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mercado
from Blueauto#63
by Blueauto
AUDI E-TRON GT
Não é exatamente o topo de gama da Audi, mas no que diz respeito à sua gama elétrica mostrou o potencial da Audi melhor que o e-tron (hoje Q8 e-tron). Um veículo desportivo de luxo, o e-tron GT tem o formato de coupé de quatro portas, e foi concebido para mostrar que é possível ter prazer de condução, além de conforto, ao volante de um carro elétrico. Por isso, a Audi usou a mesma plataforma elétrica para veículos de luxo desenvolvida pela Porsche, e partilhada com o Taycan, com bateria de 83,7 kWh para percorrer quase 500 km, e uns expressivos 530 cv na versão base, enquanto a variante RS salta para os 646 cv, que lhe permitem atingir os 100 km/h em menos de três segundos e meio. Mas o e-tron GT não é só um desportivo, e a sua suspensão, sistema de som e pacotes de assistência à condução permitem ao condutor relaxar ao volante.
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BMW i7
A expansão da submarca i da BMW foi feita, em vários casos, através do seu casamento com as gamas equipadas com motores térmicos. Por isso, em termos de design, o novo topo de gama da marca, o i7, não é muito diferente do Série 7 convencional. No entanto, é clara a aposta da marca de Munique na versão elétrica, que não só ocupa o lugar de destaque como modelo mais desejável, como foi também a primeira variante a ser oferecida ao público europeu, antes das mais acessíveis diesel e híbridas. A marca procurou garantir que conduzir um i7 seria a mesma coisa que conduzir um Série 7, mas com mais conforto, mais silêncio e um melhor sentido de responsabilidade social. Os 544 cv dos dois motores são alimentados por uma bateria de 101,7 kWh, que pode ser carregada até 195 kW, mas em breve esta vai poder alimentar também uma versão desportiva M, com 660 cv.
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CADILLAC CELESTIQ
Embora tenha reduzido a sua presença no mercado europeu, a Cadillac poderá ter no Celestiq uma forma de reconquistar uma fatia de clientes que procuram por automóveis exclusivos. Rompendo completamente com a estética tradicional da marca, o seu segundo automóvel elétrico (depois do SUV Lyriq) chega em 2024 com argumentos que o colocam na vanguarda do segmento de luxo, incluindo uma bateria de 111 kWh com carga de 200 kW, para uma autonomia de 480 km usando a potência combinada de 600 cv dos dois motores, carroçaria com peças em fibra de carbono e um chassis com vários controlos eletrónicos que contribuem para uma estabilidade perfeita e máximo conforto. O habitáculo é dominado pelos cinco ecrãs que oferecem informação e entretenimento aos condutores e aos passageiros, incluindo o ecrã central de 55 polegadas.
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KARMA GS-6
Originalmente concebido como parte da marca Fisker, o Karma ganhou identidade própria e deu origem a uma máquina distinta. Sem representante em Portugal (existe um em Espanha, em Valência), este veículo desportivo sino-americano era apenas um híbrido que usava o motor de combustão exclusivamente para alimentar uma bateria, mas em breve o GS-6 vai ganhar uma variante 100% elétrica, batizada GSe6, em que a bateria pequena vai dar lugar a um conjunto de grandes dimensões, com capacidade de 85 ou 105 kWh, que lhe vai permitir percorrer até 480 km, bem como fornecer energia a um conjunto de motores elétricos que deve atingir os 544 cv na versão base, mas que tem potencial para chegar aos 1000 cv. No interior, o visual tem um toque de inspiração britânica, a lembrar um Jaguar ou um Aston Martin.
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LUCID AIR
A Lucid foi uma de várias marcas criadas nos últimos anos com o propósito específico de lutar de igual para igual com a Tesla, com uma gama exclusivamente elétrica, mas foi das poucas sobreviventes. O primeiro modelo deste novo construtor americano, o Lucid Air, tem argumentos para isso, com uma gama extensa com baterias de 88 ou 102 kWh, motores que vão dos 480 aos 1200 cv, e onde o condutor tem à escolha uma autonomia de 900 km, ou atingir os 100 km/h em menos de dois segundos. O habitáculo está a meio caminho entre o conceito revolucionário da Tesla e os mais tradicionais designs da Mercedes ou Porsche, com um sistema de infoentretenimento desenvolvido pela Amazon. Tal como no modelo rival da Tesla, a Lucid conseguiu montar duas bagageiras no Air. Vai ter presença no mercado europeu, embora não esteja ainda prevista a sua vinda para Portugal.
