Índice Editorial
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Por um programa estratégico de investimentos nas rodovias
Fato concreto
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Cesbe atinge a marca de 3 milhões de horas trabalhadas sem acidentes
Entrevista
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Reciclagem de resíduos de construção salta de 19% para 21%
Artigo
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A construção sustentável se expande apoiada na eficiência energética e hídrica
Capa
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Obras do São Paulo Expo estão adiantadas
Obra de arte
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Nova Ponte o sobre Rio Pinheiros
Máquinas e Equipamentos
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Fabricantes de guindastes buscam novos mercados
Tecnologia em Sistema Construtivo 44 SH expande atividades fora do Brasil
Expediente: Editor: Alexandre Machado Jornalista: Katia Siqueira Comercial: Carlos Giovannetti, Sueli Giovannetti, Luís C. Santos, José Roberto Santos, Suelen de Moura Cosentino Mídias Digitais: João Rafael Fioratti Projeto Gráfico e Editoração: Mônica Timoteo da Silva Endereço: Rua São Bento, 290 - 2ª sobreloja - Sala 4 Cep: 01010-000 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3241-1114 Contato: redacao@brasilconstrucao.com.br A Revista Brasil Construção é uma publicação mensal de distribuição nacional, com circulação controlada, dirigida a todos os segmentos da indústria de construção imobiliária e industrial, ao setor público e privado de infraestrutura, à cadeia da construção envolvida em obras de transporte, energia, saneamento, habitação social, telecomunicações etc. O público leitor é formado por profissionais que atuam nos setores de construção, infraestrutura, concessões públicas e privadas, construtoras, empresas de projeto, consultoria, montagem eletromecânica, serviços especializados de engenharia, fabricantes e distribuidores de equipamentos e materiais, empreendedores privados, incorporadores, fundos de pensão, instituições financeiras, órgãos contratantes das administrações federal, estadual e municipal.
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Editorial
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A Confederação Nacional dos Transportes divulgou no início de novembro o resultado da sua já tradicional Pesquisa CNT de Rodovias, reconhecido como o mais completo estudo sobre as condições das rodovias brasileiras. Nessa 19ª edição a pesquisa avaliou a situação de mais de 100 mil quilômetros de rodovias da malha federal pavimentada e dos principais trechos estaduais também pavimentados, levando em conta questões como o Estado Geral, Situação do Pavimento, da Sinalização e da Geometria da Via. Infelizmente, mais uma vez, os resultados da pesquisa não trazem novidades. Do total dos trechos analisados, nada menos que 22,4% das vias foram consideradas ruins ou péssimas, levando em conta seu estado geral. Outras 34,9% foram classificadas como regulares. A análise indicou que 42,7% estavam em condições adequadas de segurança e desempenho, com classificação de ótimo (12,5%) ou bom (30,2%). O melhor cenário foi encontrado nas rodovias sob concessão privada, o que também não é nenhuma surpresa. Destas, 78,3% das vias avaliadas puderam ser classificadas como ótimas ou boas e 21,7% como regulares, ruins ou péssimas. Nas rodovias sob gestão pública, 31,4% foram consideradas ótimas ou boas e 65,9% regulares, ruins ou péssimas. As equipes da CNT identificaram, ao longo da malha percorrida, nada menos que 327 pontos críticos, locais onde as precárias condições de manutenção e conservação das estradas põem em risco, diariamente, milhares de vidas de pessoas que por eles passam, sem falar na integridade de veículos que transportam as riquezas – produção industrial e agrícola – do País. Desse total, 230 trechos apresentaram buracos considerados grandes, 74 erosões na pista, 19 quedas de barreira e 4 pontes caídas. O número total cresceu 49% desde 2011, quando foram encontrados 219 pontos críticos nas rodovias do país. Para não dizer que a situação é absolutamente caótica, alguns aspectos positivos foram destacados no relatório final. A pesquisa mostra que 75,2% das rodovias brasileiras estão com o pavimento da pista de rolamento em boas condições, embora 19,9% apresentem remendos e trincas (contra 77,1% no ano passado) e apenas 4,9% apresentem buracos, afundamentos, ondulações na pista e pavimento totalmente destruído. Além disso, 83,9% dos acostamentos existentes nas estradas brasileiras foram considerados ótimos por estarem pavimentados e perfeitos. Também neste item houve ligeira melhora no cenário, já que no ano passado, 82,3% tiveram essa mesma avaliação. Ela mostra, também, que 0,7% dos acostamentos foram considerados perfeitos, ainda que sem pavimentação. Apenas 15,4% não apresentavam condição de uso com segurança, devido a buracos, fissuras, presença de mato e desnível acentuado em relação à rodovia. Vale lembrar que, por mais que uma análise superficial desses números possam retratar um
Por um programa estratégico de investimentos nas rodovias cenário não tão desastroso, ele se refere a apenas 12,4% da malha rodoviária nacional que é pavimentada. Todo o resto, ou seja, 78,6%, encontra-se sem pavimento e, portanto, sequer entrou nesta pesquisa. Dá para avaliar em que situação se encontra a maior parte da malha rodoviária brasileira. Para a CNT, as deficiências encontradas na pavimentação encarecem o transporte de carga no País em 25,8%, sendo que, em 2014, R$ 46,8 bilhões foram perdidos em razão dos problemas. As condições das estradas hoje também elevam em 5% o consumo do diesel. A CNT calcula que, se todas as rodovias analisadas fossem classificadas como ótimas ou boas, seria possível economizar 749 milhões de litros de óleo diesel, ou R$ 2,1 bilhões, com impacto positivo na redução de emissões de gases do efeito estufa. Entra ano e sai ano e o que vemos é que muito pouco foi feito pelas autoridades no sentido de mudar essa situação. Estima-se que até setembro de 2015 apenas 43,3% dos recursos autorizados pelo governo federal para a área de infraestrutura rodoviária tenham sido investidos, o que equivale a R$ 4,4 bilhões dos R$ 10,3 bilhões previstos. Para a entidade, o valor autorizado não é aplicado na velocidade necessária devido ao excesso de burocracia e a falhas gerenciais. Enquanto não houver uma mudança no comprometimento das autoridades, com a definição de um programa efetivo de investimentos na recuperação da nossa malha rodoviária, jamais teremos uma infraestrutura de logística à altura das necessidades do País. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o percentual de investimentos em infraestrutura de transportes atualmente no Brasil corresponde a apenas 2,5% do PIB. Para eliminar os gargalos existentes, seria necessário investir ao menos 5% do PIB, anualmente, por quase uma década. Isso mostra o quanto estamos longe de formularmos uma agenda de investimentos capaz de remover os gargalos logísticos, viabilizando um desenvolvimento estável, sustentável e de longo prazo para o Brasil. Carlos Giovannetti, diretor editorial
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Fato Concreto
Cesbe atinge a marca de 3 milhões de horas trabalhadas sem acidentes Com obras de grande porte em andamento, a empresa está há seis meses sem acidentes
Pelo sexto mês consecutivo e 3.000.000 de Homem Horas Trabalhadas (HHT), com grande exposição a riscos, a Cesbe mantém a marca de Acidente Zero, já que em todo esse período não houve nenhum acidente com afastamento (ACA). “Não estamos felizes apenas por atingir essa marca, mas sim pela consêquencia disso: estamos preservando a integridade física de nossos colaboradores e salvando vidas”, diz o Diretor Presidente da Cesbe, Edmundo Talamini Filho. Atualmente a empresa possui quatro obras em andamento: UHE Cachoeira Caldeirão, no rio Araguari, no Amapá, que será capaz de gerar 219MW de energia, com previsão de
entrega para janeiro de 2016; a Linha de Fibras, contrato com a Andritz, e duas obras diretamente com a Klabin: o Turbo Gerador e o Pátio Ferroviário, ambas no Projeto Puma, em Ortigueira, que será uma das maiores fábricas de celulose do mundo. Neste momento, estamos com 1.454 empregados. De acordo com a sua direção, a empresa possui uma sólida política de responsabilidade de segurança do trabalho, que é repassada constantemente aos seus colaboradores, através de campanhas e ações. “Trabalhamos com a filosofia de que cada pessoa de nossa equipe é insubstituível, assim, primamos por sua segurança e bem estar. Porém, é importante que o próprio colaborador tenha essa
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consciência, para isso, reforçamos as ações de segurança para redução dos acidentes de trabalho”, diz Claudio Colin, Gestor de Segurança da Cesbe. Essa não é a primeira vez que a empresa contabiliza tantas horas trabalhadas sem acidentes. A obra UTE Porto do Itaqui, no Maranhão, com capacidade instalada de 360 MW, com dois anos de duração, chegou à marca de 2.947.590 HHT sem acidentes com afastamento. A obra PCH - Serra dos Cavalinhos II, no Rio das Antas – RS, também teve duração de dois anos, de 2010 a 2013, onde a Cesbe foi executou as obras civis e gerenciamento do EPC, chegou à marca de 2.401.526 HHT sem acidentes com afastamento.
25% das cidades que são exemplo em saneamento contam com concessão privada Um estudo divulgado em São Paulo pelo Instituto Trata Brasil e a GO Associados apontou as 16 cidades brasileiras que podem ser consideradas bons exemplos de avanço na universalização do saneamento. Entre elas, quatro desses municípios contam com concessões de serviços da iniciativa privada: Limeira e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Niterói (RJ) e Campo Grande (MS). A presença significativa na lista das melhores em saneamento contrasta com a tímida participação da iniciativa privada no setor. Hoje, as concessões privadas estão presentes apenas em 304 municípios (5,5% do total) e atende direta ou indiretamente 32 milhões de pessoas (16% da população brasileira). A ABCON (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) considerou o resultado do estudo “Avanços em Saneamento Básico” uma mostra de que a parceria entre o público e o privado pode ser um caminho não só para diminuir o déficit do saneamento, mas também para garantir investimentos em infraestrutura no momento em que o país necessita impulsionar a economia. “A participação da iniciativa privada no saneamento aumenta à medida em que são visíveis as necessidades de investimento nos sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto no país, principalmente nesse momento em que há restrição e aumento dos custos de captação de recursos públicos para investimentos na área de infraestru-
tura”, avalia Roberto Muniz, presidente executivo da ABCON. Limeira foi a primeira cidade do Brasil a implantar uma concessão privada, há 20 anos. Hoje, o serviço local é praticamente universalizado e possui um dos menores índices de perdas de água do país. A concessão em Niterói teve início em 1999 e cinco anos conseguiu levar água tratada a 100% da população. Os investimentos já atingem R$ 560 milhões e a meta é universalizar o esgotamento sanitário até 2018. A gestão da iniciativa privada em Ribeirão Preto, responsável pelo tratamento de esgoto da cidade, foi pioneira na adoção de diversas soluções tecnológicas no Brasil. O índice de atendimento local em esgotamento sanitário é superior a 98%. A concessão privada em Campo Grande já investiu quase R$ 1 bilhão na
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modernização e ampliação dos serviços de saneamento na cidade. Um dos reflexos desse investimento foi a redução das perdas no sistema de abastecimento, que caiu de 56% para 19%. As demais cidades citadas no estudo do Instituto Brasil e GO Associados são: Franca, Santos, Campinas, São José dos Campos e Taubaté (SP) Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros e Uberlândia (MG), Curitiba, Maringá e Londrina (PR), Os resultados do estudo relativos à iniciativa privada foram apresentados pela ABCON (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) e pelo SINDCON (Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) durante o 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, de 4 a 8 de outubro, no Rio de Janeiro.
