“O homem superior pensa sempre na virtude; o homem vulgar pensa na comodidade” Confucio
pós 28 anos editando a revista, Budo International Publishing Co., a companhia que dirijo, tem o prazer de anunciar a sua aparição no próximo mês, em língua Chinesa. A importância desta nova edição não escapa a ninguém, não só por razões evidentes - é óbvio que é a língua que fala quase um 25 % da humanidade - mas principalmente por motivos simbólicas, pois a China compartilha com a Índia, o privilegio de ser o berço das Artes Marciais. O próprio factor de que uma Editora ocidental se tenha tornado já a primeira e única editora na história mundial, a realizar a cada mês uma revista de Artes Marciais em sete idiomas, também não é um acaso mas sim uma marca dos tempos. A globalização está permitindo que o melhor do Oriente se veja no Ocidente e vice-versa. Com esta edição em língua Chinesa, podemos afirmar sem medo a enganarnos, que o círculo virtuoso está completo, que de alguma maneira “voltamos para casa”. A China se reencontrará por este meio, com a modernidade nos desportos e Artes Marciais do Século XXI. Artes que passaram por muitíssimas transformações desde que viram a luz nos seus mosteiros, mas também com a melhor maneira de fazer da sua tradição. Muitas são as escolas e linhagens perdidas na sua própria casa com o decorrer dos séculos, mas foram mantidas na diáspora de seus milhões de emigrantes, distribuídos já pelos cinco continentes. Com a edição em Chinês, este meio de comunicação se torna definitivamente na referência sem paralelo nas Artes disciplinares. Uns poucos cálculos serão suficiente para compreender a magnitude deste transcendental passo:
A
“Uma viagem de mil milhas começacom o primeiro passo” Lao Tse
O Chinês Mandarim é falado por uns 1.000 milhões de pessoas; o Inglês por 600 milhões; o Espanhol por 500 milhões de pessoas (e crescendo rapidamente); o Português 260 milhões de pessoas. O Alemão uns 150 milhões e enquanto o Italiano anda perto de uns 70 milhões, o Francês já atingiu os 80 milhões. Das 10 línguas mais faladas no mundo, esta revista é feita em sete!… As edições em Árabe, Japonês e Russo completariam o mosaico… Bem, tudo pode ser… Quem sabe! Se 30 anos atrás me tivessem dito que chegaríamos a fazer a revista em todos os idiomas em que agora se edita, não teria acreditado! No entanto, aqui estamos! Pouparei os leitores do panegírico habitual acerca das bondades do nosso produto; os feitos falam sempre mais alto que as explicações, mas cima de tudo o não farei porque com os anos temos aprendido a olhar com humildade para as conquistas, tanto como com benevolência os fracassos, convencidos que nunca são o fruto de uma simples vontade, nem sequer de muitas, mas sim também da intercessão de factores múltiplos, do destino e da oportunidade. Para a China, este meio será também uma magnífica ocasião de compartilhar com o resto do mundo, muito do que como um tesoiro guarda desta matéria, enquanto que para o Ocidente, a de abrir as portas desse “mundo dentro deste mundo” que é o gigante Chinês, uma bolha quase virginal para a maioria dos Mestres e estilos, em um território que está, como não está nenhum outro, em um processo de expansão e crescimento sem paralelo.
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Grandes Mestres
Neste texto e em formato de entrevista, o Grão Mestre o Dr. Chiu Chi Ling, fala aberta e directamente com seu aluno e eleito seu sucessor, o Mestre Martin Sewer. Através de muitos anos de intensa relação mestre-aluno, surgiu uma base de alto nível de qualidade, confiança e sinceridade. Consequentemente, o Dr. Chiu fala de matérias que jamais tratara abertamente em nenhum outro meio, o que é um privilégio para todos os nossos leitores e para os estudiosos das Artes Chinesas em geral, que fará desta entrevista em peça de estudo durante anos. Por isso, queremos agradecer desde a nossa redacção, a Sifu Martín Sewer, por sua dedicação para que esta peça do jornalismo marcial finalmente tenha sido possível. Como resultado de seus mais de 68 anos de longa experiência e sua implicação nas Artes Marciais Chinesas, o Dr. Chiu Chi Ling é, sem dúvida, um dos poucos que têm o direito e o levam o peso da obrigação de transmitir às próximas gerações de praticantes de artes marciais, a sua essência. Por isso, somos cientes de que este artigo será de grande ajuda para aqueles que estão realmente interessados nelas. Surgirão perguntas e respostas, mas também havemos de ver aspectos da sua história, segredos e ciência, aprendidos desde outros pontos de vista. O Grão Mestre Chiu Chi Ling, que também é grande em seu posicionamento humilde, insistiu repetidamente, que ele não sabe tudo. Por isso, se alguém tiver perguntas ou observações, ou disponha de mais conhecimentos, é livre de contactar com ele, naturalmente na maneira adequada.
Entrevista com o máximo expoente do Schaolin Kung Fu, Grão Mestre Dr. Chiu Chi Ling, Grau 10º de Mestre. Realiza a entrevista o seu aluno o Mestre Martin Sewer, Grau 8º de Mestre. Mestre Martin Sewer: Surgió o Kung Fu no templo de Shaolin? Grão Mestre Dr. Chiu Chi Ling: As artes marciais chinesas são muito, mas muito antigas mesmo e têm uma história muito longa. Em tempos remotos, as pessoas sabiam estas histórias. No Sul da China, assim como no Japão, a Coreia, Singapure, etc..., as artes marciais estavam muito estendidas. Actualmente é muito difícil determinar a origem exacta das artes marciais chinesas. De acordo com a tradição, os primeiros homens que se estabeleceram na China, fizeram-no à beira do rio Amarelo. Os primeiros combates e guerras foram para obter o melhor lugar junto da água e do território de caça. De fragmentos de informação, que também têm a sua origem em antigas tradições literárias e artísticas chinesas, se deixa entrever que já na Dinastia Zhou (1027-256 a.C.) havia umas artes marciais altamente desenvolvidas. Isto foi muito antes da origem dos templos de Shaolin do Norte ou do Sul. Em contra das afirmações de gente do actual templo de Shaolin, isto já existia muito antes de Shaolin. As gentes de Shaolin afirmam que eles inventaram o Kung Fu, que o Kung Fu vem deles. Isto não é certo! M.M.S.: "Wushu, Kung Fu"? Por que tantos nomes? G.M.L: As artes marciais tiveram em diferentes épocas diferentes nomes. No entanto, as técnicas e a ideia eram sempre as mesmas. Kwok Seut (Kuoshu) = arte nacional Mou Seut (Wu Shu) = arte guerreiro Kuen Gerk = punho, pontapé Kwok Soi = espírito nacional, alma Boji = combate, luta Duai da = luta normal, homem contra homem Expressões cantonesas (entre parêntese expressões em mandarim).
“Na Dinastia Zhou (1027-256 a.C.) já havia umas artes marciais altamente desenvolvidas. Isto foi muito antes da origem dos Templos de Shaolin do Norte ou do Sul”
Estes são nomes para o Kung Fu. Antigamente ainda não se conheciam estilos ou famílias. Tudo era praticado e exercitado sob esse nome. Estas técnicas se conservaram desde tempos remotos até os nossos dias. NÃO vêm de Shaolin, mas sim dos homens que as trouxeram a partir das suas lutas, guerras e combates. M.M.S.: Foi Ta Mo (Boddidharma) que levou o Kung Fu da India para Shaolin? G.M.L: Talvez seja certo que tenha levado alguma coisa, mas definitivamente, não é o fundador ou o inventor do Kung Fu, ou do Shaolin Kung Fu. O Kung Fu existia muito antes de que ele próprio existisse. M.M.S.: Se fosse Ta Mo que tivesse levado o Kung Fu, onde o teria ido buscar? É melhor o seu Kung Fu daquele que até então havia na China? G.M.L: Isso não se sabe. Não temos nada que tenha chegado até os nossos dias, que testemunhe ter ele ganho os combates. Não se conhece nenhum desafio histórico, mas sim é certo que nessa época, a China já tinha bons sistemas de combate. M.M.S.: De onde então, vem o Kung Fu? G.M.L: Naquela época (antes da China existir), diversos países estavam em guerra. Daquele tempo nos chegam experiências e conhecimentos. As técnicas e as estratégias foram permanentemente melhoradas e aperfeiçoadas empiricamente. Faz de 3.000 a 4.000 anos, que nasceu na China, onde havia muitas guerras e lutas. Muitos diversos países estavam em guerra: o Japão, Taiwan, a Tailândia e a Mongólia estavam em guerra entre eles. Nesse tempo se experimentaram e integraram muitas técnicas. Falo dos tempos de Chun Chi Wan (Zhou Cheng Wang), que levou a paz aos reinos. (Dinastia Zhou desde 1027 a.C. até 256 a.C.). M.M.S.: Nasceu o Kung Fu da experiência dos melhores lutadores? G.M.L: A China é muito mais antiga que a Europa, por isso se encontram ali tantos conhecimentos e experiência nas artes marciais. Cada dinastia tinha generais versados em artes marciais. Eles eram os responsáveis de defender o país. Aproximadamente no ano 100 d.C. eram: Guan Gung (Kwan Kung), Lau Bei, Chang Fei, Chiu Yean (Chiu Zhi Long).
Grandes Mestres “A história do Mosteiro de Shaolin Sul é muito jovem, ao contrário que a do Kung Fu!”
