Cinturao negro revista portugues 285 março parte 2 2015

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"Se queremos que tudo continue igual, faz-se necessário que tudo mude" Giuseppe Tomasi di Lampedusa. "O Gatopardo"

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ma formiga realiza suas quotidianas funções no bosque. Concentrada em seus afazeres, trepa numa folha caída no chão, com tal fortuna e no justo momento que uma onda do rio, penetrando em terra firme, a põe a flutuar e a arrasta para a correnteza. Assim somos os indivíduos no rio da vida e das mudanças. Forças proporcionalmente semelhantes à de uma formiga, enfrentando potências enormes, como o enfurecido rápido de um rio que desce desbocado entre os penhascos. Assim é também a humanidade, enfrentando o rio das mudanças. Assim tão pequenos… e assim tão impotentes… Por isso, sorrio com tristeza quando vejo políticos prometendo o impossível, mendigando votos, falsificando realidades. O mundo dos homens é só uma bolha metida dentro de outra maior, como a formiga e o rio. A natureza das coisas é como é. Podemos fazer uma represa, mais tarde ou mais cedo, a água encontra o seu caminho ao mar. O rio da história abriu comportas e a coisa dos vasos comunicantes está funcionando. A globalização é uma potência histórica e por mais que estiver amanhada, o fluir dos líquidos em movimento está causando torrentes de mudança imparáveis. No Ocidente, onde vivíamos na nossa “bolha”, abrir as comportas começa a causar baixas. A primeira é a classe média, porque quando o nosso vaso comunicante está a 100 e os outros a 5, só nos resta descer e descer. Os países emergentes, (quê acertado nome foram buscar para estas economias!) já saíram à superfície e a grande ilha, a Lemúria primordial, a Pangea dos humanos, a mãe de todas as terras, a China, surgiu na sua enormidade; sem mexer um dedo, sem fazer uma mudança, sem atender a nenhuma concessão, finalmente, os chineses deram o seu pontapé na Terra. A Europa, uma Roma do Século XX, naufraga nos egoísmos nacionalistas e nos mini-fundismos medievais, quebrando-se pela metade, entre o Sul e o Norte, enquanto em seu Leste Zarista se queima e em seu Oeste, a pérfida Albion se enroca nas suas “diferenças” como um globo apanhado pelas Américas. Nesse cenário, o polvorinho do Sul estala, a primavera árabe

"O êxito consiste em ir de fracasso em fracasso, sem perder o entusiasmo" Winston Churchill

(que já quase é um outono) a sós com o seu “sarampo” e um pouco mais abaixo, a febre sobe com o problema sério do Ébola. A América, líder e vencedora das últimas contendas mundiais, cede sem ceder, a sua liderança económica à China e lhe mete uma pedra no sapato aos produtores do petróleo, que com isso do “fraking”, estão a ver como acaba para eles esse negocio, antes mesmo que se esvaziam os depósitos. Mas, acima de tudo… Somos muitos! E isto do aquecimento global, certamente tem mais a ver com o alento de todos os humanos que com outra coisa. Riam! Riam, mas de certeza que é assim e ninguém o diz, porque está mal visto e é muito politicamente incorrecto! Faz anos, soubemos que as flatulências das vacas, com seu metano e óxido nitroso, faziam mais pela mudança climática que nenhuma outra coisa. Mas, o que foi que mais tem crescido no planeta, nos últimos séculos? Sim, acertou! Os seres humanos! Somos muitos e como dizia o meu amigo Lourenço faz já mais de 30 anos, todos querem comer três vezes por dia, como se fossem um lorde inglês! “De onde não há, nada se pode tirar”, reza o provérbio popular... Se tiraram parcialmente as tampas dos vasos comunicantes e nos tubos, os líquidos se vão ajustando numa espécie de sobe e desce, de marés de ondas. No Ocidente, talvez possa haver momentos em que subamos um pouco, como uma série de ondas mais fortes que poderiam enganar-nos no meio de uma maré vazante, mas não há ajustes nem métodos mágicos para que a natureza das coisas não siga o seu caminho. Paradoxalmente, “podemos” é apenas um grito de impotentes, tão vazio e sem serviço como o estéril esperma derramado pelo enforcado. Ninguém ira pôr o guicho ao gato, porque não é um gato, é um dragão que cospe fogo e lava, e na lava não há ninguém que possa fazer “surfing”. Maus tempos se avizinham para as nossas culturas Ocidentais, aquilo do choque das civilizações, por mal que possa parecer e por muitas tripas que retorcer, nada é frente ao mar de fundo que aí vem. O Tsunami já aqui está! E nós, a olharmos para as nossas unhas…


Alfredo Tucci ĂŠ Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

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AS “ARTES” DO NEGOCIADOR Foi antes do dia 11 de Setembro, uns poucos meses antes, quando tínhamos combinado um encontro para gravar o seu vídeo. O tenente Omar chegou com a sua equipa de ajudantes, todos eles absolutamente fardados, em voo directo desde NY. Ninguém podia então imaginar o trabalho que as equipas de segurança da cidade iriam realizar tentando salvar vidas no ataque às torres do World Trade Center. Sem dúvida, muitos colegas de Omar, alunos, amigos, perderam a vida nesta sua tarefa. Apesar das muitas críticas que têm sido lançadas contra os serviços de Inteligência e Segurança dos EUA, após o atentado de NY e Washington, o certo é que, possivelmente, possui os melhores especialistas do mundo em segurança. Todos sabemos que a segurança 10 não é possível, mas o mundo não deseja viver com este conceito e escolhe exigir o impossível. Omar é um destes peritos de primeira linha. Ele forma alguns dos indivíduos que, como ele próprio, têm de enfrentar as situações mais duras no seu treino, para saber resolver situações como negociadores. "Quando alguém se encontra numa situação de r eféns, está sozinho e deve ser capaz de tomar decisões que, geralmente, implicam a vida e a morte, por isso, o pessoal seleccionado


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para estas tarefas não só deve possuir uma excelente preparação física como especialmente nervos de aço", disse-me ele na nossa entrevista. Eu perguntei como podia alguém treinar para tal tarefa e esta foi a sua resposta: "Bem. Somos obrigados a passar por todo o tipo de provas. Depois de três dias sem dormir nem comer, somos interrogados e submetidos a situações onde devemos tomar a decisão adequada". E é que os artistas marciais são, sem dúvida, um grupo de pessoas que já possuem muito do que necessitam os peritos em segurança, se bem que as técnicas se devem adequar a situações claramente diferentes: "O Kokkar é um sistema de combate de aplicação directa, desenvolvido para enfrentar situações extremas de alto risco e embora se baseie em Artes Marciais, a sua técnica é fundamentalmente um assunto profissional". Vimo-lo em acção e gostamos do que fazia, ressumava profissionalismo e determinação e uma maturidade pouco frequente na sua juventude, mas Omar já passou por muito. Durante a sua estadia na Europa foi requerido para destinos invulgares, alguns inesperados, outros ocultos. Sabemos que passou por Israel, sabemos que visitou a Itália. Quando escrevo estas linhas não tenho notícias suas, espero e bem desejo que não estivesse nesse fatídico 11 de Setembro em NY, pois como perito para além da "linha vermelha da acção imediata", estava directamente sob as ordens do Governo Federal dos Estados Unidos, para situações extraordinárias. Em qualquer caso, aqui está o seu trabalho com a nossa revista e o seu vídeo, uma jóia para os profissionais ou para aqueles interessados no combate real.

Omar Martinez Sesto - Um super-especialista O Tenente Omar Martinez Sesto possui uma folha de vida impressionante. Nascido na Argentina, foi recrutado pelos caça-talentos americanos, pelos seus magníficos dotes como artista marcial e o seu forte carácter. É oficial instrutor nível III – Tácticas Especiais - no grupo A.P.M.I.A. (American Police & Military Instructor s Ass.), com seis anos de experiência docente, com diversos elementos dos seguintes corpos especiais: do Estado da Florida, Nova Iorque e Los Angeles: • H.E.A.T. (Hazardous Entry and Arrest Team) – "Equipa para Entradas e Detenções Perigosas". • S.O.T. (Special Operation s Team) – "Equipa de Operações Especiais". • S.W.A.T. (Special Weapon s and Tactic s Team) – " Equipa de Armas e Tácticas Especiais". • H.B.T.T. (Hostage Barricade and Terrorist Team) – "Equipa de Acção com Reféns, Terroristas e Pessoal atrincheirado".


• S.O.R.T. (Special Operation s Response Team) – "Equipa de Resposta para Operações Especiais". • U.S. Marshalls – S.O.G. (Special Operation s Group) – "Grupo de Operações Especiais". • F.B.I. (Federal Bureau of Investigation) – "Departamento Federal de Investigações". • C.I.A. (Central Inteligence Agency) – "Agencia Central de Inteligência". • S.E.A.L. Team s – "Equipa Mar, Céu e Terra – U.S. Navy". • U.S. Army Special Forces – "Forças Especiais do Exército Americano". • Sheriff Departament. Também é o cérebro por detrás do sistema de combate especial KOKKAR, método especializado em combate corpo a corpo de mãos nuas, desarme especial táctico e armas opcionais (com especial relevância na faca táctica), já adoptado por um grande número de equipas de alto risco, sendo considerado como um dos sistemas mais realistas e eficazes, do qual podem dispor unidades de


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"O Tenente Martinez Sesto, demonstrou com o sistema KOKKAR, como é ainda factível o incremento da margem de eficácia operativa, nas Unidades de Alto Risco".


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negociadores e agentes encobertos. O Tenente Omar Martinez Sesto recebeu duas condecorações especiais na sua carreira: • A "Iron Eagle" – Águia de Ferro – por Honra e Mérito (Washington –1996-). • A "Golden Eagle" – Águia Dourada – por Serviço Meritório (Washington –2001-). Falam os especialistas dos E.U.A. Muita gente diz ser e infelizmente depois não é… Quisemos obter informação sobre este oficial, entre alguns peritos de destacado nível e reconhecimento. Estas foram as suas opiniões: "Omar criou o melhor Programa de Armas Opcionais alguma vez utilizado nesta Unidade. A sua habilidade e destreza, fazem pavorosa a execução do sistema. Capitão Jhon Marino, Director O.S.T. – Florida -. "Eu estou no campo da lei há já 25 anos. KOKKAR oferece umas perspectivas de acção tremendamente efectivas para os corpos especiais". Sargento Mark Gibson, Head Instructor Special Team s - New York -. "O Tenente Martinez Sesto, demonstrou com o sistema KOKKAR, como é ainda factível

o incremento da margem de eficácia operativa, nas Unidades de Alto Risco". Frank Talbott, Director F.O.E. - New York, Florida, Los Angeles -

O sistema de Combate Especial Kokkar O número de sistemas de combate especial que constituem teorias e respostas operativas aos diferentes problemas que, inevitavelmente, surgem em cada Situação de Alto Risco falhada, é realmente amplo. A maioria destes sistemas pretende desenvolver respostas "simples" para estes problemas, baseando-se em argumentos como "tempo de absorção" e "raio de eficácia operativa". Postulam a fórmula, "mais simpleza igual a mais rapidez de deslocamento no campo real (isto é, menos tempo), igual a mais eficácia". Se realizarmos uma rápida e superficial análise desta proposta, parecer-nos-á muito lógica e altamente funcional, mas, na realidade, é inaplicável partindo da sua própria essência, pois não contempla a realidade das Situações de Alto Risco (S.A.R.). As ditas situações caracterizam-se, precisamente, pela alta complexidade operativa requerida para maximizar a

margem de êxito nas acções, como também por apresentar uma dinâmica sobre os acontecimentos, altamente instável e velozmente flutuante. Por outro lado, produz-se o concurso de um importante número de variáveis X (factores desconhecidos, por ex.: número exacto de delinquentes, dados exactos sobre armamento, munição, alimentos, se existe situação de reféns, informação exacta sobre o estado e/ou condição dos mesmos, modelo de conduta exacto do criminal que permita a antecipação às suas acções futuras, conhecimento sobre a existência ou não de rotas de escape, etc.). Todas estas características produzem uma situação crítica que supera a capacidade de acção e resposta das Forças Convencionais. A complexidade inerente às S.A.R., faz-se patente nas diferentes matérias que formam parte dos programas de qualificação profissional para Grupos Especiais, como é o caso de "Close Combat" e "Hand to Hand Combat", que costumam desenvolver-se de forma integrada à área C.B.Q. (Close Battle Quarter). O combate especial sem armas ou com armas alternativas (por exemplo a faca) é, na opinião de numerosos peritos em combate policial especial, de importância relativa ou


Kempo Policial secundária. Defendem que as Forças Especiais devem dar prioridade de instrução a armas especiais. E têm razão. No entanto, existem casos determinados de grupos altamente especializados (por ex. H.B.T.T. "Hostage Barricade and Terrorist Team", S.O.R.T. "Special Operations and Response Team", H.R.T. "Hostage Rescue Team", T.O.U. "Tactical Operations Units") em situações de resgate de reféns e na luta contra o tráfego de narcóticos, nas quais o adestramento de O.W. (Optional Weapons) e H.T.H.S.C. (Hand to Hand Special Combat) alcança Prioridade I. No caso dos Grupos com missões de resgate de reféns, esta formação é de vital importância para o agente ou negociador que penetra na "Hot Zone" (Zona de Conflicto) geralmente desarmado ou na maioria dos casos, incapacitado para abrir fogo sem a implicação de risco mortal para a vida dos sequestrados. Por outro lado, as Unidades

Especiais de Luta contra o tráfego de narcóticos empregam, com suma regularidade, agentes encobertos, os quais se envolvem em situações sumamente delicadas para introduzir-se, manter-se e operar dentro do circuito criminal. Uma situação típica destes agentes são as entrevistas combinadas com os "cérebros" destas actividades, que sempre implica a impossibilidade de transportar armas de fogo. De maneira que, em caso de suspeita e/ou conflito, as possibilidades de sobreviver do operativo determinamse pelo seu nível de formação em Armas Opcionais e Combate Especial Corpo a Corpo. Para estes grupos, em especial, e para o resto, em geral, o K.S.C.S. desenvolve Teorias de Acção e Programas de Instrução em matéria de Combate Especial Corpo a Corpo (H.T.H.S.C. – C.S.C.) e Combate com Faca (Tactical & Fighter Combat Knife), que respondem aos diferentes planeamentos realizados pelas Forças de Segurança.