Fato Concreto
Andrade Gutierrez realiza obra de expansão da Estrada de Ferro de Carajás Construir 100 quilômetros de estrada de ferro pelo sudeste do Pará gerando o mínimo de impacto ambiental possível à Floresta Nacional é o desafio que a Andrade Gutierrez enfrenta no projeto do ramal S11D. A ferrovia faz parte do projeto Ferro Carajás, da Vale, de expansão na produção do minério. Trata-se da maior obra de mineração hoje no mundo. Próxima à cidade de Canaã dos Carajás, está sendo construída a usina, cuja infraestrutura foi feita pela Andrade. Já o ramal cabe exclusivamente à empresa. Por ele, o minério de ferro processado será transportado para a ferrovia em direção ao porto Ponta da Madeira, em São Luiz do Maranhão. O gerente do contrato do ramal, Eugênio Barreto, conta que uma das maiores dificuldades enfrentadas no projeto está na condição climática. A região tem um período de chuvas bem definido, de abril a novembro, e outro de seca, no restante do ano. É durante esta “janela” de verão que os trabalhos devem ser acelerados, para entrarem num ritmo mais lento durante as chuvas. - Nossa meta é concluir todas as obras de terraplanagem até novembro, para no ano que vem nos concentrarmos exclusivamente na montagem da superestrutura – explicou. No momento, 58% da obra já foram concluídos. Em abril, a AG entrou na segunda fase de mobilização para aproveitar o verão, quando foram contratados cerca de 2 mil colaboradores.
Segundo Barreto, desde o início do projeto foi feito um trabalho forte de contratação de mão de obra nas comunidades, com a inclusão de mulheres, principalmente na função de sinaleiras. Programas de capacitação foram desenvolvidos, formando um contingente de trabalhadores que poderá ser realocado em projetos futuros. - A AG vem disponibilizando recursos e dando uma ênfase grande na capacitação dos funcionários que estão no projeto S11D do Ramal – informou. Preservação ambiental Para o gerente de QMSS Leônidas Araújo Fernandes, o projeto do Ramal, iniciado em julho de 2013, constitui um caso de sucesso. - Fomos reconhecidos como benchmark em segurança. Atingimos o recorde da empresa de 18 milhões homens/hora sem acidente com afastamento – destacou. Segundo Leônidas, por se tratar de um projeto que atravessa uma parte da Floresta Nacional (Flona), a sustentabilidade e o meio ambiente devem ser tratados com um rigor maior do que seria em uma obra comum. - Trata-se de uma obra linear e itinerante, com 100 quilômetros de extensão que passa por diversas comunidades. São quatro túneis, quatro pontes e sete viadutos, que estão sendo construídos de acordo com todos os requisitos do cliente, de instalação e legais. Não queremos, de
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modo algum, gerar passivos – relatou. De acordo com Leônidas, o domínio na Floresta Nacional foi reduzido para que a supressão vegetal fosse a mínima necessária. No projeto do cliente, constam pontes e passagens sob a linha, que permitem que os animais trafeguem livremente, sem correr o risco de ter que atravessar a ferrovia. - Foi um desafio muito grande, no qual a Vale participou ativamente. Ao fim desta demarcação, fomos muito elogiados, tanto pela Vale, quanto pelo Ibama, que nos fiscalizou de perto. Conseguimos, dentro do prazo, cumprir todas as condicionantes – relatou. Ações sustentáveis Diversos sítios arqueológicos foram localizados na época da licença de instalação. Junto com o cliente e com a empresa Ciência, a AG fez a identificação, a segregação e o monitoramento diário, para que não houvesse invasão dos locais. - Ajudamos a empresa a fazer a identificação e o resgate. Foram encontrados aqui utensílios, peças de arqueologia extremamente interessantes, que foram doadas para instituições de arqueologia a fim de serem estudadas. Realizamos campanhas para divulgar a importância da arqueologia no nosso projeto – contou. Na construção dos túneis, foram desenvolvidos circuitos fechados de água, que resultaram em 80% de economia.
- O processo de escavação e acabamento de túneis demanda muita água. Com este sistema, conseguimos reaproveitar tudo, evitando captar nos mananciais existentes ou utilizar a água de comunidades vizinhas – explicou. Outras ações sustentáveis incluíram a utilização de um polímero na umectação do solo e o processo de “pedraplanagem”. - Por aqui há muitas vias que não são pavimentadas, o que gera muita poeira e incômodo nas comunidades. O polímero substituiu o processo de umidificar as vias com água de carro pipa. A durabilidade é maior e a economia de água também, assim como
há redução no tráfego de caminhões – explicou. Já o recurso de “pedraplanagem” foi utilizado durante o período de chuvas, já que a terraplanagem torna-se inviável. Por meio desta técnica, os rejeitos de concreto são utilizados na própria obra, em vez de serem transportados para um centro da Vale. A ação é sustentável, pois reduz a emissão de gases com transporte e garante o reaproveitamento dos resíduos. Para Leônidas o trabalho que está sendo desenvolvido no Ramal irá credenciar a AG para novos projetos. - Temos uma satisfação muito grande de estar conseguindo implementar aqui todas as ferramentas
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gerenciais e técnicas que temos à disposição para realizar uma obra com o menor impacto possível e que gere o resultado que esperamos. É muito importante que todos se sintam satisfeitos e realizados com o trabalho. É isso que vai nos ajudar a conquistar novos projetos, e tem ajudado no crescimento e desenvolvimento de nosso próprio pessoal – concluiu. Eugênio Barreto resume, assim, a atuação da AG no ramal da S11D: - Nossa missão aqui consiste em cumprir o acordado com a empresa, com os nossos resultados, capacitar as pessoas, e colocar a vida em primeiro lugar.
Fato Concreto
SDLG já está financiando as escavadeiras da marca pelo Finame PSI A SDLG Financial Services já está operando com o Finame PSI para as escavadeiras SDLG produzidas na fábrica brasileira de Pederneiras, interior de São Paulo. As duas primeiras máquinas a receber financiamento pelo Finame do BNDES já foram faturadas. “Estamos cumprindo uma promessa feita aos nossos clientes em agosto de 2013, quando iniciamos a produção das escavadeiras no Brasil. Nós trabalhamos e investimos muito para nacionalizar as máquinas e, posteriormente, aumentar o conteúdo local de peças para viabilizar a homologação dos equipamentos no Finame do BNDES”, declara Enrique Ramirez, diretor-comercial da SDLG Latin America. “O Finame PSI é atualmente a linha de financiamento para equipamentos de construção que tem as taxas mais atrativas”, afirma Alexander Boni, diretor comercial da SDLG Financial Services. Braço financeiro da SDLG, a SDLG Financial Services oferece financiamentos dos produtos da linha, com modalidade e condições específicas para todos os perfis de clientes. O Finame PSI vem se somar à oferta da empresa, ampliando as opções para o setor de máquinas. Ramirez lembra que, inicialmente, a SDLG investiu cerca de US$ 10 milhões para trazer a fabricação das escavadeiras para o Brasil. Na sequência, a empresa ainda promoveu novos investimentos para nacionalizar outros componentes. Santa Catarina O primeiro equipamento SDLG comercializado via Finame foi uma escavadeira LG6150E, vendida pela Diferencial Máquinas para um cliente da localidade de Rancho Queimado, na
região metropolitana de Florianópolis, capital de Santa Catarina. A escavadeira vai trabalhar principalmente com serviços gerais, como operações de destoca, nivelamento de terrenos e escavação de açudes e valas, por exemplo. Rio de Janeiro A outra escavadeira vendida por meio do Finame é também do modelo LG6150E, que foi faturada pela Tracbraz para uma empresa de locação de máquinas de Três Rios, na região Serrana do Rio de Janeiro. A máquina trabalhará em serviços de limpeza de valas, construção de barragens e nivelamento de terrenos, principalmente em obras de prefeituras da região. “A finamização das máquinas é mais um importante passo no projeto de expansão da marca
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no Brasil”, destaca Ramirez. A SDLG iniciou sua operação no Brasil e nos demais países da América Latina em 2009, trazendo para o mercado uma nova solução em equipamentos de construção. Depois da fase de expansão na linha de produtos e de implantação da rede, a empresa investiu ainda mais na nacionalização de componentes e iniciou em 2013 a produção de escavadeiras na fábrica de Pederneiras, interior de São Paulo. Os modelos de escavadeiras que podem ser adquiridos pelo Finame são: LG6150E, LG6210E, LG6225E e LG6250E. “É um grande avanço para a nossa marca e um importante benefício para os clientes brasileiros”, diz Ramirez. “Nossa competitividade agora é maior”, observa.
Livro que reúne toda a legislação do setor de petróleo no Brasil será lançado no próximo mês Uma nova publicação que reúne todas as leis e decretos da cadeia de óleo e gás no Brasil, facilitando a pesquisa de profissionais e acadêmicos da área. É este o conceito do “Vade Mecum da Infraestrutura do Petróleo”, novo livro idealizado pelo procurador federal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Antônio Lobo e Campos. O projeto, primeira coletânea legislativa do setor, vem sendo pensado há mais de uma década e agora se concretiza também em uma segunda obra: o “Dicionário Jurídico do Petróleo”. Os dois livros foram concluídos em parceria com os especialistas Jerson Carneiro e Rodrigo Arruda, e têm como objetivo comum facilitar a consulta de regramentos relativos às mais diversas áreas da cadeia de óleo e gás. “Essa obra é voltada não só para o setor, mas para a sociedade. Isso vai poder ser usado por advogados, acadêmicos, candidatos de concursos públicos, empresários e proprietários de postos de combustível”, afirma Antônio, que enxerga hoje a necessidade de se compreender o segmento de petróleo como uma área de atuação no âmbito da advocacia. Segundo ele, a relevância do setor para o país e o desenvolvimento crescente de linhas de estudo nessa área deveriam garantir uma cadeira própria para o Direito do Petróleo nas universidades
Sistema inédito aumenta segurança em silos para concreto A operação de silos de armazenamento de cimento e outros materiais em pó, usados na produção de concreto, envolve vários cuidados em campo e a segurança dos profissionais é prioritária. Por essa razão, a RCO aprimorou a construção de seus silos – verticais e horizontais – agregando um sistema de segurança inédito no Brasil. Com ele, o mercado construtor e concreteiro pode evitar uma série de incidentes. Formado por sensores, painéis eletroeletrônicos e avisos sonoros, o sistema de segurança indica os níveis de armazenamento do silo e monitora a pressão interna, seja ela positiva ou negativa. Com esse conjunto de recursos, os técnicos e responsáveis conseguem reduzir possíveis riscos de explosões ou implosões, acidentes com colaboradores e entupimentos de filtros, aumentando a durabilidade estrutural do silo e integridade física do quadro de funcionários. O dispositivo pode ser instalado em silos verticais ou horizontais da própria RCO ou de outros fabricantes. “A iniciativa faz parte de uma de nossas estratégias para 2015, entre as quais está a apresentação de novas tecnologias, sempre de olho na diferenciação”, explica Carlos Oliveira, diretor da empresa. “Nesse caso, trata-se de um diferencial extremamente importante, pois estamos falando de proteger não só o equipamento, mas acima de tudo, vidas”, completa.
brasileiras.
