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SUZUKI

S-CROSS 1.4T S3 4WD

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OPORTUNIDADE RACIONAL

No meio de um processo de renovação, o Suzuki S-Cross não só ganhou uma nova cara, como está à espera de uma versão 100% híbrida. Até lá, a variante semi-híbrida continua a contribuir para tornar o modelo familiar japonês um automóvel a gasolina mais eficiente, ao mesmo tempo que oferece mais conforto graças ao seu habitáculo redesenhado.

Na Suzuki, está a acontecer uma pequena revolução. Com a ajuda da Toyota, começaram por introCom a ajuda da Toyota, começaram por introduzir verdadeiros automóveis híbridos na gama, duzir verdadeiros automóveis híbridos na gama, como o Swace (baseado na carrinha Corolla Toucomo o Swace (baseado na carrinha Corolla Touring Sport) ou o Across (quase igual à versão plug-in do ring Sport) ou o Across (quase igual à versão plug-in do RAV4), antes de introduzir os seus próprios híbridos. O Vitara já está disponível nesta versão, enquanto que para o S-Cross vai ser preciso esperar até ao nal do ano. Mas, até lá, o crossover familiar da marca japonesa já oferece bastantes novidades, mesmo mantendo o já conhecido e ciente motor semi-híbrido, que o tornaram mais confortável, especialmente nas versões topo de gama.

Além das modi cações estéticas exteriores, com destaque para a nova grelha dianteira, novos grupos óticos, introdução de um spoiler traseiro (para melhorar o uxo de ar) e o desenho do guarda-lamas, as principais novidades podem ser vistas no interior, que mantém basicamente as mesmas dimensões do modelo anterior, mas que ganha novas funcionalidades mais cómodas para o condutor e para os passageiros, com destaque para o melhor acesso à informação. O novo ecrã do painel de instrumentos é maior, com 4,2 polegadas, e permite aceder mais facilmente a informação sobre condução, algo que era mais difícil no modelo anterior. No tablier, a versão topo de gama, com a designação S3 (o S-Cross passa de duas versões, GLX e GLE, para três, S1, S2 e S3, esta última mantendo um preço competitivo face a concorrentes de outras marcas), o ecrã de 9 polegadas, exclusivo do topo de gama, tem novas funcionalidades, como acesso sem os a aplicativos como Apple CarPlay e um novo sistema de navegação; ganha também novas entradas USB, onde se pode carregar o telemóvel, e dois novos compartimentos para garrafas de água.

O S-Cross sempre foi um automóvel espaçoso e isso não muda nesta renovação, que mantém praticamente as mesmas cotas de habitabilidade, e onde se destaca uma quantidade considerável de espaço para as pernas dos ocupantes dos bancos traseiros, mantendo-se ainda a ampla bagageira de 430 litros de capacidade. Nesta versão S3, a sensação de espaço interno é ampliada pelo tejadilho panorâmico de série. A começar na casa dos 27 mil euros na

Enquanto não chega o híbrido convencional, o sistema semi-híbrido continua a ser o único motor disponível.

versão de entrada, a variante de topo já começa acima dos 31 mil euros com tração dianteira (e mais de 32 mil euros com tração às 4 rodas), mas o reforço do equipamento e o tradicional espaço amplo fazem com que seja um modelo a levar em conta para quem tem uma família ativa e gosta de passeios longos.

O 4x4 QUE VALE A PENA

Dentro da gama Suzuki, mesmo que um automóvel não seja um verdadeiro todo-o-terreno, a marca japonesa sempre insistiu em versões com tração às 4 rodas. No entanto, como muitos dos seus veículos são compactos, primariamente usados na cidade, é necessário um sistema de tração integral que não seja intrusivo e que não sacrifique muito espaço no habitáculo. A Suzuki encontrou a solução ideal e tem vindo a aplicá-la com sucesso no S-Cross e no Vitara. A questão é se, num país como Portugal, onde, ao contrário do norte da Europa, a chuva e o gelo não são uma presença constante na estrada, é necessário ter 4 rodas motrizes... A adição do sistema de tração integral com controlo eletrónico representa um acréscimo de custos de pouco mais de 600 euros. Geralmente, não estará ativo, mas entra em atividade automaticamente, transferindo potência para as rodas traseiras, sempre que necessário, e sem qualquer intervenção do condutor. Que assim vai sentir mais segurança ao volante em modo Sport, em estradas com mais curvas, quando estiver realmente a chover, ou quando quiser fazer algumas incursões por estradões de terra (atenção que, ao contrário do Vitara, o S-Cross não é ideal para trilhos de todo-o-terreno). Assim, será uma escolha inteligente, especialmente para quem necessitar de fazer viagens mais longas.

Enquanto não chega o híbrido convencional, o sistema semi-híbrido continua a ser o único motor disponível. Disponível há mais de dois anos no mercado com uma bateria 48 volts, na altura representou uma alteração importante ao motor 1.4 turbo a gasolina, que passou a oferecer respostas mais rápidas a média rotação, com uma redução visível nos consumos.

Com relações longas na caixa de velocidades, vai acelerar de modo suave e progressivo, sem se sentir o turbo, pelo que não é difícil manter os consumos nos 6 litros baixos, talvez até abaixo deste valor se passar menos tempo na cidade. O sistema de recuperação de energia de travagem ficou ainda mais eficiente, pois agora trabalha em conjunto com uma série de novas câmaras e novos sensores, que permitem ao sistema trabalhar em antecipação com o “cruise control” adaptativo, detetando sinais de trânsito ou a presença de outros veículos e

peões na estrada para extrair e reciclar mais energia para reduzir o impacto ambiental do motor de combustão nos arranques.

Fácil de conduzir em uso diário, com um bom nível de estabilidade para um veículo com a sua altura, o Suzuki S-Cross não é, muitas vezes, a primeira escolha para quem precisa de um carro familiar, mas isso poderá ser usado a favor do potencial comprador, especialmente se estiver disposto a negociar por mais algum equipamento adicional. l

Paulo Manuel Costa (texto)

FICHA TÉCNICA

Motor

4 cilindros, 1373 cc, 16 v., inj. direta e turbo

Bateria Potência Binário

48 V, motor síncrono de 10 kW 129 cv/5500 rpm 235 Nm/2000-3000 rpm

Tração

integral, caixa manual de 6 vel. Suspensão McPherson à frente, barra de torção atrás Comprimento 4300 mm Largura 1785 mm Altura 1580mm Bagageira 430 litros Peso 1330 kg Consumo 5,9 l/100 km (testado: 6,2 l/100 km) Acel. 0-100 km/h 10,2 segundos Emissões CO2 133 g/km

PREÇO

32.470€ (gama S-Cross SHVS desde 27.158€)

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