Também é importante assinalar que, apesar das S.A.R. implicarem a muito provável aplicação da "Final Option", até a p o s s i b i l i d a d e d e s a p a r e c e r, a s unidades sempre devem proteger a vida (tanto de inocentes como de criminosos). Devido a isso, na Fase Primária do K.S.C.S., as acções desenvolvem-se com o objectivo de neutralizar sem dano mortal, para só depois progredir para graus mais severos de aplicação. Características do K.S.C.S. são as acções múltiplas. As razões para isso são: 1) Devido às especiais características deste tipo de situação, é muito provável que a primeira acção não provoque o efeito teoricamente esperado, razão pela qual se treina e instrui dentro de um "modelo de acção" que desenvolva a capacidade para "fluir" com as mudanças inesperadas que surgem, habitualmente, durante as intervenções.


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2) Cancelar cada possível resposta do criminoso com as nossas acções. • Embora seja certo que acaba por ser improvável cobrir a prática totalidade de respostas possíveis por parte do agressor, cada sequência desenvolve uma série de "hábitos" que permitem, mediante a "aderência" e a "velocidade cerebral", controlar com grande eficácia o esquema corporal do delinquente. 3) Saturar a percepção neurológica do criminoso. • Frente a armas ou em situações de combate corpo a corpo, resulta de suma importância compreender que

qualquer acção que realiza ou possa realizar o delinquente, parte de uma percepção e ordem cerebral. Para superar e/ou anular a sua capacidade de reacção, desenvolve-se o conceito de "saturação". 4) Ângulos – Posicionamento, Zonas de Protecção. - As acções contínuas permitem manipular o corpo do adversário e improvisar um escudo humano frente a outros delinquentes. Ao mesmo tempo, o posicionamento contínuo sobre o criminoso, dificulta ser alcançado pelos disparos e/ou agressões dos seus companheiros. Por sua vez, a constante busca dos



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ângulos de defesa e ataque apropriados, permitem realizar a "entrada" ou "saída" das "zonas de combate", recuperar e/ou capturar armas e procurar "zonas de protecção". Em suma, o K.S.C.S. é um Sistema Altamente Especializado, que conta para a sua aplicação com um marco científico, mediante o qual cada acção se sustenta no campo da Fisiologia Humana, o que garante uma Alta Margem de Efectividade Operativa em situações C.C.H.T.H.S.C. (Close Combat – Hand To Hand Special Combat) e O.W. (Optional Weapons). Níveis do Sistema de Combate Especial Kokkar Os diversos cursos oferecidos encontram-se contidos em três níveis. Cada um contempla diferentes graus de agressão e a sua correspondente metodologia logística de resposta. Os níveis são: I. Blue level – S.R.T. (Strategic Response Team) II. Green level – T.R.T. (Tactical Response Team) III. Red level – S.O.T. (Special Operations Team) Blue Level – S.R.T. (Strategic response team) DESTINATÁRIOS: Polícia estadual e metropolitana OBJETIVO: Neutralização I CORPO T. C. (TECHNIQUES CONTROL): dividido em dois: a) Para N.D. (Neutralização Directa): mediante aplicação de P.T.P. (Pressure Tactical Points). Como funciona? Através da compressão directa de nervos e

artérias específicas, cujo efeito é obtido em duas áreas simultaneamente: Cérebro: mediante a aplicação de P.T.P., leva-se o agressor ao seu limiar neurológico de tolerância à dor, com o que "desaparecemos" do seu foco de consciência. O alvo é, portanto, a "psique". Corpo: mediante a aplicação de P.T.P., produz-se no corpo do agressor um choque paralisante, cuja consequência é a incapacidade temporal para realizar qualquer acção física. O alvo aqui é então "físico". Quando aplicá-lo? Naquelas situações cujo prolongamento entranhe grande perigo potencial, sendo a principal prioridade "cortar" a agressão. Em síntese, o grupo P.T.P. é aplicável frente àquelas situações que possam rapidamente desbordar a capacidade de neutralização do ou dos agente/s. b) Para N.I. (Neutralização indirecta): Mediante a aplicação de imobilizações e desequilíbrios (trabalham sempre com aplicação conjunta de P.T.P.). Como funciona? Através da manipulação dos sistemas muscular e esquelético, especificamente sobre as articulações correspondentes às zonas de ombro, cotovelo, pulso e dedos. O objectivo desta manipulação é "fechar" a mobilidade articular destas áreas consideradas "chaves" no K.S.C.S., pois é através delas que se materializam as acções do agressor.

O conceito indirecto deriva do facto de que este grupo técnico requer, para a sua aplicação efectiva, a preparação prévia. Quando aplicá-lo? Naquelas situações em que se mantém claramente um certo grau de controle potencial, sendo as agressões isoladas e sob a forma de ataques simples. Este grupo permite um amplo nível de manipulação e mobilidade sobre o corpo do agressor, o que possibilita a sua imediata condução. Green Level – T.R.T. (Tactical response team) DESTINATÁRIOS: Polícia Federal, Agência de Inteligência, Serviço Secreto, U.S. Army (Marine Corps, U.S. Navy). OBJECTIVO: Neutralização II (inclui a possível aplicação de "Opção Final") CORPO T.C. (TECHNIQUES CONTROL): o conceito de N.D. e N.I. fundem-se em "um só corpo dinâmico". Neste nível contemplamse as diferentes possibilidades de agressão com as seguintes características: • Atacantes múltiplos com e sem armas • Armas de fogo (curtas – compridas); armas pungentes – cortantes • Espaços reduzidos (com e sem civis inocentes) • Espaços amplos (com e sem civis inocentes) • Cenários de combate variados: casas, edifícios, aeroportos, etc. Como funciona? Através da aplicação da "sensibilidade selectiva"


Kempo Policial e da "visão periférica", conceitos estes exclusivos do método K.S.C.S. A aplicação dos mesmos permite ao agente adaptar-se dinamicamente à "mudança brusca e contínua", característica destas situações, ao mesmo tempo que o dota de respostas cuja aplicação extrema representa uma ampla percentagem de possibilidades. Quando aplicá-lo? Situações de tomada de reféns e diversos graus de acção terrorista.

Red Level – S.O.T. (Special operations team) D E S T I N AT Á R I O S : Forças Especiais grau III, policiais e militares. OBJETIVO: Opção Final. (ACESSO A DETALHE NÍVEL III, RESTRINGIDO).


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VIOLAÇÃO E CRIME O número de violações tem aumentado tanto nos últimos tempos, que nos Estados Unidos, por exemplo, vai alem de um milhão por ano. Portanto, este é um problema e uma epidemia enorme. A VIOLAÇÃO já não é só um problema que diz respeito à mulher, mas também a outros seres como as crianças e à nossa sociedade em geral e consequentemente, esta deve educar as suas crianças, os jovens e os adultos, acerca dos seus direitos. Mas enquanto não acordar, deves de te ajudares a ti mesma!


Mulheres e Artes Marciais


Fu-Shih Kenpo

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az alguns anos, nos Estados Unidos se realizou um estudo da saúde mental e foram entrevistadas em volta de 9.000 mulheres de colégios do dito país, tendo-se obtido resultados assombrosos. Um 25% das mulheres destes colégios, tinham sido violadas em alguma ocasião. Muito perto do 50% de estas violações tinham sido feitas por a m i g o s românticos e quase todas as v í t i m a s contavam

entre os 15 e os 25 anos de idade. “Mais do 90% delas não denunciaram o incidente”. Na Espanha e durante estes últimos anos, temos sido informados acerca de atropelos e vexames que sofrem crianças e mulheres adultas. Agressões, tropelias de todo género, violações e mortes, não são alheias a isto as estadísticas americanas. Isto sucede em todo o mundo. Casos como o das meninas de Alcácer, Anabel Segura, as violações de Huelva, perpetradas pelo próprio professor de ginástica de um colégio; Víctor José Mojarro tinha violado 17 meninas, a de mais idade só

contava 12 anos. Outras recentes notícias nos fazem lembrar as estadísticas espanholas a esse respeito. Algumas mulheres morrem a cada mês a mãos de seus próprios maridos. Não são doentes nem loucos. Os maridos, os ex-maridos, namorados, companheiros ou amantes que matam suas mulheres, são simplesmente assassinos. Na Espanha ocorrem por ano 300.000 agressões físicas contra mulheres e um grande número delas, têm um desenlace trágico. Estas e tantas outras vítimas do nosso país, não só nos consomem de tristeza, como também nos fazem pensar acerca de como prevenir e


Mulheres e Artes Marciais ensinar os nossos próprios filhos, para tentar evitar que esse tipo de tragédias aconteçam nas nossas famílias; Deus nos livre! Muitos homens violentos são capazes de manter no seu trabalho uma imagem de pessoas respeitáveis. O delito de violação é o único onde se exige à vítima uma "Certidão de se ter defendido".

POR QUE MOTIVO HÁ TANTAS VIOLAÇÕES QUE NÃO SÃO DENUNCIADAS À POLÍCIA? HAY VÁRIAS RAZÕES: 1) A vítima já traumatizada, não quer passar por mais situações estressantes e traumatizantes. Então prefere tratar de esquecer o incidente e tirá-lo do seu pensamento. Isto é muito compreensível e por vezes pode dar resultado. 2) As vítimas se sentem envergonhadas, temem a reacção da própria família ou de amigos chegados. Elas pensam que se a sua família vem a saber de tal facto, podem até chegar a duvidar delas, do seu próprio comportamento. Nisto é preciso educar as famílias em tal situação, pois uma vítima que procura compreensão e carinho, deve de ser apoiada. 3) Outro problema que pode surgir é que o violador pode ter sido algum membro da própria família ou amigo chegado (isto acontece em um elevado número de casos) e foi também constatado, que em quase um 50% dos casos, a vítima conhece o violador. O meu conselho é que ainda assim, a vítima deve procurar um especialista, a polícia, um familiar ou um amigo de extrema confiança, para denunciar os feitos. Assim poderá evitar futuras agressões. “Os problemas quando vêm de frente, têm de se resolver de frente”. 4) Também sucede que a vítima chega a pensar que ela própria pode ter sido a causa do acontecido. Talvez por não ter tratado de evitá-lo, se com anterioridade vislumbrou essa possibilidade. Tem até medo de que esta pessoa possa repetir a violação, ocasionando-lhe anda mais mal. Ainda quando pensares que é assim e se não desejares que se repita, deves saber com certeza as tuas verdadeiras intenções e desejos; se não desejas

continuar sendo uma vítima, acode aos métodos que te permitam erradicar definitivamente esse grande problema! 5) Também a vítima tem medo do procedimento legal, passando pela vergonha durante o processo que será humilhante em muitos momentos do mesmo. Estimada amiga, depois de sofrer o maior vexame que uma mulher possa sofrer na vida, não deves ter medo de falar e tentar resolver o acontecido perante a justiça. Se todas as vítimas denunciassem seus agressores, os sucessos seriam cada vez menos. A Violação pode acontecer em qualquer lugar. Quase um 50% acontecem em casa, na própria casa da vítima. A duração de uma violação acostuma ser de 2 a 4 horas. Tendo no registo que a mais breve durou 20 minutos. Outros lugares muito utilizados são o automóvel, parques, escritórios, lavatórios, aeroportos e muitas vezes inclusivamente nas prisões. Há dois factores chave que incidem como aspectos essenciais para o rapto e violação, que são: a) Isolamento. b) Incessantes períodos de tempo.

COMO SE PODE ACABAR COM O RISCO DE SER UMA VÍTIMA, PARTICIPANDO NAS ARTES MARCIAIS É evidente que o exercício físico melhora muito a tua imagem. Os Médicos estão até tratando a depressão com exercícios físicos. Qualquer pessoa que realizar programas de treino físico, poderá afirmar que depois de treinar, acostuma a sentir-se muito melhor física e psiquicamente. Tudo o que se necessita é um mínimo de 45 a 60 minutos por sessão, pelo menos duas ou três vezes por semana. O exercício estimula a liberta substâncias químicas que produzem boas sensações. Por outras palavras, estas sensações ou emoções permitem que a própria pessoa adquira uma maior confiança em si mesma. Fortes sentimentos, melhores vibrações e um aumento nos níveis da segurança interior. Esta soma de factores se reflecte na maneira de andar da pessoa, nos seus gestos e na sua atitude em geral. Isto também será muito importante para avisar a um atacante potencial como dizendo "Cuidado! Não te metas comigo". Recentemente, outro estudo veio demonstrar que de entre os três ou quatro factores preponderantes, que existem para prolongar a nossa longevidade e viver saudáveis, se encontra o “exercício físico”, além de uma equilibrada e boa alimentação, o descanso e o não consumo de estupefacientes. Se além de realizar alguma actividade de carácter físico, te preocupa conhecer primeiro os diversos sistemas marciais existentes no teu meio, antes de fazer a tua escolha final, isto resultará muito bom, porque mesmo que todas as artes orientais são boas, talvez nem todas possam resultar do teu agrado ou capacidade, porque isto dependerá de muitos factores pessoais e de critérios técnicos de cada uma delas. Por outras palavras, cada indivíduo, homem ou mulher, criança, adulto, etc., possui


Fu-Shih Kenpo diferentes qualidades físicas e psíquicas; em ocasiões existem também certas limitações que também possuímos, tanto seja de maneira natural, por acidentes, lesões ou doenças. Para ajudar daqui a poderem ter uma ideia acerca do que estou tratando de insinuar, é pelo que seguidamente indico uma breve relação acerca das características das diferentes Artes Marciais.