Guan Gung era conhecido pela sua alabarda e quem posteriormente foi nomeado para honrar Guan Dao. O imperador da Dinastia Song e seus generais, eram todos eles bons conhecedores das artes marciais, como por exemplo, o General Yue Fei ou o Imperador Chiu Hung Yin. Wong Fei Hung e Lam Sai Wing do sistema Hung Gar, eram ambos famosos instrutores das artes marciais no Exército Chinês. Ajudavam as pessoas o máximo que podiam e contavam com o respeito e o apreço dos círculos das artes marciais. É fácil de ver que a China teve muitas guerras e batalhas; delas saíram as experiências que foram transmitidas às gerações seguintes. Era importante que essas experiências fossem transmitidas por Mestres à nova geração. M.M.S.: Se ganhava dinheiro com o Kung Fu? G.M.L: Na China, para conseguir ter um bom trabalho, se tinha de saber praticar bem o Kung Fu. De não ser o caso, era impossível, por exemplo, ser um oficial da guarda. Para o exército se procuravam os melhores mestres de Kung Fu. (Ver Wong Feiu Hung e Lam Sai Wing). O governo procurava estas pessoas e só os melhores tinham essa oportunidade. M.M.S.: O Hung Gar era para defender o país? G.M.L: O Sul da China é e foi estrategicamente muito importante e de grande transcendência para o país. Por esta razão, o exército estava no Sul fortemente representado. Por isso, o estilo Hung Gar estava muito expandido. Nem todos os praticantes de Hung Gar podiam acabar de aprender o sistema e foi por isso que muitos, posteriormente criaram o seu próprio estilo. M.M.S.: Grão Mestre Chiu, o senhor fez-se actor. Qual o motivo? G.M.L: Eu pertenço à famosa linha do Wong Fei Hung e pratico o Hung Gar correcto. O público queria ver o verdadeiro Kung Fu e o Hung Gar é o estilo mais conhecido. Junto com Jackie Chan, Jet Li, Stephan Chow e muitos outros, fiz mais de 70 filmes. M.M.S.: Então, o Hung Gar é o sistema mais conhecido? G.M.L: No Sul de China havia 5 famílias do Kung Fu conhecidas (por este ordem):"Hung", "Lau", "Choy", "Li", "Mok". Não há tantas como dizem os mestres actuais. Naquela época não havia nenhum outro estilo conhecido. Estes cinco estilos eram os que prevaleciam no Sul da China.
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M.M.S.: E o que acontecia com os actores que não sabiam Hung Gar? G.M.L: O conhecido actor Kwan Tak Hing, que em muitas fitas interpreta Wong Fei Hung, teve de aprender Hung Gar para poder trabalhar no cinema. M.M.S.: E por que motivo o Hung Gar? G.M.L: Na Ásia, as pessoas conhecem o Hung Gar Kung Fu. As formas e também o valor do Qi Gong, que estão incluídas no Hung Gar, são muito conhecidas. M.M.S.: Qual é a verdade acerca do Mosteiro de Shaolin do Sul? G.M.L: A história do Mosteiro de Shaolin do Sul é, ao contrário da história do Kung Fu, muito recente. A Dinastia Qing acabou em 1644. “Fan Qing Fok Ming terminou com o Qing e começou com o Ming”, era como acostumavam a dizer os patriotas. Naquele tempo guerreiro e incerto, era o Templo de Shaolin do Sul um excelente lugar para se esconderem. Os patriotas chegavam de todo lado para se unirem em contra do governo. Muita gente fora de série e extraordinária do Kung Fu, chegaram a Shaolin do Sul e entre eles, formaram uma irmandade. Juntos queriam fazer cair o governo e de novo pôr o país em mãos dos Chineses. Nesse tempo se incluíram muitas novas técnicas e armas no sistema Hung. Muitas destas estratégias, técnicas e armas, já eram muito antigas. Algumas destas técnicas eram: Ng Long Pa Kua Kwan (Forma do Pau) Chun Chau Guan Do (Forma da Alabarda) Diu Bin Gil (uma Forma da Alabarda) Yu Gar Dai (Garfo do Tigre) do Banco do Rastrilho de 9 dentes Im Do (Faca) Foice da meia-lua Se utilizaram muitas ferramentas como armas. As pessoas aprenderam a utilizá-las para lutar. Assim, se encontram também armas camufladas, como por exemplo, agulhas e flechas envenenadas. Até o báculo budista se utilizou para lutar. Chiu Kow (meu pai) era versado na utilização do chicote de 9 pontas. Havia muitas armas que habitualmente se portavam e que tinham a sua origem na utilização do dia-a-dia. A arma mais conhecida e habitual era, naturalmente, a espada. M.M.S.: Onde se encontra o verdadeiro Kung Fu? G.M.L: O Taiwan é muito tradicional no Kung Fu Chinês. A questão é que depois de Mao ter proibido tudo, se tinham de manter vivas e promover as tradições. Isto se pode compreender
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“Actualmente se emprega muito a expressão Wushu Moderno. Também neste artigo. Todas estas expressões confundem as pessoas!”
historicamente de uma maneira muito simples. Durante a guerra Civil Chinesa, dos anos 1926–1928, começou na China a campanha do Norte. O general Tschiang Kai Schek e Mao Tse Tung escreveram a recente história da China com o exército vermelho. Está escrita nos livros de história e é compreensível para qualquer pessoa. O Taiwan conhecia e conhece as tradições chinesas e as cultiva. Se queriam conseguir que o povo chinês fosse saudável e forte, todos deviam aprender Kung Fu, para ter um país saudável e forte. O Kung Fu foi levado para Taiwan e ensinado principalmente no sentido de velhas tradições. Esta maneira de pensar protegeu e salvaguardou muitas partes da cultura chinesa. M.M.S.: Não existe na China mais nenhum Kung Fu? G.M.L: Quando a China foi controlada por Mao Tse Tung, todo mudou. A língua e a cultura… Muitos templos antigos foram destruídos, se proibiram religiões e foram eliminadas. As crenças do povo foram destruídas. Se idolatrou Mao e tudo se adaptou a ele. O Kung Fu não teve melhor sorte. os praticantes de Kung Fu foram presos ou eliminados. Ensinar, aprender ou até conhecer alguém que tivesse alguma coisa a ver com o Kung Fu, era motivo de castigo. Durante muitos longos anos se modificou tudo. Durante mais de 10 anos se tiveram de aceitar as crenças de Mao. Tudo parou. Era impossível aprender ou ensinar Kung Fu. Nem sequer se podia falar em "Kung Fu" ou "Shaolin". Por sorte, Hong Kong, a Malásia e Singapure se salvaram. Apenas na China havia estes problemas. Muita gente fugiu da China e naturalmente, também muita gente boa do círculo do Kung Fu. Para eles era impossível trabalhar e viver na China. Estes foram os principais motivos para que esta gente emigrasse. M.M.S.: Se uniram fora da China os grandes do Kung Fu?
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“Se Ta Mo tivesse trazido o Kung Fu… onde o teria ido buscar? O seu Kung Fu é melhor que aquele que até então havia na China? Não se sabe!…”
G.M.L: Taiwan e outros países continuaram com as tradições e as conservaram. Hong Kong realmente chegou a ser o centro do Kung Fu. Muitas famílias do Kung Fu ali se uniram e formaram uma forte comunidade. Principalmente eram conhecidos o Hung Gar e o Chiu Kow. M.M.S.: Se ensinam e se cuidam ainda estas tradições nos templos de Shaolin? G.M.L: O templo de Shaolin foi destruído. Os monges não mais puderam treinar. Como poderiam então ensinar os alunos? Como podem dizer os monges que treinam e ensinam o verdadeiro Kung Fu? Vestem hábitos de monge, rapam a cabeça, mas podemos ver que se trata só do Kung Fu Moderno. O Shaolin Kung Fu antigo e autêntico já não se vê mais. O Shaolin Kung Fu tradicional se perdeu no templo. Isso é coisa que se pode ver e que até os laicos podem constatar. M.M.S.: Falsos monges e falso Kung Fu? G.M.L: As pessoas que estão no templo não conhecem nenhum Kung Fu tradicional. Tive contactos com o templo Shaolin do Sul em Fukien. Me deram um cartão de visita. Eu sou chinês e falo Chinês. Para mim foi muito simples saber o que está escrito no cartão de visita. O monge
superior, o que está encarregado do tempo Shaolin, não é um monge combatente, é um represente para as relações públicas do mosteiro, não é nenhum mestre de Kung Fu. O que essa gente ali ensina é o Wushu Moderno. O Kung Fu tradicional se perdeu completamente. Quem quiser aprender o Kung Fu autêntico, actualmente terá de o aprender fora da China. Assim, eventualmente se poderia aprender o Kung Fu autêntico, original e chinês e depois poderia ser levado de volta para Shaolin. Mas isto parece bastante absurdo… M.M.S.: Aqueles que aprenderam o verdadeiro Kung Fu, são os devem dar a conhecer ao mundo, o que é realmente o Kung Fu! G.M.L: Esse é o motivo deste artigo!... M.M.S.: Vem o Nan Chuan de Chiu Kow? G.M.L: Meu pai, Chiu Kow, venceu nos torneios eliminatórios em Hong Kong, Guangzhou e posteriormente, nos campeonatos nacionais em Pekin (1955/56). As pessoas sabiam que era originário do Sul e chamavam o seu Kung Fu, Nam Kuen (cantonês) e respectivamente Nan Chuan (mandarim). Ensinou a Forma do Tigre/Grou (Fu Hok Seung
“Nem todos os praticantes de Hung Gar podiam acabar de aprender o sistema e foi por isso que posteriormente, muitos criaram seus próprios estilos”
