Cinturao Negro Revista Portugues 314 Junho parte 2 2016

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Apresentamos o segundo trabalho do grupo KMRED. Este vídeo, denominado “Conceito y Pedagogia” tem como objectivo levar-nos a descobrir uma parte do conceito Krav Maga Pesquisa, Evolução e Desenvolvimento, assim como a pedagogia que se desenvolve no seio do nosso grupo. Os diferentes exercícios que aqui descobriremos, não têm como objectivo de “nos encherem os olhos”, nem o de mostrar as nossas aptidões combativas, porque a nossa prioridade é aqui explicar como preparamos os nossos alunos para se tor narem “guerreiros” capazes de “se adaptarem” às diferentes evoluções de um combate na rua.

REF.: • DVD/KMRED-2

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“Até o inesperado acaba em costume, quando se aprendeu a suportar” Julio Cortazar

capacidade para aguentar do ser humano, é paradigmática. Sem dúvida é isso, junto com nossa adaptabilidade, o que nos tornou a espécie triunfante do planeta. Somos plásticos, elásticos, capazes de adquirir qualquer forma, de integrar-nos em qualquer situação e nos “com-formarmos” com ela. O meu amigo Xico, excepcional terapeuta, génio de tantas cosias, me disse faz alguns anos, falando da alimentação: “Alfredo, não te preocupes tanto com a comida, não tarda vamos comer merda pura e seremos até capazes de a metabolizar”, ao que, como é seu hábito, juntou uma anedota, essa anedota do um presidente Sulamericano ao qual um dia um seu ministro disse: - “Senhor, tenho duas notícias, uma boa e uma má Qual quer escutar primeiro?” “A boa” - respondeu. “Estamos com merda até o pescoço” – disse o ministro. - “Caramba! - E qual é a má? Ao que o homem exclamou: -“Não! Essa era a boa!... A má é que não vai haver merda para todos!” Acostumados como estamos a resistir, frequentemente nos esquecemos de que esse não é o propósito, nem o estado natural de transitar pela vida. À pressão do meio, juntamos nós a pressão interna, provavelmente muito maior, posto que condiciona a maneira como reagimos àquilo que nos chega. Temos de voltar a aprender a nos arejarmos a nós mesmos, porque senão, esgotamos as nossas reservas e isso, longe de ser essa uma atitude saudável, impedirá cumprirmos tudo o que viemos a cumprir. Estando sempre no limite, um pingo só desestabilizará o líquido do copo e fá-lo desbordar. Especialmente nas fases críticas das nossas vidas, quando é preciso ir buscar onde não há, este princípio se faz patente em frente de nós. Esvaziar-nos, é então mais importante que preencher, largar lastres mais importante que deitar âncoras, deitar fora o ar é mais importante que metê-lo. Não devemos temer essa situação, porque esse abandono ao que nos devemos de entregar, far-nos-á mais fortes, mas acima de tudo, permitir-nos-á flutuar no nosso naufrágio. Um meu amigo, estudioso de muitas coisas, chama isto situar-se do risco “p’ra lá”, quer dizer, situar-se do risco para fora ou para dentro. Se o limite, o risco, representava a falta de sintomas, ele mantinha que a saúde, entendida esta como algo assertivo, devia de estar mais além desse limite. A saúde, o bem-estar, o natural, era estar para além da ausência de sintomas negativas, antes sim era um estado assertivo e positivo, do qual poderíamos assumir com garantias, o excepcional, o que tarde ou cedo chegará a bater-nos à porta. Sun Tsu dizia isto desta maneira: “Quem usar as forças ordinárias para lutar e as extraordinárias para vencer, será vitorioso. Quem pelo contrário, usar sempre as forças extraordinárias, esgotarse-á nas suas campanhas e chegado o momento,

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“Dizer que uma coisa é natural, quer dizer que se pode aplicar a todas as coisas” Sócrates

carecerá de recursos para dar o golpe definitivo no seu adversário”. O facto de aguentar, a nossa resistência, capacidade adaptativa, inteligência e habilidades para impormos o nosso critério e resistir-nos à mudança, podem eventualmente situar-nos à beira do abismo. Quanto mais forte, quanto mais inteligente se seja, pior neste caso. A resistência não é aguentar. A autêntica renovação não é seleccionar o que “queremos”, mas sim o que convém à nova etapa do nosso espírito. Quando as crises apertam, nos vão deixando nus aos poucos. Ligeiros de bagagem, não só externamente mas principalmente internamente, enfrentaremos melhor o trânsito. Não há motivo de preocupação…, aquilo que vale a pena, vai continuar aí quando tudo passar. As coisas e as pessoas também possuem esse costume, essa habilidade de teimar na sua própria tentativa. As crises nos obrigam a reconsiderar o essencial e ao faze-lo, devemos situar-nos todos do risco “p`ra lá”, para termos margem para viver… e não só de sobreviver. Aguentar não é suficiente, é preciso aprender a gozar de novo; árdua tarefa no centro de uma crise, mas indispensável. Só com o pau anda o burro... Sim, mas acaba ferido e dolorido. Usar a cenoura, meterá “óleo” nos rolamentos do nosso sistema vital, dará espaço para o bom chegar e acima de tudo, para que quando isso acontecer, podermos apreciá-lo. É o gozo e não a ausência de dor o que proporciona espaço para resistir às pancadas que a vida nos dará no futuro, uma margem para viver com paz, pois esta não é o oposto à guerra posto que será o amor senão a sua simples ausência. Quando os pais da Constituição dos Estados Unidos incluíram em seu ideário a busca da felicidade como direito do homem; abriram uma porta ao inferno e outra ao céu. Entretanto, dar-nos “quartel” a nós mesmos, a ocasião de aguardarmos nos quartéis de Inverno para esperar a nevada passar, gozar das coisas simples, voltar ao essencial, é o autêntico jejum que nos permitirá curar feridas, para depois voltarmos ao combate quotidiano, com muita maior força, sapiência e compaixão. Todos, sem excepção, temos que reaprender a nos querermos; dóceis como uma criança, curiosos e simples, os ventos da vida não encontrarão resistência na nossa simplicidade. A trovoada passará e continuaremos em pé…, ou pelo menos de gatas... Voltar ao princípio, a essa criança que todos levamos dentro, cura muitas feridas. Tomar a sua força, sentir seu candor, aquece o coração mais ferido e deixa a bênção da sua força, alegria e confiança cega em que tudo passará, porque o guarda da confiança na vida, é a criança que levamos dentro.


“Quando as crises apertam, nos deixam nus pouco a pouco. Ligeiros de bagagem, não só externamente, mas acima de tudo internamente, enfrentaremos melhor o trânsito”





STEVEN SEAGAL Biografia do homem que mudou a história do Aikido Tendo na frente apenas Schwarzenegger e Stallone, Steven Seagal foi, em dado momento, o actor de cinema de acção melhor pago. Seus filmes estiveram entre nos primeiros lugares dos “rankings” anuais de bilheteira nos Estados Unidos. Actualmente, o actor conta 64 anos, mede 1,92 metros e pesa mais de 100 quilos. Tem um Sétimo Dan em Aikido e é também Cinturão Negro de Karate, Kendo, Judo e Kung fu. Texto e fotos: Mónica Gail Rodríguez & Pedro Conde



Cinema Marcial

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teven Frederic Seagal nasceu em Lansing, Míchigan, a 10 de Abril de 1952. O seu primeiro contacto com as Artes Marciais não foi muito agradável, posto que, contando 7 anos de idade, numa briga, foi nocauteado por um karateka. Na sua juventude, a família de Seagal se mudou para ir morar em Fullerton, Califórnia, donde ele teve ocasião de começar a praticar o Karate-Do, estilo Shotokan, sob a tutela de Sensei Sakamoto, que depois o apresentou ao mestre Fumio Demura, do estilo Shito Ryu. Posteriormente, conheceu o Mestre de Aikido, Harry Kiyoshi Ishisaka, fundador da sede do estilo Aikikai, no condado de Orange County, na Califórnia. Assim começou Seagal a sua formação nesta arte marcial. Contava 17 anos, quando os Seagal se mudaram para Tóquio, porque o pai trabalhava nas forças militares norteamericanas. Ali conheceu o Mestre de Aikido, Hiroshi Isoyama, que o levou ao Dojo do Fundador do Aikido, o Mestre Morihei Ueshiba, na región de Iwama. Ficou tão tocado das suas ensinanças que logo soube que aquilo era ao que queria dedicar a sua vida. Não era fácil para um ocidental, introduzirse na fechada sociedade japonesa mas se alguma coisa caracteriza Steven Seagal, é a sua tremenda teimosia; por isso, após mil e um impedimentos, conseguiu ser o primeiro não-asiático a abrir uma escola em Tóquio, onde deu aulas de Aikido aos japoneses. A escola, chamada Tenshin Dojo, é agora dirigida por su ex-mulher Miyako Fujitani, também mestre de Aikido, com a qual teve dois filhos: Take Kentaro e Ayako Fujitani. Chegaram a ter cerca de 2.000 alunos, em diferentes Dojos. Seagal treinou ali, a actores como James Mason ou Sean Connery. Durante os 15 anos que esteve no Japão, percorreu o que ele denomina o “Caminho do Guerreiro Implacável”, forjando-se um físico e uma mentalidade de ferro. Em 1984 voltou para Los Ángeles, onde abriu uma escola de Artes Marciais e também exerceu como guarda-costas de actores e políticos. Naquela época se divorciou de Miyako para casar com Adrienne a Russa. Mas este novo casamento não funcionou e um ano depois, Seagal casou com a actriz e modelo Kelly LeBrock, com quem tevo três filhos. Através de esta sua mulher, Seagal travou amizade com Michael Ovitz, um dos representantes



artísticos mais influentes de Hollywood e um grande amante das artes marciais. Este lhe concedeu a ocasião de entrar “pela porta grande” no mundo do cinema, como protagonista, co-livretista e coprodutor do filme “Por cima da lei”, que contava com um orçamento de tipo médio. Quando a Warner Bross iniciou a rodagem, o desinteresse foi unânime, os lugares onde se filmava, quase nem foram visitados pelos profissionais da informação… Se esperava pouco do futuro do filme, devido a que o mercado principal eram os Estados Unidos. Finalmente, chegou a data da estreia. Os críticos e outros interessados, foram à estreia cheios de ideias preconcebidas e dispostos a aguentarem o que supunham que iria ser uma soporífera fita. Assistir à estreia era puro protocolo; até se escutaram comentários de que não aguentariam ver até o final da projecção. No entanto, para surpresa de todos, a fita não era tão má como pensavam...

“Devido a ter sido muito bem recebido pelo público, a sua estreia em 1988, fazia prever que um novo herói acabava de nascer. Seagal foi muito cuidadoso com o seu “baptizado” cinematográfico, participando no argumento de ‘Por cima da lei’ e sendo também seu co-produtor”


Não se sabe se foi devido à grande decepção que se pressagiava, mas a crítica foi bastante boa, em comparação com a qualidade do filme. Alguns críticos se desculparam descrevendo-o como: “um pouco de ar fresco paro um novo tipo de herói americano” que “não é o típico herói musculoso, mas antes um novo Harry o Sujo”. A sua estreia em 1988, devido ao bom acolhimento do público, predizia o novo herói que acabava de nascer. Seagal cuidou muito o seu “baptizado” cinematográfico, participando no argumento de “Por cima da lei” e sendo também co-produtor. O realizador, co-produtor e coescritor da história, não foi outro que Andrew Davis, o mesmo que dirigiu Chuck Norris em Código de Silêncio, considerada por muitos como o seu melhor filme. Não importa se Seagal apareceu no momento adequado ou se acontecia que o público estava farto do típico herói musculoso, mas o certo é que a fita teve êxito em todo lado em que se estreava. Para a produtora foi mais que rentável, o que assegurou o futuro de Steven Seagan como actor. “Por cima da lei” teve êxito em todo o mundo. Em todas as rodas da imprensa, Seagal afirmava: “Não gosto dos


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heróis de plástico, como Rambo ou Comando. Gosta da gente como Nico, pessoas que choram. De certeza que nunca hão-de ver um herói de plástico a chorar, mas o meu personagem é um homem de família que se preocupa pelos outros”. Quando lhe perguntavam acerca da sua primeira experiência no cinema, declarava: “Podia ter feito alguns filmes alguns anos atrás, pois tinha os contactos necessários para isso, como James Mason, mas o não fiz até que não me pareceu que era chegado o momento. Além de tudo o mais, devia ser uma fita que realmente merecesse a pena. Não queria introduzir-me prematuramente neste mundo, queria fazer alguma coisa que realmente fosse atraente, com um bom argumento em concordância com os tempos actuais. Desde pequeno que gosto muito do cinema e para mim, o principal de uma fita é a história. Também não

queria fazer um filme excessivamente simples, onde se matasse gente à base de fantasia e violência. Os garotos, quando saem dos cinemas após verem estas fitas, estão convencidos de que se pode dar um soco em alguém e que não vai sangrar. Eu não queria dar essa imagem, isso é fantasia e mentira, pois se bateres correctamente numa pessoa, esta vai cair ao chão e vai sangrar. Isto é a realidade e esta é a imagem que eu queria dar”. Para oferecer esta imagem, ele mesmo tratou da coreografia e das imagens de acção. Ele pensa que as técnicas do ecrã devem ser rápidas, simples, claras e concisas. O seu segundo filme, “Difícil de matar”, chegou a ser a sexta produção de Artes Marciais, entre as que mais arrecadaram na história do cinema de este género, ultrapassando os 45 milhões de


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Cinema Marcial dólares. Seagal não defraudou a extraordinária confiança que se tinha depositado nele; nem Ovitz, nem a Warner Bros se enganaram ao dando-lhe uma oportunidade. Com “Marcado pela morte” e “Procurando justiça” também se conseguiram grandes êxitos de bilheteira, mas parecia estar condenado a ficar encerrado no estereotipo do polícia duro –americano de origem italiano, inexpressivo e com a maneira de andar de John Wayne. No entanto, a sua quinta fita, “Alerta Máxima”, proporcionou ao actor uma nova vitalidade. O filme, cheio de humor e trepidante acção, deixou satisfeitos os mais exigentes espectadores. Arrecadou 156.400.000 de dólares em todo o mundo e, indiscutivelmente, foi o seu melhor filme. A este seguiria “Em terra perigosa”, filme que descobre sua faceta humanitária e ecológica. Encontramos um Steven Seagal quase omnipotente por seus trabalhos de realizador, produtor e protagonista. Mas isto não é novidade, posto o actor vem realizando trabalho atrás das câmaras, desde a sua primeira fita. Em “Procurando justiça”, por exemplo, foi co-autor das canções da banda sonora. Tendo em vista o êxito de “Alerta Máxima”, a produtora continuou explorando o personagem Casey Ryback e filmou uma


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Cinema Marcial segunda parte. Nesta ocasião, a acção se desenvolve sobre comboios, em vez de ser sobre o mar. Steven Seagal fez a promoção do filme por meio mundo e na sua visita à Espanha, declarou aos meios de comunicação, certas discrepâncias com a produtora: “A minha intenção é fazer outro género de cinema. Me interessaria muito protagonizar filmes de corte dramático, mas isso não depende inteiramente de mim, depende também de os estúdios de cinema estarem dispostos a dar-me outro tipo de papeis”. Também disse estar em contra das cenas e personagens excessivamente violentos: “Nunca darei meu apoio à violência pela violência. Sempre me preocupa que os meus filmes contenham mensagens ou um fundo moral. Nos meus filmes tento introduzir valores como a honradez, a importância da família ou o cuidado do meio ambiente”.

Em baixo: Seagal com Pedro em Madrid, durante a entrevista.