RELAÇÃO DE SISTEMAS DE ARTES MARCIAIS 1º) JUDO: Seu nome significa "Caminho Suave" e é um método de combate sem armas. A arte inclui estudos dos princípios para quebrar o equilíbrio, o movimento, a utilização do peso e dos esforços do oponente, executando técnicas e atitudes mentais. Desenvolvido pelo Grão Mestre JIGORO CANO, o Judo moderno tem 5 estados de instrução. Numa situação de luta, o Judoka induz seu adversário a se dobrar para a frente, fazendo-o perder o equilíbrio e conseguindo com isso que seja fácil


Mulheres e Artes Marciais derribá-lo ou projectá-lo. É um método de corpo a corpo, de agarres, desequilíbrios e lançamentos. É também um Desporto Olímpico. 2º) JU-JITSU: Quer dizer "Arte Suave". É um termo genérico aplicado a um grande número de métodos japoneses de combate, tanto armados como sem armas, com destaque na flexibilidade, caracterizado por técnicas de joelhos, imobilizações, projecções, batendo, segurando e utilizando determinadas armas. O Ju-Jitsu é a arte onde o Judo tem a sua raiz. 3º) AIKIDO: Quer dizer "Encontro com o Caminho Espiritual". É um muito belo método de Defesa Pessoal sem armas. Fundado em Tóquio, em 1942, pelo Grão Mestre Morihei Uyeshiba, no Aikido, o sistema está baseado no princípio da harmonia e sem resistência ao oponente. Um Aikidoka, na prática procura envolver o parceiro, girando em redor do seu centro. Ele está em harmonia com seu parceiro, enquanto mantém flexibilidade e estabilidade. No Aikido “não existe” a ideia de destruir uma pessoa O Judo, o Ju-Jitsu e o Aikido, têm um factor em comum, todos são partes da luta oriental. Ao contrário do Karate, Kenpo, Kung-Fu ou Tae-Kwon-Do e outros estilos similares, que são formas de Boxe Oriental. 4º) KARATE: Significa "Mãos Vazias" ou “Mãos nuas”. É um termo japonês moderno, que se enfatiza o trabalho nas artes de bater com as mãos nuas, pontapear, executar lançamentos e bloqueios provenientes de Okinawa. Utiliza a descarga da energia no ponto da focalização. 5º) KUNG-FU: A palavra é uma interpretação fonética de uma palavra chinesa que significa; “Perfeição em qualquer coisa da vida”, esplendor, realizar muito bem alguma coisa, etc.., em consequência é um termo mal

empregado no Ocidente para descrever um estilo de artes marciais chinesas. Um bom escritor seria um Kung-Fu escrevendo, um bom médico seria um Kung-Fu na Medicina e assim sucessivamente. Por isso, quando alguém diz praticar Kung-Fu, a pergunta a seguir seria: Mas que estilo de Kung-Fu? E poderia ser o estilo do Tigre, do Grou, da Mantis Religiosa, etc... É utilizado pelos chineses do Oeste, para descrever um sistema de luta na China. A maioria dos estilos de KungFu, utilizam movimentos circulares por cima das linhas rectas ou movimentos rectos Japoneses. Desenvolvem mais flexibilidade e velocidade que descarga de energia. 6º) TAE-KWON-DO: Significa bater com os punhos e dar pontapés. É um termo Coreano, usado para representar os estilos da Coreia. As artes coreanas utilizam as linhas rectas, mas dão mais importância ao uso das técnicas de pernas. 7º) KOSHO-RYU KENPO: Significa "Caminho Espiritual do Velho Pinheiro". É a arte familiar dos Monges Kosho e seu actual descendente de 22ª geração, é o Grão Mestre THOMAS BARRO MITOSE. Similar às artes e estilos de Karate, mas anterior a eles, trabalha as técnicas de mãos nuas e as de per nas. Destaca a velocidade, continuidade de movimentos concatenados e a naturalidade nas suas respostas. Por último, combina as linhas rectas com movimentos circulares entrelaçados entre si. 8º) Kenpo-Karate, Lima-Lama, Kajukenbo, Fu-Shih Kenpo, etc..., são sistemas modernos das artes marciais, todos os quais dão importância à Defesa Pessoal na rua. São métodos novos e flexíveis das artes marciais orientais. Baseados nos princípios de continuidade e economia de movimentos, têm procurado uma aproximação e têm pesquisado para resolver situações actuais. Aplicam técnicas de bloqueio, desvio e a utilização de todo o arsenal humano; mãos nuas, antebraços, cotovelos, joelhos, pontapés, pisadelas, varrimentos, técnicas de alavanca e de projecção, etc., com ou sem armas.

9º) O Full-Contact, Kick-Boxing, Koshiki, Sabaki, etc., são sistemas modernos de combate desportivo. Muito efectivos por certo, tanto em encontros desportivos como quando aplicados na defesa pessoal. Utilizam fundamentalmente as técnicas de punhos, pontapés, varrimentos, joelhos e o Kick-Boxing e o Sabaki aplicam também o uso de joelhos e cotovelos. O Koshiki permite o uso das mãos abertas e as projecções. 10º) O Krav Maga (que significa no idioma hebraico “combate corpo a corpo”) é o sistema oficial de combate e defesa pessoal, usado pelas Forças de Defesa de Israel (I.D.F.), a Polícia Israelita e os Serviços de Segurança, além de um grande número de Forças da Lei dos Estados Unidos. Desenvolvido e aperfeiçoado durante anos problemáticos, no Krav Maga se destaca a facilidade na aprendizagem de técnicas que têm sido provadas em inúmeras ocasiões em confrontos reais. Em geral, todos os sistemas antes ditos são belos e efectivos quando realizados por verdadeiros conhecedores e especialistas, os quais têm dedicado um grande número de anos ao seu estudo, evolução e aperfeiçoamento. Ou seja, quando chegaram ao Kung-Fu dos mesmos. Torno a lembrar que será muito conveniente e necessário, que cada um procure conhecê-los antes da escolha definitiva. Só assim poderão saber quais sistemas se adaptam melhor às suas próprias necessidades e características peculiares. As artes marciais e os desportos de luta ou defesa, existentes nos nossos dias, produzem grandes benefícios físicos, mentais e espirituais. Reforçam a personalidade, o carácter e a saúde em geral do indivíduo. Beneficiam no sentido da própria auto-confiança, a prevenção e antecipação nos reflexos e o equilíbrio tanto físico como mental da pessoa. Em situações críticas de defesa pessoal, proporcionam os conhecemintos necessários para repeler delinquentes, violadores e/ou assassinos.










O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

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Levam quase dez anos ilustrando o mundo desde estas páginas, acerca das antigas artes Samurai e muito mais tempo ainda com seus cursos, aulas, livros e vídeos. Eles são os herdeiros e garantes da tradição da cultura Shizen, um povo, uma tradição, uma escola que se ergue com força, assombrando por sua erudição, profundidade e riqueza, os versados especialistas do panorama Marcial tradicional japonês. Chegou o momento de deitar a vista atrás e apresentar de novo aos leitores esta escola, como si partíssemos de zero, para redimensionar a sua grandeza e voltar a enquadrar tantos anos de frutífera colaboração com esta revista. Voltemos pois ao princípio, à sua apresentação, mas nada é como era então. Shidoshi Jordan Augusto Oliveira e Shidoshi Juliana Galende conquistaram o respeito da comunidade marcial e desenvolveram uma organização a nível mundial com ramificações e representantes em vários continentes. Nada deles é casual, pois a Kaze no Ryu possui o mais amplo grupo de ensinanças tradicionais japonesas que jamais se tenha visto, que vai do domínio de inúmeras armas, algumas exclusivas desta tradição, até as mais variadas técnicas e sistemas de mão nua. No entanto, o seu mas rico tesoiro talvez reside na sua cultura única e própria, que inclui uma



escrita única, um idioma completamente diferente do Japonês, o Shizengo e dentro desta cultura, brilhando com luz própria, a sua tradição espiritual, o e-bunto, “La grande força” (conhecido em Japonês como “Ochikara”) um conjunto de conhecimentos her méticos que em segr edo sobreviveram à passagem dos séculos. Tudo isso faz desta escola uma experiência absolutamente extraordinária, um tesoiro vivo do Japão profundo, que praticamente se perdera em seu país de origem, volte a brilhar graças a estes Mestr es, desde o seu Hombu dojo, sito em Valência, Espanha, para iluminar o mundo com a sabedoria, a grandeza e a força de um povo e uma cultura diferentes e excepcionais. Para os artistas Marciais amantes das fórmulas de combate Samurai, esta escola é a Pedra Rosetta que lhes permitirá compreender as artes e os estilos mais antigos, base sobre o qual se construiu todo o edifício marcial japonês, que nos nossos tempos tantos adeptos tem em todo o mundo. Aqueles dos nossos leitores que ainda os não conhecem, não deixem de o fazer; este é o meu conselho sincero. Os amigos leitores que faz tempo que os apreciam, gozem de novo, como a cada mês, da sabedoria de ambos. Alfredo Tucci


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BU (militar, guerra)... GEI (arte) Bu está relacionado com o militarismo, a marcialidade; Gei, por sua vez, significa arte ou performance. Assim sendo, BuGei é uma junção de kanji que tem como interpretação "arte ou performance da guerra", denotando um aspecto mais genérico, o que inclui e engloba as especializações diversas não somente do Bujutsu, mas suas sub-especializações. Bujutsu, por sua vez, denota a estratégia ou a funcionalidade dessas artes de guerra, a forma pela qual as práticas atingem seus objectivos. O Bugei, ou Arte Militar teve sua origem no Japão antigo, porém era estudado para fins de guerra apenas. Hoje sua ideologia é totalmente voltada para a Tradição da Arte. Por este motivo, todas as disciplinas têm uma relação em comum: a busca pela realidade e eficácia, factor primordial para a formação de um guerreiro. Foi na Era Tokugawa (também conhecida como Período Edo 1603 d.C. a 1868 d.C.) que a cultura militar atingiu seu apogeu histórico e técnico. A população foi dividida em quatro classes sociais: samurais, lavradores, artesãos e comerciantes. Os samurais eram a classe dominante. Possuíam o poder absoluto sobre o povo e as terras, tendo a espada e o sobrenome como seu símbolo. Possuíam um código de honra denominado Bushido. Aproximadamente nove séculos de expressão do poder militar no Japão mostram que a nação foi imbuída de ideais e éticas particulares desses guerreiros, com um impressionante senso de missão. Esses elementos, que impulsionaram o bushi a agir nos palcos da história japonesa, foram fortemente rodeados de uma inabalável crença da origem divina do Japão, com uma determinação que confirmaria a crença nas forças das armas, mesmo que isso implicasse na morte. O código de comportamento demandava uma inquestionável obediência aos comandos de seu


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superior imediato, a quem era atribuído um elo de ligação com o passado divino. O Bugei era ensinado nas escolas militares - Bujutsu Ryu -, espalhadas por todo o Japão, de modo que é impossível precisar o número exacto dessas escolas. Yorike Mizuguchi, que posteriormente modificou seu nome para Manabo Ogawa, foi o progenitor de toda a árvore genealógica da família Ogawa. Yorike era sacerdote e acreditava na mensagem dos deuses como forma inicial de sua elevação. Após seu feito, Manabo foi reconhecido pelos sacerdotes como Kokeisha (sucessor) directo da linhagem tradicional da aldeia Kawa. Acredita-se que o nome adoptado - Ogawa - seja sem dúvida, uma homenagem ao seu renascimento nas águas do "pequeno rio" que banhava a aldeia. O Kaze no Ryu Bugei chegou ao Brasil através da família Ogawa, que desembarcou no Porto de Santos em data imprecisa tida como referência 1935, estabelecendo-se no Paraná, sul do Brasil. Shidoshi Jordan Augusto iniciou sua trajectória no Bugei através de Kazuo Ogawa e Kibashi Hirayama. Posteriormente, sob tutoria de Roberto Kunio Araki, recebeu a graduação de Shidoshi pelas mãos de Ogawa Hiroshi, e juntamente a isso a permissão de ensinar a tradição da linhagem. Há indícios da história no que se refere ao desenvolvimento das técnicas pelo próprio Ogawa Hiroshi. Assim, dizem que até a década de 70 no Brasil, nossa linhagem era chamada também de Ogawa Ryu, pois muito se desenvolveu em termos de eficiência devido ao nosso soke. É possível, portanto, ver diferenças no que tange ao Kakuto no Bujutsu (forma real da guerra) quando comparado o Kaze no Ryu do Brasil e de outros países. Dentro dos estudos do Bugei da linhagem Ogawa estão as artes compreendidas em Kobujutsu e Taijutsu.


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Traduzido literalmente como "arte velha da guerra" (Ko - Velho; Bu - Guerra; Jutsu - Arte), esta palavra têm sido muito utilizada como referencial às praticas com armas. De fato muita confusão existiu ao longo dos anos das artes marciais. É comum artes japonesas utilizarem expressões de acordo com o idioma natal. Assim sendo, logicamente, muitos termos serão semelhantes. Determinados estilos clássicos de Jujutsu, por exemplo, comunmente denominam a prática com armas como Kobujutsu, mas não incluindo a prática de determinadas armas antigas como Sai, Tonfa, Kama e etc. Desta forma, é coreto afirmar que, nesses casos, o termo Kobujustu é utilizado como referência para práticas com armas clássicas, como o Jo, Bokuto, Tanto e etc., sendo empregado como "arte velha da guerra" apenas. Muitas são as artes do Kobujutsu praticadas no Ogawa Ryu, entre elas, o Kenjutsu, Iaijutsu, Battojutso, Jujutsu, Bojutsu, Tanbojutsu, Tantojutsu, Yarijutsu (Sojutsu), Naginatajutsu, Saijutsu, Kamajutsu, KusariFundo, Nawa no Gikko, Kyujutsu, dentre outras. Tai Jutsu é um termo japonês que designa artes marciais corporais, ou arte corporal. Tai significa corpo e Jutsu, arte. Apesar de um nome bastante vago, o que pouco determina suas características predominantes, o Tai Jutsu é uma forma de luta bem antiga, que visava aperfeiçoar e preparar alunos para todo tipo de situação na qual não dispusesse de armas ou qualquer outro tipo de protecção que não fosse o seu próprio corpo. Com este intuito, a arte tomou dimensões muito abrangentes devido às infindas e diferentes situações de luta corporal. Assim como muitas armas foram desenvolvidas para proporcionar vantagens em combates, e nisso há de se convir que ao longo do tempo e das culturas diversas pode-se encontrar uma imensa variedade com os mais diferentes fins, o corpo humano também


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teve aprimorado formas de utilização de seus componentes estruturais, cabeça, tronco e membros, com finalidades de ataque e defesa. No Japão, assim como para outros povos ligados a guerra, técnicas de combate desarmados se tornaram tão eficientes que passaram a ser estudadas e aplicadas contra qualquer tipo de oponente, armado ou não. O estudo de ângulos, tracções, impactos e alavancas que poderiam ser realizados com o próprio corpo, e os danos que poderiam ocasionar em determinados locais, foi exaustivamente aprofundado até que as artes desarmadas pudessem conseguir as mesmas vantagens que um oponente com a mais perigosa das armas. É possível se encontrar, por exemplo, as aplicações técnicas desarmadas contra um oponente com faca (Tanto Dori) ou com espada (Shinken Shiraha Dori). O Tai Jutsu é basicamente dividido em três artes de contacto corporal. A parte que estuda a forma de agarrar (imobilizações e estrangulamentos) é o Jujutsu - arte bastante antiga que descende do Kumi-Uchi (Yoroi Kumi-Uchi no caso de se estar utilizando a armadura), luta que visava levar os adversários ao solo, de grande eficiência para o desenvolvimento do binómio corpo-mente. Mesmo dentro do Jujutsu, por sua imensidão de técnicas e imobilizações, são estudadas com bastante afinco a luta em pé, porém com uma conotação mais ligada à agarramento. Outra parte que compõe o Tai Jutsu é o Kenpo. Arte voltada para a agressividade e fortalecimento corporal. A filosofia do Kenpo é buscar a naturalidade do corpo em união com sua agressividade. Esta forma violenta de luta corporal foi desenvolvida para fins de guerra. E para completar o Tai Jutsu, tem-se o Aiki Ju Jutsu. Luta muito antiga, baseada na harmonia e na utilização da energia interior, conhecida como Ki. Entretanto, algumas sequências características são utilizadas dentro dessas do Jujutsu e AikiJuJutsu, como formas de Seiteigata.


