Cinturao Negro Revista Portugues 321 Outubro parte 1 2016

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Este DVD é o resultado promovido pela filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR – Spain Branch), para dar a conhecer o conteúdo técnico do estilo Toyama-Ryu, tal como se pratica no Honbu Dojo da ZNTIR, em Machida, Tóquio, sem modificações nem alterações. Tal é a fidelidade do programa que é seu Presidente e máximo responsável técnico Yoshitoki Hataya Sensei, quem acompanhado por alguns membros, executa todo o compêndio do programa actual do estilo. É por isso que nele se pode encontrar a estrutura básica da metodologia que se aplica, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte; as guardas; os Kata da escola, incluindo os relativos à Academia Toyama do Exército, o Gunto Soho e a sua explicação; o trabalho com parceito, tanto de Kumitachi como de Gekken Kumitachi, da piedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, ou seja, o Tameshigiri ou exercícios de corte en um alvo realista. Este é um minucioso DVD em diferentes idiomas, que resulta ser uma valiosa fonte para a investigação e a prática da espada japonesa, assim como para os artistas marciais em geral e os interessados na história do Japão e do seu último conflito bélico mundial. É uma autêntica sorte, podermos observar as técnicas que contém e ao menos para os estudiosos sérios, vale a pena tê-la na sua videoteca. Os praticantes do estilo desejamos compartilhar lealmente o conhecimento da nossa escola de esgrima japonesa, na esperança que ao mesmo tempo, os valores internos próprios daqueles homens de armas impregnem as novas gerações e permitam vislumbrarmos um revulsivo, de uma maneira tradicional, muito diferente da actual focalização das disciplinas de combate com origem no Japão.

REF.: • DVD/TOYAMA-2 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.



“Primeiro, este é um mundo de energia e depois, um mundo de objectos. Se não começamos com a premissa de que é um mundo de energia, nunca seremos capazes de sentir energia directamente” Carlos Castaneda

facto das coisas estarem ocultas à visão, não quer dizer que sejam invisíveis. Inclusivamente o invisível aos olhos, não necessariamente o será por outros meios. Mas a maior cegueira é aquela que não quer ver. Desde criança somos condicionados pelo consenso do meio ambiente e pelas pessoas que nos educam, a aceitar um Universo de realidades, coerente em suas próprias premissas. É natural que em consequência, aprendamos a nos negarmos simplesmente a considerar tudo o que se sair das mesmas. Em casos extremos e quando as pessoas são muito sensíveis ao invisível, a dita negação provoca contradições de inadaptação tão grandes que o indivíduo, preso num mar bipolar, é do todo incapaz de transitar coerentemente entre ambos mundos, o mundo das sensações pessoais do invisível e o da rochosa coerência do consenso do grupo, de tal maneira que não é raro que acabe internado em um manicómio ou “empastilhado” ao limite do atordoamento. A percepção do invisível não é impossível e já não falo do subjectivo, que sempre poderá ser causa controvertida, mas sim da constatação, a partir de ferramentas capazes de objectivar a descodificação de energias e tensões, como quem usa um manómetro para medir a tensao arterial, ou melhor ainda, um contador Geiger, para reconhecer a invisível presença de radiações. A realidade é uma descrição previamente condicionada, passada pelo filtro dos sentidos e pela peneira dos preconceitos do grupo. Lidar com o invisível requer de um salto ao vazio, ou o que é o mesmo, de uma iniciação em algum tipo de paradigma tão contraposto com o nosso, que provoque uma ruptura na nossa descrição do mundo. Essa mesma ruptura é a porta que abre a possibilidade de um salto consciencial, suficiente para nos abrir ao impensável, mas para isso é necessário fechar essa distância com um novo marco de referências, que aceite, para além da ambivalência, um conceito novo do Universo e da vida. Para não ficar patinando no subjectivo, os paradigmas conscienciais não podem estar baseados exclusivamente na fé, porque todos nós temos sido educados no raciocínio. De outra maneira, realizar-se-á uma substituição (religiosidade versus raciocínio) ou no melhor dos casos, uma coabitação bipolar, esticando-nos como um chiclete, ao limite do aceitável, pela mais elementar das coerências e sem ela, não há, nem nunca há-de haver, autêntico poder em tal posicionamento. A coesão é indispensável para enfrentar os ventos da vida, tal como a sobriedade também o é para enfrentar o infinito. A vantagem que encontrei no estudo do e-bunto, a