Conde,


Insiste em que queria dar outra imagem e mensagens aos seus seguidores, mas estava condicionado pelo estúdio: “Eu quero transmitir certas mensagens e sem dúvida seria mais fácil faze-lo através de filmes dramáticos ou sociais mas, para bem ou para mal, sou alguém especialmente dotado para interpretar papeis de acção e de momento, só me oferecem fitas dentro deste género. De facto, todos os dias hei-de lutar a braço partido com produtores e escritores de argumentos, para reduzir a violência nas minhas fitas, mas eles são os que têm a última palavra”. Fora dos microfones, perguntei-lhe acerca destas declarações e ele me falou da sua intenção de trabalhar em qualquer outro estúdio, onde tivesse uma certa liberdade para escolher seus personagens e o conteúdo de suas fitas. Em 1996, após um polifacético trajecto, surpreende ver Seagal em “Decisão crítica” em um segundo plano com respeito a Kurt Russell, o protagonista da fita. Para muitos seguidores de Seagal, o filme foi um fraude, pois nos cartazes e na publicidade, aparecia o actor como co-

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Cinema Marcial protagonista, quando realmente tinha um papel secundário, ainda que bastante importante no argumento. Nesse mesmo ano estreia “Glimmer Man” e nesta ocasião era o autêntico protagonista. A novidade não foi que interpretasse um implacável detective, exagente da CIA e quebrando ossos por todo lado... A novidade era o humor, algo que até então brilhara por sua ausência nas suas sóbrias interpretações. Apesar desta mudança, o filme não funcionou na bilheteira. Em 1997, faz outro filme de tipo meio-ambiental: “Em terra perigosa II”, onde interpreta um agente da EPA que luta contra o vertido de restos tóxicos industriais, nas colinas de Kentucky. A fita foi um fracasso em todo

o mundo. Em Hollywood se começava a perder a confiança no aikidoka, como filão de oiro. Uma clara amostra disso foi que no ano seguinte protagonizou “O Patriota”, su primeiro filme não distribuído pela Warner Bross, além de ser o seu primeiro lançamento directo em vídeo, nos Estados Unidos (ainda que tenha sido estreada nos cinemas de quase todo o mundo, distribuída por Tripictures). “O último patriota” foi outro thriller ambientalista que o actor produziu com seu próprio dinheiro e foi filmado perto da sua granja, em Montana. Tudo fazia pressagiar uma grande quebra na sua carreira, no entanto, Joe Silver, produtor da saga Matrix e quem também produziu e trabalhou com Steven



Seagal em “Decisão crítica”, continuou acreditando nele, dando-lhe a oportunidade de filmar “Ferida aberta”, um filme que contava com meios. Com este filme, o actor voltou aos ecrãs dos cinemas nos Estados Unidos. Steven Seagal não queria ser enquadrado só como actor de artes marciais e não se sabe se foi por sua influência ou devido ao director, o filme teve menos cenas de artes marciais que suas anteriores longas metragens. Teve grande êxito comercial, angariando quase 80 milhões de dólares a nível mundial. Apesar do êxito, Seagal não soube encarrilar nem relançar a sua carreira como actor. Se embarcou na rodagem de “Tempo limite”, co-protagonizada junto a Tom Sizemore e Dennis Hopper, filme feito em São Francisco.

Neste filme, as artes marciais estiveram ausente e muita gente não depositou esperanças nela, devido à sua baixa qualidade e por isso, nos Estados Unidos saiu directamente em DVD. Na Europa estreou em alguns países: na Espanha foi distribuído pela Filmax. Em 2002, filmou “Ao fio da morte”, co-protagonizada pela estrela do rapeiro Ja Rule, conseguindo quase 20 milhões de dólares em todo o mundo. Os assuntos das prisões já estavam muito trilhados e já não interessavam. A partir daí, a sua carreira foi em declive, decrescendo a qualidade de seus filmes, como “O estrangeiro”, “Vingança cega”, “As entranhas da besta”, “Clemetine”, “Sob controlo”, etc., até completar aproximadamente uns vinte títulos.

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Em 2010, voltou aos ecrãs de todo o mundo com Machete, dirigida por Robert Rodríguez. Neste filme da vida do vilão Torres, custava muito ver um Seagal depravado e sem escrúpulos, pelo menos para mim… Desde 2010 até 2012, talvez seguindo os passos de Chuck Norris, se implicou na série da televisão “Justiça extrema”, mas não teve o sucesso de audiência de “Texas Ranger”. Depois da série, continuou com produções de baixo custo, que se estreavam directamente no mercado do DVD e que alternaria com sua participação na série para a televisão “The Steven Seagal: Lawman show”. As duas primeiras temporadas foram emitidas no canal A&E mas após uma polémica judicial, a cadeia da TV resolveu não estrear a terceira parte, que passou para Reelz. A dita polémica se originou devido a que o actor fez incursões no mundo da política mais radical. Parte de esse grupo de 3.000 voluntários que gratuitamente oferecem o seu apoio ao sherif Joe Arpaio, na luta contra a imigração ilegal. Arizona é um dos estados mais conservadores em matéria de imigração nos Estados

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Unidos e berço da legislação que permite pedir a qualquer pessoa uma prova de identificação, sem necessidade de ter cometido delito algum. A ausência de um documento de identidade se considera um crime e portanto, pode levar à deportação. Steven Seagal nunca ocultou que na sua opinião, a imigração ilegal é o problema mais importante ao qual se enfrenta o país e leva tempo colaborando com Joe Arpaio, denominado “o sheriff mais duro do país”. Além de na “Arizona”, Seagal também colabora com patrulhas civis do Novo México, Texas e Luisiana, na luta contra a imigração ilegal. O actor pensa que o principal problema dos Estados Unidos “não é o terrorismo islamista mas sim as fronteiras abertas”, porque que através dessas fronteiras pode entrar qualquer género de terrorismo, e que de facto, entra! Steven Seagal diz que se fosse governador, trataria de concentrar-se na segurança da fronteira de Arizona. Ele pensa que “de um 10% e um 20%” dos 11 milhões de “sem papeis” que moram nos Estados Unidos, são “criminosos duros”. Seagal e Arpaio foram alvo das críticas de activistas pro-imigrantes, que acusaram o Sheriff de Maricopa de prender indocumentados e contribuir à sua deportação, com base à sua raça hispana. Steven Seagal se defendeu na cadeia da Televisão ABC15: “Me perguntam se Joe Arpaio é racista? Não, não é. E não digo que penso que o não seja, ele não é racista. Ele o mão é!!”. E diz ainda: “Se alguém cometer um crime é um criminoso; não importa se é mexicano,


Cinema Marcial irlandês ou chinês”. Além disto, atribui ao presidente Ronald Reagan a frase: “Se não tens segurança nas tuas fronteiras, não tens país!” É inquestionável que Joe Arpaio teve que modificar suas tácticas de trabalho, depois de que um tribunal chegasse à conclusão de que a sua gestão utiliza de de tipo racistas, para prender pessoas no Condado de Maricopa. Com respeito a Seagal, ele anunciou publicamente, que consideraria em um futuro apresentar-se para governador do Estado de Arizona. O assunto da política chama a atenção do actor e uma curiosidade é a sua amizade com o

Presidente russo Vladimir Putin. O actor, de nacionalidade estado-unidense, tem família originária da Rússia, pois seus avôs paternos emigraram deste país para os Estados Unidos. Steven Seagal esteve perto de saltar do cinema para a diplomacia; inclusivamente, no passado pensou na possibilidade de assumir a cidadania russa. Segundo publicou o BuzzFeed, Putin propôs a Steven Seagal como cónsul honorário de Rússia nos Estados da Califórnia e Arizona, e como potencial intermediário entre o Kremlin e a Casa Branca.



O que sim chegou a fazer recentemente, foi obter a nacionalidade Sérbia. Após visitar a região com o presidente da Sérbia, Tomislav Nikolic e o primeiro ministro Aleksandar Vucic, declarou considerar a Sérbia como a sua nova pátria e prometeu que faria o que fosse necessário, para a promover. Indiscutivelmente, Steven Seagal é um homem polifacético, de grande talento: versado em artes marciais, especialista no uso de armas brancas e armas de fogo, amplos conhecimentos em Acupunctura, na prática do Zen e na Medicina oriental com ervas, actor, coreógrafo, produtor, realizador, implicado na defesa do meio ambiente e do Budismo, músico com banda própria, que dá concertos por todo o mundo… e parece ao parecer, agora vai abordar a política. Resta-lhe alguma coisa por fazer? Podemos estar ou não de acordo com ele, mas é inquestionável a minha conclusão após um breve encontro com ele. Seagal é sincero e não teme expressar suas opiniões abertamente, não mede as suas palavras, como podem fazer outros actores. Poderá estar errado, mas é um homem sincero e valente à hora de se expressar. Artigo de Mónica Gail Rodríguez e Pedro Conde


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Las Filipinas poseen una larga historia en combates a vida o muerte. Desde la antigüedad hasta los tiempos modernos, las artes de lucha del archipiélago filipino han demostrado una y otra vez ser formas eficientes, eficaces y extremadamente letales en combate. Una infinidad de sistemas de artes marciales filipinas se extienden a través de los miles de islas en esta región. Muchas son artes “familiares” y ningún "extraño" llegue probablemente a aprenderlas, pero afortunadamente, otras muchas también se han puesto a disposición del resto del mundo. Desde la perspectiva de Kyusho, el estudio comienza con el aprendizaje de la reanimación y restauración, pero luego desarrolla una focalización de objetivos móviles con el brazo como fundamento Marcial. Al diseccionar un ataque, aparte de las patadas, todos los demás ataques comienzan con los brazos, y el reto es que los brazos son las partes más rápidas del cuerpo, con el mayor rango de movimiento y capacidad de ataque direccional. Por tanto, esta es una sección muy difícil del entrenamiento que debería integrarse en cada sesión, con numerosas variaciones. Hay otras formas de facilitar este nivel y una reside en la habilidad del “Arm Trapping”, o captura de brazo. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 24

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戦略 – Senryaku Estratégia... Quando tudo está controlado! “Certas derrotas preparam-nos para grandes vitórias.” (Max-Pol Fouchet)

Ter olhos de águia; ver além do agora; enxer gar o pr oblema a muitos quilómetros de distância... Quem é capaz? Manter o controle da situação, mesmo quando são os adversários quem estão se movimentando... E aí?

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ada a condição de que o ser humano é alguém que se movimenta e faz questão que todos percebam a sua movimentação, seja em virtude de alguma vaidade, arrogância, o que for!, a sua própria condição denota que as suas bases, sendo flutuantes, estabelecem padrões


Japão

“Manter tudo sob controle é observar, observar e analisar, reflectir, conservar a calma, o espírito quieto, o coração tranquilo... É saber que estratégia é um caminho de economia de forças”


dissociativos com a real importância de suas manobras. Explico: Há quem diga que a estratégia é um ponto forte a ser estudado por todos. Discordo: ela é um ponto forte nas mãos de pessoas capacitadas. A história está cheia de exemplos de homens que se acreditaram estrategistas e jogaram pela janela a vida de milhões de soldados, conquistas, terras, territórios... Concordo com um antigo militar que conheci no Brasil, que dizia que o ignorante brinca de estratégia. Tardei anos em entender a profundidade de sua colocação. É simples: não possui condições de entender a periculosidade de uma manobra mal realizada, aquele que não é capaz de mensurar seus passos em direcção a si mesmo, inconsequente, busca apenas estar em vantagem. O que, por sua vez, não significa nada no mundo da alta estratégia. Todo aquele que não compreende o ir e vir nas relações entre extremos que se confrontam, actuam como néscios em suas realidades pessoais e, por conseguinte, colectivas. Jogam com possibilidades vazias e perdem. Não sabem medir as distâncias, quando recuar, quando investir... Manter o controle de uma situação está muito mais além do que simplesmente conter, isolar, e negociar. Um tipo de “modus-operandi” que determina o tipo de gerenciamento de crises. A questão fomenta algo a mais do que simplesmente se movimentar; muitas vezes o melhor é permitir que o


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adversário se movimente, que esteja na frente em algumas jogadas; que vença algumas batalhas... Para a concepção daquele que se “auto-engana” neste terreno escorregadio, sua mentalidade, irresponsável que é, é dirigida pelos impulsos do subconsciente animal, não apareceu ainda a ideia de uma reflexão que o freie e o faça redireccionar sua rota – ou mesmo modificar a sua postura. Em geral, permanecem “ensimesmados” e atados às ideias que lhes parecem mais seguras; não conseguem sequer reordenar suas formas de actuação. Manter o controle, muitas vezes, significa fluir dentro de posturas duras e irremovíveis. Já dizia Gustave Flaubert que o "O cúmulo do orgulho é desprezar-se a si próprio." E o que fazem os inconsequentes em uma manobra estratégica senão desprezar a si mesmo com a possibilidade de que no momento seguinte estejam arruinados? O melhor estrategista não é o que sempre ganha, isto é uma consequência; mas aquele que mantém segura as suas bases de negociação. Explica-nos Pietro Ubaldi em um de seus livros, que: “Uma vez um missionário perguntou a um selvagem porque é que ele não criava para si uma vaca, ao invés de furtá-la do vizinho. Não - respondeu o selvagem - porque dá menos trabalho furtá-la, ela já está pronta, não é preciso criá-la! - Na sua lógica simples, que não entendia senão a sua vantagem particular e imediata, não existia razão pela qual ele não tivesse que escolher o caminho mais curto e fácil, de menor resistência ou menor trabalho”.


Japão

“O adversário jamais poderá ser o centro de nossas acções. Ele é parte integrante de uma ideia que se modifica a cada instante; que se adapta às condições aceitando-o como parte de uma estrutura que vá funcionar como mola propulsora até seus objectivos”


Tal como este selvagem, muitos se crêem demasiados sapientes e se arriscam a nadar em mar de tubarões, sem conhecer o movimento da maré. Manter tudo sob controle é observar, observar, analisar, reflectir, conservar a calma, o espírito quieto, o coração tranquilo... É saber que estratégia é um caminho de economia de forças. “A arte de viver é mais parecida com a luta do que com a dança, na medida em que está pronta para enfrentar tanto o inesperado como o imprevisto e não está preparada para cair”. (Marco Aurélio) Por outro lado, há de se pensar que não se faz estratégia apenas desejando ou querendo que o outro aceite a nossa movimentação. Contrariamente a isso, persuadir, vencer à distância, significa fazer o jogo do inimigo, controlando, através dele, as nossas próprias manobras. Já pela visão da sabedoria, aceitar a dinâmica inexorável da existência - em outras palavras, que tudo acaba por se destruir, morrer, perecer, reduzir-se à nada -

“O melhor estrategista não é o que sempre ganha, isto é uma consequência; mas aquele que mantém segura as suas bases de negociação”


Japão as estruturas que fomentam uma boa movimentação devem sustentar a possibilidade da perda, para no final poder alcançar a recompensa. Em profundidade, podemos dizer que ainda que estejamos nos movimentando sobre a óptica e “batuta” do inimigo, é nossa a decisão de até onde permanecer nessa posição. Racionalmente, todos nós possuímos determinada qualidade de orgulho e sensatez. O eterno digladiar entre essas duas vertentes, haja vista que uma não exclui a outra, pode ser o ponto de partida para a fricção necessária do reavaliar em cada momento. Um interessante companheiro, historiador, diz: “Eu não consigo entender esse tipo de raciocínio”. É normal nas pessoas que fazem do orgulho o ponto maior da reflexão, não permitir que o outro esteja em vantagem, ainda que a situação esteja controlada. Em paralelo, reverberamos todos, em linha de auto-usurpação, quando perdemos o norte, incansavelmente perseguido. Ora, é o mesmo que permitir que o entorpecimento da mente ocasione toda uma estagnação. Observar com claridade, não querer interromper os passos do adversário, posicionar-se com lucidez e fazer de cada ataque oposto uma oportunidade de observação, é o que favorece a obstrução da escassez ilusoriamente apresentada com a projecção de terreno do inimigo. Recordo-me de um interessante professor que sempre afirmava: “Não se deixe levar pelas aparências. Permita que elas existam para que seu adversário possa ganhar autoconfiança”. “Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho”. (Sabedoria oriental) Há muito que tenho raciocinado sobre as estruturas de movimentação do ser humano que acredita na estratégia de uma maneira em geral. Bastante divididas e cada vez mais sofisticadas, as cabeças se perdem em um eterno jogo de ferir para vencer, fazem do inimigo o ponto máximo de suas movimentações. Além de erro e equívoco, tal exercício promove, naquele que o executa, considerável desgaste que poderá leválo à ruína. É o mesmo que colocar todos os ovos em uma única cesta. O adversário jamais poderá ser o centro das nossas acções. Ele é parte integrante de uma ideia que se modifica a cada instante; que se adapta às condições – aceitando-o - como parte de uma estrutura que vá funcionar como mola propulsora até seus objectivos. Toda argumentação estrutural que a condição de manobras nos apre senta, seja esta em primeira ou segunda pessoa, está inextrincavelmente ligada às necessidades. Veja bem: ela está ligada às necessidades e não o contrário. Quando a necessidade se tornar maior que nós, então nós somos o ponto a ser negociado. Mesmo assim, tudo é necessário. “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Antoine Lavoisier



Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca da defesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminar do Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e o método que constitui o sistema, se ilustram sem segredos, de maneira clara, transparente e facilmente compreensível. Uma ocasião única para nos aproximarmos até o coração da defesa israelita e melhorar os nossos conhecimentos sobre a matéria. O autor é um dos grandes expoentes mundiais em defesa pessoal e conta em seu haver com experiência no âmbito militar e empresas de segurança; galardoado por várias nações, convidado a dar cursos e seminários em todo o mundo, desde o Japão aos E.E.A., a Polónia, a Espanha, Cabo Verde, Alemanha, Israel, França e Rússia, se tornou porta-voz internacional de diferentes sistemas de combate e defesa pessoal pouco conhecidos, ainda que extremamente efectivos. Morabito desenvolve uma pesquisa contínua, sem nunca parar na procura incansável de adquirir novos conhecimentos e nunca deixar de fazer perguntas. Krav Maga Israelita Survial System não é uma disciplina o um conjunto de regras rígidas, mas sim um método, um processo em evolução contínua e constante. Isto fá-lo adaptável a qualquer situação e circunstância, permeável a qualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer um estudo dos erros e da sua experiência uma oportunidade para melhorar.