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Essa arte é conhecida como Koppojutsu, e enfatiza o ataque aos ossos. Um outro factor que torna o Tai Jutsu extremamente eficiente é a utilização de alavancas e ângulos de chaves, farturas e torções em articulações, conhecidos como Kansetsu no Gikku. Muitas versões históricas explicam os porquês de tantas técnicas dedicadas às articulações. A versão mais usada recorre à origem da armadura que feita para ser flexível, reservava apenas as articulações como alvo de ataque.

MAKIMONO, DOCUMENTOS TRADICIONAIS Se analisarmos bem, a composição de um papel, por melhor que seja o texto nele contido, jamais expressará em verdade o conteúdo programático existente no conhecimento de um profissional. Para os mestres mais tradicionais de Bugei, as colocações feitas em papéis e documentos podem não ser tão significativas quanto a análise de técnicas e suas execuções. Mesmo assim, é a maior referência ou legado de um mestre a um aluno no que se refere à tradicionalidade de seus pensamentos e à sua origem. Antigamente, os valores de um aprendizado em Koryu eram grafados em documentos que tinham o nome de Kaiden, de forma que nomenclaturas relacionadas estendiam-se a Menkyo Kaiden, Densho, Kaidensho, Makimono, Ryusho, e uma série de outros. Embora existam estudos que comprovem as diferenças entre cada um deles e suas respectivas aplicações, com a chegada do Gendai Budo, uma grande dúvida surgiu diante das graduações e títulos que eram atribuídos. Com a ascensão das artes modernas, que utilizam o sistema DanKyu como graduação, as informações do passado ficaram um pouco à deriva e sufocadas pelas ascensão das novas artes e suas divulgações.



O sistema de Kaiden ficou conhecido no ocidente como uma "licença" para se passar adiante certos conhecimentos. Nas escolas mais tradicionais, além do Kaiden, é entregue o Makimono, documento que contém as especificações necessárias de cada Ryu e suas especificações em sua genealogia. Durante décadas, muitas foram as especificações através de documentos. Seus conteúdos eram valorizados devido à sequência do direccionamento de determinado Ryu - fluxo; corrente; nagare; que se refere a linhagem - que, na consistência dos fatos, determinava os reais herdeiros e detentores do conhecimento de tal escola. Ishino Shihan, em uma palestra na Sociedade Brasileira de Bugei, apresentou a tradução dos documentos que representam a Sociedade Brasileira de Bugei na pessoa do Shidoshi Jordan Augusto, como Daihyosha ou representante das técnicas Ogawa, em Koryu Seiteigata (formas estabelecidas por uma determinada ordem). O Shidoshi Jordan Augusto, a respeito do makimono, em uma entrevista, afirmou: "Todo e qualquer documento deve ser visto apenas como lembrança de que você faz, ou fez parte de algo importante em sua vida. Algo que te fez bem. Nada mais." E vai além: "O documento não te torna especial em nada, muito pelo contrário, tudo o que é símbolo torna-se alvo. Quanto ao fato de muitos se apoiarem nos documentos para conquistar um espaço que acreditam ser necessário, devemos lembrar que todos nós, em determinado ponto em nosso interior, somos frágeis e pequenos. O mundo ilusório está aí e todos participamos dele. O respeito deve vir de dentro para fora e não de fora para dentro."


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Tai Chi

A espada recta no Estilo Tai Chi Chuan


Grandes Mestres “A espada recta, pela sua versatilidade é muito utilizada também por outros estilos externos do Kung Fu, como o Hung Gar, o Choy Lee Fut, o Tsui Pa Hisien, o Bak Hoi Pai, o Shaolin Chuan e outros mais”

Falando em Ta i Chi, frequentemente me tem acontecido encontrar nas pessoas certo assombro quando se fala de armas como a Bengala, a Lança, a Alabarda e o Leque. Para muitos, é difícil associar estas armas ao actual Tai Chi Chuan. No meu longo caminho de estudo e prática dos estilos interiores de Kung Fu, tenho sempre encontrado instrumentos destinados a completar o exercício com as mãos nuas. Também o Tai Chi tem contribuído para enriquecer a minha experiência nas armas tradicionais e, através deste método, descobri um mundo muito atraente e vasto. Agora eu sinto ser meu dever transmitir estes tesouros da arte – arte já quase desconhecida – também aos mais apaixonados praticantes deste estilo. Na minha escola, os programas de armas Tai Chi têm previsto, para depois do estudo da Espada recta, o estudo do Sabre, do Pau comprido, da Lança e do Leque.


U

ma história com 4.000 anos de antiguidade, conta sobre o vasto sector das Armas Tradicionais chinesas, o qual se desenvolve ao mesmo tempo que a história do Kung Fu a mãos nuas. É provável que, na antiguidade, o emprego de armas rudimentares tenha sido um avanço para as técnicas de luta e esgrima de braços e pernas. Nas antigas narrações clássicas chinesas, frequentemente encontramos episódios de combates e quase sempre encontramos referências às armas. MO HAY e PIN HEI constituem o vasto sector das armas tradicionais chinesas, que se podem subdividir em dois grandes sectores definidos: armas YIN e armas YANG. Às PIN HEI YIN pertencem as armas impróprias, isto é, ferramentas originalmente destinadas a outros objectivos. Principalmente trabalhadores do campo e pescadores, mas


Grandes Mestres “É provável que, na antiguidade, o emprego de armas rudimentares tenha sido um avanço para as técnicas de luta e esgrima de braços e pernas”



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frequentemente também monges e anacoretas, adaptaram os seus utensílios ou ferramentas de trabalho como armas ocasionais para se defenderem em várias situações: paus, rastelos, machados, remos, cordas, bengalas divididas em duas ou mais secções para malhar o arroz, e outros mais…, como bancos, pipas, correntes, leques, muletas, chicotes, etc. Com o tempo, devido à obra de muitos mestres, a utilização destas ferramentas com objectivos marciais foi-se desenvolvendo e aperfeiçoando cada vez mais. As PIN HEI YANG são as armas propriamente ditas, ou seja, as que nasceram como armas. São consideradas as Armas do Guerreiro. Antigamente, a classe dominante, os aristocratas, os soldados e a polícia, podia transportar autênticas armas, enquanto que estas estavam severamente proibidas ao povo. Entre elas encontramos todos os vários tipos de espadas, alabardas, lanças, facas e muitas mais. Na sua evolução, os vários estilos de Kung Fu incorporaram nos seus programas o emprego de uma ou mais armas, criando novas possibilidades técnicas, novas aplicações e novas simbologias. O manejo num estilo de uma arma específica, nasce inicialmente, e na maioria dos casos, por empregos primariamente marciais. Onde não chega a


Tai Chi

“Na sua evolução, os vários estilos de Kung Fu incorporaram nos seus programas o emprego de uma ou mais armas, criando novas possibilidades técnicas, novas aplicações e novas simbologias”

técnica com a mão nua ou é esta um pouco ineficaz, pode chegar uma arma habilmente usada. O emprego de uma arma proporciona ao praticante habilidades que de outra maneira não estão ao seu alcance. O nível técnico do praticante melhora em potência física, coordenação, precisão, consciência da trajectória e consciência da própria energia. Também no estilo Tai Chi Chuan o emprego das armas nasce com este objectivo. Sendo um estilo extremamente refinado, também as armas que o completam e o representam são refinadas. Portanto, armas nobres na forma e no movimento: a Espada recta, o Sabre, a Bengala, a Lança e o Leque são as mais importantes. Em tempos do passado, nenhum aristocrata ou senhor teria podido lutar só com pontapés e socos. Com o tempo, algumas dessas armas têm vindo a ser esquecidas pelos praticantes actuais de Tai Chi. Isto porque os programas técnicos modernos se habituaram à grande transformação que o estilo Tai Chi padeceu no último século, perdendo grande parte do seu aspecto marcial, transformando-se num simples exercício suave. Não podemos esquecer que a história deste método percorreu vários séculos

“Com o tempo, algumas dessas armas têm vindo a ser esquecidas pelos praticantes actuais de Tai Chi”


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sendo proposta como pura Arte Marcial, tendo heróis e campeões que receberam o nome de "mestres invencíveis". Hoje em dia, a espada recta e o sabre são as duas armas mais utilizadas pela maioria dos praticantes de Tai Chi. Mas infelizmente, como já sucedera com a técnica com as mãos nuas, também estes instrumentos padecem de uma interpretação errada que vai desluzir o sentido da sua aplicação e o seu sentido histórico. A espada recta, pela sua versatilidade é muito utilizada também por outros estilos externos do Kung Fu, como o Hung Gar, o Choy Lee Fut, o Tsui Pa Hisien, o Bak Hoi Pai, o Shaolin Chuan e outros mais. Os estilos interiores "Nei Chia": o Tai Chi Chuan, o Pa Kua, o Hisin I, o Li Ho, o Wu Tang e outros mais, utilizam a espada recta para poder interpretar como máximo os seus princípios e características técnicas. No século VIII, período da dinastia Tang, encontram-se p e r s o n a g e n s particularmente


Tai Chi habilidosos no manejo desta arma, como o famoso poeta Li Po. Durante a mais recente dinastia Ming, especialmente na zona onde se encontram as famosas montanhas do Wu Tang Shan, nasceram e desenvolveram-se muitos estilos de Kung Fu e particularmente a espada recta encontrou aqui muitos praticantes temidos e respeitados pelas suas habilidades. Tornaram-se lenda alguns espadachins da época, entre eles: Wang Chen Ming, Wang Tzun Jeh, Il Mo Lan (o famoso espadachim manco) e outros mais. Esta arma também é frequentemente representada nas figuras mitológicas. Um importante personagem é Lu Tung Pin, um dos Oito Imortais que combate e sempre leva consigo a espada recta a dois cortes. Nos quadros que representam o mítico herói santificado pelo povo, "Kwan Kun" com a sua inseparável Alabarda, está frequentemente acompanhado pelo seu filho "Kwan Pin" armado de Espada recta. A origem da Espada recta parece ir até ao período da dinastia SHANG, entre o primeiro e o segundo milénio a.C. Desde então, esta arma tem sido sempre considerada nobre e portanto, privilégio da classe dominante: os oficiais usavam a Espada recta denominada JEN, enquanto que os simples soldados usavam o sabre denominado DAN DAO. Os senhores e por vezes também as mulheres de uma determinada classe social, não desdenhavam o emprego dessa arma. Antigamente, os aristocratas mandavam forjar as suas espadas com ligas preciosas e muito frequentemente eram enriquecidas com pedras preciosas (era muito usado o jade). Podiam ser gravadas na folha, ou na bainha e na empunhadura, antigas simbologias (dragões,


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“Os oficiais usavam a Espada recta denominada JEN, enquanto que os simples soldados usavam o sabre denominado DAN DAO”

aves fénix, leões, etc.) e imagens lendárias; cenas de guerra ou simplesmente o nome do espadachim ou o nome da escola à qual pertencia. A imagem e o feitio simétrico, recto, em ponta, elegante e ao mesmo tempo marcial, representam simbolicamente como deveria ser a força de vontade e o espírito do praticante. A arma é constituída por uma empunhadura que se pode usar com uma ou duas mãos, com a parte final geralmente reforçada, para poder ser utilizada no combate. Particular é a ELSA, a protecção da mão, que acaba geralmente com duas pontas viradas sobre o lado da folha. A folha, bastante subtil e simétrica, é a duplo corte e acabada em ponta. Frequentemente, na extremidade da empunhadura, encontra-se um remate que destaca e acompanha os movimentos. Este remate, hoje utilizado para embelecer, faz lembrar aquele que antigamente servia nas espadas para deslumbrar o adversário no combate. A bainha, enriquecida com decorações ou marchetarias, utiliza-se tanto para bater como para parar. O duplo fio da lâmina permite muitos empregos: afundar, golpes de machado,

“A bainha, enriquecida com decorações ou marchetarias, utiliza-se tanto para bater como para parar”


Tai Chi ataques em rotação; enquanto que a extremidade em ponta, torna particularmente eficazes os ataques directos, as estocadas e também os fundos na longa distância. No estilo Tai Chi Chuan, na acção, a arma é empunhada normalmente com a mão direita. Pelo contrário, na posição de descanso é agarrada com a mão esquerda, que a empunha ao contrário, com os dedos polegar e índice para baixo e os outros três dedos dobrados sobre a empunhadura. A folha apoia-se verticalmente ao longo do lado de fora do braço, alcança a altura do ombro e chega até à altura da orelha. Temos que considerar que consoante o mestre e a escola praticada, as dimensões da espada podiam variar. Por exemplo, encontramos alguns Jen de apenas 70 centímetros de comprimento e outros que alcançam um metro e meio. No entanto, a medida mais utilizada é de cerca de um metro. A flexibilidade ou a rigidez da folha dependem do metal utilizado; hoje a tendência é utilizar as ligações que se destacam pela ligeireza e flexibilidade, mas que frequentemente tornam menos exacto e eficaz o movimento. A mão que não empunha a arma assume uma especial posição denominada Hui Ming Shou ou Hisien Ching Lu: "A Mão que indica o Caminho" ou "A Mão do Imortal". Os dedos indicador e médio estão em linha recta com o dorso da mão, os outros dois dedos dobramse e o polegar encerra-os sobre a palma. A posição Hui Ming Shou acompanha todas as técnicas da espada: os dois dedos tensos indicam e dirigem os movimentos da arma, canalizando o fluir da energia. O CHI corre nos dedos (canais de


Grandes Mestres “Muito frequentemente, nas Artes Marciais compara-se o emprego da espada com a utilização do pincel”

dois importantes meridianos da Medicina Tradicional chinesa) e entrega energia à folha ou ao pulso que a sustenta. Por vezes, o Hui Ming Shou vai buscar energia do exterior, para a transmitir directamente à arma, usando como ponte os braços e o corpo. Dessa maneira, o Hui Ming Shou torna-se um tipo de espada virtual que acompanha e consolida a espada material. Diz-se que no Hui Ming Shou se oculta o segredo e o espírito desta espada! Outra característica é a universalidade da sua simbologia, de facto, podemos encontrá-la em muitas imagens sagradas de muitas religiões e culturas. Muito frequentemente, nas Artes Marciais compara-se o emprego da espada com a utilização do pincel. Um pintor que observa o manejo desta espada, pode achar os seus gestos habituais com um pincel! Espada e pincel movem-se no ar e sobre a tela. Movimentos circulares envolvem, criam o espaço e tornam a chamar energia… Movimentos directos concentram a atenção, focalizam a energia e com a acção, vivificam o Yang. Utilizada no estilo Tai Chi Chuan, a espada recta expressa toda a sua elegância: movimentos por vezes lentos e harmoniosos, por vezes fluidos e rápidos, dão ritmo à forma. A utilização alter nativa de trajectórias em rotação e rectilíneas, juntamente com o clássico movimento de carga e descarga do peso, típico do Tai Chi, faz-nos sempre lembrar a união dos dois princípios fundamentais: o Yin e o Yang, que através das suas transformações regulam todos os processos vitais.