O

“Nenhum problema pode ser resolvido desde o mesmo nível de consciência que o criou” Albert Einstein. “Não acredito que a consciência seja gerada pelo cérebro. Acredito que o cérebro é mais um recebedor da consciência” Graham Hancock.

ciência dos xamãs Shizen, versa precisamente neste ponto, a possibilidade de interagir com o invisível, a través de ferramentas e constatações perfeitamente objectivas, numa “ciência” do invisível, mas que é necessariamente perturbadora dos nossos consensos. Talvez o que mais nos chamou a atenção nesta viagem, tenha sido encontrar nela uns companheiros à priori absurdos e impróprios de uma via tão antiga. Químicos, engenheiros, físicos quânticos, acham apaixonantemente estimulantes e coerentes os princípios e as formulações dos Miryoku, os chamãs Shizen. Como é que mesmo sem as ferramentas da ciência actual, aqueles homens conseguiram alcançar o dito conhecimento de maneira empírica, tem uma resposta nada fácil de compartilhar aqui. Para isso é necessário realizar uma imersão em seu mundo - e isso é o que significa ser iniciado. Carlos Castaneda teve de passar por mil calamidades para desconstruir seu rochoso universo consciencial e começar a debruçar-se sobre a visão dos antigos chamãs Toltecas. A descrição do processo durante esse período, deu lugar a alguns dos livros mais influentes no pensamento do século XX. Eu, como ele, estudioso da antropologia, me debruço nesse reencontro entre mundos tão distantes, com a certeza de que existe uma ponte entre ambos, mas essa ponte será sempre interna e individual, uma acrobacia consciencial que exige um salto interior colossal, de cíclope, e tal como ele, vejo que para realizá-lo, existe muito pouca energia disponível nos indivíduos. Mas nada é de todo impossível, acima de tudo quando a força que empurra sua consecução, é a necessidade, e dessa, existe muita. O ser humano moderno perdeu, em geral, toda ligação com seu eu interior, tem negado sua existência ou a transferiu exclusivamente a um órgão, o cérebro. Confundindo a máquina com o maquinista, ficou enquistado em sua busca. No entanto, a própria ciência na sua última fronteira, não deixa de abrir portas à ruptura dos paradigmas comunmente aceites no nosso quotidiano. Somos capazes de explorar suas aplicações (não tarda os computadores quânticos estarão à venda nas lojas) mas é incapaz de assumir as consquências que o dito conhecimento cria na nossa descripção do quotidiano. Sabemos que o espaço e o tempo são dimensões permeávei, mas não concebemos que nós podemos trascendê-las, porque a verdadeira magia, a que brinca com o Magnus, “o grande”, passa por nós nos tornar-nos grandes. Quando os xhamãs desde a força interior da sua certeza, se tornavam fogo, ar, água ou terra, conseguiam


“Sabemos que o espaço e o tempo são dimensões permeáveis, mas não concebemos que nós podemos trascendê-las, porque a verdadeira magia, a que brinca com o Magnus, “o grande”, passa por nós fazermo-nos grandes”

fazer tremer o Universo, transcendendo os limites do contínuo espaço-tempo, porque para além de matéria, somos consciência, espíritu, e estamos feitos de tudo quanto o Universo está constituido. A lição dos antiguos Movimentar à vontade o dial do nosso ser, para sintonizar as bandas necessárias e tocar as ditas frequências, longe de ser impossível, é constatável. Mas a ciência do oculto é uma frontera que só se ultrapassa a través da transformação do nosso ser e o primeiro passo é verdadeiramente querer faze-lo, porque acreditem, tem de ser trabalhado e muito!






WT Universe SALVE, como dizemos na WTU (Wing Tsun Universe). Este mês sai o nosso primeiro DVD, em colaboração com Alfredo Tucci e Budo International. Decidimos escolher como conteúdo, o Siu Nim Tao (SNT) ou 9 caminhos. O SNT é a base do Wing Tsun / Wing Chun Wing Tsun e a WTU. A compreensão da mesma é a condição básica para tudo o que segue depois. Os movimentos do WTU (formas) são inerentes funções, de onde se podem derivar aplicações. O significado dos movimentos primários, faz que derivem em outros e que levem a aplicações baseadas nos princípios e nas interacções que ajudam à sua compreensão. No WTU introduzimos um jogo extra, devido a que o consideramos necessário, nas cir cunstâncias actuais. Ta m b é m m o s t r a r e m o s n e s t e vídeo, o primeiro movimento associado (Chi Sao). Agradecemos a Alfredo Tucci esta possibilidade.