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“ROMPER É DIFÍCIL” Para este artículo, pedi emprestado o nome de uma canção que o grande artista Neil Sedaka, fez popular. Devido a ter sido lançada a primeira vez em 1962 (com uma nova versão relançada em 1975), a maioria dos nossos leitores mais jovens, provavelmente não estejam familiarizados com ele, mas isso não é importante, posto que só o nome é relevante para o assunto que quero tratar. Neste contexto, "Romper" refere-se à situação comum dos Cintos pretos que deixam seus instrutores para iniciarem a sua própria escola de Ar tes Mar ciais. Poucas situações nas artes marciais são tão polémicas, emocionais e dividem tanto como a saída de um Cinturão


GM Opiniões “Neste contexto, ‘romper’ faz referência à situação comum dos Cintos Pretos que deixam seus instrutores para iniciarem a sua própria escola de Artes Marciais”


Combat Hapkido Negro que dando aulas na escola do seu Mestre ou Mestra, se estabelece por sua conta. Temos visto como isto acontecia em inúmeras vezes. De facto, escolhi este assunto para o artigo deste mês, porque nos últimos meses, duas das nossas escolas afiliadas passaram por este tipo de separação, mas tendo sido isto realizado de maneiras completamente opostas, acabou com resultados totalmente opostos.

“Sejamos modelos de conduta pata estabelecermos um brilhante exemplo a seguir pelo resto da sociedade”



Combat Hapkido No primeiro caso, um Cinto Preto 4ºDan que tinha estado trabalhando vários anos, a tempo completo, numa escola muito bem sucedida (com mais de 250 estudantes) durante vários anos, não só tinha de dar a maioria das aulas como também dirigir a escola; inscrever os novos alunos, organizar a programação, fazer as promoções de cinto e outras actividades. Faz uns 3 anos, com todo o respeito se aproximou do Mestre e explicou o seu desejo de crescer e ser capaz de iniciar seu próprio negócio, com a aprovação do Mestre e também com sua supervisão e orientação. A resposta foi que "não estava pronto" e que tinha de esperar e continuar aprendendo. O instrutor respeitou a decisão e continuou trabalhando na escola. No ano seguinte voltou a perguntar e recebeu a mesma resposta. Passado mais um ano, ele pediu um encontro com o Mestre e propôs várias ideias de negócio, que ofereciam soluções boas para a situação de ambas partes. O

Mestre se negou a considerar qualquer proposta e disse ao instrutor para se contentar com sua posição actual ou que encontraria outra pessoa! Constrangido e aconselhado por sua mulher, o instrutor deixou a escola por não ver um futuro para o seu crescimento profissional nem mais rendimentos. Quando começara a trabalhar nessa escola, tinha assinado um "acordo de não competência" (uma prática comum nas escolas de Artes Marciais dos Estados Unidos), pensada para "proteger" o Mestre das actividades comerciais injustas ou pouco éticas na sua área geográfica e em prevenção das petições de seus estudantes actuais. O instrutor, de maneira leal e honrosa, para não violar o acordo, abriu a sua nova escola muito mais longe da zona do seu Mestre do que é requerido. Contactou connosco para afiliar a sua


GM Opiniões escola na nossa Federação. Após constatar que estava cumprindo o seu acordo, foi-lhe mandada uma carta informando-o de que podia ensinar legalmente Combat Hapkido. Mas infelizmente, a história não acaba aqui. Alguns dias depois, o Mestre nos informou que estava "zangado" porque o seu antigo estudante o abandonara para iniciar seu próprio programa e indignado porque lhe ter sido concedida a afiliação. Disse ainda que, apesar de que não ter violado nenhum acordo, ele agira legalmente e eticamente e nós devíamos ter-lhe negado a sua afiliação só para "o castigar" pela sua decisão e para o prejudicar economicamente, impedindo-o de ensinar Combat Hapkido. Nos surpreendeu a reacção do Mestre. Mostrou a sua insegurança, ciúmes e ressentimento. Não podia raciocinar com calma e compreender as necessidades e aspirações do instrutor. Estava completamente cego pelo ego e a ambição egoísta. Eu o tinha conhecido 20 anos atrás e estava surpreendido pela malícia que mostrara nesta ocasião. Abandonou a nossa organização zangado porque não estávamos de acordo em

ajudarmos a destruir os sonhos de êxito e segurança económica do seu antigo estudante. Lamentavelmente, nos últimos anos, tenho visto muitos casos idênticos ou similares a este. Numa outra zona do país, só umas poucas semanas depois, surgia a mesma situação em outra das nossas escolas afiliadas. Os pormenores e antecedentes não eram exactamente os mesmos, mas o resultado foi que o instrutor foi embora e abriu a sua própria escola. Mas desta vez o Mestre reagiu de maneira diferente. Estava triste por ver o seu aluno de muitos anos o deixar, e também afectou o seu negócio, posto que a faixa preta era o principal instrutor da sua escola. Mas o Mestre compreendeu o desejo do seu estudante de ser independente, as suas aspirações de crescer e a sua necessidade de melhorar financeiramente. O Mestre desejava que seu aluno fosse bem sucedido e também ofereceu a sua ajuda no que necessitasse. Inclusivamente telefonou para os nossos escritórios, para esclarecer que não só não tinha objecção alguma de que o instrutor obtivesse a sua própria afiliação Combat Hapkido, mas que até lhe parecia muito recomendável que ficasse na nossa Federação e que continuasse a ensinança do nosso sistema. Poucos dias depois, o professor recebeu a sua afiliação e começou a ensinar o nosso


Combat Hapkido programa. Agora, em ver de serem rivais que competem entre si, continuam a ser amigos e até estão cooperando em determinados projectos. Podemos ver a grande diferença destes dois casos e lamentarmos que este género de situações nem sempre acabem como na nossa segunda história. Não deve um mestre sentir orgulho das conquistas dos seus estudantes? Não deve um Mestre incentivar seus estudantes a crescerem? A se estabelecerem por sua conta? A alcançarem novas metas? Não devia um Mestre desejar o êxito financeiro de seus alunos e a sua felicidade? A resposta é dolorosamente simples: a natureza humana na sua pior versão... A primeira história ilustra algumas das emoções humanas mais destrutivas, negativas e indesejáveis: o egoísmo, os ciúmes, a insegurança, a falta de empatia, o ego arrogante, a cobiça, a

sede de poder e controlo. Essas emoções básicas estão na raiz de muitos dos problemas, dos delitos e das disfunções da nossa sociedade, e aí têm estado durante milhares de anos. Por desgraça, a comunidade das artes marciais não é imune nem está livre disto. Muitos Mestres e Grandes Mestres albergam e mostram essas emoções negativas e destrutivas em seu relacionamento com os alunos e frequentemente, mesmo quando se trata de seus parceiros Na vida nos enfrentamos constantemente a situações difíceis e desafiantes. Nas Artes Marciais, "romper" é uma delas e como diz a canção, "é difícil de fazer". Mas é a maneira em que reagimos a essas situações e como lidamos com elas, o que mostra o nossa carácter, a nossa maneira de ser. Espero que sempre escolham ser guerreiros com honra e verdadeiros Mestres! Sejamos modelos de conduta para estabelecermos um brilhante exemplo a seguir pelo resto da sociedade.


GM Opiniões “Na vida nos enfrentamos constantemente a situações difíceis e desafiantes. Nas Artes Marciais, ‘romper’ é uma delas e como diz a canção, é difícil de fazer"


RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Instructor Luis F. A. Tavarez Cinturón Negro 2º Dan Fu-Shih Contact Instrutor de boxeo. Profissional de Segurança Privada. (00 351) 968 456 312 l_tavarez001@@msn.com Vitoria Recreativo Clube Olivais Avda. Cidade Luanda, 35 1800-096 Lisboa, Olivais-PORTUGAL Treinos Tercas e Quintas (19:15 as 21:00) ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf: 649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760













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O caminho mais curto, para ser efectivo em combate Texto: Guro Dave Gould Fotos: © www.budointernational.com

No combate de rua a aplicação de um sistema eficaz ("Sistema Ng Dalhin") é da maior importância e absolutamente imprescindível para qualquer praticante de uma arte onde se exigem resultados positivos ou como mínimo, se esperam. Em especial é assim no Lameco Eskrima que literalmente está unido à própria estrutura central do nosso fundamento combativo mais básico. No Lameco Eskrima o sistema empregado vai além do essencial e muito sinceramente não tem comparação em termos de importância, acima de tudo ele é combativo. A maneira em que mudamos de lugar e a maneira tão eficaz em nos aplicamos no combate, fala alto acerca da nossa capacidade combativa. Estas coisas também dizem em detrimento das nossas habilidades quando falhamos em aplicar mos a nós mesmos e com suficiente seriedade, o desenvolvimento dessas destrezas essenciais no treino. Cavalheiros, a realidade do combate não se inclina perante a arrogância do homem e não precisa de interpretação! É o que é! quer se seja eficaz ou não; falo a sério, é tão simplles quanto isto.


“Só quando se treina como se a vida dependesse disso, se luta como se dependéssemos directamente de um resultado”


Artes Filipinas “O sistema de ensino no Lameco Eskrima inclui numerosos componentes essenciais, todos os quais se unem e trabalham sem discrepância para um efeito óptimo sobre o objectivo, no propósito mortal de cada um quando uma situação de crise na rua assim o exige”

ue o sistema seja bem compreendido, desenvolvido e aplicado em um dado momento de necessidade desesperada que se possa ter, revelará directamente a verdadeira capacidade combativa de cada um, ou a falta dela; normalmente, no próprio ambiente do treino também se descobre se o indivíduo é excessivamente presuntuoso. Qualquer que seja a técnica que aprendemos, ser-nos-á de pouca utilidade sem a habilidade de gerir o seu propósito mortal com efeito certeiro sobre o objectivo. Como guerreiros, no treino somos responsáveis da desalentadora tarefa de aprender uma técnica combativa, o conceito, ou o princípio; assimilar as suas qualidades mais finas no treino e actualizar o seu verdadeiro efeito no combate. Uma fórmula simples para o êxito, mas que frequentemente é descuidada no treino. Isso pode ser atribuido a um erróneo e confuso treino ou a metas de treino mal orientadas. Actualmente parece que a maioria das pessoas só treina com o propósito de impressionar grandes multidões em demonstrações preparadas, em vez de se prepararem a si mesmos para se enfrentarem às brutais realidades, que nas ruas sempre acompanham uma violência carente de sentido. Se não se treina para alcançar o efeito combativo contra adversários não colaboradores e tendo como objectivo final a sobrevivência, então atrevo-me a dizer que não se está treinando pelas razões correctas. Só quando se treina como se a vida dependesse disso, se luta como se dependéssemos directamente de um resultado. O sistema de ensino no Lameco Eskrima inclui numerosos componentes essenciais, todos os quais se unem e trabalham sem discrepância para um efeito óptimo sobre o objectivo, no propósito mortal de cada um quando uma situação de crise na rua assim o exige. Basicamente, o sistema que se aplica está todo ele inexoravelmente unido às leis naturais da física, enquanto que é controlado por uma simples geometria, resultando em causa e efeito conseguidos apenas por meio da economia de movimentos. Como consequência disto, o efeito combativo de cada um depende da técnica ou dos conhecimentos técnicos de cada nível. O facto é que qualquer técnica, ainda que bem realizada, é inútil, se no momento adequado não pode ser aplicada sobre o objectivo com êxito e com efeito certeiro. Qualquer coisa que complique a equação combativa, resulta na degeneração do movimento destinado a acabar em fracaso, enquanto nos deixa fazendo frente a graves consequências das nossas acções, ou o fracasso na acção, como bem poderia ser o caso. Sem um sistema de aplicação eficaz, inclusivamente as técnicas mais destrutivas terão pouco efeito, simplesmente por que se não se pode tocar no adversário com a faca quando aparecem as oportunidades que podem ser aprtoveitadas, então não se pode ferir e viceversa.

Q


Guro Dave Gould

Todos os componentes de um sistema de aplicação eficaz são essenciais, mas alguns se destacam sobre outros em relação à sua importância. Um deles é o alinhamento ou "Eliminar o Vazio" como a ele se referia normalmente Punong Guro Edgar G. Sulite, que apenas tem a ver com a linha de confronto. Até a linha de confronto ter sido compreendida na sua totalidade, dominada e aplicada com efeito contra um adversário não cooperante – o alinhamento nunca pode ser completamente funcional ou levada a cabo com um efeito certeiro. Em Lameco Eskrima temos um provérbio que diz: "Menos é mais". Isto quer dizer que: a uma menor distância percorrida, menor a distância requerida para recuperar as posições da linha central e com isso eliminar qualquer vulnerabilidade exposta e aproveitável pelo adversário. Quando abandonada a linha, a uma maior distância percorrida é requerida mais distância para recuperar a linha central, deixando-nos expostos e muito vulneráveis por um período de tempo mais longo, às respostas de corte dos adversários, se estes decidirem nos impôr a sua vontade. No Lameco Eskrima tudo funciona com o conceito de menos é mais. Por exemplo, uma técnica básica é uma que funciona bem, mesmo que seja a um nível muito rudimentar. Uma técnica avançada não é outra coisa que essa mesma técnica básica, mas reduzida à simplicidade num esforço para minimizar o risco, ao mesmo tempo que para maximizar os resultados. A técnica avançada ainda é um conceito básico em teoria, mas quando governada estreitamente pelas leis da economia de movimentos, resulta num desenlace mais eficaz com menor intervenção mecânica implicada. É só a rota mais curta entre o ponto de percepção e o ponto de contacto: menor movimento que se precisa, menor recuperação para retomar o centro, quando este tenha sido abandonado. Esta redução de movimentos economiza qualquer esbanjamento de excessivo movimento ou o excessivo risco no processo; isto é equivalente a um menor risco, o que resulta numa maior conquista. Quanto mais simples o

ponto de vista, mais próspero será o resultado, quanto mais complicado o ponto de vista, maior será a ocasião de ficar em perigo e de eventual fracasso. Punong Guro Sulite sempre nos disse que quando lutássemos, 90% das técnicas combativas necessárias serian basicamente naturais; isto é muito certo e resulta de utilizar a simplicidade na sua forma mais pura de aplicar as técnicas aos objectivos disponíveis em combate. Por definição, a linha de confronto é uma linha imaginária, que em todo momento nos separa uniformemente do adversário. Esta linha muda constantemente, posto ser permitido que a sua situação mude livremente no campo de luta, exigindo uma observação constante e ajustada para manter a linha como é devido. Se a linha de confronto é correctamente mantida, então sempre deve nos debe deixar justamente fora do alcance do adversário. Isto exige mover-nos só umas polegadas para a frente, para poder atacar o adversário, ou lentamente para trás, para poder estar outra vez justamente fora do seu alcance quando assim for preciso, o que proporciona a protecção necessária contra qualquer ameaça adicional proveniente do adversário. A linha de confronto é fixada pelo máximo alcance da arma do adversário involucrado na situação, qualquer


