BRUTAL #7

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Numero 7 Outubro 2018 Distribuição Grátis

Entrevista ALL AGAINST Moonshade Review Deicide Krisiun Moonshade This Void Inside

Netes número: Iberian Rock Fest / AFIRE / MOPHO / NEW MECANICA / ANGRY NATION / THE BATELEURS / DEATH CHAOS / ANGUERE / BLAME ZEUS


Indice: Numero 7 Outubro 2018 Distribuição Grátis

Ficha Técnica: Propriedade : Som do Rock Administração: Paulo Teixeira. Data: Setembro 2018 Edição online Grátis. Redação/paginação/tratamento conteudos: Paulo Teixeira Conteudos: Som do Rock Colaboradores: Margarida Salgado Cátia Godinho Rafael Catrarino Davi Cruz Colaboração de Conteudos: Hinft WebZine e todos os seus colaboradores

Noticias Pag 02: Iberian Rock Fest Pag 04: AFIRE Pag 05: MOPHO Pag 06: New Mecanica Pag 07: Angry Nation Pag 09: The Bateleurs Pag 10: Death Chaos Pag 11: Anguere Entrevista Pag 12: All Against Pag 16: Moonshade Review´s Pag 18: Deicide Pag 19: Krisiun Pag 20: Moonshade Pag 21: This Void Inside Biografia Pag 22: Blame Zeus

Editorial. No número #7 da BRUTAL Music Magazine, Dedicado ao melhor do Metal Nacional e Internacional, com entrevistas a All Against e Moonshade, reviews e informação diversa sobre o melhor que se faz. Os conteúdos podem ser usados para divulgação em qualquer meio desde que mencionem os direitos de autor e tenham acesso ao original.

Iberian Rock Fest O Iberian Rock Fest terá lugar no próximo sábado, 2 de fevereiro, no La Fábrica de Chocolate Club de Vigo. O novo festival será em Vigo que tenta unir a cena Metal Portuguesa com a Espanhola e tem o nome de Fest ibérico do rock . Um festival promovido pela Metal Em Portugal, tentando levar os grupos portugueses a toda a Península Ibérica. O preço das entradas antecipadas é de € 8, para custar € 10 nas bilheterias. Com Blame Zeus, Scream Soul e Mano de Piedra. Pag


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AFIRE lançaram single “Let Me Be the One” Os AFIRE lançaram “Let Me Be the One”, o

primeiro single do álbum de estréia da banda “On the Road from Nowhere” lançamento a 16 de Novembro pelo Concorde Music Company.

“Let Me Be The One" é uma das primeiras canções que eu escrevi com o nosso cantor Suvi Hiltunen para esta banda. Pode não ser a escolha mais evidente como o primeiro single entre as canções de rock do álbum, mas representa também o lado sombrio da AFIRE, que é

uma parte essencial do que temos para oferecer.” “Let Me Be the One” está disponível nas seguintes plataformas de streaming: https://spoti.fi/2Q4PCWf https://www.deezer.com/us/album/72449592 AFIRE é uma banda de hard rock melódico vin- https://apple.co/2DuD5tR dos de Oulu, na Finlândia. A banda foi formada em 2016 quando a vocalista Suvi Hiltunen jun- Link´s para pré-ordem de compra: tou forças com vários músicos baseados na ci- https://www.levykauppax.fi/artist/afire/on_the_ro ad_from_nowhere/#603456 dade de Oulu, o guitarrista Antti Leiviskä (exPoisonblack, Brussel Kaupallinen), o guitarrista https://www.inverse.fi/shop/catalog/product_info Sami Kukkohovi (ex-Sentenced, KYPCK), o bai- .php?products_id=768 xista Harri Halonen e o baterista Tarmo KanerAFIRE in Facebook: va (ex-Poisonblack). https://www.facebook.com/afiretheband/ O compositor Harri Halonen's fez o seguinte comentário sobre o single “Let Me Be the One”:


MOPHO - O bom Rock Português de volta

envolveu o rock destes cinco rapazes.. Um álbum de sonhos, egos, quedas, ascensões, paralelismos e confrontos onde nos perdemos em planícies irregulares e chamativas. O Rock Português não está nas águas turvas Em 11 faixas intensas na melancolia e bonitas que se diz existirem, está de bom ar e recona construção, o ouvinte será capaz de surgir menda-se, os MOPHO são um exemplo de co- do fundo de si e borbulhar em emoções distinmo se continua a fazer boa música com quali- tas e compactas confrontando-se com o Eu que esconde e enfrentando-o com todas as suas dade e cantada em Português. forças, reconhecendo a importância da liberdade em toda a sua plenitude.. Um caminho lírico real e directo que completa um puzzle de sensações que passa por todas as cores da paleta de tons primários, misturandoos, completando-os, assim como a nós próprios e à sociedade contra a qual remamos. O single de apresentação, “Melancolia”, foi sabiamente escolhido para se tornar um vício. Os Após terem editado o primeiro EP "MOPHO", reflexos que apresenta de uma luz ténue e brique recebeu muito boas críticas por parte da lhante trazem à canção uma brisa suave e palimprensa especializada, o que permitiu a prepável que nos faz estremecer de intensidade. A sença da banda no Festival F onde tocaram ao verdade é que a intensidade, a emoção e a melado de bandas como Carlão, Paus, Linda Mar- lancolia estão presentes no percurso deste áltini, Manuel Cruz e Rita Red Shoes entre oubum, conseguindo, sempre, apresentar uma tros. Em Setembro do ano passado lançaram o verdadeira beleza que só seu primeiro longa duração "Estranho em os Mopho conseguem toldar. mim" pela Last Man Standing Records. Um álbum que representa o rock português em toda a sua magnitude. Fica o alerta de um posPassados 4 anos do lançamento do primeiro sível rasgo de arrepios frios aquecidos por um trabalho homónimo, os algaraconchego melódico extremamente belo vios Mopho regressam agora com um longa aquando da sua audição duração estranho e, ao mesmo tempo, rico em toda a sua essência. Quatro anos carregam o peso da maturidade e da desconstrução de estigmas e círculos transversais de eternos retornos. "Estranho em mim" trata, sobretudo, de um aprofundar da melancolia bonita que sempre


NEW MECANICA ASSINAM PELA EDITORA ITALIANA WORMHOLE DEATH RECORDS

“Vehement“ irá conter 10 temas: 1- A Second; 2- Chronophobia; 3- Lost Paradise; 4- Two Worlds; 5- Reflect; 6- Written; 7- Clouded; 8- Vehement; 9- Never Fade; 10- Journey

Os Portugueses NEW MECANICA, banda de Rock/ Metal oriunda do Barreiro, acabam de assinar um contrato discográfico com a Wormhole Death Records, editora Italiana que New Mecanica: pertence à conhecida Aural Music Group, isto Dinho - Vocais | André - Guitarra | Pepe - Guipara a edição internacional de ‘ Vehement ‘, o tarra | PH - Baixo | Bunny – Bateria seu 3º álbum de originais. ‘ Vehement ‘ será lançado em Outubro do corrente ano e contará ainda com edição assegurada em território Japonês através da Wormholedeath Japan / Space Shower; nos Estados Unidos pela Wormholedeath USA; enquanto que a edição digital estará a cargo da The Orchard (Sony Music Ent.). “Vehement” foi produzido pela própria banda, tendo sido misturado e masterizado no Wrecords Studio, em Lisboa por Wilson Silva (MORE THAN A THOUSAND), e conta com o bem conhecido Fast Eddie Nelson como convidado especial no tema ‘ Clouded ‘.


