Revista Brasil Construção Ed 17

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Índice Editorial

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A disrupção chegou. Viva a disrupção

Fato concreto

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DNIT entrega pista nova em concreto com maior vida útil e economia em manutenção

Personalidades

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Preparado para os novos tempos de bonança

Concretagem Produtiva

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Como Trump pode afetar a indústria cimenteira dos EUA

Mineração

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Sob nova direção, Astec busca crescimento de dois dígitos

Capa

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“Retros” só no nome

Destaque

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Guia Prático de Equipamentos para Construção

Conheça mais notícias do setor de construção lendo o QRCode ao lado com seu celular ou tablet.

Com a palavra: ABCR

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Concessionárias de rodovias investem mais de R$ 95 bilhões no Brasil

Artigo

Expediente Publisher: Carlos Giovannetti Reportagem Especial: Rodrigo Conceição Santos Editor Executivo: Nelson Valêncio Edição: Canaris Informação Qualificada Reportagem: Kátia Siqueira, Nelson Valêncio e Rodrigo Conceição Santos Comercial: Carlos Giovannetti e Ernesto Rossi Mídias Digitais: José Roberto Santos Projeto Gráfico e Editoração: Mônica Timoteo da Silva Contato: redacao@brasilconstrucao.com.br Telefone: (11) 3241-1114/3101-8675 Endereço: Rua São Bento, 290 – 2ª Sobreloja – Sala 4 CEP: 01010-000 – São Paulo – SP

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Os empregos como conhecemos hoje irão desaparecer?

Infra IoT

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Rio de Janeiro ganha “infovia da telecom

Canaris Content

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Centro Oeste ganha mais fibra óptica de pequenas operadoras

A Revista Brasil Construção é uma publicação mensal de distribuição nacional, com circulação controlada, dirigida a todos os segmentos da indústria de construção imobiliária e industrial, ao setor público e privado de infraestrutura, à cadeia da construção envolvida em obras de transporte, energia, saneamento, habitação social, telecomunicações etc. O público leitor é formado por profissionais que atuam nos setores de construção, infraestrutura, concessões públicas e privadas, construtoras, empresas de projeto, consultoria, montagem eletromecânica, serviços especializados de engenharia, fabricantes e distribuidores de equipamentos e materiais, empreendedores privados, incorporadores, fundos de pensão, instituições financeiras, órgãos contratantes das administrações federal, estadual e municipal.

Tech IoT

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Skylane Optics negocia compra da brasileira BrPhotonics

Máquinas e Equipamentos Case demonstra evoluções para tratores autônomos

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Editorial

A RBC entendeu que a disrupção da mídia é uma realidade nos mercados B2B. As corporações já sabem da importância do conteúdo como ferramenta de marketing e buscam produtores capazes de transformar dados em informação e explicar as soluções tecnológicas de forma clara. A objetividade e a precisão do jornalismo vestem como luvas nesse processo e é por isso que a RBC, o InfraROI e a Canaris criaram uma plataforma de produção e distribuição de conteúdo técnico e segmentado. A disrupção que acontece em outros setores também está presente nas mídias de infraestrutura, na qual somos os pioneiros ao considerarmos que a qualidade de conteúdo é inegociável. Convidamos o leitor a acompanhar a evolução dessa proposta ao longo do ano. Nessa edição é possível perceber que a quantidade de materiais exclusivos – produzidos em associação ao InfraROI – aumentou. Também trazemos a primeira seção de paid media, identificada como Canaris Content. É nessa coluna que as corporações têm espaço para expandir as suas estratégias de marketing de conteúdo, usando um veículo impresso, perene, com abrangência nacional e distribuição segmentada. A seção é produzida ou editada pela Canaris e leva o padrão editorial da RBC e do InfraROI.

A disrupção chegou. Viva a disrupção. Outro exemplo de produção editorial é a reportagem sobre retroescavadeiras. É um raio X do mercado, com indicação de tendências a curto e médio prazo e a avaliação das vendas nos últimos anos. O bonus track – que será parte das colunas de equipamentos de todas as edições da RBC daqui em diante – é o Guia Prático, onde é possível escolher, de forma objetiva, a máquina mais adequada à sua operação. A coluna Concretagem Produtiva – lançada nesta edição – demonstra o quão o mercado de concreto dos Estados Unidos pode estar dependente das políticas de Donald Trump. Já a coluna Personalidades Edificantes da Construção – igualmente lançada agora – conta a história de Francisco de Assis Guerras Lages, um dos principais empresários do setor de equipamentos do Brasil, sócio do Grupo Orguel. Boa Leitura. Carlos Giovannetti Publisher

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Fato Concreto

DNIT entrega pista nova em concreto com maior vida útil e economia em manutenção A Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Mato Grosso entrega nesta segunda semana de março, 23 km de pista nova em concreto, no trecho entre Cuiabá e a Serra de São Vicente. Serviços estes que fazem parte das obras de duplicação e restauração da BR-163/MT. Os veículos passarão a usar a pista nova, construída em concreto, para que se inicie os trabalhos de restauração da pista antiga, a ser executada também em concreto. O evento de entrega do trecho aconteceu na segunda (5) na Vila Olho D’Água, localizada no km 293 da BR163/MT e contou com a presença do diretor geral do Dnit, Valter Casimiro, do diretor de infraestrutura rodoviária do Dnit, Luiz Antônio Ehret Garcia e

do superintendente em Mato Grosso, Orlando Fanaia Machado além de representantes políticos do estado, imprensa e comunidade local. “Estamos falando de uma das rodovias federais mais importantes para o desenvolvimento de Mato Grosso”, lembra Machado. Segundo ele, a BR-163/ MT entre Rondonópolis e Cuiabá já foi considerada uma das mais críticas no Estado pelo alto índice de acidentes. Devido ao avanço das obras e dos investimentos na rodovia, vários trechos já foram liberados para os usuários, melhorando as condições de conforto e segurança, reduzindo consideravel-

mente o número de acidentes. “Estamos avançando para concluir a obra até o primeiro semestre de 2019”, diz o superintendente. Com isso ocorrerá a liberação de mais trechos duplicados até o término das obras, reduzindo ainda mais o número de acidentes. A expectativa do Dnit-MT é que até o final de 2018, o segmento de 23 km que se situa entre a Serra de São Vicente e a praça de pedágio, esteja completamente duplicado. Além deste, mais 20 km de pista nova, entre a praça de pedágio e Cuiabá, sejam concluídos e liberados para o tráfego.

Mário Rodrigues Júnior é o novo diretor-geral da ANTT O governo federal nomeou Mário Rodrigues Júnior para exercer o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com mandato até 18 de fevereiro de 2020. Ele assume o posto no lugar de Jorge Luiz Macedo Bastos, cujo mandato se encerra este mês. O novo diretor-geral da ANTT é natural de São Paulo, engenheiro e especialista em Engenharia de Transportes. Já presidiu a Valec, foi diretor da ANTT, de 2008 a 2012 e trabalhou de 2000 a 2007 no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP).

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Mário Rodrigues Júnior

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Fato Concreto

Sotreq lança programa “Opções de reparo” Realizar reparos nos componentes dos equipamentos é de extrema importância para que os mesmos continuem funcionando adequadamente, garantindo melhor desempenho e disponibilidade de uso da máquina. Para ajudar os clientes a encontrarem a melhor solução de reparo com o menor custo, a Sotreq, empresa com 76 anos de mercado e uma das maiores provedoras de produtos e sistemas Cat® no Brasil, em conformidade com a Caterpillar, lança o programa “Opções de Reparo”. Desenvolvido pela Caterpillar, o programa tem o objetivo de flexibilizar as opções de reparo para os componentes em níveis de intervenção disponíveis para todos os componentes do trem de força e também sistema hidráulico. “Dividimos em três níveis de reparo com o intuito de ofertarmos a solução adequada para cada cliente. No primeiro, é ofertado um kit básico que contemplam peças de desgaste, buchas e vedações. O segundo e o terceiro nível são para reformas realizadas nas oficinas da Sotreq, onde o que diferencia neste escopo é a condição de reparação determinada pelo estado do componente”, descreve Wilson Nogueira, engenheiro de produto responsável pelo programa na Sotreq. Para identificar qual o melhor o nível de reparo, o revendedor levanta uma série de informações com o cliente, como histórico do

motor, tempo de uso, relação de peças que necessita, entre outras. Após a coleta e análise dos dados, a equipe de vendas indica qual é a manutenção ideal. Vale ressaltar que os níveis um e dois são flexíveis, ou seja, de acordo com a necessidade ou mesmo solicitação do cliente, os kits podem ser alterados. Benefícios do programa O programa tem como principal objetivo disponibilizar uma gama maior de opções de reparo conforme a necessidade do cliente, oferecendo, para isto, uma maior flexibilidade dos kits disponibilizados, além de uma ideia mais assertiva dos valores, visto que o escopo já é pré-determinado. O programa Opções de Reparo garante uma gestão customizada da frota do cliente e diminui a burocracia da operação do orçamento já que não é necessário selecionar item por

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item – hoje a empresa conta com mais de 600 mil peças no estoque – o que demandaria prazo maior para a escolha dos acessórios. E, de acordo com Everton Braga, engenheiro de produto responsável pelo programa na Sotreq, se a equipe de vendas já definiu a modalidade que se ajusta à necessidade do cliente, isso favorece na redução do tempo de parada da máquina para manutenção. Lançamento O programa Opções de Reparo, a princípio, atenderá quatro equipamentos: a retroescavadeira Cat® 416E, a pá carregadeira Cat® 938H, a motoniveladora Cat® 140K e a escavadeira hidráulica 320D. “Neste primeiro momento, lançaremos o programa apenas em três filiais das Sotreq (Contagem-MG, Salvador-BA e Sumaré-SP), mas a nossa meta é expandir para todas as demais unidades da Sotreq nos próximos meses”, conclui Nogueira.


Banco CNH Industrial lança corretora de seguros Um dos diferenciais do Banco CNH Industrial em relação a outras instituições financeiras é fornecer ao cliente tudo o que ele precisa para efetivar a compra de uma máquina ou equipamento em um só local, proporcionando soluções financeiras descomplicadas. Diretamente em uma das concessionárias das marcas CNH Industrial, ele pode escolher uma máquina, solicitar financiamento pelo Banco e também contratar um seguro, com a CNH Industrial Capital Corretora de Seguros. A instituição permite mais autonomia para as operações de seguros, agilidade nos processos, redução do tempo de resposta e ampliação das informações. “Entendemos que passamos a ser, na visão do cliente, uma central de soluções, pois ele poderá, em um mesmo momento, sanar todas as suas dúvidas e adquirir o produto

de seguro que melhor atende às suas reais necessidades”, afirma Marcio Contreras, diretor Comercial, de Marketing e de Seguros do Banco CNH Industrial. Entre os diferenciais das apólices de seguros contratadas por meio da Corretora do Banco, estão a garantia de reparo do bem sinistrado em qualquer concessionária das marcas CNH Industrial, com uso exclusivo de peças genuínas CNH Industrial; cobertura para furto total simples e quebra de vidros decorrente de choque térmico; seguros individuais e para frotas – beneficiando empresas que queiram

garantir a segurança de todos os seus equipamentos; seguro plurianual com taxas atrativas e cobertura para transporte e deslocamento em todo o território nacional. Além disso, é prestado total suporte operacional durante toda a vigência do seguro. Estreitar o relacionamento com o cliente é outro objetivo da corretora. A CNH Industrial Capital Corretora de Seguros pode fornecer produtos realmente necessários para a segurança do trabalho e proteção do patrimônio, além de estar preparada para atender todos os segmentos em que o Banco CNH Industrial atua.