Grandes Mestres Yin Kuen) e as pessoas se interessaram por aprender esta forma. Chiu Kow começou a ensinar os interessados em Pekin. Mas só ensinou a forma. A falta de tempo não lhe permitiu ir realmente ao fundo do sistema. O governo gostou da forma e quis estar em posse dela para as Olimpíadas. Foi recebido em Pekin, no Pavilhão Nacional e recebeu de mãos de Mao Tse Tung um diploma por seu extraordinário Kung Fu. Chiu Kow foi homenageado após a sua vitória. Em Hong Kong, Cantão, Macau e em muitos outros lugares, apareceu nos jor nais e as diferentes organizações e associações lhe renderam homenagens. Diversas produtoras quiseram ter Chiu Kow para interpretar cenas em seus filmes. M.M.S.: O Wushu saiu do Hung Gar? G.M.L: Da forma original Tigre/Grou, o governo fez uma nova forma que chamou Wushu. Fez também roupas desportivas com novas cores. Se adaptou a forma para os torneios. A extensão da mesma foi reduzida e não se necessitava tanto tempo para a realizar. Foi a primeira forma oficial do Soco Sul Wushu. Após o Campeonato Nacional, o governo incentivou apenas o Wushu Moder no e não o Kung Fu tradicional. Esta era segunda vez que se perdia na China o Kung Fu tradicional. A primeira vez foi com a proibição de Mao. M.M.S.: Wushu moderno? G.M.L: Nos nossos dias se emprega muito a expressão Wushu Moderno. Também neste artigo. Todas estas expressões confundem as pessoas. O Wushu Moderno tem mais saltos, acrobacia e muitos elementos de ginástica. Quando hoje se faz Wushu Moderno, seria muito mais produtivo fazer ginástica de chão. "Si Wushu" significa Wushu Novo. Esta expressão se integrou na língua Chinesa. É de grande valor conservá-la e cuidar do
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Karate, do Judo, do Jiu Jitsu e de outras muitas artes. M.M.S.: Mas o que há com o Kung Fu chinês? Por que não faz alguma coisa o governo chinês? G.M.L: Em apenas 50 anos, o governo destruiu quase um século de velhos conhecimentos… M.M.S.: Para finalizar, umas perguntas acerca da evolução do Kung Fu no Ocidente. O que pensa acerca disso? São capazes os alunos do Ocidente de aprender o Kung Fu? G.M.L: Os alunos de Ocidente são muito capazes de aprender as nossas artes. Investem muito tempo e energias nas aulas. É bastante difícil para eles, compreender não só a cultura como também o comportamento e o respeito. Es t es as pect o s s ão para mim muit o impo rt antes e não quero pecar de insistente dizendo que junto com as habilidades combativas, devem cultivarse de maneira imprescindível, a estrutura da família, o respeito e as boas maneiras. No México, na Argélia, Itália, Bélgica, nos Estados Unidos, na China, Suiça e em outros muitos países, tenho escolas. Ao todo uns 30.000 alunos. Quando não
participo em filmes, como agora estou faz endo co m S t ephan Cho w, normalmente estou em viagem dirigindo s eminário s , apro ximadament e no v e meses por ano. M.M.S.: Escolheu Martin Sewer, um Suíço, como seu sucessor… Por que motivo? G.M.L: Martin Sewer me segue desde faz mais de 25 anos. Desde a sua infância vem praticando artes marciais. Aprendeu e tem praticado Kung Fu muito arduamente. Martin tem dedicado a sua vida ao Sistema do Hung Gar e dirige várias escolas. É seguido por muitos alunos. É um bom homem e um mestre excelente. Seus alunos têm sido e são excelentes, sempre acima da média. Em 2007, eu disse publicamente pela primeira vez, que ele é o meu sucessor. Também afirmei isso através de clips no YouTube. Se alguém realmente quer aprender a verdadeira arte, com Martin Sewer vai por muito bom caminho. M.M.S.: Muito agradecidos Grão Mestre Dr. Chiu Chi Ling, por esta entrevista… G.M.L: Obrigado também pela conversa e desejo a todos os leitores que gozem muito com as Artes Marciais.
“No México, na Argélia, Itália, Bélgica, nos Estadoa Unidos, na China, na Suíça e outros muitos países, tenho escolas… Ao todo são uns 30.000 alunos. Quando não participo em filmes, como agora estou fazendo com Stephan Chow, estou normalmente em viagem, ministrando seminários, aproximadamente nove meses por ano!”
A aparente simplicidade… É possível ver em grande número de publicações que falam sobre o Wing Chun Kuen (revistas, foros, publicidade, etc.…) que se afir ma com grande segurança que a característica mais importante do Wing Tsun é a SIMPLICIDADE. Faz alguns anos podia estar mais o menos de acordo. Na actualidade e quanto mais avanço na prática desta ARTE, mais consciente sou de que essa SIMPLICIDADE é só uma aparência. Na minha opinião, este sistema de aparência “estranha” e de posições ligeiras encerra uma dificuldade só reservada para aqueles dispostos a percorrer um longo caminho, pessoas capazes de ver e compreender aquela mítica frase do grande Leonardo Da V inci que vinha a dizer: “A Simplicidade é o máximo em Sofisticação”. Esta fantástica frase resume muito bem o espírito que deve mar car o caminho da prática no W ing Chun e que, na minha opinião, tem sido confundida em inúmeras ocasiões.
A
base, tanto técnica como filosófica do estilo, tenta REDUZIR todo o processo técnico/mental ao sistema BINÁRIO e portanto, à redução ao mínimo de toda tomada de decisão. 1 ou 0, positivo ou negativo, branco ou preto, YANG ou YING. Em aparência parece simples, na prática, a mais difícil de todas as batalhas. Como dizia o Grão Mestre Wong Shun Leung: “O homem tem a estranha doença de complicar as coisas”. O Mestre Wong, talvez
um dos mais importantes mestres de Wing Chun da era moderna é certamente um claro expoente do dilema que provoca tentar simplificar em excesso coisa que na prática o não é tanto. E p não é por essa “estranha doença de complicar as coisas” inerente a todo homem. São poucos (muito poucos diria eu) aqueles capazes de se isolarem de todo barulho e movimento e levar a termo um processo mental e técnico, independentemente de qualquer coisa que o adversário tente realizar e em qualquer cenário ou situação. É precisamente aí onde tem lugar a primeira das batalhas. Se definimos a estratégia global do WingTsun Kuen, iremos coincidir em que não parece demasiadamente “complicada”. Está claramente traçada pelos princípios do mesmo. 1.- Se o Caminho está livre AVANÇA 2.- Se chocas com teu inimigo, PERMANECE COLADO a ele (não retrocedas) 3.- Se a força (ou o momento de força) é superior à tua, CEDE 4.- Se teu inimigo se retira ou foge, PERSEGUE-O Se bem acredito que poderíamos tentar explicar isto um pouco mais, inclusivamente para aquelas pessoas que não praticam habitualmente Wing Chun Kuen: 1) Permaneceremos numa posição totalmente imóvel a olhos do inimigo (mas carregados com a força elástica) esperando que o inimigo ENTRE na nossa distância de aplicação. 2) NÃO mostraremos o mais mínimo movimento ou tensão. Nem um só milímetro a olhos do nosso inimigo. Esperaremos como um predador espera a sua peça de caça. 3) No momento em que o INIMIGO entra na nossa distância, lançaremos na sua direcção, todo o nosso corpo protegido com mãos e pernas, tentado fechar o espaço entre ambos, o mais rapidamente possível. Devemos introduzir-nos em seu movimento quando o seu ataque (ou tentativa) tiver começado. Quanto mais sejamos capazes de aguentar, menor capacidade de resposta terá o inimigo. 4) Se no ENCONTRO com o inimigo encontramos o caminho livre (sem obstáculos) bateremos sem parar até a vitória, sem o deixar recuperar-se do nosso fluir de ataques CONTÍNUOS.
Se pelo contrário encontramos obstáculos, nos colaremos com braços e pernas a ele, para inibir os seus ataques, desviá-los o mover-nos a um ângulo seguro, mas SEMPRE com a INTENÇÃO de nos libertarmos imediatamente das suas extremidades e passar a sua “guarda” para BATER de novo de maneira contínua e fluida. E um detalhe muito importante: Quando começado, o incidente tem de ser levado até o final. Não permitir que se possa haver várias tentativas por parte do adversário (o que acontecerá se permitirmos que se afaste e refazendo-se ataque de novo) Como podem ver, o que para muitos parece simples… talvez o não seja tanto na prática. Na realidade, tudo se complica porque não se explica convenientemente a necessidade de separar em DUAS partes (de novo um conceito taoista) que por um lado está a ESTRATÉGIA do sistema e por outro a TÉCNICA. A técnica permite levar a termo a estratégia. E a estratégia é possível devido à existência dessa técnica/atributos adquiridos mediante a prática. Separados, diferentes mas complementares (yin e yang) Acredito firmemente que a compreensão destas duas ideias separadas, à vez que complementares, constitui um correcto ponto de partida para o treino e acima de tudo, um excelente objectivo que marcará o rumo da nossa prática. De novo, este conceito que nos serve como ORIGEM à vez que como FIM, nos mostra a inseparável influência do TAOISMO no WingTsun Kuen.