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Leonardo Cavalcante, coordenador técnico de vendas da RCO, explica que o sistema age de imediato quando encontra um problema no silo, bloqueando automaticamente a entrada de materiais no interior do equipamento. “O mecanismo permite novos carregamentos somente quando o problema for corrigido”, diz. De acordo com ele, o sistema de segurança já está sendo utilizado no Brasil. A primeira obra com a tecnologia é a construção da Linha 4, do Metrô do Rio de Janeiro, onde foram empregados três silos horizontais da RCO. A obra liga as regiões da Barra da Tijuca à Zona Sul. “Uma explosão dentro de locais fechados, como os túneis por exemplo, amplificaria os danos, sendo o sistema de segurança fundamental nesses casos”, completa. Oliveira, diretor da RCO, reforça que a instalação do sistema em equipamentos da marca é opcional. “Vale investir no recurso, pois quando falamos de vidas, todo o custo é recompensado”, finaliza.
Fato Concreto
Trimble levanta voo com novo sistema de aeronave não tripulada multirotor A Trimble lança o Multirotor ZX5 Unmanned Aircraft System (UAS, sistema de aeronave não tripulada ZX5), uma nova solução para a produção de imagens e fluxo de trabalho aéreos que captura e processa dados fotográficos e videográficos georreferenciados para aplicações de mapeamento, agricultura e inspeção. O Trimble® ZX5 complementa o portfólio de UAS da empresa com sua capacidade de alcançar ambientes remotos menores de uma forma mais rápida, ao mesmo tempo em que fornece dados de mapeamento precisos para melhorar a produtividade das equipes no campo e no escritório. “Sistemas aéreos não tripulados são ferramentas poderosas que estão transformando os aplicativos de mapeamento e inspeção geoespaciais, impactando positivamente nosso mundo”, disse Todd Steiner, diretor de marketing de produtos da Divisão Geoespacial da Trimble. “Acrescentar uma solução multirotor ao nosso portfólio oferece opções para nossos clientes que trabalham em vários ambientes para coletar dados espaciais precisos, transformá-los em inteligência e aplica-los em seus trabalhos”. Com o ZX5, a Trimble amplia seu portfólio de sistemas aéreos não tripulados de forma
a incluir soluções de asa fixa e multirotor, oferecendo aos clientes opções para atender às suas necessidades específicas. O UX5 de asa fixa da Trimble oferece mais autonomia de voo para ambientes amplos e abertos, incluindo propriedades agrícolas, minas, canais, áreas de inundação e florestas, enquanto o ZX5 é mais adequado para o mapeamento de localidades pequenas, como fachadas, áreas obstruídas, locais de construção e aplicações de mapeamento aéreo convencionais. O ZX5 Multirotor é construído para trabalhos diários em que a captura de imagens a partir de espaços apertados é comum. Sua capacidade de decolagem e pouso verticais permite aos usuários trabalhar em lugares apertados e ambientes obstruídos para os quais soluções de asa fixa são menos adequadas. Ele não exige um lançador, é fácil de montar e inclui tudo que é necessário para capturar fotos georreferenciadas de alta qualidade para aplicações de mapeamento e inspeção aéreas. O ZX5 inclui uma câmera de 16
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megapixels para capturar imagens aéreas de alta qualidade a uma distância de até 1 mm do solo. O ZX5 também pode ser equipado para capturar imagens de vídeo ao vivo para inspeções de infraestruturas civis, de concessionárias de serviços públicos e dutos de petróleo e gás. Os dados capturados pelo ZX5 podem ser importados ao módulo de fotogrametria do software Trimble Business Center para criar ortofotos detalhadas, modelos de elevação digitais, nuvens de pontos, para fazer cálculos de volume e modelos em 3D, tudo sem a necessidade de conhecimento especializado ou experiência em fotogrametria. Ele também se integra ao moderno módulo Inpho® UASMaster, da Trimble, para processamento fotogramétrico avançado. Além disso, o Trimble ZX5 recebeu uma isenção da Seção 333 da Federal Aviation Administration (FAA).
Entrevista
Reciclagem de resíduos de construção salta de 19% para 21% O Brasil gera 84 milhões de m3 de resíduos de construção e demolição, mas somente 17 milhões de m3 são reciclados. O restante vai para aterros sanitários ou tem outra destinação. Mercado é oportunidade de negócios para o setor de equipamentos
O segmento de reciclagem de resíduos de construção e demolição é atraente para o setor de equipamentos. De acordo com Hewerton Bartoli, presidente da Abrecon – Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição, 50% dos municípios brasileiros ainda destinam os resíduos para lixões ou locais irregulares ao invés de reciclarem e utilizarem em obras, de forma sustentável, e a tendência é que a reciclagem aumente. “Esse setor vai crescer nos próximos anos, o que gera boas oportunidades para as empresas prestadoras de serviço da área de equipamentos”, diz Hewerton. “Hoje os Estados Unidos reciclam 140 milhões de toneladas de resíduos de concreto, enquanto o Brasil sequer chega a 5%, revelando enorme potencial de crescimento”, avalia.
Revista Brasil Construção – A Abrecon realizou recente pesquisa sobre o cenário da reciclagem dos resíduos da construção no Brasil. Quais foram os resultados dessa pesquisa? Hewerton Bartoli – Essa Pesquisa Setorial foi divulgada no seminário que realizamos no mês de setembro, e revela dados importantes do setor de reciclagem de resíduos de construção e demolição, identificando ou não a presença de legislação nas regiões onde atuam as usinas, bem como a capacidade instalada, qualidade do resíduo, tipos de produtos fabricados, dificuldades e principais gargalos enfrentados pelo setor. RBC – Qual o tamanho desse mercado, em quantidade de usinas e faturamento? Hewerton – É um segmento constituído por 310 usinas, classificadas em pequenas e médias empresas que, juntas, movimentaram
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cerca de R$ 391 milhões no último ano. 64% das usinas faturam até R$ 100 mil por mês. A capacidade nominal de produção é de 38 milhões de metros cúbicos por ano. O setor tem plenas condições de dobrar essa quantidade. A Abrecon prevê um aumento de novas usinas e maior rigor no controle e na geração dos resíduos. RBC – Quanto o Brasil gera de resíduos anualmente e qual o montante reciclado? Hewerton – Nada menos que 84 milhões de m3 de resíduos e, no último ano, as 310 usinas reciclaram cerca de 17 milhões de m3. O restante seguiu para aterros sanitários ou tiveram outra destinação. A reciclagem desse material subiu 2%, saltando de 19% para 21%.
Cerca de 300 usinas movimentaram cerca de R$ 391 milhões no último ano, 64% das usinas faturam até R$ 100 mil por mês. A capacidade nominal de produção é de 38 milhões de metros cúbicos por ano
RBC – De acordo com a pesquisa, qual é o desempenho dessa área? Hewerton – Cresceu muito de 2010 a 2014 e a tendência é permanecer subindo, pois ainda que tenhamos um desaquecimento efêmero na economia, a perspectiva é haver maior controle sobre os resíduos. A maioria das cidades grandes já está se organizando para a adoção do CTR Eletrônico e Plano Integrado de Resíduos da Construção Civil - PGRCC, assim, com a obrigação de destinação dos resíduos, há maior oferta de empresas receptoras desses resíduos. RBC – Ainda existe preconceito quanto à utilização do material reciclado? Ele é mais barato? Hewerton – Embora o preço
do metro cúbico seja de 10% a 30% mais barato que o convencional, infelizmente ainda há resistências por parte de algumas empresas. Esse material tem aplicações préestabelecidas e de comprovada qualidade. Países europeus utilizam resíduos reciclados de construção e demolição desde a década de 50. Não existe lei que obrigue as construtoras a utilizarem, mesmo quando financiadas por banco público e muitas cidades têm legislação específica para o consumo de agregado reciclado, porém, o consumo é pela própria prefeitura em obras subordinadas à municipalidade ou a qualquer órgão governamental.
não normatizam o uso prioritário de material reciclado. Muitos decretos municipais regulamentam a obrigatoriedade do uso do material reciclado em obras de pavimentação, por exemplo, mas existem empresas que não cumprem a lei nem são cobradas por isso. A maior parte dos entrevistados revelou que a principal dificuldade é a inexistência, em algumas regiões, de legislação que incentive as empresas a utilizarem o material reciclado, ou mesmo a desatenção e o descumprimento a essas legislações.
RBC – Nesse caso, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos é atendida?
Hewerton – Além de existir, ela é incoerente, devido à dupla tributação. Os impostos são pagos quanto utilizados pela primeira vez na obra e, mesmo após serem reciclados e se tornarem subproduto, são novamente tributados. O reenquadramento tributário do agregado reciclado é objeto de trabalho da Abrecon e deverá ser encaminhado à Secretaria de Fazenda estadual em breve.
Hewerton – De todos os municípios que possuem implantadas as políticas de resíduos sólidos, 40% não prevê o uso preferencial do agregado reciclado nas obras de infraestrutura. Possuem diretrizes que apenas enquadram as cidades nas normas do Conama, mas
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RBC – Existe tributação para o material reciclado?
Artigo
A construção sustentável se expande apoiada na eficiência energética e hídrica por Marcos Casado* Os números do mercado de construção sustentável não deixam dúvidas de que o setor está em forte crescimento no Brasil. Se contarmos os empreendimentos que hoje buscam alguma certificação ambiental para construção – como o LEED, AQUA-HQE, PBE Edifica, Selo Casa Azul, etc. – veremos que já passam de 1.500 construções. Ou seja, em menos de 10 anos, quando tivemos o primeiro destes registros no Brasil, o setor já mostrou a sua força. No LEED, já somos o terceiro país no ranking mundial do USGBC, atrás somente dos EUA e a China. A Sustentabilidade, cada vez mais, é impulsionada pela questão econômica, um dos seus três pilares. Além da preocupação ambiental, estes empreendimentos estão cada vez mais buscando a otimização energética, hídrica e a qualidade interna do ar, que proporcionam, além da redução dos custos operacionais, a segurança de sua operação, uma vez que mais de 19 regiões metropolitanas do país estão com problemas no fornecimento de água, e a crise
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hídrica já está batendo na porta dos consumidores. Além do conceito já estar consolidado em prédios comerciais e corporativos, é cada vez mais comum vermos prédios residenciais, públicos, hospitalares, industriais, escolares ou centros de distribuição buscarem estes
selos como diferencial para suas construções. Hoje o mercado já enxerga na sustentabilidade um grande diferencial de economia dos custos operacionais, e se em alguns segmentos ele ainda não é tão valorizado, tem na sua economia um grande diferencial de venda, principalmente para imóveis cujo usuário
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é o dono. A economia operacional é significativa, e o retorno do investimento é rápido e certo. Já em empreendimentos construídos para venda ou locação, a redução de custo operacional é um importante argumento de vendas, agregando valor ao investidor sem necessariamente aumentar
Artigo
o seu custo. Normalmente, quem busca empreendimentos sustentáveis são grandes multinacionais, que têm em suas diretrizes de compra ou locação destes espaços tais critérios. Todavia, a tendência é que tais fatores passem a ser adotados por todas as empresas que buscam economia operacional, ou melhoria de desempenho dos seus usuários. Em São Paulo isso já acontece. O governo passou a exigir para suas escolas e hospitais a Certificação AQUA.Nacionalmente, o Governo Federal exige a etiquetagem PBE Edifica nível A para suas edificações. Em época de crise hídrica como a que vivemos hoje, em várias cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro, a economia de cerca de 30% a 50% de água é um grande diferencial. Diretamente relacionado a isso, temos também a economia de energia em cerca de 30%, que também passará por reajustes em breve.