Case IH anuncia JMalucelli como nova parceira no Paraná A Case IH firma uma nova aliança na região Sul do Brasil. A marca está ao lado do Grupo JMalucelli, parceiro comercial antigo da CNH Industrial, na região Oeste do Paraná. A JMalucelli Agromáquinas Ltda é a nova revendedora Case IH no Estado, com três filiais nas cidades de Cascavel, Medianeira e Vitorino. A parceria foi lançada durante o Show Rural Coopavel, realizado em Cascavel no início de fevereiro. “Acreditamos que estamos fazendo um movimento que irá elevar os padrões de gestão e os patamares atuais de qualidade dos serviços e do atendimento aos nossos clientes dessa importante região produtora do oeste paranaense”, afirma

Felipe Pedrosa, responsável pelo desenvolvimento de rede de concessionária da Case IH na América Latina. Pedrosa também destaca a tradição da JMalucelli, que já atua com a CASE Construction Equipment nos três estados da região Sul do país. “O grupo JMalucelli é um importante parceiro comercial e de serviços, com longa trajetória e muita tradição empresarial no estado do Paraná. Temos a certeza que com a JMalucelli estaremos oferecendo o que há de melhor em pós-venda e assistência técnica para os nossos clientes”, afirma. Com essa parceria, a JMalucelli passa a ser o único concessionário que conta com as linhas de máquinas agrí-

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colas e de construção. “É gratificante sermos reconhecidos também pelo nosso trabalho e experiência junto aos produtos que já representamos. E, agora, com a Case IH, esse novo negócio nos oferece a realização de um atendimento cada vez mais completo, desde o pré-venda ao pós-venda de máquinas e equipamentos. Estamos muito satisfeitos e incentivados”, diretor Rafael Malucelli do grupo paranaense JMalucelli. As lojas já estão funcionando nos seguintes endereços: na avenida Brasil, 484, em Cascavel; na rodovia PR 158, 12029, Trevo Catani, em Vitorino; e na avenida 24 de Outubro, 107, em Medianeira.


Fato Concreto

Volvo CE expande participação em 2017 Mesmo em um ano de dificuldades para o setor de equipamentos de construção e de economia ainda restritiva no Brasil, a Volvo Construction Equipment Latin America manteve boas vendas e expandiu sua participação de mercado em 2017. Somando-se toda a linha de equipamentos oferecidos no segmento onde atuam, Volvo e SDLG amealharam 16,9% de market share no país no ano passado. De acordo com o presidente da Volvo CE Latin America, Afrânio Chueire - que se aposenta no final de março – o bom desempenho ocorreu graças as várias ações que a companhia desenvolveu. “Reformulamos nossa organização, com mais recursos destinados para a América Latina. Lançamos dezenas de novos modelos e produtos e nos adaptamos à situação de mercado para crescer em segmentos estratégicos do nosso negócio, tanto na área hispânica como na brasileira. Esta estratégia nos levou a ganhar espaço em algumas áreas”, declara Chueire. Os segmentos apontados pelo executivo e os quais garantiram um melhor desempenho neste período difícil foram: os agronegócios, florestal e óleo e gás através do fornecimento de equipamentos para atender cada um. No agro, ofertando equipamentos que atendem à

indústria de cana de açúcar. No setor florestal, para os produtores de papel e celulose e máquinas para atender os clientes da área de óleo e gás, em obras de tubulação, por exemplo. “A Argentina é um mercado muito importante neste segmento e há outros países em prospecção”, diz Chueire. Segundo ele, juntas, as máquinas da Volvo e da SDLG registraram uma boa performance no Brasil e na região hispânica da América Latina. A SDLG é uma empresa pertencente à Volvo CE. Ambas as marcas convivem nos mercados onde estão presentes. A Volvo oferece equipamentos com grande produtividade, alta tecnologia embarcada e serviços de telemática, enquanto a SDLG comercializa máquinas com ótima relação custo-benefício e tecnologia na medida certa. Somando-se toda a linha de equipamentos oferecidos no mercado onde atuam, Volvo e SDLG amealharam 16,9% de market share no Brasil no ano passado. Este resultado é um ponto percentual superior ao conseguido em 2016. Nos demais países da América Latina, as duas marcas registraram 7,2% de participação de mercado, performance igual à conquistada no ano anterior. A região hispânica apresentou a melhor atividade com vendas que

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somaram 17,4 mil unidades ante os 14,4 mil equipamentos comercializados em 2016. O crescimento ocorreu em todas as linhas de produtos: carregadeiras, escavadeiras, caminhões articulados e demais máquinas de grande porte. “No México, por exemplo, nas linhas de produto que compreendem pás-carregadeiras, escavadeiras e caminhões articulados, nossas vendas aumentaram 30%”, comenta o executivo. Chueire conta que atualmente o Brasil representa 55% das vendas e os países hispânicos 45%. “Em anos bons o mercado brasileiro chegou a


que vem de encontro às necessidades dos clientes da marca”, conta Chueire.

absorver 60% da comercialização da empresa”, lembra. Nova organização A Volvo CE também implementou uma nova configuração comercial na região hispânica em 2017 – agora composta por três novos distritos comerciais “Estamos mais próximos de nossos clientes, o que na prática significa maior agilidade para atender as demandas de mercado”, declara Chueire. O presidente da Volvo CE diz que o processo de expansão das duas marcas na América Latina vai

continuar este ano. “Vamos prosseguir com nossa estratégia, aumentando o portfólio de produtos para ganhar mais mercado”, anuncia Chueire, ao afirmar que serão lançados novos modelos e novos equipamentos ao longo de 2018. A empresa programa o lançamento do 1º caminhão rígido Volvo (totalmente novo), cuja primeira aparição será realizada a feira de equipamentos para construção e mineração M&T Expo 2018, entre os dias 5 e 8 de junho, no São Paulo Expo. “Trabalhamos os dois últimos anos na preparação deste veículo

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Otimismo com cautela De acordo com o executivo, segundo estudos de institutos de pesquisas, o pior da crise brasileira já passou. Estima-se um crescimento industrial da ordem de 2,5 a 2,8% em 2018. “Nós estamos otimistas, mas com cautela porque nossos investimentos passam pela área de infraestrutura (energia, logística, mobilidade, armazenagem, transporte de commodities, entre outros) que depende muito do governo e, principalmente, da iniciativa privada”, acentua Chueire. No entender do executivo 2018 poderá ser melhor, mas o início de um novo ciclo de crescimento para a indústria de construção civil pesada deverá ocorrer no período de 2019 a 2022. “Para haver investimento da iniciativa privada é preciso haver definições dos macros regulatórios, entre outras ações do governo. Quando o mercado reagir, a Volvo estará pronta para atender a demanda seja interna seja externa. Hoje a fábrica de Pederneiras (SP) opera com 40% da capacidade”, conta o executivo, segundo quem a Volvo CE quer trabalhar segmentos específicos, assim como faz a divisão de veículos rodoviários.


Fato Concreto

Retroescavadeira JCB 3CX atua na ampliação de porto de granéis líquidos, em Santos (SP)

As indústrias da Baixada Santista já readéquam sua infraestrutura para uma futura retomada dos negócios. Na região portuária de Santos, uma retroescavadeira JCB 3CX trabalha na ampliação de um porto de granéis líquidos, em local onde serão construídos tanques para o armazenamento desses produtos. A máquina foi adquirida recentemente na Automec/ JCB pela Locare Locações, empresa contratada para fornecer os equipamentos para essa obra. De acordo com Ronan Tavares Teodoro, diretor da Locare, atualmente o trabalho está na etapa de fundação e a 3CX é utilizada em vários serviços devido a sua versatilidade. “A máquina é uma espécie de ‘faz-tudo’, seja na etapa de estaqueamento e quebra de pontas das estacas, seja na movimentação de

material, escavação para passagem de tubulações e carregamento de caminhões basculantes que levam material para o bota-fora”, diz ele. A retroescavadeira deve ficar na obra até o final de 2018. De acordo com Teodoro, houve grande interesse por parte da Locare em adquirir a máquina, em razão de dois importantes fatores: as boas condições de negócio viabilizadas pela Automec e o bom desempenho desse equipamento, principalmente no torque e no motor. “Decidimos contratar os serviços pós-venda da Automec para ficarmos despreocupados com as manutenções preventivas e continuarmos com a garantia de fábrica. Para isso, vamos buscar uma negociação viável de valores para os dois lados”, informa o diretor.

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Perspectivas é crescer 100% A Locare Locações é uma pequena empresa com cerca de 20 equipamentos da frota, especializada em locação de equipamentos de movimentação de carga para indústrias e construtoras da Baixada Santista (SP). Teodoro tem pretensões de expandir essa atuação para outras regiões do estado. “Nossa perspectiva de crescimento é de 100% nos próximos três anos, com a ampliação das atividades da empresa”, diz. Segundo ele, a atividade de locação continua promissora já que a tendência do mercado é optar cada vez mais pela terceirização. Embora hoje o valor de locação tenha caído de 20 a 30%, o mercado continua viável, desde que feito de forma profissional e as empresas tenham um modelo eficiente de negócios.


SISLOC, visando aumentar o desempenho comercial das locadoras, lança uma nova ferramenta de gestão A nova ferramenta de gestão da Sisloc Softwares busca auxiliar no alto desempenho da equipe de vendas, sendo fundamental para converter oportunidades de negócio em receita. Vender. Nunca essa palavra foi tão importante como nos dias atuais, para qualquer negócio. Mas sabe-se que fazer uma boa gestão comercial não é uma tarefa fácil, pois envolve várias situações, como a gestão da equipe de vendedores internos e externos, as qualificações de clientes potenciais, entender o que está acontecendo quando se perde uma venda e saber qual das negociações merecem maior atenção. Além disso, muitas empresas ainda lidam com os seus processos de gerenciamento comercial por meio de controles em planilhas de Excel, que devem ser preenchidas pelos vendedores e estes, por sua vez, sentem que estão desperdiçando energia em relatórios que, constantemente, acarretam em erro e retrabalho, tomando tempo no qual deveriam focar em seu principal objetivo, que é vender. Dessa forma, a Sisloc Softwares, que detém uma expertise de 26 anos no segmento de Gestão em Rental, perante a pesquisa de vários cases, apurou necessidades e dificuldades nos processos gerenciais da área de vendas, enfrentados pelos maiores players do mercado de locação e acaba de lançar o Gestão Força de Vendas. Um sistema de gestão específico

para apoiar os gestores comerciais a terem maior controle, mobilidade, reduzir custos e, principalmente, melhorar o desempenho da equipe e aumentar as vendas. Maior mobilidade e controle da equipe de vendas A ferramenta Gestão Força de Vendas facilita a gestão das atividades diárias da equipe interna e externa com os clientes, sendo possível verificar as atividades do dia, pendências e programações futuras, apontamentos de visitas com check-in, check-out e registro fotográfico, além da emissão de propostas e outras funções. Tudo de forma simples e prática, que pode ser feita pelo celular, tablet, computador desktop ou notebook. Aumento da produtividade da equipe de vendas Com o sistema de Gestão Força de Vendas, da Sisloc, é possível fazer o controle dos clientes sem proposta, das propostas em andamento, conquistadas, desqualificadas e perdidas e saber a taxa de conversão de cada etapa do funil de vendas. Além