WT Universe


"As pessoas que nos inspiram"- G. I. Gurdjieff e o Wing Tsun Neste e nos próximos artigos, vamos apresentar "As pessoas que nos inspiram", o seu trabalho, filosofias e ideias. Entre essas "pessoas que nos inspiram", se encontra G. I. Gurdjieff. Há-de haver quem possa perguntar como pode este "Mestres de Sabedoria" vincular-se exactamente com o Wing Tsun? Em primeiro lugar, é claro que nem todas as pessoas que o temos como "fonte de inspiração para nós", assim como na nossa página web, estão relacionadas necessariamente com o mesmo Wing Tsun. São pessoas que por suas ensinanças e a sua maneira de se apresentarem, deram um impulso significativo às nossas vidas. Se poderia dizer, que todos eles têm alguma coisa em comum: cada um deles de forjou o seu próprio caminho, independentemente do que se tenha podido dizer acerca dele ou dela, ou quais as dificuldades que encontraram para o fazer. Toda a gente tinha uma ideia individual, da verdade que está atrás de tudo. Também não eram imitadores e alguns


deles eram ou ainda são pouco comentados ou mal comentados, visto haver pessoas que sentem necessidade de falar acerca deles sem respeito e muitas vezes sem sequer ter lido um dos seus trabalhos ou argumentos, ou até repetindo o que escutaram algures. Devemos também considerar que frequentemente, os verdadeiros Mestres transmitem uma imagem de si mesmos que pode assustar as pessoas dependentes de uma sua maneira de pensar e da rotina do dia-a-dia, o que resulta em algo assim como uma prévia selecção necessária. Quem não pode ver a diferença entre forma e c o n t e ú d o ,

simplesmente não está em condições de fazer esse caminho. De qualquer das maneiras, G. I. Gurdjieff pode muito bem ser associado com o Wing Tsun. Para iniciar a sua longa viagem pela Europa, nos princípios do Século XX, Gurdjieff saiu de sua casa e viajou a Moscovo, à Turquia, à Alemanha e finalmente, se estabeleceu em França (em Fontainebleau, perto de Paris, onde depois iria ser enterrado). Também ali, ele estabeleceu o seu "Instituto para o Desenvolvimento harmonioso do Homem", levando junto com isto, o que hoje chamamos o Wing Tsun. Na Rússia, se começaram a praticar as suas técnicas de maneira imediata, mas na França, não foi além de apresentálas à sua audiência. O tempo ainda não estava “maduro” e ele começou por ensinar os "Movimentos Gurdjieff”. Mas acerca disto, falaremos em artigos futuros. Uma vez perguntei a mim próprio "quais são essas forças persistentes no homem, que até resistem fortemente a qualquer possível alteração da consciência?"



“G. I. Gurdjieff pode muito bem ser associado com o Wing Tsun. Para iniciar a sua longa viagem pela Europa, nos princípios do Século XX”


