BRUTAL Extra LAURUS NOBILIS MUSIC FAMALICÃO 2018

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Numero Extra LAURUS NOBILIS FAMALICÃO 2018 Distribuição Grátis

Reportagem em exclusivo


Ficha Técnica: Propriedade : Som do Rock Administração: Paulo Teixeira. Data: Agosto 2018 Edição online Grátis. Redação/paginação/tratament o conteudos: Paulo Teixeira

Numero Extra LAURUS NOBILIS FAMALICÃO 2018 Distribuição Grátis

Conteudos: Som do Rock Entrevistas/reportagens Margarida Salgado geral@somdorock.pt Fotos: Davi Cruz/Metal em Portugal Foto de Capa: Capa: Pag. Central

Os conteudos podem ser usados para divulgação emqualuqer meio desde que mencionem os direitos de autor e tenham

Editorial. No numeru #Extra da BRUTAL Music Magazine, dedicado exclusivamente ao LAURUS NOBILIS FEST FAMALICÃO 2018. Com reportagem de Margarida Salgado e fotos de Davi Cruz / METAL em PORTUGAL. Não estiveste lá mas podes ler e ver como correu o Fest que cada vez mais ocupa um lugar de destaque no nosso meio.

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Festival Laurus Nobilis Music FamalicĂŁo 2018 Dia 1

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Festival Laurus Nobilis Music Famalicão 2018 Nos dias 26, 27 e 28 do passado mês, tivemos a 4ª edição do Festival Laurus Nobilis Music Famalicão. Este evento realizado na freguesia do Louro com o objetivo de angariação de fundos para a construção da Casa do Artista Amador, contou com muita música e convívio. Para quem não conhecia este festival foi uma agradável surpresa tanto em relação ao espaço como à sua organização. Este ano o evento contou com a presença de 10000 pessoas. Não se pode dizer que os acessos são dos melhores, mas sem dúvida que compensa quando nos deparamos com o local. Uma paisagem verdejante a perder de vista. Acesso complicado também na estreita passagem do estacionamento gratuito, mas ao qual não faltava espaço após entrar. Logo no início do recinto tínhamos a zona de " chill out " onde se encontrava a restauração com uma grande esplanada e a zona do campismo gratuito, para o virada para o palco Estrella Galicia que qual poderia fazer-se o checkse encontrava ao fundo desta ampla área. in antecipado. Um dos pontos a ser melhorado em futuras edições uma vez Para consumir nesta zona era necessário que a afluência aumentou trocar-se dinheiro por uns pitorescos exponencialmente. cartões que nos faziam lembrar as notas de Monopólio. Praticamente toda a O palco Porminho era o palco de acesso restauração tinha multibanco que muito restrito, situado num recinto próprio à serviu aos mais desprevenidos. direita onde estava situada a zona de merch. Este palco só funcionou na Ao lado do palco Estrella sexta e sábado. Galicia tínhamos ainda o palco Faz a tua Cena onde, após inscrição previa, O funcionamento de ambos os palcos foi qualquer artista ou banda poderia feito de forma revezada, dando-nos assim apresentar o seu trabalho. a hipótese de acompanharmos todas as bandas que por lá passaram. Nas traseiras do palco Estrella Galicia encontrava-se o acesso para o wc Pag 4


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A abrir as festividades tivemos os Atreídes, a banda espanhola de heavy/melodic metal que tocou para um parco publico. Com uma atuação simpática e animada conseguiram cativar assim a assistência. Os Booby Trap entraram em palco de forma enérgica e dispostos a conquistarem os presentes com a sua sonoridade mesclada de thrash /hardcore /crossover. E o objetivo foi alcançado com sucesso, pois foi impossível ficar indiferente à descarga vinda do palco desta banda de Aveiro. Em Cruz de Ferro o relvado já se encontrava ligeiramente mais preenchido e assim ficou até ao encerramento. Com uma entrada épica e cantando sempre na lingua-mãe, esta banda de heavy metal de Torres Novas anda por terras lusas a promover o EP Imortal e o álbum Guerreiros do Metal editado o ano passado. Agora com a participação de Riccardo Teixeira na segunda guitarra. Para concluir as atuações tivemos os Infraktor de Santa Maria da Feira. A banda de thrash/death metal premiou-nos com uma performance exemplar conquistando o público que se rendeu de forma evidente no final com a cover de Strength beyond Strength dos Pantera. DJ Nattu foi a opção escolhida para terminar este dia.