ANGRY NATION lançam segundo álbum "Embracing The Collapse" Membros antigos ou atuais de bandas como DARKSIDE, DARK LUNACY, DEMOLITION, INFERNAL POETRY, ANTHROPOPHAGUS, WILL´O´WISP, WOLFHEART FEAT. THE MALAVITA ANTISOCIAL CLUB, CITIZEN X, WAVES, BOLOGNA VIOLENTA, BUSHI e muitos mais) uniram-se para gravar o segundo álbum dos veteranos do thrash metal da Áustria, ANGRY NATION. A formação de thrash austro-italiana ANGRY NATION entra no seu segundo turno. Após o álbum de estréia "The Fail Decade", publicado em 2016, os veteranos de metal da Wiener Neustadt na Baixa Áustria Walter Oberhofer (git) e Wolfgang Süssenbeck (voc) lançaram seu segundo álbum a 8 de setembro de 2018 juntamente com seus colegas italianos Alessandro Vagnoni (dr) e Jacopo Rossi (b-git). O som brutal do álbum ressalta a afirmação da amizade desse músico austríaco-italiano. O recém-adicionado J. Rossi já se apresenta de maneira espetacular na segunda música com excelente baixo e enfatiza o jeito da banda com seus baixos consistentemente, uma dança no fio da navalha na linha divisória entre Thrash e Death. Metal. As músicas parecem ser um pouco mais diretas e um pouco mais cativantes do que no álbum de estreia, e a imagem geral é decididamente mais harmoniosa, certamente devido à mistura bem balanceada feita por Alessandro Vagnoni da Plaster Productions, mas também não no último álbum. lugar devido à excelente masterização feita pelo produtor de 360 graus Jens Bo-

gren. Especialmente a composição de W. Oberhofer pode excitar o suspense e está crescendo muitas expectativas, com frases inteligentes e a parte essencial de agressão e sentimento, ele se propõe a cativar o ouvinte. As canções hymnic alternam-se com staccatos de riff ferozes e competem pelo favor do headbanger inclinado. Os ritmos de bateria de A. Vagnoni cobrem todo o espectro da percussão moderna e transportam as cascatas de riffs na maior parte do tempo médio em uma direção direcionada, precisamente no coração do ventilador de thrash metal. Conceitualmente, o quarteto permanece essen-

cialmente fiel às suas próprias raízes. As letras às vezes socialmente críticas e quase anárquicas das músicas também continuam na capa, pela qual o renomado artista de ponta Joachim Luetke é o responsável. Outras participações austríacas são fornecidas pelos dois músicos de Ghidrah, Lukas Kager (dr) e Thomas Fuchs (git), bem como por Alex Kodnar, todos eles enobrecem a música "State Of Deception" com suas habilidades, bem como por a aparição do talentoso Grimmra Noir, que é capaz de criar um destaque brilhante no "Freedom's Origins" com sua performance vocal.



The Bateleurs Um projeto novo com muita experiencia nasceu na cidade de LISBOA

Das costas ocidentais do velho continente, uma trupe de peregrinos se uniu para acender o fogo de uma forma de arte quase extinta hoje em dia: A Música rock'n'roll Uma garota deslocada, nascida no exterior, produto do êxodo dos anos 60 e 70, quando as pessoas fugiram para outras terras para fugir de um país empobrecido, em busca do sonho de uma terra prometida. Criada na brilhante Paris, Cidade das Luzes, por uma família onde Soul e Jazz lançaram as primeiras bases para uma formação musical muito diversificada; regressou a Lisboa na adolescência, para encontrar a rebelião do Rock'n'Roll e o trabalho dos antigos mestres desse ofício; Três músicos veteranos, nascidos, criados e agredidos por um país com muito pouca apreciação pela cultura não mainstream, lutando contra preconceitos profundamente enraizados na sociedade portuguesa, sentindo os artesãos britânicos e americanos como os seus e vivendo partilhando com alguns outros. essa paixão pelo Blues e Rock'n'Roll; Reunidos por acaso, tocando em clubes e bares, a química ficou evidente desde o primeiro dia; As músicas começaram a ganhar vida, e neste tempo de grande progresso e tecnologia, eles fizeram como nos velhos tempos: sem truques, sem truques, apenas pessoas tocando e cantando, e compartilhando o melhor que podiam. O signo do Falcão Bateleur, uma orgulhosa ave de rapina, e os tradicionais malabaristas nas ruas da França medieval, somados ao sabor esotérico do baralho do Tarô, batizaram essa reunião de espíritos com um único propósito.É para todos vocês escutá-los; eles significam o dizem, e a palavra deles é verdadeira


Death Chaos novo álbum “Bring Then To Die” está disponível em várias plataformas digitais O primeiro full-lenght da banda curitibana Death Chaos, “Bring Then To Die”, já se credencia a ser um dos clássicos do Death Metal melódico brasileiro. Quem fomenta a veracidade desta informação é Anderson Frota, um dos principais redatores da imprensa metálica brasileira e que presta serviços para o site Roadie Metal. Em sua análise de “Bring Then To Die”, o crítico afirma que o ano de 2018 findará sem que a sua presença na lista de melhores lançamentos possa ser ameaçada. “O Death Metal do conjunto possui arranjos de guitarra cativantes e melódicos, resultando em músicas com uma pegada próxima do que faz atualmente o Amon Amarth, sem as temáticas vikings, evidentemente. A partir da segunda faixa, “Brutal Death Desire”, irá começar uma brincadeira interessante: você escuta uma música e pensa: “uau, essa deve ser a melhor música

do disco”, para logo depois pensar o mesmo quando chegar a terceira, e a quarta, e assim por diante.” Para quem ainda não conhece a banda formada atualmente por Denir “Deathdealer” (vocais), Júlio Bona e Gabriel Maciel (guitarras), Edson “Mamute” (contrabaixo) e Ueda (bateria) e ficou curioso em ouvir o Death Metal melódico do grupo, o álbum “Bring Then To Die” está disponível nas principais plataformas digitais. Basta seguir um dos links a seguir, a que corresponda a sua plataforma preferida, e constatar o poder de fogo da banda curitibana. Spotify: https://spoti.fi/2DHGfua Deezer: http://bit.ly/2NZmX8A Google Play: http://bit.ly/2NXzucw Shazam: http://bit.ly/2zJWBhS iTunes: https://apple.co/2Ne1h39 https://youtu.be/zSuhaQjp7NE Death Chaos é formado por: Denir “Deathdealer”: Julio Bona: Gabriel Maciel: Edson “Mamute”: Ueda: Bateria

