Cinturao Negro Revista Portugues 295 Setembro parte 1 2015

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“O primeiro sintoma de que estamos matando os nossos sonhos, é a falta de tempo” Paulo Coelho

ivemos na cultura do consumismo, do encher, do fazer, do possuir. Tudo para dentro! Que o resultado de tudo isso seja uma atitude do Eu, Eu e Eu e depois Eu…, ou que seja esta atitude o que leva a isso, é insubstancial para o que hoje convém que seja a mi reflexão. O facto é que com essa terrível força motriz para dentro, tarde ou cedo, indefectivelmente implosionamos como um sol que adquire um nível crítico de massa e se acende. Com tantas explosões, o fogo está por todo lado. Desde fora, a pressão é enorme e o meio, como já sabemos, é tudo. No entanto, desde dentro poderemos contribuir a esse “mare magnum”, deitando mais gasolina ao fogo, ou regular-nos, cultivando conscientemente o oposto. Este nadar “em contra da corrente” requer de um esforço consciente e de uma determinação imensa. O amontoamento é tal que cada vez há mais gordos; nos Estados Unidos da América, um de cada três habitantes padece de obesidade; praticamente uma terceira parte da povoação está gorda. A cultura do acúmulo, é ali paradigmática. Da óptica espiritual, não é muito diferente. A cultura da quietude, do não fazer, do esvaziar, é a antessala da necessária reflexão (voltar a flexionarmos sobre nós mesmos). É um passo não só indispensável como também pertinente, para voltarmos a situar os nossos valores, as nossas tendências, costumes, objectivos. Nisto, como em tantas coisas, paras…, ou nos param. A compulsão, a angústia, as pressas, consomem mais e mais energia. Intuitivamente, sabemos que temos de parar, mas ao faze-lo, sentimos com desagrado o nosso vazio e a incomodidade da mudança; o poder das rotinas é enorme (incluídas as negativas, que sabem fazer-se saborosas!) e encontramos mil e um motivos para de novo nos lançarmos à nossa voragem. A mente é traiçoeira. Nós criamos as nossas armadilhas, justificamo-las e damos-lhes a categoria de boas. Sem parar, é o primeiro passo, porque o processo acumulativo é multiplicador e o que ontem não resultava aparentemente mau, porque era assumível, hoje pode significar o desastre. Esta verdade, que aprendemos com os anos, mais por falta de energia que por virtude, podemos integrá-la muito antes, se aprendemos a escutar o nosso eu interior…, mas com o imenso barulho do exterior, geralmente não se pode escutar essa voz, sempre subtil, sempre sussurrante.

V

"A sabedoria é a arte de aceitar aquilo que não pode ser modificado, de modificar aquilo que pode ser modificado e acima de tudo, de conhecer a diferença" Imperador Marco Aurélio

Tudo é para já! Tudo é urgente! Imolar-nos na nossa estupidez e aceleração interiores, não vai arranjar nada e vai conduzir-nos não só ao infortúnio, à doença e ao fracasso, como também, e o que é muito pior, tornar-nos o açoite de tudo o tivermos em nosso redor. Cegos, na nossa própria bolha de miséria, culparemos outros da nossa situação e cada vez nos afastaremos mais e mais, também acabando por ficarmos sós. Parar é bom e necessário para sentirmos a atribulação que nos consome. Até Deus descansou no sétimo dia! Que depressa esquecemos que a respiração do Tao é para dentro… e para fora… Entrar em estado contemplativo não implica ser um vagamundo, um vadio; pelo contrário, como acto consciente, positivo e direccionado, é uma disciplina do espírito. Os ambientes naturais favorecem estes processos reguladores, porque envolvendo-nos dentro das suas bolhas, transforma, a nossa energia a muita maior velocidade. Não só é o que somam, como também o que deixamos atrás saindo de outras. “Primum non nocere… deinde purgare!” Viajar é outra estratégia bem conhecida, se bem não necessariamente tão eficaz. Mudar de ambiente, dá grandes resultados, porque entramos em contacto com outras formas de energia e porque a viagem é a melhor maneira de acabar com as rotinas. A fórmula clássica: Jejum e Oração! O que não necessariamente é deixar de comer… Talvez é comer outras coisas e não só pela boca! O meio ambiente nos alimenta por todos os lados e de muitas maneiras. Tácticas todas elas que no entanto, nunca poderão substituir o essencial nesta equação, ou seja, a consciência da necessidade da mudança, a determinação de executá-la. Passar à acção implica parar os sistemas automáticos de conduta, para de novo nos situarmos na ponte de mando e em formato de condução manual. E queridos amigos, acontece que não podemos confiar os nossos destinos à fortuna, porque ela é uma deusa esquiva, caprichosa e mutável; nada substitui o indivíduo consciente e ser consciente é um acto que se realiza criando um descompasso que acabe com as rotinas, que nos acorde do letargo, esclareça os nossos sentimentos e ponha na boa direcção nosso empenhos. Fazemos isto manualmente…, ou a vida o faz em automático, como é sua obrigação. Aqui todos estamos aprendendo…


Alfredo Tucci ĂŠ Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5







Weng Chun Kam Na (Chin Na) Agarrar e imobilizar um oponente e forçá-lo a se render, mediante agarres e estrangulamentos Durante os últimos séculos, especialmente o Shaolin do Sul, tem sido conhecido por suas eficazes e habilidosas técnicas de agarre e estrangulamento. Fung Siu Ching foi um membro especialmente valioso da família do Weng Chun dessa época; foi treinado a bor do do famoso Bar co Ver melho e posteriormente, seria o continuador de Wai Yan, de Hong Kong, o último Grão Mestr e Weng Chun, um ver dadeir o virtuoso dos ataques de agarre e imobilização. Para este conceito, o termo do Kung Fu é Kam Na, em Cantonês e Chin Na, em Mandarim. Kam pode ser traduzido como agarre, montada, sujeição. Na significa controlo, ruptura. De acordo com este conceito, um atacante, em primeir o lugar é agar rado e r etido segurando seus braços, pernas, cabelo, etc. Depois é imobilizado e por último, graças à força da alavanca, é estrangulado. Com isto, seus músculos, tendões, ossos e articulações são atacados e também a circulação do sangue, o Qi e a respiração, podem ser inibidas ou manipuladas de outra maneira. Texto: Andreas Hoffmann, Christoph Fuß, Fotos: Gabriela Hoffmann Estudio: www.budointernational.com



Pontos de ataque do Weng Chun Kam Na: 1. músculos e tendões 2. articulações (braços, pernas, coluna vertebral) 3. Circulação sanguínea 4. Qi (pontos sensíveis de acordo com a Medicina Chinesa) 5. Respiração O Kam Na joga um papel particularmente importante na família do Weng Chun e para cada Artista Marcial que se preze, é essencial adquirir pelo menos o básico. As vantagens para as Artes Marciais, assim como para a defesa pessoal, são evidentes: • Ideal para a auto-defesa: Um atacante pode ser controlado de maneira adequada e específica, tanto para o prender como para imobilizá-lo. • No passado, os praticantes de Kung Fu, por regra geral tinham de se enfrentar a oponentes armados. Nos casos de haver armas, o conhecimento do Kam Na é particularmente importante para desarmar o agressor. • Eficácia; a "LUTA LIVRE" co nt empo rânea, mo s t ra clarament e a eficácia dos estrangulamentos e agarres. A t é o s A rt is t as Marciais co m mais experiência, têm de se render rapidamente, depo is de t erem co met ido um erro e v endo -s e apanhado s em um estrangulamento ou um bom agarre. As t écnicas de K am Na des empenham frequent ement e, um papel decis iv o , especialmente na luta no chão. • Em muitas situações de defesa pessoal, os batimentos já não são eficazes a curta distância, devido a que a capacidade de ataque está restringida pela proximidade. Aqui, mais uma vez, o conhecimento do Kam Na é útil: Nestes casos se utilizam batimentos curtos e pungentes, para alcançar pontos sensíveis "Dim Mak", assim como agarres e estrangulamentos. • Eficácia contra ataques de "luta livre": O rival que pretende derribar, tem de agarrar antes e esse agarre pode ser imediatamente controlado e imobilizado.

• O Kam Na, quando correctamente aplicado, pode ser utilizado como apoio de socos e técnicas de derribamento, proporcionando ao artista marcial uma ferramenta, para usar a potência do oponente com maior eficácia e facilidade para seu próprio propósito. Por outra parte, a formação em Kam Na, oferece muitos mais aspectos positivos para o Artista Marcial: • Proporciona-lhe um acesso prático à sua própria anatomia e ao seu movimento natural. Por exemplo, se apercebe de que as suas articulações não devem de ser submetidas a pressões e que os joelhos não se devem de torcer; • Aprende acerca da circulação do sangue, o Qi e a respiração; • Aprende a fortalecer e esticar os músculos, os tendões e a fascia; • O Kam Na também lhe ensina a manter o equilíbrio e ao mesmo tempo, quebrar o equilíbrio do oponente. Isto oferece uma transição sem problemas, ao uso de habilidades de derribamento. • Adquire a atenção plena de si mesmo e do seu parceiro e desenvolve uma percepção da potência do parceiro, especialmente durante os exercícios de Kam Na, durante os quais, fui de uma técnica de agarre de articulação para outra. • Aprende a controlar suavemente o atacante, o que está de acordo com o ideal Shaolin. Pessoalmente, descobri o Weng Chun Kam Na em 1986, em Hong Kong. O meu mestre de Ving Tsun me levou a um enorme mercado em Yau Ma Tei, Hong Kong. Quando lá chegamos, fomos a uma sala do mercado chamada Dai Dak Lan. O que então eu desconhecia era que o próprio Grão Mestre Ip Man tinha treinado ali e trocava conhecimentos e que o último Grão Mestre do Weng Chun e Chefe do Dai Duk Lan, ali continuava treinando. Neste mercado, estavam dois senhores já idosos, que participavam de um combate. Um deles me chamou e perguntou se eu também queria experimentar… Eu pensei e disse para os



meus botões que todas as técnicas de agarre e derribamento não funcionariam contra mim e que eu não queria magoar aquele homem idoso. Mas tudo foi muito diferente!… Quando comecei o ataque, o Grão Mestre Way Yan fechou a distância e começou a desequilibrar-me. Logo que me defendi, utilizou a minha acção para me controlar ainda mais. As suas acções mudaram e passaram a ser um fluir constante de golpes, agarres e técnicas de derribamento. Eu soube que encontrara o “meu caminho” e me apresentei ao meu novo Mestre. Assim foi como me tornei seu único estudante ocidental. O outro senhor idoso era o Grão Mestre de Weng Chun, Lau Chi Long, que também respondia às minhas perguntas e

sempre estava disposto para um treino de Weng Chun. Durante minhas expedições de pesquisa a través da China, aprendi técnicas de agarre muito específicas da família do Weng Chun do Grão Mestre Cheung Pak, do Grão Mestre Tam Pui Chuen e de seu alumno, o Grão Mestre Leung Wai Choi. Com o Grão Mestre de Hung Gar, Chiu Chi Ling, a quem conheci em Hong Kong, em 1986, “mergulhei” no Hung Gar Kam Na, assim como no Kung Fu Dragón Kam Na, com o Grão Mestre Lam Kwun Qun. Com o Grão Mestre Fu Seng Lung me metí no Kam Na do Tai Chi, o Bagua e Hing I. Com os Gracie aprendi Brazilian Jiu Jitsu, o qual, hoje ensino como Faixa Preta. Também encontro nele, métodos muito similares ao Kam Na.


Uma vez, faz alguns anos, o Kam Na me salvou a vida quando fui ameaçado e atacado, faz alguns anos. Consegui desarmar e afastar a arma do atacante, por meio de uma técnica de Kam Na, salvando assim a minha vida e a vida daqueles que me acompanhavam. Estou muito

agradecido por isso. Dessa maneira eu próprio experimentei o grau de eficácia do Kam Na, que realmente funciona. A difusão do método de Kam Na, pode proteger muitas pessoas dos atacantes, que desta maneira podem ser controlados mesmo sendo maioria…



“Durante as minhas expedições de investigação a través da China, aprendi técnicas de agarre específicas da família do Weng Chun, do Grão Mestre Cheung Pak, do Grão Mestre Tam Pui Chuen e de seu aluno, o Grão Mestre Leung Wai Choi”





Keysi

A FAMÍLIA KEYSI

emocional, o que é imprescindível para a evolução e desenvolvimento pessoal.

O Keysi e a Família

Os Valores na Família

No Keysi damos importância ao sentido da palavra família, posto ser a base de qualquer sociedade e onde se gesta a evolução integral das pessoas e a sua saúde. A saúde não é só física, a saúde é muito mais que a ausência de sintomas. Ela é mental e

Cada uma das pessoas que vivem com paixão o Keysi, são da minha família, são da família Keysi. Lamentavelmente vivemos numa sociedade com uma crescente incredulidade nos valores e o Keysi é a evolução, o desafio revolucionário das artes marciais clássicas e



Keysi

sistemáticas, em um mundo em crescimento constante. É uma maneira de entender a Defesa Pessoal desde o interior do ser humano, com um objectivo baseado nos “valores do ser Humano”. O TRIUNFO em qualquer objectivo da nossa vida, inevitavelmente deve começar pelo triunfo sobre nós mesmos. Se aprendermos a reconhecer os nossos valores, poderemos ver e reconhecer os valores nos outros e isto começa com respeito ao nosso EU, o que só podemos fazer com um Código Ético.

A Persistência. Mesmo sendo a paciência tão necessária, não será suficiente se não tivermos a ajuda da Persistência. Propósito - Respeito - Paciência - Persistência - Perspectiva, formam uma espécie de roda cujo eixo é a Perspectiva, o ponto central do qual se podem observar os outros Princípios e que nos proporciona a capacidade de estabelecermos o que realmente é importante, numa situação determinada.

A Valentia e o Código Ético

O Keysi e a Saudação

Propósito - Respeito - Paciência - Persistência – Perspectiva

Além de pela afeição e carinho, todos estamos unidos por um objectivo comum, a procura interior dos nossos valores, valores que todos possuímos e que todos havemos de descobrir… Mas onde? Onde está o que provavelmente seja o tesoiro de maior valor para a humanidade? Este valioso tesoiro que vive no coração de cada pessoa e está à espera de ser encontrado, se chama Humildade! Quando fazemos a nossa saudação, no Keysi levamos a mão ao coração e

Propósito é aquilo ao que aspiramos. Não é uma meta! O Respeito é a satisfação que produzem as próprias conquistas e as conquistas dos nossos colegas. A Paciência é quando temos um claro propósito e mantemos o Ego sob controlo.