Dia 2 O segundo dia teve início no palco Estrella Galicia com Sotz. Esta

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banda de metalcore/melodic/death metalportuense anda a promover o seu EP Tzak’ Sotz lançado em Outubro do ano passado. Este início de dia contou com uma quantidade similar de pessoas com que tinha terminado na noite anterior. Apesar de tudo a banda foi bem recebida e ainda podemos assistir a um mosh tímido nas ultimas músicas. Continuando no mesmo palco seguiramse In Vein. Vindos de Paços de Ferreira com o seu death/groove metalmostrando todo o poder e agressividade de Resurrect. O público retribuiu com alguns circle pits e ainda uma wall of death. Esta banda continua a surpreender positivamente tanto na sonoridade como na consistência. Os lisboetas Nine o Nine é uma banda rock/metal que já dispensa apresentações pela sua constituição como ficou provado nesta atuação marcada por The Time Is Now. A solidez e capacidade técnica dos seus membros é visível e partilhada garantindo-nos um concerto de primeira. A honra de abrir o palco Porminho este ano coube aos setubalenses Hills Have Eyes que se encontram a preparar um novo trabalho. Quem conhece esta banda de metalcore sabe bem que não deixam o seu "crédito por mãos alheias". Com uma capacidade inquestionável de agarrar o público devido à sua experiência e energia, esta atuação mostrou uma vez mais a razão pela qual é tão apreciada. Never Quit e Pinpoint são sem dúvida as duas malhas que provam a empatia existente ao serem cantadas por banda e público, que a esta altura já era considerável. Equaleft foram os senhores que se


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seguiram com a presença de André Matos no baixo. Aproveitando o entusiasmo presente no público, a banda portuense de groove/progressive metal manteve-o motivado e participativo com toda a sua garra. A esta altura já havia bastante movimento de circle pit que culminou com o crowdsurfing de Miguel Inglês enquanto interpretava Maniac. Um desempenho sem dúvida inesquecível.

O terceiro e último dia começou com a banda sintrense Legacy of Cynthia no palco Estrella Galicia. Também esta banda alternativa se encontra neste momento a trabalhar num álbum novo do qual tivemos oportunidade de ouvir dois temas. Tanto o nome dos temas como do álbum se mantem no segredo dos Deuses para já, tendo a segunda música sido temporariamente batizada pelo Caeser Craveiro de Judite Sousa. Apesar de ainda muita gente estar por chegar, a Septicflesh foram os deuses da noite de banda já tem os seus seguidores fiéis que eclipse. Se nos sentíamos felizes com as fizeram questão de marcar presença. atuações anteriores, Septicflesh vieram Ficamos ansiosos pelo novo trabalho! acrescentar um novo nível de deleite. A banda grega de symphonic/ death Os Palmelenses Low Torque entraram metal tem um número cada vez maior de de seguida para partilhar o seguidores em Portugal e as razões estão seu rock/stoner. Ainda com Chapter III: à vista. Um concerto impressionante e Songs from the Vault bastante presente avassalador marcado por momentos mais a banda partilhou aquela energia em emotivos com a referência à tragédia dos palco a que já nos habituou conquistando incêndios do seu país, dedicando o tema assim os presentes. “Dante’s Inferno” às vítimas e Com Revolution Within a plateia já se convidando à união das energias presentes. O momento marcante da noite! encontrava bastante mais composta e pronta para o thrash metal de Santa Mata Ratos trouxeram a festa de Maria da Feira. Com o público mais sempre. Este nome incontornável animado pudemos assistir a algum mosh do rock/punk português já não precisa que e circle pit formado durante quase toda a ninguém lhe diga como pôr o publico a atuação enquanto fazíamos uma viagem mexer. E assim seguiu a farra durante por temas mais esquecidos. Contamos todo o seu desempenho com mosh e ainda com a participação de Diogo copos de cerveja a voar terminando com a Pardal dos One Step to Fall no tema Pull reconhecidíssima A minha sogra é um The Trigger. Esta é sem dúvida daquelas boi. Estavam assim encerradas as bandas que não deixa ninguém atividades no palco Porminho esta noite. indiferente! Foi então altura de regressarmos ao palco Estrella Galicia para ouvirmos Web, a banda portuense de thrash/doom/progressive metal que ainda conseguiu manter grande parte do público apesar de já se verificar algum cansaço. Os resistentes puderam ainda contar com António Freitas para animar a Pag 6 restante noite.