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Guro Dave Gould que esta seja. Se esta linha não é controlada e mantida continuadamente, pode acontecer nos encontrarmos demasiadamente longe do adversário e com isto ele pode aproveitar a mais fugaz ocasião, quando nos pomos a descoberto ou excessivamente perto do adversário, e assim sermos vulneráveis ao seu propósito mortal em qualquer instante que ele decidir impôr a sua vontade. Literalmente, tem de se desenvolver o sentido ou a sensibilidade para controlar esta linha em todo momento e só por meio de um grande número de horas de prática responsável, se pode alcançar este objectivo. A nível subconsciente controlamos constantemente a distância entre o nosso adversário e nós mesmos, durante todo o tempo que durar a luta. Além da necessidade de nos adaptarmos e nos ajustarmos a esta linha, é necessário um esforço por manter a correcta distância de combate em todo momento, visto que as situações são cambiantes. Sempre que distância que nos separa do jogo de per nas do adversário seja excessiva, será preciso recuperar a linha. Isto é mau por que se nos virmos forçados a usar um excessivo jogo de pernas para voltar à linha de confronto, em primeiro lugar quer dizer que já cometemos erros, por não termos controlado atenta e suficientemente a linha. Insistamos mais uma vez: quanto maior seja a distância que deva ser percorrida, maior será a ocasião de estarmos em perigo e de um eventual fracasso no combate. Meus señores! Menos é mais, com a simplicidade a marcar o caminho! Quando já aprendida, completamente comprendida e exhaustivamente dominada, a linha de confronto deve tornar-se o nosso melhor aliado. Permite estar sempre bem situado, estar onde é preciso estar, pelo tempo que seja necessário aí estar, e permite mover-nos para a parte posterior da linha de confronto, situando-nos justamente fora do alcance do adversário e longe da zona das feridas, mas ainda deixando-nos numa posição de onde pela nossa parte poder contraatacar com precisão, se a situação assim o requerer ou exigir. De novo, o nível avançado em Lameco Eskrima só se obtém por utilizar menos movimentos, o que resulta numa maior conquista. Não por "sobrecarregar" ou complicar a equação do combate, somando mais movimentos – o que pode traduzir-se só em perda de movimento – se consegue ser mais efectivo… A simplicidade no seu estado mais puro, é o caminho mais rápido para o êxito. Otro componente do sistema de aplicação imprescindível para um

“Otro componente do sistema de aplicação imprescindível para um correcto desenvolvimento, é a destreza em criar a oportunidade, quando nada se apresentar facilmente aproveitável, quando nos enfrentarmos a um adversário mais experiente”


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“No Lameco Eskrima temos mais de 30 diferentes variedades de "Enganyo", provocando com cada variação uma reacção diferente no adversário, algumas subtis e outras nem tanto”


Artes Filipinas “Quando atacamos ou contraatacamos com um "Enganyo", levamos o ataque hostil "aparente" ao ponto sem retorno, convencendo completamente o adversário das nossas piores intenções”

correcto desenvolvimento, é a destreza em criar a oportunidade, quando nada se apresentar facilmente aproveitável, quando nos enfrentarmos a um adversário mais experiente. Em Lameco Eskrima temos um subsistema que consta de vários "Enganyos" (enganos), utilizados para provocar uma reacção por parte do adversário experiente, a qual conduz a uma ocasião que fica a descoberto, como resultado directo dessa acção. Enganar é uma forma de arte e penso que é muito eficaz contra alguém de elevada e aclamada destreza, que está programado para primeiro reagir, sem estudar a fundo a causa e o efeito de uma reacção de pânico ou de contraataque na sua defensa. Alguém que pode ser muito experiente nas artes de combate, mas também dependente da sua intuição e instintos, alguém que é tão humano como todos os outros. Nitidamente, o "Enganyo" é um dos níveis mais altos do Lameco Eskrima, porque é um dos mais prósperos caminhos para atrair o adversário a um efeito certeiro em combate, obtendo os resultados mais eficazes. É uma das destrezas essenciais para dominar no combate e que só dará resultados bem sucedidos repetidas vezes, quando correctamente executada. A estratégia é criar uma ilusão convincente e quando o adversário tenha caído no engano, aproveitar a primeira ocasião para iniciar à acção. Punong Guro Sulite comparou um "Enganyo" convincente com um grande mágico experiente na arte do "jogo de mãos". Ambos casos dependem de apresentar uma ilusão de diferentes maneiras, convencendo uma audiência (adversário) de que estão fazendo uma coisa, e em baixo do seu próprio nariz estar fazendo outra coisa absolutamente inesperada, desorientando a audiência (o oponente), enganando todos. Frequentemente, para levar a cabo um "Enganyo" convincente ou um "jogo de mãos", ambos com êxito, o segredo radica inicialmente em conseguir que a audiência siga o que se oferece por adiantado. O que se quer é persuasivamente levar a atenção para longe do que se está fazendo, com o propósito de poder fazer o que se quer fazer. Se o que queremos é mover-nos para a esquerda, faremos com que os seus olhares vão para a direita, sempre sem mostrarmos onde queremos chegar. Em termos mais simples, quanto mais convincente seja a ilusão, maior será o engano e maior a recompensa. No Lameco Eskrima temos mais de 30 diferentes variedades de "Enganyo", provocando com cada variação uma reacção diferente no adversário, algumas subtis e outras nem tanto.


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Guro Dave Gould “Nitidamente, o "Enganyo" é um dos níveis mais altos do Lameco Eskrima, porque é um dos mais prósperos caminhos para atrair o adversário a um efeito certeiro em combate, obtendo os resultados mais eficazes”


Artes Filipinas Um "Enganyo" eficaz aproveita uma debilidade inerente à natureza humana: uma primitiva reacção de pânico. Quando uma coisa cai, está na nossa naturaleza tentar agarrá-la antes de chegar ao chão, se alguma coisa se mover de repente, é instintivo e natural olhar e saber o motivo de se ter movido. De maneira que quando se ataca alguém com uma faca, está na natureza humana reagir imediatamente e parar esse frente de ataque, pelo medo natural a sermos apunhalados ou feridos. Reagir é instintivo no mais profundo do nosso ser, quer seja da maneira correcta ou da maneira incorrecta. Nós, como seres humanos, só em retrospectiva analisamos as consequências das nossas acções, ou como neste caso, das nossas reacções; simplesmente é humano agir primeiro e raciocinar depois. Neste estado mais vulnerável dos nossos adversários – por que também são humanos – é quando encontramos as nossas melhores ocasiões para o engano, derrotando-os por meio do engano e da desorientação. Quando atacamos ou contraatacamos com um "Enganyo", levamos o ataque hostil "aparente" ao ponto sem retorno, convencendo completamente o adversário das nossas piores intenções. Como reacção directa a esta ameaça imediata, o oponente está absolutamente comprometido a se defender do nosso comportamento agressivo. No exacto momento e lugar em que o adversário estiver absolutamente convencido do nosso ataque e do objectivo previsto do mesmo, e justamente antes de ele esquivar a nossa mão armada com a faca, desvíamos a nossa faca para um alvo sem protecção, avançando em frente, na direcção contrária ao nosso ataque inicial. O resultado desta desorientação pode ser realmente implacável – por dizer o mínimo – pelo que a reacção inicial do adversário se verá comprometida, por que será muito consciente do perigo de ser atacado com uma faca e qualquer tentativa sobre a sua pessoa provocará uma reacção total. Isto pode beneficiar-nos; na nossa tentativa de apresentar uma ilusão convincente, tirar proveito da sua reacção e energicamente acabar a situação com vantagem para nós, como resultado directo de tão convincente engano e do bom uso das habilidades de engano. Quando se realiza um "Enganyo" eficaz, só se conseguem os melhores resultados quando se faz de maneira que o primeiro ataque seja uma tentativa convincente. Se o adversário pensar que se lhe está a bater com o propósito de se lhe tirar a vida, só então se comprometerá a efectuar uma reacção defensiva. Neste momento terá



Artes Filipinas violado a sua linha central, pondo ao descoberto uma grande oportunidade. Se somos capazes de mudarmos o "Enganyo" exactamente antes do ponto de contacto esperado, do seu passe ou quite, isto será muito bem recompensado, visto que levaremos o nosso adversário para um objectivo de ampla área, completamente desprotegida e repentinamente disponível para nós, e será de grande perigo para o adversário. O segredo para um "Enganyo" bem sucedido pode residir na apresentação, mudança e prestígio da técnica. Estes são também os mesmos princípios que determinam uma ilusão bem sucedida quando apresentada por meio do "jogo de mãos". A apresentação feita é tão convincente que pode provocar uma reacção realista, e é aí onde surge a desorientação: continua-se a apresentação até o ponto de expectativa e justamente nesse ponto sem retorno (antes de se produzir o contacto com a mão), muda-se a técnica e faz-se reaparecer misteriosamente sobre o lado oposto ao ponto inicial de contacto previsto (prestidigitação). Quanto mais convencermos o adversário de que o nosso ataque é autêntico, maior será o engano e mais fácil a desorientação conseguida, o que nos recompensará com uma melhor oportunidade de ataque, quando já superadas as suas comprometidas defesas. Na defesa contra um "Enganyo" o segredo reside em ir sempre na direcção contrária àquela em que nos estão levando e procurar não o que é "rotina" mas o "imprevisto", por ser aí onde vai estar a ilusão. Por outras palavras: não sigas o evidente, antes sim o não evidente; não o que esperarias mas aquilo que não esperarias. O segredo para não se ser vítima de uma ilusão, está em não permitir ser confundido ou enganado em todo momento. Estuda o movimento, não o aceites apenas pelo que parece ser, a menos que queiras ser vítima de um engano e com isso do deterioro ao qual te expões e às graves consequências dessa acção. Neste artigo apenas explicamos em maior detalhe, três dos numerosos consituintes que fazem eficaz um sistema: alcance, linha de confronto e princípios de engano. Penso ser importante avisar que todos os componentes devem ser treinados e desenvolvidos através do tempo, se realmente procuramos os melhores resultados no combate de rua. Se um dia te vires forçado a usar a tua destreza para defender a tua vida e se desatar o teu efeito devastador sobre o teu adversário, cada componente é essencial para o efeito global e cada efeito esperado está presente e funcionando sem discrepâncias com os outros. Cavalheiros, treinem como se disso dependessem as vossas vidas, por que um dia este poderia ser o caso. Treinem bem e acima de tudo treinem de maneira realista. Até breve.



O Pukulan Pencak Silat Serak é à vez, um sistema baseado em armas e mãos nuas. Incorpora numerosas armas de última geração, espadas, facas, kerambits circulares, barras, paus de diferente longitude e outras armas muito especiais. Também nos métodos de treino com mãos nuas, nos enfrentamos ao adversário que ataca com armas em ambas as mãos e a vários oponentes ao mesmo tempo. Este treinos fazem-nos mais conscientes de tudo quanto sucede numa discussão ou numa briga e o que se deve de fazer e não fazer quando nos enfrentamos a ataques com armas, contra um ou vários adversários. Neste segundo DVD, Maha Guru Horácio Rodrigues, herdeiro da linhagem de Pendekar Pak, Víctor De Thouars do Pukulan Pencak Silat Serak, aborda a maneira particular em que se treina e se utiliza o armamento, assentando as bases para futuros estudos mais avançados e a aplicação da técnica. Este vídeo inclui os princípios do trabalho, ângulos de aplicação, Sambuts, Jurus e exercícios com a espada curta “Pedang”, faca curta “Pissau”, pau curto “Tonkat Matjan”, Sarong, e aplicações de defesa pessoal com mãos nuas.

REF.: • DVD/SERAK-2

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O Gancho: Força ou Precisão? Quando um lutador cai na lona completamente K.O. após um gancho de esquerda, apesar de que a nossa impressão é que o seu adversário quase que não o tivesse tocado, no é momento de nos perguntarmos se é ou não possível, mas sim tratarmos de aprender como podemos somar este método realista ao nosso arsenal técnico. Efectivamente, alguns ganchos chegam com a força suficiente para parar um elefante, mas muitos outros não. Mas, qual o motivo? Precisamente isso é do que vamos falar hoje. Na cabeça existem vários Pontos de Pressão (objectivos) que quando neles se bate com o ângulo correcto, podem provocar a perda dos sentidos ou pelo menos, a queda do oponente, levando-o perder o controlo do sistema locomotor. A razão de que isto não se veja com mais frequência nos ringues não é porque os lutadores combatem com luvas, depende do ângulo desde o qual se bate. A maioria dos socos se lançam com um ângulo de 90º, desde o qual não é possível impactar sobre nenhum Ponto de Pressão. Existem vários objectivos acessíveis a partir de um movimento de elevação ou de queda. Mas ora bem, para impactar sobre eles tem de se bater com um ângulo de 45º. A outros também podemos ter acesso formando um ângulo de 45º e dirigindo o golpe desde detrás da cabeça para a frente, mas estes golpes são proibidos no Boxe. Um golpe baseado apenas na força desde um ângulo de 45º, nunca é tão efectivo como um soco directo, mas pode sim provocar efeitos muito mais devastadores impactando sobre certos objectivos, sem necessidade de utilizar uma força massiva. Em qualquer caso, o gancho pode ser um arma táctica muito poder osa em qualquer estilo de Ar tes Mar ciais, incluindo o Boxe e as competições onde tudo vale, principalmente se podemos ter acesso aos Pontos de Pressão desde o ângulo correcto. Mas vamos passo por passo...


“Na cabeça existem vários Pontos de Pressão (objectivos) que quando batemos neles com o ângulo correcto, podem provocar a perda dos sentidos ou como mínimo, a queda do oponente, levando-o a perder o controlo do sistema locomotor”


Trabalhar os ângulos Um gancho para baixo encontrará muitos mais objectivos sobre os quais impactar, que um punho para cima, ainda que também os há. Todos eles são de fácil acesso, mesmo com as luvas de Boxe. Na cabeça se localizam uma série de pontos focais que quando se impactar sobre eles, aumentarão a disfunção provocada pelo próprio gancho. Um desses objectivos está situado entre a queixo e a articulação da mandíbula, justamente no nervo facial onde cruza a ramificação bucal. Quando se bate neste ponto com um gancho para baixo e para o centro do pescoço, se provocará a perda do controlo do sistema locomotor e/ou a perda dos sentidos. Outro grande objectivo se localiza justamente debaixo de as comissuras da boca, a ambos os lados do queixo e de novo, tem de se bater para baixo, formando um ângulo de 45º até o centro do pescoço. Recebe o nome de nervo mental e causará no cérebro um choque muito maior que o primeiro objectivo, provocando uns efeitos ainda muito mais traumáticos. A força provocada pela sinergia das contracções musculares, provoca tensão nos músculos antagónicos, de maneira que quantos mais músculos se utilizarem no movimento, mais aumentará o cansaço e se reduz a mobilidade. Agora bem, se atacamos o sistema nervoso com precisão o efeito, será muito maior que um golpe forte sobre a estrutura dos ossos e dos músculos, conseguindo melhores resultados empregando menos força e reduzindo o cansaço da luta.

O Constituinte Chave Existe um componente chave denominado “polaridade”, que aumenta os efeitos produzidos impactando sobre os objectivos, dotando-os de maior consistência (o que é tremendamente valioso se tivermos em consideração que a intenção do nosso adversário é magoar-nos). Por natureza, o homem é um ser bio-eléctrico e assim sendo, é necessário recorrer à polaridade e alterar seu ciclo natural de energia, para lhe provocar a perda do controlo do sistema locomotor e/ou a perda dos sentidos. Na sua forma mais básica é o que denominamos o Yin e o Yang, em termos ocidentais, o positivo e o negativo. Podemos utilizar esta energia natural para provocar um “curtocircuito” no adversário. Para isso, batendo com o gancho de esquerda sobre o lado direito da cabeça do adversário, devemos elevar o calcanhar do pé. Sim entrarmos em excessivos tecnicismos ou misticismos, digamos simplesmente que o gancho será muitíssimo mais potente se o calcanhar não tocar no chão. O estudo do Kyusho me tem permitido compreender os golpes que provocam um K.O. no Boxe e nas lutas onde vale tudo. Muitas destas lutas têm sido ganhas pela pressão exercida batendo acidentalmente num Ponto de Pressão; podem então imaginar os resultados quando se sobre eles se impacta intencionalmente.



Ir de mão dada com a Natureza O método natural de ataque do homem é o gancho, principalmente quando está submetido a tensão e a sua adrenalina aumenta. Por isto, quando observamos uma briga de verdade ou uma luta onde vale tudo, vemos que os artistas marciais mais treinados utilizam a polaridade em seu benefício. Como se pode apreciar, trata-se de seguirmos a nossa própria natureza e treinarmos aproveitando os nossos instintos naturais.