Referindo-nos à técnica… Um praticante de Wing Tsun deveria compreender que a redução ao código binário 1 e 0, contém uma série de vantagens frente a outros estilos. Expliquemos brevemente este conceito: Quando um NÃO praticante do nosso estilo observa desde fora a execução de técnicas de um mestre qualificado, o que mais o surpreende é a VELOCIDADE à qual pode mover suas mãos e muito em especial a precisão e aparente “simplicidade” com que pode superar o outro. Acostumo a afirmar, que a velocidade de um praticante de Wing Tsun não tem nada a ver com a velocidade genética de um praticante. De facto, os praticantes mais rápidos acostumam a ser praticantes de mais idade (quase idosos). A raiz desta velocidade se fundamenta especialmente no NÃO PROCESSAMENTO mental das reacções e técnicas. Quer dizer, o praticante, mediante o treino metódico das reacções e técnicas no Chi Sao, consegue reduzir à mínima expressão toda resposta. No nosso universo é o BINÁRIO: 1 e 0. Quer dizer, um praticante CHOCA com um braço do inimigo, nesse choque o praticante SENTE
(mediante sensibilidade táctil) se há um caminho LIVRE 1, ou se pelo contrário está OCUPADO/ENCERRADO 0 (zero). Uma ou outra resposta geram a reacção adquirida no treino 1 = bater avançando, 0= ficar colado à extremidade com a qual chocar. Se o adversário depois de chocar com o nosso ataque mover a sua mão para fechar a nossa entrada, isso supõe uma abertura em outro lado. Ceder à força superior não é mais que encontrar/sentir que essa porta está fechada e procurar entrada em outra posição, de maneira automática, 1/0 Como podem ver, este processo se repete em todas e cada uma das situações que no WingTsun surgem em um confronto. A mestria se consegue quando se é capaz de notar estas coisas e NÃO PENSAR nesse processo de escolha de Zero ou Um, mas sim que seja o próprio corpo que por meio do treino realiza de maneira AUTOMÁTICA. Após toda esta complexa explicação, quem se atreve a dizer que o Wing Chun Kuen é um estilo “SIMPLES”? Desde já, eu NÃO. Como acostuma acontecer em infinitas ocasiões, aquilo que não compreendemos ou que nos supera por uma grande complexidade, tendemos a ignorá-lo o a procurar uma simplificação do mesmo. Na minha opinião, este é o caso de muitos dos sistemas chineses. Afortunadamente (eu acredito que seja um tesoiro que influi sobre a vida das pessoas que conseguem compreendê-lo) a filosofia Budista, Confucionista e Taoista (esta última principalmente) formam parte do ADN do sistema e não é possível conseguir o domínio da arte separando o que é inseparável. Toda tentativa de separação, desnaturaliza este estilo e o torna uma “caricatura” do que realmente é. Efectivamente é parecido, mas no fundo não tem muito a ver com a realidade. Por isso me permito afirmar, sem medo a enganar-me, que a SIMPLICIDADE não se encontra de entra as principais virtudes deste estilo. De novo, parafraseando o meu admirado Leonardo Da Vinci: “A simplicidade é o máximo em sofisticação” Com todo o meu respeito Sifu Salvador Sánchez TAOWS Academy
www.junmuaythai.com
“Ser instrutor KMRED é, acima de tudo, ser um lutador” Boxe inglês, Muay Thai, Boxe francês, Kick Boxing ou K1, são as disciplinas de base que praticam ou ensinam todos os instrutores e futuros instrutores do grupo KMRED “Kravmaga Recherche Évolution et Développement” (kravmaga Investigação Evolução e Desenvolvimento). De facto, todos os que desejarem tornar-se professores do sistema KMRED, serão obrigados a praticar ou ter praticado regularmente um desporto de combate. É, na nossa opinião, um constituinte essencial da construção de um bom professor de defesa pessoal.
“Receber pancadas” não é natural, assim como não é inato dar eficazmente um golpe, ou o que quer que seja, e só a prática destas disciplinas permite conseguir do futuro mestre, ou do praticante, um “perfil” de lutador. É por isso que, por exemplo, Cristiano Wilmouth, CoFundador do Grupo KMRED e também professor de Muay Thai Boxe Thai, a cada ano vai à Tailândia, a umas acampadas de treino. Este ano, acompanhado de um instrutor já titulado, Julien Cavalié, e de um instrutor assistente em fase de finalizar a sua formação, Billy Ouahab, Cristiano Wilmouth foi a um campo de treino de Muay Thai na Ilha de Koh Samui, ao JUN MUAY THAI. No programa, 15 dias de prática
www.junmuaythai.com
intensiva, de 5 horas por dia, às quais se somaram várias horas de aulas particulares. O Muay Thai é uma disciplina muito interessante para a defesa pessoal, porque a sua prática inclui o uso de “armas” muito diversas, como punhos, pernas e também ferramentas muito apropriadas para o combate em distâncias curtas, como os cotovelos e os joelhos, assim como técnicas de combate corpo a corpo chamadas “Clinching”, que complementam perfeitamente o arsenal dos praticantes do sistema KMRED. Ao todo, “oito armas"” mais o “corpo a corpo”, que permitem uma ampla gama de combinações de percussões e projecções. O outro aspecto muito interessante para construir um
bom mestre ou praticante de defesa pessoal e em especial no marco da formação dentro do grupo KMRED, é o facto de se integrar na vida de um campo profissional de Muay Thai, na própria fonte desta disciplina, que convida o praticante a superar-se cada dia física e mentalmente. O corpo é posto à prova todos os dias e só a força de vontade, a coragem e o desejo de superar-se, permite manter o ritmo diário dos treinos. O seminário deste ano se realizou em um acampamento chamado “JUN MUAY THAI”, na Ilha de Koh Samui, onde que ensinam uma dúzia de instrutores que em seu currículo têm todos, como mínimo, mais de uma centena de combates.
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Os treinos, duas vezes por dia (de 2h30 cada sessão) foram uma ocasião para Julien Cavalié e Billy Ouahab aperfeiçoarem as sua técnicas de pontapés, socos, cotoveladas e joelhadas, trabalhando sucessivamente com os sacos e os paos, assim como para levar à prática as habilidades adquiridas durante as sessões de sparring com os treinadores do campo. Momentos inesquecíveis, de suma humildade e respeito, que se inscrevem plenamente no espírito que cultiva o grupo KMRED. O combate é a essência de u m a d e f e s a p e s s o a l re a l i s t a e q u a n d o t e m o s a oportunidade de praticar no lugar da sua origem, uma
disciplina como o Muay Thai, só se pode crescer por esta experiência. O grupo KMRED quer agradecer especialmente a Jun, chefe do JUN MUAY THAI e a Khru Lek, pela qualidade da formação que recebemos ao longo destas duas semanas. Agora temos a certeza que outros instrutores e futuros instrutores kravmaga RED, viajarão a essa estrutura, nos meses e nos anos futuros. Graças a este género de experiências, podemos estar de acordo com o nosso lema: “Entre ser ou parecer, escolhemos… Aluno um dia, aluno sempre…”
www.junmuaythai.com
Weng Chun Kung Fu: Forte e flexível em 3D! Transformem os músculos, nervos e fascias A transformação dos músculos e tendões (Chin. Yi Jin Jing) como "método de fitness" particular do Shaolin, forma parte integrante do Weng Chun Kung Fu. Este método holístico tem como objectivo desenvolver as diferentes habilidades do praticante de Weng Chun, para prevenir lesões durante o treino e dado o caso, para melhorar a sua cura, assim como para a prevenção do esgotamento devido à intensidadedo treino prolongada durante anos.
Continuando em 3D Com esta finalidade, se realizam diversos exercícios para desenvolver a força, a flexibilidade, a resistência, o equilíbrio e a velocidade e se combinam com a respiração para formar uma unidade fluida. Seus nomes, tais como por exemplo "O tigre faminto", são provenientes dos “Cinco Animais”, dos “Cinco Elementos”, ou de outros conceitos da filosofia Shaolin Zen (Chan). O fluir constante enquanto se realizam os exercícios, leva a um distanciamento cada vez maior dos pensamentos e preocupações da vida quotidiana e a uma melhor presença no Aqui e Agora. Isto não só ajuda à alegria da prática, como também desenvolve a habilidade do lutador para adaptar-se de uma maneira espontânea e flexível, às necessidades sempre cambiantes de qualquer situação de combate. Os exercícios longos concatenados, são particularmente efectivos. Outra característica desta antiga arte de Shaolin é a focalização holística e a tridimensionalidade dos exercícios. Portanto, os estiramentos e exercícios de força, por regra geral se realizam de uma maneira tridimensional e em concatenamentos longos, em vez de esticar e fortalecer as diferentes partes do corpo por separado, como é hábito comum no "mundo ocidental". O exercício cíclico do "Tigre Faminto", como se pode apreciar neste artigo, mostra a conexão do concatenamentos de movimentos da parte dianteira e da traseira do corpo. A concatenação de movimentos inclui todo o corpo, da planta dos pés, através das pernas, os glúteos e a parte baixa das costas e até o peito, a cabeça e os braços. A direcção do movimento dos exercícios, se baseia na compreensão das vias Qi do corpo, que fluem de baixo para cima, de cima para baixo, de dentro para fora, de fora para dentro, ou as vias que circulam em diagonal e as que o fazem ao longo da coluna vertebral, só por falar em umas poucas. Os interessantes estudos do Dr. Schleip, director do "Projecto de Investigação Fascia" da Universidade de Ulm, nos permitem hoje compreender os métodos e os efeitos do treino chinês tradicional do Weng Chun, de um ponto de vista também científico. Segundo o livro "Faszien-Fitness" (ver Fascia: A Rede Tensional do corpo humano" de R. Schleip e Th W. Findley.), os quatro princípios "esticar, dobrar, estimular, sentir", representam os elementos básicos do treino fascial, que também se podem encontrar dentro do nosso método Shaolin, onde o "estado de alerta" - quer dizer, a sensação agradável do corpo durante e depois dos exercícios - também forma parte integrante.
Poder explosivo sem esforço Um dos objectivos do treino da potência é desenvolver o "Fajin", que é a arte de usar as forças internas ou "interiores" do Kung Fu, para libertar a potência explosiva de uma maneira fácil. Este poder do Fajin permite realizar mais movimentos com menos esforço e portanto, com uma potência e velocidade em um grau que não seria alcançável com só a utilização dos músculos. A base do
Fotos: Andreas y Gabriela Hoffmann, Texto: Andreas Hoffmann, Christoph Fuß
Fajin é ter acesso ao "efeito catapulta" (Dr. Schleip / Bayer) das fascias e tendões do corpo, o que permite um maior desenvolvimento desta força explosiva específica.