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do acompanhamento das ligações, e-mails, visitas, reuniões e prospecções, ou seja, uma ferramenta que facilita a rotina dos vendedores e que com poucos cliques e com o menor tempo, inserem as informações no sistema para possibilitar um melhor desempenho. Para os gestores é um instrumento de controle e avaliação da performance da sua equipe para buscar os melhores resultados. Informações precisas e melhores chances de sucesso nas vendas Vender é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento, por isso o sistema de Gestão Força de Vendas disponibiliza inúmeras informações, como os indicadores de desempenho de prospecção, gestão de visitas, oportunidades, atividades, propostas, dentre outros, que contribuem para focar em negociações que ofereçam uma maior possibilidade de sucesso e auxiliar nos resultados mais positivos e rentáveis. Para saber mais acesse: www. sisloc.com


Personalidades

Preparado para os novos tempos de bonança Conheça a trajetória de um dos fundadores do Grupo Orguel, empresa cinquentenária que chegou ao mainstream da construção civil brasileira com diversificação de negócios. O empresário Francisco de Assis Guerras Lages é um dos dois sócios-fundadores das Organizações Guerras Lages (Orguel). O outro é seu irmão, Fábio, que leva o mesmo sobrenome. Fundaram a empresa em 1963, com o intuito de comercializar máquinas para construção, ferramentas elétricas, peças e assistência técnica. Ao longo dos anos, criaram outras nove empresas e são detentores e gestores das marcas Orguel, Locguel e Mecan. Por isso a classificação Grupo antes do nome da empresa. O Grupo Orguel cresceu, aproveitando como poucos o boom da construção civil entre 2007 e 2013. Ainda no ciclo positivo, em 2012, recebeu aporte do The Carlyle Group, que adquiriu parte da companhia. Hoje o grupo internacional não é mais sócio da empresa. Cinquenta e quatro anos depois da fundação, o grupo tem boa parte das suas atividades voltadas à locação de equipamentos para edificação, infraestrutura, indústria, mineração, petróleo e gás. Também destaca a prestação de serviços de engenharia para projetos de acesso,

Francisco de Assis Guerras Lages

elevação, energia, escoramento e formas. Pela experiência cinquentenária no mercado da construção, Francisco Guerra Lages acredita que a atual crise brasileira está no fim e “o desafio é manter-se forte para os próximos tempos de bonança. Atualmente, o empresário estima que os negócios do grupo estão cerca de 20% do que já foram, com leve tendência de crescimento em 2018. Simpatizante do atual governo, ele acredita que a reforma trabalhista, já aprovada, e a da previdência, ainda em trâmite, são passos importantes para a competitividade do país, e que ajudarão “nesta nova etapa de ascensão”. Pensando em uma fala rápida e concatenada, recheada de boa memória e humor necessário de alguém que jura não ter pretensões políticas a cargos públicos, a Revista Brasil Construção o convida, nesta entrevista, a conhecer o presidente do Conselho Administrativo e sócio-fundador do Grupo Orguel.

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RBC – O senhor e o seu irmão, Fábio Guerras Lages, fundaram a empresa na década de 1960 com qual objetivo? Francisco Guerra Lages: Estávamos contagiados pela era Juscelino Kubitschek. Queríamos contribuir com o desenvolvimento do país, montando o nosso próprio negócio, visto que naquele tempo o Brasil vivenciava as grandes obras realizadas pelo então presidente. Com isso, começamos a acompanhar um tio, que fazia serviços de conservação predial. Depois montamos a nossa própria empresa com esse mesmo objetivo e tivemos como primeiro cliente um grande edifício em construção em Belo Horizonte. Foi difícil, dada a inexperiência empresarial, mas tivemos sucesso. Continuamos fazendo serviços gerais de construção, incluindo raspagem e aplicação de sinteco em pisos de madeira. Paralelamente, meu irmão trabalhava em uma distribuidora de equipamentos. Com o tempo, recebemos a oferta de assumir a distribuição dessas máquinas e foi então que as Organizações Guerras Lages (Orguel) absorveu o DNA de equipamentos para construção civil. RBC – Que tipos de equipamentos? Francisco Guerra Lages: Na verdade, começamos com a distribuição de materiais para construção. Eram os mesmos que usávamos para os serviços de conservação predial. Ou seja, passamos a distribuir insumos para os nossos próprios concorrentes. Depois é que montamos a primeira filial e iniciamos a representação de equipamentos. Fomos desenvolvendo com a representação e distribuição de grandes marcas como Agrale e Dynapac. Até que decidimos começar com a fabricação de andaimes, elevadores a cabo, máquinas

para corte de concreto, guinchos e escoramentos, surgindo assim a fábrica da Mecan. A fábrica tomou corpo e passamos a produzir outros equipamentos como elevadores de cremalheira, andaimes multidirecionais e outros. Além da fabricação e venda, disponibilizamos esses mesmos equipamentos para locação. Apostamos no processo de desenvolvimento industrial de alto nível, sempre buscando agregar tecnologia com base em experiências bem-sucedidas no Brasil e no exterior. Aliás, quando me perguntam o segredo do nosso sucesso, eu sempre o crédito à busca incessante pela vanguarda tecnológica, além, óbvio, da competência e motivação das pessoas envolvidas. Acredito que isso nos confere qualidade e diferencial competitivo e, para alcançalos, visitamos fabricantes no exterior e participamos de diversas feiras internacionais. RBC – Essa estratégia conferiu avanço até a venda de 25% da empresa para um gestor global de ativos, o The Carlyle Group, em 2012. De lá em diante, o que houve? Francisco Guerra Lages: Antes mesmo disso, fomos agregando produtos para valorizar a nossa oferta ao mercado. Um exemplo foi quando assumimos a representação da multinacional Safway para a comercialização da tecnologia Quikdeck no Brasil. Esse é um Sistema de Acesso Suspenso, que é configurado de forma prática para criar uma área de trabalho com alta capacidade de carga em pontes, viadutos, grandes fachadas e plataformas de petróleo. Criamos outros negócios também, como uma empresa de loteamento, entrando no ramo imobiliário. E nesse espírito empreendedor foi que iniciamos a comercialização de plataformas aéreas e

Foto área da fábrica do grupo Orguel

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Personalidades RBC – Em quanto reduziram os negócios com a crise? Francisco Guerras Lages: Nada muito diferente do mercado geral e não tenho esse número exato ainda. Mas estimo que temos hoje cerca de 20% do volume de negócios que chegamos a ter no pico, em 2012-2013. RBC – O senhor avalia que houve euforia ou superdimensionamento no mercado de plataformas aéreas e de construção no geral entre 2007 e 2013? Francisco Guerras Lages: Não houve euforia ou superdimensionamento. Muito pelo contrário. Falase do nosso avanço ao alcançar o pico geral de 7 mil plataformas aéreas vendidas em 2013, por exemplo. Mas, comparativamente a países desenvolvidos, isso não é nada. Nos EUA vendem-se mais de 500 mil por ano. Por esse hiato é que acredito em um novo – e maior – ciclo de crescimento para equipamentos no Brasil. E o viveremos tão logo a economia entre nos eixos, como está começando a entrar.

grupos geradores, aproveitando o boom da infraestrutura da última década. Sobre a sua pergunta, a concorrência cresceu muito nos últimos anos. Só de profissionais que saíram do Grupo Orguel e montaram sua própria empresa foram mais de 50. Essa disputa foi nos direcionando para atender também o varejo, onde passamos a ser “indutores” de locação da linha leve, como ferramentas elétricas, rompedores hidráulicos, compactadores, andaimes, betoneiras, bombas de concreto estacionárias e compressores de ar portáteis. Fomos bem-sucedidos na lida com a concorrência, até chegar a crise que nos assola desde 2014. RBC – Voltando à época do investidor internacional, o Grupo Orguel falava em chegar a 81 filiais (chegou a ter 75, em 2012) e demonstrava determinação para alcançar novos crescimentos. Como foi desse período até hoje? Francisco Guerras Lages: A crise dos últimos anos exigiu mudanças. A principal delas foi a de unirmos operações, reduzindo para 12 o nosso número de unidades nas principais praças do Brasil. Aproveitamos para tornalas mais robustas e profissionais. Nesse meio tempo, o Grupo Orguel recomprou as ações do The Carlyle Group, permitindo que os acionistas retomassem o controle completo da empresa. Hoje estamos preparados para a retomada do crescimento.

RBC – O senhor demonstra bom envolvimento político, inclusive com participações ativas em entidades de classe. Como avalia o cenário atual e o quão diretamente ele influencia no setor de equipamentos? Francisco Guerras Lages: Influencia completamente, pois aqui os grandes investimentos em construção e infraestrutura ainda são feitos pelo poder público, o que está mudando lentamente. Sobre a questão política, defendo que não é hora de mexer em nada. O judiciário não tem de mexer no executivo e legislativo agora, pois está em jogo o andamento do país. Precisamos aprovar as reformas propostas pelo governo Temer rapidamente para termos outro patamar de desenvolvimento. RBC – Sobre ruptura e colisão com judiciário, o senhor pensa o mesmo sobre o governo anterior, de Dilma Rousseff? Francisco Guerras Lages: Não, de forma alguma. Aquela era outra situação que precisava ser mudada. RBC – O senhor tem pretensões políticas? Francisco Guerras Lages: Risos. Não para cargos públicos. Mas sou atuante em sindicatos e associações de classe.

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Concretagem Produtiva

Como Trump pode afetar a indústria cimenteira dos EUA .............. * Por Rodrigo Conceição Santos ............... A política de Donald Trump pode ser o fiel da balança para o mercado cimenteiro norte-americano. O país vive o início de um ciclo de crescimento na construção civil e as atitudes do presidente, tanto no que tange a política anti-imigração quanto no que diz respeito ao plano de US$ 1 trilhão de investimentos em infraestrutura, podem apoiar ou prejudicar esse avanço. É o que avalia a America’s Cement Manufacturers (PCA), entidade que representa a indústria cimenteira dos Estados Unidos e que acompanha de perto os índices

do setor. Vamos aos dados: 2018 deve ser o terceiro ano consecutivo de crescimento acima de 2% no consumo de cimento Portland nos Estados Unidos. A projeção da PCA é que neste ano o aumento será de 2,6% sobre 2017. Em condições normais de temperatura e pressão – como gostam de ponderar os engenheiros – esse ciclo de crescimento deve se estender até 2030, garantindo que os patamares de consumo ultrapassem o nível recorde de 120 milhões de toneladas consumidas

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em 2006. Em 2017, para efeito de comparação, o consumo não chegou a 100 milhões de toneladas. “Os investimentos em construção coincidem com o momento econômico do país, que está em ascensão, com baixo desemprego”, diz Ed Sullivan, vice-presidente sênior e economista chefe da PCA. “Em pouco tempo, portanto, deveremos chegar naturalmente a um cenário de escassez de mão de obra e inflação dos preços do setor. Se as políticas anti-imigração avançarem, essa situação pode ser agravada significativamente”, avalia.


