ao volante

RENAULT

MÉGANE E-TECH ELÉTRICO

O 2.0 DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS

A Renault poderia muito bem marcar este novo lançamento como uma nova geração do Mégane, ou até mesmo designá-lo como um novo modelo na sua gama de elétricos, tal é a revolução/evolução presente no novo Mégane E-Tech Elétrico.

Uma das principais razões que o CEO do construtor francês, Luca de Meo, sugeriu para manter o nome francês, Luca de Meo, sugeriu para manter o nome Mégane foi a de capitalizar as 4 gerações e os mais Mégane foi a de capitalizar as 4 gerações e os mais de 10 milhões de automóveis vendidos sob esse de 10 milhões de automóveis vendidos sob esse nome. Acreditando que será um sucesso de vendas pelas nome. Acreditando que será um sucesso de vendas pelas suas características, será também o modelo mais importante dentro do portfolio da Renault, pois pode agradar a todas as necessidades de motorizações, sejam elas a gasolina, a diesel, um híbrido plug-in e, agora numa carroçaria exclusiva, a versão 100% elétrica.

Com mais de 10 anos de tecnologia de veículos dependentes de baterias, a Renault apresenta o novo Mégane E-Tech Elétrico, tendo capitalizado todo o seu conhecimento e experiência para lançar a 2.ª geração destes veículos. Assim o construtor francês disponibiliza mais um modelo que se junta à gama existente, composta pelo

Twizy, Twingo e Zoe, e pelos dois comerciais Kangoo e Master.

EXTERIOR

Com um design que mistura vários estilos, como um coupé, com a linha traseira a baixar nos bancos traseiros, possuindo cavas de roda de grandes dimensões para albergar as jantes de 20 polegadas, conferindo um ar de SUV, e ao mesmo tempo com superfícies grandes e amplas que transmitem um ar robusto e impactante na estrada, o novo Mégane E-Tech Elétrico é um novo crossover da Renault. A importância do design foi tão grande que obrigou os engenheiros a desenvolveram soluções técnicas que pudessem desempenhar a função e, ao mesmo tempo, mantivessem o trabalho dos designers. A título de exemplo, todos os puxadores de porta foram completamente integrados nas portas. Na frente os puxadores estão “invisíveis” quando fechados, apenas saindo automaticamente para fora da carroçaria quando se destranca o carro. Esta solução permite colocar as linhas fluidas e aerodinâmicas, ao mesmo tempo que transmite um certo ar de tecnologia. Quando abrimos o novo Mégane E-Tech Elétrico, esta ação dos puxadores parece que está a dar boas-vindas aos passageiros. Nas portas traseiras as aberturas de portas também estão integrados, mas superiormente e bem dissimulados no triângulo do vidro traseiro.

Em termos de dimensões exteriores, o novo Mégane E-Tech não segue a tendência de crescimento, pois a sua motorização mais compacta permite que o espaço interior cresça sem penalizar as dimensões exteriores. Com um comprimento de 4.2 metros e 1.5 metros de altura, possui as mesmas medidas que o Renault Captur, contudo trata-se de um modelo de um segmento acima.

Uma imagem de marca que o os modelos Mégane têm é a sua assinatura de luzes diurnas marcante. O novo Mégane E-Tech Elétrico mantém a tradição, com umas luzes de grandes dimensões e que pode ser ainda mais reforçado com as coloridas entradas de ar inferiores do para-choques em dourado. Essa opção personalizável depende da versão escolhida.

INTERIOR

O novo Mégane E-Tech apresenta um bom espaço para o condutor e passageiros, com diversos locais de arrumação. Na traseira, o espaço para as pernas é amplo, sendo superior em mais 16 cm que os “irmãos” com motorizações a combustão, contudo altura não abunda, uma vez que as linhas de coupé obrigam a reduzir o espaço na zona da cabeça.

Como em tudo na vida, existe sempre um lado positivo e um lado negativo, e se temos um design lindíssimo por fora (na nossa opinião), no interior a visibilidade traseira é muito limitada, tendo em conta que o óculo traseiro é bastante pequeno. Para resolver esta situação, na versão mais equipada Techno possuímos um espelho interior retrovi-

Em termos de autonomia, a bateria de 40 kWh permite cerca de 300 km e a maior (60 kWh) mais de 450 km com uma carga.

sor com câmara. A verdade é que esta solução tecnológica permite colmatar o défice de visão, contudo necessita de alguma habituação, pois os objetos encontram-se mais afastados do que a câmara nos transmite. Explicando melhor, o espelho reflete desde o lugar do condutor até o veículo que nos precede, enquanto a câmara colocada na traseira apresenta uma imagem muito mais ampliada. Para baralhar mais as contas, existe ainda a câmara de marcha-atrás no ecrã central, que tem outra focagem diferente.

Um ponto que se destaca mal se entra no novo Renault Mégane E-Tech Electric é a receção de boas-vindas, que se inicia com os puxadores e que depois passa para o interior com uma animação dos ecrãs apelidados de cockpit digital. Este sistema é constituído por 2 ecrãs: um na frente do condutor, que apresenta toda a informação necessária, de forma explícita e simples; e outro ao centro da consola de 12 polegadas, no qual poderemos personalizar e controlar todos os sistemas deste novo modelo 100% elétrico. Destaque para o sistema de navegação e controlo desenvolvido com o Google, que para além do controlo de voz integra também o sistema de Android Auto e Apple Car Play sem fios. Um aspeto importante prende-se com a função de planeamento de carga (locais e tempo) de forma que o condutor tenha apenas de introduzir o destino, e seguir um plano que tem em conta o nível de energia da bateria no momento de arranque.