Os retrofits sustentáveis são outra grande oportunidade de negócio para este setor, principalmente porque o parque imobiliário construído no Brasil é muito superior ao que está em construção. Estimamos que cerca de 10% das construções em certificação no Brasil são retrofits. As demais apenas fazem ajustes operacionais ou pequenas intervenções no empreendimento, para melhoria da performance, para atender os critérios da certificação. Outra grande novidade para este setor é o PSS – product service system, processo no qual o produto não é mais considerado um bem de consumo, mas analisado do ponto de vista da funcionalidade que oferece, e propõe uma mudança do processo de oferta do mesmo. Neste sistema, o consumidor paga pelo uso do ativo em detrimento à compra do produto e dos riscos tradicionalmente associados ao custo de sua
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propriedade. O fornecedor fica responsável pelo aumento de competitividade através da implementação de soluções e diferenciais ao sistema, enquanto retém o ativo como propriedade. Nesse sistema, o usuário final não necessita fazer o investimento inicial para sistemas de alta eficiência energética ou hídrica, como no caso dos painéis fotovoltaicos, iluminação LED, equipamentos de climatização eficientes, sistemas de tratamento e reuso de águas cinzas e negras, que normalmente têm um investimento inicial mais alto, que pode assustar o consumidor. Nesse modelo de locação de serviços e produtos, é possível fazer o pagamento sem ter de preocupar-se com os custos de manutenção. A alta performance e a redução dos custos operacionais são garantidos pelo fornecedor. Simplificando: é o velho modelo do ganha-ganha. O fornecedor, o usuário e o planeta agradecem. Como podemos observar, a construção sustentável está passando por mudanças no Brasil, e continuará sendo nos próximos anos o principal diferencial do mercado. Um mercado cada vez mais exigente, e que busca empreendimentos amigos da natureza. *Eng. Marcos Casado Diretor Técnico e Comercial da Sustentech Desenvolvimento Sustentável Coordenador do MBA em Construções Sustentáveis do INBEC Coordenador do MBA em Cidades, Bairros e Condomínios Sustentáveis do INBEC Membro do Conselho Consultivo da Expo Arquitetura Sustentável
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Obras do São Paulo Expo estão adiantadas O empreendimento prevê investimentos de R$ 400 milhões. O centro de exposições e convenções terá 100 mil m², convertendo-se no maior centro de exposições do Brasil em área coberta
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Maquete virtual do centro de convenções e exposições e foto das obras, bem avançadas, do edifício garagem
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Capa Com um evento a cada seis minutos, a cidade de São Paulo é a capital sul – americana das feiras e eventos, movimentando aproximadamente R$ 16 bilhões, somente em feiras de negócios. Com tamanha, importância econômica, é justo que o setor tenha um espaço à sua altura, capaz de sediar encontros de negócios com perfil internacional. Foi pensando assim que a GL Events Brasil decidiu promover as obras de modernização e ampliação do São Paulo Expo, antigo Centro de Convenções Imigrantes. O empreendimento prevê investimentos de R$ 400 milhões a serem executados até o final de 2017. Esse é o maior investimento na história do Grupo GL Events, de origem francesa, com mais de 35 anos de existência, presente em 19 países e responsável por outros 40 espaços para eventos no mundo. O grupo chegou no Brasil em 2006 nos jogos Pan-americanos. Participou da licitação do Rio-Centro e conseguiu assumir a sus concessão. Hoje, administra o Rio-Centro e a Arena da Barra (HSBC Arena ) no Rio de Janeiro, e desde setembro de 2013, o São Paulo Expo em São Paulo. Em 2014,o grupo faturou aproximadamente 900 milhões de euros. De acordo com Damien Timperio, diretor geral do São Paulo Expo, os investimentos realizados no Brasil reforçam a confiança do grupo e a disposição de seguir investindo no Brasil. O mercado brasileiro de eventos e turismo de negócios tem grande potencial de crescimento e está entre os mais promissores do mundo.
O projeto do grupo prevê a construção de um complexo arquitetônico multifuncional capaz de sediar feiras de negócios e de público, congressos e eventos corporativos nacionais e internacionais, além de eventos culturais, esportivos e de entretenimentos. Quando concluído, o complexo para eventos e o centro de exposições e convenções terá 100 mil m², convertendo-se no maior centro de exposições do Brasil em área coberta. Hoje o Grupo GL é um dos maiores prestadores do mundo em termos de grandes eventos como cinco Copas do Mundo e seis Olimpíadas. Com um aporte de R$ 400 milhões, esse é o maior investimento na história do grupo, presente em 19 países no mundo. Os investimentos realizados no Brasil reforçam a confiança do grupo e a disposição de seguir investindo no Brasil. O mercado brasileiro de eventos e turismo de negócios tem grande potencial de crescimento e está entre os mais promissores do mundo. Segundo o Diretor de Operações do São Paulo Expo, Daniel Galante , há tempos a cidade merecia um local para abrigar com grande conforto , infraestrutura e facilidade de acesso aos promotores , expositores e visitantes de feiras , objetivo que se concretizará até abril de 2016.
Transformação As margens da Rodovia dos Imigrantes , o espaço passa por uma verdadeira transformação com a construção de um edifício garagem com mais de 4.500 vagas de
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estacionamento coberto e com todas as facilidades de um estacionamento moderno , ampliação de 66 mil m² de pavilhão e salas de convenção Os pavilhões serão 100% condicionados, e serão iluminados com LED, terão água de reuso em seus sanitários, e trabalharão com energia elétrica e ar condicionado fornecida por sistema de cogeração a Gás Natural para total conforto dos visitantes, respeito ao meio ambiente e se classificando como empreendimento sustentável. Serão adicionando mais 66.000m2 de pavilhões e salas de
Às margens da Rodovia dos Imigrantes, o espaço passa por uma transformação com a construção do edifício garagem (na foto, em estágio inicial), com mais de 4.500 vagas de estacionamento coberto
convenções. Os ambientes para exposição terão alturas de 10m e 14m livre e o espaçamento entre pilares será de 72m x 54m, o maior da América Latina aplicado em centro de convenções. O piso terá resistência muito superior a resistência de mercado: serão 3000 kg/m2, o que possibilitará o SP Expo abrigar eventos pesados de maquinários industriais, agrícolas, naval e forças armadas, além dos tradicionais de construção civil, sem concorrentes no Brasil. Além disso, os pavilhões serão 100% condicionados, serão iluminados com LED, terão agua
de reuso em seus sanitários. O projeto está inserido na reserva ecológica da Mata Atlântica, junto ao Jardim Botânico e Zoológico de São Paulo. Os responsáveis pelo empreendimento buscaram tratamento paisagístico que garantisse essa linguagem. O projeto do ambientalista Ricardo Cardim foi escolhido pois levou isso em consideração criando micro florestas Naturais periféricas que trarão os pássaros para suas diversas frutíferas ao redor dos pavilhões. De acordo com Damien Timperio, diretor geral do São Paulo Expo, todo esse projeto está além
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do comprometimento legal com o replantio descrito no TCA. “Pretendemos enriquecer muito as regiões externas aos pavilhões, promete.
Edifício Garagem Avançam em ritmo acelerado as obras do edifício de estacionamento que abrigará 4500 veículos em seus 100.000m2 de lajes de concreto pré-moldados, ao lado dos pavilhões. Com 6 pisos de pavimento, a Construtora Fonseca Mercadante, responsável pela construção da obra , optou por fundações com estacas de hélice continua , tanto
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Para o Edifício Garagem optou-se pela montagem de uma fábrica de pré-moldados no canteiro de obras, onde é fabricado tudo, menos as lajes alveolares
para o edifício garagem quanto para os pavilhões, com diâmetros de 50 cm e 60 cm com carga admissível de 100tf a 130tf cada e profundidades que variaram de 20 a 26 metros. Para o Edifício Garagem optou-se pela montagem de uma fábrica de pré-moldados no canteiro de obras, onde é fabricado tudo, menos as lajes alveolares. Já para o Pavilhão, foi contratado o fornecimento de uma fábrica externa de um outro fornecedor afim de focar ambos, cada um em um contrato. Essa decisão foi estratégica, visando reduzir o risco de comprometimento do prazo global. Para a construtora, a estratégia foi inversa. Foi contratada a Fonseca & Mercadante para a construção do Edifício Garagem, em uma primeira licitação, e u-se a escolha na licitação seguinte para o Centro de Exposições. O
resultado se mostrou satisfatório. Decisões como essas estão garantindo o sucesso desse projeto no custo, no prazo e na qualidade do produto final. O concreto usado nas obras foi 100% usinado e entregue pela Polimix nas resistências de 20Mpa a 35Mpa e slumps variando de 8 a 20. Está sendo utilizado tanto as armaduras de telas soldadas, quanto as técnicas de fibra nos pisos e capeamentos das lajes. “As obras estão dentro do cronograma”, reforçou Timperio. “O edifício-garagem, que estava previsto para estar concluído em 11 de novembro, estará pronto no final do outubro e já poderá ser utilizado nos eventos realizados a partir de dezembro”, garantiu Damien Timperio, diretor-geral da GL Events. Quanto ao pavilhão de exposições, as obras também es-
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tão aceleradas e com 15 dias de adiantamento em relação ao previsto. “Estamos extremamente confiantes de entregaremos no prazo”, disse, lembrando que, pelo cronograma, a conclusão estava prevista para março de 2016. “Em meados de dezembro o pavilhão já estará fechado e coberto, faltando apenas as obras internas”, diz Damien Timperio. O executivo informou ainda que, finalmente, foram autorizadas pela prefeitura as obras de instalação de quatro alças de acesso na Rodovia dos Imigrantes. “Há 15 dias conseguimos a autorização. Agora estamos no momento de mobilização para a realização dessa obra, que terá prazo de 100 a 120 dias, com conclusão prevista para fevereiro de 2016”.
Desafios Durante a fase de construção
Capa das instalações, alguns desafios de engenharia foram enfrentados. “Tecnicamente podemos dizer que os vãos livres exigidos pela GL para favorecer as áreas de exposição foram muito desafiadores para os construtores de estrutura metálica e desclassificaram muitos competidores. No entanto o real desafio desse projeto é o timeline”, revela Damien Timperio. O perfil geológico é bem tradicional, formado por argila composta com silte-arenoso até 6m, perdendo a argila até 20m e a partir daí composto de rochas. As soluções adotadas pelos projetistas, para cravação de estacas e execução das fundações dos prédios, tanto para o prédio garagem quanto para os pavilhões foram as estacas hélices contínuas monitoradas de diâmetros 50cm e 60cm com carga admissível de 100tf a 130tf cada e profundidades que variam de 20 a 26 metros. A cada quatro a cinco estacas são consolidadas em blocos de concreto que em sua parte superior possui um cálice onde o pilar pré-moldado se encaixa. Acima disso já entra a estrutura metálica da cobertura. Os pisos não são protendidos, no entanto, foi adotado um desenho de “espinha de peixe”, que complica muito sua execução. Esse desenho é formado por canaletas embutidas no piso de seção 45 x 60 cm por onde passam todas as instalações de alimentação dos stands das feiras. Todas as canaletas se interligam em uma galeria central de 3mx3m, enterrada sob o pavilhão, por onde todo o pessoal de manutenção acessa e dá suporte a feira sem aparecer em público.