Vocal Guitarra Guitarra Baixo


ANGUERE: Parceria com a Molotov Crew Records.

capacidade de enriquecer culturalmente e transformar vidas apenas injetando cultura. Diretamente de Rio Claro (SP), ANGUERE A apresenta um hardcore cru e pesado como ele deve ser, com letras em português. A banda vem se destacando no cenário com seus lançamentos e também a sua árdua historia no underground, prometendo também um novo trabalho para próximos meses. Ao Vivo Webcast possui quatro faixas: 1.Chacina (Ao Vivo) 2.Matadô (Ao Vivo) 3.Molotov (Ao Vivo)

banda ANGUERE fechou contrato com a Molotov Crew Records para distribuição digital de seu trabalho ao vivo intitulado WebCast. Esse material que esta sendo distribuído pela Molotov Crew Records, contem 4 faixas ao vivo e foi gravado no estúdio FeedBack na cidade de São Carlos.

4.Seu Deus (Ao Vivo) Spotify: https://open.spotify.com/ album/7Eg4zmZmcKtPbgu510emqN https://itunes.apple.com/…/al…/ao-vivowebcast-ep/1436375326

A Molotov Crew é um selo, gravadora e produtora audiovisual independente situada no Rio https://www.deezer.com/br/album/73231722 Grande do Sul que trabalha com diversos estilos musicais como Rap, Hardcore , New Metal , Death Metal entre outros, realizando produção musical em conjunto com gravação, produção de videoclipes, fotografia e produção de shows. A Molotov Crew acredita no poder da música underground e na sua


Entrevista ALL AGAINST Por: Margarida Salgado

Os All Against são uma formação da área de Lisboa cuja inicio ocorreu no ano de 2015, confira tudo nesta entrevista dada ao Som do Rock e realizada por Margarida Salgado. SR: Como que é que a banda começou? Bruno Romão: O início de história de All Against começa com um power trio. Eu, o Cristiano e o Luís, o antigo baixista. Começamos nos finais de 2015 com o André a entrar em contacto connosco e acabando por entrar para a banda em 2016. Depois tivemos uma fase de teste com vários vocalistas até encontrarmos o Rui Miguel através do Hugo Andrade dos Switchtense. Cristiano Estevão: Nós também já tínhamos algum trabalho feito e a gravação de alguns take diretos daí ele (Rui Miguel) também já conhecer o material e ter acesso. Ele começou por ouvir esse material e enquadrou-se bem. Até ao momento tem evoluído bastante aliás como todos nós. E depois começamos a dar concertos. O primeiro concerto foi no Hell in Sintra.

SR: E porquê All Against? Todos contra o quê ou quem? Bruno Romão: Eu vou-te explicar. Esse nome nasce andava eu à procura de baterista e falo com o Pedro dos Fear the Lord que estava a tocar em Dharma também. E tinhamos marcado fazer uma cena, mas havia sempre alguma coisa a impedir. Ou ele não podia ou eu não podia... parecia que havia sempre alguma coisa contra. E nós diziamos: Epa queremos fazer alguma coisa e está tudo contra. E achou-se assim o nome da banda. Alias o nome inicial era All Against Us ( tudo contra nós), mas depois pensei: espera aí! Também não quero ser tão agressivo... e ficou só o All Against e acho que fica melhor. Rui Miguel: Também uma coisa que me chamou a atenção foi o nome e o thrash pelas ideias que nós temos. Agora por exemplo nestas letras novas acho que mudou bastante.

SR: Estes novos temas têm um contexto social dominante nas letras, daí também a pergunta anterior. O nome tem alguma coisa a ver com a vossa mensagem ou é mera coincidência? Rui Miguel: Também! Bruno Romão: Eu tenho uma vertente um bocado punk e não posso esconder muito isso. Rui Miguel: E eu procuro também escrever com esse intuito. Ser dentro do contexto até mesmo do próprio nome da banda. Até pode levar mais tempo, mas pelo menos que faça sentido e que a mensagem passe. André Carvalho: Sim, sem dúvida que este EP é mais conceptual.


Cristiano Estevão: Sim está mais consistente. das de maneira diferente.

Bruno Romão: Sim. Em termos de letra, imagem... foi uma aposta. Em vez de cada um estar a trabalhar para o seu lado pensamos: vamos para estudio, a capa manda-se fazer vamos fazer as coisas como deve ser. Gasta-se mais dinheiro? - Sem dúvida! Mas vale a pena. O resultado está à vista de todos. Isto não foi propriamente investir para gravar uma demo tape. Um gajo investe é para fazer uma cena que saía em condições e com qualidade para poder também ter orgulho naquilo que fez. Dizer: Tá aqui, fizemos! Emanuel Carmo: E quando é para fazer as coisas a nível profissional tem que se pagar. Sem custo nenhum nunca saí com a mesma qualidade. Não se saí do mesmo patamar. Bruno Romão: Alias, as músicas do primeiro EP se estivessem gravadas com esta qualidade, mesmo não sendo este tema teria ficado completamente diferente. Alías se eu pudesse, mas isso acrescentaria mais custos eu colocaria ainda neste EP “All Against“ e “Sociedade Hostil“. É a passagem. Emanuel Carmo: Talvez um dia se faça um terceiro EP, nunca se sabe. Bruno Romão: E para ir gravar não faço intenções de ir gravar a outro lado. É na Demigod Recordings com o Miguel Tereso. O feedback tem sido acima de tudo, brutal. Desde as reviews em vários canais e páginas a divulgar o nosso trabalho e isso é bom. É motivo para nos sentirmos orgulhosos, eu acho que sim.