Concretagem Produtiva Esse é o primeiro aspecto pelo qual ele rechaça o cerco anti-imigração, marca eleitoral de Trump. Com menos mão de obra disponível, agravaria-se a crise que já se avista. “Essa política ainda pode prejudicar o crescimento das obras residenciais, com menos população necessitando de novas moradias”, diz ele, acrescentando que o ainda frágil mercado imobiliário norte-americano, após a crise de 2008, não pode representar um novo problema para o setor de concreto. Isso porque, em representatividade, mesmo frágil o mercado imobiliário é responsável por 43,5% do volume de construção no país. E a maior parte pertence a populações ascendentes, onde principalmente os latinos, têm forte representatividade. Eles são, aliás, culturalmente favoráveis ao concreto, o que ajuda também na briga desse mercado com outros concorrentes (veja mais a seguir). Se por um lado a falta de mão de obra é um problema futuro, a manutenção da alta empregabilidade é uma atenção atual para a PCA. E nesse aspecto ela traz mais um dado a favor do mercado que representa e contra a política

anti-imigração de Trump: “para cada milhão de tonelada que o concreto perde em market share, 5,5 mil postos de trabalho relacionados são desativados”.

Política favorável Nem tudo que vem da PCA, contudo, é crítica ao governo. Sullivan não titubeia no apoio ao plano de US$ 1 trilhão de dólares de investimento em infraestrutura. No detalhe, esse projeto pode ser bastante favorável para a indústria cimenteira norte-americana, já que o maior aporte deve ser destinado a obras rodoviárias, onde as pistas de concreto compactado a rolo, pontes, galerias e viadutos terão forte utilização de concreto. “O governo projeta que 48% desse recurso seriam para obras rodoviárias, enquanto outros 18% ficariam divididos entre obras de aeroportos e transporte público, ambos com alta taxa de aplicação de concreto também”, diz Sullivan. Essa projeção de investimento faz com que, no cenário geral, a expectativa da PCA seja positiva, de modo que, mesmo com algum destempero do presidente, o setor da construção deva crescer nos

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Estados Unidos nos próximos anos. A expectativa é que, além dos 2,6% estimados para 2018, outro crescimento de 4,5% de deva ocorrer em 2019 e mais 6,4% em 2020. “Quem sabe alcançamos o pico registrado em 2006 muito antes do prazo conservador, que é 2030”, diz Sullivan adiantando que nesse caso o desafio passa a ser o ganho de market share.

Concreto x Madeira O wood frame tomou de assalto a preferência dos norte-americanos e ganhou market share do concreto. Em 1992, a mistura com cimento tinha mais de 30% do mercado de construção norte-americano. Hoje, não chega a 20%. Já as estruturas de madeira, que tinham 7% há 25 anos, hoje têm quase 40%. Nessa briga, tudo pesa, e a política anti-imigração aparece mais uma vez com destaque. Afinal, para os latinos, a construção em alvenaria é mais comum, e isso influencia no modo em que constroem, mesmo morando em outros países. * Rodrigo Conceição Santos, publisher do InfraROI e líder da reportagem da Revista Brasil Construção, foi convidado pela organização do World of Concrete para cobrir o evento em Las Vegas.


Setores que mais constroem nos EUA

As obras de infraestrutura têm a menor representatividade no cenário atual de construção nos Estados Unidos. Com o pacote de infraestrutura de Trump, acredita Ed Sullivan, isso deve mudar, mas só a partir deste ano, já que historicamente os governos não investem sequer 10% do necessário durante o primeiro ano de mandato. Em 2017, por exemplo, foram aplicados apenas 5% dos recursos previstos como necessários pela PCA. Construção Residencial: 43,5%

Hospitais: 7,2%

Para Educação: 17%

Industriais: 5,8%

Hoteleira: 12,5%

Infraestrutura: 3,5%

Escritórios: 7,4%

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Mineração

Sob nova direção, Astec busca crescimento de dois dígitos ............... Por Rodrigo Conceição Santos ...............

Entenda detalhes da escolha de José Rogério de Paula e Silva como diretor geral da empresa no Brasil. O anúncio de que José Rogério de Paula e Silva assumiu a direção brasileira da empresa norte-americana Astec circulou nos últimos dias sem trazer a informação principal: por quê? A reportagem do InfraROI e da Revista Brasil Construção foi entender e em entrevista exclusiva o executivo ex-

plicou a clara meta de fazer a operação brasileira crescer acima de dois dígitos anualmente. Isso vale já a partir de 2018, e há táticas definidas para a operação. A primeira é confirmar a fábrica de Vespasiano (MG) como polo exportador para a América Latina e outros países. Na ava-

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liação do executivo, o bom momento da economia mundial, com os principais mercados prevendo crescimento e investimentos em infraestrutura, permite a diversificação de prospecção e negócios para contrabalançar a economia brasileira. “No mercado local, a tendência também é de crescimen-


Para José Rogério Silva o bom momento que vive a economia mundial permite a prospecção de novos negócios

to daqui em diante”, diz. Construída em 2015, a fábrica brasileira da Astec estaria pronta para criar produtos de alta tecnologia de peneiramento e britagem, assim como de asfalto e pavimentação, segundo José Rogério Silva. “Está alinhado com nosso plano de atender aos mercados

brasileiro e internacional de forma inteligente, sabendo, por exemplo, que levar a produção de brita para próximo das obras é um diferencial competitivo para os nossos clientes”, salienta ele. Como consequência dessas ofensivas, o executivo avalia que a exposição da marca Astec tende a aumentar. “Estamos ganhando market share, aproveitando principalmente as brechas deixadas por concorrentes que tiraram sua estrutura de britagem e peneiramento do mercado nacional”, diz ele. “Estamos rumo à liderança desse setor e será cada vez mais comum encontrar equipamentos da Astec nas pedreiras e outras linhas de britagem”, defende. José Rogério Silva é um executivo experiente no mercado de mineração, tendo atuado pela maior parte da sua carreira de mais de 30 anos em mineração, “do ou-

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tro lado da mesa”, como ele próprio define. Engenheiro de Minas formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com mestrado no setor cursado na Inglaterra, o executivo iniciou carreira na exploração de ouro da Rio Tinto e em seguida trabalhou em mineradoras no Reino Unido e em Portugal. Teve um novo período no Brasil, em desenvolvimento e implantações de minas da MBR, até que a empresa foi adquirida pela Vale e ele passou a gerenciar operacionalmente a mina de Carajás (PA), onde atuou por quatro anos. “A mudança de cliente para fornecedor ocorreu no início desta década, quando fui convidado à diretorial geral da Esco, onde obtivemos sucesso na criação de quatro novas fábricas, além da gestão da já existente fábrica em Betim (MG)”, lembra ele. “Por essa atuação e experiência internacional, fui convidado à vice-presidência da Esco para as Américas, cargo que ocupei por 18 meses com sede nos EUA”, completa. O passo seguinte foi voltar ao Brasil por questões pessoais e dirigir a América Latina, até a saída da Esco em 2016 para condução de sua própria empresa, focada na compra e venda de atividades minerais. “O convite da Astec ocorreu enquanto eu tocava a minha empresa – que continua em atividade. Aceitei o desafio por já conhecer a qualidade dos equipamentos da marca e pela proposta arrojada da empresa para o Brasil. A educação, cordialidade e profissionalismo do board mundial da empresa também me seduziram”, conclui o executivo.


Capa

“Retros” só no nome Desempenho de vendas superior ao da linha amarela e aumento das vendas para o agronegócio mostram como a retroescavadeira continua sendo preferência nacional. .............. Por Rodrigo Conceição Santos ...............

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Capa O mercado de equipamentos da linha amarela teve uma queda significativa entre 2013 e 2017. O volume anual vendido passou de 33 mil para 8 mil unidades/ ano, o que significa uma redução de 70%. No nicho de retroescavadeiras, a redução foi de 58%, atingindo a comercialização de 2,1 mil unidades no ano passado. Os números mostram uma realidade do mercado brasileiro: as retroescavadeiras “sofreram” menos que o mercado geral de equipamentos para movimentação de terra e hoje representam mais de 25% dessa indústria. Na dúvida, o brasileiro opta pela retroescavadeira em função de características como a versatilidade e capacidade de locomoção própria nas cidades. Também há o outro lado da moeda. A aplicação desses equipamentos em processos onde outros seriam mais produtivos, como acontece na Europa e Estados Unidos, é um contrassenso. Em função das características peculiares do uso das retroescavadeiras e pelas dúvidas do mercado, a Revista Brasil Construção vem mostrar o porquê, como e até quando a retroescavadeira continuará sendo a preferência nacional. Até hoje não há dúvida da liderança do equipamento na linha amarela. Além das maiores vendas, o parque fabril de retroescavadeiras está superequipado. Gabriel Freitas, especialista de marketing de produto para retroescavadeira e minicarregadeira da Case na América Latina, estima que a capacidade de produção instalada esteja entre 6 e 8 mil unidades ao ano. Isso correspon-

de à quase totalidade das máquinas da linha amarela (todas as linhas) vendidas em 2017. Líder de vendas no ano passado, a fabricante comercializou 571 retroescavadeiras, segundo Freitas. O volume, apesar de baixo diante o potencial do mercado, foi 8% superior ao de 2016 para a marca. Lembrando que o mercado geral de equipamentos teve retração de 3%, fica fácil compreender porque Freitas e sua equipe comemoram. Para 2018, a projeção geral do mercado é boa. O estudo de tendência da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) estima crescimento de 5% para retroescavadeiras e de 8% para toda a linha amarela. A Case compartilha da estimativa, pontuando que as vendas de retros, como são popularmente chamadas, devem crescer menos que de outras linhas.