O palco Porminho foi aberto com a fantástica exibição dos The Temple. Também eles mostraram que não andavam aqui há dois dias e desde cedo que agarraram o público com o seu rock/punk/hardcore que respondeu com muito headbanging e muita poeira no ar. O War Dance continua a ser aquele momento mítico em que vemos 4 dos 5 elementos a tocar a mesma bateria de


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forma sincronizada quase como uma dança. Uma poderosa atuação. Os Crisix aumentaram ainda mais o nível de energia e cumplicidade com o público. Com uma boa-disposição contagiante, estes thrashers espanhóis não fizeram prisioneiros. Imparáveis, não permitiram tão pouco que o público afrouxasse ou descansasse, proporcionando uma viagem "prego a fundo" a todos os presentes e onde inclusive assistimos a uma troca de instrumentos entre os elementos para nos dar uma espécie de medley/cover com Beastie Boys, Pantera, Rage Against The Machine e Metallica. O circle pit esteve ao rubro e o crowdsurfing foi dominado por B.B. Plaza e Albert Requena enquanto tocavam Ultra Thrash. Que brutalidad, hermanos! Seguidamente os lendários Tarântula, a banda de heavy metal de Valadares. O concerto em si foi um tributo à vasta carreira da banda que nos levou numa viagem emocional visitando alguns dos seus temas mais marcantes ao longo da sua existência e à qual o público não deixou de prestar a devida reverência. Hail!! Em Dark Tranquility podemos constatar o nível de afluência ao festival. Era sem dúvida a banda mais aguardada ou não tivesse ela uma legião de fans no nosso país. Vindos da Suécia com o seu gothic/death/melodic metalpresenteou-nos com uma qualidade máxima tanto no som como na imagem. Miserys Crown foi o tema de despedida em que Mikael Stanne partilha um longo abraço com o público visivelmente satisfeito com a prestação. Foi sem dúvida um concerto mágico. Estavam assim encerradas as actividades deste ano no palco Porminho. Voltando ao palco Estrella Galicia e a terminar as atuações deste festival tivemos The Godiva, a banda de death metal de Vila Nova de Famalicão que lançou recentemente o single Empty Coil após um hiato de 8 anos. Os filhos da terra ainda conseguiram reunir uma acentuada plateia apesar da fadiga dos 3 dias. DJ Nattu foi novamente a opção escolhida para terminar este festival.

O balanço é extremamente positivo e quem foi ficou com vontade em voltar. Existem sem dúvida oportunidades de melhoria, mas o festival neste momento já deixou a sua marca e será uma hipótese a considerar futuramente no calendário dos metaleiros.

Eu não faltei!! Texto : Margarida Salgado/ Som do Rock Fotos: Davi Cruz / Metal em Portugal Queremos agradecer a todos a organização do LAURUS NOBILIS FAMALICÃO 2018 por todo o apoio dado e por ter possibilitado esta reportagem




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