SR: Para além do que já aqui referiam, quais as principais diferenças para vocês entre o primeiro EP e este? Bruno Romão: Acho que a consistência das músicas. No primeiro EP as músicas foram de uma primeira origem de composição e estas músicas já são mais pensadas, mais trabalhadas. Rui Miguel: Procuramos aquele tema já de propósito. Bruno Romão: A parte da composição. Já não é aquela cena... não é dizer que as outras músicas são básicas, mas estas já foram pensa-

Rui Miguel: A “Feed the Machine” ao princípio o trabalho que deu a mim e a eles: corta, faz e agora aqui acrescenta-se… A música nem era nada assim. Bruno Romão: Aliás a “Feed the Machine” nem era para ser gravada. Era a “Sociedade Hostil”. Mas à medida que fomos tocando a música no ensaio e fomos ouvindo a música a ganhar vida, a ganhar corpo… foi unanime: isto tem que estar gravado! Emanuel Carmo: Eu entrei quando já estava a ser gravado este EP e ouvindo os dois, a parte das músicas neste serem mais trabalhadas nota-se perfeitamente. As passagens são bem feitas, há alterações de bpm que é uma coisa difícil de fazer para soar bem, porque normalmente quando se altera a velocidade das músicas, às vezes parece que chega ali a um sitio e parece que “tranca” e arranca-se para outra, não há passagem e quando entrei vi o trabalho que estavam a fazer nota-se que foi bem pensado. Bruno Romão: Se não houvesse essa evolução alguma coisa de errado estavamos a fazer. Esta formação aqui tem... Rui Miguel: Eu estou na banda há um ano e tal. Bruno Romão: E nunca tinha tido experiência de banda. Emanuel Carmo: Mas ele surpreende por causa disso. Ele sem experiência nenhuma é muito melhor frontman do que a maior parte dos que conheço. Bruno Romão: Eu acho que acima de tudo uma coisa que se tem que saber fazer é interagir com o público e fazer com que o público se sinta parte do concerto. Um gajo não pode estar naquele estandarte: eu estou a tocar e vocês estão a ouvir. E as nossa musicas puxam. Dá pica ouvir as musicas, dá pica tocar e quando vejo e oiço os videos gravados ao vivo consigo sentir consistencia nas músicas.


Rui Miguel: Todos temos falhas nós e as ou- Cristiano Estevão: In your face! tras bandas também, mas nota-se que já temos muito mais cumplicidade. Bruno Romão: Isso são coisas que levam o seu tempo e não te esqueças de uma coisa, a maior parte de nós que estamos aqui nem nos conheciamos. Rui Miguel: Ninguém se conhecia.

SR: E como funcionam em termos criativos? Rui Miguel: Quem compõe mais aqui é o Romão. Cristiano Estevão: em termos riffs, sim.

Rui Miguel: A maioria das letras também foSR: Como caracterizam a vossa sonoridade ram escritas por ele. Mais recentemente temos neste momento? a “Feed the Machine” e “Sociedade Hostil” que foram Againstescritas por mim e um amigo Rui Miguel: Eu pessoalmente acho que a base meu… é o thrash, mas não é só thrash. Nem consigo definir. Bruno Romão: Basicamente eu trago uma base, mas depois altera-se e é a palavra de toBruno Romão: Um gajo estar a dizer: isto é dos. só thrash! Não, não é! Emanuel Carmo: Quando a gente estiver assim com muita dúvida a gente diz que é metal. Uma coisa que a mim me faz confusão é falar com pessoal de bandas e perguntar qual o estilo de metal que tocam e eles dizem-me 30 subgéneros de metal: é death/ prog/speed/melodic/ não sei quê/ fucking metal e eu no fim fico assim: então mas isso é um porradão de cenas e nem me estás a dizer que estilo é. Acabaste de me dizer 4 ou 5 estilos diferentes. Ah, mas é porque aqui como tem teclas é sinfónico…. Tem teclas, tem teclas, não quer dizer que seja sinfónico! Tem lá calma com isso… Mas isso é só a minha opinião. Eu acho que em vez de estar a alongar muito o que é o género da banda, simplifica-se um bocadinho mais. Apresentamonos como thrash que é o que tem sido até agora e acho que é o mais indicado porque a base vai por ali. Não temos que acrescentar por cada música que temos o estilo que é senão daqui a pouco somos uma banda de metal com 20 subgéneros… e no fim há sempre o fucking metal a acabar para parecer que somos mais fodidos ainda. É bué mariquices! Eu adoro metal e metal tem uma coisa muito boa que é crú, é aquilo. Chegas ao palco e toma! Não estás lá com mariquices. E depois quando é para dizer a definição são estas merdices. E esta banda tem isso, chega a palco manda aquilo que tem para dar, acaba a música não há cá brilharetes, nem coisinhas… é: começa a música, acaba a música; próxima! E o concerto é feito assim que é o conceito verdadeiro para mim do que é metal.

SR: E a opção de ter temas em português e inglês é para manter? Rui Miguel: Eu acho que sim, espero que sim.

Bruno Romão: Eu também acho que sim. Aliás de todas as bandas que tive esta é a primeira com músicas em inglês. As músicas têm é que ter sentido, têm que ter uma mensagem.

SR: Qual tem sido o feedback que têm tido em relação ao EP? Bruno Romão: Eu acho que tem sido peremptório. As redes sociais têm uma coisa boa e uma coisa má: dão-te a entender uma coisa, mas às vezes não é bem assim. Vou dar-te um exemplo. Eu faço uma publicação da página dos All Against e vejo que tem um alcance de 200 pessoas e eu fico a pensar: então, mas eu no meio de mil e tal “likes“ só chego a 200 pessoas?... Não é bem assim, tu chegas até a mais. Porque eu falo com muita gente que me diz e toda a gente já viu a publicação, mas pela informação do facebook aquilo chega só a 200 pessoas.


Emanuel Carmo: Eles dão as estatísticas, Bruno Romão: Iremos ao programa mas acho que muitas vezes não são as corre- da Telma Dourado na Popular FM das 16h às tas para ver se gastas dinheiro a promover a 17h com a passagem do EP em exclusivo. publicação. Eu alcanço mais pessoas a fazer a mesma publicação no meu perfil que alcanço a Rui Miguel: Depois a partir das 21h estaremos fazer numa página? Isso não faz sentido… no evento da SFTD Rádio e o XXXapada na Tromba, o Back To Skull, no RCA Club. Bruno Romão: Mas tirando isso... Sim, o feedback tem sido muito positivo. Os videos Bruno Romão: Antes disso estaremos com que já fizeram de reviews, já passou na rádio, o António Fretitas na Antena 3, no dia 26 de na S.O.S. Heavy – Metal Radio Show. Tem Setembro e será uma ante-estreia do EP. sido muito bom.

SR: Quando é que vai sair o EP? Bruno Romão: No dia 29 de Setembro.

SR: Vai sair de que forma? Bruno Romão: Neste momento em formato digital. Vai estar no Spotify, Apple Music, Google Play... nestas plataformas todas a pagar e no Bandcamp online.