Todo sistema tem limites e quando se necessita passar de um sistema para outro, devemos de aprender outra Arte e isto é o que o Kapap tenta evitar. Isso é o Kapap, combate cara a cara, uma ponte entre sistemas. O seu fundador deixou-nes uma frase cujo conceito empregam outros estilos de artes marciais tradicionais: “Não portes uma arma, sê tu mesmo a arma”. Se a tua mente, o teu espírito e o corpo são a arma, tu serás uma arma que será também efectiva quando portares uma arma. Este DVD da “Avi Nardia Academy”, trata da conexão entre a “velha escola” de Artes Marciais e o moderno CQB (Close Quarters Battle). A experiência como comandante nas IDF (Forças de Defesa de Israel) e oficial treinador da principal unidade anti-terrorista israelita, ensinaram a Nardia que cultivar a mente e o espírito do guerreiro deve considerar-se prioritário ao simples treino do corpo. Entre outros, estudaremos a segurança com armas, os convincentes paralelismos entre o Iaido e a adequada manipulação de uma arma de fogo. As armas de fogo são a última hipótese em armamento individual, mas não escapam à eterna sabedoria e à lógica da velha escola. Exercícios de treino adaptados do BJJ, exercícios de desarme e o acondicionamento inteligente do corpo mediante exercícios, com explicações sobre os benefícios e as precauções. Um DVD educativo, inspirador e revelador, recomendado aos praticantes de todos os estilos, antigos e modernos.


REF.: • KAPAP8




Shaolin

Em Chiang Mai (Tailândia) a 22 de Janeiro de 2015 Realizou a entrevista: Shifu Bruno Tombolato. (shaolinspain.com) Tradução de Sofia Wang

Faz já alguns anos que tive o prazer de conhecer Shi de Yang. Ele foi o “pai” de uma geração gloriosa, que reabriu a tradição de Shaolin para o mundo, um tempo de renovação que lhe deu um justo protagonismo, para o qual sem dúvida foi bem treinado. Uma tarefa nada fácil, que esconde sombras e sensabores. Mas de Yang é um monge guerreiro, um homem do Chan (Zen) e apesar de todos esses aparentes requebros mundanos, fama e renome, das suas dificuldades com o “establishment”, persecuções e injustiças de todo tipo, nunca, nunca saiu da sua boca uma queixa. De facto, toda a informação a este respeito que me tem chegado, nunca veio directamente dele. Com uma elegância extraordinária, passa por cima de tudo isso com o empenho no seu próprio caminhar, com a sua ideia de um legado, de um caminho de melhoras, na certeza de amar o que recebeu, por cima de qualquer outra consideração.

O espírito do Shaolin eterno


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O espĂ­rito do Shaolin eterno


Grandes Mestres O Mestre que eu conheci, o homem que aprendi a estimar, é simples, sensitivo e sensível em grado sumo, mas possui uma fereza interior que de repente brota de seus olhos, mas só para quem a sabe perceber. No entanto, quando se sente realmente à vontade, transfere mais a sensação de que é uma criança brincando connosco, um menino a quem queremos proteger e abraçar. Está cheio de vida e de energia e de uma mistura de candidez com firmeza interior, que o faz diferente e extraordinário. Ao longo dos anos, a simpatia que surgiu entre nós se tornou amizade. Desde o primeiro momento surgiu de maneira espontânea, como coisa atemporal. Não é a primeira vez nos pomos um e outro ao telefone, só para nos escutarmos a voz, em um absurdo e carinhoso repetir de nomes (ele fala em Chinês e eu não!). Shi de Yang possui um pr ofundo conhecimento do Kung Fu Shaolin e é considerado a maior autoridade na matéria. É franzino mas quando se dispõe a mostrar o seu Kung Fu, sempre surpreende a sua força, flexibilidade e firmeza. Pouco par tidário das ditas demonstrações, faz já anos que De


Grandes Mestres Yang se postulou como um Mestre espiritual mais que como um Mestre Marcial. Não obstante, no seu caso nunca será completamente um “divórcio”, porque o seu Kung Fu Shaolin está profundamente impregnado de sua religiosidade e vice-versa, ao menos na percepção pessoal que dimana deste Mestre. Hoje o trazemos na capa da revista com uma entrevista excepcional, porque uma geração de novos leitores devem de conhece-lo e assim, como tantos de nós, sem dúvida aprenderão a ama-lo. Alfredo Tucci


“Foi aí, no próprio Templo, onde conheceu seu Mestre Shi Su Xi, um dos poucos monges sobreviventes à Revolução Cultural”


Grandes Mestres Entrevista com o Grão Mestre Shi De Yang Grão Mestre Shi De Yang nasceu numa povoação denominada Taikang, situada na província de Henan, China, a apenas umas horas de carro, do Templo Shaolin. Toda a sua família reside lá e o Mestre habitualmente a visita. Segundo ele diz, a sua paixão pelas artes marciais começou desde muito criança, mas foi na sua adolescência que resolveu por própria vontade, viajar às sagradas terras do Templo Shaolin. Foi aí, no próprio Templo, onde conheceu seu Mestre Shi Su Xi, um dos poucos monges sobreviventes à Revolução Cultural e ao qual acompanhou até os seus últimos dias. Shi Su Xi foi um dos monges Shaolin mais respeitados e o mestre da maioria dos monges da geração "de" e "xing", do templo de Shaolin. Passou mais de 70 anos dedicado à protecção e propagação da tradição de Shaolin.

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“Uma forma de Wushu se assemelha a um colar de pérolas, onde os movimentos são as pérolas enlaçadas mediante um fio. Há movimentos de combate entrelaçados, de transição e de defesa”


Grandes Mestres Shi De Yang é monge da 31ª geração de Shaolin e actualmente é um dos principais expoentes da cultura tradicional de Shaolin, a nível mundial. Pertence à Porta Sul do Mosteiro Shaolin ou Nanyuan, um dos dois ramais que têm sobrevivido através dos anos. O Mestre tem viajado por meio mundo e ensinado o Kung fu Shaolin a uma enorme quantidade de pessoas de diferentes culturas e nacionalidades. Alguns dos países que tem visitado

são: Itália, Inglaterra, Hungria, Argentina, Uruguai, México, Canadá, Espanha, entre outros. Assim ele se tornou o máximo expoente da cultura de Shaolin a nível mundial. O Mestre De Yang é versado no Kung fu tradicional de Shaolin, o que o catapultou para o cimo dos mestres mais famosos e respeitados da China e do Mundo. Se especializou em Da Hong Quan, Xiao Hong Quan, Luo Han Quan, Shaolin gun, Shaolin Jian, entre outros estilos do Boxe de Shaolin.

Shi De Yang actualmente leva adiante a sua Escola Wuseng Houbeidui, situada em Deng Feng, na província de Henan, a apenas dó dois quilómetros do Templo Shaolin. Nos últimos 10 anos, todos os seguidores das artes marciais se têm podido deleitar com os seus mais de 2 0 0 D V D s e q u a s e 5 0 l i v ro s publicados. Sem dúvida um grande t r a b a l h o p a r a a p re s e r v a ç ã o d a cultura e do Kung fu tradicional de Shaolin.

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Shaolin

“O Mestre De Yang é versado no Kung fu tradicional de Shaolin, o que o catapultou para o cimo dos mestres mais famosos e respeitados da China e do Mundo”


Shaolin “O Kung Fu Shaolin ajuda as pessoas a terem um estado mental mais positivo e saudável, posto que cada um de nós poderá influir em seus amigos e na própria família, proporcionar-lhes alegria e plantando a semente da bondade em toda a gente em redor, trazendo harmonia à sociedade” Shi De Yang

Entrevista com o Mestre Shi De Yang Realiza a entrevista Alfredo Tucci, Director de BUDO INTERNATIONAL e CINTURÃO NEGRO Alfredo Tucci: Antes que mais nada, queremos agradecer-lhe por esta entrevista. Sabemos que sempre está muito ocupado. Desde faz anos que está viajando fora de China e difundindo a cultura de Shaolin. Em que ano começou a viajar e qual o motivo? Mestre Shi De Yang: Um prazer e obrigado pela entrevista. Comecei as viagens ao estrangeiro em 1993. Viajei primeiro à Itália, depois regressei à China para ir a Xianamen e mais tarde fui à ilha de Taiwán. A maior impressão foi que no percurso de um mês viajei de carro, trem, barco, avião. Foi uma experiência muito divertida!

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Grandes Mestres A.T.: Até à data, quantos países tem visitado? M.S.D.E.: Na verdade nunca os contei e exactamente não sei. Desde 1993, com excepção de dois anos em que não viajei fora da China, todos os anos tenho recebido convites de diferentes países, como mínimo um e ao máximo seis ou sete numa mesma viagem. Em muitas ocasiões, os países que visito são diferentes e realizo de duas a três viagens por ano. A.T.: O facto de conhecer diferentes culturas, de certeza o tem enriquecido em muitas diversas maneiras. O que lhe têm proporcionado tais experiências? M.S.D.E.: Não tenho tirado conclusões das minhas viagens, porque cada cultura tem o seu esplendor e cada história a sua beleza. Com a minha experiência, sinto que existe uma necessidade de melhorar a comunicação neste mundo, de maneira a podermos aprender uns dos outros e alcançarmos uma sociedade mais integrada. A.T.: Como vê a crescente procura do Kung fu Shaolin no mundo? M.S.D.E.: Nos últimos anos temos sido testemunhas de uma crescente procura do Shaolin gongfu (少林功夫). Penso que não fazem falta mais explicações: todos querem um corpo saudável e ao mesmo tempo alcançar uma satisfação espiritual. É como gozar de um

“Nos últimos anos temos sido testemunhas de uma crescente procura do Shaolin gongfu. Penso que não fazem falta mais explicações: todos querem um corpo saudável e ao mesmo tempo alcançar uma satisfação espiritual”

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Shaolin “Shi De Yang actualmente leva adiante a sua Escola Wuseng Houbeidui, situada em Deng Feng, na província de Henan, a apenas dó dois quilómetros do Templo Shaolin”


Grandes Mestres prato de comida… O Shaolin gongfu é o prato gourmet do nosso espírito e por isso, cada vez mais gente deseja conhece-lo e se apaixona de ele. A.T.: E qual pensa que seja o motivo? M.S.D.E.: Tem relação com a pergunta anterior e penso que a confirma. É um fenómeno que mostra que o Shaolin gongfu é um tesoiro. Há um provérbio chinês que diz o seguinte: Se é oiro, brilha em qualquer lugar (zhen jin fang zai na li dou hui fang Guang 真金放在哪里都会放光的). Em primeiro lugar, praticar Shaolin gongfu aumenta a energia positiva (zheng neng liang正能量); no entanto, quando se não praticar da maneira adequada, pode

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Shaolin prejudicar tanto o nosso corpo como a nossa mente (espírito, xin ling 心 灵). É necessário que se conheçam as vantagens do Shaolin gongfu, para que mais pessoas o queiram praticar. A.T.: O Chan é uma ferramenta muito poderosa para os nossos dias, mas muita gente no Ocidente, não sabe claramente o que é, como praticá-lo e de que maneira dele se aproximar. Algum conselho? M.S.D.E.: Se é chan (禅) se encontra no nosso dia-a-dia. Todos sabemos que é uma ferramenta muito potente, então, por que não procurá-lo na nossa vida quotidiana! Dissemos que andar, sentar-se, deitar-se, comer, vestir-se, arrumar, trabalhar, aprender, etc. tudo é chan. Quando feito com boa vontade, com bondade, primeiro, aumenta a disciplina espiritual, segundo, contribui com valores à sociedade. A isto tem de se juntar a meditação sentada. A combinação do movimento e do repouso aumentará a velocidade de percepção do chan. A.T.: Em outras entrevistas nos disse que, normalmente, no Templo Shaolin os monges têm diferentes tarefas, pelo que lhes resta pouco tempo para a prática do Kung fu. Qual o momento do dia em que acostumam treinar? Ou há um grupo especial para a prática do Kung fu? M.S.D.E.: Shaolin Gongfu é um treinamento e por isso os monges de recente entrada necessitam de um tutor, Shifu (师父), que os oriente. Evidentemente, devem realizar as tarefas básicas de manutenção do templo. Por outro lado, para os monges de idades mais avançadas, além dos estudos de Budismo e o trabalho do Chan, o treino do Gong fu tem como finalidade melhorar a prática do Chan. A.T.: Para uma pessoa que está interessada na cultura de Shaolin, por onde deve de começar? Quais são os passos a dar? M.S.D.E.: Os amantes das artes marciais que acabam de conhecer o Shaolin gongfu, devem começar com o básico: pontapés - ti tui (踢腿),

“O Mestre tem viajado por meio mundo e ensinado o Kung fu Shaolin a uma enorme quantidade de pessoas de diferentes culturas e nacionalidades”


“Shi De Yang é monge da 31ª geração de Shaolin e actualmente é um dos principais expoentes da cultura tradicional de Shaolin, a nível mundial”

estiramentos - ya tui (压腿), ba jing (拔筋). É imprescindível seguir as indicações e as pautas marcadas pelo Shifu. A.T.: Muitos praticantes do Kung fu tradicional de Shaolin, se perguntam acerca da maneira de praticar o Shaolin Kung fu. Poderia dar-nos alguns conselhos? M.S.D.E.: Não há nenhum método determinado para a prática do Shaolin gongfu tradicional; simplesmente se deve de ir eliminando o estado de anímico irritável e os pensamentos de tornar-se em famoso de um dia para outro. É preciso manter os pés no chão, para que cada passo que se der seja sobre terra firme e não perder o equilíbrio…, e isto se consegue com suor e sacrifício. A.T.: Temos podido ver, em várias demonstrações, fazendo a forma de Da Hong Quan e sabemos que é a sua favorita. Poderia dizer-nos, brevemente, a sua procedência e características? M.S.D.E.: Sem dúvida. Da hong quan (大洪拳), à semelhança de outras formas, tem muitas versões. Para poder percebermos melhor, podemos compará-lo com uma aula de língua; cada aluno pode ter a sua própria interpretação das explicações do professor. Da hong quan é uma forma explosiva e veloz, mas fluida como as aguas de um rio. Tem um ritmo muito marcado, com alti-baixos, mas que são harmónicos. Tudo isso é fruto da perseverança: um treinamento intenso é a base do Shaolin gongfu. A.T.: Pensa que as técnicas das formas se podem aplicar na luta real?