Keysi

unimos o nosso punho com o punho do nosso parceiro, em sinal de entrega: estamos oferecendo o nosso bem mais apreciado, o nosso “coração” e como em um pacto sagrado, unimos as nossas forças, para juntos chegarmos aos nossos objectivos, com coragem, perseverança e humildade.

Keysi - uma Equipa Nem todos temos as mesmas capacidades e consequentemente, cada um procura no outro, aquilo de que necessita para seu crescimento pessoal, para desenvolver aquilo em que se é habilidoso e com a ajuda dos colegas e com esforço, se consegue que essas áreas onde somos mais débeis, se tornem habilidades. Assim sendo, aqueles que têm mais capacidade ou experiência, têm uma maior responsabilidade no momento de compartilhar conhecimentos com um colega. O trabalho em equipa é o nível mais alto, eficaz e de satisfação na interacção entre as pessoas.

As regras no Keysi No Keysi há umas regras e uns limites nítidos, mas estas regras devem ser flexíveis. Os Professores se comportam como professores e os estudantes como estudantes! Este é o respeito e uma norma das famílias fortes. O respeito não se consegue com um submetimento férreo, como o que se aplica nos sistemas tradicionais, onde prevalece a negação, o engano, o autoritarismo e a escala jerárquica. O autoritarismo, sem dúvida restringe a realização pessoal e o crescimento individual. No Keysi, como numa família, há regras que todos conhecemos e aceitamos.

Como se enfrentam as situações no Keysi Dentro e fora da família, a comunicação é o eixo. Uma comunicação honesta e directa, nos proporciona as ferramentas necessárias para a solução de problemas e o privilégio de criar laços entre nós. É importante estar motivado e expressar sentimentos, percepções e necessidades. O respeito fortalece os vínculos da equipa e o individualismo. Ser uma equipa não é esquecermos que somos seres individuais e que temos desejos, actividades e vínculos que estão mais ou menos fora da família. Cada pessoa que constitui esta família, é diferente de outra e é respeitada como indivíduo. Aceitar os espaços pessoais faz crescer os cimentos do grupo. Resumindo: “Não importa qual seja o problema. Podes contar connosco, porque somos a tua família”.

A AUTO-ESTIMA NO KEYSI A auto-estima não é só sentir-se valioso por se ser quem se é dentro e fora de um ambiente. Também é que a família se veja fortalecida, sinta orgulho pela boa opinião que cada um dos seus membros dela tem como grupo humano. A isto, eu pessoalmente me sinto comprometido e este compromisso meu e o de todos os membros desta equipa, é conseguir o crescimento pessoal de cada um dos membros desta família, aceitar cada um como é, sem modificar seus valores pessoais e com a profunda satisfação de que essa pessoa trabalha para chegar a ser a melhor versão de si mesma.



SELF PRO KRAV PARA CRIANÇAS A delinquência urbana e a violência gratuita, da qual se não livram as crianças, se radicalizam a cada dia um pouco mais, em todos os lugares do planeta, implicando para qualquer sistema de legítima defesa civil ou profissional, uma adaptação e uma evolução quase permanente, para evitar ficar obsoletos e portanto, irrealizáveis. É claro que a insegurança devida aos múltiplos aspectos das agressões físicas da vida moderna, tem sido o motivo de surgirem numerosos sistemas de defesa pessoal, com diversos graus de êxito no que respeita ao realismo. Neste sentido, o problema é o facto de que as artes marciais em sua aplicação da legítima defesa, não se ajustam à realidade da rua, onde não há regras nem limites. Reconhecendo isto, aprender a defender-se se tornou uma necessidade, um instinto de conservação inerente a cada um de nós, amantes da vida e dos nossos seres queridos. Se a origem desta loucura repentina parece óbvia, como fazer para nos ajustarmos à dura lei da realidade da qual as notícias nos trazem cada dia o parte de horrores. O problema é que queremos tudo e logo procuramos um s is t e m a q u e c om o u m a va r in h a

Fotografias:Edith Levinet


Defesa Pessoal mágica, nos permita sermos capazes de sair de todas as situações perigosas. Além da fuga, quando seja possível, a salvação dos nossos filhos só pode dar-se graças a um reflexo de sobrevivência, que terá de ser ensaiado com um tr eino r egular, sobr e a base de um método realista, acessível a todos e independentemente do tamanho e da força, com gestos simples e eficazes. O Capitão Jacques Levinet, com a sua experiência profissional e marcial, criou um método adaptado às crianças, para que elas possam sair de tais situações. Uma disciplina, adaptável tanto à escola como à rua. Por outras palavras, tanto frente à agressão de outra criança, como à de um adulto. Trata-se de uma iniciativa nova na matéria, cuja pedagogia e resultados têm sido bem recebidos por numerosos meios de comunicação e vários psicólogos e especialistas em crianças. Quisemos saber mais acerca desta nova disciplina de luta contra a agressão, para as crianças.


especialistas de todo o mundo, como Soke 10ºDan e Fundador do SPK.

Cinturão Negro: O que indica a sigla SPKE? Jacques Levinet: S (para Self Defense) P (Pro para Profissional), K (Krav para espírito combativo em hebreu), e E (para crianças, “enfants” em Francês). Isto não é Kravmaga, cuja finalidade é essencialmente militar - e não se corresponde com a nossa defesa pessoal. A confusão nasce do termo Krav, que significa o SPKE “Fighting Spirit”, porque sem espírito de luta, é difícil para uma criança ser bem sucedida. Além disto, o SPKE respeita o direito penal francês e não desenvolve nenhuma agressividade, mas sim a confiança em si mesmo. O método do SPKE provém do SELF PRO KRAV ou SPK, um método com um eficiência provada, para defender-se de maneira realista na rua. O SPK foi desenvolvido pelo o especialista inter nacional Jacques Levinet, reconhecido por grandes mestres e

C.N.: De que consta o método SPKE? J.L.: O SPKE é adequado para jovens e crianças, para lutar contra a agressão e adquirirem confiança em si mesmos. Ensinamos-lhes a maneira de fugir, graças a umas técnicas ao seu nível, baseadas no instinto de sobrevivência e os reflexos condicionados, além da maneira de falar e as acções adequadas em caso de agressão, sem esquecer o aspecto legal (o que podemos fazer e o que não devemos fazer). O mimetismo e a repetição facilitam a aprendizagem do SPKE, graças à experiência profissional do Capitão da Polícia Jacques Levinet, que proporciona uma credibilidade óptima ao método, de acordo com a lei. O SPKE tem sido reconhecido internacionalmente pelos maiores graus das artes marciais e especializados polícias. A pedagogia é específica para despertar a curiosidade das crianças, a confiança e o respeito a um código de ética. Um lúdico programa de progresso técnico, pontua o trabalho dos estudantes durante todo o ano, posto que também é um novo desporto. As chaves estão excluídas do método, posto que se ensina à s

crianças, a se defenderem dentro dos limites das suas capacidades físicas e não à maneira de “Karate Kid”. Também se dá prioridade à defesa contra as agressões a mãos nuas e de maneira acessória, armados com pau e faca, mas nunca contra armas de fogo, para manter a realidade das possibilidades de defesa de uma criança. O SPKE é eficaz e realista devido a uns pontos determinantes, que são: a consideração do instinto de sobrevivência, desenvolver o reflexo condicionado de defesa, a simplicidade da aprendizagem. para não pensar no momento da aplicação, e uma pedagogia operativa, graças ao mimetismo da aprendizagem. E não esquecemos ensinar as crianças a sentirem o gesto defensivo, para justificar a sua obrigação de se defenderem contra a agressão injusta. C.N.: Quais são os princípios fundamentais do SPKE? J.L.: A palavra bater foi eliminada do SPKE, a favor da palavra resposta, para justificar o que é proibido fazer. Por exemplo, frente a um


Defesa Pessoal


estrangulamento (atentado contra a vida) a resposta genital se tolera, mas frente a um agarre de pescoço (roupa) ou no pulso, a resposta leve é suficiente. Isto é para fazer compreender às crianças, os critérios da lei, incluída na própria defesa. O SPKE é lúdico. Recentemente, o

SPK se abriu às crianças, pela primeira vez na França, com a criação do método de SPKE (Self Pro Krav Crianças) dotado de uma pedagogia específica de aprendizagem. Para as mulheres, se utilizam cenários, tendo em consideração as suas particularidades e para as pessoas idosas, para lhes ensinar os gestos básicos ao seu alcance, em caso de agressão. Para alcançar estes objectivos de divertimento, um programa multifacetado e lúdico foi elaborado, consoante as possibilidades de seus praticantes. É um programa educativo de avaliações técnicas. Estes conhecimentos nivelam o trabalho e o progresso dos estudantes, ao longo da sua prática, para reforçar a sua motivação e o seu interesse. Assim, o carácter do bem estar tem sido desenvolvido para todos os segmentos da povoação, que encontram na prática do SPK um factor de plenitude física e moral

indiscutível, enquanto se estreitam os laços familiares, posto que frequentemente, a disciplina se pratica em família. O SPKE é sociologicamente, um desporto para todos e de utilidade numa defesa pessoal regulada, codificada e reconhecida. Por tanto, o SPK está aberto a todos. Um método que faz parte de um fenómeno social, cujas características são a eficiência, a flexibilidade, a especificidade da metodologia, a interactividade do método civil e profissional do SPK, o respeito pelos valores da vida e os valores cívicos, o respeito à lei e a integração social, através da prática de um desporto em relação com os problemas da uma cidade. Para os jovens em dificuldades, ou que têm problemas cíclicos de confiança e de afirmação da personalidade, através de seu código de ética e o respeito aos valores, ajustando-se à realidade da agressão, o SPK oferece uma solução aos


Defesa Pessoal problemas actuais do nosso século. Sem excepção, sem prejuízos de raça, religião, idade, sexo ou incapacidade física, o SPKE permite a cada um encontrar o caminho do desporto, no sentido mais pleno e honroso do termo. C.N.: Qual é a ética do SPKE para ensinar as crianças a se defenderem? J.L.: Assim como o código moral do Bushido, que governava a conduta dos samurais, a doutrina do SPKE se preocupa da preservação da vida e da dignidade humana, frente à agressão injusta e injustificada. Esta afirmação é a verdadeira premissa básica do SPKE, transmitida através das formações na França e em outros países. Uma teoria segundo a qual, o instinto de conservação dos homens do século XXI, se devem de dar os meios da sua defesa. A regra nesta matéria, não é represaria mas sim uma legítima defesa adaptada e realista, para enfrentar a agressão, dentro dos limites da lei e o respeito pelos outros. O SPKE dá solução aos desvios violentos da natureza humana em


seus excessos agressivos, com uns tratamentos de choque, nos quais se respeitam os direitos e deveres de todos. Portanto, graças à sua evolução técnica, em constante comunhão com as situações das acções do homem moderno, graças às suas referências éticas respeitáveis, o SPKE se tornou um método novo, de confiança em si mesmo e por conseguinte, de plenitude de vida para os jovens de todas as idades. C.N.: Qual é a prioridade no método SPKE? J.L.: Para além da eficácia e do realismo deste formidável método de defesa pessoal, o que conta é a deontologia e o respeito. São uns elementos chave a pôr em prática em todo movimento defensivo, para não ultrapassar os limites da lei, incluindo a defesa pessoal. Nesta matéria, um exemplo prático do SPKE é jamais utilizar o termo “bater no atacante”, mas sim “responder a um ataque”. A hipótese é afinal, dar sempre conta das próprias acções à autoridade ou à justiça, daí a importância de contar com o máximo de argumentos a nosso favor. Falar de respostas numa agressão é uma presunção de auto-defesa, o que não é o caso quando se trata de “golpes”. Inculcar estas diferenças na maneira de falar, nos nossos cursos e nas nossas formações SPKE, desde uma tenra idade, permite levar a disciplina a uma ética. C.N.: Como alguém pode chegar a ser um instrutor de SPKE? J.L.: Seguindo primeiro um curso de Instrutor de SELF PRO KRAV e depois um curso específico de SPKE. A metodologia da agressão para as crianças, não é a mesma que para os adultos. A pedagogia do SPKE é um ponto forte que tem de se aprender bem, porque o instrutor, além da sua moralidade impecável, tem uma função educativa indiscutível. Não se ensinam as crianças da mesma maneira que aos adultos. Aprender a ser cidadão a uma tenra idade, é um objectivo que a SPKE fixa continuadamente. Esta é a filosofia declarada desta disciplina do Século XXI, simbolizada por procurar a verdade, a moral e o respeito. Um método só existe através do caminho que


Defesa Pessoal abre, no sentido filosófico do termo. Concluindo: ainda que o método do SPKE seja eficaz em caso de agressão, não fazemos dos nossos filhos uns “Rambo” ou uns “Kamikazes”. Ensinamos-lhes que o medo é natural e que a fuga é frequentemente a melhor maneira de defesa. A verdade do discurso é importante, mas quando a negociação

ou a fuga são impossíveis, então devemos confiar em nós mesmos, para nos defendermos. Também insistimos e avisamos as crianças, em contra de qualquer acção de agressão sexual e damos-lhes uns meios radicais para finalizá-las, para não sofrerem traumas durante toda a vida. Para isso contamos com a ajuda de uns psicólogos, que proporcionam um

“feedback” constante, após o traumatismo da agressão contra crianças. O fundador do SPKE é Jacques Levinet www.selfdefenseenfant.com Tel. +33467075044




Curiosidades

TOURNÉ MUNDIAL PARA A PROMOÇÃO DO KARATE “DESDE KEIO… COM AMOR”

Toda a gente sabe que a Universidade de Keio e seu clube de Karate me cativou, por vários motivos, desde que por primeira vez pisei seu campus, em 2008. Hoje quero compartilhas outro facto relacionado com o clube de Karate desta Universidade, facto que é curioso e interessante.