SR: Qual a mensagem que gostariam de transmitir ao público quando estão a tocar? Emanuel Carmo: Metal é para ser puro e cru e dar-se tudo o que se tem para dar. É dar a energia máxima em todas as músicas e acabar o concerto em “altas” para transmitir o contexto das nossas músicas. Cristiano Estevão: Mostar a dedicação ao público e o trabalho que temos desenvolvido. E receber o feedback do público, seja positivo ou negativo desde que seja construtivo. É sempre bem vindo.

André Carvalho: É um pouco o que SR: O EP tem sido um investimento particu- o Cristiano disse. Principalmente mostrar o trabalho. lar vosso? Bruno Romão: Sim, juntamente com alguma coisa que se faz dos concertos e o dízimo que damos todos os meses vamos juntando e fazendo como podemos.

Bruno Romão: Alegria! Um gajo estar a curtir em cima do palco é uma das melhores coisas que pode haver. A mendsagem está lá nas nossas músicas, mas é a alegria do estamos aqui, gostamos do que fazemos e vamos embora! Rui Miguel: É libertar-me e festejar.

SR: E como se chama o EP? Bruno Romão: “Feed The Machine“.

SR: Que eventos terão nesse dia?

SDR: Obrigado


Entrevista Moonshade Por: Lígia Ferreira

Quem é esta personagem, a sua história e como vos surgiu a ideia para este conceito? Ricardo: O conceito do “GodOfNothingness”, na sua base, já não é novo desde as grandes tragédias gregas da Antiguidade, e talvez anterior a isso. É essencialmente um símbolo, uma personificação com o intuito de demonstrar uma ideia. Neste caso particular, é a personificação do lado da condição humana que alberga sentimentos de auto-preservação mais ligados ao nosso cérebro reptiliano: a angústia, o medo, a agressão, resumidamente, todas as respostas psicológicas destinadas a processar a dor, seja ela de carácter físico ou emocional, e o seu papel na história é explorar alegoricamente as consequências de sermos dominados por essas mesmas emoções, muitas vezes resultantes de trauma emocional.

Hintf: É um prazer falar convosco, o que nos podem dizer sobre a história da banda e o Daniel: Algo que me parece bastante interesporquê de terem escolhido o nome Mo- sante – e importante de referir – é que a persoonshade? nagem nasce em estreita relação com a imagem que para ela conceptualizamos, a de um Nuno: Obrigado pelo convite e pelo vosso inte- Deus sem face e cuja coroa arde desesperadaresse no nosso trabalho. Finalmente podemos mente. falar de novidades dos Moonshade! Hintf: Este álbum denota uma evolução no Pedro: Relativamente ao nome da banda, tendo som da banda para um som mais polido, foi em conta as sonoridades que ouvia maioritaria- intencional ou acabou por tomar essa direcmenteserem do género de SwallowTheSun, Ka- ção naturalmente? tatonia eOpeth - aliado ao facto de querer construir um projecto que bebesse dessas influên- Daniel: Logo à partida, o nosso modus operandi cias – imaginei, juntamente com o Cristiano Bri- sempre contemplou criar música que nos agrato (parceiro fundador), um nome que simboli- dasse, uma vez que esse sempre foi o elemenzasse uma espécie de “calma nocturna”.Tendo to fulcral daquilo que queremos atingir nesta isso em conta, o nome pareceu-nos adequado. banda. A partir daí, e falando mais concretamente do “SunDethroned”,fomos deixando os temas florescer, progressivamente refinando todos os elementos da forma que nos parecesRicardo: Quando eu entrei na banda interpretei se mais lógica para aquilo no qual o disco se o nome de outra maneira e foi apenas quando estava a tornar. o Pedro me explicou as intenções dele que percebi que, acidentalmente, eles tinhamescolhido Pedro:Tornámo-nos mais experientes e muito um nome com um significado duplo. “Shade” mais exigentes com a qualidade final do produtanto pode significar “sombra”, como pode sig- to que fazemos. Termos sido nós a fazer tudo nificar “espectro” em inglês arcaico. Sempre praticamente sozinhos até agora fez com que achei piada a esse pormenor. aprendêssemos muito com erros passados. Hintf: Depois de terem editado uma Demo e um Ep, e de terem passado pelo Vagos Open Air em 2015, regressam agora com um novo álbum, com data de lançamento prevista para 26 de Outubro. "SunDethroned" é um álbum conceptual que gira em torno de uma das personagens "GodOfNothingness".

Sandro: Subscrevo o que disse o Pedro, até porque em todos os trabalhos que participei até hoje, nenhum me levou a comer gajas.Logo, só podem ser uma merda.


Hintf: Como foi o processo de gravação para ção, que foi vital para o artwork. este álbum? Hintf: Sei que também lançarão algum merRicardo: O trabalho de produção do Afonso chandise em breve, o que nos podem adianAguiar da TitanforgedProductions foi essencial tar para já sobre isso? para a sonoridade final do álbum. No entanto, todos os processos desde a captação à masteri- Pedro: Para já ainda estamos a finalizar pormezação foram longos e morosos - consequências nores, mas serão produzidas algumas peças do perfeccionismo. No entanto, o que se ouve bastante interessantes para acompanhar a esno “SunDethroned” é sem dúvida o melhor que treia do álbum, e esperamos lançar coisas difeconseguimos fazer neste momento, e esse sen- rentes ao longo da promoção do mesmo. timento de consciência tranquila vale muito. Nuno: Vamos tentar inovar, e como tal, vão haNuno: Deparamo-nos com muitos problemas e ver riscos. Vai ser interessante ver as reações! entraves que nos fizeram perceber que no futuro será tudo diferente, de preferência para melhor. Mas sobrevivemos. Hintf: Haverá alguma festa de lançamento e/ ou já têm alguns concertos de apresentação Sandro:Discordo, o processo em si foi excelen- do álbum planeados para breve? te. O Pedro tinha a conta da EDP paga, ligamos tudo, ele fez REC e “botamos” tudo lá dentro! Pedro: Ambos! Temos concertos marcados, um evento especial associado ao lançamento do Hintf: Se tivessem de definir SunDethroned álbum, e mais alguns eventos promocionais. Tunuma palavra, qual seria? do será revelado a seu tempo, quando acertarmos os detalhes todos. Nuno: Futuro. Nuno: Finalmente vamos poder estar em conHintf: Vocês assinaram recentemente pela tacto com as pessoas e mostrar o nosso trabaArt Gates Records, como vos surgiu a opor- lho. Isso é o que nos dá motivação. tunidade de trabalhar com esta editora? Hintf: Chegados ao fim desta entrevista, há Ricardo: Contactamos um sem-número de edi- algo mais que queiram dizer aos nossos leitoras, e agradecemos infinitamente o interesse tores? às poucas que deram uma resposta positiva. De todas as propostas, a Art Gates Records revelou Ricardo: Um grande obrigado à HINTF por todo -se a melhor opção para nós. o apoio ao longo dos anos. Aos leitores, recomendo que subscrevam aos nossos canais de Hintf: A capa e toda a fotografia do álbum foi streaming e redes sociais – Facebook, Spotify, criada por Daniel Laureano, guitarrista da Twitter, Youtube, Instagram, entre outros. Temos banda, que também cria todo o artwork para muito para vos mostrar num futuro próximo. o seu projecto paralelo "A ConstantStorm", em colaboração com a TitanforgedProducti- Nuno: Esperamos que apreciem o álbum e emons. Foi a primeira vez que houve esta cola- barquem nesta experiência connosco. Venham boração ou já tinham elaborado o artwork ver os nossos concertos porque também estados vossos lançamentos anteriores? mos a preparar novidades para os espectáculos ao vivo. Daniel:Foi a primeira vez que colaboramos com a TitanforgedProdutions. Como referido anterior- Daniel: Mal podemos esperar para começar a mente, a capa representa o escrever a história desta nossa nova viagem, e “GodofNothingness”. Fazendo uma breve análi- esperamos que decidam juntar-se a nós. Obrise da imagem, o deus é representado sem face, gado a todos. fruto da tragédia com que lida, tragédia essa que lhe tiraa noção de clareza acerca da sua Pedro:Mal posso esperar por comer frango de própria identidade, enquanto a coroa em cha- churrasco antes dos concertos! E tocar ao vivo mas representa a realeza que se vai esfumando e tal, mas isso é secundário, frango é que interapidamente, o trono que é perdido.Aproveito ressa! para estender um caloroso agradecimento ao Joël Martins daTitanforged por toda a colabora- Sandro: Está quase. Anxietyis a bitch!