Transformar-se em "Eterna Primavera" (Weng Chun) No momento em que o praticante se apercebe desta transformação no seu progresso e do que tem em sua volta na vida quotidiana, o seu caminho e os seus movimentos se tornarão mais elásticos e luminosos, a sua posição será facilmente erguida e poderá sentir e viver o Weng Chun. Isto é a Eterna Primavera! Ou em palavras de um conhecido provérbio dos estilos internos de Kung Fu: "Pratiquem e cheguem a ser tão fortes como um lenhador, tão flexíveis como um bebé, e tão tranquilos como um homem sábio”.
Tentem fazer dois dos nossos exercícios do Weng Chun. "Forte e flexível 3D" Grupo 1: O exercício de força do Tigre faminto Objectivo: Desenvolver os movimentos de todo o corpo, aumentar a força, o equilíbrio, a coordenação, a velocidade e a transição à terra. Cada exercício começa e termina com a posição de a cavalo. Aprendam um exercício após outro e depois gozem fluindo a través de todos os exercícios. Repetir de quatro a dez vezes cada exercício ou de quatro a dez vezes o conjunto. A: O bafo do tigre 1. Com ambos braços sobre a cabeça, respirar. 2. Puxar para baixo com as Garras de Tigre - Puxar, respirar e fazer a posição do cavalo:
B: Força da rotação, garra de tigre 3D G: 1. Cavalo posição (Foto: Força da rotação. 2. Garra do Tigre com a mão direita. 3. Posição do cavalo. 4. Garra do tigre mão esquerda. 5. Posição do cavalo. C: 3D Equilíbrio do Grou: 1. Posição a cavalo. 2. Equilíbrio, golpe de joelho. 3. Equilíbrio ao derribar. 4. Equilíbrio escudo de Joelho. 5. Equilíbrio Sumo. 6. Posição a cavalo. 7. Equilíbrio Golpe de joelho (Foto Equilíbrio6.jpg), 8. Equilíbrio ao derribar. 9. Equilíbrio escudo de joelho. 10. Equilíbrio Sumo. 11. Posição a cavalo. D: Flexão de Garra de Tigre 1. Posição a cavalo. 2. Transição ao solo.
3. Garra de tigre braço direito. 4. Garra de tigre braço esquerdo. 5. Posição Flexão. 6. Flexão. 7. Flexão. 8. Situar-se de novo na posição do cavalo. 9. Posição a cavalo. E: 3D Potência de pontapé 1. Posição a cavalo. 2. Pontapé com a direita. 3. Posição a cavalo. 4. Pontapé com a esquerda. 5. Posição a cavalo. F: 3D pontapé baixo 1. Posição a cavalo. 2. Girando à esquerda, transição para o solo. 3. Pontapé baixo de direita. 4. Posição a cavalo. 5. Girando para a esquerda, transição para o solo. 6. Pontapé baixo de esquerda. 7. Posição a cavalo. Grupo 2: exercício de estiramento do Tigre Faminto Meta: "concatenamento longo", estiramento e movilização da parte da frente e da traseira do corpo, da coluna vertebral, ter a percepção da tridimensionalidade do corpo: Parte inferior, média e superior; sentindo, na posição do Dragão Montando, o aumento de potência, coordenação, equilíbrio e resistência do corpo. A: Ciclo 1 em pé 1. Foto Estiramento. 2. Foto Estiramento. 3. Foto Estiramento. 4. Estiramento.
5. Estiramento. 6. Estiramento. 7. Estiramento. B: Ciclo 2 transição no solo 1. Estiramento do tigre. 2. Estiramento do tigre. 3. Estiramento do tigre. 4. Estiramento do tigre. 5. Estiramento do tigre. 6. Estiramento do tigre. C: Repetir o ciclo 1 em pé D: Ciclo 2 Transição – deixar a perna diante 1. Estiramento do tigre. 2. Estiramento do tigre. 3. Estiramento do tigre. 4. Estiramento do tigre . 5. Estiramento do tigre. 6. Estiramento do tigre. E: Repetir o ciclo 1, em pé Andreas Hoffmann aprendeu os movimentos marciais internos e curativos, faz 40 anos em Hong Kong e na China, nas suas viagens de estudo, que o levaram aos templos de Shaolin do Norte e do Sul. Estudou com o legendário Grão Mestre do Weng Chun, Wai Yan e com a lenda do estilo do Dragão, Lam Wun Quon e o Grão Mestre do Hung Gar, Chiu Chi Ling e muitos outros mestres chineses. Também aprendeu as Artes Marciais Internas Taoistas da família Fu; Ginástica Natural com seu fundador Álvaro Romano e com Rickson Gracie, nos Estados Unidos, assim como "expressão corporal" com Jean Bouffort. O Mestre Hoffmann reside e ensina em Bamberg, Alemanha e viaja por todo o Mundo para ensinar.
REF.: • KMRED 1
Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.
O ROS é um método de intervenção formidável, criado pelo Capitão Jacques Levinet, Cinturão Negro 10ºDan Police ROS, para as unidades gerais e as especiais da Polícia e alguns profissionais da segurança. Unidades especiais de intervenção, tais como ERIS na França, algumas unidades do exército e outros grupos de intervenção, como os Spetsnaz russos ou o GAD argentino, já receberam uma formação em Police Training ROS, com o especialista francês. Uns projectos de formação ROS para a Polícia de Qatar e as forças de segurança no Vietname, estão sendo preparadas.
POLICE TRAINING ROS. REAL OPERATIONAL SYSTEM Capitão Jacques Levinet O ROS se baseia em quatro elementos instalados pelo capitão Jacques Levinet: • O Tonfa de intervenção da Polícia • O palo telescópico da Polícia • O Self Pro Krav Polícia (SPK) • Os Gestos e Técnicas de Intervenção Policial (GTPI) A originalidade do método é devida à utilização complementar das técnicas de defesa pessoal a mãos nuas do SPK, adaptadas aos GTPI, com o uso de pistola, algemas, apalpação de segurança, trabalho em equipa e outros meios coercitivos. Para isso lhes ensinam técnicas de condução, coação, derribamento, levar ao chão, neutralização, levantar, saída de veículo, apalpação de segurança, algemar em diferentes posições, associadas com saída de um meio hostil, de dia e de noite, em um meio aberto e em um fechado, com o equipamento, com evacuação ou protecção. O “REAL OPERATIONAL SYSTEM” aposta pela eficiência e evita tudo quanto é inútil, respeitando a auto-defesa e a legislação acerca das armas de fogo dos países onde se aplica a formação ROS As titulações de POLICE ROS são umas qualificações profissionais controladas e expedidas exclusivamente pelo capitão Jacques Levinet, fundador da Disciplina. ROS é uma marca comercial registada pela Academia Jacques Levinet no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Se ensina só à polícia e a alguns profissionais da segurança.
“Passar de grau consta de uma prova técnica e uma prova de intervenção em situação”
(algemar, evacuação, protecção, planeamento da acção e da intervenção). O propósito do SPK Police é o profissionalismo. Todos os ataques são tidos em consideração, do nunchaku ao bate, passando pela faca ou a espada, em todos os meios, abertos ou fechados, de carro ou em frente de uma multidão ou um grupo hostil.
UM MÉTODO COMPLETO E EVOLUTIVO • O Tonfa ROS se desfaz de técnicas impossíveis e longe da realidade, como o agarre da mão armada de um agressor. O bloqueio e a resposta devem ser simultâneos. Para aderir-se à realidad, os treinos se realizam frequentemente no chão duro, sem material de espuma. As encenações são programadas durante o treino. • O Bastão ROS desenvolve novos agarres com o pau dobrado e desdobrado e uma utilização do pau curto como um yawara, graças a uma ponta cónica no calcanhar. Estas técnicas operacionais oferecem meios de pressão, respostas visando determinados alvos ou chaves para um trabalho em um espaço mais reduzido, como numa protecção pessoal.
• O SELF PRO KRAV POLICE Para um oficial de Polícia, o objectivo procurado é saber defender-se com seu equipamento pessoal, com o cinto e todas as armas no cinto. O objectivo é finalizar a intervenção, com ou sem uma arma, graças a umas chaves operacionais, para dominar e levar uma pessoa. Todos os gestos da Polícia se aprendem através do ROS
FORMAÇÃO E AFILIAÇÃO DO POLÍCIA ROS • Curso técnico - Com a aquisição de graus desde cinto amarelo a cinto negro e depois a Dan ROS (do 1º ao 10º Dan). Os cintos não se usam porque os alunos treinam de uniforme com o cinto completo. • Passar de graus consiste numa prova técnica e uma prova de intervenção em situação. • Os Dan ROS (10 ao todo) se entregam com a maior seriedade, respeitando o tempo entre os graus, por uma comissão internacional de graus. Todos os exames se fazem perante um jurado de profissionais. Os graus estão representados por barras no ombro. • Cursos de Instrutor – Através da formação inicial e contínua de instrutor, instrutor chefe e versado ROS, a Academia entrega estas certidões de formação profissional para seu registo como organização de formação, no Ministério do Trabalho, na França. As provas do exame de instrutor constam de provas técnicas, escritas e pedagógicas. A Academia Jacques Levinet tem muito em consideração a capacidade dos candidatos e se nega a dar certidões de conveniência, para não afectar a sua credibilidade. Se exige moralidade para os instrutores de ROS, que cumpram um compromisso de honra e um código de deontologia. Por todas estas razões, os graus ROS são muito procurados.
