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MITSUBISHI

ECLIPSE CROSS PHEV

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MUNDO JOVEM

Agora que está disponível apenas como híbrido, o Mitsubishi Eclipse Cross tornou-se bem mais interessante para o automobilista português mais jovem, perdendo alguma imagem desportiva do anterior motor turbo, mas ganhando em e ciência, tanto fora como dentro da cidade.

Amarca Mitsubishi tem perdido alguma relevância na Europa, e esteve quase para abandonar o nosso continente. Mas os seus automóveis ainda continuam a ser muito interessantes, e mesmo com uma gama reduzida o público português ainda tem motivos para apostar na marca japonesa para comprar um automóvel que dê nas vistas, com imagem desportiva, mas compatível com a necessidade moderna de reduzir a pegada ecológica. E assim de repente, o único carro da Mitsubishi com essas características é agora o Eclipse Cross, um SUV crossover que agora é oferecido com um sistema híbrido semelhante ao do Outlander, com um único nível de equipamento e abaixo dos 35 mil euros.

Com o Outlander a sair do mercado (uma nova geração foi lançada no mercado internacional, mas não está disponível na Europa), o Eclipse Cross não é exatamente um substituto direto, uma vez que não possui as mesmas capacidades como veículo familiar. No entanto, é uma boa alternativa para aqueles que associam a imagem da marca japonesa com o desportivo Lancer Evolution, mantendo a sua carroçaria que mistura SUV com coupé, mas cujo novo motor híbrido é uma melhor alternativa que o anterior motor 1.5 turbo a gasolina. A potência total combinada é de 188 cv, superior aos 163 cv do seu antecessor, embora a condução não seja igual, já que os dois propulsores têm funções muito diferentes.

Depois de ter evoluído bastante no Outlander, o sistema híbrido da Mitsubishi continua a ser muito e ciente no Eclipse Cross. Com um total de 188 cv, é menos potente que o sistema no Outlander, mas também não precisa de andar depressa. Os seus quatro modos de utilização dão ao condutor um nível muito preciso de controlo sobre a utilização da energia, na maior parte do tempo usando o modo híbrido em estrada e mudando para o EV em cidade. No entanto, o Save e o Charge também são importantes para garantir que há energia na bateria após uma viagem entre duas cidades, para quando chegar ao novo ambiente urbano poder circular sem emissões poluentes.

Claro, quando precisa de fazer muitos quilómetros em estrada e em modo Save, é inevitável que o motor 2.4 a gasolina comece a consumir mais combustível, mas mesmo numa utilização normal não é muito complicado manter os consumos baixos, com uma média de 2,4 litros por cada 100 quilómetros percorridos, não muito acima dos 2 litros anunciados. O Eclipse Cross consegue percorrer até 45 quilómetros só em modo elétrico, pelo que, andando primariamente na cidade, pode passar alguns dias sem precisar de recorrer ao motor a gasolina, até porque a bateria de 13,8 kWh compatível com um carregador de corrente contínua armazena 80% de carga em 25 minutos a 22 kW.

PARA (QUASE) TODO O TERRENO

Com o motor híbrido, o comportamento do Eclipse Cross não é o mesmo que com o anterior 1.5 turbo a gasolina, até porque a bateria e os dois motores elétricos já fazem o peso total saltar para perto das 2 toneladas. Mesmo assim, graças às suas dimensões compactas o SUV japonês é surpreendentemente ágil, especialmente no tráfego urbano. Na estrada, é confortável o suficiente, mais pelo silêncio que se sente dentro do habitáculo e pela estabilidade providenciada pelo eixo traseiro do que pela regulação dos amortecedores, algo sensível em estradas com asfalto menos regular.

Outro aspeto onde o Eclipse Cross impressionou foi na aderência quando circula fora de estrada. Não é, claro, um verdadeiro todo-o-terreno, pois não tem a altura ao solo, nem o posicionamento dos pára-choques, nem sequer os pneus apropriados, para ser um herdeiro do Pajero. No entanto, com a posição dos 2 motores, tem um sistema de tração integral inteligente, com 4 modos de utilização selecionáveis pelo condutor, incluindo um para terra e outro para neve. Nestas condições, não há qualquer problema em atravessar estradões de terra com pedras soltas e alguns buracos e pequenos obstáculos; pode não ser TT a sério, mas dá vontade de se afastar das estradas normais.

O Outlander era um carro com aptidões familiares, cujo desaparecimento deixa um vazio. Como novo SUV híbrido, o Eclipse Cross não é alternativa, pois os seus bancos traseiros não se prestam para uso por adultos durante longas viagens, onde se nota alguma falta de espaço para a cabeça ou para os joelhos. O condutor, por seu lado, vai sentir-se confortável com acesso rápido às várias funções e comandos do painel de instrumentos e do sistema de infoentretenimento, pois os vários comandos estão bem posicionados, espalhados pelo tablier, pela consola central e pelo volante. Mesmo com a montagem do sistema híbrido, a bateria até ganhou algum espaço com o restyling associado, já que a Mitsubishi redesenhou os pára-choques, ganhando 26 litros de capacidade para ultrapassar os 400 litros totais. Pode não ser um familiar, mas como automóvel para uso por parte de um jovem com uma vida ativa serve perfeitamente.

O Mitsubishi Eclipse Cross PHEV está disponível em Portugal apenas com o nível de equipamento eMotion, com a marca japonesa a conseguir atingir um preço abaixo dos 34 mil euros. Entre os equipamentos oferecidos de série, destacam-se elementos que normalmente são apenas opcionais, mesmo em veículos de segmentos superiores, incluindo “head up display”, ar condicionado de dupla zona, conectividade Bluetooth para smartphone, faróis em LED à frente, atrás, de nevoeiro e de condução diurna, e sensores de chuva. l

FICHA TÉCNICA

Motor

Bateria Potência

4 cilindros, 2360 cc, 16 v., inj. direta e híbrido iões de lítio, 13,8 kWh 188 cv (total combinado)

Binário

193 Nm (gasolina), 195 Nm (elétrico)

Tração

integral, caixa de relação única Suspensão tipo McPherson à frente, multibraços atrás Comprimento 4545 mm Largura 1805 mm Altura 1685 mm Bagageira 404 litros Peso 1975 kg Consumo 2,4 l/100 km (testado) Autonomia elétrica 45 km (anunciada) Acel. 0-100 km/h 10,9 segundos Emissões CO2 46 g/km Tempo de 4h – 3,7 kW

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PREÇO

desde 33.990€

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