Banda: Deicide Titulo: “Overtures of Blasphemy” Editora: Century Media Data de Lançamento: 14.Setembro.2018

como "Consumed by Hatred". O que também prova que os nossos amigos Benton e companhia estão prontos para todo o tipo de profanações possíveis e imagináveis nesta violência demoníaca que é este novo LP. Bem, mas depois de ter falado em tanta violência como vou poder dizer isto? Sim existe melodia. Existe composição melódica, pelo menos que nos faz lembrar melodias, como em "Crawled From the Shadows" onde muda ligeiramente o registo mais pesado no som das guitarras para algo mais "light" (só que com peso...), com riffs deliciosos e incisivos, ou em "Compliments of Christ" onde, para além da música, é importante falar também das letras, em que Benton mostra toda a sua veia antiCristã com uma vocalização absolutamente deslumbrante! De génio! Mas como já disse, temos aqui muito Death Metal à Antiga, como em "All that is Evil" ou "Excommunicated" (que solo meus amigos!) ou então e embora não tão ritmada "Anointed in Blood". E falando em agressividade, "Crucified Soul of Salvation" ou "Seal the Tomb Below, que continuando num registo muito Death Metal, aliam a agressividade nas letras, continuando numa onda muito anti-cristã, muito prezada pelo Benton. Por fim, e a terminar o álbum, "Destined to Blasphemy", música da qual gostei bastante. Muito à Deicide de outros tempos. Muito agressiva! Mesmo muito demoníaca! Antes de concluir, também dar uma menção muito especial para a produção, absolutamente deslumbrante a cargo de Jason Suecof e Alan Douches. Brilhante! Não fiquei nada desiludido e como disse ainda bem que não tenho apreensões relativamente a bandas. Gostei e recomendo vivamente!

Tenho de dizer isto: nunca fui muito fã dos Deicide. Claro que são uma das grandes referências de uma das vertentes mais extrema do Metal, e claro que o Glen Benton é um dos grandes músicos do Metal de uma maneira mais abrangente, mas não sei porquê, nunca fui muito fã. Posto isto, fazer esta review mostrou-me que estou certo em pensar que devemos partir sempre do 0 no que diz respeito a possíveis pensamentos pré estabelecidos. Os Floridianos têm um novo músico na formação, Mark English (Monstrosity) que substitui Jack Owen como Pontuação: 9,3/10 guitarrista juntando-se a Kevin Quirion para complementar o já mais do que firme núcleo Por: Julien Valente duro da banda, Steve Asheim (Bateria) e claro o Sr. Glen Benton na voz e no baixo. Mas falando da música e deste "Overtures of Blasphemy" será importante desde já referir: que chapada! Sem dúvida um dos melhores álbuns dos Deicide, e de certeza o melhor de há 10 anos para cá! Pelo menos, desde de "The Strench of Redemption". Temos momentos verdadeiramente selvagens, brutais: "One with Satan" que abre o álbum e que dá logo o mote para a brutalidade que se adivinha a seguir! Mas não pensem que fica por aí: todo o álbum é verdadeiramente bom, brutal, cru e tão "selvagem", como mostram as músicas finais


Banda: Krisiun Titulo: “Scourge of the Enthroned" Editora: Century Media Data de Lançamento: 07.Setembro.2018

da capa deste álbum e que é realizada por Eliran Kantor (Testament, Hate Eternal, Sodom) com o álbum em si. De referir também, que "Whirlwind of Immortality", que para mim é o grande destaque do LP (falarei mais à frente), também está direitamente ligada ao conceito visual deste álbum (evoca os anciães Annunaki - Os que vemos na capa, que eram 7, mas aqui acabam por serem 3 em obvia referência aos elementos da banda). É importante referir que parecem-me existir muitas referências musicais a anteriores trabalhos nas partes instrumentais, o que permite um som muito Old School como falado mais acima. Acaba por ser evidente em "Devouring Faith" ou em "A thousand Graves". Temos depois "Slay the Prophet" que embora mais "calma" tem um peso brutal e dá uma sensação descomunal de poder. Mais uma vez, um grande destaque para a parte de bateria de Max! Abismal! Falar então, por fim, de "Whirlwind of Immortality": em frente! "Straight ahead"! Acabar o LP com a maior brutalidade possível! Com várias quebras no ritmo que dão toda a genialidade ao tema, com peso, com velocidade, com técnica, e mais e mais. BRUTAL! Não posso dizer isto de outra forma: Death Metal do bom! Mesmo! Ouçam! Mesmo!

