosa jornada, sabem que não foi fácil.O trabalho foi e é árduo, mas estamos colhendo resultados extraordinários e o reconhecimento do Antigomobilismo Nacional”, destacou.

História Os Galaxeiros das Gerais nasceram dos sonhos e ideais de um grupo de amigos voltados para a defesa e preservação da memória do Ford Galaxie, reconhecidamente um dos maiores ícones da história da indústria automobilística nacional. Inicialmente, foi estabelecida uma confraria , fundada em 17

Antônio do Monte Furtado Filho

de junho de 2010. Com o amadurecimento e crescimento significativo do número de associados em todo o estado de Minas Gerais, em 17 de junho de 2011, nascia a Associação Galaxeiros das Gerais, entidade de direito privado e sem fins econômicos, legalizada e com vida própria. Não tardou muito e, há 03 anos, a Associação se tornou um clube federado - filiado à Federação Brasileira de Veículos Antigos. Em 19 de agosto de 2014, seu presidente foi convidado a assumir a função de Diretor Regional da Região Metropolitana da Federação Brasileira de Veículos Antigos, quebrando um paradigma do referido cargo ser sempre ocupado por um representante indicado pelo Instituto Cultural Veteran Car de Minas Gerais. Entre os objetivos da Associação estão congregar proprietários e apreciadores de veículos antigos - mais especificamente do Ford Galaxie em todos os seus modelos - estimulando a amizade e o espírito de colaboração coletiva; concorrer para a preservação do patrimônio automobilístico, cultural e educacional de época; promover o esclarecimento da opinião pública sobre a importância da preservação do patrimônio automobilístico e provê-la de informações; promover eventos de caráter social e cultural, passeios, desfiles e exposições de veículos antigos; cooperar com os poderes públicos, associações de classes e quaisquer outras instituições em tudo que possa interessar ao automobilismo da época; mobilizar a sociedade civil, visando integração e interação entre os seus membros, com uma programação cultural diferenciada, satisfazendo as necessidades de lazer.


No restaurante Café Paddock, na orla da Lagoa da Pampulha, foi comemorado o quinto ano dos Galaxeiros das Gerais. Em clima rústico, mas muito re‑ quintado, os convidados puderam desfrutar de uma deliciosa feijoada ‑preparada em fogão de lenha ‑ e relembrar a trajetória de sucesso da Associação.

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GESTÃO Fábio Moraes é diretor da Ultracar,

A crise chegou nas oficinas. Mito ou Verdade? Não tem como negar. O Brasil está em crise. Todos já sabemos disso e estamos sentindo no dia a dia. Em tudo que compramos e em tudo o que fazemos. Também escutamos que nos últimos 2 anos mais de 1.8 milhões de veículos foram fabricados e despejados no mercado e que, em algum momento estes carros, mais os que já haviam sido vendidos até final de 2012 estariam chegando nas oficinas mecânicas e centros automotivos. Como está o movimento de sua oficina nos últimos meses? Instável para alguns, estável para outros. Alguns ganhando dinheiro, outros com várias dificuldades financeiras. Acredito que com este começo de conversa podemos responder que a crise chegou para algumas oficinas e para outras não, ou seja, Verdade para muitas oficinas e Mito para muitas outras. E porque existe, nos dias de hoje, esta grande distorção na avaliação dos proprietários de oficinas? Porque para muitos a crise está afetando diretamente na diminuição de serviços e no faturamento e porque para muitos outros a crise está sendo boa e a oficina está cheia, número de passagens aumentando, muito serviço e o faturamento só crescendo? Não consigo ver outra explicação a não ser a forma como cada proprietário con-

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duz sua empresa. É como uma plantação, se não adubamos e irrigamos, o resultado da colheita não será bom. Nos últimos dois anos como você cuidou de sua oficina? Você se preocupou em administrar e gerenciar bem o seu negócio, ou simplesmente tocou sua oficina conforme as coisas iam acontecendo? Você cuidou de seus funcionários, trabalhando incansavelmente para transformá-los em equipe? Você cuidou dos equipamentos eletrônicos / elétricos / injeção fazendo as atualizações necessárias conforme orientação do fornecedor? Criou um plano de manutenção das ferramentas e linha de ar? Você cuidou de seus clientes, conversando pessoalmente com cada um, enviando e-mail de aniversário, mandando e-mail marketing sobre manutenção preventiva com preços promocionais, chamando ele em sua oficina porque já estava na hora de trocar o óleo? Você organizou os procedimentos do setor financeiro de sua oficina, estudando os números do contas a pagar, contas a receber e bancário? Teve oportunidade de implantar o fluxo de caixa e fez os fechamentos mensais para poder analisar como estão caminhando os números de sua oficina? Verdade: se você não trabalhou os itens acima a crise está chegando forte e refletindo na sua vida pessoal e profissional.

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proprietária do Software de Gestão Ultracar (parceira da Universidade Newton Paiva e do curso de GNA), auditor do IQA, consultor do IAA e consultor de várias oficinas no Brasil. Dúvidas e informações: fabio@ultracar.com.br

Verdade: não se consegue sair da crise num curto espaço de tempo

empresa e o meu pessoal. Agora não tem como reverter esta situação.

Verdade: é necessário rever seus conceitos e sua forma de conduzir sua oficina

Mito: minha oficina está com pouco movimento e nunca mais vou ter a mesma quantidade de carros que tinha no passado

O caminho do sucesso e da estabilidade é um só: Gerenciar melhor sua oficina Administrar melhor sua oficina Cuidar melhor de sua oficina. Se você não sabe como, peça ajuda. Converse com outros proprietários de oficinas que estão bem equilibrados. Encontre empresas ou pessoas que vivem no meio automotivo e têm experiência para ajudar sua oficina e você. Pode parecer impossível, ou pelas dificuldades você pode achar que não existe mais alternativa, mas sempre existe uma saída. O que precisamos entender é que esta saída, este caminho, não vai trazer resultados a curtíssimo prazo, mas se você tiver persistência e vontade de querer que aconteça, então o equilíbrio financeiro, operacional e pessoal, virá. Por isso é fundamental sabermos a grande diferença entre “mito” e “verdade”: Mito: não existe mais nenhuma condição de resolver os problemas de minha oficina Mito: estou usando cheque especial da

Mito: vou ter que encerrar as atividades de minha oficina Verdade: tudo isso vai acontecer se você, proprietário, não mudar a forma de administrar sua oficina. Se você não entender que a sua mudança cultural é o ponto de partida para reverter toda e qualquer situação negativa que sua oficina está passando. Acreditem.Para tudo existe uma saída. É fato que as vendas de carros novos diminuíram. É fato também que os proprietários de carros vão procurar as oficinas com mais frequência, pois precisam manter o carro em boas condições de uso. Para nós, isso é chamado de “O P O R T U N I D A D E” Mito ou Verdade, só depende de como vamos encarar as oportunidades. Crise, só para aqueles que ainda não entenderam que é necessário gerenciar e administrar melhor o dia a dia da oficina, prestando atenção a todos os detalhes, inclusive os pequenos (todos os dias). Sempre!!!!!


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