Outro elemento a destacar é o sistema de som, que dependendo do nível de equipamento pode ser disponibilizado pela Harman Kardon. Este elemento combina com a qualidade dos materiais interiores aplicados, assim como o rigor da montagem. Gostámos da envolvência que moldura à volta dos passageiros da frente, com início da porta passando pelo tablier e terminando na porta do condutor. Para além do aspeto físico, existe também uma luz que vai alterando a tonalidade e intensidade adaptando-a à luz do dia, para tornar o ambiente a bordo ainda mais acolhedor.

DINÂMICA

A Renault apresenta 2 níveis de potência para o novo Mégane E-Tech Elétrico: uma versão de 130 cv e outra de 220 cv, ambas de tração dianteira. Ao longo das estradas do Douro, e com a possibilidade de testar as duas motorizações, verificámos que a entrega de potência é realizada de forma muito progressiva, não se sentindo de forma acentuada a diferença dos 88 cavalos. Para terem uma ideia, a versão menos potente realiza 10 segundos nos tradicionais 0-100 km/h, enquanto a versão de 220 cv baixa para os 7.5 segundos. Em termos de velocidades máximas, estão limitadas aos 150 e 160 km/h mediante as potências disponíveis.

Uma nota de destaque para o trabalho realizado pelos engenheiros que conseguiram filtrar muito bem as irregularidades do piso. Não existe qualquer sistema adaptativo eletrónico, contudo a taragem das suspensões, a adoção de um sistema multilink traseiro e um peso comedido de 1624 kg – valor baixo para um veículo 100% elétrico – conseguem esse resultado. Verificámos também que o ruído de rolamento, especialmente proveniente das cavas de roda,

Plataforma CMF-EV abre novo ciclo de veículos elétricos

A base de qualquer modelo é a sua plataforma, sendo que a parceria Renault-Nissan-Mitsubishi desenvolveu em conjunto a 2.ª geração de plataforma para veículos elétricos. Já utilizada no Nissan Ariya, a CMF-EV é agora adotada no novo Renault Mégane E-Tech Elétrico. E esta será a plataforma base para mais de 35 novos modelos até 2030. Durante a apresentação foi-nos revelado que a Renault vai lançar um novo modelo, de maiores dimensões que o Mégane E-Tech Elétrico e com uma autonomia superior a 600 km, mas para o conhecer temos de aguardar até 2024…

foi muito bem debelado, uma preocupação assumida pela Renault, que aplicou diversos materiais isolantes até mesmo por baixo da bateria.

Mas para utilizar a potência do motor elétrico será necessária a energia proveniente da bateria. A Renault disponibiliza 2 baterias, uma de 40 kWh (versão empresarial) e outra de 60 kWh (apenas disponível na versão de 220 cv). As baterias, desenvolvidas de raiz, possuem uma altura de apenas 11 centímetros, o que permite uma colocação sem grande elevação do piso. Assim, em termos de autonomia no ciclo WLTP, a de 40 kWh permite realizar 300 quilómetros e a maior mais de 450 km com uma carga.

Ao longo do test drive que realizámos, em que o percurso rondou os 70% em autoestrada e o restante em estrada nacional acidentada, e sem qualquer preocupação com consumos ao longo dos 110 quilómetros, o Mégane E-Tech Elétrico consumiu em média 19.8 kWh aos 100 km.

Em termos de carregamento, a Renault oferece diferentes opções mediante os níveis de equipamento: na versão de entrada (bateria de 40 kWh) apenas o carregamento lento como opção, com capacidade de 7.4 kW; nas versões com bateria de 60 kWh é disponibilizado 7.4 kW a 22 kW e um carregamento rápido de 130 kW.

GAMA

A Renault vai disponibilizar 4 versões de equipamento. Para os particulares as versões iniciam-se pela Evolution, depois a Techno, seguindo-se a mais equipada Iconic. Contudo, tendo em conta as vantagens scais e a apetência pelo mercado pro ssional, a Renault disponibiliza ainda a versão Equilibre (situada entre a Evolution e a Techno), mas apenas para a versão de 40 kWh e 130 cv, a única versão disponível com estas características. Esta também será a versão mais económica, começando nos 35.850€.

Para as outras versões de equipamento, aliadas à bateria de 60 kWh, com o mesmo motor elétrico de 130 cv os preços iniciam-se nos 41.850€, enquanto a motorização mais potente (220 cv) está disponível desde 42.650€.

Apesar de já poder adquirir o novo Mégane E Tech Elétrico, as primeiras entregas estão previstas para o mês de setembro, altura em que terá que disputar o território com modelos como o Cupra Born, o Opel Mokka-e ou o VW ID.3. 

António Costa (texto)

VERSÕES E PREÇOS

EV40 130 cv.....................................desde 35.850€ EV60 130 cv.....................................desde 41.850€ EV60 220 cv ....................................desde 42.650€

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