Não tenho estado muito atento ao que tem sido Pontuação: 9,2/10 feito do outro lado do Atlântico, com os nossos Por: Julien Valente irmãos Brasileiros. Mas Krisiun é uma banda inevitável. Esta banda formado por 3 irmãos, Alex Camargo (Baixo e voz), Moyses Kolesne (Guitarra) e Max Kolesne (Bateria) no já distante ano de 1990, tem-nos presenteado com álbuns de grande qualidade como, por exemplo, o estrondoso "Black Force Domain", o genialíssimo "Conquerors of Armageddon" ou ainda o absolutamente memorável "Southern Storm". Dito isto, estou à espera ao pôr play no leitor de algo muito mas muito old-School. Vamos então a isto. Abrimos as hostilidades com o tema que dá o titulo a este "Scourge of the Enthroned" que é introduzido com uma rítmica pesada e mais lenta (excelente peso no baixo e excelente bateria) e com uma guitarra com um riff malévolo. Mas é quando entramos mesmo no tema que parece que somos fuzilados por uma rajada de Foto: Google peso/velocidade/agressividade! Mas que bom! E que baterista! e que Baixista! E que voz. Já me estou a sentir em casa. Old-School Death Metal! Gosto! Continuamos com "Demonic III" e com esta sede de conquista, de violência e de sangue! Já agora de referir que está música conecta diretamente o art-concept por detrás


Banda: Moonshade Titulo: “Sun Dethroned” Editora: Art Gates Records Data de Lançamento: 26.Outubro.2018

noridade pesada, não descuram de maneira nenhuma a parte mais "sensível" com a adição de passagens verdadeiramente melódicas com sonoridades mais clássicas. Composta por Pedro Quelhas e Daniel Laureano (menção extra para a fotografia de sua autoria na capa do LP) nas Guitarras, Ricardo Pereira nas Vozes, Nuno Barbosa (Baixo e Teclados) e Sandro Rodrigues (Bateria), algo tem de ser realçado desde já, a qualidade global, tanto das músicas como dos arranjos, e por fim, da produção. Entramos no LP com "God of Nothingness": uma intro mais lenta de estilo mais clássico, com teclas, e depois que som! Pesado, incisivo, straight to the point, mas sem esquecer aquilo que a banda pretende: aquele ambiente melódico. Prova disso o interlude, sensivelmente a meio, com guitarra clássica. Mas o ritmo...Bem, aquele ritmo que nos da vontade de mexer, de vibrar, de sentir. Para entrada, devo dizer que foi mesmo algo fantástico. Continuando com aquele que será o primeiro single do LP, "The Flame that Forget Us", continua num ritmo muito interessante e mexe novamente com a nossa vontade de abanar o corpo. Com sonoridades muito "Celtas" e com rítmica bastante marcada, temos novamente esta presença bem vincada entre a parte mais Dura/Pesada e a genial sensibilidade que é fornecida às composições. Secção rítmica genial e que dizer das guitarras. Também não ficam atrás as vozes do Ricardo! Excelente! "Lenore" com uma intro mais calma, com teclados e Guitarra clássica, e a voz gutural distante mas que se vai aproximando, para depois deixar lugar a riffs incisivos e ao peso da dupla Baixo/Bateria. Gostei bastante dos backing Vocals nesta faixa. Continuamos no registo Melódico Pesado com "Sun Dethroned" música epónima deste álbum. Continuação perfeita daquilo que nos tem sido apresentado, embora neste tema, sintamos algo mais aéreo, que nos faz ter vontade de fechar os olhos e viajar, devido às várias alterações de ritmo e à quebra na sonoridade que nos surpreende. Destacar ainda a música que fecha este LP: "Dreamless Slumber". De facto, uma excelente composição. Daquelas que temos de ouvir e que fica na cabeça. Uma fantástica progressividade na música que nos encaminha lentamente e até de uma maneira mais espiritual para a força que vem a seguir. Peso e riffs, velocidade e melodia, sentimentos. Tudo esta nesta composição que parece um resumo daquilo que acabámos de ouvir.

Não gosto de abrir algo que possa escrever, sobre um determinado assunto, pela sua conclusão. Mas aqui acho que é importante: GOSTO! E muito! Posto isto devo dizer que sou daquelas pessoas que gosta bastante daquilo que se faz por cá. Costuma-se dizer com slogan mais antigo mas ainda muito atual: "o que é nacional é bom!" e é bem verdade. Basta olhar para aquilo que se tem produzido no território nacional para perceber a grande qualidade dos músicos que estão por cá. Eu nasci lá fora mas vim para Portugal cedo. Ouço Metal desde que me lembro e tenho a dizer que adoro a nossa produção nacional. Não é só fado, não é só futebol, e ainda menos só serão cozinha e turismo. Na Música, no Metal há também excelente qualidade! Confesso que embora siga de muito perto tudo o que se faz no nosso território (os Cds em casa serão mais do que prova disso, e os gritos cá em casa quando chego com as mãos cheias ainda mais!), não conhecia muito bem os Moonshade. Erro meu com certeza! Muita qualidade musical e boas composições. Não vou falar Como disse no início. Gostei. Muito! de passado apenas dizer que estes Portuen- Pontuação: 9/10 ses, formados em 2009, e com vontade de pesquisar/produzir outro tipo de som, os Mo- Por: Julien Valente onshade atuam numa sonoridade Death Metal Melódica. Com toques muito Heavy e uma so-


registo de estilo gótico com inteligentes toques de eletrónico se sobrepõe ao impulso de levantar e dançar com temas como ‘Memories’ Dust’ que marca pontos e quebra ritmos menos rápidos e contudo dinâmicos. Os This Void Inside que contam já com 15 anos de existência e experiência de palco acumulada com a participação em alguns renomados eventos de música gótica, contam ainda com a participação especial de dois artistas convidados, a saber Diego Reali (Hevidence) e Max Aguzzi (Dragonhammer). “My Second Birth My Only Death” é uma boa aposta e uma boa brisa de fresco ar no cenário musical de estilo gótico. Recomendado a fãs de bandas como Dope Stars Inc. ou Deathstars, ainda que sem a tonalidade mais pesada destas duas referências.