Retro versus minis Freitas explica que as minicarregadeiras e miniescavadeiras, cujas vendas foram as mais afetadas durante a crise em decorrência da variação cambial, estão com demanda represada e devem ter uma retomada maior agora que o câmbio está estabilizado. A Case, como a maioria dos fabricantes de compactos, importa esses modelos. Para a Randon, outro player importante do mercado, a retomada dos compactos pode ter uma outra dimensão. Atenta ao fato de que as minicarregadeiras e miniescavadeiras ganham mercado das retroescavadeiras no mundo

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desenvolvido já há alguns anos, a empresa começou a fabricar minicarregadeiras no Brasil no ano passado e assume que esse é um projeto para o futuro próximo. Atualmente, a Randon é a única que fabrica minicarregadeiras no Brasil e tem isso como estra-

tégia para sair na frente junto a clientes que estejam substituindo as retroescavadeiras pelas máquinas compactas. A empresa iniciou a produção em 2017, acirrando também a competitividade com seus concorrentes. Afinal, ao fabricar nacionalmente as máquinas na categoria de levante de 680 a 795 kg (peso total de 750 kg), ela pôde vender com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES-Finame). Mais importante ainda: a iniciativa obriga as demais fabricantes a pagar o imposto de importação, pois agora há um equipamento similar sendo fabricado localmente. “As retroescavadeiras tendem a ser substituídas por minicarregadeiras e miniescavadeiras no mundo todo. No Brasil, no entanto, as retros ainda são deter-


minantes pela capacidade de executar vários trabalhos com apenas um equipamento e um operador, além de poder locomover-se pela cidade”, diz Eduardo Dalla Nora, diretor de vendas internacionais da Randon Implementos e Veículos. “A nossa entrada na linha de minicarregadeiras – algo que levou três anos de desenvolvimen-

to – é uma estratégia futura para atender a essa demanda por compactos, tanto no Brasil como no mundo”, salienta ele. No ano passado, a fabricante comercializou 270 retroescavadeiras, com 55% delas absorvidas pelo mercado local. O restante abasteceu principalmente a América Latina. O resultado do segmento, segundo Dalla Nora, foi melhor que o de 2016, em grande parte pelas exportações. “Mesmo assim, sabemos que esse volume está muito aquém do

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que a indústria brasileira é capaz de produzir”, diz o executivo. Roberto Marques, diretor de vendas da divisão de construção e florestal da John Deere, avalia que a competitividade entre retroescavadeiras e os compactos tem explicação multifatorial. Primeiro ele confirma que a ausência de financiamento competitivo (Finame) – pelo fato dos compactos serem, em sua maioria, importados – é um dos motivos da preferência nacional pelas retroescavadeiras. “Ainda há fabricantes que comercializam compactos no Brasil, mas res-


Capa tringiram-se às aplicações onde as dimensões dos equipamentos são determinantes, como espaços confinados e subsolos de edificações”, diz ele. “Por motivos como preço, manutenção e desempenho, as retroescavadeiras são uma melhor opção. Para o futuro, caso o cenário cambial confirme queda do dólar, é possível imaginar que voltaremos a ter um nicho de mercado onde os equipamentos compactos serão mais vantajosos ao cliente”, complementa. A JCB também acredita no potencial do mercado de retroescavadeiras, apesar de ser conservadora quanto ao crescimento

esperado para 2018. Para Ricardo Franceschini Nery, gerente de produtos responsável por retroescavadeiras, manipuladores telescópicos e equipamentos compactos da marca, o país deve consumir o mesmo volume de 2016 neste ano. Ou, em outras palavras, deve crescer 3% sobre 2017. “Mas essa é a nossa projeção para todo o mercado da linha amarela. Se pegarmos o extrato das retroescavadeiras nos últimos anos, perceberemos que as suas vendas vêm caindo proporcionalmente. Por isso não esperamos crescimento para essa linha de produto. Ou, se ele houver, será menor do que o do

mercado geral”, diz. Segundo o especialista, as escavadeiras e pás carregadeiras estão ganhando participação de mercado das retroescavadeiras quando se avalia os compilados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) na última década. “Isso é curioso, pois difere do movimento mundial, no qual as retroescavadeiras são substituídas por compactos”, lembra. “Algo que talvez explique esse movimento é que realmente precisamos de infraestrutura e por isso os equipamentos maiores são mais necessários neste moContinua mento”, completa.

DESTAQUE A Revista Brasil Construção lança o Guia Prático de Equipamentos Retroescavadeiras. Este guia pode ser destacado para utilização nos ambientes de trabalho. Confira outros modelos de equipamentos nas próximas edições.

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Guia de Eq

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quipamentos

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É o fim da 4x2? Mesmo entre os modelos de retroescavadeiras há adaptações que as demandas do mercado imprimem. Os equipamentos com tração somente em duas rodas (4x2), que há pouco mais de 30 anos eram os únicos presentes no mercado, hoje são minoria. “Não há possibilidade de descontinuar a 4x2, mesmo com a queda na demanda, pois ela continua sendo essencial em várias aplicações e até mesmo compondo especificações de licitações”, defende a Caterpillar. Nery, da JCB, lembra que “quem dita a regra é o cliente” e que a maioria das operações de retroescavadeira acontece em escavação (e não carregamento), o que não exigiria a tração nas quatro rodas em grande parte dos terrenos. O especialista lembra, no entanto, que a diferença no valor de aquisição – inferior a 5% – tem

levado os clientes a optarem pela 4x4. Além de mais diversificado, esse modelo possui melhor valor de revenda. A representatividade das 4x2 nas vendas da fabricante no ano passado confirmam a assertiva de Nery: corresponderam a menos de 10%. A proporção foi ainda menor na Case, com a marca vendendo apenas 29 unidades 4x2 entre novembro e janeiro de 2017. O volume representou 1,5% do total de 1953 retroescavadeiras comercializadas pela empresa nos mesmos 11 meses. “Hoje, as traçadas em duas rodas são vendidas a um pequeno grupo de compradores, que conhecem o terreno onde operam e sabem da não necessidade de tração nas quatro rodas”, diz Freitas.

Perfis dos usuários Do mesmo modo que a Case identificou o perfil do comprador de equipamentos 4x2, ela e

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os demais fabricantes empenham estudos constantes para identificar outros perfis e ampliar sua penetração de mercado. O fato de a crise econômica ter afetado as áreas de infraestrutura e construção civil de forma intensa, fez com que os fabricantes da linha amarela ampliassem clientela no agronegócio, onde as máquinas atendem um perfil de operação diferente. Esse processo ainda está em transição e a prova disso foi a presença, em massa, das empresas do setor durante o último Show Rural Copavel. A Volvo e a SDLG, Caterpillar e SEM, Case e New Holland, por exemplo, divulgaram a exposição. Na ocasião, o presidente da Caterpillar no Brasil, Odair Renosto, foi enfático ao declarar que “o mercado agrícola tem potencial para consumir de 20% a 25% da produção de equipamentos da linha amarela. As retroescavadeiras – surpre-


Capa sa – são preferência entre dos agricultores. Multitarefas, elas realizam desde a paletização geral, com implemento de garfo palete, até a preparação de valas de irrigação e escoamento. Também são usadas no carregamento de insumos e alimentos para animais, além do transporte de materiais gerais e preparação de terrenos. Para a Case, o agronegócio já é protagonista. Segundo Gabriel Freitas, o segmento consumiu cerca de 15% das máquinas da linha amarela comercializadas pela fabricante no ano passado. Em algumas regiões – caso do Sul do país – o agronegócio foi ainda mais importante, respondendo por 40% dos clientes. “A retroescavadeira é o grande destaque nesse extrato, pois respondeu por quase um terço

das máquinas vendidas no Sul”, complementa.

Retomada Apesar do avanço do agronegócio, os fabricantes continuam tendo no setor da construção o maior volume de clientes, e é a esse setor que creditam a retomada mais contundente. Atrelado à ele, o mercado de locação merece um capítulo adicional. Os aluguéis chegaram a absorver 30% das vendas de equipamentos da linha amarela entre 2013 e 2014, mas está paralisado, com frota ociosa e sem capacidade de novas compras. Ricardo Nery, da JCB, cita números da Abimaq contextualizando que a representatividade do locador caiu de 22% em 2016

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para apenas 2% no ano passado. Para ele, esse é o claro efeito da reação em cadeia, uma vez que as grandes empreiteiras deixaram de locar equipamentos e as frotas das locadoras ficaram superdimensionadas, o que não justifica a efetivação de novas compras. Nery e os demais especialistas ouvidos pela reportagem acreditam na recuperação do rental, algo que deve ocorrer tão logo a construção civil e a infraestrutura voltem a crescer efetivamente. “Com a tendência de propriedade de bens de capitais migrando para a compra de serviços, acreditamos que as locações irão avançar mais para todos os tipos de aplicações, tanto no setor público quanto no privado”, confirma Dalla Nora, da Randon.


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Com a Palavra: ABCR

Concessionárias de rodovias investem mais de R$ 95 bilhões no Brasil ...................... Por Kátia Siqueira .......................

Fundada em 28 de junho de 1996 com apenas sete concessionárias que respondiam por 0,6% dos 134.626 km da malha rodoviária pavimentada existente naquela ocasião, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) reúne 59 empresas hoje, que atuam em 12 estados brasileiros: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco,

Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Atualmente a malha rodoviária concedida no Brasil totaliza 19.419 km, representando 9,2% da malha total nacional, que hoje tem uma extensão de 210.000 km. Dessa malha concedida, 9.338 km são rodovias federais. Dentre as concessões de rodovias estaduais, o estado de São Paulo lidera, com 5.972 km, seguido pelo Paraná, com 2.723 km, e por Minas Gerais,

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com 371 km. Segundo César Borges, presidente da ABCR as concessionárias têm consciência de seu papel para a promoção do desenvolvimento sustentável do País. “São investimentos de mais de R$ 50 bilhões em obras e mais de R$ 45 bilhões em manutenção, desde o início do Programa de Concessões, em 1995”, contabiliza. Desde o início das concessões, foram gerados cerca de 23


Empresas associadas à ABCR já investiram mais de R$ 50 bilhões em obras e cerca de R$ 45 bilhões em manutenção, desde o início do Programa de Concessões lançado pelo governo federal, em 1995.

mil empregos diretos e 32,5 mil indiretos. A ABCR contabilizou, em 2015, um investimento de R$ 6,662 bilhões nas rodovias concedidas operadas pelas empresas que compõem a associação – aumento de 7% em comparação com o resultado de 2014 que foi da ordem de R$ 6,224 bilhões.

A importância da entidade para o desenvolvimento do setor

Com sede em São Paulo e diretoria regional no Estado do Paraná, a ABCR vem contribuindo de forma relevante para a institucionalização do setor no País, na medida em que atua na defesa dos interesses de suas associadas e no suporte ao aperfeiçoamento do desempenho das empresas. Sua missão é oferecer rodovias em condições adequadas de segurança, fluidez e conforto para os usuários e para o escoamento da produção nacional.

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Dentre seus objetivos estão defender os interesses das associadas de forma compatível com o interesse nacional, promover a harmonia das relações entre as associadas e destas com o poder público, incentivar e colaborar para o avanço tecnológico e operacional das associadas, estabelecer ações coordenadas com outras entidades de classe, promover o intercâmbio com associações empresariais estrangeiras de objetivos similares e


Com a Palavra: ABCR com agências públicas de financiamento e prestar orientação às associadas quanto à interpretação de questões jurídicas e tributárias.