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“Não há nenhum método determinado para a prática do Shaolin gongfu tradicional; simplesmente se deve de ir eliminando o estado de anímico irritável e os pensamentos de tornar-se em famoso de um dia para outro. É preciso manter os pés no chão, para que cada passo que se der seja sobre terra firme e não perder o equilíbrio…, e isto se consegue com suor e sacrifício”


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Grandes Mestres M.S.D.E.: Uma forma de Wushu se assemelha a um colar de pérolas, onde os movimentos são as pérolas enlaçadas mediante um fio. Há movimentos de combate entrelaçados, de transição e de defesa. Apesar de tudo, o Shaolin gongfu dá prioridade à aprendizagem dos movimentos de defesa. A.T.: Vimos recentemente um DVD, onde faz a demonstração da forma de Qi Xing Quan e se vê muito diferente à que se pratica habitualmente. Qual a diferença existente? M.S.D.E.: Na sociedade, muitos artistas marciais filmaram tutórias de qi xing quan (七 星 拳 ) e por isso tem também muitas versões. A que gravamos desta vez é a forma que foi herdada do templo Shaolin. Os taolu (套

路) de Shaolin não são muito diferentes, simplesmente se diferenciam em algumas posições e movimentos. A.T.: Quais outros DVDs tem gravado nos últimos anos? M.S.D.E.: Os últimos tutoriais preparados incluem formas tradicionais de Shaolin de duilian (对练) e do pau (棍 术). Uma delas é fruto da minha própria experiência e treinamento. Espero que gostem! A.T.: Sabemos que recentemente visitou a Argentina, o Uruguai, a Bolívia e o Equador e que ali

inauguraram uma associação para a difusão da cultura de Shaolin. Gostaríamos que nos falasse de que se trata e que é o que mais chamou a sua atenção nestes países. M.S.D.E.: Sim, assim é. Como bem dizes-te, estive visitando quatro países da América do Sul, durante um mês. Desta experiência tenho as melhores lembranças, que só se podem obter quando vividas pessoalmente. Lembrome de um menino da Bolívia, de apenas dois anos e três meses que, além de pronunciar muito bem em Chinês, mostrava muita disciplina no treino. Foi um prazer ver como ia aprendendo pouco a pouco. Na aldeia do Equador, do filme “A vida é bela”, o chefe já ultrapassara os 60


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Entrevista: Shifu Bruno Tombolato


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anos, mas a sua prática do Chan nos surpreendeu a todos os que lá estávamos. Mais uma vez, aprendi muito na minha viagem. A.T.: O te tem pensado para este ano 2015? M.S.D.E.: Os países que nos recebem estão os encarregados de realizar os projectos de 2015, e assim sendo, todos aqueles que quiserem encontrar-me, podem procurar o meu itinerário na Internet. Sinto-me honrado por receber convites de diferentes países, para conhecer e treinar com todos os amantes da cultura de Shaolin e é uma satisfação o facto de poder faze-lo. A.T.: Alguma mensagem para os leitores. M.S.D.E.: Desejo aos meus amigos êxito no treinamento do Shaolin gongfu. Aumentem a vossa disciplina nas Artes Marciais e levem esta energia positiva a todos quantos estão em seu redor, para criar harmonia no mundo. A.T.: Amituofo



REF.: • KMRED 1

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Kyusho


No antigo Bubishi há dois métodos de combate mão a mão, amplamente discutidos e representados, são o método “Tigre de Mudança do Corpo” e o método do “Grou de Mudança do Corpo”. Estes dois métodos (aos quais, propositadamente não se faz referência como estilos) possuem uma dinâmica de "Mudar o Corpo", que proporciona certas habilidades físicas e agudeza mental, conforme se desenvolvam um espírito especializado o uma visão táctica. Isto acontece com as mudanças reais na Neuro Funcionalidade do corpo, assim como nos acessos Mentais - programação da cruz neural. Estas são mudanças fisiológicas mais profundas e não as mais rudimentares da Camisa deFierro o as mudanças corporais de fortalecimento (estas sim estão dentro do conceito de mudança do corpo em geral, mas de novo, são os níveis de base e não a potencial mudança completa).

Triunfo do Tigre ¿Triunfo do quê? Outra mudança do corpo mais avançada mas típica e rudimentar é a que se produz no treino de qualquer destes métodos. Se encontra nas respostas funcionais automáticas do praticante, sobre uma base estrutural. Aqui é onde os músculos se fazem mais fortes e mais rápidos, e além disso, também se desenvolvem novas vias neuronais para aumentar uma resposta mais automática o reflexa, sem pensamento consciente, mas de novo, isto se faz em todas as Artes Marciais e não são as mudanças fisiológicas mais profundas que criam estes métodos especiais. Estes se conhecem como "métodos" (não como estilos), posto que eram formas e maneiras de ver o treino e não só uma forma física de técnicas compiladas, mas uma maneira de reconfigurar e mudar todo o corpo por completo. Também são métodos de utilização dos pontos vitais do oponente, com resultados muito maiores, baseados na neuro-funcionalidade e na fisiologia. Como tal, cada um utiliza uma focalização por separado; a do Grou transmite aos praticantes a capacidade de mudar o próprio corpo e o Tigre transmite a mudança do corpo do oponente, pelo que à primeira vista parece que são iguais e apenas diferentes em sua focalização..., mas há uma diferença importante... Na realidade, o tigre transmite ambos!

Agora bem, em se mesmos, não teriam necessariamente de ser um melhor que o outro... posto que depende completamente das mãos do praticante e da maneira em que se desenvolvem dentro de cada método ou da sua capacidade de emprega-lo correctamente. Não obstante, a maior possibilidade, probabilidade e capacidade de todos se encontra dentro do domínio (ou garras, se quisermos, do Tigre. A capacidade de melhorar a própria funcionalidade e potencial, enquanto se debilita o oponente, é uma clara vantagem... Não estamos falando só de bater a um alvo mais débil do oponente, mas fundamentalmente de debilitar a sua estrutura fisiológica, para fazer que todos os alvos substancialmente sejam mais débeis. Nas últimas exposições sobre Kyusho, temos falado de como o equilíbrio do indivíduo pode criar debilidade ou fortaleza no corpo, ou na sua capacidade para resistir os golpes. Isto é válido ainda e utilizado em ambos métodos do Tigre e do Grou, mas estas mudanças fisiológicas são ainda mais profundas. Por isso, durante séculos estes dois métodos se têm venerado por cima de todos os outros; é a nossa adição moderna à dependência das máquinas e dos produtos químicos, o que durante tanto tempo tem obscurecido em nós este conhecimento. Então: Qual venceria numa luta? Mais uma vez, isso dependeria das habilidades adquiridas por cada praticante em cada método, mas pensem nisto:

Nos nossos tempos modernos temos assistido à chegada da MMA, onde originalmente muitos combatentes de diversas disciplinas se juntaram para competir usando estes métodos. Constituiu uma grande chamada de atenção para a maioria dos artistas marciais, se o Tigre (Grappler) superava o Grou (Batedor). Havia poucas possibilidades de vitória para o Grou. Mas também era evidente que ate que as pessoas começaram o treino cruzado, o batedor estava praticamente perdido quando o grappler esquivava os golpes, mas o batedor poderia levar facilmente ambos métodos desde qualquer distância. Mas agora bem, esta observação não é a base da informação do Kyusho acerca da Mudança do corpo que se anuncia neste artigo..., mas sim ajuda a delinear e a explicar a ideologia que há atrás dela. Estas são as duas altas habilidades para estar seguro, mas completamente esquecidas durante muito tempo. Entretanto, temos encontrado esta informação profundamente enterrada em vários textos e pergaminhos antigos, que requereram mais de 10 anos para serem decifrados, para sua investigação, investigação transversal com o aparelho e o conhecimento médico e científico e outras provas de campo. Isto tem e terá profundas implicações nas Artes Marciais (especialmente no Karate Kata), assim como em todos os desportos profissionais e para os seguidores, seus treinadores e


preparadores físicos e para os profissionais da saúde holística de todo o mundo. De maneira que quando vejamos o Bubishi, devemos entender que o homem tinha uma compreensão mais intensa e natural da condição humana baseada na experiência e na observação. Nos tempos modernos, temos desenvolvido este tipo de dispositivos mecânicos sofisticados, para olhar e ver dentro de alguma coisa, mas perdemos a nossa conexão humana através de congeturas baseadas nas máquinas e nos produtos químicos. Voltando à lei natural da experiência e a observação, a informação do dia e a idade começam a desvelar-se. Eles não tentaram em re-pensar o ser humano, provando-o com dispositivos artificiais, eles os escutaram, os gravaram e refinaram através da rota natural... Assim é como devemos fazer, se queremos compreender realmente as consequências mais profundas nestes documentos e nas próprias Artes Marciais.

Outras aplicações? Para compreender este conceito um pouco mais, vejamos os desportos profissionais (qualquer deles), como o Futebol Americano, o Futebol Inglês, o Boxe, o Hockey, o Automobilismo, a Natação, a Ginástica.... e todo o resto. Há grandes

“Quando reparamos no Bubishi, devemos entender que o homem tinha uma compreensão mais intensa e natural da condição humana, baseada na experiência e na observação”


atletas e depois estão os atletas de elite. O atleta de elite possui atributos naturais incríveis; são mais rápidos, mais fortes, mais ágeis, etc..., mas sempre que tenha desbloqueado seu potencial humano! Respiram o seu desporto por todos os poros e se movem à vontade e como nenhum outro no seu desporto... Isto é talento natural... No entanto e de novo, pode ser aprendido e ensinado, posto que é tudo reprogramação neural e descobrimos que a mesma é a essência e a maneira de manipular certos aspectos. Para o Artista Marcial, isto pode ser incorporado nas formas, nas técnicas, nos aquecimentos, inclusivamente na luta, onde sempre deve conduzir a ser parte disso com capacidades melhoradas de orientação (com os Objectivos Kyusho... essas estruturas anatómicas mais débeis que mantêm o funcionamento do corpo, e inclusivamente o mantêm em pé o consciente), velocidade e destreza. Este é o definitivo objectivo. Esta informação tem a ver com o rendimento do corpo humano, assim como com as maneiras de corrigir os falhos de funcionamento que se produzem durante as nossas vidas. Se podemos ajudar a melhorar as vossas acções físicas e a funcionalidade fisiológica, isto também aumentará a vossa saúde e longevidade.

Se podem realizar efectivamente a Mudança do corpo (como acontece com as habilidades do Grou) para maior potência e capacidade neurológica, poderão causar uma maior afecção ao oponente; é esta uma habilidade valiosa e fantástica por cima e mais além da típica Arte Marcial. Mas entretanto, se podem fazer isto junto com a execução da mudança de corpo (como com as Habilidades do Tigre) conseguirão causar uma maior debilidade neurológica no oponente, na medida que adquirem uma maior capacidade neurológica vocês próprios... Assim é como o Tigre triunfa sobre todos!


Silat


PUKULAN (“BATER”) NO SILAT No meu último artigo mostrei uma visão geral de todo o planeamento de estudos do Pencak Silat Satria Fighting Arts, para uma melhor compreensão do conjunto. Neste artigo, vamos a tratar os princípios fundamentais do batimento, uma parte muito importante de todo Silat e das Artes da luta do Sudeste Asiático. 'Pukulan' é uma palavra que quer dizer 'bater' e o primeiro aspecto de todo batimento é esclarecer quais as partes do corpo que se vão utilizar. Todos os sistemas de Silat tradicionais, estão baseados no Pukulan, mas nem todos utilizam as mesmas partes do corpo. Os asiáticos do Sudeste não são, em geral, tão altos ou tão pesados como os ocidentais. Assim sendo, naturalmente, eles baseiam seus golpes na velocidade, na coordenação e na precisão, assim como o uso das partes correctas e eficazes da anatomia.