Pontuação: 8,3 /10 Banda: This Void Inside Titulo: “My Second Birth My Only Por: Paula Antunes Death” Editora: Agoge Records Data de Lançamento: 25.Julho.2018 A 25 de Julho do corrente ano foi editado o segundo disco de originais do coletivo italiano This Void Inside, adiante designados por TVI, coletivo este que tem feito algum burburinho e com mérito pela sua sonoridade tão tipicamente gótica dos bons anos 80. Para quem desconhece o ainda recente e curto percurso desta banda italiana, todas as possíveis dúvidas com esta inserção temporalmente desfasada no contexto musical da década de ouro se dissipam logo aos acordes iniciais do tema título deste seu segundo álbum, “My Second Birth My Only Death”. Lançado pela Agoge Records que aposta num variado leque de estilos e bandas, os TVI primam por transmitir com os 12+2 temas deste álbum uma sensação saudoso conforto, que esta que escreve apenas consegue descrever visualizando enquanto escuta, uma longa estrada que se percorre num belo e confortável veículo de quatro rodas, com gentis brisas e amenos sopros de um mais encalorado Éfeso que afaga o nosso Eu e encurta distâncias no ir e no viver. Não querendo divagar porque a sensação de acalmia e serenidade se impõe neste melódico


Biografia:

segundo álbum "Theory of Perception", independentemente. Desde 2013, têm sido uma presença assídua em muitos palcos e festivais portugueses importantes, tendo tocado com bandas como Lacuna Coil, Moonspell, Cellar Darling, RAMP, Childrain, Hills Have Eyes, Sagrado Sin, Heavenwood ... entre muitos outros.

O Blame Zeus é uma banda, do Porto, Portugal, que começou em dezembro de 2010. Com influências que vão do blues ao metal, rock progressivo e alternativo, como Alice in Chains, Tool, A Perfect Circle, Clutch e Ghost, a sua música não pertencem a apenas um estilo. Seu principal objetivo é criar uma música excelente e inovadora e, acima de tudo, que agrade ao núcleo mais profundo de nós mesmos. Inspirados pela velha escola do rock e metal, mas focados em fazer algo novo, eles entrelaçam melodias ricas com letras interessantes, criando ambientes íntimos com um forte som de rock, e combinando guitarras pesadas com o tom bruto de uma voz feminina rouca e poderosa. Datas importantes: * Em fevereiro de 2014 eles começaram a gravar seu álbum de estréia IDENTITY no Raising Legends Studio. * Em abril, seus fãs ajudaram a financiar o álbum por meio de um projeto bem-sucedido de financiamento coletivo. * Em julho eles assinaram com a gravadora portuguesa Raising Legends Records. * Seu primeiro single, “Accept”, saiu no dia 3 de agosto, através de um vídeo lírico. * Em 1º de setembro de 2014 IDENTITY, seu álbum de estréia, é lançado oficialmente.

* No dia 4 de março de 2017 eles lançaram seu


THE ROAD SO FAR...

mians" Release Party, Hard Club (main stage)

2013 - 7/4 - Festas em Honra da Senhora do Monte, V. N. Gaia - 24/4 - Metalpoint, Porto - 18/5 - Concentração Clube Motard Campense, Santo Tirso - 1/8 - Vagas Bar, Matosinhos - 3/8 - Praça do Cubo, Ribeira do Porto - 9/8 - Som dos Diabos, Amarante - 16/8 - Rock na Devesa, Famalicão - 18/10 - Heaven's, Porto - 25/10 - SPOT, Porto - 15/11 - O Meu Mercedes Bar, Porto - 14/12 - Hard Club, Porto

2017 - 4/3 - Hard Club, "Theory of Perception" release party - 18/3 - Stairway Club, Cascais - 25/3 - Texas Bar, Leiria - 1/4 - Hard Bar, Aveiro - 14/4 - Ovelha Negra Bar, Sever do Vouga - 15/4 - Bar da Ponte, Vouzela - 28/4 - Cave 45, Porto - 20/5 - “The Ladies Voices Tribute II” – RCA Club, Lisboa - 26/5 – Metalpoint, Porto - 3/6 – Sociedade Harmonia Eborense, Évora - 5/8 - 4º Motofest - Castêlo da Maia - 9/9 - Rio Tinto Fest - 16/9 - Associação Recreativa de Perosinho 1º concerto acústico - 23/9 - River Stone Fest - 30/9 - Silveira Rock Fest - 7/10 – CAR – Guimarães Noc Noc (acústico) - 14/10 – Associação Cultural Mercado Negro, Aveiro (acústico) - 28/10 – Texas Bar Leiria - 31/10 – Ovelha Negra Bar, Sever do Vouga - 4/11 – Blindagem Metal Fest - 18/11 – Trebaruna, Lamego - 25/11 – Stairway Club, Cascais - 2/12 – Hard Club (w/ LACUNA COIL, Cellar Darling & Sinheresy)

2014 - 5/4 - Rock of Cantanhede - 21/5 - Mary Spot, Matosinhos - 17/8 - Mercado, Alijó - 7/11 - Hard Club, Porto - 20/11 - Breyner 85, Porto ****RAMPAGE TOUR**** 28/11 - RCA Club, Lisboa 29/11 - Associação Fora de Rebanho, Viseu 3/12 - Salão Brazil, Coimbra 4/12 - Ultimatum, Guimarães 5/12 - Texas Bar, Leiria 6/12 - Bafo de Baco, Loulé 7/12 - MC Alentejano, Elvas 10/12 - Hard Bar, Aveiro 11/12 - TOCA, Braga 12/12 - Plano B, Porto 13/12 - Canecas Bar, Paços de Ferreira

2018 - 3/2 – Fábrica dos Ofícios, Serzedo, Vila Nova de Gaia - 10/2 – Showcase na FNAC de Viseu - 28/12 - Paws and Claws Fest III, Maia - 10/2 – Estudantino Café, Viseu - 17/2 – Vadia Metal Festival, Cerveja Vadia, 2015 Oliveira de Azeméis - 20/2 - Canecas Bar, Paços de Ferreira - 10/3 – Hard Club – apresentação do álbum de - 28/2 - In Live Caffé, Moita estreia de Nine O Nine - 14/3 - Espaço A, Paços de Ferreira - 24/3 – FNAC Norteshopping – showcase - 11/4 - Goth n' Rock, Metalpoint, Porto acústico - 9/5 - Hard Club, Porto - 31/3 – Milagre Metaleiro - Ressurreição do - 29/5 – Headbang Solidário, Metalpoint, Porto Metal, Pindelo dos Milagres - 30/5 – Hard Bar, Aveiro - 6/4 – Lazy Cat Rock Fest II, Metalpoint, Porto - 19/6 – TOCA, Braga (headliners) - 4/7 – Cave 45, Porto - 5/5 – Louder Than All – episode II – RCA Club - 21/8 - Hell Sweet Hell III Metalfest, Paredes - 2/6 - 3º Vialonga Fest (headliners) - 6/11 - X Festival Gaia em Peso, Vila Nova de - 30/6 - FNAC Gaiashopping -showcase acústiGaia co - 4/12 - Hell in Sintra, Winter Edition 2015 - 27/7 - Gerês Rock Fest (opening for Moons- 18/12 - Raising Legends Xmas Special I, Hard pell) Club - 28/7 - Santo Rock festival - Fafe (headliners) - 10/8 - Vagos Metal Fest 2016 - 26/3 - Heavenwood's "The Tarot of the Bohe-



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