Principais conquistas e benefício do setor Estudo econômico realizado nas concessões de rodovias do Estado de São Paulo constata que a cada R$ 1 pago em pedágio, R$ 2,4 voltam em benefício à sociedade, incluindo retorno em segurança nas rodovias e resultados na cadeia produtiva, além do desenvolvimento econômico e social de municípios lindeiros. Anualmente as concessionárias associadas recolhem cerca de R$ 800 milhões em Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) junto a 881 municípios lindeiros. Borges conta que a pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT) de rodovias 2016 comprova que as 19 melhores rodovias do país são concedidas e que na opinião de 78,7% dos usuários elas são consideradas excelentes ou boas. “Pesquisa de satisfação conduzida pela nossa entidade em 2016 constata que 64,4% dos usuários estavam satisfeitos com os serviços nas rodovias concedidas. Para a ABCR, a conclusão é que as rodovias concedidas são seguras e promovem o bem-estar social”, diz. A ABCR encabeça um amplo debate com todos os stakeholders que participam do setor de concessões, no Poder Legislati-

Cesar Borges, presidente da ABCR

vo, no Executivo e com agentes reguladores, além da imprensa e influenciadores, em uma linha de atuação mais dinâmica e propositiva. A associação reitera o direito das concessionárias de buscar o reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos para que o setor possa retomar os investimentos nas rodovias, estimulando a atividade econômica, gerando empregos e desenvolvimento para as regiões do entorno das rodovias concedidas. A ABCR conta com um grupo de trabalho em Brasília, responsável por toda a interlocução com a União (TCU), Congresso, ministérios, agências etc., que estão na capital federal, nos temas de interesse do setor. Os objetivos incluem acompanhar os fóruns de discussão pública, levantar informações, propor soluções e melhorias para garantir o bom andamento do programa de concessões em todos os seus meandros – contratos, regula-

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ções, licenciamentos e regras, entre outros. “É um importante canal de relacionamento, que em 2016 teve papel essencial, em um período de mudanças e discussões de temas relevantes para o setor”, explica Borges. A associação também é responsável pelo Índice ABCR - indicador econômico, produzido pela entidade em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada, que é referência para a imprensa, bancos e diversos setores, para o entendimento dos reflexos da economia na realidade do brasileiro. Quanto às concessionárias, empresas que realizam a administração das rodovias, no âmbito federal, estadual ou municipal há o comprometimento de investir em infraestrutura das vias para devolver ao cidadão uma autoestrada com serviços de qualidade, segurança, equipamentos de primeira linha e atendimento eficiente.


Perspectivas Para 2018, a ABCR planeja dar continuidade ao debate com os setores da sociedade, defendendo o modelo de concessões em prol do desenvolvimento do Brasil, e dando apoio para que outros estados brasileiros adotem o modelo, melhorando assim sua malha rodoviária. A tendência do programa de concessões, nos próximos anos, deverá se concentrar no atendimento das demandas que virão das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tanto do ponto de vista estrutural como tecnológico, e intensificar a integração do País com uma infraestrutura rodoviária cada vez mais eficiente. “A expansão do programa de concessões para essas regiões representa novos padrões de qualidade de serviços de transporte por rodovias para os usuários, como me foi revelado recentemente por um governante estadual dessas novas áreas atendidas pelo programa federal de concessões”, diz o presidente da ABCR. De acordo com o presidente da ABCR, os programas de con-

cessão federais têm demonstrado a necessidade e a intenção de avançar para regiões centrais, além do Norte e Nordeste do País. Com o lançamento do PIL 2015, estão previstos 11 leilões para a concessão de rodovias, que movimentarão investimentos de R$ 31,2 bilhões em duplicação de pistas, manutenção e outras intervenções – são 4.371 quilômetros de estrada em dez Estados. Há também a perspectiva de integração com a malha federal já concedida e os leilões realizados em 2015. São Paulo, Estado pioneiro na adoção do modelo de concessão, na década de 1990, já prevê para os próximos anos o leilão de quatro lotes, que totalizam 2.217 quilômetros. Há, ainda, a perspectiva de ampliação de mais de 25% da malha estadual nas rodovias concedidas no estado e de 300 quilômetros de duplicação. No modelo paulista, as premissas para o programa em 2016 incluem estrutura de capital composta por 50% capital próprio (governo estadual) e 50% de capital de terceiros (BNDES e emissão de

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debêntures incentivadas, voltadas para outorga), e a decisão da definição tarifária a cargo das concessionárias, com base na determinação dos contratos e na relação custo-benefício compatível com o valor dos investimentos, buscando deságios proporcionais ao teto estipulado para cada contrato. Também se encontra em fase de estudos a introdução de novos programas de concessão nos estados de Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais, além da retomada do programa de concessões pelo Rio Grande do Sul. Para curto e médio prazo, os desafios implicam, principalmente, o fortalecimento do setor de transportes, com a definição das políticas, estratégias, planos e programas de transporte e logística do País, bem como a preparação dos editais de licitação das concessões. Igualmente relevantes serão o aprimoramento da atuação do Legislativo e a capacitação das agências reguladoras, para que se atinjam níveis máximos de isonomia, autonomia e capacitação técnica.


Artigo

Os empregos como conhecemos hoje irão desaparecer? Sim e não. Tarefas repetitivas, manuais ou administrativas não serão mais executadas por recursos humanos. Por outro lado, ganham espaço funções mais analíticas. Por Ingrid Imanishi * O Fórum Econômico Mundial de 2018 discutiu novamente a questão da empregabilidade diante do surgimento e adoção massiva de novas tecnologias. Soluções que até pouco tempo estavam apenas nos filmes de ficção científica, como Inteligência Artificial, veículos autônomos e robôs inteligentes, estão se tornando uma realidade. E a velha pergunta continua a se apresentar: os empregos como conhecemos

hoje irão desaparecer? Sim e não. Os empresários que participaram do evento garantem que as tarefas repetitivas, manuais ou administrativas não serão mais executadas por recursos humanos. Por outro lado, estes recursos poderão se qualificar para assumir funções mais analíticas, aprender a utilizar sua experiência pessoal de forma inovadora e até exercitar características individuais que passarão a ser mais valorizadas.

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Segundo estudo publicado pelos organizadores do Fórum em Davos, só nos Estados Unidos cerca de 1,4 milhão de empregos serão afetados pelas novas tecnologias em 2026. O mesmo estudo assegura que 95% dos trabalhadores mais afetados poderão se realocar ao adequar capacidades e a forma de atuação. Observamos que os empregos estão se deslocando de uma área para outra, saindo de atividades


operacionais, onde não existe tomada de decisão, para funções em que a necessidade de análise para o cumprimento de tarefas é imprescindível. A tendência é que as habilidades mais difíceis de automatizar permaneçam como atribuições de recursos humanos e, em alguns setores, sofram uma expansão para entender melhor o problema do cliente, oferecer soluções contextualizadas, promover um diálogo cativante e que gere uma relação de confiança, empatia e encantamento. Nos contact centers, por exemplo, são inúmeras transformações nos últimos anos. Quando surgiram, eles trouxeram mais agilidade e comodidade nas relações com os clientes, substituindo a necessidade do deslocamento físico. O teleatendimento foi uma grande revolução no fornecimento de produtos e serviços. Ele criou estruturas gigantescas de telefonia e funcionários, que tinham um treinamento detalhado em todos os processos da empresa. Neste processo de evolução contínua, o mercado lançou o autoatendimento por meio de URAs, quiosques, terminais, portais web e aplicativos móveis. Tudo para oferecer mais agilidade para o cliente, além de reduzir o custo operacional. Embora as chamadas aos call centers tenham reduzido, a complexidade das demandas aumentou. As operações simples, que antes eram o maior motivo das ligações, já não ocupavam mais o tempo dos agentes, que passaram a tratar muito mais casos de exceção, clientes mais insatisfeitos – muitos enfrentaram falhas em interações anteriores ou a falta de clareza

* Ingrid Imanishi é consultora de soluções avançadas da Nice

nas interfaces construídas para o autoatendimento. Neste cenário, a capacitação e a especialização do agente se tornaram fundamentais. As novas tecnologias como automação no desktop, que consiste em um robô que orienta e automatiza parte do trabalho do operador, a capacidade de aprendizado dos sistemas (machine learning e inteligência artificial), as ferramentas analíticas para criação de modelos preditivos para antecipação de necessidades e demandas compõem o que chamamos de terceira onda da transformação do atendimento ao cliente. O grande objetivo é facilitar todas as tarefas operacionais e repetitivas do agente para que ele possa oferecer um serviço de qualidade, personalizado, acolhedor e eficaz ao cliente, que entra em contato com a empresa por voz, e-mail, chat e mídias sociais. Toda plataforma digital precisa de alguém que entenda o problema e o processo, que conceba a solução, alguém que desenhe, codifique, teste, mantenha, renove e suporte. Processos mudam a todo momento com o

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surgimento de novos produtos e serviços, novas mídias e formas de comunicação. Os algoritmos cognitivos operam em um processo similar ao do cérebro humano, em funções básicas como a identificação de imagens, a categorização de mensagens em texto livre, identificação fonética da comunicação oral e a interpretação de seus sentidos. Mas, também, na viabilização de diagnósticos e resolução de problemas menos triviais. Para isso, os sistemas precisam ter a capacidade de aprender com as interações que processam, por meio do consumo de dados de forma massiva. Este é o grande salto na área de atendimento ao cliente, mais visível ao grande público pelos chats conduzidos por inteligência artificial. No entanto, a tecnologia de IA já é utilizada em sistemas de última geração de tratamento de imagem, voz e análise preditiva, que estão por trás das cortinas do contact center. Assim como a tecnologia se reinventa, os profissionais também terão que mudar o “mindset” para que possam acompanhar as transformações do mercado de trabalho. Além de estarem mais abertos às mudanças, as empresas deverão investir cada vez mais em qualificação e treinamento para descobrir habilidades que serão fundamentais para o negócio. Se a tecnologia pode criar e extinguir empregos, cabe a cada um de nós, como profissionais, gerir a própria carreira. Todos são capazes de adquirir as novas competências que são demandadas pelas organizações protagonistas na era da transformação digital.


Infra IoT

Rio de Janeiro ganha “infovia da telecom

...................... Por Nelson Valêncio .......................

Com 110 km de extensão, a rede metropolitana óptica da MMR vai oferecer locação de fibra apagada, com gerenciamento e manutenção. Segundo a companhia, trata-se do primeiro modelo desse tipo no Brasil. Nesta entrevista, Nelson Lundgren, gerente comercial da MMR Telecom, explica como a empresa se estruturou para o processo e estima que a rede deve estar finalizada ainda neste ano. A operadora também estuda replicar o modelo de negócios para outras regiões do país. RBC – O que é o projeto de infraestrutura óptica da MMR Telecomunicações? Nelson Lundgren (NL) – É um braço para o mercado de telecomunicações, que vai se especializar na comercialização de infraestrutura pronta. A ideia é criar um sistema novo, uma vez que a infraestrutura física é uma barreira de entrada para as pequenas e médias empresas no mercado de massa em telecomunicações. Nossa proposta é um modelo de infraestrutura e

não de telecomunicações: nós construímos a rede e alugamos uma fração desse ativo, mantendo a responsabilidade de manutenção. Não criamos nenhuma barreira de entrada e muito menos de capacidade de serviço. A capacidade que a operadora cliente conseguir iluminar, em termos de fibra óptica, é diretamente proporcional à sua capacidade de investimento. O que o usuário nos paga é a locação e a manutenção da fibra óptica. RBC – Considerando a rede que a MMR está montando, qual seria o valor de investimento que um cliente deixa de fazer? NL: Para instalar uma rede similar, ele teria que desembolsar pelo menos R$ 30 milhões. Em vez disso, aluga e ilumina quantos pares de fibra precisar, com a mesma disponibilidade de infraestrutura ao longo da cidade, dos principais bairros e também dos principais pontos de interesse, a uma fração desse custo. A eletrônica necessária para iluminar a fibra vai depender de