Naqueles tempos, chegou às minhas mãos o livro "Em busca do milagroso" de P. D. Ouspensky, que não me foi fácil de ler! Para minha surpresa, o "milagroso" esta apresentado de maneira bastante objectiva e narrado com simplicidade. Esse estilo prosaico chamou a minha atenção. No seu livro, Ouspensky descreve as ensinanças de um Grego caucasiano, que chamara a sua atenção, devido a um artigo em um jornal, que tratava de uma cena de um ballet de Moscovo. A cena se intitulava "A Luta dos Magos". Corria o ano de 1915, a Grande Guerra, a primeira delas, estava nas suas primeiras etapas. Ouspensky, jornalista e matemático, que já tinha estado na Índia - sem ter sido bem sucedido em sua busca do "milagroso" - se mostrava céptico, mas convenceram-no de que conhecesse o "Mestre". Após o seu primeiro encontro, a sua opinião mudou por completo. O nome do Mestre era Gurdjieff. Para mim, a leitura de "Em busca do milagroso" era uma primeira iluminação, em um caminho sério de "trabalho sobre si mesmo". Percebi isto depois de ter encontrado a chave de mundos até então desconhecidos para mim. Ideias completamente novas se desenvolveram perante mim. A linguagem objectiva do livro, sem dúvida contribuiu para o meu fascínio, posto que não gosto dos conceitos vagos e brumosos, tão habituais no nosso mundo, nem das declarações piedosas acerca de Deus, de todo o mundo e dos que se chamam “irmãos”. O livro de Ouspensky não é um livro de trabalho, mas proporciona sugestões específicas, como os métodos de autoreflexão. A auto-reflexão surge com a tomada de consciência dos três centros principais de cada pessoa (centro do movimento, centro da emoção e o centro do pensamento) e sobre o objectivo da sincronização deles, com o tempo. Este foi um conceito inteiramente novo para mim. Nenhum filósofo, psicólogo ou sociedade secreta conhecida, me tinham falado nunca acerca disto. Gurdjieff concebe o homem como um ser com três mentes pelo menos em teoria – porque em geral, não estão suficientemente bem desenvolvidos, nem têm uma vinculação suficiente. Assim sendo, comecei a praticar a auto-reflexão, a meditação, sobre as três mentes e tratei, claro está, de sincronizá-las entre si. Após algum tempo, realmente tive a "sensação" de despertar os meus três centros, como os descreveu Ouspensky. Realmente, coseguí com a prática melhorar a minha capacidade de vinculá-los como se representam na teoria, como uma necessidade fundamental para um verdadeiro despertar, tendo consciência de mim mesmo. Efectivamente, "a consciência" era só uma maneira de ter noção disso. Tinha intensificado o limite à convicção de os ter sincronizado, mas sou plenamente consciente de que estava em um só centro, no centro dos pensamentos e até aquele o momento, fiz todos os possíveis por "ser consciente". Assim sendo, continuei trabalhando sobre Grudjieff e suas raízes. Mas havemos de ver isto, mais adiante.




WT Universe “O que deveria de ser o Wing Tsun tradicional? Exercícios certamente não restritos, que em diferentes pessoas se desenvolveram em diferentes momentos e em diferentes lugares, devido aos seus diferentes níveis de compreensão, cada vez diferente dos outros. O 'Tradicional' no Wing Tsun, são os princípios”


A "tradição" e a "TRADIÇÃO" Falando em "tradição", nos nossos dias temos de enfrentar em função da matéria - os mais diversos tipos de reacções. 1. Frequentemente, a tradição é associada aos valores e opiniões de um tempo obsoleto ou simplesmente velho. Estes valores propriamente ditos, em general o são só por fragmentos, totalmente arrancados do seu contexto e circunstância inicial, fragmentos que mesmo estando aí, provavelmente já não são aptos para adaptar-se ao nosso comportamento e pensamento modernos, mas sendo fortemente atraentes, se mantêm para algumas pessoas. 2. A tradição, para algumas pessoas, pode ao mesmo tempo ter um outro

significado, o de “Fazer as coisas tal e como se têm feito sempre (que acostuma a ser também a maneira em que aprenderam a faze-las) É o que vemos como "transmitido de geração em geração", dando-lhe uma legitimidade certa a uma instituição e o direito a existir. 3. "TRADIÇÃO" (intencionalmente em com letra GRANDE, para a distinguir perfeitamente das anteriores versões), se refere a uma transmissão absoluta, não em uma maneira diferente, mas simplesmente em sua essência e conteúdo. Mas também isto havemos de o ver mais adiante. Falando agora da Tradição, em matéria de Wing Tsun, ou de "Wing Tsun Tradicional” (em todas as suas maneiras de o escrever) nos perguntamos o que se poderia dizer disto!


O que é o Wing Tsun? Trata-se de uma série de princípios que em um ser humano, dependendo do grau de evolução das habilidades necessárias, pode produzir um efeito. E agora, o que deveria de ser o Wing Tsun tradicional? Exercícios certamente não restritos, que em diferentes pessoas se desenvolveram em diferentes momentos e em diferentes lugares, devido aos seus diferentes níveis de compreensão, cada vez diferente dos outros. O 'Tradicional' no Wing Tsun, são os princípios. Para que cada um possa assimilar estes princípios, não têm que concentrar-se nas maneiras em que são ensinados ou no tipo de ferramentas que se utilizam para o ensino e são bem conhecidas pelo estudante, para poder desenvolver-se com facilidade e harmonizar as habilidades necessárias. Também não tem de concentrar-se em usar ferramentas "tradicionais" (como o Pau comprido ou as Facas duplas) ou em alguma coisa diferente com a qual não estiver familiarizado (como a espada, alabarda, foice de guerra ou faca de combate, etc.). Tem de ser capaz no momento de fazer um exercício, de compreender as habilidades que se estão exercitando e saber que as mesmas ferramentas, tratadas de maneira diferente, podem parecer bastante divergentes. O assunto é o princípio / os princípios, pelos quais nos estamos movimentando. Se uma pessoa tem habilidades, o importante para nós é que a temos de ver realizar um exercício e não saber se conhece os programas específicos das diferentes escolas e formas da Arte. E por falar em "TRADIÇÃO", quando se trata da WTU, me refiro a algo muito especial, em que só se tem em consideração o aspecto de movimento e/ou o instinto no Wing Tsun, concentrados em um único campo de trabalho da existência humana.