Texto e fotos: Salvador Herráiz Embid, 7º Dan de Karate


Karate

emos de ir até os anos 1967 e 1968, para sabermos de uma tourné que dois karatekas deste clube de Tóquio fizeram por todo o mundo, para promoção do Karate e que demorou nem mais nem menos dois anos de viagem, por 85 cidades de países dos cinco continentes. Koji Kuwabara, então um 2ºDan de Karate, de 24 anos de idade e seu colega, Toshikazu Noguchi, então 1ºDan e com 26 anos de idade, se embarcaram em um projecto onde, como embaixadores de boa vontade, mostraram e promoveram o Karate por todo o mundo, durante dois anos. Em Janeiro, os dois graduados da Universidade de Keio, embarcaram em um cargueiro a sua furgoneta e

T

viajaram até Banguecoque, de onde continuaram, por estrada, a Kuala Lumpur e Singapure. Depois, navegaram até Calcuta e dali a outros lugares da Índia, Paquistão, a Europa (de Leste a Oeste)… À Europa chegaram em Abril e permaneceram percorrendo a Jugoslavia, Itália, Holanda…, nada menos que 9 meses. De Nápoles atravessaram o Mediterráneo até Alexandria e dali foram conduzindo pelo norte da África e Marrocos. Atravessaram o estreito de Gibraltar, percorreram a Espanha e entraram na França, para partir da cidade de Le Havre para os Estados Unidos. Ali, contactando com diferentes organizações (como já tinham feito em os outros países) promoveram o Karate em cidades como Los

Angeles, São Francisco, Seattle, Salt Lake City, El Paso, Kansas City, St. Luis, Chicago, Nova Orleans, Miami, Washington DC, Filadelfia, Nova York e Boston. Também passaram para o Canada, mostrando o Karate em Otawa, Halifax e Sudbury. Depois, desceram para o Sul entraram no México, com paragens na capital e em Acapulco. Hoje, quase meio século depois, Toshikazu Noguchi não está em activo no Karate, mas Koji Kuwabara continua a sua prática com 70 anos de idade e um dia por mês, ainda assiste ao treino conjunto no dojo de S hinano machi, que tão g ratas reco rdaçõ es de s eus “v elho s mestres vivos” me trazem a mim, des de o mo mento em que o s conheci.

“Promoveram o Karate em cidades como Los Angeles, São Francisco, Seattle, Salt Lake City, El Paso, Kansas City, St.Luis, Chicago, Nova Orleans, Miami, Washington DC, Filadelfia, Nova York e Boston”

Toshikazu Noguchi em 1967, praticando no dojo de Keio, em Shinanomachi, junto de Shuntaro Ito, outro companheiro.


Pontos Vitais O Kyusho é uma Arte interna, tanto serve para nos melhorarmos a nós mesmos, como para aprender a atacar as estruturas internas e os pontos vitais do adversário. Esta é uma habilidade poderosa e devastadora, que aumenta o potencial ofensivo e os efeitos daninhos sobre o oponente. Não se executa com plena potência (ainda que poderia ter uns efeitos mais devastadores), se executa com armas penetrantes, para alcançar os objectivos e pontos da zona interna do corpo.


Evan Pantazi

Introdução o Kyusho


Pontos Vitais

E

stes objectivos são os nervos, os vasos sanguíneos, os órgãos, o cérebro e outros sistemas e estruturas. O mais fácil e menos perigoso para a prática, é o sistema nervoso, posto que os resultados são instantâneos e mais eficientes. Os ataques aos vasos sanguíneos (chamados Dim Mak), são também grandes objectivos, no entanto, não são tão eficientes, por se necessitar mais tempo para a incapacitação dos oponentes, mas causam um maior mal físico de maneira permanente. Se não se tiver experiência, é perigoso e certamente estúpido praticá-lo com colegas de treino..., mas é viável quando trabalhado com muito cuidado. Qualquer destas habilidades tem capacidade para entrar nos sistemas e funções anatómicas do oponente. Para isso, temos de conhecer os possíveis objectivos e suas funções dentro do corpo, e forjar armas penetrantes para chegar a eles. Ainda que o Sanchin seja um exercício para desenvolver as ferramentas e tácticas para ter acesso a estes objectivos, a habilidade também se pode aprender e utilizar sem isto. Um exercício para fazer desenvolver um método da mudança do corpo, é o da Camisa de Ferro. Este exercício nos põe em condições de superarmos os danos que se poderiam infringir. Trabalhando a forma, se adquirem o Yin e o Yang de ataque e defesa, inerentes à prática... Vocês escolhem! A forma fortalece os ossos, os tendões e os músculos, não só para suportarem o


Evan Pantazi ataque do rival, como para ao mesmo tempo ajudarem a forjar as armas penetrantes, utilizando as “Seis Manos Ji” para penetrar mais profundamente no corpo do adversário. Esta penetração ajuda a chegar mais além dos seus músculos e tendões, assim como entre as estruturas ósseas, para chegarmos aos nervos mais vitais e sensíveis, aos vasos sanguíneos, aos órgãos internos, etc.… Um dos fundamentos para penetrar no oponente é deter o seu impulso ou acções atacantes. Isto não é defender-se do seu ataque com um bloqueio, mas sim mediante o ataque ao seu pensamento, para que o seu corpo e espírito se reiniciem, em vez de continuar sem obstáculos. O objectivo é modificar a acção da função motora do corpo (movimento, equilíbrio, força), à função sensorial (reequilibrar, receber, sentimento), indo assim mais além de qualquer Camisa de Ferro ou barreiras físicas e acções carregadas de adrenalina. Então, batendo nos nervos, mandamos uma mensagem

neurológica aguda ao cérebro. Depois, o cérebro monitoriza este assalto interno e portanto, envia menos mensagens aos músculos, o que diminui a força, o equilíbrio e o apoio do corpo. A forma fortalece os ossos, tendões e músculos, não só para aprender as estruturas vitais e metas do corpo totalmente - o que é um aspecto crucial, pois nem sempre podemos obter acesso imediato a um objectivo da cabeça ou do pescoço - como também para conhecermos as debilidades de todo o corpo, o que fará aumentar o nosso potencial de maneira substancial. Outra clave para penetrar no oponente com o Kyusho e o Sanchin, é o facto de sabermos como ele vai reagir. Isto nos permite continuar com acções adicionais, posto que ele está tratando de se fazer com o controlo da entrada inicial. Isto é mais rápido e alem do mais, não terá maneira de proteger-se do nosso seguinte ataque. Também podemos determinar em que nível atacamos, consoante as reacções. Quando alcançamos correctamente os nervos (Kyusho), o resultado é um relâmpago branco, antes de alterar a consciência. Se temos um acesso mais profundo aos vasos sanguíneos, há uma reacção física mais lenta, assim como o facto de ficar em preto a visão dos oponentes. Outro benefício de usar o Kyusho no Sanchin, é que se necessita muito pouca força. Isto conserva a nossa energia, além de guiar as acções do oponente, para as podermos empregar como arma contra ele. Isto mostra efectivamente a velha máxima marcial acerca da “utilização da força dos oponentes contra eles mesmos”. A nossa entrada se baseia em acções subtis e focadas, que não se opõem directamente às suas acções, mas que penetram, devido a que a posição e o impulso não combatem as acções que o oponente iniciou.


“Outro benefício de usar Kyusho no Sanchin, é que se necessita muito pouca força. Isto conserva a nossa energia, além de guiar as acções do nosso oponente, para as podermos empregar como arma contra ele”


As diferenças entre atacar o fluxo sanguíneo e atacar só o nervo, são um resultado complexo e dinâmico. Não só se consegue uma penetração fisicamente mais profunda no ataque, como também afecta a mais sistemas vitais. Isto pode manifestar-se em muitos efeitos de suor, como suores frios, vómitos, perda de consciência e outras consequências mais graves, dependendo da gravidade do golpe. Devemos de dizer aqui e agora, que muitos assimilaram esta informação e têm trabalhado para realizá-la e que este é o propósito da presentação deste artigo e do vídeo. Não obstante, não podemos tomar isto à ligeira, posto que pode afectar os sistemas, o funcionamento interno e os mecanismos vitais que causariam efeitos graves e duradoiros no destinatário. Muitos objectivos compartilham as zonas de acesso do Kyusho e do Dim Mak; são os chamados Pontos por aqueles habituados a usá-los. Se pode ter acesso ao mesmo tempo a esses Pontos, com uma penetração mais profunda e a habilidade adequada. No entanto, invariavelmente é necessário utilizar uma arma mais pequena (não só o punho ou a palma), assim como a trajectória correcta. Este é outro aspecto do Kyusho que muitos principiantes não utilizam e por isso têm dificuldades para conseguir a reacção apropriada do corpo. Um lema típico do Kyusho é: "ângulo e direcção" e na superfície, (nunca melhor dito), isto é uma maneira válida, mas muito limitadora. Ângulo: se traduz na maneira em que a arma se aproxima a um objectivo específico (há quem ainda o denominam ponto de pressão). É um descritor da acção física. É um passo de uma posição inicial a uma posição final, da frente para trás, de maior a menor, de menos a mais, da direita à esquerda ou da esquerda para a direita, etc. Direcção: se traduz em um curso longo, no qual alguém ou alguma coisa está em movimento. Pode levar a errar ao novo praticante no estudo do Kyusho. É também por isso que muitos tratam, sem obterem frutos, de provocar grandes afeitos, mas ficam curtos... Por desgraça, é também pelo que muitos se rendem, afirmando que o Kyusho não funciona.


A melhor definição que ajuda as pessoas não só a perceber a um mais alto grau, como também as permite accionar o Kyusho para que ele afectar de maneira mais eficaz e eficiente, é a "Trajectória". Trajectória: é o caminho seguido por um voo do projéctil ou de um objecto que se mexe sob a acção de umas determinadas forças, a través do espaço ou objecto. No Kyusho, isto é fundamental, posto que tratamos de mandar a nossa energia cinética para um caminho específico no corpo humano, e não a uma zona específica do núcleo, mas sim profundamente no núcleo. Não procuramos traumatizar o exterior ou a casca do corpo e de todas as estruturas, procuramos sim, uma trajectória de acesso ao núcleo, ao longo de uma estrutura. Em Kyusho, este acesso é a través dos nervos, do sistema nervoso central (coluna vertebral e cérebro). É por isso que não há lesões no Kyusho, posto que não estamos utilizando, nem necessitamos faze-lo, batimentos fortes que provoquem traumatismos. Sim, o Kyusho continuará funcionando tal e como mostra esta imagem: o dano pode ser infligido e a trajectória realizada, mas no treino, a importância está na trajectória e em alcançar o núcleo com uma força tão mínima como seja possível. Uma vez que se treina e se assimila, se adiciona força (se alguma vez for necessário), e é claro que se multiplicam os efeitos (e as possíveis consequências legais)... para uma protecção ainda mais fiável. Na MMA, também agora vemos as duras realidades disto. Vemos a força e a brutalidade, que a frequentemente se absorve e se compensa..., mas de vez em quando vemos que se utiliza a trajectória correcta a um lugar que incapacita o oponente, ainda que se use com menos energia. Mas esta


Pontos Vitais


e a maioria das Artes Marciais são desta natureza Yang e não têm a ver tanto com o funcionamento interno como com a destruição dos aspectos exteriores. Como um Yin comparativo, reparamos na habilidade do Kenjutsu (AIEP) ou nos estilos japoneses da espada. Não utilizam a força para fazer seus cortes, utilizam a trajectória que passa pelo exterior... O Kyusho trata disto, ou devia ser assim… Não é a força, não é o ângulo ou a direcção... tudo reside na trajectória. Os órgãos e as estruturas internas são inerentemente mais débeis e portanto, os nossos objectivos, como por exemplo, o fígado, o baço, os rins, o diafragma, etc., com a entrada adicional mais além dos nervos e até mais além dos vasos sanguíneos, se pode ter acesso a estas estruturas vitais e causar disfunção ou dano, conforme seja necessário.

A penetração se realiza com uma pequena transferência de energia cinética, a um pequeno objectivo, focalizado com um objecto duro também pequeno, tais como os nós da mão. Penetrando no corpo a um nível mais profundo que o do diafragma, se alcançam os órgãos mais importantes. A camisa de Ferro de tensão muscular do Sanchin, foi

desenhada para proteger isto. No entanto, fazendo uma reorientação das acções mentais e físicas, assim como do equilíbrio, o corpo se debilita. Isto permite que o ataque procure o destino mais débil e penetre nos objectivos vitais. Está na essência do Yin e do Yang que se manifesta no Kyusho e não simplesmente a força Yang que procuram a maioria de estilos marciais!