Silat


O uso correcto de Anatomia Física Todos já devem ter ouvido falar "do que é duro e do que é mole" nas artes marciais… Pois bem, no SFA utilizamos os termos "masculino" e "feminino". Os aspectos masculinos do corpo representam as partes duras, enquanto que as partes moles do corpo são as femininas. Ambas têm de trabalhar juntas para assegurar que se é à vez agressivo, mas sensível; fechado mas aberto: duro mas suave. Consideram-se partes duras do corpo a testa, os cotovelos, os nós dos dedos, os joelhos, as tíbias, os calcanhares, as palma das mãos e os metatarsos. Como o meu mestre, Guru Ma, acostuma a dizer, "não há necessidade de fortalecer-se, já se é tanto duro como suave. Só se tem de aprender a usar o duro e o mole (ou suave) de

maneira inteligente”. Em um sistema que aprendi em Java, numa pequena povoação denominada Ciawi, na vizinhança de Yakarta, os lutadores aplicavam um óleo chamado "Balur ". Era um óleo específico, para ser aplicado nas partes do corpo que se utilizavam para bater. Esse óleo ajudava a pôr em condições essa determinada zona. Em outros lugares do Sudeste da Ásia, pontapeiam e batem nas árvores das bananas, para obterem o mesmo efeito condicionante ou mesmo até batem em si mesmos com paus de bambu nas tíbias, tudo visando aumentar a dureza do osso que em especial se vai usar. Pessoalmente, prefiro bater focalizando a velocidade, a precisão e a coordenação. Mas, cada um, usa o seu próprio método.

Uso correcto dos ângulos Quando cortamos árvores, normalmente cortamos em ângulos de entre 45 e 65 graus. Isto é para o trabalho ser



eficaz. Este é exactamente o mesmo princípio quando estamos açoitando e batendo na anatomia do oponente. A direcção e os ângulos que se usam para bater, certamente vão determinar o dano que se infringe, assim como a maneira em que caírem, como assim também a reacção que provocam!!! O uso de ângulos que são difíceis de determinar, se tor nará um elemento de surpresa, que é uma das grandes chaves para bater em alguém.

Áreas correctas para bater no corpo Bater em cada parte do corpo, tem suas vantagens e inconvenientes. Por exemplo, uma cotovelada à cabeça irá provocar que os tecidos moles do cérebro ressaltem em volta da parede óssea, causando trauma e confusão. Mas também é a parte mais dura do corpo e está protegendo o cérebro, pelo que bater suavemente na cabeça com os nós, magoará mais. Uma pancada na zona das fontes perturba o equilíbrio, mas também é possível falhar o golpe, posto que essa zona não é particularmente grande. O mesmo acontece com o pescoço, o golpe nessa zona tem enormes benefícios, mas é fácil de evitar para o oponente. Cada parte tem coisas boas e más, pelo que na maioria dos sistemas de Silat, aprendem a dividir o corpo de cima para baixo, nas doze partes mais vulneráveis: cabeça, olhos, garganta, nariz, costelas, plexo solar, bexiga, virilhas, parte exterior da coxa e lateral do joelho.

Coordenação e Precisão Um bom lutador pode vencer lançando menos golpes com menos esforço, simplesmente mediante a execução de golpes com a sincronização e a precisão perfeita. Além disto, chegar a compreender o batimento em movimento supõe um longo caminho. Muito parecido a quando Bruce disse em Operação Dragão "Uma tábua não responde ao golpe" - uma força que vem na nossa direcção é muito diferente de uma força que se movimenta para trás ou se desliza de lado. Pensem numa bola de ténis que está em movimento e é alcançada por um golpe no momento justo e no ponto exacto; tornar-se-á muito mais rápida. O mesmo princípio se aplica batendo em alguém. É por isso que às vezes, os combatentes lançam golpes que parecem ser de pouca força, mas se observarmos cuidadosamente, vamos perceber que o golpe se executa no momento perfeito e com a precisão adequada. O meu recentemente estreado DVD instrutivo 'Sembah Pukulan' (também está disponível para descarga em linha VOD); é a continuação de 'A prática da Sembah' e nele mostro diversas técnicas e aplicações para bater.



Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.

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Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.

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Na Europa, 38% dos casos em que agentes da lei foram feridos com arma, tiveram lugar em cenários ondeo delinquente ocultava o porte da arma ou utilizou armas camufladas. As armas ocultas são um problemaque requer uma específica táctica defensiva e preventiva, um assunto muito sério a ter em conta, nomomento de alguém se preparar para sobreviver nas ruas. As leis restritivas no que diz respeito ao porte dearmas brancas, de facto apenas serviram para acentuar mais a capacidade imaginativa dos malfeitores. Porexemplo: Uma lâmina do feitio de uma pequena garra, de fácil ocultação, tornou-se o pesadelo dos porteirosdas discotecas em Madrid. Indivíduos estrangeiros de baixa estatura e débil constituição, solucionam emquestão de segundos, lutas com tipos fortes e enormes. Com um simples e rápido corte no interior dacoxa..., uma pessoa pode morrer, em poucos minutos, por perda de sangue. Penduradas ao pescoço, ocultasnos telemóveis, isqueiros..., infinitas maneiras de ocultação que precisam da atenção de um especialistacomo Thierry Delhief, para descrever fórmulas tácticas eficazes, como faz no seu último trabalho em vídeo.




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hierry Delhief ensina o manejo das bengalas de defesa (tonfa e bengala telescópica) e a defesa pessoal profissional a profissionais de todos os horizontes da segurança (pública e privada). Paralelamente, ele dá aulas de defesa pessoal para o público em geral. Tendo uma dupla experiência operacional e desportiva, em 1997 criou a Federação de Formações de Bengalas de Defesa e Defesa Pessoal (F.F.B.D.). Thierry apresenta-nos o seu organismo de formação e os conceitos básicos do seu método: “Rodeeime de amigos e de colaboradores com experiência em numerosos sectores (jurídico, médico, material desportivo…) para elaborar um método de defesa realista, eficaz e fácil de assimilar. De facto, o método F.F.B.D. Self Defense, encontra uma recepção favorável tanto entre os profissionais como entre os particulares, por várias razões. Primeiro, porque a táctica ocupa um lugar preponderante no

T

nosso ensino. As técnicas de intervenção profissional são estudadas e aplicadas em situações específicas. Não se trata só de aprender uns gestos técnicos em separado, é preciso integrá-los num trabalho estratégico de intervenção combinada considerando os colegas, o meio e as pessoas implicadas na intervenção (delinquente, t r a n s e u n t e ,


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Armas Ocultas

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testemunha…). Depois, o nosso ensino inscreve-se no marco do respeito restrito da legítima defesa e da legislação sobre armas. Este aspecto das nossas aulas faz dos nossos alunos, tanto profissionais como os que o não são, gente respeitosa das leis e capazes de adaptar a sua defesa ao mal que lhes é causado. Por outro lado, o nosso método é versátil. Efectivamente, ensinamos aos nossos alunos que as técnicas a mãos nuas são as mesmas que as técnicas com tonfa ou com a bengala telescópica. Isto permite-lhes perceber perfeitamente que a “anatomia de corpo” é única, automatiza os reflexos de defesa, qualquer que seja a situação. Na minha opinião, o ponto mais importante continua a ser o facto de transmitirmos uma mensagem realista: não se trata de formar super-heróis. Um dos conceitos fortes da F.F.B.D. Self Defense é que para neutralizarum indivíduo com a

máxima segurança, os interpeladores têm que ser pelo menos dois. Isto permite privilegiar as técnicas de chaves, em vez dos golpes, limitando assim os riscos de acidentes”. Thierry continua a explicar como a evolução constante do método F.F.B.D. Self Defense o levou a criar, em conjunto com os seus instrutores, uma espécie de percurso do combatente, destinado a confrontar os alunos com situações o mais realistas possível. “Agora já faz mais de 10 anos que faço formações para os profissionais de todos os horizontes da segurança, seja em tonfa, bengala táctica telescópica ou defesa profissional, e posso destacar uma constante que aparece com regularidade no feedback dos meus alunos: a necessidade de centrar as formações sobre situações específicas tais como podem encontrá-las em qualquer momento



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no exercício da sua função. De início, os meus instrutores e eu integrámos nas nossas aulas umas encenações de situações, tentando fazê-las parecer o mais realistas possível. Mas rapidamente descobrimos os limites deste tipo de dispositivo. Isto porque, efectivamente, do ponto de vista da memorização técnica, esta maneira de agir era válida, mas faltava alguma coisa. O ambiente faltava, o meio protegido da sala não convidava os alunos a encarnarem as personagens que tinham que representar. Portanto, reuni a minha equipa pedagógica para procurar uma maneira de fazer com que os nossos alunos vivessem estas situações. A solução apareceu por si só: visto que

tínhamos um grupo de instrutores muito importante, porque não nos apoiarmos nisso para montar cenários de tamanho natural? Começámos então a praticar cada vez mais encenações de situações no exterior, para fazer o exercício mais solene e crível. No entanto, após algum tempo, constatámos que, para o nosso gosto, não estávamos ainda suficientemente perto da verdade. As situações, ainda que muito mais críveis, eram demasiado estáticas para ser realistas. A ideia, ainda que boa, tinha de ser aperfeiçoada. Mais uma vez, comparei a minha experiência operacional com a dos instrutores da F.F.B.D. Self Defense, todos eles profissionais da segurança. Juntos


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procurámos a particularidade das missões de segurança, tanto públicas como privadas, e descobrimos que a característica principal e comum das nossas respectivas missões era… a incerteza. Realmente, nenhum profissional, seja ele polícia nacional, polícia municipal ou agente de segurança privado, pode dizer no início de uma missão, quais as situações que terá de enfrentar na mesma. Portanto, se queríamos imitar a realidade, teríamos que criar uma prova que na sua evolução tivesse sequências de situações de terreno totalmente aleatórias e não relacionadas entre si. Poderíamos assim aumentar a incerteza ao máximo e levar os alunos a um estado de ânimo o mais próximo possível daquele que têm todos os dias, quando estão no seu terreno. Tinha nascido o percurso estressante na sua versão final! O mais interessante deste percurso é que também o podemos propor a particulares que vêm iniciar-se na defesa pessoal. Sem falar nas intervenções de tipo profissional, todo o mundo pode, um dia ou outro, achar-se frente a um cão perigoso, ter que prestar os primeiros auxílios a uma pessoa em perigo, ou ter que se defender ou defender outra pessoa frente a uma agressão injustificada. Assim, enfrentados a situações que para eles são totalmente fora do habitual, os alunos percebem plenamente toda a dificuldade de gerir uma situação onde um gesto ou uma

palavra inadequados podem ter graves consequências…, o que uma simples prática técnica em um tatame não lhes pode oferecer”. “E porque cada vez mais mulheres desejam adquirir técnicas de defesa realistas e mais adaptadas a elas, criámos um método de defesa pessoal feminina”, continua a dizer Thierry. “A partir de agora, organizaremos com regularidade sessões de formação onde mulheres de todas as idades (temos uma fiel aluna que valentemente vai fazer 77 anos!) vêm aprender alguns preceitos e técnicas simples, especialmente estudadas para a morfologia feminina, que lhes permitem, dentro da lei, dominar um agressor ou, chegado o caso, ganhar bastante tempo para fugir. A particularidade deste tipo de formação reside no facto de nos centrarmos mais na psicologia, tanto do agressor como da vítima, que na técnica pura. Acima de tudo, procuramos gerar confiança nas nossas alunas, para que não se tornem vítimas fáceis devido a uma atitude demasiadamente temerosa.” Na sua busca de técnicas operacionais, Thierry Delhief cuida constantemente do realismo e da simplicidade. Mesmo movendo-se no mundo da defesa pessoal profissional, Thierry jamais renegou o seu passado marcial, em ares de um profissionalismo de boa lei. Reconhece claramente que a grande maioria das técnicas que ensina são provenientes das artes

marciais e dos desportos de combate. Preocupado com a credibilidade do seu ensino e ciente da evolução constante das técnicas, Thierry iniciou, em conjunto com os membros da F.F.B.D. Self Defense, um grande retorno às origens das artes marciais. No contexto desta busca constante, organiza regularmente “cross-trainings” (treinos cruzados) com uma disciplina do mundo marcial. O conceito é simples: num tema de defesa pessoal definido, cada disciplina propõe as suas respostas em função das suas especificidades. O objectivo deste tipo de encontro é criar uma passarela entre o mundo da segurança e o das artes marciais e desportos de combate, para mostrar que nenhuma disciplina é melhor que outra, mas que a melhor solução se encontra na utilização de técnicas de diferentes disciplinas, quando elas proporcionam a resposta mais apropriada a um problema de segurança. Desde a criação destes encontros, já foram organizados “cross-trainings” com prestigiosos especialistas tais como: Alain Floquet (Aikibudo), Dominique Valera (Karaté Contact), Christian Derval (Jiu-Jitsu brasileiro), JeanMarie Merchet (Kick-Boxing e MuayThai), Robert Paturel (Boxe francês) e também Raphaël Schmitz (Combate Integral)… Este trabalho de aproximação às artes marciais e desportos de combate não é casual. Como formador de longa data, Thierry está

“Em intervenção é preciso olhar para todo o lado. O objecto maispequeno podeesconder uma arma. O perigo vem dasmãos e é primordialvigiá-las sempre(entre outros, as palmas que podem esconderfolhas cortantes e anéis)”



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ciente que a experiência de uns e outros é uma ferramenta muito valiosa. Por isso enriquece a cada dia o método F.F.B.D. Self Defense com o feedback da experiência dos profissionais que o utilizam, aumentando assim a sua veracidade e adequação às realidades da rua. “Só assim podemos acompanhar as evoluções da delinquência e adaptar constantemente o nosso diálogo e as nossas técnicas às realidades do terreno. Foi este questionamento constante que nos levou a desenvolver um módulo especial de prevenção de armas escondidas”, explica Thierry. “Estes últimos anos, a delinquência tem progredido muito e tem sofrido uma mutação importante. Por sua vez, esta mutação tem obrigado a profundas mudanças no treino dos profissionais da segurança, tanto pública como privada. Os profissionais da segurança devem, agora mais que nunca, dar prova de grandes qualidades preventivas e defensivas, para enfrentar as situações conflituosas que cada dia o exercício da sua função os leva a conhecer. Agora, os delinquentes agem geralmente em grupos, fora de qualquer referência familiar, social ou moral. Cometem delitos e agressões cada vez mais graves. Estão melhor organizados e não hesitam em utilizar a violência física, qualquer que seja a sua vítima. Com frequência armados e recebendo de gente pouca escrupulosa umas formações que nada têm a invejar das formações profissionais, os delinquentes têm à sua disposição um arsenal especialmente estudado para ser o mais letal possível. Agora, um simples lápis, uma esferográfica ou um cinto podem matar. Não exagero, tenho vivido esta violência quotidianamente. Durante os dez anos que passei como dirigente operacional no Grupo de Intervenção e de Protecção das Redes parisienses (G.I.P.R.), tive muitas vezes que enfrentar agressões com armas brancas. Durante este período pudemos recuperamos um impressionante arsenal de armas brancas. A habilidade dos delinquentes para enganar, é absolutamente aterradora. Podemos encontrar à venda na rua uns anéis, muito bonitos, providos de um tremendo gancho, cortante como um escalpelo. Ou também uns isqueiros aparentemente comuns, que permitem acender um cigarro, mas de onde se pode, mediante uma pequena pressão, puxar de uma ponta de aço. E o que dizer do cartão telefónico afiado e provido de folhas de barbear e do boné bordado com anzóis? Em intervenção é preciso olhar para todo o lado.