INTERNATIONAL POLICE CONFEDERATION (IPC)
• Formação inicial e contínua de unidades da Polícia. • Polícias municipais, penitenciários, forças de segurança podem receber uma formação inicial ROS, para adquirir uma Certidão de Aptidão Técnica ou CAT, que lhes permite portar e utilizar a tonfa ou o bastão extensível, com licença de seus superiores. • Uma formação contínua pode ser programada para manter a formação inicial e aperfeiçoar as forças de segurança em situação de intervenção. • Cursos de afiliação - Os instrutores e treinadores de diferentes estilos e unidades, podem tornar-se membros da Federação Inter nacional AJL e através desta, do ROS, da International Police Confederation (IPC) para o reconhecimento do seu sistema e possivelmente do seu grau. Um sistema de homologação foi criado para reconhecer os graus e as qualificações de instrutor, apresentando a documentação justificativa proporcionada. Umas representações se estabelecem como DTN (Director Técnico Nacional), DTR (Director Técnico Regional) e DTD (Director Técnico Departamental) em toda a França e no estrangeiro.
Esta organização, que é um ramal da Academia Jacques Levinet (AJL), constitui um contacto entre diferentes polícias e unidades, para o intercâmbio de práticas policiais técnicas e operacionais, da cooperação, e da experiência entre os membros das forças de segurança, os especialistas e as organizações do mundo inteiro. Um intercâmbio de membros se realiza entre a AJL e a IPC.
UMA ACADEMIA INTERNACIONAL DE TREINO DA POLÍCIA O “Police Training ROS” pretende uma forte profissionalização das forças de ordem e a uma selecção dos formadores no âmbito da intervenção, com um reconhecimento internacional. Através da Academia Jacques Levinet e da International Police Confederation, o ROS está representado em uns cinquenta lugares no mundo. O ROS é uma nova maneira para que os polícias, gendarmes, de alfândegas, prisões e agências de segurança, possam cumprir melhor a sua missão, de maneira operativa, com profissionalismo, deontologia e moral.
ACADEMIA DE “POLICE TRAINING ROS (AJL)” “INTERNATIONAL POLICE CONFEDERATION (IPC)” Telefone: +33 (0) 467 075 044 E-mail AJL: contact@academielevinet.com Sitio Web: www.policetrainingros.com E-mail IPC: contact@international-policeconfederation.com Sitio Web: www.international-policeconfederation.com
“A originalidade do método se deve à utilização complementar de técnicas de defesa pessoal a mãos nuas do SPK, adaptadas aos GTPI, com o uso da pistola, as algemas, apalpação de segurança, trabalho em equipa e outros meios coercitivos”
Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.
National Technical Director BELGIUM Black belt 5th Dan Aikijutsu Mail - galway-8@hotmail.com Tel. - +32.494.773.812
National Technical Director SWIZERLAND Assistant Self Pro Krav Mail - thamara60@yahoo.com Website: http://clubspkdouvaine.e-monsite.com
National Technical Director PORTUGAL - Instructor Black belt 4th Dan Kempo - 1er Dan Self Pro Krav Mail - vitorlagarto@sapo.pt Website http://www.kiryukenpo.com
National Technical Director SRI LANKA Instructor Black belt 7th Dan Toreikan US - CN. 4th Dan Kick Boxing Mail - thamara60@yahoo.com Website - http://www.karimdizaj.com
National Technical Director ALGERIA Instructor Black belt 4th Dan Jiu Jutsu CN. 3th Dan Ta誰 Jutsu Mail - bentaiji@yahoo.fr Tel. - +212.774.509.241
National Technical Director QATAR Instructor Black belt 5th Dan Karate CN. 4th Dan Aikido Mail - karimdizaj@gmail.com Website - http://www.karimdizaj.com
Regional Technical Director SETUBAL (PORTUGAL) Instructor Black belt 1er Dan Kravmaga Mail - santos80filipe@gmail.com Tel. +351.967.272.706
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Nat Instruc 1er Da M Web
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National Technical Director RUSSIA Instructor Black belt 1er Dan Self Pro Krav Mail - trankluktor@gmail.com Tel. - +792.486.156.79
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Regional Technical Director CATALUĂ‘A (SPAIN) - Instructor Black belt 6th Dan Karate CN. 4th Dan Full Contact Mail - rpulgarins@gmail.com Tel. +34.938.662.173
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Regional Technical Director LOS ANGELES (USA) - Instructor CN. 1th Dan Kravmaga and Self Pro Krav Mail: Sidisafitness@yahoo.com Web: http://www.academielevinet.com
Regional Technical Director ANTILLES - Assistant Self Pro Krav Mail - splashfwi@gmail.com Tel. 06.90.56.90.24
National Technical Director LUXEMBOURG Instructor Black belt 1er Dan Self Pro Krav CN. 1er Dan Cane Defense Mail - galway-8@hotmail.com Website - http://www.selfdefense.lu
Regional Technical Director ADRAR ALGERIE Assistant Self Pro Krav Mail reflexologue.bien.etre@gmail.com Tel. +213 7 81 31 15 95
O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.
REF.: • KAPAP7
Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.
Savate
A Arte de Combate francês por excelência, o Savate, apresentado por um dos seus paladinos internacionais mais respeitados. Um dos vídeos que trata deste estilo, foi apresentado por Fred Rado. Héis aqui um bom recordatório da história e das características do sistema.
Tão longe… quanto as tuas pernas te levem! Embora seja certo que no Savate se usam punhos e pernas, para a maioria dos praticantes de outros estilos, é o uso das segundas o que sempre leva às maiores adesões e admiração. Tanto como desporto de combate, como pela sua vertente deautodefesa, o Savate proporciona aos seus praticantes uma grande habilidade no uso das extr emidades inferior es e, como consequência, um enorme sentido de equilíbrio. A habilidade de reagir na longa distância e pr ovocar o adversário, fazem deste sistema um jogo contínuo de enganos e antecipação. Fintar com as pernas é uma autêntica arte quando observada num bom lutador de Savate; evitar, parar e, naturalmente, bater com dureza em vários pontos, para seguidamente receber uma longa série de golpes de punho que caem sobre ti logo que se fecha a distância.
Savate “A execução das técnicas de Savate está precisamente referenciada, o que permite reconhecer o estilo à primeira vista”
Artes Tradicionais Um estilo de cavalheiros… sem dúvida, mas que não desprezaram os malandros nas suas lutas de rua, incorporando no seu arsenal técnicas cada vez mais eficazes e letais. O Savate, por excelência a Arte de combate tradicional francesa, realmente começou a ser conhecido fora da França há apenas umas décadas. Um estilo elegante onde as pernas adquirem uma importância essencial, tanto em ataque como em defesa, o Savate continua a ser um estilo com personalidade própria, mas que ainda não encontrou o lugar que merece no mundo Marcial. Este mês, pela mão deste versado professor francês, um apaixonado pelo
Savate e o Free Fight, trazemos para os nossos leitores um trabalho que os aproximará dos conceitos, história e segredos desta fórmula espectacular de autodefesa. uando falamos em Savate, as primeiras imagens que nos vêm à cabeça diferem muito, consoante as pessoas e os países a que nos dirigimos. Para alguns, onome faz lembrar “Les Brigades du Tigre” (As Brigas do Tigre), uma série de televisão dos anos 70, emitida nas cadeias francesas, onde podíamos veruns polícias de começos do século XX, com uns bigodes que nem corrente de bicicleta…, que treinavam com mallots e casaca, para adquirir as técnicas do novo desporto na moda. Para outros, trata-se de um desporto de combate tremendamente
Q
Savate eficaz e espectacular, sábia mistura de fluidez, elegância eeficácia. O Savate é um desporto polifacetado, tanto a nível da imagem que projecta como da essência que o constitui. Fora do Hexágono, o Savate é mais conhecido como Boxe francês, o “French Footfighting” para os que falam Inglês. O nome Savate vem do calão, onde designa um velho sapato. A particularidade de seus praticantes era e continua a ser o uso do sapato como temível arma de batimento. Trata-se do único sistema de combate a utilizar as percussões de mãos e pés, cujas origens são europeias, visto que a maioria dos restantes estilos vem da Ásia ou dos Estados Unidos. Mas voltemos aos começos do Savate, para conhecermos um pouco da sua história. As suas origens vêm do século XVIII. No sul da França, os marujos utilizavam-no como um método de combate baseado em pontapés. Como treinavam nos barcos durante o seu tempo livre, apoiavam as mãos no chão para estabilizar o seu equilíbrio, aproveitavando para lançar uns ataques de pernas. Este sistema chamava-se “le chausson” (a sapatilha), referindo-se aos sapatos que antigamente usavam os marinheiros quando navegavam.