Os objectivos inter nos do corpo estão bilateral e uniformemente situados, não só na cabeça ou no núcleo do corpo, como também nas extremidades. O ataque superficial, de novo consegue o acesso aos nervos; um golpe mais profundo também implicará os vasos sanguíneos e um dano mais permanente. As posições do Kata Sanchin proporcionam as posições de direcção para poder ter acesso a eles, não tanto com a força simples, mas com uma profunda trajectória às

estruturas vitais. Confiando na integridade posicional do Sanchin, em vez de na força, evitamos as acções onde intervêm grupos musculares antagónicos, que irão diminuir a precisão. Por exemplo: se tratarmos de levar o cotovelo para baixo em um ataque da joelho ao nosso corpo, há muitos dos músculos que estão chamados a intervir, para aumentar os níveis de potência. Mas se situarmos a articulação ou o osso do cotovelo correctamente (tal como a forma induz no subconsciente – no


caso de se treinar com este fim), não há força ou poder implicado. O braço se move com menos puxão multi-direccional dos músculos, que se contraem por separado e mais numa linha recta (e com mais precisão), o que dá uma maior profundidade de entrada. Esta é também a maneira de reter a nossa resistência e potência, inclusivamente nos anos de mais maturidade e debilidade. A penetração nas estruturas mais vitais, não necessita ser de natureza balística, pode ser uma pressão ou agitação profunda destas estruturas físicas. Mais uma vez, a força não é o segredo, o segredo está na posição arraigada e nas trajectórias implícitas, que conseguem penetrar ou ajustarem-se às estruturas adjacentes mais débeis e iludir os músculos, tendões e ossos. Estas posições penetram inclusivamente nas articulações do rival na forma de Tuite (Mão Manipuladora), ou


Pontos Vitais


Pontos Vitais

dos métodos de manipulação das articulações. Alguns objectivos não estão simplesmente ao lado do osso, músculo ou tendão, mas sim atrás deles. Este tipo de objectivo exige que se penetre mais além das estruturas da superfície, para obter acesso à colocação posterior ou interna. Neste caso, não podemos utilizar uma acção linear, mas quase necessita uma acção de torção ou de puxão. Todas estas acções são pequenas e subtis e não grandes e mais telegráficas para o oponente e/ou os espectadores. Mais uma vez, estas acções posturais melhoram a precisão, (as acções mais pequenas são mais directas e eficientes), requerem de menos velocidade ou potência e estão inconscientemente

arraigadas pela prática ritual das acções do Kata. Nas acções mais pequenas que participam nas posições do Sanchin, há um grande poder. O poder não se baseia tanto no músculo como no tendão. Isto produz uma trajectória muito forte e

centrada no corpo. Estas acções combinadas com estruturas ósseas mais pequenas, criam uma entrada ou penetração muito potente no corpo. Estas acções pequenas de torção, também criam uma vibração que se transfere a estruturas ainda mais profundas, como o


tronco cerebral, o ouvido interno, os nervos ópticos, etc. Isto provocará disfunções na vista, no ouvido, no equilíbrio e em outras funções vitais e se consegue facilmente, penetrando mais profundamente no corpo e na sua funcionalidade fisiológica, em vez de usando as habilidades motoras dos músculos, o que exige um ataque baseado na força. Esta simplicidade é conhecida pelos praticantes de maior idade ou mais alto nível,

posto que necessitam manter um factor de igualdade, conforme passam os anos e a sua destreza física diminui. Conforme vamos trabalhando com os métodos de penetração, podemos ver que não se baseiam tanto na técnica, antes sim no uso de ferramentas específicas e no conhecimento dos Objectivos Vitais (Kyusho). Como usamos as ferramentas e objectivos em vez de estabelecer técnicas, podemos obter uma


maior capacidade de adaptação, uma acção automática subconsciente e uma capacidade ilimitada, sem pensamento consciente. Penetrar nas estruturas internas do corpo com as ferramentas e os objectivos (sem técnica de conjunto), nos permite uma maior adaptabilidade para combater em outros estilos de batimento, de agarre e de ambos combinados. É mais fácil controlar um oponente causando disfunção ou um dano ainda maior no corpo. Mantendo a posição (com o benefício da protecção da Camisa de Ferro), também se produz uma maior alavanca com menos força. Isto é essencial quando nos enfrentamos a rivais de maior tamanho, cuja força é muito maior. As acções pequenas mais eficientes, também permitem um maior desdobramento estratégico, em comparação com o tempo

dispendido na tentativa da técnica..., ou o tempo necessário para gerir o movimento dos músculos e o corpo do oponente está tratando de fazer o mesmo contra nós. Ao penetrar no corpo dos oponentes, estamos atacando mais que o seu corpo, estamos atacando o seu pensamento e o seu espírito, assim como causando confusão pela disfunção física, em um

nível mais profundo, ao qual não estão habituados. Outro dos benefícios de penetrar no corpo, além de utilizar as armas e as acções mais pequenas para uma maior influência e penetração, é que podemos utilizar métodos tácteis para localizar objectivos vitais. Quando numa luta entramos na curta distância, não


podemos confiar na nossa visão para encontrar um objectivo, nem podemos desenvolver muita potência balística utilizando ataques convencionais. Quando se provoca a compressão dos nervos, se recomenda uma base contra a qual se junta a pressão, para que a penetração seja mais profunda. Caso se permitir que o corpo se adapte ao ataque, a pressão e os resultados sobre o nervo diminuem consideravelmente e a transferência será menos potente. Restringindo o corpo, vamos ser capazes de conseguir

uma penetração muito mais profunda nas estruturas mais vitais e mandar uma mensagem neural mais aguda à coluna vertebral e ao cérebro. Também podemos utilizar o nosso próprio corpo ou posição, como uma base para a penetração mais profunda. Além de tudo isto, podemos basear-nos em outro destino, para haver uma entrada dupla, para maior disfunção neuronal do corpo do adversário. Mas a este nível teremos de ter desenvolvido uma relação íntima com as ferramentas e os


objectivos, para nos orientarmos correctamente em dois objectivos simultâneos. No entanto, a actuação pode ser assistida por uma ferramenta (uma ferramenta de mão, por exemplo), como na posição Porta Fechada, do Sanchin, ou mesmo uma acção de arqueamento da palma da mão e o punho. Podem encontrar-se uns a outros, mesmo sem espaço... A dificuldade radica só em trabalhar a trajectória correcta em cada objectivo Kyusho. Uma destas ideias nas que se utiliza o próprio corpo como uma base para entrar no sistema fisiológico dos oponentes, poderia ser uma acção de bloqueio da cabeça. Esta posição é mais eficiente e poderosa para utilizar os objectivos do Kyusho e debilitar instantaneamente o oponente, na medida que fixar a posição de base. Ao penetrar no corpo por um objectivo e numa trajectória, o oponente pode ser capaz de compensar a pressão, se não se assentar. Se utilizamos dois ou até três objectivos e trajectórias, o corpo do oponente não será capaz de compensar isto e conseguiremos

causar maior efeito. Em muitos objectivos, isto será devastador para o receptor. Mediante o uso desses objectivos, também se pode diminuir a base dos oponentes e com isso debilitar seu corpo, perturbar seu equilíbrio e a sua força. Neste tipo de táctica, podemos utilizar a penetração na anatomia também em direcções opostas. A ideia principal que se deve transmitir é que em algumas posições de combate, como a de agarre, não se pode magoar o oponente por um traumatismo ou golpe de força, devido à curta distância (não há distância para desenvolver a velocidade em um golpe). No entanto, para alcançar os objectivos

do Kyusho, não necessitamos da velocidade ou mesmo da força balística. Esta é uma habilidade imprescindível para ser desenvolvida em um combate a muito curta distância. Se estivermos trabalhando para levar a efeito uma metodologia como a do estrangulamento do fluxo sanguíneo (o que pode demorar um minuto ou mais), trabalhando os nervos desde o início, podemos debilitar, controlar ou incapacitar o oponente imediatamente. Com esse enfraquecimento ou controlo, poderemos então conseguir realizar o estrangulamento de tipo sanguíneo durante mais tempo e com menos


resistência do oponente, até se culminar. Quanto mais forte seja a base (como acontece com o chão), maior efeito terá a entrada à pressão nas estruturas internas. No entanto, ainda necessitamos ferramentas de penetração mais profundas, para conseguir esta penetração e aqui é onde as “Seis Manos Ji”, que se encontram nos estilos e manuscritos antigos, aparecem no Sanchin, trabalhando ferramentas específicas em vários ângulos de desdobramento. Uma vez no objectivo, as acções constritoras da forma criarão um impulso de energia cinética que se pode enviar profundamente contra o receptor.

Também pode estar a base no chão, com o qual se pode obter grande quantidade de força de alavanca. Na manipulação articular, debilitamos os tendões enquanto os esticamos ou os retorcemos e conseguimos penetrar no sistema reflexivo. Assim se penetra no controlo do pensamento e do corpo subconsciente, que é muito mais profundo, posto que também interfere no sistema autonómico do corpo. O corpo está constituído principalmente dos atributos dos nervos somáticos e autonómicos, que podem ser atacados em qualquer nível. O sistema somático trabalhará as habilidades motoras da

função do corpo, tais como o movimento consciente das extremidades, a cabeça ou o corpo. Se se afectarem os nervos anatómicos, se afecta a função automática do corpo (os reflexos, a digestão e outros processos automáticos). Uma vez que compreendamos completamente isto e possamos alcançar estes objectivos Kyusho, poderemos utilizar ambos sistemas e controlar o agressor em um grau superior. Mas não nos devemos limitar a alcançar assim o oponente; devemos arraigar estas ferramentas e objectivos numa aplicação táctica, para que entrem nos nossos reflexos subconscientes. Isto poderá ser


Pontos Vitais induzido mediante o uso da antiga Kata Sanchin, que se pode praticar todos os dias e também utilizar as ferramentas, objectivos e tácticas no treino. Numa última reflexão, gostaria que o método de entrada Kyusho, não só chegasse às funções anatómicas do corpo, como também aos aspectos mentais e espirituais do oponente. Para penetrar no funcionamento do cérebro a través dos nervos, vamos aproveitar os processos do pensamento, visto a função do cérebro dos indivíduos estar ocupada com a sobrecarga e os ataques à função a física e não tendo capacidade cognitiva, teremos entrado na sua mente e uma vez que se penetra em sua mente, a sua vontade e espírito também se vê diminuída, pois estão em um processo de confusão e alteração da consciência. Penetrar não consiste só em alcançar o oponente, mas também o desenvolvimento da “intuição” ou compreensão instintiva do interior. Com o tempo, se consegue o efeito de entrar no subconsciente do nosso parceiro e se pode sentir cada vez que se realiza o Kata. Portanto, essencialmente, as suas acções também entraram no nosso Sanchin e as nossas no seu.









Conhecerรก realmente o seu inimigo?


Defesa Pessoal Se se dedica às Artes Marciais com o fim de se defender a si ou a outros, deve pensar numa simples questão: "Quem é o inimigo?". Não difere muito da pergunta que faria um piloto: "Para onde vou voar?". A resposta determinaria o tipo de avião a utilizar e a quantidade de combustível necessária. Se visitar qualquer escola de Artes Marciais como obser vador, poderia pensar que o "inimigo" é um guerreiro antigo que vem ao nosso encontro com uma espada, uma lança ou com as mãos nuas. Noutras escolas, poderia pensar que o inimigo é um lutador que só o quer derrubar e apanhar numa chave de finalização no chão. Noutras escolas você vai ouvir dizer que o sistema provém de algum exército estrangeiro, mas observará que nos cursos que ensinam, falta o treino com armas de fogo, difer ente de algumas técnicas vistosas de desarme de pistola. Não conheço os seus, mas os meus inimigos são os criminosos, os terroristas e qualquer um que entre em cólera (por um ataque de ira numa rixa de bar ou como consequência de uma doença mental) e… sim, os meus inimigos também podem ser artistas marciais! Estes inimigos não estão confinados a um método ou sistema específico de luta. O seu treino e a sua experiência podem abranger um acampamento terrorista na Somália, uma prisão de máxima segurança na Califórnia e uma escola de Karaté em Lyon, França. Como os meus potenciais inimigos são muitos e variados, devo aprender a lidar com todos eles. Não posso aderir a um único estilo de defesa pessoal e desenvolver a mentalidade de "pensar em grupo".


Jim Wagner

Adversário O primeiro passo para derrotar um inimigo é saber quem ele é. Naturalmente, saber quem é o inimigo depende de onde se estiver. Se se morar em Los Angeles, os inimigos serão os malvados membros dos bandos que disparam do carro em andamento e não se importam se o fogo cruzado apanha alguém no meio. Se se vive em Madrid, os inimigos serão os extremistas islamistas que põem bombas nos comboios suburbanos. Se se vive em Nova Iorque, a preocupação não será só devido aos terroristas, como também aos ladrões e outros predadores que abundam na cidade. Em Londres, um dos inimigos, além dos terroristas, serão os jovens que saltam para cima das pessoas, pontapeando-as e batendo-lhe só para


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roubar o telemóvel. Se se vive numa pequena povoação da Alemanha, o inimigo pode ser o bêbado repugnante que quer briga só porque pensa que alguém o encarou mal. Os meus inimigos, como antes disse, podem ser artistas marciais que tenham passado para o "lado escuro". Nesse caso, devo saber o que estudam e, como todos sabemos, existem muitos sistemas para conhecer. Pessoalmente, cada vez que dirijo um seminário na cidade de Nova Iorque, aproveito para aprender a chamada Arte Marcial Russa de SYSTEMA, do meu bom amigo Denis Dmitriyev, que ensina na Casa da Luta na rua 27. Porque faço isto? Estudo isto porque muita gente em todo o mundo está a aprender isto mesmo e quero ser capaz de me defender disto. Quando estou em Tel Aviv reúno-me com o tenente-coronel Chaim Peer e o major Avi Nardia, para refrescar os meus conhecimentos do sistema das Forças Especiais israelitas, o KAPAP (Krav Panim Le Panim, ou combate corpo a corpo).

Treino Quando souber quem são os seus inimigos, o seguinte passo é descobrir que tipos de treino recebem. Os criminosos e os terroristas aprendem o seu destrutivo ofício em alguma parte. Se o futuro inimigo fosse um praticante de Kali filipino, faria bem em se inscrever num curso de Kali, esgrima ou Arnis, para saber o que enfrenta. Se não puder assistir a um curso assim, por qualquer razão, observe pelo menos um dos dois, ou compre um dos muitos DVDs existentes sobre a matéria (estes DVDs estão


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disponíveis na Budo International). Os artistas marciais não só desconhecem os sistemas que não praticam, como muitas vezes me admiro dos poucos polícias que têm noções de Artes Marciais filipinas, quando o Kali filipino se torna cada vez mais popular nas prisões dos Estados Unidos e outros países. Esperemos que um desses agentes da polícia não tenha que enfrentar um criminoso que domine esta Arte mortal, porque o apunhalará e despedaçará antes de ele ter tempo de puxar pela arma para se defender. Sei-o muito bem porque sou agente da polícia e instrutor de Tácticas Defensivas e treinei agentes das delegacias de todo o mundo. Se o inimigo é o terrorista extremista islâmico, a primeira coisa que temos que fazer é ler o Alcorão, o seu livro sagrado. Isso ajudará a entrar “na sua maneira de pensar”. A partir daí, depressa perceberemos que a "Guerra contra o Terrorismo" não vai desaparecer nunca e que o mundo ocidental se encontra na rota de colisão com o mundo islâmico, por muito que os países ocidentais procurem a "paz".



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"Não conheço os seus, mas os meus inimigos são os criminosos, os terroristas e qualquer um que entre em cólera (por um ataque de ira numa rixa de bar ou como consequência de uma doença mental) e… sim, os meus inimigos também podem ser artistas marciais!"