8 Objectivos (admitidos no Boxe) Existem 2 Pontos de Pressão simples e 6 complexos aceites no Boxe e nas lutas onde vale tudo. De maneira que, independentemente de como estiver situada a cabeça do adversário, se consideram objectivos abertos aqueles aos que podemos ter acesso. Se o adversário tem a cabeça levantada, com o gancho para baixo em um ângulo de 45º se pode ter acesso ao ponto simples situado na parte lateral da mandíbula ou ao ponto complicado localizado diante da mesma. Devem lembrar-se de que o golpe tem de ser para baixo, com um ângulo de 45º e para o centro do pescoço. Quando a mandíbula está fechada (que é o mais provável se nos enfrentarmos a um lutador com experiência), o grupo de pontos localizados na testa, especificamente al lado do olho, diante do ouvido e no tabique nasal, serão os objectivos aos quais poderemos ter mais fácil acesso. Nos pontos da testa e do tabique nasal se deve bater para baixo, com um ângulo de 45º, em direcção ao centro do crânio. Também podemos atacar os dois grupos de pontos situados na parte lateral da cabeça, mas temos de variar o ângulo em cada um deles. O gancho para baixo com um ângulo de 45º também se emprega, ainda que para termos acesso ao grupo de pontos da sobrancelha é melhor bater para baixo, em direcção ao olho. No que respeita ao grupo de pontos localizados diante do ouvido, novamente o golpe tem de ser dirigido para baixo, com um ângulo de 45º, mas desta vez em direcção ao centro do crânio.

Segurança Nas brigas da rua é muito mais seguro bater com o pé apoiado no chão e executar o gancho com a palma da mão aberta, que não deixará sinais físicos no caso de um problema legal. Por exemplo, se batermos a alguém em um olho, podemos provocar-lhe um dano físico permanente e observável. Isto não só não é ético como que também em um Tribunal poderiam condenar-nos por um delito do qual seríamos responsáveis. Se utilizamos o Kyusho adequadamente, não provocaremos nenhum dano físico observável, reduzindo a evidência a uma simples conjectura no marco legal, o que favorece a nossa defesa. Conhecermos simplesmente os Pontos de Pressão, não nos fará necessariamente melhores lutadores, mas se treinarmos arduamente e com dureza, para sabermos como ter avesso a eles, os nossos golpes serão muito mais eficazes.



Como hemos documentado en los últimos 6 años, el Kyusho se traduce como “Punto Vital" y es el estudio de la condición humana y de su fragilidad. Aunque es similar en apariencia a la antigua Acupuntura y a los métodos de masaje sobre puntos de presión, el método Kyusho también puede tratar los problemas inmediatos y hacer desaparecer las dolencias comunes del cuerpo. En segundos podemos empezar a aliviar las molestias asociadas al dolor de cabeza, de espalda, los tirones musculares e internos, el hipo, el asma, las náuseas, la congestión nasal y otras muchas enfermedades comunes, tanto por causas naturales como provocadas. Estos efectos se consiguen rápidamente y de manera eficaz, sin necesidad de recurrir a pastillas o medicamentos que puedan tardar 20 minutos o más en hacer efecto y que pueden provocar graves efectos secundarios en otros órganos o funciones corporales. Las ramificaciones son muy amplias y creemos que merece la pena seguir investigando y logrando beneficios para la sociedad. Este tipo de enfoque holístico ha resultado eficaz durante muchos miles de años en diferentes culturas de todo el mundo y ahora hemos querido hacerlo posible para ti. Una vez que aprendas estos métodos simples de Kyusho Primeros Auxilios, tu también podrás ayudar a tu familia y amigos con muchas de estas dolencias comunes que todos sufrimos. Esto te servirá para tener un breve resumen histórico de cómo se desarrollaron estos métodos y otras posibilidades de salud que se necesitan en el día a día. Sin embargo y como cabría esperar, aquí no está el programa completo, pues los conceptos más profundos y complejos sólo pueden alcanzarse con las manos, aplicándolos y practicando bajo la atenta mirada de un instructor. La práctica regular de estos métodos no sólo aumentará tus habilidades para aplicar las fórmulas aprendidas, sino que te enseñará la aplicación intuitiva de muchas otras técnicas de salud. No deberían considerarse fórmulas aisladas, sino caminos para corregir ciertos problemas en el cuerpo humano, basados en los conceptos presentados. En los siguientes capítulos de Kyusho Primeros Auxilios veremos primero el origen inmediato o la necesidad de curar muchos problemas diarios. ¡Qué disfrutes del viaje!

Come abbiamo documentato negli ultimi 6 anni, il Kyusho si traduce come “Punto Vitale” ed è lo studio della condizione umana e della sua fragilità. Benché sia simile in apparenza all'antica Agopuntura e ai metodi di massaggio sui punti di pressione, il metodo Kyusho può t rat tare anche i problemi immediat i e far spar i re le problematiche comuni del corpo. In pochi secondi possiamo alleviare i disturbi associati al mal di testa, di schiena, gli stiramenti muscolari e interni, il singhiozzo, l'asma, la nausea, la congestione nasale e molte altre malattie comuni, sia per cause naturali che provocate. Questi effetti si ottengono rapidamente e in maniera efficace, senza la necessità di ricorrere a pastiglie o medicine che possono richiedere 20 minuti o più prima di fare effetto e che possono provocare gravi effetti indesiderati in altri organi o funzioni corporali. Le ramificazioni sono molto ampie e crediamo che valga la pena continuare a investigare ottenendo benefici diretti per la società. Questo tipo di impostazione olistica è risultata efficace per molte migliaia di anni in differenti culture di tutto il mondo ed ora abbiamo voluto fare il possibile per te. Quando impari questi metodi semplici di Kyusho Primo Soccorso, anche tu potrai aiutare la tua famiglia e i tuoi amici con molte di queste patologie comuni cui tutti sono affetti. Questo ti servirà per avere un breve riassunto storico di come si svilupparono questi metodi e altre possibilità di cura che sono necessarie nel quotidiano. Tuttavia, ovviamente, qui non c'è il programma completo, perché i concetti più profondi e complessi si riescono a capire solo con le mani, applicandoli e praticando sotto l'attento sguardo di un istruttore. La pratica regolare di questi metodi non aumenterà solo le tue abilità nell'applicare le formule imparate, ma ti insegnerà l'applicazione intuitiva di molte altre tecniche di salute. Non si dovrebbero considerare formule isolate, bensì vie per correggere determinati problemi del corpo umano, basate sui concetti presentati. Nei seguenti articoli sul Kyusho Primo Soccorso vedremo in primo luogo l 'or igine immediata o la necessi tà di curare mol t i problemi quot idiani . Godetevi questo viaggio!


Comme nous l'avons vu ces six dernières années, le Kyusho se traduit par « point vital » et est l'étude de la condition humaine et de sa fragilité. Bien que similaire en apparence à l'ancienne acupuncture et aux méthodes de massage sur les points de pression, la méthode Kyusho peut également traiter les problèmes immédiats et faire disparaître les douleurs physiques communes. En quelques secondes, nous pouvons commencer à soulager les troubles associés aux maux de tête, de dos, les crampes musculaires et internes, le hoquet, l'asthme, les nausées, la congestion nasale et de nombreux autres troubles communs, surgissant aussi bien pour des raisons naturelles que provoquées. Ces effets sont obtenus rapidement et efficacement, sans avoir besoin de faire appel à des médicaments qui peuvent prendre vingt minutes ou plus à faire de l'effet et peuvent provoquer de graves effets secondaires sur d'autres organes ou fonctions corporelles. Les ramifications sont très vastes et nous croyons que ça vaut la peine de continuer la recherche afin d'obtenir des bénéfices pour la société. Ce type de point de vue holistique a été efficace pendant de nombreux milliers d'années dans différentes cultures du monde entier et nous avons maintenant voulu le rendre possible pour vous. Une fois que vous aurez appris ces méthodes simples de Kyusho de Premiers Secours, vous pourrez également aider votre famille et vos amis et soulager beaucoup de ces maux communs dont nous souffrons tous.Cela vous permettra d'avoir un bref résumé historique de la manière dont ces méthodes se développèrent et d'autres possibilités de santé dont nous avons besoin au jour le jour.Cependant, comme on pouvait s'y attendre, le programme ici n'est pas complet car les concepts les plus profonds et complexes ne peuvent être atteint qu'avec les mains, en les appliquant et en pratiquant sous le regard attentif d'un instructeur. La pratique régulière de ces méthodes augmentera votre habileté à appliquer les formules apprises, mais encore vous enseignera à appliquer intuitivement beaucoup d'autres techniques de santé. Elles ne devraient pas être considérées comme des formules isolées, mais comme des voies pour corriger, certains problèmes affectant le corps humain, en se basant sur les concepts présentés. Dans les prochains chapitres de Kyusho Premiers Secours, nous verrons d'abord l'origine immédiate de la nécessité de guérir de nombreux problèmes quotidiens. Prenez plaisir à ce voyage !

As we have documented over the past 6 years, Kyusho translates as "Vital Point" and is a study of the human condition and it's frailties. Although similar in appearance to the ancient acupuncture and pressure point massage methods, the Kyusho method can also deal with immediacy for certain trauma as well as easily rid the body of common ailments. Within seconds we canm begin to relax and ease the pain associated with headaches, backaches, muscle and internal cramps, hiccups, asthma, nausea, sinus congestion and so many more common maladies both of natural causes as well as trauma inflicted. This is all performed quickly and efficiently without expensive pills or drugs that can take 20 minutes or more to work or have serious side effects on other organs or body functions. The ramifications are enormous and we believe to be of such worth for continued research and societal benefit. This type of holistic approach has been effective for many thousands of years in cultures throughout the world and we have added even more possibility and purpose to it for you. Once you learn these simple methods of Kyusho First Aide, you too can help your family and friends with many of these common ailments we each suffer through. Let this serve as an historical record of how these methods developed and the other health possibilities they hold for day-to-day living. However it is not the full curriculum, as one would expect, the depth and intricacies can only be conveyed with hands on application and practice under the watchful eye of an instructor. The consistent practice of these methods will not only increase your abilities to relieve the practiced formulas, but also instruct you in the intuitive application of many other health issues. They should not be considered standalone formulas, but rather ways to correct certain problems within the human body based on the foundation presented.

Wie wir in den letzten 6 Jahren dokumentiert haben, übersetzt sich Kyusho als „Vitalpunkt“, es ist das Studium der menschlichen Beschaffenheit und ihre Zerbrechlichkeit. Auch wenn es dem Anschein nach der alten Akupunktur und den Massagemethoden auf Druckpunkte ähnelt, so kann die Kyusho-Methode doch auch sofort Probleme behandeln und die normalen Leiden des Körpers verschwinden lassen. Innerhalb von Sekunden können wir anfangen, die Beschwerden im Zusammenhang mit Kopfweh, Schmerzen der Schulter, Muskel- und innere Zerrungen, Schluckauf, Asthma, Übelkeiten, Verstopfung der Nase und vielen anderen normalen Krankheiten lindern, egal ob sie natürlicher Ursache haben oder hervorgerufen sind. Diese Effekte werden schnell und effizient erreicht, ohne auf Pillen oder Medikamente zurückgreifen zu müssen, die 20 Minuten oder länger brauchen, um Wirkung zu zeigen, und die starke Nebenwirkungen in anderen Organen oder Körperfunktionen haben können. Die Verzweigungen sind sehr breit gefächert und wir glauben, dass es der Mühe wert ist, weiter zu forschen und so Nutzen für die Gemeinschaft zu erzielen. Dieser Typ der holistischen Zielsetzung war über viele tausend Jahre hinweg und in verschiedenen Kulturen auf der ganzen Welt wirkungsvoll, aber jetzt wollen wir es zugänglich machen. Wenn Du einmal diese einfachen Kyusho-Methoden der ersten Hilfe gelernt hast, kannst auch Du Deiner Familie und Deinen Freunden bei vielen der gewöhnlichen Leiden helfen, unter denen wir alle leiden. Es wird Dir dabei helfen, eine kurze historische Übersicht darüber zu erlangen, wie diese Methoden und andere Möglichkeiten der Gesundheit, die man Tag für Tag braucht, entstanden sind. Aber wie erwartet liegt darin nicht das komplette Programm, denn die tiefsten und komplexesten Konzepte können nur über die Hände erzielt werden, indem man sie unter dem aufmerksamen Bl ick eines Ausbi lders anwendet und übt . Das regelmäßige Ausüben dieser Methoden wird nicht nur Deine Fähigkeiten wachsenlassen, die gelernten Formeln anzuwenden, es wird Dir darüber hinaus auch die intuitive Anwendung vieler anderer Techniken der Gesundheit lehren. Sie sollten nicht als allein stehende Formeln betrachtet werden, sondern als Wege, um gewisse Probleme im menschlichen Körper zu korrigieren, auf der Basis der vorgestellten Konzepte. In den folgenden Kapiteln von „Kyusho - Erste Hilfe“ werden wir zuerst den unmittelbaren Ursprung der Notwendigkeit sehen, viele tägliche Probleme zu heilen. Genießt die Reise!




A Coluna de Raúl Gutíérrez


FU-SHIH KENPO - Treino para o Combate No Fu-Shih Kenpo e como acostuma acontecer na grande maioria de estilos de artes marciais ou desportos de contacto, a premissa fundamental no COMBATE é a preparação física, assunto do qual temos tratado insistentemente nos nossos trabalhos. Um corpo não treinado, uma arma não preparada e uma mente não concentrada…, pouco p o d e m esperar na hora da verdade, tanto seja em um confronto desp o r t i v o como em um da rua. Por isso mesmo, o Jogging, saltar à corda, os exercícios físicos em geral, os estiramentos, flexibilidade, stretching, boxing, kicking, Boxe de sombra (shadows boxing/shadows kicking), combinações, sparrings…, etc…, são fundamentais. Do contrário, a não ser que se seja um super dotado ou enviado de Deus (com respeito), não se deve de esperar muito.


Kenpo


N

o Fu-Shih Kenpo, o Boxe (do Inglês Boxing), também por vezes chamado Boxe inglês ou Boxe irlandês e vulgarmente conhecido como Boxe, é um desporto de combate onde dois confrontantes lutam utilizando apenas os seus punhos com luvas, batendo no adversário da cintura para cima, dentro de um quadrilátero especialmente destinado a tal finalidade, em breves sequências de luta denominadas assaltos ou “rounds” e de acordo a um

preciso regulamento, o qual regula categorias de pesos e duração do encontro, entre outros aspectos. O Boxe é um dos primeiros desportos que aprendi na adolescência e um desporto no qual acredito e no que vejo uma máxima eficácia. De uma maneira mais geral, Boxe ou Pugilismo faz referência a um amplo género de desportos de combate, nos quais, dois adversários se enfrentam em luta, utilizando os punhos, de maneira exclusiva ou não, diferenciando-se conforme as suas regras, de diferentes desportos, como o já dito Boxe inglês ou Boxe propriamente dito, o Boxe francês ou Savate, o Boxe Chinês ou Boxe Shaolín, o Kick Boxing ou Boxe Japonês, o Muay Thai ou Boxe Tailandês, os antigos pugilatos gregos, como o Pygmachia e o Pancracio, etc. A primeira codificação das normas que regulam os encontros de Boxe, é de 1743, enquanto que as regras todavia vigentes, foram estabelecidas em 1889, pelo Marques de Queensberry, quem entre outras coisas, introduziu o uso dos luvas. Tradicionalmente, tem sido considerado como uma prática desportiva exclusivamente masculina, afectada legal e culturalmente por prejuízos de género. O reconhecimento dos direitos das mulheres e os avances na luta contra a descriminação, têm possibilitado que nas últimas décadas se registasse um auge do boxe feminino, pelo que os Jogos Pan-americanos de 2011 e os Jogos Olímpicos de Verão de 2012, incluíram o boxe feminino em várias categorias. Os meus primeiros passos no mundo desportivo do contacto e depois de um Karate Shotokan e Kenpo-Karate, ambos absolutamente degenerados pelo



meu primeiro “Instrutor” (que não mestre), começaram pelo Boxe Americano. Contava eu 17 anos quando já me conheciam no meu bairro de Pudahuel, lá na cidade de Santiago do Chile, porque era um Cinto Laranja de Kenpo-Karate Americano, em 1967. Antigamente, por uma parte existia aquilo dos nossos treinos tão duros e severos que realmente treinávamos como bestas e por isso “éramos considerados diferentes do resto”, quando não superhomens ou entes de outra raça.