Características básicas da estrutura do piso: • O Fck do concreto é 30Mpa • Armadura dupla em telas Q 283 • H=12cm • Dimensionado para 3tf/m2 • Juntas de construção, retração e encontro além das de dilatação, estudadas e detalhadas. • Execução Gramnobre; • Projeto Monobeton;
Medidas de compensação ambientais • Corte de 627 espécies exóticas, eucaliptos e invasoras • Remoção de 54 Mortas • Transplante de 106 nativas • Preservação de 801 nativas • Replantio interno de 730 exemplares • Entregar 37.771 exemplares no Manequinho
Principais fornecedores: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Construção: Fonseca & Mercadante Pre-moldados: Concrebem e CPI Concreto usinado: Polimix; Aço: Votorantim; Fundações: Geofix; Mão de obra: Constata Terraplanagem: JL Instaladoras Elétrica/Hidraulica/HVAC: Eiko e Temon Estrutura metalica: Medabil Cobertura telhas metálicas: Bemo Elevadores e escadas rolantes: Atlas Schindler Topografia: NR Contenções: Soloforte Projeto arquitetura: GCP Projeto de estrutura: GTP / MODUS Projeto dos pisos: Monobeton Projeto de instalações: MA2 Projeto de estrutura metálica: Ponto de Apoio Fundações terraplenagem: Ludeman / Zaclis Falconi Projeto conceitual: Willmote Telhas metálicas zipadas: Bemo Fechamento lateral em painéis térmicos: Isoeste Estrutura metálica convencional: Medabil
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GCP Arquitetos + Wilmotte & Associés assinam projeto do São Paulo Expo O escritório brasileiro, GCP Arquitetos, e outro internacional, o francês Wilmotte & Associés (W&A), assinam o projeto de arquitetura do novo espaço de eventos da capital, o São Paulo Expo (novo nome do antigo Imigrantes Exibition & Convention Center), a convite da GL events, um dos maiores grupos do setor de eventos do mundo. A W&A, juntamente com a matriz da GL events em Paris, definiram o programa inicial e o projeto conceitual. A GCP Arquitetos, em São Paulo, desenvolveu os projetos básicos e executivos a partir dos estudos iniciais recebidos da W&A e é a responsável pela coordenação e compatibilização de todos os projetos complementares. Segundo Sérgio Coelho, sócio-fundador do escritório brasileiro, os novos pavilhões de exposições podem receber eventos com exposições de grandes objetos, como barcos e maquinários de porte, devido ao pé direito totalmente livre de 10m e 14m, com estrutura de cobertura extremamente otimizada para permitir vãos livres de até 72m X 157m e pisos de concreto para receber cargas de 3,0t até 5,0t.
Os números mostram o porte do novo empreendimento, já que serão 50.000m² para os 5 novos Pavilhões de Exposições contíguos e interligados aos 18.000m2 existentes reformados e ainda um novo Centro de Convenções de 11.000m2. Os pavilhões de exposições serão divididos por grandes paredes acústicas móveis, que darão ao empreendimento uma flexibilidade inédita no mercado brasileiro. O diferencial multiuso fica evidente no Pavilhão 1 com 13.668,98 m2 e pé-direito livre de 14m, que poderá receber toda gama de eventos esportivos, for-
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maturas, festas e shows musicais, contando com tratamento acústico, áreas de alimentação, sanitários, área para camarotes, apoio para camarins, depósitos e esquema de acesso e fluxo, que garantirá grande conforto e segurança para o público. Todos os pavilhões de exposição contarão com canaletas de serviço à cada 9,0m, que suprirão os stands de exposição com toda a infraestrutura necessária, ofertando um nível de serviço incomum no Brasil. Interligando os 5 novos pavilhões de exposição haverá em mezanino, o Centro de Convenções com 17 Auditórios/Salas de
O Pavilhão 1 com 13.668,98 m2 e pé-direito livre de 14m, poderá receber toda gama de eventos esportivos, formaturas, festas e shows musicais
Reunião e 02 Grandes Salas de Conferências, áreas de intervalo, farta circulação, escadas rolantes e elevadores com plena flexibilidade de uso, com unificação ou compartimentação das áreas, que poderão ser utilizadas com total independência de exposições ocorrendo no nível inferior, que será acessado por 04 Lobbies independentes, contando ainda com várias lanchonetes, sanitários e um Restaurante principal. Ao longo da fachada principal, uma generosa esplanada coberta
por marquise, que certamente vai torna-se o marco arquitetônico do empreendimento, servirá de acesso do público aos lobbies e também de área de exposições e eventos abertos. A logística do empreendimento foi planejada para facilitar montagem e desmontagem dos eventos com aberturas de 8m X 8m para entrada e saída de equipamentos, o que poderá ser feito em paralelo à outros eventos. Na fachada posterior dos pavilhões a área de logística contará ainda com pátios de manobra, espera e docas para carretas, além de depósitos e áreas de apoio à montadores. Toda área de exposição e convenções será climatizada utilizando sistemas eficientes e inteligentes, compensação da temperatura interna e externa ao longo do dia aproveitando o gradiente climático desta área, fazendo uso da energia gerada na futura unidade de co-geração. A água de chuva será captada, tratada e reusada para descarga dos sanitários e lavagens de piso e todo o paisagismo será realizado com espécies nativas da cidade de São Paulo – serão plantadas 900 árvores nativas para recomposição da
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mata com objetivo de restabelecer uma área do habitat original desta região. Faz parte do projeto, e já em construção, um prédio garagem com área construída de 100.554 m2 para 4.400 carros (vagas cobertas) para comportar a demanda dos eventos. O prédio garagem será interligado por passarela coberta aos novos pavilhões de exposição, garantindo segurança e conforto aos usuários. No entanto, o São Paulo Expo está em uma localização privilegiada – a 3 km do Aeroporto de Congonhas, a 850m do Metrô Jabaquara e a 10 km do Centro de São Paulo, sendo que contará com um novo esquema viário, facilitando o acesso aos usuários do empreendimento e ainda da comunidade do entorno. Dos investimentos da GL events, braço da multinacional francesa GL events, 60% dos investimentos previstos para o Brasil corresponde à ampliação e modernização do São Paulo Expo, com expansão de 150%, e cujo investimento, segundo a companhia, foi de R$300 milhões.
Obra de Arte
Nova Ponte o sobre Rio Pinheiros Em breve, a capital paulista ganhará um novo complexo viário, concebido para dar mais mobilidade para quem vive ou circula na maior metrópole do País. O Complexo Chucri Zaidan, em fase de construção, engloba, além da instalação de um conjunto de vais, a construção de duas novas pontes na Marginal Pinheiros (Laguna e Itapaiúna). O Complexo está a cargo da SPObras (ponte Laguna e sistema viário da avenida Chucri Zaidan). Já a ponte Itapaiuna, bem como as obras de infraestrutura viária adjacentes a Rua Itapaiuna, é uma obra realizada por meio de um termo de compromisso e autoriza-
ção (TCA), firmado entre a SIURB e as empresas de dois empreendimentos imobiliários (pólos geradores de tráfego), cuja execução está a cargo da construtora Norberto Odebrecht e a fiscalização a cargo da SIURB. A ideia é comprometer as empresas responsáveis por empreendimentos, capazes de gerar fortes impactos sobre o trânsito local, na apresentação e execução de soluções para minimizar esses impactos. Assim, a obra da ponte Itapaiúna é uma compensação que a empresa Odebrecht está executando em função da elevação do tráfego de veículos previsto com
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Um dos grandes desafios da obra é a mobilização de homens, máquinas e materiais em uma região de tráfego tão denso, interferindo o mínimo possível na vida da cidade
a inauguração de dois empreendimentos imobiliários, nesse caso, o empreendimento Parque da Cidade e o Praça São Paulo, que a empresa está executando nas proximidades da nova ponte. A ponte Itapaiúna dará acesso aos veículos que saem da rua Itapaiúna e da marginal Pinheiros, e que querem atravessar o rio e entrar na marginal no sentido centro. A primeira fase da obra foi a execução das estacas. Na sequência estão em andamento os blocos de fundação, a execução dos primeiros pilares. A cerca de 900 metros de distância da ponte Itapaiúna, e exercendo função complementar a ela,
O custo estimado da Ponte Laguna é de R$ 150 milhões
está a Ponte Laguna. Cada uma das duas pontes terá sentido único. Mas, ao contrário a primeira, que está sendo executada com recursos privados, a Ponte Laguna é financiada com verba da Operação Urbana Água Espraiada, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Ela terá interface com os demais aparelhos urbanos, como o sistema da te trens metropolitanos, administrados pela CPTM, a Marginal Tietê, as linhas de transmissão de energia e outros. O custo estimado da Ponte Laguna é de R$ 150 milhões. Um dos grandes desafios da execução do projeto é a mobilização de homens, máquinas e materiais em uma região de tráfego tão denso, interferindo o mínimo possível na circulação de veículos e pessoas. Isso exigiu a montagem de uma logística especial para reduzir os impactos. Essa logística foi montada com o apoio da SPObras e da Companhia de Engenharia de Tráfego - CET. Estão
Um dos grandes desafios da execução do projeto é a mobilização de homens, máquinas e materiais em uma região de tráfego tão denso
sendo empregados equipamentos pesados para a execução da ponte, tais como gruas e guindastes, escavadeiras hidráulicas, caminhões, perfuratrizes rotativas offshore e onshore, além de equipamentos de apoio náutico. Nesse momento, 500 empregos diretos estão sendo
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gerados. A ponte terá um comprimento total de 900 metros, com duas pistas, incluindo a faixa para a ciclovia. O vão livre terá a medida de 105 metros. A expectativa é de que, ao final da obra, terão sido consumidos
Mobilidade Urbana
O vão livre terá a medida de 105 metros
aproximadamente 20.000 m³ de concreto. O acabamento lateral da ponte será em new Jersey e placas de concreto pré-moldadas. Para a execução das fundações foram executadas 39 estacas. Não houve necessidade de tratamento específico de solo. Para o vão livre da ponte sobre o Rio Pinheiros será utilizado o cimbramento metálico, com torres que estarão posicionadas sobre dois blocos provisórios, executados em estrutura metálica. A execução do cimbramento que passará sobre a linha férrea da CPTM e Marginal Pinheiros., o que se constitui em mais um desafio. O projeto e execução da Ponte
estão sob responsabilidade do Consórcio Panamby e gerenciamento de SPObras. Atendendo os termos determinados no licenciamento ambiental que antecedeu à obra, estará sendo realizado o manejo arbóreo em alguns locais do empreendimento, como medidas para mitigar os impactos. Cerca de 300 árvores remanejadas e 359 plantadas, em uma área de 46.435m². Parte do pacote viário que visa reduzir o congestionamento de automóveis na região inclui o prolongamento da avenida Doutor Chucri Zaidan, com um investimento que somadas as duas obras chega a R$ 305 milhões.