Defesa Pessoal O Conselho de Inteligência Nacional da CIA publicou um relatório de 119 páginas, em Janeiro de 2005, onde predizia que o terrorismo islamista estaria activo durante quinze anos, pelo menos. Se eu fosse muçulmano, o meu herói seria Osama Bin Laden e Abu ou Musab al-Zarqawi e apoiaria a cem por cento a conquista do mundo e a eliminação, ou a escravidão, dos "infiéis". Sei isto porque dedico tempo a estudar aqueles que me poderiam fazer mal. Não se esqueçam que tenho caminhado nas ruas do Egipto, da Jordânia e nas áreas palestinas do West Bank, e também lutei contra o terrorismo para o governo dos Estados Unidos e realizei 146 missões antiterroristas após o 11 de Setembro. Segundo o Alcorão, o que estes terroristas fazem está justificado. Se quer saber como se defender dos terroristas, precisa de um instrutor conhecedor dessa área e não da informação de um instrutor de Karaté ou Kung Fu, que aprendeu a matéria em algum livro, precisa de alguém que de facto tenha estado "no terreno". Os únicos instrutores de defesa pessoal que ensinam civis a se protegerem dos terroristas são: eu próprio (Protecção Pessoal Baseada na realidade); Avi Nardia, sistema KAPAP (DVD disponível em Budo International); Dennis Hanover, sistema Hisardut; Kelly McCann, sistema O Crisol (The Crucible) e Mike Lee Kanarek, sistema F.I.G.H.T. (LUTA).

Tácticas As tácticas são os métodos e as técnicas que o inimigo emprega contra nós. A única coisa da qual estamos certos é que as técnicas que os criminosos e terroristas treinarem, serão as mesmas que empregarão contra nós. Por exemplo, muitos criminosos que cumprem uma dura pena, têm um modo muito simples de atacar as suas vítimas com arma branca. Imagine que um deles o atacaria. Seria da seguinte maneira: Aproxima-se de si de modo não ameaçante, então, sem qualquer sinal, lança um soco à sua cara. Quando você move o braço para interceptar o golpe, com a outra mão espeta a navalha no ventre, unas poucas de vezes seguidas. Apunhalará na parte baixa, não esteja o leitor a utilizar um colete antibalas (nas prisões eles fabricam as suas próprias armaduras corporais, porque temem serem apunhalados pelos outros prisioneiros). Como é natural, quando saem da prisão, não precisam de mudar de táctica quando apunhalam um agente da polícia que veste um colete antibalas. Quantas escolas de Artes Marciais preparam os alunos para estes ataques? Praticamente nenhuma, que eu saiba. Raramente os prisioneiros que voltam para a sociedade, se limitam a cortar com arma branca. Vão directos a matar imediata e eficazmente – aos órgãos vitais, não aos grupos musculares grandes. Tenho


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conhecimento disto porque trabalhei numa prisão durante dois anos e tenho treinado guardas de prisões em vários países. Ao longo dos anos, um dos problemas que tenho observado nos artistas marciais tradicionais, é que treinam de uma maneira, mas depois fazem uma coisa completamente diferente na hora das tácticas. Por exemplo, quando, ainda jovem, treinava Karaté japonês, o meu instrutor fazia-nos realizar as técnicas a partir de uma posição de luta muito rígida e exacta. No entanto, quando começávamos a fazer sparring, todas as posições que tínhamos aprendido eram jogadas pela janela. Era difícil permanecer rígido e móvel ao mesmo tempo. Talvez se tivesse usado uma armadura samurai no momento de fazer as posturas, teria sido mais prático. Ao fim e ao cabo, essas posições de luta datam da mesma época, do século XVIII e anteriormente. A filosofia da Protecção Pessoal Baseada na Realidade, é que o treino e o conflito devem ser idênticos – com excepção das lesões no treino. Apesar de tudo, no treino empregamos tinta vermelha para nos habituarmos à visão e ao sentimento do sangue, como já disse no meu último artigo para a Budo.

Actuação Saber como treinam os nossos inimigos ou quais as tácticas que podem aprender, não é suficiente. Devemos "meter-nos na sua pele", como diz o antigo provérbio. No sistema de Protecção Pessoal Reality-Based incluímos o Ensaio do Conflito (ensaiamos possíveis situações modernas de defesa pessoal). Por exemplo, quando ensino pessoas a se defenderem contra os gatunos, não faço com que dois alunos se situem frente a frente, um deles segurando uma arma de borracha fácil de tirar. Vou mais além, em vez disto, faço com que um aluno (a vítima) finja estar numa caixa Multibanco tirando dinheiro, então "o mau" (outro aluno ou um dos meus instrutores ajudantes) aproxima-se da vítima com uma pistola de ar comprimido (que dispara pequenos perdigões de plástico de 6 mm) para o treino na longa distância, ou uma pistola de borracha para distâncias curtas. Para fazer a situação mais real, o gatuno usa uma máscara, um casaco para ocultar a arma, ou pinto a cara dele com pó branco e maquilhagem preta por baixo dos olhos, para aparentar um ladrão toxicodependente, desesperado por conseguir dinheiro para comprar estupefacientes. O leitor e os seus companheiros de treino podem aprender a "agir" como os inimigos, lendo ou escutando as notícias. Se uma agência de notícias informa de um ataque, podem imitar esse ataque no vosso próprio treino. Assim é como consigo uma grande parte do meu material de treino. Naturalmente, algumas coisas não mudam nunca, como a típica rixa de bar; não faz falta muita imaginação para criar uma. Chegará um momento em que os dias da sala de treino estéril, usando todos uniformes passados a ferro, com espelhos e diplomas nas paredes, passarão a formar parte do passado no que se refere a escolas realistas de defesa pessoal.

Preparação Reality Based é ter em forma a mente e o corpo, para um encontro com o inimigo. No meu treino incluo a corrida de curta distância, porque correr sempre é uma opção para a defesa pessoal. Em vez

"Saber como treinam os nossos inimigos ou quais a tácticas que podem aprender, não é suficiente. Devemos ‘meter-nos na sua pele’, como diz o antigo provérbio"


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Jim Wagner


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Jim Wagner

"Se o inimigo é o terrorista extremista islâmico, a primeira coisa que temos que fazer é ler o Alcorão, o seu livro sagrado. Isso ajudará a entrar ‘na sua maneira de pensar’. A partir daí, depressa perceberemos que a ‘Guerra contra o Terrorismo’ não vai desaparecer nunca e que o mundo ocidental se encontra na rota de colisão com o mundo islâmico, por muito que os países ocidentais procurem a ‘paz’"


Defesa Pessoal de dizer "fugir", eu prefiro dizer "retirada táctica". Em outros casos ponho-me em forma para me lançar ao chão o mais rapidamente possível, porque muitos dos meus inimigos podem disparar ou lançar uma granada de mão. Em tais ataques, o melhor lugar para ir é o chão, pelo menos isso é o que me ensinaram no exército americano, quando me treinaram para o combate. Se uma técnica não tem muitas possibilidades de emprego ou de ter sucesso num conflito físico real, não perco tempo a prepará-la. Por exemplo, nunca me lembraria de pontapear um inimigo acima da zona pélvica. O pontapé seria lançado aos joelhos, às virilhas ou às ancas, mas nunca ao peito ou à cabeça desde a posição em pé. Os

pontapés altos talvez funcionem no dojo ou no ring, mas não num passeio escorregadio devido à chuva em Roma, ou nas ruas empedradas da antiga Jerusalém, nem sequer no chão coberto de sangue da cela de uma prisão em algum lugar da Bélgica. O meu objectivo é que a minha preparação para o conflito encaixe com as situações reais que posso encontrar, ou com a minha "realidade", e não me interessa a preparação física baseada na fantasia ou em métodos antiquados.

Manutenção A vida muda e com ela os métodos e tácticas de treino dos meus inimigos. Um dia, quando os criminosos e os terroristas que eu possa encontrar utilizarem armas laser e máquinas que com a emissão de ondas de som ataquem

a nossa saúde, mudarei algumas das minhas técnicas para me adaptar a essas mudanças e às novas tecnologias. Nunca me ajustarei a uma única série de métodos ou técnicas de treino que me façam "ficar bem" como instrutor. Devo mudar tão rapidamente como mudarem os meus inimigos, ou melhor ainda, tentar manter-me à sua altura. Isso só sucede se nos actualizarmos. Temos que ler os jornais e escutar as notícias da zona onde moramos, para compreender o tipo de ataques que realizam os nossos inimigos. Temos que falar com agentes da polícia, juízes, advogados e todo aquele que possa saber o que fazem os criminais de hoje em dia. Também se pode conseguir bastante informação das fitas de Hollywood, mas tenham em consideração que parte disso é sensacionalismo.

O Sistema de Protecção Pessoal Reality-Based não é só "outro sistema de defesa pessoal". É uma REVOLUÇÃO e está a mudar o modo como gente de todo o mundo aprende a defender-se. Desde o ano 2000, a revista Cinturão Negro tem estado a informar sobre o movimento Reality-Based. Saber quem são os inimigos, é só um dos elementos deste amplo sistema. Seja um objectivo difícil. Jim Wagner é instrutor de Tácticas Defensivas para agentes da polícia e pessoal militar. Também dá cursos e seminários Reality-Based para civis. Para mais informação, visite a página web www.jimwagnertraining.com







ENTREVISTA A SIFU CHAM KIM MAN (WONG SHUN LEUNG LINEAGE) Na segunda das nossas entrevistas para a revista CnturĂŁo Ngero - Budo International, devo reconhecer que me sinto muito feliz de poder apresentar-lhes um dos mais grandes mestres que conheci pessoalmente durante a minha Ăşltima viagem a Hong Kong: Sifu Cham Kim Man.


P

essoalmente, penso que um mestre de Artes Marciais deve ser fundamentalmente uma pessoa entregue à prática do sistema ao qual dedica a sua vida, mas acima de tudo, deve ser um homem com princípios. A boa educação, a humildade e estar sempre disposto a ajudar seus estudantes, são as melhores cartas de apresentação de um MESTRE DE ARTES MARCIAIS. Sifu Cham Kim Man tem tudo isto. Por isso, depois de conhece-lo

pessoalmente e compartilhar com ele e com seus alunos esta ocasião, me declaro grande admirador seu e sempre que viajar HongKong, irei visitá-lo para apresentar-lhe todo o meu RESPEITO. Visitamos a sua escola em Hong Kong Island, acompanhado por um grupo de alunos que assistiam à sua sessão de treino desse dia. Gary Wong (a quem daqui agradeço a sua cortesia e amabilidade) nos recebe e nos apresenta em HongKong, a


este GRANDE do VingTsun. A primeira coisa que me chamou a atenção, é o grande carinho que professam a Sifu Cham Kim Man. Se percebe nos pequenos pormenores. Pessoalmente, eu sempre observo os alunos de uma escola: os alunos de Sifu Cham Kim Man são educados, mostram respeito, estão educados nas Artes Marciais e acima de tudo, são LUTADORES… Sifu Cham é um grande mestre de VingTsun por todos estes pormenores, mas acima de tudo porque conhece o VingTsun do princípio a fim. Fazem-se notar os anos de quem percorreu um caminho numa ARTE CENTENÁRIA e que sabe da grande responsabilidade de representar uma linhagem de um estilo como este. Após a entrevista, realizamos um intercâmbio técnico, que finalizou onde acabam os “irmãos do Kungfu”, compartilhando mesa, jantar, conversa e experiências com pessoas que nunca anteriormente se tinham visto, conhecido, encontrado... A visita à escola do Grão Mestre Chan Kim Man foi exemplo de que esta ARTE Centenário une pessoas de todo o mundo em volta a uma paixão: o Ving Tsun Kuen Sifu Cham Kim Man foi aluno directo e assistente do falecido Grão Mestre Wong Shun Leung. Actualmente, ensina em Hong Kong e na China. Se visitarem Hong Kong e gostam do Ving Tsun, não deixem passas a ocasião de treinar na sua escola. Podem contactar com ele n seguinte endereço: "Yuen Yuen Social Services Centre, 2/F., Western District Community Centre, 36A Western Street Mid-Level West Hong Kong". 香港西環西半山 西邊街36號A 西區社區中心 二樓的 “圓玄軒“ Para contactar com a escola, é favor escrever para este correio electrónico: scientificvingtsun@gmail.com


Entrevista Budo International: Sifu Cham Kim Man, em primeiro lugar agradecer-lhes por nos receber na sua escola. É um prazer e um orgulho poder conhece-lo em pessoa e escutar suas reflexões acerca do estilo Ving Tsun Kuen. Sifu Cham Kim Man: Eu é que agradeço! B.I.: Quando começou a praticar? CKM: Foi em 1974. Eu tinha 10 anos. B.I.: Por que motivo o VingTsun? O que o levou a

escolher este estilo? CKM: Realmente, foi simples. Para mim, é o sistema de defesa pessoal mais directo e eficiente que existe. Além disto, devido à minha constituição física, o Ving Tsun é um estilo perfeito. Se adapta muito bem às minhas características. Foi realmente uma escolha simples. Tudo isto me levou a praticar este sistema. B.I.: Como foi a sua trajectória? Desde quando é professor? CKM: Comecei a praticar em 1974, depois, estive muito tempo como assistente do meu mestre, o G. M Wong Shun



Leung, durante muitos anos, em Hong Kong. Depois de seu falecimento, continuei dando aulas na sua academia, mas depois de 2010, tendo fundado a minha própria escola de Ving Tsun, desde então dou aulas em Hong Kong e na China. B.I.: Se dedica a tempo completo ao ensino do Ving Tsun? CKM: Não, eu tenho outro trabalho. O Ving Tsun é um trabalho a tempo parcial, mas reconheço dedicar-lhe muito tempo. É uma parte muito importante da minha vida, por isso dedico muitas horas ao ensino e ao treino.

B.I.: O senhor foi um discípulo muito importante da linhagem de Wong Shun Leung. Realmente foi alguém muito chegado a ele. Pode contar-nos alguma coisa acerca dele? CKM: Sifu Wong era uma pessoa com uma maneira de ser muito especial. Uma pessoa muito carismática. Em primeiro lugar, devo dizer que Sifu Wong tinha um maneira de ser muito aberta, no que ao Kung diz respeito. Como pessoa era um homem muito generoso. O dinheiro nunca foi importante para ele, absolutamente nunca. Em ocasiões teve alguns problemas financeiros, mas isso nunca o preocupou. Era generoso e aberto com todos os seus estudantes.