Imaginem a seriedade dos nossos treinos e proezas a um tão baixo nível de grau que falarmos de alguém que era KARATEKA, já era sinónimo de “cuidado não te metas com ele”. E é porque além da dureza dos treinos e provas, “nós acreditávamos no que fazíamos” e acreditar em nós mesmos, nos faz três vezes mais fortes. Estava também o “desconhecimento” por parte do resto de seres que não praticavam, nem estavam interessados nem se importavam nada com isso. Havia muito pouca difusão a este respeito… Não é o mesmo estar em guerra, viver realmente um problema na rua, que “imaginá-lo”. Os americanos sabem tudo, descobrem tudo e resolvem tudo “nas fitas”, mas depois, derrubam-lhes as “Torres Gémeas e não tinham nem a mais mínima ideia de que isso lhes podia acontecer a “eles”, os semi-deuses deste mundo…


Kenpo


A Coluna de Raúl Gutíérrez Para o meu gosto e segundo as minhas experiências desde a infância, uma espécie de mistura ou combinação entre Boxe e Taekwondo, é o ideal desportiva ou marcialmente falando, para obter um bom e grande sistema de combate. O Boxe domina e se especializa na curta distância e o Taekwondo na média e na longa distância. É qualquer coisa assim como o Full-Contact e o Kick-Boxing e acredito que tanto do ponto de vista desportivo como nas ruas, é a melhor combinação. Só que ao desportivo se deveria juntar a malícia da rua, a visão da efectividade da rua. Nos meus seminários acostumo dizer que é muito mais difícil aperfeiçoar um bom pontapé ou uma boa combinação de punhos, que “destruir um adversário com pouco esforço e risco” por muito profissional que seja, desportivamente falando. Isto eu tenho podido constatar e demonstrar constantemente! É uma coisa assim como partir um copo, um prato ou qualquer coisa, estrelando-a contra alguma coisa… Basta com deixá-la cair ou lançá-la em contra o chão. Não se demora nada em destrui-la, mas quanto demorou o fabricante em “construi-la” e faze-la chegar até “as nossas mãos”?

Tudo isto pode parecer uma parvoíce para os fanáticos, os tipos duros ou mesmo para os típicos imbecis, que dão sua opinião sem arte nem parte, os que não fizeram nada bom nem bonito na vida, mas “dão opinião e tentam assentar cátedra”. Meu próprio pai foi pugilista desde muito novo. Ele nunca teve contacto com as artes marciais até que contando eu quinze anos, me viu começar com elas. Nunca vi o meu pai perder um confronto na rua, nem como civil, nem como “Carabineiro”. Sua vida tinha sido muito dura. Seu pai, o meu avô morreu com 35 anos, motivo pelo qual o seu destino o levou a contactar com o Boxe desde criança, só para subsistir. E essa crua realidade foi a que o fez forte até o seu último dia, em que aos 88 anos faleceu no elevador de um Hospital, quando ia consultar seu médico, porque se sentia indisposto. Existência dura, morte doce. O meu velhote merecia morrer em paz e quase sem dor, porque já tinha sofrido bastante e porque sempre foi um homem nobre e de lei. Acreditava no meu pai, que nunca me defraudou e acredito no Boxe porque “também” não me defraudou. Por outra parte e sem importar se pratiquei Shotokan Karate ou Kenpo-Karate Americano, sempre me senti


A Coluna de Raúl Gutíérrez atraído pelo bom jogo das pernas. Assim, na década dos anos 80, obtive o Cinturão Negro 3ºDan, concedido pela “United TaeKwon-Do International”, UTI e o 6ºDan de Full-Contact, assinado por BILL WALLACE. Independentemente de todos os sistemas que existem, tenho conhecido e treinado em maior ou menor intensidade: Boxe, Karate, Tae-Kwon-Do, Kenpo, Full-Contact e Kick-Boxing, e tive a fortuna de conhecer e treinar Boxe com pessoas da categoria de Pepe Legrá, José Durán e Alfredo Evangelista; em estilos de Karate com Arturo Petit, Tatzuo Zuzuki, Robert Trias; Kenpo com Petit, Ed Parker, Frank Trejo, Jeff Speakman; em Kung-Fu com Jon Fanning, em Lima Lama com Jorge Vazquez; em Full-Contact com Bill Wallace, Kick-Boxing com Benny Urquidez, Joe Lewis, etc… Isto além das experiências na rua e intervenções no campo policial. É por isto que desportivamente me decanto pelos os sistemas de contacto na linha do Kick-Boxing e do Muay Thai, sem chegar à brutalidade de determinados estilos ou regras modernas de competição, porque considero que essa violência entre os seres humanos, camuflada no termo desportivo, “NÃO É NECESSÁRIA”. Não estamos em tempos nem em campos de guerra. Penso que a própria realidade enquanto à crise mundial, nos deveria levar a praticar desporto e artes marciais, para melhorar como seres humanos, sermos mais nobres, humildes e úteis à sociedade. Os problemas vêm sozinhos e devemos treinar para estarmos fortes e com ideias claras, para poder vencer cada obstáculo que a vida nos puser por diante, mas nunca para gerar mais maldade, causando mal ao próximo nem ao nosso maravilhoso mundo. Mundo que já sofre também pela nossa própria barbárie e abusos contra ele. Como já antes disse, leva muito trabalho e cuidado, por exemplo, cultivar flores… e é muito fácil pisa-las ou cortá-las e com isso quebrar a beleza da harmonia da própria paisagem. Eu treino a cada dia para me manter vivo e lúcido, para continuar gozando das excelências deste nosso mundo, para viver intensamente com a minha família, os meus amigos e alunos ou com cada novo se que conheço. Vivo para contemplar

“O Boxe domina e se especializa na curta distância e o Taekwondo na média e na longa distância. É qualquer coisa assim como o Full-Contact e o Kick-Boxing. Eu penso que tanto do ponto de vista desportivo como do ponto de vista da rua, é a melhor combinação”



A Coluna de Raúl Gutíérrez a chegada de cada novo dia, ou para ver um pôr do sol, para fotografar cada paisagem, para admirar as árvores e as flores na Primavera... Ou seja, para procurar ser feliz e transmitir paz e harmonia aos meus semelhantes, mas nunca, jamais para provocar um mal ou uma dor em nenhum sentido. Mas mesmo sempre tendo sido e pensado assim, a vida me tem levado por diferentes caminhos, nos quais também cometi erros, até começar a perceber certos coisas da nossa existência. Compreendo então que cada ser deve viver a sua própria vida, suas próprias etapas, com acertos e erros, êxitos e fracassos e que agora, neste momento e nestas palavras, a minha missão também é a informar, comunicar e transmitir. E agora o que é preciso é falar acerca de como preparar a nossa juventude para as competições desportivas e/ou marciais e portanto, iremos entrando no assunto. Falamos em treino físico, técnico, flexibilidade, stretching, pontapés, lastres, etc…, agora devemos continuar com Jogging - como factor fundamental para conseguir resistência - e também dos golpes de punho, dos socos, por exemplo. O Jogging, cujo sinónimo é o “footing”, é um exercício físico que consta de correr uma distância longa a um ritmo moderado e constante, a sós ou em grupo, sem intenção competitiva. O exercício físico é fundamental para poder gozar de uma boa saúde. Apesar de que existem muitas pessoas que se sentem muito pesadas à hora de começar a fazer exercício, o certo é que quando fazem-no com regularidade, acabam por ter prazer nisso. Mas é necessário pensar ou começar aos poucos, pelo menos duas vezes por semana. Quando se consegue superar esta disciplina pelo menos durante 2, 3 ou 4 semanas, é estupendo, porque sentir as melhoras pessoais em tão pouco tempo, é suficiente para motivar a continuação. Não resta dúvida de que são muitos os benefícios do exercício que nos proporciona praticar com regularidade um desporto.

“Os problemas surgem sozinhos e devemos treinar para ermos fortes e termos uma mente esclarecida, para poder vencer cada obstáculo que a vida nos põe pela frente”


Kenpo O Que é o jogging? O jogging é um exercício consistente em correr a passo ligeiro, durante 10 a 20 minutos ou mais, de cada vez que o praticarmos. O ideal é praticar jogging 3 a 4 vezes por semana, o que nos proporciona importantes benefícios para a saúde. De entre os mais destacados, o jogging nos resulta útil para emagrecer e perder peso, podendo queimar até 350 calorias em apenas meia hora. Também ajuda a reduzir o estresse da ansiedade própria do dia-a-dia, enquanto tonifica os músculos abdominais focado nos desportos aeróbios e anaeróbicos, como são as artes marciais e desportos de contacto. O exercício aeróbio é um exercício físico que necessita da respiração. Abrange os exercícios mais comuns, como andar, marchar, trotar, dançar, esquiar, pedalar, etc. O objectivo é conseguir maior resistência. Para obter a energia necessária para realizar estas actividades, é preciso queimar hidratos e gorduras, e para isso se necessita de oxigénio. Se denomina exercício aeróbio (também denominado tardio) aquele que precisa oxigénio, enquanto que no anaeróbico não há necessidade do mesmo. É muito mais fácil de perceber com exemplos e assim sendo, vejamos alguns: Correr, pedalar, dançar ou nadar, são actividades que requerem esforço constante e se baseiam na resistência muscular da capacidade cardiovascular, o que chamamos exercício aeróbio. Frequentemente se procura este tipo de exercício para queimar gorduras e perder peso, e se combina com anaeróbicos, a fim de conseguir um aumento da massa muscular. O termo aeróbio inclui aquelas actividades de média ou baixa intensidade, que se podem realizar durante períodos de tempo prolongados. Como já apontamos, neste caso, o organismo exige oxigénio para queimar gorduras e hidratos de carbono. A frequência cardíaca oscila entre as 120 e 170 pulsações por minuto.

Exercício anaeróbico O termo anaeróbico designa os exercícios explosivos, de grande intensidade e curta duração, onde o músculo trabalha sem oxigénio: levantar pesos, corridas de velocidade, artes marciais, saltos em provas de atletismo, etc. As actividades ou exercícios anaeróbicos visam fortalecer o sistema músculo-esquelético, a aumentar o rendimento corporal e tonificar a musculatura. O ritmo cardíaco parte das 180 pulsações por minuto. O exercício anaeróbico se classifica em dos tipos: aláctico e láctico. O primeiro deles abrange esforços explosivos de curta duração (de 0 a 16 segundos), onde a presença de oxigénio é quase nula. Um exemplo disso se encontra em corridas curtas ou sprints. Por sua parte, no exercício anaeróbico láctico englobaríamos a todas aquelas actividades físicas que não duram mais de 3 minutos.

“Nos meus seminários acostumo dizer que é muito mais difícil aperfeiçoar um bom pontapé ou uma boa combinação de punhos, que destruir um adversário com pouco esforço e risco, por muito profissional que se seja, desportivamente falando”



En este primer trabajo instruccional, Andreas Weitzel, fundador y jefe instructor de la Academia SYSTEMA Weitzel (Augsburg, Alemania) y uno de los principales instructores de SYSTEMA en Europa, explica los fundamentos de combate más importantes. Primero define claramente la forma natural de caminar, centrandose en la ejecución correcta de los pasos, para a continuación, mostrar cómo emplear este trabajo en aplicaciones de combate. Una variedad de diferentes temas se explican en este DVD, incluyendo: Cómo desequilibrar a un atacante; Cómo golpear y patear correctamente; Cómo defenderse frente a agarres, derribos, golpes y patadas. Las explicaciones de este vídeo son sencillas pero claras, con el objetivo de facilitar la comprensión y el aprendizaje para todos. Durante su explicación Andreas siempre incluye y se centra en los principios y fundamentos más importantes del SYSTEMA, mostrando cómo los diferentes temas están estrechamente vinculados entre sí. Asímismo se muestra trabajo libre y espontáneo contra diferentes ataques de mano vacía y con armas, en condiciones realistas y a máxima velocidad de ejecución. En este video Andreas es asistido por Michael Hazenbeller (Rastatt) y Thomas Gössler (Augsburg), dos experimentados instructores de Systema.

REF.: • DVD/SYSWEITZEL1

Todos los DVD’s producidos por Budo International se realizan en soporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares), y la impresión de las carátulas sigue las más estrictas exigencias de calidad (tipo de papel e impresión). Asimismo ninguno de nuestros productos es comercializado a través de portales de subastas online. Si este DVD no cumple estos requisitos, y/o la carátula y la serigrafía no coinciden con la que aquí mostramos, se trata de una copia pirata.


"Tem cuidado com os teus pensamentos, porque se tornarão as tuas palavras. Tem cuidado com as tuas palavras, porque se tornarão teus actos. Tem cuidado com teus actos, porque se tornarão teus hábitos. Tem cuidado com teus hábitos, porque se tornarão o teu destino". Mahatma Gandhi


Cinturão Negro: O que é o Instinto? Justo Dieguez: O Instinto não se pode explicar de uma maneira raçãoal, posto que o próprio fenômeno do Instinto é irraçãoal. O instinto vai mais além do intelecto do ser humano. É proveniente de algum lugar onde o intelecto não tem cabida. Se pode sentir, mas não se pode explicar; se pode notar que alguma coisa aconteceu, porque se cria um vazio, um acaso.

C.N.: Onde tem lugar o Instinto? J.D.: A explicação significaria responder a perguntas como: Onde acontece? Porquê acontece? Qual é a causa? O instinto é um território de acontecimentos que não tem relação com os nossos pensamentos; o instinto é algo muito superior, não está dirigido pelo pensamento técnico, portanto, não é possível desenvolver o instinto através da Técnica. O instinto é muito superior ao


“O instinto é um território de acontecimentos que não tem relação com os nossos pensamentos. O instinto é algo muito superior. Não está dirigido pelo pensamento técnico, portanto, não é possível desenvolver o instinto através da Técnica”


pensamento, o instinto pode utilizar o pensamento técnico como meio, mas o pensamento técnico nunca poderá nem tão sequer tocar de leve, uma coisa tão superior como o Instinto. Vejamos isto desta maneira: A mente é superior ao corpo. Não é assim? Ela, a mente, pode dirigir o corpo, mas o corpo não pode dirigir nem controlar a mente. C.N.: Qual é o veículo do Instinto? J.D.: O Instinto viaja sem necessidade de veículo. Quando se sente o instinto, o pensamento técnico passa a

um segundo plano, muito necessário para poder transmitir de uma maneira física os objectivos. Não há explicação da superioridade do instinto sobre a mente técnica. No entanto, a mente técnica pode sentir que ali sucedeu alguma coisa que está para além de mim. Basta o facto de reconhecer que essa alguma coisa sucedeu, que houve um vazio onde uma força superior nos fez expressar alguma coisa de uma maneira natural, fora da mente técnica. É nesse momento quando a nossa mente acreditará numa força superior interior. Mas o pensamento


“Podemos usar a mente técnica como o que é, um instrumento e assim estar abertos, receptivos. Esta maneira de pensamento, nos ajudará a reconhecer e perceber esse momento em que uma coisa superior, instintiva, não técnica, tenha acontecido”


técnico também pode rejeitar o que tenha acontecido e se pensamos que aquilo que não se pode explicar através do pensamento técnico, não existe, quer dizer que continuaremos apegados ao pensamento técnico, obstaculizando que o instinto nos fale. C.N.: É compatível a mente técnica com o Instinto? J.D.: Podemos e devemos utilizar a mente técnica, Quem disse que temos de estar fechados? Podemos usar

a mente técnica como aquilo que é, um instrumento e dessa maneira, estar abertos, receptivos. Assim, o modo de pensamento nos ajudará a reconhecer e compreender esse momento em que alguma coisa superior instintiva, não técnica, sucedeu. Podemos usar a nossa mente técnica para a expressão dos nossos movimentos, mas não para a explicação; o instinto é um salto, não é coisa que chega passo por passo. É uma coisa que te acontece, não é uma coisa que chega a ti, sem acasos, sem uma


origem, é repentina e isto é o instinto, uma coisa que acontece e não há nada que a possa captar, porque não é coisa que se possa transmitir, C.N.: E a mente técnica e o Instinto? J.D.: A mente técnica se divide em causa e efeito, o conhecido e o desconhecido. O instinto se baseia no incognoscível, pelo que não se pode conhecer. Este é o reino do instinto, se pode sentir mas não se pode explicar.