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têm, em virtude de limitação orçamentária, esse tipo de investimento nos seus vetores e agora passam a ter. Elas escapam de um custo de operação (Opex) e passam a ter um custo de investimento (Capex) conosco. Ela pode atuar em pé de igualdade com as grandes operadoras. Microvaletamento agiliza instalação de rede com 45 cm de profundidade. RBC – O valor de R$ 30 milhões é o investimento da MMR na rede? NL: Somos uma empresa cuja raiz é um grupo de engenharia, por isso temos a condição de executar a instalação da rede por menos e é exatamente esse o ganho, essa é a sinergia do grupo. A vantagem para o nosso cliente, o novo operador, é que ele iria gastar R$ 30 milhões em uma rede que ele vai precisar de parte para infraestrutura e parte para vender. Com o modelo que apresentamos, ele pode focar no negócio primário dele e não se preocupar com em rentabilizar a obra que custou muito dinheiro. vários fatores, inclusive se tiver acordo com seu fornecedor de IP internacional que está na ponta da rede (que faria esse processo). Fazendo uma comparação rápida: antes você tinha que buscar alguém para te dar uma poltrona em um serviço de transporte, de uma ponta A a uma ponta B. Agora, nós estamos oferecendo a infovia completa e é você quem determina a capacidade de poltronas, ou seja, sua capacidade de investimento. RBC – Entre os clientes, estamos falando de provedores regionais, caso das ISPs? NL: Sim. Vou um pouco mais além: as médias operadoras não

RBC – Existe algum tipo de modelo de negócios parecido com o de vocês? NL: O que existe é a comercialização de rede apagada, mas nenhum modelo que proponha a neutralidade absoluta de rede que a MMR vai oferecer. Um par de fibra que fornecemos para uma grande operadora é inegavelmente igual ao que disponibilizamos para um provedor de internet. Eu não faço restrição, o preço é o de mercado e o par de fibra é rigorosamente o mesmo. A MMR também não vai iluminar a fibra óptica para atender nenhum nicho de mercado.

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RBC – Como é o projeto da rede e em que fase está? NL: Nós determinamos o desenho da rede analisando, no caso, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo todos os principais pontos de tráfego de telecomunicações e os fomentadores de troca de tráfego, além dos pontos de geração de conteúdo digital. Com isso em mente, planejamos para que a rede passasse por todos eles, formando um grande anel. Na Zona Norte, por exemplo, estamos privilegiando bairros de alta densidade populacional e que sabidamente algumas operadoras móveis não têm infraestrutura e necessitam dela. Quem não tem rede fixa de fibra óptica é escravo de uma infraestrutura de microondas que é limitada na sua capacidade de transmissão. Por outro lado, se existe uma rede, ela pode ser um limitador em função do preço que a operadora cobra ou pela capacidade física dos equipamentos do fornecedor. Nossa proposta é permitir a montagem de uma infraestrutura própria, um backbone metropolitano. RBC – Qual a extensão da rede? NL: São 110 km de extensão em uma rede totalmente subterrânea, sendo que 40 km já foram finalizados. Construímos no sistema de microvaletamento, ou seja, uma vala aberta de 7,5 cm de largura e até 45 cm de profundidade. Em função dessa metodologia, a microvaletadeira ocupa uma faixa de rolagem durante a abertura ao longo do dia e à noite a faixa de rolagem já funciona normalmente. Todo o processo envolve o uso de georradar, o que limita a trajetória e profundidade de cor-


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te. Em função da profundidade, o processo não ameaça as outras redes enterradas, permitindo que sejam lançados três microdutos de 12 mm, além de outros dois de 40 mm, específicos para reserva técnica. O cabo óptico utilizado é o de 144 fibras, que possui 8 mm de diâmetro. Nesse momento, estamos aguardando que a Furukawa homologue o cabo de 288 fibras e 11,2 mm para que ele possa ser adotado na rede. A previsão de finalização da infraestrutura é este primeiro trimestre de 2018. Equipamentos compactos, como miniescavadeiras, favorecem construção do anel metropolitano de 110 km de extensão. RBC – O fato de o mercado de infraestrutura ter reduzido a velocidade influenciou no projeto? NL: O mercado de infra-estrutura suspendeu os investi-mentos em virtude da crise, mas, em contrapartida, o mercado de atendimento ao cliente final só cresce. O usuário de banda larga demanda mais e mais velocidade e o pequeno e médio operador se vê limita-

do na questão financeira, pois o aumento de capacidade de banda larga é igual ao aumento de preço. Os provedores regionais precisam melhorar o custo benefício da banda larga para o assinante final. Quando analisamos essa equação desequilibrada, pensamos que a maneira de equilibrá-la é oferecer um preço fixo de banda larga para o mercado. RBC – Quanto tempo vocês gestaram o projeto? NL: Desde 2016 o Marcelo Fonseca, que é o nosso diretor geral, vem amadurecendo e trabalhando as variáveis de construção, elementos necessários para garantir aquilo que se tinha como objetivo na rede pronta. Cumprida a etapa inicial, começamos a construção em 2017. InfraROI – Um detalhe importante, a MMR vai gerenciar a rede? NL: Vamos entregar a infraestrutura 100% gerenciada, inclusive com fibras de serviço, ou seja, de uso da MMR. Vamos acoplar equipamentos que fazem a leitura continuada de todo o anel metro-

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politano e, à medida que se tenha qualquer variação no monitoramento, haverá o alarme da localização do incidente. Na verdade, seremos uma operadora de infraestrutura que gerencia sua rede. As nossas equipes de manutenção são próprias, então temos capacidade para monitorar e antever um problema antes de uma ruptura de fibra óptica, por exemplo. E se houver uma variação na leitura de atenuação da fibra óptica, conseguimos disparar uma equipe de manutenção para o local e averiguar o que está acontecendo. RBC – A MMR atua como contratada de alguma operadora? NL: Também podemos fazer. Imagine uma operadora que tenha como cliente um grande condomínio. Ela pode contratar a MMR para a construção de uma ramificação entre nossa rede e o acesso ao condomínio. Uma vez construída, essa infraestrutura é da operadora e ela continua a usar o backbone da MMR para a conexão de seu cliente final.



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Centro Oeste ganha mais fibra óptica de pequenas operadoras

Além do aumento da demanda de banda larga, os provedores regionais do Centro Oeste estão migrando de tecnologias de rádio para fibra óptica, o que abre um leque de possibilidades de negócios para os players de redes.

Dada a disparidade populacional no Centro Oeste – com poucas cidades acumulando muitos habitantes e muitas outras com poucas pessoas por k² – a região tem se demonstrado cenário propício para o avanço

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dos provedores regionais de telecomunicações. Primeiro porque as grandes oportunidades estão onde as grandes operadoras de telefonia não atendem. E depois porque a alta demanda gera concorrência, e a concor-


rência impulsiona a adoção de tecnologias melhores. Isso ocorre desde 2015, quando apenas 2% dos acessos à banda larga promovidos por provedores regionais eram feitos por rede de fibra óptica na

região. No ano seguinte, esse número dobrou, e a expectativa é que tenha ocorrido crescimento semelhante em 2017, ano sobre o qual a Anatel ainda não consolidou os dados. O setor de telecomunicações está atento ao movimento positivo da região e mostra disso é o evento Abrint na Estrada, já datado para abril, quando mais de 200 provedores regionais devem reunir-se em Goiânia. “Há dois direcionamentos extremamente positivos no Centro Oeste. O primeiro é o aumento da demanda por banda larga, o que fez, por exemplo, 117 e 85 empresas tirarem licença SCM para prover banda larga na região em 2015 e 2016, respectivamente”, diz Rafael Martins, Coordenador Comercial da Redex Telecom, com base em números da Anatel. O segundo bom aspecto elencado pelo especialista é a migração de redes de rádio para fibra óptica na última milha (FTTx). Isso, segundo ele, é decorrente da competividade, que o mercado aquecido começa a empregar na região. “As redes em fibra óptica oferecem uma infinidade de diferenciais competitivos para os provedores de internet, e isso gera valor dentro de um mercado competitivo e no qual o assinante está mais exigente”, salienta ele.

Tocantins, a BR Distribuidora acaba de fechar parceria com a empresa, passando a representa-la desde o primeiro dia de fevereiro. “Junto aos distribuidores, a Redex está investindo R$ 2,5 milhões em estoque e disponibilidade técnica. A nossa estratégia é levar a eles as tecnologias de ponta mais importantes para fusão e certificação de rede de fibra óptica no Centro Oeste”, diz Martins. Entre os equipamentos disponibilizados para a região ele destaca as máquinas de fusão, OTDRs e splitters ópticos. “Em breve iremos agregar caixas de terminação óptica (CTOs) também”, completa ele. Para o segundo semestre, a empresa organiza um Road Show, a ser realizado na sede da BR Distribuidora em Palmas (TO). “Enquanto isso, estamos atuando fortemente no mercado de fibra óptica desses estados para demonstrar todo o nosso potencial técnico. Inclusive a agilidade de atendimento no pós-venda, no qual garantimos devolver reparados os equipamentos dos nossos clientes em até 72 horas”, conclui Martins.

Na vanguarda Com base nessa leitura de mercado, a Redex formatou duas parcerias para atender provedores na região. Em Goiás, a Nova Teleco representa a Re-

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dex desde o ano passado. No

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Redex suporta crescimento de telecom no Nordeste Empresa dobra estrutura de atendimento comercial, investe em novo CRM e amplia estrutura logística buscando ampliar em 100% os negócios com provedores de telecomunicações na região em 2018. A Redex Telecom, distribuidora e fabricante de soluções para telecomunicações, está atenta ao mercado nordestino, onde os provedores de internet ampliam exponencialmente suas redes. De acordo com dados da Abranet, mais de 30% dos municípios do Nordeste obtêm internet de alta velocidade através de pequenos provedores, sendo que 80% dessas empresas estão em cidades com mais de 30 mil habitantes e com projetos de ampliação contínua de redes de fibra óptica. Na avaliação de Rafael Martins, Coordenador Comercial, da Redex, a alta demanda tem elevado o nível de exigência dessas empresas, que procuram cada vez mais por produtos de qualidade homologada pela Anatel. “Participamos, no ano passado, do Mikrotik User Meeting (MUM), realizado em Maceió e com mais de mil provedores presentes. Foi a ocasião ideal para validarmos a nossa percepção de que o mercado nordestino de provedores de internet está em plena ascensão e procurando por soluções que otimizem resultados e reduzam custo operacional a

curto, médio e longo prazo”, diz Martins. Para ele, o sucesso obtido pela mini máquina de fusão XFS, recém-lançada pela X-Fibers e comercializada pela Redex, é a principal demonstração da pujança desse mercado no Nordeste. “Fomos ao Mikrotik com uma oferta diferenciada desse equipamento, permitindo o parcelamento em 12 vezes diretamente com a Redex e ainda garantindo o melhor preço do mercado. E isso foi convertido em tremendo sucesso de vendas e de credibilidade junto aos provedores locais”, diz o especialista.