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Dados técnicos da Ponte: • Extensão total: 900 metros • Extensão do vão livre: 105 metros • Ponte com duas pistas de trânsito • Volume total de concreto: 20.000 m³ • Volume total de aço: 2.095 toneladas • Volume total de escavação: 32.399 m³ • Volume total de Aterro: 35.594 m³ • Estacas escavadas: 623 metros • Luminárias na ponte: 44 unidades
Máquinas e Equipamentos
Fabricantes de guindastes buscam novos mercados
Falta de investimentos, ocasionada pela recessão do País e a concorrência dos produtos importados afetam o mercado de construção civil e o segmento de guindastes O mercado de guindastes brasileiro, estimado em cerca de 4.000 equipamentos/ano vive um dos momentos mais difíceis, considerando que os principais setores usuários dessas máquinas são os da construção civil, infraestrutura e energia. Sem contar que entre os grandes clientes deste segmento estão a Petrobras e as principais empreiteiras do País, etc. Para José Alfredo Marques da Rocha, coordenador do Grupo de Guindastes, da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos é preciso fazer uma divisão em dois grupos, quando se fala em guindastes produzidos no Brasil:
a) guindastes veiculares, montados atrás da cabines dos caminhões, frequentemente chamados de guindauto (Munck); guindastes telescópicos de cabo, podem ser montados em caminhões e têm como características o fato do caminhão ser inteiramente dedicado a carga do guindaste, também podem ter a versão “Allterrain” todo terreno e caranguejo (quando os eixos são direcionáveis). b) o segmento de guindastes articulados, que conta com mais de 40 fabricantes nacionais, em 2015 sofreu uma redução em torno de 50% das vendas sobre 2014, o que está gerando uma crise no setor. “Obviamente que a redução do merca-
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do nacional se deve a generalizada queda nas obras de construção civil, estradas, unidades industriais, etc.”, explica Rocha. Como boa parte da movimentação de cargas é realizada por prestadores de serviços, que estão com máquinas ociosas, as compras de guindastes sofreram uma significativa redução em 2015. Sem contar que entre os grandes clientes deste segmento estão a Petrobras e as principais empreiteiras do País, etc. Pela escala de produção nacional e pelo tipo de guindaste “tipo goleira” que predomina no Brasil, a concorrência dos importados já não era significativa quando o dólar estava a R$ 2,20 e obviamente, agora com quase R$ 4,00 por dólar, o problema dos fabricantes nacionais deixou de ser os importados e passou a ser decorrente da significativa redução na demanda e por consequência os níveis de preço pela excessiva concorrência na disputa de mercado.
Concorrência
Quanto aos guindastes telescópicos de cabo, a crise é ainda maior. Para os fabricantes nacionais que eram apenas cinco, incluindo uma multinacional, a grande maioria dos fabricantes já migrou para outros produtos. “Neste caso nos últimos 6 a 7 anos, os guindastes importados em especial da China, tomaram o mercado brasileiro. Com o câmbio 40% inferior aos atuais preços do Brasil, quando o dólar flutuava em torno de R$ 2,00/dólar os chineses entraram no mercado vendendo uma grande quantidade de guindastes substituindo a produção local”, comenta. Rocha acredita que, nesta conjuntura, o segmento de guindastes não deverá apresentar uma reação significativa em 2016. “Talvez uma pequena recuperação com os primeiros sintomas de retomada econômica brasileira”, comenta.
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Sany ganha segunda posição no ranking dos fabricantes de guindastes Mesmo convivendo em um mercado extremamente competitivo no que diz respeito a equipamentos para os setores de construção, mineração, óleo e gás, e principalmente, por concorrer com grandes marcas, a Sany do Brasil, ao longo dos anos vem conquistando uma participação expressiva do mercado de construção. No Brasil existe uma frota de aproximadamente 4.000 equipamentos e a Sany já desponta como 2º maior fabricante em numero de unidades vendidas. O segmento está passando por um período de renovação e ampliação da frota com a entrada de novos players chineses no País à partir de 2005. A Sany, por exemplo, chegou em 2007 como importadora, em 2011 inaugurou sua linha de montagem em São José dos Campos (SP), em 2014 se tornou líder de mercado alcançando 40% de Market Share e agora desponta como 2º maior fabricante em número de unidades vendidas. Segundo informação da empresa, o maior volume de equipamentos que atende o segmento está na faixa de até 80 toneladas de capacidade, porém, a saturação nesta faixa de maquinas no mercado vem fazendo ocorrer uma procura maior pelos produtos de maior capacidade. Os guindastes possuem um campo de utilização muito amplo, a demanda tem variado entre
locadores e usuários finais dos mais variados segmentos, entre os quais estão os da montagem industrial, construção civil, óleo e gás, e energia. De acordo com dados fornecidos pela empresa, os guindastes da marca saem de fábrica com itens de segurança de série, que fazem todo o monitoramento da operação como o LMI (Indicador de Momento de Carga), sensores de carga, limitadores de fim de curso, além de um sistema de controle
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de dados via rede CAN que garante maior precisão nos parâmetros de operação. A Sany vem implementando os guindastes com mais tecnologias e sistemas que facilitam a operação no dia a dia levando mais produtividade para o usuário, alguns modelos contam com sistema remoto para auxilio da montagem e desmontagem de contrapesos, e montagem da lança auxiliar (JIB). Este ano de 2015, por exemplo, a
com características semelhantes ao STC800S.
empresa lançou novos equipamentos customizados para o mercado brasileiro como é o caso do STC800S com capacidade de 80 toneladas, esse modelo dispõe de boa flexibilidade com sistema de eixos direcionáveis em todos eixos e maior capacidade de carga devido ao contrapeso fixo de 02 toneladas mais o adicional de 09 toneladas. Além deste modelo, a companhia lançou os modelos STC1000S (100t) e STC1200S (120t)
Programas de treinamento, manutenção e pós-venda Além de oferecer equipamentos de ultima geração, o sucesso da empresa tem como base sua rede de atendimento direto de fábrica com técnicos distribuídos em todo o Brasil, assim como um amplo estoque de peças com condições competitivas que estimulam o uso de peças originais aumentando a vida útil das máquinas. A Sany realiza treinamentos periódicos para capacitação de técnicos na parte hidráulica, elétrica e mecânica. Na entrega técnica o operador recebe um conjunto de orientações para ajudálo na operação do equipamento e noções de inspeção em componentes, essa fase inicial da introdução do equipamento ao operador é crucial para a vida útil do equipamento e boa produtividade. Não suficiente, a Sany ainda realiza cursos periódicos para reciclagem de operadores, além de um acompanhamento próximo nos atendimentos no intuito de analisar se o operador está realizando a operação corretamente e utilizando todas as ferramentas que o equipamento pode fornecer otimizando a operação e aumentando a produtividade. Perspectivas 2015 Devido ao momento difícil vivido no setor de óleo e gás e a queda registrada no volume de obras na construção civil, que são os principais consumidores diretos e indiretos deste tipo de equipamento, a empresa prevê ter em 2015, uma queda de 40% à 50% na demanda geral de guindastes comparado à 2014. Quanto a 2016,
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com o início do resultado dos ajustes fiscais que devem ocorrer, o mercado deve apresentar um leve crescimento comparado à 2015. Trajetória de sucesso A trajetória da Sany no mercado brasileiro teve início em 2007, como importador de equipamentos. Em 2011, anunciou investimentos da ordem de US$ 200 milhões e inaugurou, em São José dos Campos (SP) sua primeira unidade fabril para montagem de escavadeiras e guindastes sobre caminhão no regime de CKD (Completely KnockDown), em uma área total de 30 mil m². Em 2012, a Sany investiu forte no estoque de peças, aumentando a área útil de 800m² para 2.200m² com mais de 20 mil itens. Além disso, a Sany recebeu da Fundação Carlos Alberto Vanzolini a certificação de qualidade ISO 9001:2008, garantindo o rigoroso processo de qualidade e segurança da empresa. Em 2013, visando uma nova etapa de crescimento, a Sany iniciou a montagem dos guindastes RT (rought terrain) e dos rolos compactadores na unidade brasileira. Em julho de 2014, a Sany assinou acordo com o Investe São Paulo, que prevê investimentos de US$ 300 milhões no mercado brasileiro, incluindo a construção de uma nova fabrica na cidade Jacareí (SP). Atualmente, a empresa comercializa mais de 500 máquinas por ano, dentre elas, o guindaste sobre caminhão, que por três anos consecutivos foi líder de vendas no país.
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Liebherr vende guindaste gigante para o Uruguai No caso da Liebheer acaba de fechar a venda do maior guindaste móvel portuário do mundo para a empresa Montecon S.A., do Uruguai. Trata-se do LHM 800, que na configuração para contêineres, oferece uma cabine a uma altura acima de 40 metros. O equipamento possui uma lança de 64 metros de comprimento, o que lhe permitira atender de forma eficiente os navios com uma largura de até 22 fileiras de contêineres. A série de guindastes móveis portuários da Liebherr se destaca pelas elevadas velocidades de operação. O LHM 800, por exemplo, ergue e baixa contêineres com 120 metros por minuto e pode carregar ou descarregar 45 contêineres por hora. Equipamentos mais vendidos Os guindastes mais vendidos da marca são os da linha “all-terrain” (AT), que contempla 20 modelos, com capacidades entre 30 t e 1.200t. Os mais requisitados no Brasil são os modelos das classes de 90-100t e 220 de média capacidade e de 500t nas de grande capacidade. De acordo com a empresa, todo o sistema de segurança dos guindastes é monitorado pelo exclusivo sistema Liccon – Liebherr Computer System, cujas principais funções são: - Limitador de momento de carga integrado; - Principais componentes desenvolvidos pela Liebherr; - Operação amigável e simples; - VárioBase: dependendo da abertura de cada patola, é criada, automaticamente pelo LICCON, uma tabela de carga específica para esta situação. Agora pode-se trabalhar com toda a
segurança em aberturas parciais ou assimétricas das patolas. De acordo com o fabricante, os guindastes móveis Liccon se adaptam às demandas crescentes do mercado em função do avanço tecnológico e controle. São equipamentos completamente integrados ao sistema de transferência de dados. Todos os principais componentes elétricos e eletrônicos são equipados com microprocessadores e se comunicam entre si. Vale ainda destacar no Liccon: - Sistema de acoplamento e desacoplamento do gancho/moitão feito via Bluetooth (BTT); - Patolamento do guindaste com o sistema bluetooth: permite ligar e desligar o motor, regular a velocidade da operação. Todo Liccon conta com display de inclinação e nivelação automática; - Controle remoto wireless opcional, que permite o controle de fora da cabine de operação. Centro de treinamento
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A capacitação do pessoal de operação do cliente é um dos fatores responsáveis pela disponibilidade dos equipamentos. Para capacitar este pessoal, a Liebherr conta com um Centro de Treinamento altamente equipado, inclusive com um guindaste e também simuladores. A empresa considera fundamental destacar a importância da manutenção preventiva e periódica dos equipamentos de alto valor agregados para que funcionem, operando com máxima eficiência e a custos operacionais justos. Índices de disponibilidade elevados dependem fortemente do cumprimento das recomendações contidas nos manuais de operação e manutenção dos guindastes. A Liebherr mantém equipe treinada e capacitada para um excelente atendimento de campo ou nas suas instalações e alto índice de disponibilidade de peças de reposição no Brasil, o que permite que 80% dos pedidos tenham entrega imediata no País.