No norte da França, outro sistema de combate sugiu: o Savate. Tratavase de uma mistura de técnicas que permitiam os golpes de pernas e mãos. As técnicas de pontapés eram utilizadas sem ter a possibilidade de apoiar as mãos no chão. Os golpes com as mãos eram palmadas que se faziam de mãos abertas (sem utilização de luva) e chamavam-s. Naquele tempo, os confrontos multidisciplinares eram muito frequentes. Eram desafios onde cada um dos combatentes representava o seu estilo de combate, o melhor e o mais eficaz para ele. É surpreendente constatar que naquela época o combate livre vivia dias felizes. Apesar dos Pride o os Ultimate Fighting parecerem hoje coisa nova, não osã o absolutamente. Trata-se só da explosão mediática destes últimos anos, que tem levado estas competições ao conhecimento do grande público… Mas isto é outro assunto! Depois de, num destes confrontos multidisciplinares, o defensor do Savate ter tido uns problemas frente a um boxador inglês, descobriu a seu próprio custo a temível eficácia da utilização dos
“O nome Savate vem do calão, onde designa um velho sapato. ”
“No norte da França, outro sistema de combate sugiu: o Savate. Tratava-se de uma mistura de técnicas que permitiam os golpes de pernas e mãos”
Savate socos num combate, e decidiu estudar aquele sistema chamado Boxe inglês. Uma vez já assimiladas as técnicas, resolveu adicionar os golpes com o punho fechado às técnicas utilizadas em Savate; deu aos principiantesu ma lubas de Boxe e criou o Boxe francês. Já naquela época, Paris tinha grandes problemas de delinquência e de insegurança. Este método rapidamente se tornou muito popular, tanto como método de defesa pessoal como para manter uma boa condição física. Surgiram então numerosas salas de Savate. Paralelamente ao Boxe francês, que é um sistema de combate com as mãos nuas, nas academias estudavam-se dois outros métodos utilizando como armas a bengala e o pau. A bengala é um sistema de combate de defesa pessoal, baseado na utilização de uma bengala de passeio. Naquela época, tratava-se de um artigo de moda, sinal de distinção social e muito utilizado. A sua manipulação fazia-se com uma só mão, ao contrário do pau, mais comprido e mais grosso, que era manipulado com duas mãos. Joseph Charlemont é conhecido como o pai espiritual do Savate, visto ter sido o primeiro a escrever e codificar as técnicas utilizadas, em 1877. O Savate fez-se cada vez mais popular e também conhecido nos meios da aristocracia, que nele encontrava um meio elegante e eficaz de lutar contra bandidos e malfeitores. A popularidade do Savate não deixou de crescer até aos inícios do século XX, altura em que se calculava existir mais de 100.000 praticantes. Nos começos da primeira guerra mundial, a disciplina da maioria deseus membros foi prioritária e o Savate caiu no esquecimento. Seria preciso
esperar pelos começos dos anos 60,para que renascesse de suas cinzas. Actualmente, 27 nações estão representadas na Federação Internacional de Savate (FIS) e o número de praticantes aumenta sem cessar, fora das fronteiras do hexágono. O Savate de competição pode ser praticado de duas maneiras muito diferentes, segundo a diferente especialidade dos praticantes (denominados tiradores), mas muito frequentemente se complementam: o assalto e o combate. Em assalto, a força dos golpes está excluída e a potência de todos os toques deve ser
controlada. O sistema de pontuação dos juízesárbitros considera a execução e a escolha das técnicas utilizadas, assim como o número de toques efectivos. Em combate, a busca da eficácia faz-se através da utilização de golpes com plena potência. Neste tipo de competição, os árbitros consideram critérios tais como a eficácia dos toques, o seu número e a estratégia utilizada por cada um dos combatentes. A execução das técnicas de Savate está precisamente referenciada, o que permite reconhecer o estilo à primeira vista. O traje integral que usam os tiradores, uma espécie de
“O Savate de competição pode ser praticado de duas maneiras muito diferentes, o assalto e o combate.”
Savate macaco, é de uma só peça que cobre as per nas e o torso. Geralmente em lycra, o feitio e os materiais utilizados na sua confecção podem variar. Em Savate, as técnicas de punho são as mesmas que as utilizadas em Boxe inglês, e os batimentos são dados no torso ena cabeça. Para as técnicas de pés, os toques devem ser exclusivamente feitos com o sapato, seja com a parte de cima, a ponta, ou com a sola, conforme as técnicas utilizadas. Os alvos utilizados encontram-se a três níveis: baixo, a nível das pernas; médio, a nível do torso; e alto, a nível da cara. A utilização do sapato para os ataques de perna permite, caso se tenha uma boa posição de guarda, ter uma só distância para atacar com os punhos e os pés. Isto permite ganhar tempo sobre os deslocamentos e torna a prática muito mais rápida. Além disso, a utilização do sapato permite ter uma arma muito mais fina e precisa que se se utilizar só o pé nú ou a tíbia. A arte do Savate consiste também num jogo de equilíbrio, de finta e de deslocamento para encontrar o erro na guarda do adversário. O armamento obrigatório da maioria dos pontapés, permite efectuar várias técnicas com a mesma perna, sem a pousar no chão. Isto dá ao Savate a sua rapidez de execução tão característica. Embora seja verdade que o facto de armar os golpes dá uma impressão de fluidez e ligeireza, numerosos detractores do Savate mudaram de opinião após terem experimentado uma ponta de chicote ao plexo solar ou o calcanhar de um “chassé d'arrêt”. Para acelerar o desenvolvimento do S av at e a um nív el i n ter n aci o n al ,o termo “Boxe francês” tem sido relegado para um segundo plano, para evitar
uma conotação considerada por alguns como demasiadamente chauvinista. Dentro da Federação do Savate, várias disciplinas irmãs s e des env o lv eram. A lém da beng ala e do pau que anterio rmente as s inalámo s , existem duas outras disciplinas: o Savate forma e o Savate defesa. O Savate forma é uma disciplina que permite efectuar técnicas de Savate sincronizadas ao ritmo de umamús ica, s em co nfro nto nemcontacto. O Savate defesa vaibuscar o espírito original do Savate de defesa pessoal. Além das técnicas do S av ate tradicio nal, utiliz a numero s as técnicas proibidas em Savate, para seu uso em defesa pessoal. Armas brancas tais como o pau teles có pico e/o u a to nfa, pertencem também a estadisciplina e o seu manejo é também ensinado.
Ao longo da sua história, desde a sua criação até aos nossos dias, o Savate tem sabido evoluir, preservando o selo das suas origens e a sua identidade distinta. Permite que um público variado, de qualquer sexo e idade, possa encontrar dentro de uma mesma prática umas virtudes muito diferentes. Há quem venha para o Savate pelas suas qualidades para manter um bom físico, por ser um bom exercício cardiovascular, associado a um fortalecimento muscular e um trabalho deflexibilidade. Outros estarão mais interessados no seu aspecto de competição em duelo com o assalto e/ou o combate. E por último, aqueles que vêm para o Savate pelo seu aspecto de defesa pessoal, continuamente actualizado, entre outros, com a recente chegada da bengala telescópica e da tonfa.
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Que arma se não a espada representa melhor a cavalaria militar europeia da Idade Média? A Espada medieval é um instrumento pesado, realizado para combater a maioria das vezes com armadura. As suas dimensões e peso obrigam os praticantes a realizarem uma síntese de movimentos que constituem um perfeito exercício para resumir o essencial, de maneira prática. Os movimentos e adornos que outras armas permitem, estão proibidos nesta, no entanto, o poder do seu golpe é incomparável e letal. Na sua impagável recuperação das nossas tradições guerreiras, o grupo
A Espada “O caminho da espada é um Caminho nobre e leal, percorrido nos quatro pontos cardinais desde os tempos do fogo e ferro, pelos homens de armas, os guerreiros guiados pelo espírito da Cavalaria e a honra que desde sempre os caracteriza”
Artes Tradicionais italiano "Nova Scrimia" não quis deixar passar a ocasião de realizar um completo estudo prático desta arma. Como sempre, as suas fontes são especialmente ricas: Textos clássicos italianos (e de outros países eur opeus) alimentaram o seu conhecimento, mas como eles mesmos afirmam, entretanto, nada seriam sem uma prática intensa e apaixonada. Este trabalho teve, como é habitual neste grupo, o seu reflexo num vídeo de instrução que, sem dúvida, é um tesoiro documental e também uma obra Marcial notável, plena de metodologia e aplicações práticas sumamente interessantes. Com um generoso surrão cheio de materiais, viajaram da Itália até aos nossos estúdios, para partilhar com os nossos amáveis leitores os seus estudos e práticas. Uma experiência da qual todos na redacção desfrutamos sempre, devido à personalidade, inteligência e bom humor deste grupo de nobres cavaleiros italianos. E digo nobres, que o são, não pelo seu alto berço, mas pelo seu trabalho; é que a sua é uma dessas tarefas que dão nobreza, pois, o que pode fazer -nos mais nobres que recuperar o melhor dos nossos antepassados e actualizar o valor das suas tradições? Aqueles que já conhecem os seus anteriores trabalhos poderão desfrutar, de novo, desta novidade. Para aqueles que ainda o não tenham feito… recomendo que o saboreiem. Alfredo Tucci
O Poder da Espada "E quando lhe derem a espada, terão que a desembainhar e entregar-lha na mão direita, fazendo com que jure estas três coisas. Em primeiro lugar, que se for necessário não vacilará em morrer pela sua Lei. Em segundo pelo seu Senhor natural. Em terceiro lugar, pela sua terra". Afonso X "O Sábio" -
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LAS SIETE PARTIDAS Espada de duas mãos
“A espada medieval que leva este nome (os Mestres de Scrimia também a denominam espada per doi mane), é a arma branca que durante dois séculos, de 1300 até finais do século XV, foi em quase toda a Europa o símbolo mais aristocrata e autêntico do cavaleiro”
Se a katana é o símbolo do Samurai, o guerreiro oriental por excelência, a espada medieval denominada "mandoble" é o símbolo do Cavaleiro, o guerreiro ocidental por definição. Como a katana, a espada de "duas mãos" é ao mesmo tempo arma e instrumento, meio e Caminho. É impossível prescindir destes valores, porque a vida da espada está unida de maneira indissolúvel à ética e a sua utilização prática só é admitida como expressão de justiça e nobreza de intenções. Mas, o que é a espada “de duas mãos”? A espada medieval que leva este nome (os Mestres de Scrimia também a denominam espada per doi mane), é a arma branca que durante dois séculos, de 1300 até finais do século XV, foi em quase toda a Europa o símbolo mais aristocrata e autêntico do cavaleiro. À diferença da espada de "uma mão", utilizada pelas milícias de cidadãos, a espada de duas mãos ou mandoble, utilizada pelos aristocratas e os cavaleiros, tinha uma pega muito grande, um guardamão mais largo e uma folha um pouco mais comprida, geralmente com secção romboidal. Essa e muitas outras específicas características técnicas e de construção, faziam da mandoble a arma ideal que os cavaleiros usavam contra os soldados de infantaria. Quando apeado do seu cavalo, o homem de armas ainda podia contar com a mesma espada, empunhando-a com duas mãos, devido à maior longitude da pega (daqui o nome mandoble). Utilizava-se para lutar tanto na escaramuça no campo de batalha, como na sbara, o lugar fechado onde se realizavam os duelos. A esta espada, os Mestres de Scrimia deram o adjectivo "Real", atribuindo-lhe os valores mais altos de nobreza de intenções, justiça terrena e humana temperança. Nesta espada, os Mestres da Idade Média concentraram todo o seu saver (saber) marcial, as mais ocultas práticas do zogar (jogar). As duas Artes fundamentais "Abracar" e "daga a daga" que o nobre homem de
Artes Tradicionais armas e o Cav aleiro tinham que es tudar e conhecer, fusionavam-se na terceira Arte tornandose uma, a da espada de duas mãos. O Caminho marcial traçado pelo s Mes tres de S crimia, identificava nesta espada o elemento da catarse, o centro da arte, anel de conjunção entre as mais duras e desapiedadas leis do combate mortal e as sublimes aspirações espirituais que animavam o homem de armas. Este Caminho antigo e nobre, é um percurso de compreensão guerreira, que ainda hoje em dia guarda o valor vital da sua nobre int enção . Es t a es pada ainda é mes tra de conhecimento, guardiã dos segredos da arte, cofre de s aber marcial. Os s éculo s pas s ado s não prejudicaram o seu poder, não debilitaram as suas forças. O que era, é; o que é, fica.