C.N.: E a mente técnica e o Instinto na defesa pessoal? J.D.: Actualmente, as Artes Marciais estão muito longe do motivo e de terem sido criadas. Se vive com num total fanatismo da evolução técnica e se “vende” como a chave para uma defesa pessoal absoluta. As Artes Marciais se tornaram desportos de contacto com regras, que se afastam cada dia mais de um predador brutal, a realidade das ruas. A defesa pessoal não está numa mente técnica,


“Hoje, as Artes Marciais estão muito longe do motivo e o destino para que foram criadas. Se vive com um absoluto fanatismo o desenvolvimento técnico e se vende como a chave para uma defesa pessoal absoluta”


não está em repetir até o infinito as mesmas técnicas e não está em vencer um oponente no ringue. A defesa pessoal começa por valorar-nos a nós mesmos, implica respeito para nós mesmos e para os outros. Requer por uma parte, uns princípios e uma mente técnica, que com o conhecimento da nossa mecânica corporal, nos ajudarão a conhecer e melhorar as nossas ferramentas corporais e emocionais, de maneira a podermos chegar a uma expressão própria e pessoal, adaptada ao nosso potencial. Só assim seremos capazes

de perceber o que de extraordinário há, por detrás de uma acção, ainda que a mesma não seja perfeita em sua execução. C.N.: E do que pensas tratar no teu próximo artigo? J.D.: Quero falar da mulher, dessa mulher que poderia ser a minha mãe ou a tua, a minha irmã ou a tua, a minha filha ou a tua, a minha mulher ou a tua. Quero falar da persecução a que se encontra submetida, a humilhação e a violência que sofre gratuitamente, de uma maneira ou de outra.


“A defesa pessoal começa por dar-nos valor a nós mesmos, indica respeito a nós mesmos e aos outros”






ACAMPADAS DE VERÃO WENG CHUN 2016, EM BAMBERG (ALEMANHA) DIRIGIDOS PESSOALMENTE PELO GRÃO MESTRE ANDREAS HOFFMANN

ABERTOS A TODOS! Que cinco dias nos esperam treinando, suando, gozando, todos juntos! Tudo organizado pelo GM Andreas Hoffmann, em sua casa e no Quartel Geral Mundial do Chun Weng, em Bamberg. Alemanha. As acampadas se concentram no Weng Chun para todos os níveis e estão abertas a todos. Durante as acampadas também teremos sessões opcionais de Vietnam Weng Chun, Sanda, BJJ, e Qigong Shaolin/Filosofia. Portanto, também se podem unir a nós apenas durante um ou dois días. O preço da acampada é só de 250€ (para sócios) e de 300€ para o público em geral, durante 5 dias. Para 1 dia são 60€ para sócios e 70€ para o público em geral. QUANDO É A ACAMPADA DE VERÃO DO WENG CHUN 1: Da 4ªfeira, dia 3 até o Domingo 7 de Agosto de 2016, em horários de: 4ªfeira das 14 às 19 horas. 5ªfeira, Sexta e Sábado das 10 às 12:30 e das 14:30 em adiante e no Domingo das 10 às 14 horas. Sessões opcionais especialmente na parte da tarde. Esta acampada está destinada a todos os níveis, tendo como foco principal o nível básico e médio do Weng Chun. ACAMPADAS DE VERÃO DO WENG CHUN 2: Da 4ªfeira dia 10 até o Domingo dia 14 de Agosto de 2016. 4ªfeira das 14:00 às 19 horas, 5ªfeira/Sexta/Sábado das 10 às 12:30 horas e das 14:30 às 16:30. No domingo das 10 às 12:30. Sessões opcionais extra: Esta acampada está pensada para todos os níveis, focalizando especialmente os níveis médios e avançados do Weng Chun. Onde? No Quartel Geral do Weng Chun, Memmelsdorferstrasse 82 R, 96052 Bamberg, Alemanha, a 5 minutos a pé desde a estação de comboios e a 40 minutos de carro ou em comboio, desde o aeroporto de Nuremberg. Se estiverem interessados ou desejarem mais informação adicional, favor escrever para os correios electrónicos wengchunbamberg@googlemail.com e www.weng-chun.com


Andreas Hoffmann Associação International de WengChun® Weng Chun Kung Fu, Defesa Pessoal, Fitness, através da defesa pessoal. Kung Fu para crianças, Sanda, Jiu Jitsu Brasileiro, MMA, Ginástica Natural, Shaolin Qigong, Shaolin Chan, Tai Chi Chuan, Ba Gua, TCM e-mail: wengchunbamberg@googlemail.com página web: www.weng-chun.com Endereço: Memmelsdorferstrasse 82 R, 96052 Bamberg Telefone: 095137379 Conta bancaria: IBAN DE02 7705 0000 0578 7215 32 Swift Bic BYLADEM1SKB







REF.: • DVD/LARRY4 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.







Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de sus conocimientos, también claro está de una trayectoria y en mi humilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter. Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas, muchos años después de aquel primer encuentro, porque reúne todas estas cualidades. Gozoso reencuentro debo añadir, pues lo fue. Corto pero sabroso y suficiente para comprender como todo lo que uno había esbozado hace años, en aquella primera ocasión estaba ahí, maduro, firme y gentil a la vez. La razón de su viaje: Un nuevo video que verá la luz en breve. Una mañana de trabajo impecable, una grabación fluida y agradable, para un video que a buen seguro, hará las delicias de todos los amantes de las Artes filipinas. El Latosa Escrima, un estilo que un Maestro amigo de Wing Tsun definió con elógios como “anti espectacular”, donde la eficacia campa a sus anchas, marcando la diferencia. Contamos con la inestimable asistencia de su alumno Sifu Markus Goettel, al que agradecemos su gentileza y ayuda.

REF.: • LAT-3

Todos los DVD’s producidos por Budo International se realizan en soporte DVD-5, formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, o similares), y la impresión de las carátulas sigue las más estrictas exigencias de calidad (tipo de papel e impresión). Asimismo ninguno de nuestros productos es comercializado a través de portales de subastas online. Si este DVD no cumple estos requisitos, y/o la carátula y la serigrafía no coinciden con la que aquí mostramos, se trata de una copia pirata.


WingTsun Wing Tsun e o Estilo “Simples” É frequente ver como em grande número d e p u b l i c a ç õ e s a c e r c a d o W i n g Ts u n (revistas, foros, publicidade, etc.…) se afirma, com grande segurança, que a característica mais importante da Arte é sua simplicidade. Quando um adepto ao sistema, anda por uma tua numa cidade da Europa e observa algum cartaz onde se oferecem aulas de Wing Tsun, chama a tenção que em quase todos eles se faz referência à “simplicidade” do Sistema, como sendo o que define o estilo. Alguns anos atrás, eu podia estar mais ou menos de acordo, mas actualmente, quanto mais avanço na prática desta ARTE, mais consciência tenho de que essa SIMPLICIDADE é só em apariência. Para mim, este sistema aparentemente “estranho” e de posições suaves (isso é o que parece a um não praticante), encerra uma dificuldade só acessível a aqueles dispostos a percorrer um longo caminho, aquelas pessoas capazes de ver e compreender aquela mítica frase do grande Leonardo Da Vinci que dizia: “A Simplicidade é o máximo em sofisticação”.


A Coluna do WT


WingTsun

E

sta fantástica frase resume muito bem o espírito que deve marcar o caminho da prática no Wing Chun e que, penso eu, se tem confundido em inúmeras ocasiões. A base do estilo, tanto a técnica como a filosófica, tenta reduzir todo processo técnico/mental, ao sistema binário e portanto, a sua tendência é a redução ao mínimo de toda tomada de decisão: 1 ou 0, positivo ou negativo, branco ou preto, YANG ou YING. Aparentemente simples, na prática, é a mais difícil de todas as batalhas! Como dizia o Grão Mestre Wong Shun Leung: “O homem padece da estranha doença de complicar as coisas”. O mestre Wong, talvez um dos mais importantes mestres de Wing Chun da era moderna, é certamente, um claro expoente do dilema que surge de tentar simplificar em excesso, alguma coisa que na prática o não é tanto! E o não é por essa “estranha doença de complicar as coisas” inerente a todo homem. São poucos (muito poucos, diria eu) aqueles capazes de isolar-se de todo barulho e movimento, e levar a termo um processo mental e técnico, independentemente de qualquer coisa que o adversário tentar realizar e em qualquer cenário ou situação. É precisamente aí onde se processa a primeira das batalhas. Se definimos a estratégia global do Wing, iremos coincidir em que não parece demasiadamente complicada. Parece claramente traçada pelos princípios do mesmo: 1. Se o Caminho está livre, AVANÇA. 2. Se chocares com o teu inimigo, PERMANECE COLADO a ele (não retrocedas). 3. Se a força (ou o momento de força) é superior à tua, CEDE 4. Se o teu inimigo se retirar/fugir PERSEGUE-O Acho que poderíamos tentar explicar isto, um pouco mais, até para aquelas pessoas que habitualmente não são praticantes de Wing Chun Kuen:


A Coluna do WT 1. Se o Caminho está livre, AVANÇA. 2. Se chocares com o inimigo, PERMANECE COLADO a ele (não retrocedas). 3. Se a força (ou o momento de força) é superior à tua, CEDE. 4. Se o inimigo se retirar ou fugir, PERSEGUE-O.


WingTsun 1. Permaneceremos numa posição completamente imóveis a olhos do inimigo (mas carregados com a força elástica), esperando que o inimigo ENTRE na nossa distância de aplicação. 2. NÃO mostraremos o mais mínimo movimento ou tensão. Nem de um só milímetro à vista do nosso inimigo. Esperaremos como um predador espera a sua vítima. 3. No momento em que o inimigo entra na nossa distância, lançaremos contra ele todo o nosso corpo protegido com mãos e pernas, tentado fechar o espaço entre ambos, da maneira mais rápida possível. Devemos introduzir-nos no seu movimento quando o seu ataque (ou tentativa) tiver começado. Quanto mais sejamos capazes de aguentar, menor capacidade de resposta terá o inimigo. 4. Se no choque com o inimigo encontramos o caminho livre (sem obstáculos,) bateremos sem parar até a vitória, sem o deixarmos recuperar-se do nosso fluir de ataques CONTÍNUOS. Se pelo contrário encontrarmos obstáculos, nos colamos com braços e pernas a ele, para inibir os seus ataques, desviá-los, ou nos movermos a um ângulo seguro, mas SEMPRE com a intenção de nos libertar-nos imediatamente das suas extremidades e “passarmos a sua guarda” para BATERMOS de novo, de maneira continuada e fluida. E, um pormenor muito importante: Uma vez começado o conflito, é preciso levá-lo até o final. Não permitir que surjam mais tentativas por parte do adversário, o que acontecerá se permitirmos que se afaste e que possa de novo reagir. Como podem apreciar, o que para muitos parece simples, talvez na prática o não seja tanto... Realmente, tudo se complica porque não se explicou convenientemente, a necessidade de separar em duas


A Coluna do WT


WingTsun partes o sistema: por um lado, a estratégia e pelo outro, a técnica. A técnica permite levar a efeito a estratégia. A estratégia é possível pela existência dessa técnica, que consta de atributos adquiridos mediante a prática. Separados, diferentes mas complementares (yin e yang). Acredito firmemente que a compreensão destas duas ideias, separadas mas ao mesmo tempo complementares, constitui um correcto ponto de partida para o treino e acima de tudo, um excelente objectivo que marcará o rumo da nossa prática. De novo, este conceito - que nos serve como origem, à vez que como finalidade - nos mostra a inseparável influência do Taoísmo, no Wing Tsun. Referindo-nos à técnica, um praticante de Wing Tsun devia compreender que a redução ao código binário 1 e 0, constitui uma série de vantagens frente a outros estilos. Expliquemos brevemente este conceito: Quando um não praticante do nosso estilo observa desde fora a execução de técnicas de um mestre qualificado, o que mais o surpreende é a velocidade à que pode mover suas mãos e muito especialmente, a precisão e aparente simplicidade com que pode superar ao contrário. Acostumo afirmar que, a velocidade de um praticante de Wing Tsun não tem nada a ver com a velocidade genética do praticante. De facto, os praticantes mais rápidos acostumam a ser praticantes quase idosos. A raiz desta velocidade se fundamenta especialmente no “não processamento” mental das reacções e técnicas. Quer dizer: o praticante, mediante o treino metódico das reacções e técnicas no Chi Sao, consegue reduzir à mínima expressão, toda resposta.


A Coluna do WT “Uma vez INCIADO o conflito, tem de ser levado até o final. Não permitir que se surjam várias tentativas por parte do adversário, o que acontecerá se deixarmos ele se afastar e se refazer de novo”


WingTsun Ou seja: quando um praticante CHOCA com um braço do inimigo, nesse choque, o praticante SENTE (mediante a sensibilidade táctil) se há um caminho livre (1), ou se pelo contrário, está ocupado ou fechado (0). Uma ou outra resposta geram a reacção adquirida no treino: 1 = bater avançando, 0= a fiar colado à extremidade com a qual choca. Se o adversário, depois de chocar com o nosso ataque, mover a sua mão para fechar a nossa entrada, isso constitui uma abertura em outro lado. Ceder à força superior não supõe mais que encontrar ou sentir que essa porta está fechada e de maneira automática, procurar entrada em outra posição. Como podem ver, este processo se repete em todas e cada uma das situações que se podem dar em um confronto. A mestria se consegue quando, mediante o treino adequado, essas rápidas escolhas se processam de maneira totalmente automática. Após toda esta complexa explicação, quem se atreveria a dizer que o Wing Chun Kuen é um estilo simples? Desde já, eu não! Como acostuma a acontecer em infinitas ocasiões, tendemos a ignorar ou a simplificar aquilo que não compreendemos ou que nos supera por sua grande complicação. Na minha opinião, esta acontece na maioria dos sistemas chineses. Afortunadamente, a filosofia Budista, Confucionista e Taoísta (esta última principalmente) formam parte do ADN do sistema e não é possível conseguir o domínio da arte separando o que é inseparável. Toda tentativa de separação, desnaturaliza este estilo e o torna uma “caricatura” do que realmente ele é. Efectivamente, é parecido, mas no fundo não tem muito a ver com a realidade. Por isso, permita-me o leitor afirmar, sem medo a me enganar, que a simplicidade não se encontra entre as principais virtudes deste estilo, ou de novo, parafrasear ao meu admirado Leonardo Da Vinci: “A Simplicidade é o máximo em Sofisticação” Sifu Salvador Sánchez TAOWS Academy International WingTsunEurope info@taows-academy.com www.taows-academy.com www.wingtsuneurope.com www.taowsuniversity.com


A Coluna do WT

“Quando um não praticante do nosso estilo observa desde fora a execução de técnicas de um mestre qualificado, o que mais o surpreende é a velocidade à qual pode mover suas mãos e muito especialmente, a precisão e a aparente simplicidade com que pode superar o outro”



ACAMPADAS DE VERÃO WENG CHUN 2016, EM BAMBERG (ALEMANHA) DIRIGIDOS PESSOALMENTE PELO GRÃO MESTRE ANDREAS HOFFMANN

ABERTOS A TODOS! Que cinco dias nos esperam treinando, suando, gozando, todos juntos! Tudo organizado pelo GM Andreas Hoffmann, em sua casa e no Quartel Geral Mundial do Chun Weng, em Bamberg. Alemanha. As acampadas se concentram no Weng Chun para todos os níveis e estão abertas a todos. Durante as acampadas também teremos sessões opcionais de Vietnam Weng Chun, Sanda, BJJ, e Qigong Shaolin/Filosofia. Portanto, também se podem unir a nós apenas durante um ou dois días. O preço da acampada é só de 250€ (para sócios) e de 300€ para o público em geral, durante 5 dias. Para 1 dia são 60€ para sócios e 70€ para o público em geral. QUANDO É A ACAMPADA DE VERÃO DO WENG CHUN 1: Da 4ªfeira, dia 3 até o Domingo 7 de Agosto de 2016, em horários de: 4ªfeira das 14 às 19 horas. 5ªfeira, Sexta e Sábado das 10 às 12:30 e das 14:30 em adiante e no Domingo das 10 às 14 horas. Sessões opcionais especialmente na parte da tarde. Esta acampada está destinada a todos os níveis, tendo como foco principal o nível básico e médio do Weng Chun. ACAMPADAS DE VERÃO DO WENG CHUN 2: Da 4ªfeira dia 10 até o Domingo dia 14 de Agosto de 2016. 4ªfeira das 14:00 às 19 horas, 5ªfeira/Sexta/Sábado das 10 às 12:30 horas e das 14:30 às 16:30. No domingo das 10 às 12:30. Sessões opcionais extra: Esta acampada está pensada para todos os níveis, focalizando especialmente os níveis médios e avançados do Weng Chun. Onde? No Quartel Geral do Weng Chun, Memmelsdorferstrasse 82 R, 96052 Bamberg, Alemanha, a 5 minutos a pé desde a estação de comboios e a 40 minutos de carro ou em comboio, desde o aeroporto de Nuremberg. Se estiverem interessados ou desejarem mais informação adicional, favor escrever para os correios electrónicos: wengchunbamberg@googlemail.com e www.weng-chun.com Andreas Hoffmann Associação International de WengChun® Weng Chun Kung Fu, Defesa Pessoal, Fitness, através da defesa pessoal. Kung Fu para crianças, Sanda, Jiu Jitsu Brasileiro, MMA, Ginástica Natural, Shaolin Qigong, Shaolin Chan, Tai Chi Chuan, Ba Gua, TCM e-mail: wengchunbamberg@googlemail.com página web: www.weng-chun.com Endereço: Memmelsdorferstrasse 82 R, 96052 Bamberg Telefone: 095137379 Conta bancaria: IBAN DE02 7705 0000 0578 7215 32 Swift Bic BYLADEM1SKB







O que acontece quando duas pessoas praticam ChiSao? Qual é o sentido da sua prática e quais os objectivos? Neste 3º DVD, "Chi Sao desde a base até o nível avançado", Sifu Salvador Sánchez aborda o aspecto talvez mais importante do sistema Wing Chun, o Chi-Sao, a própria alma do sistema, que lhe dota de umas características completamente diferentes dos outros, e proporciona grandes virtudes ao praticante. Este trabalho trata alguns aspectos em princípio muito básicos, mas que conforme vamos aprofundando neles, nos parecem surpreendentes. É um rasgo muito claro da cultura tradicional chinesa, o que é muito óbvio à primeira vista, encerra uma segunda ou terceira leitura, que de certeza modificará a nossa maneira de ver, a prática e a compreensão. Analizamos como praticar o Chi Sao mediante os nossos “drills” de trabalho e como aplicar esses drills, essa habilidade, em um sparring, vinculando alguns conceitos, talvez não tão ligados ao Kung Fu tradicional, tais como bio-mecânica, estruturas, conhecimentos de física, etc..., a fim de obter melhores resultados na prática.