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Momento para ficar mais próximo do cliente Com uma frota estimada em mais de 500 equipamentos no mercado, a Tadano Brasil tomando como base o atípico ano de 2014, quando vários eventos importantes aconteceram no país, acredita que 2015 e 2016 não serão muito diferentes. Na visão da empresa, a retração econômica, a instabilidade do atual governo, a depreciação da taxa de câmbio e os escândalos envolvendo à Petrobrás e às maiores empreiteiras do País (responsáveis por boa parte dos investimentos realizados em infraestrutura, energia, óleo e gás), são alguns dos fatores que dificultarão os negócios no mercado de guindastes em 2015 e 2016. Em contrapartida, há alguns setores como os de energia eólica e o setor de papel e celulose que estão em contínuo crescimento no País, podendo trazer algumas oportunidades interessantes para o ramo de equipamentos de elevação. No caso da Tadano, pretende que 2015 seja um ano para fortalecer o relacionamento com os clientes. A empresa está trabalhando para ficar mais presentes no mercado, investindo na área de pós venda, peças e treinamentos destinados aos seus clientes. Modelos de guindastes mais vendidos De acordo com a empresa, no Brasil os equipamentos mais vendidos são os de capacidades entre 30 até 100 tons, como TC (Truck Crane). Já para maiores capacidades, os mais comuns são os modelos AT (All Terrain). Para casos específicos ou obras de longa duração, principalmente nos ramos de óleo e gás, mineração, papel e celulose e energia, os RT são bem utilizados. Considerando o tipo de tecnologia embarcada quanto à dispositivos de segurança, a Tadano destaca os seguintes sistemas:
a) Sensor de comprimento de extensão dos estabilizadores, que aumenta a segurança do equipamento diminuindo a possibilidade de falha humana, pois a programação da largura de extensão dos estabilizadores é feita de maneira automática através dos sensores. Enquanto que no sistema convencional, a programação é feita manualmente pelo operador podendo haver falhas causando o tombamento do equipamento; b) Sistema de momento de carga e anticolisão do moitão, possui um «mostrador gráfico» com advertência audiovisual e trava da alavanca de controle. Esses sistemas oferecem exibição eletrônica do ângulo da lança, comprimento, raio, altura da ponta, momento de carga relativo, indicação de carga e advertência de condição de colisão iminente do moitão. O Sistema de definição da área de trabalho padrão permite que o operador selecione e defina previamente as áreas de trabalho seguras. Se o guindaste se aproxima dos limites predefinidos, advertências audiovisuais ajudam o operador a evitar obstruções no local de trabalho. c) Função de redução automática de velocidade e parada suave: Estas funções estão presentes na elevação da lança e giro ao se aproximar ou atingir a capacidade máxima ou uma limitação de área predeterminada. Nestes momentos, o guindaste começa a diminuir a velocidade e pára automaticamente e de maneira lenta, prevenindo o tombamento do equipamento e também acidentes causados pelo balanço da carga devido à parada brusca. d) Controle de largura de extensão assimétrica do estabilizador: o AML-C (limitador automático de momento) tem a capacidade de oferecer o máximo “valor de trabalho” através de cada área de operação, mesmo quando a largura de
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extensão dos estabilizadores difere entre a dianteira e a traseira do guindaste. Isto permite que o guindaste trabalhe na capacidade máxima quando o equipamento está ao longo do estabilizador mais estendido, e reduz automaticamente a capacidade quando se aproxima do estabilizador menos estendido alertando o operador das alterações que se aproximam. Serviços de pós-venda No que se refere à estrutura de pós-venda da Tadano, é composta por uma equipe de engenheiros e técnicos experientes e treinados na fábrica, capacitados a efetuar todos os serviços de manutenção preventiva e corretiva dos guindastes da marca. A empresa dispõe de ferramental e aparelhos de testes necessários à realização de diagnósticos e reparos dos guindastes; mantém, em sua unidade de Cajamar (SP) uma grande quantidade de peças de reposição passíveis de falhas e desgaste devido ao tempo normal de uso; possui departamento de treinamento para capacitação de operadores e técnicos de manutenção dos seus clientes na operação e manutenção correta dos nossos equipamentos. Tais treinamentos são gratuitos e ministrados em salas de aula condicionadas para tais fins no escritório da companhia, localizado em Jandira (SP). A Tadano Brasil conta, ainda com suporte técnico da fábrica da Alemanha incluindo um técnico especializado em guindastes da linha ATF que reside no Brasil.
Frota de máquinas paradas no Brasil é grande acidente ocorra. Os guindastes Terex possuem sensores que liberam a operação apenas quando o operador esta na cabine e consciente. Uma das características ainda mais importantes é que todo este volume de informação é apresentado de forma clara, intuitiva e amigável ao operador. Em outras palavras, toda a tecnologia embarcada no equipamento não faz com que o guindaste torne-se mais complicado para a operação.
Para a Terex Latin América, o ano de 2016 seguirá nas mesmas condições de 2015 quando falamos em termos de aquisições de equipamentos, pois a frota de máquinas paradas no Brasil é grande e mesmo com o surgimento de novas obras de infraestrutura e energia, ainda levará um tempo até que essa frota seja utilizada e o mercado volte a comprar. De acordo com a empresa, os equipamentos mais vendidos são os modelos Truck Crane na faixa de 80 toneladas, seguidos dos AT (All Terrain) e RT (Rough Terrain), porém a Terex não comercializa os Truck Crane no Brasil. Os equipamentos Terex possuem sistemas embarcados que garantem a segurança durante toda a operação. São dispositivos de controle computadorizados que calculam e indicam ao operador qual é a carga máxima permitida no momento da operação, bem como outras informações importantes para uma
operação segura como: - Velocidade do vento em tempo real; (anemômetros); - Pressão que as patolas exercem sobre o solo durante toda a operação; - Peso da carga que está sendo elevada; - Porcentagem de utilização com relação a capacidade máxima do guindaste em tempo real e - Situação de nivelamento do equipamento (sensores de nível); Estes sistemas utilizam dezenas de sensores e redes de comunicação tais como CAN-BUS, Ethernet e Profibus. Os equipamentos contam com sensores que impedem que o operador realize operações que coloquem em risco a sua segurança, a de terceiros ou a da própria máquina. São sistemas que indicam, por exemplo, o comprimento da patolas, a quantidade de contrapeso montada no equipamento, etc. Impedem ou informam ao operador caso o equipamento seja configurado de maneira errada. Prevenindo que um
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Centro de treinamento Terex University A fábrica da Terex em Cotia (SP), conta com um centro de treinamento (Terex University) com salas de treinamento, laboratórios com simuladores e área para treinamentos de operação de todas as linhas de produtos oferecidos pela empresa. Uma das principais ferramentas é o “Simulift”, um simulador de operação no qual são realizados treinamentos dos operadores e sinaleiros em um ambiente 100% seguro. Com ele, a empresa pode simular diversas situações, que na vida real seriam muito arriscadas ou mesmo impossíveis de serem realizadas em um equipamento real. Com o simulador dispensa o uso do equipamento desde o início do treinamento, reduzindo assim os custos (combustível, horas paradas e etc). O calendário de treinamento e as solicitações de inscrição podem ser feitas através do site www. terexuniversity.com. A empresa anuncia para breve o e-learning para treinamentos básicos de hidráulica e elétrica.
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Volvo apresenta muitas novidades na Conexpo Latin America
A Volvo Construction Equipment apresentou várias novidades durante a Conexpo Latin America, feira de máquinas que se realizou em outubro passado em Santiago, no Chile. “Estamos reforçando nosso compromisso com a América Latina”, afirma Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE Latin America. A empresa anunciou dois novos modelos de escavadeiras sobre rodas (EW60C e EW205D) e a escavadeira de maior capacidade da marca (EC750DL). “Estamos constantemente renovando nossa linha de produtos para oferecer o que há de mais avançado em equipamentos de construção aos
nossos clientes no continente latinoamericano”, diz o presidente. Já a nova linha H de carregadeiras Volvo chega em 2016 no mercado latinoamericano. A EC750DL é uma máquina voltada para escavação massiva, abertura de valas, desagregação de paredes rochosas, carregamento em mineração e uma série de outras aplicações. Já a escavadeira compactada EW60C é um modelo versátil e produtivo, capaz de deslocar-se em vias públicas. Com um potente motor D6 da Volvo, a escavadeira sobre rodas EW205D chega para garantir maior produtividade e rentabilidade na operação. “São máquinas que têm
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um amplo uso nas obras que estão sendo realizadas na América Latina”, observa Luciano Rocha, diretor da Volvo CE LA para a região hispânica. Durante a Conexpo Latin America a Volvo também mostrou o CareTrack, o sistema de telemática para equipamentos de construção, o mais avançado da América Latina. O dispositivo permite melhorar os níveis de gestão e de eficiência da operação e na manutenção das máquinas. O estande da Volvo terá também um simulador, um moderno equipamento que permite ao usuário ter uma experiência no comando de um caminhão articulado ou de uma carregadeira da marca.
SDLG lança escavadeira de 30 toneladas LG6300E na Conexpo Latin America A SDLG lançou durante a Conexpo Latin America uma escavadeira de grande porte - a LG6300E. “A América Latina é um mercado importante e que tem muitas obras em curso ou planejadas que necessitam de um equipamento deste porte”, afirma Enrique Ramirez, diretor da SDLG Latin America. Ele diz que a SDLG está expandindo ainda mais o alcance de sua linha de equipamentos de construção com uma nova escavadeira hidráulica de esteiras, aumentando as possibilidades de aplicação e os segmentos de atuação das máquinas da marca. A SDLG, já bastante conhecida no Chile e demais mercados latinoamericanos por suas carregadeiras sobre rodas, mostra agora sua força na linha de escavadeiras. Versátil “Agora, nossos clientes latinoamericanos têm uma excelente opção neste porte de equipamentos de grande demanda nos países da região hispânica”, complementa o executivo. Bastante robusta e também muito versátil, o modelo que está sendo apresentado no Chile é largamente utilizado em pedreiras, por exemplo. A escavadeira LG6300E possui chassis superiores e inferiores robustos, características que permitem usála em operações contínuas. É uma máquina muito útil para operações em pedreiras de médio porte, obras de terraplenagem e construtoras que necessitam de grande mobilidade. O modelo LG6300E de 30 toneladas de peso operacional tem lança e braço
especialmente projetados para serviços pesados. As partes da máquina sujeitas a maiores esforços são produzidas em ferro fundido, para garantir ainda mais resistência. “A maior robustez do conjunto de escavação proporciona uma vida útil mais longa à máquina, mesmo em aplicações mais severas”, observa André Puquevicz, líder de segmento e produto da SDLG Latin America. Muito versátil, a escavadeira LG6300E é útil em muitas situações e dirigida para uso em vários tipos de solo e na escavação de materiais diversos na construção e extração, entre outros. É uma máquina que se mostra também produtiva em operações de carregamento de caminhões. O sistema hidráulico da LG6300E inclui funções como soma de fluxos e regeneração, que lhe permitem maior eficiência e rapidez.