Espada real Da espada mandoble conhece-se muitas coisas. Sendo o centro do interesse de muitos grupos de Comemoração Histórica distribuídos por todo o mundo, a espada medieval é estudada com paixão e empenho, tanto para simular espectaculares duelos, como para um estudo histórico-cultural. Hoje em dia, o fenómeno tem proporções cada vez mais importantes; muitos construtores e alguns artesãos hábeis fabricam espadas medievais de vários feitios e tipos. Em alguns casos podemos ver maravilhosas cópias, fiéis reproduções de exemplares originais guardados nos Museus. As réplicas mais ou menos comerciais utilizam-se além de nos grupos antes ditos, também em muitos filmes épicos, históricos, fantásticos e de acção. De facto, esta nobre espada exerce um indiscutível poder de sugestão; graças a ela se realizam cenas com coreografias de duelos de grande intensidade dinâmica e notável efeito cinematográfico. No entanto, tudo isso não deve fazer-nos esquecer que a arte da espada é, desde as suas origens, uma disciplina marcial, uma arte de combate. Nela vive e se perpetua o símbolo da cavalaria e a honra, um Caminho marcial que também hoje em dia se pode praticar, porque ainda agora, as Artes Marciais têm um papel preciso e decisivo na história e na evolução do homem. Apesar de esta incerta sociedade rejeitar o símbolo da espada, ainda necessita dos guerreiros e do seu espírito, precisa dos valores e dessa ética que é fonte de virtudes, consciência e inspiração de todos os homens que vivem hoje e dos que viveram em cada época. Por isso, sem duvida alguma, resolvemos que era chegado o momento de fazer o que se devia de fazer. Durante demasiado tempo, a técnica da espada esteve oculta, escondida do saber partilhado. Durante demasiado tempo esteve depositado o véu do esquecimento sobre a antiga Arte de Scrimia. Apesar disso, a Arte, com a sua força arcana, continuou viva, à espera do seu tempo. Agora esse tempo chegou.
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Artes Tradicionais O Vídeo "A experiência é conhecimento dos detalhes, enquanto que a arte é conhecimento do universal". Aristóteles 384-322 a.C. A METAFÍSICA
Porque motivo um vídeo sobre esta espada? Embora actualmente se façam muitas actividades com a espada medieval, muito pouco tem sido mostrado sobre a sua técnica aplicada. De facto, a ciência da Scrimia não diz respeito ao conhecimento isolado de alguns movimentos e técnicas. Esse género de conhecimento não nos pode levar a sítio algum, a menos que o que procuremos não seja um bonito traje medieval, uns golpes executados com força contra a espada do oponente, para fazer ruído, brilhantes pedaços de armadura e umas quantas faíscas. O conhecimento do que estamos a falar é diferente. É conhecimento e consciência de agir a nível marcial, é todo o conjunto de informações precisas, guardadas e transmitidas de geração para geração. O que apresentamos neste vídeo são os códigos (os Mestres denominam-nos ciência antiga, o saver - o saber) que permitem experimentar e aprender os "fundamentos" da arte, como eram e ainda são. De facto, a Scrimia de espada ensinada e codificada pelos Mestres de armas italianos, baseia-se numa série de conhecimentos, conceitos e princípios antigos. Nada é casual, a acção, o desfeitear e o seu contra-desfeitear estão governados por leis e soluções estratégico-tácticas determinadas. A Scrimia não se inventa nem se improvisa; a arte da espada é ciência de combate, lei de Esgrima. Por isso, quando decidimos gravar o vídeo, o nosso objectivo já estava decidido: proporcionar a quem o visse – e soubesse ver – as chaves para abrir a porta desta arte. Quisemos que todos pudessem dispor do necessário conhecimento, para que o mundo todo possa avaliar a arte da espada e experimentar os seus fundamentos. Há um lugar melhor que a BUDO para realizar este vídeo? Aqui é o lugar onde se juntam os guerreiros de cada latitude, de cada continente, para discutir e partilhar sinceramente o conhecimento das Artes. Não podíamos encontrar melhor lugar. Não podíamos encontrar um público mais adequado para nos julgar. E o que irão ver neste vídeo? A descrição da estrutura com três níveis da Scrimia de espada, os termos mais antigos explicados e demonstrados, o sistema de guardas e posições, os golpes de canto e ponta, o modelo de defesa com a arma; aulas sobre a utilização dos passos de ataque e defesa e dos três movimentos de rotação sobre o círculo (rotare), com uma breve moresca de espadas sobre o círculo. Uma aula visa as três cenas (os lugares do saver). As três cenas são um dos aspectos mais intrigantes e ocultos da Scrimia. As aplicações estratégico-tácticas (saver cum sua malitia) das cenas, são a pedra angular do poder do scarmitor (quem pratica Scrimia).
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Depois são apresentadas em detalhe as seis contraposições do jogo largo (zogo largo), desenvolvidas com base nas quatro eventualidades temporais. Dezenas de acções técnicas de espada são mostradas em câmara lenta, para que o estudante analise e compreenda cada detalhe técnico. Além disto, cada contraposição é explicada através de uma tabela técnica, que mostra quatro secções e as sequências utilizadas. Para quem realmente quiser, na realidade há muito para descobrir e experimentar. No vídeo também mostramos umas breves sequências de provas de corte. Temos a certeza de que o conteúdo deste vídeo poderá ser muito útil para os que praticam as Artes Marciais, para desenvolver novos recursos e habilidades. Sem dúvida alguma, estas são possibilidades específicas. Agora é a tua vez.
O Caminho da Espada "E quando tiver jurado, dever-se-á dar-lhe o colar, para recordar estas três coisas, dizendo que Deus o conduzirá à sua própria tarefa e lhe permitirá cumprir o que acaba de prometer. E depois tem que se lhe dar um beijo, em sinal da paz e da irmandade que se deve respeitar entre cavaleiros". Afonso X O Sábio - LAS SIETE PARTIDAS O caminho da espada é um Caminho nobre e leal, percorrido nos quatro pontos cardinais desde os tempos do fogo e ferro, pelos homens de armas, os guerreiros guiados pelo espírito da Cavalaria e a honra que desde sempre os caracteriza.
Este mês, o Grão Mestre Taejoon Lee e seu representante na Europa, Marco Mattiucci, compartilham com todos nós, duas séries técnicas de Hwa Rang Do, mostrando a versatilidade deste estilo com profundas raizes na tradição Coreana, à vez que soluções de combate muito interessantes.
Hwa Rang Do® Yong Too Gi (Continuous Sparring) MISSÃO: DECLARAÇÃO DA MISSÃO DA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DO HWA RANG DO® Um legado de lealdade, de Procura incansável da Verdade, de Fortalecimento de vidas, de Serviço à humanidade. O Hwa Rang Do® Yong Too Gi é uma
das aplicações desportivas do Hwa Rang Do®. É só para estudantes marciais com experiência (com pelo menos 3 anos de prática, com o Cinto Preto ou de alguma cor. Não se permite o contacto total e é necessário usar protecções especiais de sparring. Se podem usar pontapés, socos, palmadas, golpes de mão aberta, derribamentos e agarres comuns. O combate é sem parada, por pontos e é possível lutar no solo. Não se permite bater no solo, só as técnicas de agarre.
Também se permitem as submissões. Mais detalhes em s próximos artigos. As sequências das fotografias mostram algumas aplicações práticas. Acerca do Autor: Instrutor Chefe de Hwa Rang Do®, o Tenente Coronel da Polícia Militar Italiana (Carabinieri) e Engenheiro, Marco Mattiucci é o chefe do ramal italiano da Associação Mundial de Hwa Rang Do® e um dos principais discípulos do Grão Mestre Taejoon Lee.
tecnica
Hwa Rang Do
REF.: • TAOWS-2