REF.: • DVD/TAOWS3

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.






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“Talvez uma das melhores representações de assuntos Marciais em Teatro” Magnífica representação no teatro “A Rambleta” de Valência (Espanha) de “Os Shizen, o povo de Tengu”, um espectáculo audio-visual justamente integrado no ano dual Espanha-Japão, uma grande iniciativa da embaixada do Japão na Espanha e que festeja o estabelecimento de relações entre ambos países. O espectáculo criado para a ocasião, formava parte também da festa pública pela graduação na escola Kaze no Ryu, de 6 novos Shidoshi, ou Joho, tal como se diz en Shizengo. Um documentário sobre esta representação, está sendo produzido com seu making off, back stage, entrevistas, etc. e que incluirá grande parte do espectáculo, para que todos os interessados na cultura Shizen de todo o mundo, que não puderam assistir, possam gozar do mesmo. “O povo de Tengu” foi pensado como uma presentação ao público da tradição Shizen, situando-a histórica e culturalmente e destacando os seus dois aspectos mais interessantes: por um lado, a sua tradição Marcial, o Bugei, e por outro lado, a sua cultura espiritual, o e-bunto.


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“A magia, o encanto, o sabor do que é autêntico. A força de uma cultura e um povo, e seus costumes”

Seis novos Shidoshi festejaram a sua graduação de acordo com a tradição Shizen, com todas as suas cerimónias, com os ritos e as velhas danças em volta da fogueira, o tiro cerimonial e em companhia de seus seres mais queridos. Com, generosidade e abundância festejaram e honraram todos os mundos visíveis e invisíveis, à antiga maneira do poderoso povo de Tengu, numa noite mágica e inesquecível. Quem disse que não ficavam cosas autênticas? Festa de graduação dos novos Joho (Shidoshi) da linhagem de Kawa, escola Kaze no Ryu Ogawa Ha, dirigida por Shidoshi Jordan Augusto Oliveira.


Muay Boran

O antigo sistema do Muay do Rei Tigre Os soberanos sempre tiveram um importante papel na evolução do Muay Thai, que por isso foi chamado a arte dos Reis. Sem dúvida alguma, o mais famoso dos reis lutadores foi Prachao Sua, denominado o Rei Tigre, por su força como lutador e sua crueldade no combate. A lenda conta que a ele gostava muitíssimo da luta, ao ponto de abandonar a capital Ayuddhaya e viajar como incógnito pelo seu reino, para desafiar os campeões locais, aos quais sempre derrotou. O Rei Sua foi quem mandou que o exército siamês treinasse regularmente a Arte Marcial nacional, o Muay Thai, e pessoalmente fundou muitos Kai Muay, campos de adestramento, por de todo o país.



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as vamos dar um passo atrás e voltemos à época da juventude do Rei, quando ainda era conhecido como Khun Luang Sorasak, nos primeiros anos do Século XVIII. Nessa época, a capital do reino do Sião era Ayuddhaya, que fora fundada pelo Rei U-Thong, renascida após ter caído pela primeira vez, em mãos do exército da Birmânia, mas que havia de permanecer gloriosa capital do reino durante 417 anos. A cidade estava situada numa zona geograficamente propícia e que durante longos anos, representou a cimeira da civilização siamesa, do ponto de vista da arte, da cultura e como centro da política e do poder militar.

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Para muitos estudiosos tailandeses, os primeiros anos do Século XVIII, em Ayuddhaya representaram a idade de oiro do Muay Thai. Em muitos aspectos, a luta tailandesa que chegou até nós, tem as suas raízes na maneira de combater, estudada e aperfeiçoada na capital, durante esses anos gloriosos. Prachao Sua foi, sem dúvida, um dos protagonistas dessa época, devido à autêntica paixão que desde a infância sentia pela técnica de combate. Graças à sua posição privilegiada, um Khun Luang Sorasak faminto de conhecimentos, quis ter em sua volta os melhores Krhu Muay da época. Mestres provenientes das diferentes zonas do país, confluíram em Ayuddhaya, sendo portadores de estilos e sistemas especiais de Muay. Sob o vigilante olhar do Príncipe, a corte real se



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transformou em um fantástico laboratório, onde foram confrontadas, provadas e sintetizadas as melhores estratégias e técnicas de combate a mãos nuas, como talvez nunca antes acontecera. Não satisfeito com isso, Khun Luang chegou a realizar em primeira pessoa, uma pesquisa sobre as Mai Muay (técnicas de luta) mais sofisticadas, deixando a corte para visitar os melhores campos de adestramento do Reino e estudar as metodologias utilizadas pelos vários mestres.

Graças às suas grandes capacidades atléticas e sua paixão incansável, o Príncipe, depois de chegar ao trono como Phrachao Sua, não duvidou em fingir ser um camponês, para desafiar campeões locais, experimentando as suas capacidades de lutador sem a protecção impenetrável do seu lugar supremo, que teria impedido a quem quer que fosse lutar contra ele. Do ponto de vista técnico, graças aos estudos mais recentes do Ministério da Cultura Tailandesa, sabemos que o Rei Sua contribuiu de maneira fundamental à



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realização de um “programa técnico” refinado, que durante anos foi utilizado como guia de adestramento do Damruot Luang, batalhão da guarda real, a primeira unidade de élite (agora denominada forças especiais) do Exército Tailandês da época de Ayuddhaya. Para alguns autores, o estilo de combate do batalhão real, denominado Muay Luang, seria o resultado da sistematização do método de luta criado pelo Rei Tigre Phrachao Sua. Seguindo este método, o guerreiro praticante de Muay, tem que treinar primeiro as técnicas evasivas, como indica um adágio latino, “primum vivire”. Para isso, se dividem em quatro os estilos de defesa, baseados na arma natural utilizada pelo adversário para atacar. Assim, se destacam 29 formas de defesa contra punhos e seus relativos contra-ataques, 25 formas de defesa e contraataques contra pontapés, 3 formas de defesa e contraataques contra joelhadas e 4 formas de defesa e contraataques contra cotoveladas.

Em situações em que faz necessária uma acção ofensiva rápida, por exemplo, pela presença de mais adversários que têm de ser eliminados rapidamente, o método Prachao Sua tem 22 formas denominadas de “agressão imediata”. Em análise mais profundo, todo o sistema revela uma perícia técnica insuspeita para essa época. O Rei Tigre era um profundo conhecedor dos aspectos mais sofisticados da Arte Marcial e da eficacia das suas acções codificadas, não se baseou em um emprego indiscriminado da força física, mas sim em um conhecimento pormenorizado da anatomia humana (especialmente no que diz respeito aos pontos sensíveis e vitais), e da maneira mais racional de emprego das armas naturais do corpo. Se juntaram técnicas poderosas de ataque de pernas e/ou de braços, a movimentos imprevisíveis (saltos, mudanças de nível, torções), que faziam o combatente


habilidoso do Muay Luang, capaz de adaptar-se com facilidade, a situações e adversários muito diferentes. O grande mérito do Rei Sua foi que, por pela sua enorme paixão pelo Muay, convocou e juntou os melhores mestres da época dourada de Ayuddhaya, para sob a sua orientação, criar uma base do que durante séculos tem sido uma das artes de combate mais estimadas e temidas no mundo.

O guerreiro Nai Khanom Thom Para os antigos Mestres tailandeses, o Muay Thai, forma de luta tradicional do povo tailandês, é uma arte de combate que proporciona aos seus adeptos, a eficácia nas lutas contra um ou possivelmente mais adversários, utilizando as armas naturais do corpo humano, da cabeça aos pés. No combate tem de se saber utilizar os braços para bater, agarrar e lutar, e cada parte do corpo se

acondiciona da melhor maneira como “ferramenta” para atacar e defender-se das agressões de todo tipo (frontais, laterais e pelas costas). O estudante sério tem que aprender quais são os pontos fracos do corpo humano, para poder alcança-los em seus ataques e tem que pôr em forma as partes fortes de seu próprio corpo, para usá-las como escudos defensivos e como armaduras, maças e bastões para atacar. Por isso o estudo da arte siamesa se denomina das “9 armas”, que o Muay Thai ensina a utilizar com científica eficiência: a cabeça, as mãos, os cotovelos, os joelhos e as pernas (segundo as técnicas de ataque Chern Muay). O corpo humano adequadamente treinado, animado pelo espírito guerreiro, que o leva a agir sem medo, é comparável a uma arma. Este é o credo da maioria das Artes Orientais de combate. As lendas das tradições marciais da Índia, China, Japão, Coreia e de todo o Sudeste Asiático, estão cheias de episódios quase no


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paranormal, em que o herói se defende de fileiras de adversários armados ou não, utilizando só os seus membros e a sua valentia. No Muay Thai, a figura mais emblemática dessas tradições, a meio caminho entre a lenda e a história e sem dúvida, um exemplo para todos os lutadores adeptos a esta arte, é o famoso guerreiro Nai Khanom Thom. A história da sua vida representa o modelo das proezas do herói guerreiro, fiel à pátria e à Arte Marcial, que no momento de máximo desalento e dificuldade, consegue proporcionar a inspiração em seus valores fundamentais, para superar obstáculos aparentemente insuperáveis, alcançando a liberdade para si mesmo, para os seus companheiros de armas e indirectamente, para todo o seu povo. Feito prisioneiro pelos Birmanos, invasores da sua pátria, durante um terrível ataque à antiga capital Ayuddhaya, em 1774, Nai Khanom Thom foi levado para a Birmânia (a actual Myanmar) junto com muitos de seus companheiros militares. Durante uma série de torneios de luta, em que os Birmanos faziam lutar os prisioneiros como gladiadores, o Rei birmano Mangra reparou em Thom, observando a grande habilidade em

combate do nosso herói. Desejoso de pôr à prova a eficácia da maneira de lutar siamesa, que muitas perdas causava entre os conquistadores birmanos, o rei Mangra resolveu enfrentar em um combate sem armas, o melhor dos prisioneiros tailandeses, contra uma fileira de gladiadores birmanos, escolhidos entre os melhores do seu exército. A grande potência da maneira de lutar usada pelos thais, por certo não podía ser superior à habilidade dos melhores guerreiros de Birmânia! Aqui, a história e a lenda se misturam. Se fala de um épico combate com as mãos nuas, um combate à morte, entre o campeão thai e 10 lutadores birmanos (que segundo outros, eram 12 ou até 13). O certo é que o estilo de combate de Nai Khanom Thom era muito parecido ao que ainda hoje se denomina Muay Kard Chiek ou luta com as mãos ligadas com cordas. Thom estava habituado a utilizar todos os recursos do seu próprio ser, tanto os físicos como os psíquicos, para derrotar os seus adversários. Os lutadores de Muay Kard Chiek da época, eram comparados com tigres famintos, toda acção atacante era possível, não havia limites: punhos, cotoveladas, joelhadas, pontapés, cabeçadas, alavancas às



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articulações, estrangulamentos, projecções, até as mordidas e as “garras” contra as partes moles, formavam parte do que um gladiador da época utilizava e estava pronto a pôr em jogo. Assim é como Nai Khanom Thom teve de se enfrentar ao desafio mais duro de toda a sua carreira de lutador e soldado: combater não só pela sua vida, mas também para salvar seus companheiros e reconquistar a liberdade. Com semelhante carga sobre os seus ombros, as crónicas dizem que o herói thai conseguiu derrotar os seus adversários, um atrás do outro, levando inteligentemente o combate para a mobilidade e a rapidez da acção. Os birmanos eram conhecidos pela potência dos seus punhos e pela sua força na luta corpo

a corpo, por isso, Thom explorou da melhor maneira a sua velocidade, batendo com pontapés, joelhadas e cotoveladas e executado tudo com potência selvagem, batendo com as tíbias, joelhos e cotovelos duros como o ferro, contra os pontos vitais dos adversários. O tradicional calção curto tailandês, do tipo tanga, facilitava os seus deslocamentos e suas ágeis acções, permitindo-lhe não cair preso nos ataques dos lutadores birmanos. De todas as maneiras, a lenda conta que quando já derrotados todos os adversários, foi o próprio Rei Mangra que resolveu conceder a liberdade ao herói thai e a todos os seus companheiros de armas, prisioneiros junto com ele. Diz-se que o Rei observou admirado, a inacreditável prova do lutador siamês e


chegou a afirmar que “cada parte do corpo dos thais é venenosa, porque também sem armas, conseguem vencer seus inimigos”. O efeito positivo da proeza de Nai Khanom Thom, além da sua liberdade, foi que de novo trouxe a confiança para povo tailandês derrotado, mas nunca dominado. A figura deste grande herói, é símbolo do espírito indomável da arte Marcial Thai: o verdadeiro artista marcial é quem antepõe o sentido da honra ao seu próprio interesse pessoal, ainda que isso o exponha a grandes sacrifícios. A pátria, a Arte Marcial, a escola onde se foi adestrado, o seu próprio Mestre, a comunidade dos colegas

praticantes, são os valores pelos que Nai Khanom Thom lutava e por isso, a sua figura ainda é actual e digna de todo respeito. Desde faz séculos, o dia 17 Março é o seu dia e na Tailândia, assim como no resto do mundo, os praticantes de Muay Thai de qualquer nível, honram sua memória hoje, como sempre. Membros da nossa Academia Internacional IMBA de todo o mundo, por ocasião desta festa, se encontram em Ayuddhaya, para assistirem a uma grande cerimónia, em memória da figura do grande guerreiro e prepara os novos adeptos para formarem parte da grande família do Muay Boran.




O Vovinam Integral é simplesmente voltar ao Fundador. A meta do Fundador era clara e abertamente declarada: “Adquirir técnicas eficazes, assimilar as essências destas técnicas e transformá-las em técnicas de Vovinam”. Este conceito está vigente anda hoje e é OBRIGATÓRIO para todos os mestres de Vovinam no mundo. O Vovinam é assim um conceito de investigação, para alcançar um estilo superiormente eficaz. No entanto, actualmente 90% dos professores de Vovinam esquecem isto e se inclinam perante um programa demasiadamente carregado, demasiadamente fixo, demasiadamente estético e por vezes, completamente ineficaz para numerosas técnicas. O Vovinam integral é, simplesmente, voltar a encontrar a essência original da arte de Mestre Nguyen Loc. Para isso, temos os princípios, as técnicas de base e só temos que voltar a trabalhar a forma eficaz de cada técnica, assim como aplicar o princípio fundador. Neste DVD, pela mão do Mestre Patrick Levet, estudamos os fundamentos do Vovinam Integral, as ameaças e ataques com faca, contraataques integrais e a defesa frente a Dam Thang (punho directo), Dam Moc (gancho), Dam Lao (soco azabaia), assim como as chaves básicas de perna.

REF.: • DVD/VIET6

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