O objecto mais pequeno pode esconder uma arma. O perigo vem das mãos e é primordial vigiá-las sempre (entre outros, as palmas que podem esconder folhas cortantes e anéis)”, assegura Thierry Delhief. “Objectos vulgares tais como um cinto, podem esconder uma adaga. Um banal penduricalho pode na realidade ser uma punção que pode ter uma eficácia tremenda em mãos versadas. Em venda livre, este acessório tem sido sugerido várias vezes a adolescentes nos comboios... Outras armas escondidas, presentes já em outros países, começam ao aproximar- se ao nosso, algumas sendo capazes de lançar projécteis!!! Entendemos facilmente que, com este tipo de objectos circulando por aí, o mínimo controlo de papéis ou de título de transportes terá muito rapidamente que ser realizado”, conclui Thierry. “Actualmente, isto é ainda mais certo em contextos sensíveis, como a segurança aeronáutica, pelos motivos que todos adivinhamos. No dia 11 de Setembro de 2001, o público em geral descobriu que podíamos provocar milhares de mortos tendo, para começar, um simples cutter como única arma. Apoiando-me na minha experiência de defesa pessoal em meios fechados, experiência adquirida nas brigadas do metro, desenvolvi um módulo de formação especialmente adaptado às técnicas daquilo que se chama o combate tubular, quer dizer, num espaço confinado (comboio, avião, autocarro...). Neste assunto, as companhias aéreas chamam-me regularmente para assegurar a formação do pessoal navegante e dos agentes de segurança contratados”, diz Thierry. “Através dos seus diferentes constituintes (tácticas, técnicas, normas jurídicas, médicas, simulação de terreno com o percurso estressante, módulo sobre as armas escondidas, intercâmbios técnicos regulares com outras disciplinas...), a formação F.F.B.D. Self Defense quer estar o mais perto possível da realidade. O interesse dos diferentes modos de avaliação que instalei com a minha equipa (nível, percurso estressante) reside no facto de nos permitir avaliar como o aluno automatizou as técnicas de defesa com as mãos nuas ou com bengala. Se é profissional, avaliamos se integrou os métodos de intervenção coordenada com os seus colegas, as técnicas de negociação e de gestão de situação conflituosa, como interpreta especificamente o marco legal que rege as intervenções, como gere as situações inusuais (entre outras as que se referem aos ataques



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de animais ou primeiros auxílios) e muitos outros detalhes que farão dele um profissional eficaz, seguro de si mesmo e capaz de ajudar as pessoas que o necessitam. Se se trata de um particular, avaliaremos o domínio dos métodos de negociação gestuais e verbais. Evidentemente, neste caso julgamos igualmente as técnicas de defesa pessoal propriamente ditas, mas também o conhecimento dos textos da lei, para que os nossos alunos sejam capazes de se protegerem e de proteger outros, sendo uns cidadãos conscientes e que respeitam as leis. O nosso programa do curso permite ao aluno praticar tanto no plano físico como psicológico. Todos os nossos esforços tendem a reproduzir fielmente a realidade, onde cada palavra ou cada movimento inadequado ou mal interpretado, pode provocar uma situação conflituosa”, conclui Thierry. Este trabalho vanguardista da F.F.B.D. Self Defense, entre outros sobre as armas escondidas e a gestão do estresse, permite-lhe formar, com regularidade, centenas de alunos. Os que já passaram por estes módulos falam muito claramente: “Pensávamos estar na rua!” Com esta preocupação constante pelo realismo, as formações F.F.B.D Self Defesa tendem sempre a uma única meta: a segurança.




O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7

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O termo "Defesa Pessoal" comporta um aspecto negativo. que desde o princípio pode implicar fracasso para o indivíduo. O problema é que este rótulo já reflecte mentalmente que a pessoa é vítima de um acto violento ou agressão e que o praticante deve realizar uma acção defensiva. Esta premissa de agir após os factos, é a razão pela qual a maioria das pessoas sucumbem às acções do agressor e nunca se recuperam totalmente do ataque inicial ou do medo que provoca a situação. A mulher não deve situar-se à defensiva; deve ser consciente da sua situação e não desestimar ou ignorar possíveis ameaças. Ela deve ser pro-activa e ter a iniciativa e o ímpeto, forçando a confusão na mentalidade do atacante, para ter uma possibilidade de vantagem. “Autoprotecção Kyusho” é um processo de treino vital que trata das realidades de um ataque. É um simples mas poderoso processo de treino, que oferece aos indivíduos mais débeis, mais lentos, com mais idade ou menos agressivos, uma oportunidade contra o de maior tamanho, mais forte ou mais agressivo atacante. Mediante o uso dos objectivos anatómicos mais débeis do corpo, conjuntamente com as próprias acções e tendências naturais do corpo, se pode proteger facilmente a si mesma ou a outros, inclusivamente sob as limitações de estresse e físicas, quando a sua adrenalina aumenta. Mediante um trabalho progressivo com as suas próprias habilidades motoras grossas (em vez das técnicas de outros), as suas possibilidades de vitória são eminentes.


REF.: • KYUSHO-21


FAZENDO UMA SALADA DE FRUTAS Se pensaram que este artigo trataria da fina arte de preparar comida, estão enganados! Esta é uma revista séria de Ar tes Mar ciais, mas acontece que enquanto gozava de um momento relaxado e criativo na cozinha, (sou italiano!), escolhi o título do artigo deste mês, como uma analogia adequada a uma perturbadora moda que está proliferando actualmente no mundo das Artes Marciais. Mas vamos ao assunto! Estou a falar das literalmente centenas de cintos pretos


Grandes Mestres jovens (entre os 20 e os 30 anos) que proclamam ter inventado um “novo” sistema ou estilo. Estão em todo o seu direito em pensarem que eu próprio, como fundador de um estilo de Artes Marciais, não devia ser muito crítico com o facto de outros fazerem o mesmo, mas… há muitas e importantes diferenças… Mas antes de destacar as diferenças, v a m o s esclarecer o significado “fundar”, no contexto das A r t e s Marciais.


Combat Hapkido Há 3 categorias nas inovações nas Artes Marciais que proporcionam ao praticante a oportunidade de ser denominado “Fundador” ou “Fundadora” 1. Inventar, criar uma Arte Marcial completamente nova, original e única. Isto é praticamente impossível neste momento da história. Toda disciplina marcial ou prática de combate que se preze, já existe. A maioria das culturas e grupos étnicos mundo afora, durante os últimos 5.000 anos têm desenvolvido métodos de combate (com ou sem armas) para a guerra, para a defesa pessoal, para o desporto, para os r i t o s

religiosos e inclusivamente para se entreter. Há muitos socos, pontapés, manipulações de articulações e derribamentos que o corpo humano pode realizar . 2. Criar um “Novo Estilo” partindo de uma Arte Marcial tradicional já existente. Isto implica modernizar a Arte original, adicionando-lhe técnicas seleccionadas cuidadosamente, eliminando alguns movimentos obsoletos e reorganizando a estrutura e ou a sequência do material. Isso é o que eu fiz com o Combat Hapkido. Eu NÃO inventei uma Arte Marcial “nova”, desenvolvi um novo “estilo” de Hapkido e uma metodologia diferente para aprender e ensinar essa grande Arte. Além do mais e incidentalmente, eu me sinto extremamente orgulhoso de que o Combat Hapkido tenha sido oficialmente reconhecido e registado


Grandes Mestres

em 1999, como um “estilo oficial” (kwan) de Hapkido, pelo Organismo do Governo Coreano, que regula todas as Artes Marciais. 3. Desenvolver um sistema de luta “informal”, moderno e pouco estruturado, para um grupo específico: Polícia, Exército, Pessoal Civil, etc. Estes programas frequentemente incluem treino com armas de fogo e armas brancas e não requerem de nenhuma vestimenta tradicional nem de protocolos; também não há categorias por cintos. Agora que vimos os três tipos possíveis de inovar e criar nas Artes Marciais, é o momento de nos perguntarmos como assim, com a quantidade de Material já existente, pode alguém com 20 anos, que recentemente obteve o cinto preto 1ºDan, “inventar” uma “nova” Arte Marcial e p r o c l a m a r- s e “Fundador”!


Combat Hapkido Devido a que sou o presidente de uma organização denominada “Aliança Mundial Marcial” (com um conselho directivo que consta de Grandes Mestres famosos e Lendas vivas das Artes Marciais), a cada mês, o meu escritório recebe muitas petições para “reconhecer” jovens instrutores como “fundadores” da “sua” própria Arte e expedir os documentos oficiais apropriados. Se bem em raros casos, alguns dos Mestres mais maduros tenham sido avaliados e aprovados, a maioria são, como se diz vulgarmente "uma brincadeira!" Quando lhes pediram para descrever a sua “nova arte” e a maneira em que a tinham desenvolvido, a resposta típica acostumava a ser: "Fui buscar alguns pontapés do Taekwondo, alguns golpes do Boxe, alguns agarres do Jiu Jitsu e alguns derribamentos do Judo e combinei todos!" Wow... Mas que grande criatividade! Fundar um novo estilo não é o mesmo que fazer uma salada de frutas, em que se misturam montes de peças de fruta numa saladeira… Isso, qualquer um pode fazer! Ser o Fundador de um novo estilo implica a cuidadosa mistura de diferentes técnicas, frequentemente de múltiplas Artes, numa estrutura congruente, coerente, inteligente, que como resultado proporciona um programa de estudos eficiente, fluído, contínuo, suave e significativo. Então, a pergunta é: O que diferencia o v e r d a d e i r o Fundador daquele que faz “uma salada de frutas?” A resposta óbvia parece ser "um conhecimento técnico excepcional". E isto seria correcto! Mas eu vos digo que isso só, não é suficiente. Eu acredito que a idade e a experiência também devem ser requerimentos indispensáveis para que se poder obter a d e n o m i n a ç ã o extremamente excepcional de "Fundador". A IDADE confere primeiro a sabedoria e a maturidade necessárias para tomar decisões responsáveis. Também nos ensina a subjugar o nosso ego, o que resulta numa humildade sincera. Por último, com a idade, refinamos o pensamento ético que leva a respeitar e a apreciar o trabalho de outros. Não quero dizer que para ser um Fundador se deva de ser muito "velho". Só que acho ridículo levar a sério a alguém menor de 40 anos, que diz ser um Fundador! A EXPERIÊNCIA. neste caso, não me refiro à quantidade de tempo que cada um dedica à formação (ainda que isso também seja muito importante!), me refiro à experiência completa da "vida", assim como à qualidade da experiência. Inclui experiência empresarial, capacidade de organização, as contribuições criativas, o ensino, a pesquisa, etc. Por outras palavras, o tipo de


experiência prática da vida, a experiência realista que só pode ser adquirida no decorrer de muitos anos (e voltamos ao factor da idade!). A experiência da vida real, assim como a idade, também contribuem para a maturidade e a sabedoria da pessoa. As duas estão fortemente entrelaçadas. Concluindo. Penso que a contínua evolução e moder nização das Artes Marciais, devidas à introdução de novos estilos e métodos criados por instrutores sérios, consagrados e profundamente conhecedores da matéria, é um factor positivo. A

criatividade, a pesquisa, o trabalho árduo e a coragem dos verdadeiros fundadores, beneficia enormemente toda a comunidade das Artes Marciais e as suas contribuições enriquecem a nossa história, mas as saladas de frutas, mal e rapidamente inventadas por jovens “bufões”, egoístas e enganados, que só procuram engrandecer-se a si mesmos, constituem uma desgraça e uma vergonha! A comunidade das Artes Marciais deve de rejeitar esses seus produtos falsos e negar-lhes a credibilidade que tão desesperadamente querem. Vamos mandá-los de volta para a cozinha, para lavarem os pratos!


Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.




REF.: • TAOWS-2




“O ponto vital em Taekwon-Do se define como qualquer área sensível ou frágil no corpo, vulnerável a um ataque. É essencial que o estudante de Taekwon-Do tenha um conhecimento dos diferentes pontos, para que possa empregar a ferramenta de ataque ou de bloqueio adequada. O ataque indiscriminado é condenável, por ser ineficiente e um esbanjamento de energia”. General Choi Hong Hi, ENCYCLOPEDIA OF TAEKWONDO, Volume II, pag.ª 88. Actualmente, o Taekwon-Do é uma das artes marciais mais estendidas e profissionais do mundo, (fundada em 11 de Abril de 1955, pelo General Choi Hong Hi), continua prosperando, inclusivamente após o falecimento de seu fundador, em Junho de 2002. Com o tempo, os factores desportivos foram prioritários e grandede parte dos métodos originais de auto-protecção foram ignorados ou descartados. Nos documentos escritos originais do General Choi, grande parte da atenção, a estrutura e mesmo o uso dos pontos vitais "Kupso" (ou Kyusho), assim como o desenvolvimento de armas para ter acesso a eles, foi apontado mas nunca foi totalmente ensinado. Kyusho International desenvolveu um programa para iluminar, educar, integrar e desenvolver esta inacreditável Arte Marcial, voltando aos conceitos de seu fundador. Este novo programa conta com o pleno apoio do filho do fundador, Choi Jung Hwa. O objectivo desta série é para pesquizar os padrões (Tul), que se realizam de acordo com os preceitos do fundador na "Enciclopedia do Taekwon-Do" (os 15 volumes escritos pelo General Choi Hong Hi, incluindo os "Pontos Vitais"). Através desta estrutura, o Kyusho se integrará inicialmente e de novo no Taekwon-Do. Kyusho International se sente orgulhoso por estar presente nesta tarea de colaboração monumental e histórica.

Ref.: • KYUSHO20

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