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A tecnologia utilizada para controle eletrônico da máquina, própria da SDLG, garante que a máquina seja operada em diferentes modos para se adequar às diferentes operações e proporciona maior eficiência energética de todo o equipamento - escavação, manuseio de cargas e corte de taludes, entre outras tarefas. “A cabine tem excelente iluminação e é muito espaçosa, oferecendo uma ampla visibilidade”, destaca Puquevicz. O motor com sobrealimentador e Intercooler é equipado com um sistema regulador elétrico Deutz EMR2, de alta potência, permitindo economia de combustível e alta confiabilidade, ainda oferecendo uma melhor adaptabilidade para toda a máquina em atividades de mineração, por exemplo. O chassi mais largo e o carro inferior longo proporcionam boa manobrabilidade e alta estabilidade para toda a máquina.
Tecnologia em Sistema Construtivo
SH expande atividades fora do Brasil Empresa brasileira com 46 anos de mercado expande suas atividades fora do País ao inaugurar sua primeira unidade internacional em Bogotá (Colômbia) Com a desaceleração da economia brasileira, a SH - tradicional fornecedora de formas para concreto, andaimes e escoramentos metálicos, com 46 anos de mercado e presente em 11 cidades do Brasil – resolve expandir suas atividades para o mercado internacional. “Os estudos visando a implantação de unidades no exterior começaram em meados do ano passado e, em maio de 2015, inauguramos a nossa primeira filial, em Bogotá (Colômbia)”, conta Luis Cláudio M. Monteiro, diretor Industrial da empresa. Com investimento previsto de US$ 5 milhões, nos próximos dois anos, a nova unidade da SH passa a oferecer às construtoras colombianas as principais soluções da marca fornecidas no
Brasil, principalmente às voltadas para obras residenciais e comerciais. Um dos produtos que tem mercado por ser novidade naquele país é a forma para lajes Topec SH. A escolha da Colômbia foi estratégica já que o país apresenta um cenário de boas oportunidades para o segmento e, assim como outros mercados da América Latina, tem déficits habitacionais e de infraestrutura. Com a nova filial administrada pelo brasileiro Matheus Perié, com gerência comercial a cargo do colombiano Alexander Rodriguez-, a SH passa a ter representação comercial no Chile e Peru. A empresa tem planos de implantar outras unidades na América do Sul. “Estamos iniciando o processo de exportação de
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equipamentos da unidade do Rio de Janeiro”, diz Monteiro. Produtos SH Para atender o mercado nacional e internacional, a SH oferece o que há de mais inovador em se tratando de soluções para obras de construção civil. Um dos produtos que faz parte do portfólio da empresa é o sistema de formas de alumínio Lumiform SH® que atende grande demanda no setor de construção civil a um custo baixo e tempo recorde na implantação. Segundo Monteiro, o Lumiform é um produto que a empresa trouxe do mercado americano, em 2009 quando o governo federal lançou o programa Minha Casa Minha Vida e com ele um grande desafio que era a construção
a novas tipologias. Uma forma usada na construção de uma casa pode ser transformada para uma torre de 18 e 20 andares, por exemplo. Começamos a perceber essa possibilidade em meados do ano passado e inicio de 2015 quando o segmento de habitação começou a desaquecer e diante disso as construtoras tiveram que buscar alternativas para não parar. O produto é versátil e permite fazer outros tipos de construção por ser modular”, garante Monteiro
Luis Claudio M. Monteiro, Diretor Industrial
de um milhão de unidades em apenas dois anos. Ocorre que não existia no mercado brasileiro, nenhum sistema construtivo para tamanha demanda. Não existia fábrica de tijolos e mão de obra capacitada para atender o volume exigido. Diante disso, as construtoras e fornecedores foram buscar uma tecnologia. Atualmente, o sistema tem normas de desempenho e as concreteiras têm concreto específico para atender o segmento. “O que a gente percebe é que o produto veio para ficar porque as empresas não estão olhando somente o mercado habitacional social. É um produto que pode ser reutilizado centenas de vezes e, em vários tipos de projetos. Ao termino de cada obra, a empresa pode adaptá-lo
Características da Lumiform As fôrmas de alumínio Lumiform SH® foram desenvolvidas para atender, de forma industrializada e sustentável, a grande demanda habitacional do mercado nacional, impulsionada pela abertura de capital para execução de casas populares ou unidades habitacionais com grande grau de repetições. O sistema substitui os tradicionais blocos de alvenaria e elimina as etapas de chapisco e reboco, reduzindo os custos e os prazos da obra. Devido a sua leveza e facilidade de montagem, a Lumiform SH® proporciona alta produtividade em obra e dependendo da quantidade de repetições e padronização das paredes, é possível reduzir o tempo de execução da obra em aproximadamente 35%. O sistema é sistema composto por painéis fabricado com perfis especiais de alumínio e forrados com placas de alumínio. Além de duráveis e leves, os painéis não possuem rebites, emendas ou marcas na face que faz contato com o concreto, o que garante um acabamento perfeito. Os painéis apresentam furações apenas nas laterais, onde é encaixado o espaçador que, além de espaçar as formas, suporta as cargas atuantes do
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empuxo. Pode ser aplicado nos mais variados tipos de projetos, como construção de casas, sobrados e edifícios, com qualidade e ganhos significativos de produtividade. Vantagens Ganhos de até 85% na produtividade Redução no custo de mão de obra Redução do tempo de execução em cerca de 35% Redução da mão de obra de carpintaria Minimização dos erros de execução Painéis manoportáveis, ou seja, leves para serem transportados manualmente Reutilização indeterminada, se respeitadas as condições de uso e manuseio Fácil manuseio e armazenagem Ajuda a manter o canteiro organizado Placa de alumínio para forração do painel, substituindo os tradicionais compensados, garantindo assim painéis mais duráveis Bom acabamento superficial Boa estanqueidade Rapidez na montagem e desmontagem Montagem manual sem necessidade de mão de obra especializada Painéis sem rebites e emendas na face que faz contato com o concreto Vãos para janelas e portas Painéis com menos de 18kg/m2 Lajes e paredes concretadas numa única etapa.
Tecnologia em Sistema Construtivo
Maccaferri apresenta soluções para construção civil
Ivan Marassato Masiero, Gerente de Construção Civil
A Maccaferri - empresa de origem italiana, com sede em Bolonha (Itália)que atua há 41 anos no mercado brasileiro, prima por oferecer soluções, produtos, tecnologia e serviços para empresas do setor da construção civil. Sua expertise está nos setores geotécnico, hidráulico, ambiental e da construção civil. “Estamos presentes em todo Brasil e países latinos americanos e primamos pelo investimento no desenvolvimento de soluções avançadas para engenharia, sempre observando e aperfeiçoando das mais evoluídas técnicas mundiais para os setores que atuamos”, conta o engenheiro Ivan Marassatto Masiero, gerente do setor Construção Civil da companhia. Segundo Masiero, a Maccaferri ao longo dos seus 135 anos de experiência mundial, tornou-se referência técnica no desenvolvimento de soluções para o controle de erosão e estrutura de contenção. Desde então, através de inovação, expansão geográfica e diversificação de seu portfólio, tornou-se uma das maiores empresas voltadas para o desenvolvimento de soluções nos mercados geotécnico, ambiental e construção civil. “Está no DNA da nossa companhia a busca incessante pela posição de diferentes técnicas para soluções de engenharia ou produtos que fornecemos”, reforça. Dentre os produtos que compõem o portfólio da Maccaferri, Maciero destaca duas soluções consideradas importantes e inovadoras para o segmento da construção civil, o sistema de drenagem da linha MacDrain e as fibras para reforço
de concreto Wirand (aço) e Fibromac (polipropileno). A linha de dreno de alta performance da família MacDrain é um geocomposto drenante que já vem pronto. Ele foi desenvolvido a partir de dois ou mais produtos geossintéticos destinados a substituir com ganho de desempenho e redução de custo os tradicionais sistemas de dreno com brita e filtro geotêxtil. O núcleo 3D do geocomposto merece destaque, pois foi desenvolvido para suportar as cargas de trabalho usuais em sistema de drenagens mantendo a vazão necessária para o funcionamento adequado do sistema. O MacDrain® TD, um dos itens da família MacDrain, pode ser utilizado no interior de drenos de vala ou para substituir materiais drenantes tradicionais como brita ou rachão. Esses materiais drenantes modernos reduzem a extração de pedras e o transporte da brita até o local do projeto, minimizando o impacto ambiental. “Além disso, devido ao projeto diferenciado do núcleo e rigoroso controle de qualidade, nossos geocompostos drenantes oferecem capacidades diferenciadas de vazão e desempenho, rigorosamente ensaiados para melhor performance no sistema de drenagem”, afirma o gerente. Já o MacDrain® FP é um geocomposto de drenagem desen-volvido para otimizar as imper-meabilizações de muros de contenções ou lajes. “Para complementar a linha temos o MacDrain 2L desenvolvido a partir da termofusao do núcleo tridimensional com dois geotêxteis destinados à filtragem. Ambos podem ser considerados também para a separação ou proteção”. Quanto à segunda solução comentada, o engenheiro cita as fibras para reforço de concreto. As fibras de aço Wirand foram desenvolvidas para combater os esforços mecânicos em estrutura de concreto como pisos industriais, aplicações de concretos injetados, túneis ou mesmo peças pré-fabricadas. O uso das fibras de aço Wirand no concreto proporciona um melhor compor-
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tamento dos elementos estruturais, devido à redução da formação de fissuras, resultando em melhor qualidade e maior durabilidade da obra. Outras vantagens em relação ao seu uso é que substitui, em algumas situações, a armadura convencional eliminando e diminuindo custos com mão de obra para armação e, praticamente, não gera desperdício de material, não exige grandes investimentos para transporte e estocagem e seu manuseio e aplicação são muito simples. Pode-se destacar algumas características do concreto reforçado com fibras metálicas Wirand®, como segue: • Melhora na resistência à Fissuração; • Melhora na resistência ao Impacto e puncionamento; • ganhos na absorção de Cargas variáveis e pontuais; • Comportamento otimizado quanto às variações térmicas; Ainda na linha de reforço de concreto, temos as fibras de polipropileno Fibromac, destinadas principalmente a combater esforços de retração em conretos e argamassas. “Estas fibras foram especialmente desenvolvidas para melhor distribuição no concreto e assim proporcionar melhor controle de fissuras originadas pela retração do concreto” complementa o Eng. Masiero Masiero conta que a empresa disponibiliza sua equipe de engenheiros e corpo técnico para orientação técnica de aplicação dessas linhas de produtos para todo o mercado da engenharia civil. “A Maccaferri acredita muito no trabalho personalizado que realiza junto seus clientes e demais setores de engenharia. Acreditamos também na formação técnica do nosso pessoal e principalmente no desenvolvimento e aprimoramento dos nossos produtos e soluções. Nossa expectativa para este ano é manter nossa referência técnica e comercial e continuar a desenvolver nosso trabalho de excelência”, acentua.