A nível do ensino e da prática, é de destacar vários aspectos da sua pessoa: Sifu Wong Shun Leung gostava muito de praticar directamente com todos os seus estudantes. Dirigia a aula mas praticava com todos e cada um. Por isto, o treino a aprendizagem eram muito directos. Permitia sempre que os estudantes lutassem na sua prática de Chi Sao. Nunca os detinha, a não ser que o confronto já fosse muito forte. Se temos de destacar uma coisa importante, devemos dizer que o foco do treino estava fixo numa ideia: ATAQUE! B.I.: Fantástico! Justamente isso

era o que eu queria perguntar… Em que se destacava a prática o Sifu Wong Shun Leung? Pergunto isto porque, como sabemos, há escolas que em que se destacam nos aspectos técnicos, outras na saúde, outras ainda, na estrutura ou nas formas e finalmente, algumas no combate. A sua anterior resposta me esclarece muito o que visava mais a prática da sua escola, mas, por favor, diga-nos a nível técnico, a que aspecto técnico o senhor presta mais atenção? CKM: Realmente, o que eu tento fazer é manter o sistema tal e como eu aprendi do meu mestre. Nesse sentido, eu continuo com esses aspectos. Para mim, o ponto fundamental da prática deve ser a POSIÇÃO. Se a posição não é boa, os braços


La columna del Wing Chun


Sifu Salvador Sรกnchez


La columna del Wing Chun não vão ter a força necessária. Mas se pelo contrário, a posição é boa, podemos permanecer relaxados e quando batemos, não o fazemos com um braço, mas sim com o corpo todo, o que na sua estrutura, produz uma grande quantidade de potência contra o adversário. Claro está que o conceito “Linha Central” está relacionado com a posição e é também muito importante. Para nós é fundamental e a isso prestamos muita atenção. O motivo é simples… A linha central é a distância mais curta entre dois pontos. Utilizamos essa linha para atacar e defender… Depois, nos concentramos em diferentes aspectos, dependendo das pessoas que assistirem a esse treino. Mas nisso, o esquema é bastante clássico… Quando assistem pessoas principiantes, o Siu Nin Tao é o trabalho de base e o que essas pessoas têm de fazer. O Siu Nin Tao nos permite precisamente mantermos essa posição e os elementos que já comentei na pergunta precedente. É claro que se assistirem estudantes mais avançados, vamos alter nativamente fazendo outros elementos, seguindo o ordenamento das formas do estilo. B.I.: Tem escolas ou instrutores na Europa ou em outros países? CKM: Não. Por agora não. Dou aulas aqui em Hong Kong, e alguns cursos na China, se bem é certo que me visitam alguns estudantes e professores da Europa e outros lugares de todo o mundo. B.I.: E há relacionamento com outras escolas de Ving Tsun? CKM: Sim. certamente! Mantenho relação com outras escolas de Wing Chun e com professores de outros países, como Sifu Phillip Bayer e alguns outros.

B.I.: Qual é a sua opinião acerca do Wing Chun de hoje? CKM: Bem…, tudo mudou e muito! Hoje há muitos estudantes de Wing Chun. Muitos vêm a Hong Kong para treinar, devido aos filmes de Yip Man. Há muitos interessados em aprender Wing Chun e isto é bom, mas…, o Ving Tsun é um estilo científico, baseado em princípios e leis físicas… Esperemos que no futuro, o VingTsun possa mostrar-se melhor. B.I.: Qual o motivo de existirem diferenças entre os estilos de Wing Chun? Observamos diferenças nas escolas de VingTsun em Hong Kong, mas se olharmos com mais perspectiva, as diferenças entre Hong Kong e a Europa o os Estados Unidos, é muito grande. A que se deve isto? CKM: Bem…, tudo isto tem a ver com o que aprendem e estudam os estudantes. Por exemplo: se falamos de um conceito como a “linha central”, pode haver diferentes opiniões, mas estaremos de acordo em qual é o caminho mais curto entre dois pontos. No fundo, isto é que importa. Muitas destas diferenças se devem a uma compreensão diferente da mesma ideia que um sifu ensina. Numa mesma aula, o mesmo conceito pode ser interpretado de maneira diferente pelos diferentes alunos. Mas também entre os mestres pode haver diferenças, porque cada sifu aplica de maneira diferente o seu Ving Tsun. Realmente, a principal diferença talvez resida nisto…, em como cada praticante o aplica. Há muitas diferenças… Os estudantes devem prestar muita atenção aos “mottoes” (lemas) e aos pequenos detalhes da técnica. B.I.: Para finalizar… Sabemos que

o seu mestre Sifu Wong Shun Leung, acostumava a utilizar muitos desses “mottoes” quando ensinava. Pode dize-nos alguns dos mais importantes, como conselhos para aqueles que nos seguem na Coluna do Wing Tsun de Cinturão Negro Budo International? CKM: Pois não…, estes são alguns deles: “Manter-se atrás da linha central e usá-la para ATACAR…” “POSIÇÃO!” (gee kim yeung ma). Sifu Wong Shun Leung usava constantemente essa ordem, para insistir na importância da posição e na posição. “Não te preocupes se te baterem. Quando lutares, mesmo quando te estiverem a bater, mantém a tua posição e o teu olhar sério e seguro…” “Faz coisas simples… Mantém a estratégia da simplicidade… Não deixes o teu pensamento complicar tudo!…” “Usa o peso todo, para atacar…” Budo: Ficamos-lhe muito agradecidos, Mestre. Foi realmente uma honra para nós, termos compartilhado estas horas consigo. Tem todo o nosso respeito e admiração Depois de nos conceder esta entrevista, Master Cham Kim Man nos convidou para praticarmos na a escola e depois do intercâmbio técnico, convidou todos os membros da nossas delegação, para jantar em um restaurante perto da sua escola. Compartilhamos mesa com o mestre e com alguns dos seus


Sifu Salvador Sánchez instrutores e alunos. Foi uma noite memorável: todos unidos por uma mesma paixão!!! Nunca vou esquecer a frase com a qual o Mestre Cham Kim Man me

despediu: “Devemos ser como uma Familia…” Aqueles que amam e respeitam este estilo, compreendem bem o que ele quis dizer…

Sifu Salvador Sánchez Para Budo Inter national - “A Coluna do Wing Chun”






REF.: • TAOWS-2


A Zen Nihon Toyama-Ryu Iai-Do Renmei (ZNTIR) o organismo que pretende manter viva esta tradição e as formas originais, mediante um sistema que integra corpo, mente e espírito de uma maneira realista e eficaz. Este DVD foi criado pela insistência de praticantes da Filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR - Spain Branch), para dar a conhecer a todos os interessados um estilo de combate com una espada real, criado no passado Século XX, mas com raízes nas antigas técnicas guerreiras do Japão feudal. Nele encontrarão a estrutura básica da metodologia que se aplica no estilo, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte, as guardas, os kata da escola, o trabalho com parceiro e a iniciação, até a pedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, o Tameshigiri ou exercícios de corte sobre um alvo realista. Esperamos que o conhecimento da existência de um estilo como é o Toyama-Ryu Batto-Jutsu, seja um incentivo para conhecer uma forma tradicional, que por sua vez é muito diferente das actuais disciplinas de combate, o que poderá ser atraente para aqueles que desejam ir más longe nas suas práticas marciais. Para os interessados na espada japonesa e os iniciados, este DVD será de utilidade como apoio para na sua aprendizagem e como consulta.

REF.: • TOYAMA1

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.






Kung Fu


Escola de Kung Fu Martim Sewer "Sucesso garantido - êxito seguro" Querido leitor. Parabéns! Com a leitura deste artigo, o leitor se aproxima mais um passo do seu êxito pessoal. Quem me conhece bem, sabe que sou um admirador do êxito, tanto do meu como do êxito de um aluno ou de um estranho. O êxito é grandioso, seja ele pequeno ou grande. Êxito quer dizer alcançar metas pr opostas e sentir uma grande felicidade. O êxito nos arma com novas energias, para descobrirmos novas possibilidades em nós mesmos e no próximo. Não é necessário ser um Grande Mestre de Kung Fu para saber isto, mas todos gostariam de saber como se pode chegar a ter êxito. Mas vamos por ordem. Comecemos pelo princípio.

F

az já muitos anos, quando o verdadeiro Kung Fu ainda estava florescendo em Hong Kong, especialmente para os mestres que surgiam, havia principalmente um caminho a seguir, para alcançar o êxito: o trabalho duro e nobre. O trabalho duro proporciona capacidades e experiências e pode chegar a ser uma boa reputação e um futuro seguro. Existia também a possibilidade de um caminho académico, que naquele tempo até era a melhor garantia para uma formação excelente e um sucesso futuro. Os critérios para dar entrada em tais instituições académicas ou escolas, exigiam dos candidatos que se esforçassem e entrar em concurso. Quando falo com meus alunos e com outras pessoas acerca do êxito, parece como se isto já não fosse importante. O assunto do trabalho duro parece já estar descartado, estar por fora, "out“… e um caminho académico não parece seguro. Por que motivo pensam assim as pessoas (os jovens


Uma grande árvore genealógica prova que médicos e filósofos que participaram durante séculos no desenvolvimento e na evolução do Hung Gar Kung Fu, tinham razão”

em geral)? É assim? E se assim é, o que foi que mudou? Hoje vivemos numa época em que há mais possibilidades de êxito do que nunca houve e todos os dias sabemos de rendimentos extraordinários que até a mim me levam a duvidar… Penso, por exemplo em Jiao Wang, um profissional dos jogos de computador, que no ano passado ganhou mais de um milhão de dólares nos conhecidos torneios E-Sport, com jogos de computador. Ou Larry Page, co-fundador da Google, que fundou a hoje mundialmente famosa firma, numa garagem, em base a um projecto da sua época de estudante, que ele modificou, apresentou e em um abrir e fechar de olhos, alcançou um valor de mais de um milhão de dólares. Penso também em Tom Bergling, um conhecido DJ sueco alcunhado "Avicii", que improvisando e compondo música electrónica, também acumulou uma fortuna e que actualmente ninguém pode imaginar deixa de lado os Charts. Se observarmos superficialmente esse tipo de gente e seus rendimentos, através de mensagens oficiais, como fazemos a maioria de nós, parece tratar-se de pessoas com sorte, que do nada e com pouco esforço, de repente conseguiram ter sucesso. Por que se confunde dessa maneira as jovens gerações que têm pela frente suas primeiras decisões na vida? Muito simples: parece que o que se aprendia antigamente, não serve para hoje. Quer dizer, uma sólida formação académica não é uma garantia para o êxito e o curioso do caso é que isto é certo, exactamente da mesma maneira que o caminho do "self made man" não é uma segurança. Surpreende que muitos jovens no princípio da sua carreira, não saibam exactamente o que querem? A mim não me surpreende. Mas, como fizeram exactamente estes homens de êxito de hoje? Quando se entra detalhadamente na atitude pessoal frente à vida destas pessoas, podemos ver, por exemplo, como já dito E-Spot do profissional Jiao Wang, que teve de se exercitar muito duramente e todos os dias, para ser tão bom. Como hoje também têm de fazer os desportistas tradicionais que têm êxito, tanto se tiverem ou não, vontade de jogar, continuam a faze-lo todos os dias. Não é raro pessoas nesta posição, também estarem ligados a contratos com patrocinadores, o que traz consigo outras obrigações. Outro exemplo é o fundador da Google, que durante longos meses teve que planejar e programar, para resultar um produto digno de


Kung Fu apresentar. E tudo isso sem falar em toda a história da fundação da sua firma. Aceitaria o leitor ser chefe de uma DJ, com uma produção de centenas de peças musicais e tentar faze-las chegar até o homem da rua, antes da indústria musical saber? Todas estas coisas aparecem quando se tenta aprofundar e seguir a trajectória destes homens com êxito e como o leitor já suspeita, está relacionado com uma coisa: o trabalho duro, tanto seja no caminho académico, ou não. O que tem a ver tudo isto com Kung Fu? Antigamente, para aprender o verdadeiro Kung Fu, um homem do Ocidente, tinha de ultrapassar muitos obstáculos. Obstáculos que apoiados no duro trabalho, podiam até “fazer sombra” a uma carreira bem sucedida. Nos anos 80, quando eu tomei a determinação de aprender do meu Sifu, viajei regularmente a Hong Kong e depois aos Estados Unidos da América, para aprender o que queria aprender. Naturalmente, para isso, eu tinha que treinar de 8 a 10 horas por dia. Alguns alunos se admiram quando vêem os meus velhos passaportes, cheios de selos e mais selos, mais de quarenta estadias na Ásia, para aprender o Hung Gar Kung Fu original. Quando jornalistas ou alunos hoje me perguntam como cheguei a ser o sucessor do estilo do Dr. Chiu Chi Ling e como no meu ramo cheguei tão longe, fico carrancudo e penso em todos os homens famosos que por aí fora têm tido êxito, e naquilo que eles e eu temos em comum no nosso caminho ao êxito: Trabalho duro! …Mas isto, já eu disse anteriormente! Nos nossos dias, para os alunos, para os meus alunos, é muito mais fácil que nunca, aprender o

Kung Fu aqui, no centro da Europa, com a mesma "High Quality" e como eu fiz, seguirem o caminho do êxito assegurado. Viajar se tornou mais barato, há muita mais informação e é praticamente gratuita. Sim, mas no Kung Fu é isto seguro? Escuto os meus alunos dizerem: “Treinar muito duro e trabalharmos connosco”... É compreensível que o digam... Mas talvez conhecem outros artistas, que apesar de fazerem o que gostam, realmente não têm êxito. Qual é então, a garantia de que a aprendizagem numa instituição como a KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER, leve ao êxito? Muito simples. Ter êxito já era desde o início a meta, quando o Hung Gar Kung Fu se desenvolvia faz milhares de anos. Defender-se com êxito (combater), ter êxito na saúde. Ter êxito em desenvolver o próprio feitio e o espírito. Uma grande árvore genealógica prova que médicos e filósofos que participaram durante centenas de anos na evolução do Hung Gar Kung Fu, tinham razão. Muitos "antecessores" da nossa escola chegaram a mais de 100 anos de vida, e isto com uma constituição que hoje, falando em termos médicos, provavelmente se consideraria como "quase um milagre" ou um "caso excepcional". Pois não é nenhum milagre! São homens de "poder", que num sistema com "poder", numa escola com "poder", se instruem e aprendem a trabalhar arduamente. Como certamente já puderam perceber, tratase não só de combate ou de bom estado físico em geral, que um laico, com as palavras "escola de Kung Fu" talvez pudesse compreender. Trata-se aqui de um pacote completo para o corpo e o espírito, para todo aquele que tiver vontade de


Kung Fu

“Quem tiver seguido os meus artigos e a evolução da minha escola no passado, conhece esta minha afirmação: Cada um dos meus alunos é um V.I.P. para mim”