MASERATI GRANTURISMO FOLGORE
Desde que se separou da aliança técnica com a Ferrari, a Maserati parecia não ter direção, mas a sua integração total na Stellantis deu-lhe finalmente o poder para criar novos automóveis, incluindo o seu primeiro veículo elétrico, que está prestes a chegar ao mercado. O Granturismo Folgore usa a mesma plataforma do modelo com motor térmico, mas tem espaço para uma bateria de 92,5 kWh, recorrendo à mesma tecnologia que vai ser usada pelo carro de Fórmula E, com 800 volts e fornecendo energia a três motores. A potência máxima do conjunto é de 761 cv, o que o coloca ao nível das outras marcas de luxo. O modelo da Maserati, que também estreia um novo controlo eletrónico do chassis e dos sistemas elétricos, é o único coupé de duas portas nesta lista, mas em breve esta tecnologia será estendida a uma limusine de luxo, pois a marca italiana vai lançar um Quattroporte Folgore em 2024.
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MERCEDES EQS
O primeiro Mercedes 100% elétrico construído numa plataforma específica para esta tecnologia reinventou completamente aquilo que se pode esperar de um carro de luxo da marca alemã. O EQS (que recentemente ganhou uma variante SUV) tem uma aparência compacta, mas na verdade tem dimensões exteriores semelhantes às do seu equivalente com motor térmico, o mais tradicional Classe S, além de potencial para melhor aproveitamento do habitáculo e da tecnologia de entretenimento para melhorar o conforto. O seu eixo traseiro direcional torna-o mais ágil de conduzir. A sua bateria de 108,7 kWh é uma das maiores entre o segmento de luxo, e fornece energia a uma gama de motores que vai dos 333 aos 658 cv da variante AMG, tendo sido o primeiro automóvel elétrico a usar a lendária designação da Mercedes para veículos desportivos.
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PORSCHE TAYCAN
Desde 2020 que a Porsche tem um automóvel 100% elétrico, desportivo e luxuoso. Hoje em dia, o Taycan já é uma família, oferecendo nada menos que três variantes distintas de carroçaria (coupé de quatro portas, “shooting brake” Sport Turismo e “crossover” Cross Turismo) e sete níveis de performance, com potências dos 408 aos 761 cv, e duas opções de bateria com capacidade de 71 ou 83,7 kWh. O topo de gama, o Taycan Turbo S, consegue atingir os 100 km/h em menos de três segundos, mesmo pesando 2370 kg. Não estando ligado a nenhum modelo da Porsche em particular que se possa classificar como seu antepassado, permitiu à marca de Estugarda captar rapidamente um novo tipo de clientes, que procura o legado da Porsche, mas para quem a redução da pegada ecológica é tão importante como a performance.
ROLLS-ROYCE SPECTRE
A Rolls-Royce pretende tornar-se numa marca completamente elétrica até 2030, o que não será muito difícil em termos técnicos, pois tem uma gama reduzida, em que a tecnologia é partilhada entre todos os modelos. Seja como for, é significativa a passagem da marca britânica, uma das mais tradicionalistas do mundo e com clientes para quem a sustentabilidade poderá ter menos importância, a deixar de lado o confiável motor a gasolina por esta nova tecnologia. O seu primeiro modelo elétrico, o Spectre, não é uma limusine, mas antes um coupé de aspeto desportivo, com um chassis de alumínio (ainda assim, pesa quase três toneladas), suspensão autonivelante com quatro rodas independentes e troca de informação entre mais de mil funções. A bateria e motor ainda não foram anunciados, mas devem ser semelhantes aos do BMW i7, com 93 kWh e 585 cv de potência, e autonomia de mais de 500 km.
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TESLA MODEL S
Aproveitando a personalidade do seu proprietário, Elon Musk, a Tesla ajudou a implantar a ideia do automóvel elétrico na psique de um grupo de potenciais clientes procurando veículos realmente exclusivos, com uma gama que já subiu a quatro modelos e que em breve ascenderá a seis. Desde que foi lançado o seu modelo mais antigo, o Model S, que este tem sido alvo de constante evolução, com destaque para o sistema de infoentretenimento, um ecrã de grandes dimensões que domina a consola central, e que permite controlar funções que normalmente estariam no volante ou no painel de instrumentos. A bagageira secundária dianteira é um argumento que poucos rivais conseguiram (ou quiseram) duplicar. Atualmente, está equipado com uma bateria de 100 kWh que lhe permite percorrer mais de 600 km, ou então tirar o máximo partido do motor de 1020 cv da variante Plaid.