Estruturação válida Segundo Rafael Martins, os resultados colhidos no mercado nordestino de telecomunicações são fruto do investimento da Redex no atendimento nacional a provedores regionais e reflete a pujança desse setor em todas as regiões do país. A empresa, cujos negócios com provedores regionais cresceu 120% em 2017 e deve ampliar em mais 100% neste ano, estruturou uma área dedicada a esses clientes no início de 2017 e reformulou o sistema de CRM

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para melhor classifica-los no atendimento de cada compra. “Para 2018, estamos dobrando a equipe de vendas para esse mercado, além de investir em uma maior estrutura logística para garantir que os nossos clientes recebam suas compras em, no máximo, quatro dias úteis”, diz ele. Com um novo site voltado à disseminação de conteúdo informativo e técnico a respeito dos equipamentos para redes de telecomunicações, a Redex também lançará o e-commerce no segundo semestre de 2018, otimizando a compra de produtos e serviços. “Essa será a última etapa de atendimento multiplataforma para provedores regionais, que hoje já contam com canais exclusivos de vendas por Whatsaap e Facebook”, diz Martins. “Coroamos esse atendimento com a disponibilidade de cursos gratuitos sobre tecnologias para desenvolvimento dos provedores regionais. O primeiro, tratando de desmistificar o OTDR, ocorreu em dezembro na sede da Redex em Barueri (SP) e 2018 terá uma agenda cheia de novos cursos em vários estados e sobre vários temas”, conclui Rafael Martins.


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Skylane Optics negocia compra da brasileira BrPhotonics .............. Por Nelson Valêncio ............... A filial brasileira da Skylane Optics, única fabricante de transceptores ópticos no país, está a um passo da aquisição da operação da BrPhotonics, empresa focada em dispositivos avançados de alta velocidade para redes ópticas e também transceptores integrados. A sinergia entre as duas companhias é clara, sendo que a fabricante europeia amplia sua presença no mercado de transceptores para um nível de maior capacidade. Hoje, o foco da fabricante belga são dispositivos em nível de rede de acesso. A decisão da compra ocorreu no fim de fevereiro, quando a norte-americana Integrated Device Technology (IDT), atual dona da BrPhotonics, deu a resposta oficial. Com a aquisição, a Skylane Optics reforça sua operação local, que apresentou um crescimento de vendas de 63% em 2017, superando a expectativa inicial de 50%, puxada pelo atendimento dos provedores regionais de telecomunicações, os chamados ISPs. Segundo Rudinei Santos Carapinheiro, diretor para desenvolvimento de negócios da empresa e principal executivo no Brasil, a corporação vê como ativos positivos da BrPhotonics o alto nível dos pesquisadores associados e as várias patentes de desenvolvimento na área óptica. “Estamos

falando de tecnologias avançadas, com forte apelo em nível global e cujo mercado deve estar amadurecido nos próximos dois anos”. De acordo com ele, a compra também manteria ativo o desenvolvimento de alta tecnologia no Brasil, inclusive as parcerias com várias universidades locais. Carapinheiro não adianta valores, mas explica que todos os ativos da BrPhotonics estão sendo analisados pela área financeira da Skylane Optics e que existe um apoio institucional dos órgãos oficiais ligados ao setor. Pesa a favor da proposta o interesse da atual controladora, a IDT, em não manter as operações no Brasil, adquiridas com a compra da GigPeak (anteriormente

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GigOptics). Com ou sem a empresa brasileira, a Skylane Optics prevê repetir os níveis de crescimento em 2018, principalmente pela oferta nos provedores regionais das regiões Nordeste e pelo incremento desse mesmo tipo de empresa no Centro-Oeste. O fato de estarmos em ano eleitoral igualmente pesa positivo. Para atender ao mercado pulverizado dos provedores regionais, Carapinheiro destaca que a companhia investiu em estoque estratégico e na logística desenvolvida com a empresa aérea Azul, cujo hub estratégico está em Campinas, mesma sede da fabricante. Com o acordo, a Skylane estaria apta a entregar componentes em até 12 horas.


PUCRS e Huawei renovam parceria com foco em IoT Convênio envolve formação de profissionais e projetos na área de Internet das Coisas

A colaboração entre a fabricante chinesa de soluções de telecomunicações e a universidade gaúcha ganhou força em 2016 com a criação do Smart City Innovation Center PUCRS Huawei. Agora, as duas avançam mais um passo. “O objetivo é formalizar a união de esforços na formação de pessoas para planejar, desenvolver e implantar projetos que utilizem o conceito de Internet das Coisas (IoT)”, diz o documento oficial divulgado pela multinacional. Com a expansão do convênio, a PUCRS passa a oferecer um curso de extensão em Internet das Coisas com certificação Huawei. O esforço da empresa asiática não está limitado à PUCRS e ela pretende capacitar 40 mil pessoas em todo o Brasil até 2019, o que

inclui parcerias com outras instituições. Uma das estratégias para alcançar a meta, segundo ela, é a aproximação com as universidades e com lideranças governamentais. Até 2017, a empresa já havia capacitado mais de 28 mil pessoas. Para Fabiano Hessel, coordenador do Centro da PUCRS, a estrutura inaugurada em 2016 despertou o interesse de empresários e gestores públicos pela possibilidade de transformar cidades em lugares mais adequados às necessidades do cidadão em áreas como saúde, segurança, educação, agricultura e mobilidade urbana. “A partir da interação com os diferentes setores da sociedade, percebemos a necessidade de preparar recursos humanos

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para atuar nesse novo mercado. Em 2017, em parceria com a Huawei, formamos 95 pessoas”, conta Hessel. O Smart City Innovation Center Huawei PUCRS tem como missão auxiliar cidades e indústrias a entenderem os desafios relacionados aos projetos de Cidades Inteligentes e Internet das Coisas e a propor soluções possíveis e viáveis de serem implementadas. Isso ocorre por meio de apoio na identificação do time-to-market: as prioridades, o modelo de negócio a ser aplicado e como gerar valor e informação. Com isso, é possível entregar dispositivos que facilitem a vida das pessoas em uma plataforma de comunicação confiável e acessível, permitindo integrar diferentes atores.


Tech IoT

Embratel e T-Systems fecham parceria para IoT no Brasil Com o acordo, a subsidiária da Deutsche Telekom torna-se uma operadora de rede móvel virtual (MVNO) O foco é a oferta de conectividade de Internet das Coisas (IoT) no mercado brasileiro, mais exatamente o IoT Service Portal, serviço já disponibilizado pelo Grupo Deutsche Telekom, dono da T-Systems, em outros locais, inclusive Europa, Estados Unidos e China. Na prática, a T-Systems Brasil vai utilizar a rede da Embratel e da Claro, tornando-se uma operadora móvel virtual (MVNO), ou seja, uma empresa que atua como operadora sem ter uma infraestrutura física própria. O IoT Service Portal permite a operação e controle, em tempo real, de comunicações máquina a máquina (M2M): os usuários podem monitorar todos os seus cartões M2M com seus corres-

pondentes planos de dados e volumes de transmissão. Exemplo: uma concessionária de energia pode controlar seus equipamentos de campo que contenham cartões M2M embutidos, remota e automaticamente. A empresa que tiver um plano M2M do novo serviço também poderá ativar, bloquear ou desabilitar seus cartões inteligentes M2M e também mudar seus planos de dados e funcionalidades. Para controlar a transmissão de dados, eles podem criar alertas para cada cartão, recebendo notificações automaticamente. O portal é acessível por meio de uma conexão segura e suas funcionalidades podem ser facilmente integradas com ambientes de TI já existentes graças a apli-

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cativos criados pela T-Systems. “Atualmente, toda grande companhia precisa de conectividade para os aplicativos IoT que estão procurando implementar. Certamente, a nossa parceria com a Embratel vai permitir à T-Systems Brasil e ao Grupo Deutsche Telekom trazer serviços inovadores para o mercado brasileiro”, diz Ideval Munhoz, presidente da T-Systems Brasil. “Por meio desta parceria, a T-Systems terá acesso à melhor tecnologia do mercado. Com o suporte da Embratel, ela terá conectividade, disponibilidade e qualidade de rede para suportar as operações de IoT de seus clientes globais no Brasil”, diz Marcello Miguel, diretor executivo de marketing e negócios da Embratel.


Grupo cria iniciativa para ampliar digitalização da construção civil

A construção civil está chegando atrasada ao mundo da digitalização, mesmo em países avançados como os Estados Unidos. Para encurtar o gap em relação a outros segmentos, várias iniciativas estão sendo feitas e a mais recente delas é a Rede Construção Digital, um núcleo de relacionamento, pesquisa e negócios formado por pouco mais de 30 empresas. O grupo inclui desde construtoras tradicionais, fabricantes de insumos para o setor e companhias como a Mega Sistemas, desenvolvedora de plataformas para o segmento. A Rede não é fechada, ou seja, qualquer empresa que potencialmente faça parte do ecossistema pode se integrar

ao movimento, coordenado pelo CTE em São Paulo. Segundo Lucas Freitas, executivo que lidera a área de construção na Mega Sistemas, a ideia é criar o mesmo mecanismo existente na indústria automotiva, onde toda a cadeia produtiva troca experiências e favorece o desenvolvimento de negócios. “Nossa meta é trazer mais tecnologia para a construção civil, incluindo recursos como inteligência artificial e realidade aumentada”, explica. Autodenominado um “evangelizador” de inovações no segmento, Freitas atua há mais de dez anos especificamente aplicando TI em construção civil. Já a Mega Sistemas – que

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nasceu focada no setor há 20 anos – continua tendo o segmento como seu carro chefe. Na avaliação de Freitas, metade da carteira de clientes da companhia faz parte do ecossistema de construção civil, principalmente do ERP que seria o líder de adoção do setor, seja em seu formato completo ou com uso de partes da suíte. “Conseguimos integrar desde informações do canteiro de obras até o processo tributário”, resume o especialista. Freitas lembra que o avanço da digitalização nos canteiros é inevitável e que as tecnologias de TI devem deixar de ser vistas como custo marginal e sim investimento para controlar todo o avanço dos empreendimentos.


Máquinas e Equipamentos

Case demonstra evoluções para tratores autônomos O sistema de copiloto para tratores é uma das apostas de alto nível tecnológico da Case. A fabricante, expositora do World Of Concrete 2018, trabalha na evolução dessa plataforma desde 2014, quando noticiou parceria com a Leica Geosystems. Em suma, o sistema, denominado SiteControl CoPilot, permite que os operadores estabeleçam uma referência de inclinação desejada e detenha automaticamente essa inclinação, sem a necessidade de lasers, prismas ou GPS. E isso, segundo a fabricante, independentemente

das condições do ponto de vista do operador. “Dessa forma, profissionais experientes e menos experientes conseguem terraplanar uma superfície lisa, em declive ou aclive em qualquer área de trabalho”, informa a Case. A partir do momento que o operador estabelece as especificações de inclinação, o sistema ajusta a posição da lâmina automaticamente. Esse processo automático elimina, ainda de acordo com a fabricante, a necessidade de passagens adicionais do trator e o seu consequente reabastecimento, o que reduz

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o consumo de combustível. O sistema é adaptável para toda série M de tratores da marca, e consiste numa unidade interna de medições que mostra informações do equipamento por meio de um visor instalado na cabine. O SiteControl CoPilot vem empacotado num kit chamado iGD CoPilot e também disponível para outras marcas de tratores. Na Case, ele é personalizado em função do histórico de parceria entre as duas companhias, que, aliás, têm como acordo o compromisso com o desenvolvimento de produtos compartilhados desde 2014.


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