Hung Gar esforçar-se. Por vezes escuto gente a dizer: "são os genes" ou "eu estou feito de outra maneira". Isto pode ser verdade até certo ponto e cada um necessita do seu próprio tempo até aprender e poder aplicá-lo. Mas a direcção na qual vamos com os nossos alunos é a mesma de Jiao Wang, Larry Page ou Tim Bergling: Adiante, até o êxito! Quem tem seguido os meus artigos e a evolução da minha escola no passado, conhece esta afirmação minha: Cada um dos meus alunos é um V.I.P. para mim. Além de outras coisas, isto, na prática é palpável, porque todo aquele que tiver vontade de aprender a chegar às suas metas, com nós, não lhe faltará a nossa ajuda para alcançá-las, independentemente do tempo que necessitar. Para alguns, talvez isto pode parecer uma grande promessa. Vivemos em um tempo em que a tendência é mais aparentar que ser, mas 600 alunos podem testemunhar que como acontecia séculos atrás, isto também funciona hoje. Espero que tenha ficado esclarecido: Trabalho duro e treinar na Kung Fu Schule Martim Sewer. Mas, ainda há mais alguma coisa. Os bíceps ficam logo tensos, mas quando se tem de começar com os conhecimentos? Procurarmos tudo nós mesmos e "instruir-nos a nos mesmos" ao 100%, por desgraça também é uma enorme ilusão. Isto se é coisa que têm em comum os verdadeiros homens de êxito de todo o mundo e também a Kung Fu Schule Martim Sewer: a iniludível relação aluno-mestre. Frequentemente escutamos dizer aos actuais famosos homens de êxito, que aprenderam muito de alguém especial, que alguns chamam "mentor", ou como nós, "mestre". É uma parte importante de uma ensinança de êxito e o caminho para o alcançar. Para o dizer de uma maneira precisa e simples, de alguma maneira temos que saber como é a questão e se alguém a pode explicar, que seja alguém que o já conseguiu, antes que nós. Quer isto dizer que Mestre com êxito + esforço pessoal = garantia de êxito? Espero que sim… Não em vão a ensinança é uma pedra angular para o aluno e seus progressos. Tem de se estar preparado para transmitir o que se aprendeu. Tem de

se estar preparado para participar na formação da próxima geração. Como amador em forma de instrutor, ou como profissão em forma de director de escola. Após ter lido este meu artigo, talvez o leitor pense; "Muito bem, mas já é hora de começar… Quero aprender e ter êxito!" Mas, o que é que tem de fazer um aluno, depois de se inscrever na KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER para a sua formação? O que lhe espera? Depois do aluno ter mostrado boas maneiras e respeito, tem de estar disposto a levar o corpo até seus limites, pensar acerca do que aprende e ter força de vontade para continuar aprendendo e melhorando. Tudo o mais é solucionado pelo ensino do Hung Gar Kung Fu original, da linha de Chiu Chi Ling. Instrutores formados profissionalmente, passaram por diversos exames internacionais e estão formando-se continuadamente. São homens de êxito, o que não é uma surpresa! Aspiram, querido leitor, a cada dia ensinar a todos aqueles que estão famintos de êxito, com a mesma qualidade que eles próprios aprenderam estas ensinanças. Aspiram a ensinar o que ainda hoje continuam aprendendo com o seu Sifu. Para finalizar, vamos um pouco mais além com o que é necessário, tanto para os novos alunos como para os que já contam com experiência. Falo de uma virtude que por desgraça, por vezes fica esquecida, mas que por isso não é menos importante: A PACIÊNCIA. Paciência consigo mesmo! Vamos pôr tudo junto, querido leitor, e aceitemos que os êxitos extraordinários, como os apontados ao princípio, também se baseiam no trabalho duro e só se podem alcançar com duas coisas. Primeiro: trabalho duro e segundo: aprender um sistema que garante que com o trabalho duro se chega ao êxito. Suponho que todos sabemos o que quer dizer trabalhar duro e espero que todos possamos imaginar como é. O nome deste sistema eficaz para alcançar o êxito e onde se pode aprender, já fixou dito. E não esqueçam sorrir, porque no fim parecer-lhes-á divertido ter êxito!

“Depois do aluno ter mostrado boas maneiras e respeito, tem de estar disposto a levar o corpo até os seus limites, pensar acerca do aprendido e ter força de vontade para continuar aprendendo e melhorando”




Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.










Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.

REF.: • IAIDO7

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Cinturón Negro Andrés Mellado, 42 28015 - Madrid Telf.: 91 549 98 37 e-mail: budoshop@budointernational.com www.budointernational.com






Texto: Shidoushi Thiago Moraes. Master. em Engenharia Eléctrica pela Universidade Federal de Uberlândia

"Reflexões sobre as estruturas de forças" O Kaze no Ryu Bugei é ensinado e estudado através da organização de várias artes individuais, que rotineiramente possuem referências cruzadas, seja pelo seu propósito comum na Arte da Guerra (Bujutsu - 武術) – derrotar o inimigo e não ser derrotado -, seja pelas constantes chamadas de mesmas épocas históricas que, através da amplitude da sociologia, ditaram a necessidade de evolução destas mesmas artes individualmente. Esse tipo de Escola de Bugei que centraliza distintas matérias ou artes é conhecido por muitos estudiosos como Sougou Bugei (総合武芸). No caso do Japão antigo, que por séculos foi uma sociedade marcial – e não civil -, o desenvolvimento das Artes de Guerra e suas especializações ocorreu de modo intenso e particular. De todas as formas, em todos os países, sistemas bélicos sempre fizeram parte da estruturação da nação. Como disse J. R. R. Tolkien, um grande escritor britânico: “A guerra é a província dos homens” - pautado em reflexões após suas próprias experiências em campos de batalha na Primeira Guerra Mundial. Não raro surge o questionamento sobre as diferenças entre essas artes. Se por um lado o conjunto de todo o Bujutsu, visto de longe, parece homogéneo e uno – ainda que multifacetado -, por outro lado a análise desde o íntimo de cada arte individual mostra que a distância entre cada uma delas tem dimensões astronómicas. A resposta possui 2 partes: o aspecto histórico e as estruturas de forças. O aspecto histórico se refere às origens de cada arte na linha cronológica. Assim, é natural que a formalização do Aikijujutsu (合気柔術), por exemplo, tenha ocorrido após o desenvolvimento do Kenjutsu (剣術), a arte da esgrima japonesa – já que os raciocínios presentes na manipulação da espada durante esgrima em muito influenciaram o desenvolvimento do Aikijujutsu. De fato, é consenso que pelo menos uma das origens do Aikijujutsu está no Kenjutsu. Quando nos referimos a um pensamento clássico, seja na música, balé, arte marcial, pintura, etc., está implícito o significado que existe de antemão uma forma e uma caracterização propriamente ditos, e que essa mesma forma é repleta de peculiaridades que não podem ser simplesmente confundidas com um movimento ou expressão indistintos. Percebo que as artes clássicas acabaram por tornarem-se um reduto da origem pura: o som puro no caso do música clássica, expressão pura no caso do ballet, tradição e movimentos puros no caso das artes marciais. O instante cronológico mais ligado à cada arte também determina um cenário sociopolítico específico e, se analisarmos pela antropologia humana, relembraremos que a necessidade é a mãe do progresso! Assim, apesar da


Artes Samurai


intersecção entre as várias disciplinas, cada uma delas possui seu auto universo com leis determinadas, limites definidos e caracterizações próprias. Já as estruturas de força determinam os princípios através dos quais a forma física é manipulada e atinge o fim desejado. Actualmente a ciência física nos explica que nos primeiros momentos da formação deste Universo que vivemos flutuações quânticas determinaram o ajuste fino que existe entre as 4 forças físicas fundamentais que conhecemos. Essa mesma flutuação original e ajuste são o que permitem que tudo o que existe no Universo, de fato, exista – a começar pelas 3 dimensões espaciais expandidas nas quais vivemos (e guerreamos!). Até onde se conhece, estas relações entre as forças são extremamente impactantes no desenvolvimento de um Universo que permita a existência de matéria, relativa estabilidade e surgimento de vida. Em analogia grosseira, tal como essas constantes universais (no nosso Universo) determinam as abordagens possíveis de transformação energética, os princípios de cada arte criam um espaço particular com suas próprias leis, com abordagens que permitem criação, manipulação e destruição próprias. Pois vamos a uma entendimento básico das estruturas de força de algumas das artes em taijutsu (体術)– artes corporais em nossa Escola. Jujutsu (柔術)é tido como a arte corporal mais antiga de todas, quando as primeiras formas de agressão e de defesa pessoal ocorreram. Alguns de seus princípios que definem sua estrutura de forças são: a utilização de alavancas, rusticidade (em prol da eficiência), justeza, objectividade nos percursos, o hara (腹) pesado, promovendo o enraizamento da base e actuando como mola propulsora para arrancadas, utilização do chão como arma e uso do peso próprio e do inimigo de forma inteligente, dentre ainda outros. Em Jujutsu muitos mestres ensinam agarrar o quadril do inimigo e tirá-los do seu eixo normal de equilíbrio, buscando a descentralização do eixo de forças do inimigo e fazendo com que a actuação principal fosse dirigida às extremidades (braços e pernas). Com isso, o hara é isolado da sua condição primária de convergência da força e o desgaste muscular é inevitável. Desta forma, seja na frente de batalha, seja no uso das partes do próprio corpo, um comando dividido é um comando morto. Ainda, na óptica do Jujutsu, o chão é tido como um grande equalizador de forças, e no caso do oponente ser arremessado ao solo, a distribuição de forças se altera e os mais experientes


Artes Samurai

“Percebo que as artes clássicas acabaram por tornarem-se um reduto da origem pura: o som puro no caso do música clássica, expressão pura no caso do ballet, tradição e movimentos puros no caso das artes marciais”


buscarão proteger as áreas ímpares do corpo – aquelas que, ao serem comprometidas, podem levar ao óbito ou à uma completa incapacidade de acção. Nisto muito se diferencia uma experiência desportiva (ou de um sistema de combate) que ocorra sob a autoridade de um juiz, dentro de regras que visam manter a integridade dos participantes – algo saudável e importante -, de uma experiência de embate ou de violência real, sem regras ou limites, onde apenas um sobrevive. Algumas “chaves” internas giram nos envolvidos, que passam a actuar mediante parâmetros instintivos que em geral nada têm a ver com o treino prévio e civilizado em um D j ou local de treino. Especialmente mestres mais antigos - de períodos pré II Guerra - e experimentados sabiam que no passado as lutas eram conhecidas como embates de vida e morte. Afirmavam que no caso de uma luta real decisiva, saber dirigir o ki (em sua linguagem) e economizar energia poderia ser o mais importante em um combate demorado e exaustivo. Ainda mais, nos aconselhavam a colocar o ki apenas onde deve ser colocado. Em outras palavras, queriam dizer que na aplicação de um atemi – por exemplo, um soco - a força de todo o corpo deveria caber dentro de sua mão, e exercícios de foco deveriam ser feitos a ponto de sentir a pressão de todo o hara unicamente na mão. Por outro lado, o oponente também poderia conhecer estes factores que diferenciam um combate e não poderíamos jamais subestimar quem estivesse à nossa frente. Quando um inimigo poderoso como no caso de um praticante experiente de kenpo (拳法), com o corpo devidamente fortalecido - ataca buscando uma definição, possui a vontade, a potência e deve possuir a certeza. Aquele que se defende, no entanto, apenas com o vazio se protegerá. A energia simplesmente existe, flui, transforma... antes de buscar ir ao vazio, entender o que vai ao vazio! Afinal, não adianta querer ter olhos quando a mente está cega – ensinavam-nos os mestres mais antigos. Assim, dos princípios de Aikijujutsu, o ki deve ser conduzido e redireccionado para seu lugar de origem - contra o oponente. Na estrutura de forças de Aikijujutsu, então, encontra-se a compreensão da geometria da aplicação de cada força, seja estática como no caso da força peso de um corpo parado, seja dinâmica como no caso de um atacante que vai de encontro ao outro. Em profundidade, isto nos obriga a trabalhar composições de posturas e movimentos que exploram as polaridades energéticas (na óptica oriental) existentes em todo estado, seja


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potencial ou manifesto. Significa não permitirmos que nossa mente seja capturada pelo ataque oposto e conseguirmos trabalhar o cheio e vazio de cada instante. Foram ainda mais longe e determinaram qualidades energéticas baseadas em elementos (fogo, ar, água, ar, terra, madeira e metal), e estabeleceram formas de utilização desses elementos à partir de contracções e relaxamentos do hara, associados a respiração. Nas origens do Aikijujutsu, todo ataque oposto seria feito utilizando katana ou tant – a espada ou a faca japonesa tradicional, presentes no daish . Isto significa que errar por um centímetro é o mesmo que errar por um quilómetro. Aqui, certo e errado são somente resultados mais ou menos ordenados e favoráveis a nós do que outros. Cabe o que dizia José Saramago: “O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender nossa relação com os outros”. A profundidade de Aiki ainda me conduz a observações de impacto. Caminhando ainda em maior profundidade, a estrutura de forças de Aikijujutsu transita pela dimensionalidade na qual todas as formas de energia (seja no seu sentido oriental, seja na definição física ocidental) se expressam. Ou seja, as forças que nos são dirigidas e que à partir de nós se fazem presentes devem existir dentro das 3 dimensões dentro das quais tudo que conhecemos hoje existe – e a natureza das relações entre essas 3 dimensões devem ser bem utilizadas. Trocando em miúdos em um exemplo quotidiano, isto quer dizer que, ao olharmos para um lado de uma rua de mão dupla e nos assegurarmos que podemos atravessar pois nenhum automóvel vem daquele lado, ainda assim não teremos nenhuma informação sobre os possíveis automóveis que vêm do outro lado – ainda que no mesmo percurso! É uma questão dimensional! Por mais simples que pareça, a não observação da completude dimensional pode pôr a vida em risco e levar a acidentes. Da mesma forma, quando somos atacados, temos inúmeras formas de utilizar a disposição de forças presentes nas dimensões. No caso de Aikijujutsu, duas dessas formas são tidas como primárias: a circunferência e a linha recta. Em expansão para 3 dimensões a circunferência torna-se uma esfera, se considerarmos todas as circunferências possíveis a partir do mesmo centro, e a recta passa a percorrer um espaço tridimensional. Em segunda análise, combinamos essas duas formas básicas formando espirais e helicoidais. Em espirais, temos uma circunferência que é cruzada por uma recta. O raio crescente, representa uma expansão energética ou a polaridade yang; decrescente representa uma contracção ou polaridade yin, rumo ao repouso. Em helicoidais, uma recta cruza uma circunferência de raio constante e toca sempre 2 pontos diametralmente opostos. Esses parâmetros permitem que forças maiores que as nossas próprias orbitem sob controle do hara do tori e tornem o uke anatomicamente frágil. Apesar da profundidade que podemos sondar compreendendo a estrutura de


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forças de Aikijujutsu, somente quem experimenta pode apreender a extrema violência e periculosidade que esta arte possui em si. Na verdade, no meio marcial, todos querem ter uma técnica perfeita, que indirectamente, pela amplitude da psicologia, tem a ver com querer ser invencível. Para ser invencível, no entanto, é necessário tornar-se invencível por dentro. Isso significa entender as suas debilidades. É o processo de renshuu (練習). É um elemento essencial da formação do praticante de Bugei desenvolver uma atitude e uma movimentação de guerreiro à partir da experimentação e compreensão, não aquela coisinha mirrada e enrustida. Já parou, por exemplo, para tentar perceber a natureza dos pensamentos? De onde vêm, para onde vão, como realmente nos influenciam e como são influenciados? Como se conectam, como são resgatados? Tal como uma gota em um copo se propaga por todo o líquido naturalmente, nós também assumimos posturas internas quando o ambiente nos toca: é o princípio de uma movimentação reaccionária! Diferentemente do que muitos pensam, ela não ocorre quando iniciamos um movimento corporal, mas sim quando estruturas de percepção internas são ressaltadas e accionadas frente a uma energia que nos chega! Em essência, todos nós temos o veículo para trabalharmos nossa resposta instintiva: a consciência! Neste quesito, todos somos dotados da mesma capacidade de orientação. Certamente o caminho para chegarmos nas camadas mais profundas de nós mesmos é melhor cumprida com a orientação de alguém que já passou por ali, ainda que na sua própria história pessoal e através da sua própria experiência. E como é possível aprender e ensinar tais mecanismos se eles fazem parte da realidade interna de cada indivíduo? Todas as artes, por mais abstractas que sejam, possuem uma origem em uma época ao longo da história. Aí está a diferença: raiz! De pouco adianta um músico tentar tocar música barroca sem ir até a época, seja pelos reflexos sociais, seja pela essência das obras, seja pela literatura ou por qualquer outro legado. Como posso querer seguir a linha de pintura de mestres como Caravaggio ou Manet antes de buscar entender o que está além das cores e dos traços?! Assim, os olhos, os ouvidos e os outros sentidos se voltam ao invisível, ao oculto, ao fino medo do desconhecido, à linguagem dos símbolos, ao sagrado e às correntes atávicas que compõem a transmissão das linhagens. Seja intuitivamente, como nas artes, seja aos olhos da ciência moderna, com a astronomia, a mecânica quântica e o desenvolvimento das teorias unificadoras, é importante lembrar que estamos ainda experimentando um Universo que aos poucos está sendo revelado. Tudo isto nos leva a retornar ao princípio e entendermos que compreendemos o bujutsu maior vencendo a si próprio, trabalhando pela vitória da vontade e da consciência sobre o ego e o vício. Por Shidoushi Thiago Moraes, Ms.S. em Engenharia Eléctrica pela Universidade Federal de Uberlândia.


Artes Samurai “Em essência, todos nós temos o veículo para trabalharmos nossa resposta instintiva: a consciência! Neste aspecto, todos somos dotados da mesma capacidade de orientação”







O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

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A essência do punho de Shaolin Quando falamos do Templo Shaolin e do seu Kung fu, não podemos deixar de falar da vida no mosteiro, mesmo que realmente não seja necessário ser monge para praticar o Kung fu Shaolin ou ser Budista, mas o que sim é necessário, é conhecer os princípios fundamentais que dirigem o comportamento dos monges, seus votos, ética e vida no Mosteiro. A base do verdadeiro Shaolin Gongfa (少林功夫- método de treino do Wugong) não está na fortaleza dos punhos ou nas marcas dos passos, nem muito menos nos movimentos que chamam a nossa atenção. Essa base está na sua raiz, que é o próprio Chan (Zen). Isto supõe eliminar a competitividade, deixar atrás as tentações de causar o mal, etc. Para praticar os altos níveis do Gong fu, se deve descartar os pensamentos impuros, para poder conseguir movimentos fluidos como o torrente de um rio. Por isso, a longo da história, os monges guerreiros chegaram ao sumo do Wugong a través da prática do Chan (Zen). Antigos documentos escritos da época Beiwei (北 魏 ), guardados no Templo Shaolin, após o estabelecimento da linhagem do Chan (Zen) de Damo (Bodhidama), dizem que os monges passavam longas horas sentados, devido à prática da meditação. A fim de aliviar o cansaço, eles criaram 18 movimentos, a partir da observação dos animais. Diz-se que estes movimentos deram lugar a “Luo han shi ba shou” (罗汉十八手 – dezoito mãos de luo han) e serviram como base para desenvolver wu qin xi (五禽戏), ba duan jin (八段), yi jin jing (易筋经) e outras formas. Voltando à história, inicialmente o Shaolin Quanfa visava principalmente o combate e só no fim da Dinastia Ming se começaram a desenvolver os “taolu” como formas com movimentos fixos. No livro “Quanjing” (《拳经》), herdado do monge Xuanji (玄机), Mestre de Quanfa (técnicas de punho), se conserva a forma mais antiga do Shaolin Quanfa. Nos começos da dinastia Qing, os monges já não lutavam nas guerras e foi então quando as técnicas de punho tiveram uma mudança a grande escala, para adoptar a forma de Taolu, dando lugar à estrutura do Shaolin Gongfu, onde se destaca a grande variedade de Taolu ou formas, tal qual hoje as conhecemos. Obviamente, na sua grande maioria têm ido mudando e evoluindo até os nossos dias.


“A principal característica do Shaolin Quanfa é sua fortaleza, sua versatilidade (mudanças) e mover-se em linha recta”


A principal característica do Shaolin Quanfa é a sua fortaleza, a sua versatilidade (mudanças) e que se movimenta numa linha recta na prática do taolu. No que respeita às técnicas de mãos e braços, tem a característica do “arqueado, mas não curvo; recto, mas flexionado.” (曲而不曲 直而不). Também se diz “quan da wo niu zhi di” (拳打卧牛之地), “se pode praticar no espaço onde dorme um boi, quer dizer, não ser necessário praticar em lugares de grande espaço, pelo que os movimentos não são restringidos pelo lugar de treino. Na ampla variedade do Shaolin Gongfu, se destaca o Shaolin Quanfa, pelo elevado número de taolu que possui: estão registadas até 178 formas, junto com 36 waigong (外功) e 36 neigong (内功), cujo conjunto recebe o nome de qi shi er yi (七十二艺 - 72 artes).

O MÉTODO DE TREINO / FORMAÇÃO (XIUXING – 修行) DAS ARTES MARCIAIS DE SHAOLIN Os jie lü (戒律 )– disciplina, mandamentos e proibições de Shaolin Os monges de Shaolin praticam o chan para “abraçar a bondade e ajudar a salvar-se dos seres do mal” (慈悲为怀,普度众生). Na sua prática se estabelecem uns jielü para a vida do dia-a-dia: proibido matar, proibido roubar, proibido mentir, proibida a luxúria, proibido o consumo de substâncias tóxicas. Além destes Jie Lu, os monges devem de fazer os três refúgios, que são: Refúgio em Buda, no Dharma e a Shanga. No templo Shaolin, os praticantes do Gongfu, além de respeitar os jielü, também devem estudar e levas à prática as virtudes do Gong fu, chamadas (wu de 武德). Os jielü não só estabelecem a natureza do Shaolin Gongfu, como também influem no estilo destas artes marciais, de maneira que nos movimentos se pode apreciar controlo e moderação, sendo a defesa o principal objectivo e o ataque secundário. São movimentos reservados, não muito amplos, cuja característica é a habilidade e o vigor, posto que o importante é o neijing (内劲 – a fortaleza interior).


Shaolin

“Quando falamos do Templo Shaolin e do seu Kung fu, não podemos deixar de falar da vida dentro do mosteiro, ainda que realmente não seja necessário ser monge para praticar o Kung fu Shaolin ou ser Budista, mas sim é necessário conhecer os princípios fundamentais das regras do comportamento dos monges, seus votos, ética e maneira de vida no Mosteiro”


A vida dos monges praticantes de Shaolin A vida quotidiana dos monges do templo Shaolin, segue uma rotina estabelecida pelo Abade Bai Zhang Chan Shi (百丈禅师) da dinastia Tang (唐). No Bai Zhang Qing Gui (百丈清规 – As normas de Baizhang) se tratam os seguintes assunto: o tratamento social, o estudo e a vida nong chan (农 禅 – desenvolvimento e manutenção económica, baseado na agricultura). Os monges têm duas aulas por dia, uma de manhã e a outra na parte da tarde/noite. A aula matinal consta de duas tarefas: a primeira é recitar o Sutra Len Yan Zhou (楞严咒), cuja finalidade é eliminar os desastres naturais; a segunda é recitar Da Bei Zhou (大悲咒 ) e Xiao Shi Zhou (小十咒). O canto marca o começo e o final das duas tarefas. Por outro lado, na aula nocturna se realizam três tarefas: primeiro recitar Amituofo (阿弥陀佛) e os nomes dos budas, posteriormente render culto aos 88 budas e recitar Da Chan Hui Wen (大 忏 悔 文 ) e, finalmente, recitar Meng Shan Shi Shi Yi (蒙山施食仪). Além destas aulas, à tarde os monges devem participar nas actividades agrícolas, vigiar as salas sagradas, Dian Tang (殿堂), receber os visitantes e realizar as tarefas para manter do templo. Também, nos dias Wang Hui (望晦), que são os dias 15 e 30 de cada mês do calendário chinês, todos os monges do templo se juntam para recitar Jie Ben (戒本) e meditar em se se respeitaram as

disciplinas. Às quatro horas da manhã, os monges se levantam quando escutam o som do ban (板 – tabuleiro de madeira) e se dirigem à sala (dian 殿) onde se realiza a aula matinal, tomam o pequenoalmoço, após uma hora de descanso. À tarde, já quase noite, dedicam uma ou duas horas a rezar ou à prática do Chan e o resto do tempo é tempo livre. Os monges praticantes do Gongfu distribui e organizam as horas de treino de acordo com as suas próprias condições e necessidades.

O método de treino do Gongfu - A constância A chave ou segredo para alcançar o cimo no Gongfu, é a constância. Entre os monges praticantes do Gongfu de Shaolin, existe uma frase que diz o seguinte: “Três anos para um pontapé, dois anos para um punho”. Quer dizer: se queres praticar bem o Gongfu, deves ter em consideração que só a base requer de três a cinco anos de treino.

Treinar o corpo “amargamente” O Shaolin Shen Gong (少林神功 - as maravilhas do Shaolin gongfu) se baseiam na “amargura” (苦). Os wu seng (monges guerreiros) estabelecem as seguintes exigências em suas posições: “firmes como o pinheiro, sentados como o sino, deitados como o arco” (站如松、 坐如钟、卧如弓). Isto quer dizer, para

andar tem de se estar erguidos, sentados tem de se estar direitos e deitados tem de se estar arqueados.

Concentração no treino Falando do treino dos wu seng, não podemos esquecer a Zhuan (专 concentração). O seu treino se realiza à noite, no bosque, pois pensam que só um ambiente plácido e sossegado, permite a concentração para a prática do Gongfu. No frondoso bosque perto do templo Shaolin, se encontra um lugar secreto destinado ao treino. É o espaço perfeito para a prática dos wu seng (monges guerreiros). Co mo po demo s v er, nes te art ig o trat o de t rans mitir da maneira mais clara possível, a vida dos monges no templo e as suas tarefas diárias. Realmente, transmitilas escritas em papel, não é fácil, posto haver muitas mais tarefas, mas estas seriam as principais e as que de alguma maneira definem a vida em Shaolin, basicamente recitar sutras, mantras, fazer as tarefas do dia-a-dia do Templo, trabalhar a terra e no tempo livre, treinar Gong fu (Kung fu). Shifu Bruno Tombolato


Shaolin


REF.: • KMRED 1

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Este nuevo trabajo sobre Fu-Shih Kenpo del Soke Raul Gutierrez está centrado en las formas tradicionales del estilo, sus aplicaciones y la defensa personal. Estudiaremos especialmente la Forma “El Tigre se defiende”, con sus correspondientes aplicaciones técnicas, la forma “Dientes de Tigre”, y trabajo libre con armas. A continuación el Maestro explica detalladamente una extensa serie de técnicas avanzadas de defensa personal, indicando el porqué se realizan d e t e r m i n a d o s movimientos, las advertencias a tener en consideración, los posibles ángulos, y las variantes que se pueden aplicar en cada grupo tecnico. El DVD se completa con una serie de técnicas de combate para competición y el trabajo de acondicionamiento fisico, donde el Maestro Gutierrez explica cómo preparar nuestras armas, brazos y piernas, para la defensa personal y el combate. Sin duda una forma de trabajo cuya riqueza se basa en el intercambio y coordinación con otros estilos, y el aprender a respetar nuestras diferentes fuentes de trabajo.

REF.: • FUSHIH-2

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Este DVD se centra en las armas de filo, en conocer y entender todos los peligros asociados a ellas, y su tema principal es el establecimiento de la prioridad. El énfasis principal en el entrenamiento con un arma de filo es conocer y entender todos los peligros asociados a este tipo de armas. El grave peligro de estas armas es real, y debe tratarse como tal. Esto significa saber donde debes establecer tu prioridad de entrenamiento para ser una herramienta de supervivencia, en caso de que tal situación se presente. Afrontémoslo, tú eres quien tiene que sobrevivir, y no tu entrenador que te ayuda a entrenar tus metas, pero no tu objetivo. Las prioridades de entrenamiento que uso en Latosa Escrima son las siguientes: realidad, técnica y ejercicios. Realidad: es la comprensión de lo que podría suceder exactamente y los peligros al usar o enfrentarse a un arma de filo. Técnicas: movimientos que tratan de darte una generalización de posibilidades y probabilidades de lo que puede suceder. Ejercicios: la mayoría de ellos se utilizan para desarrollar y mejorar las habilidades de movimiento utilizadas en la aplicación técnica.

REF.: • DVD/LAT-3

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