Os outros campos para o WTU são o "Pensamento’ e a "Emoção’”


Os outros campos para o WTU são o "Pensamento" e a "Emoção". As três áreas devem estar em harmonia entre si. Se só se desenvolve intensamente um campo, é possível obter um êxito rápido e um aumento na matéria e na energia, mas a pessoa que faz isso, está sem equilíbrio, insatisfeita e não pode enfrentar as dificuldades inesperadas. Se durante bastante tempo, nos ocuparmos da "TRADIÇÃO", escutaremos muita coisa acerca do acondicionamento. Nunca a genética ou a procedência étnica têm sido um obstáculo, quando tratamos de integrar uma coisa nova ou complexa, mas no entanto, o "acondicionamento", sempre é um grande problema. Para obtermos uma compreensão mais profunda disto, devemos falar de alguns pontos de referência. A nossa observação chegou a três motivos básicos e fases da situação: • Em primeiro lugar, há prazer. Aqui, as pessoas têm tendência a aprender muito pouco, ainda que algumas poderiam ter uma opinião diferente acerca disto, estando cheios de emoções no momento, mas estão influenciados pelas mesmas, naquilo que realizam, por assim dizer. Nesta fase, uma pessoa simplesmente se


WT Universe diverte e mesmo quando ele ou ela possam pensar que são uma boa pessoa, está movido pela cobiça. • Em segundo lugar, está a Ocupação. Aqui, as pessoas tratam de utilizar o material que têm na frente (antes de estarem prontos para o compreenderem de maneira efectiva). Isto é devido à impaciência e ao egoísmo. • Em terceiro lugar e por último, está a evolução. Aqui se está em sintonia consigo mesmo e o conhecimento realmente pode ter efeito em nós mesmos e activar-se no indivíduo. As tarefas resultantes e as habilidades necessárias de um Mestre são agora as seguintes: 1. Ter a experiência necessária para saber as coordenadas do destino a que se aspira. 2. Ter as qualidades para avaliar cada pessoa e suas necessidades, de maneira individual. 3. A capacidade de observar o processo de aprendizagem e dar os conselhos e instruções necessários para o momento adequado e correcto. Como "TRADIÇÃO", entendemos essas qualidades necessárias para fazer com que as habilidades humanas se desenvolvam, sem haver que um espaço e um tempo possíveis, em um lugar específico e um momento determinado. Se trata das habilidades que permitem alguém usar esse conhecimento, para criar e adaptar ferramentas úteis para o lugar e as circunstâncias, de modo e maneira que os desejados resultados

“Como "TRADIÇÃO", entendemos essas qualidades necessárias para fazer com que as habilidades humanas se desenvolvam, sem haver que um espaço e um tempo possíveis, em um lugar específico e um momento determinado”


WT Universe e as habilidades, se possam realizar e que estas situações que vemos na teoria e nos princípios, se possam levar a efeito na vida e na existência.

O futuro da WTU (Wing Tsun Universe) Como disse recentemente numa entrevista na WTU Alhambra, a WTU faz 5 anos a 16 de Setembro de 2016 e está entrando numa nova fase da sua existência. Consideramos que la WTU é um organismo que se dsenvolve no espaço e o tiempo. También consideramos a WTU como una confluência de tres TRADIÇÕES predecessoras, para um novo tempo. La WTU não tem nada a ver com a política, la religião ou outros assuntos sociais. É uma organização que desevolve armoniosamente os potenciais humanos e suas redes en três áreas específicas: Movimento do centro: Escola do momento Centro cerebral: Ciência da conciência Sentindo o Centro: Caminho com coração Num próximo futuro, vamos publicar dois livros: “Os fragmentos do pensamento - encontro com o desconhecido” (artigos de WTU Parte1) e “Guía WTU - acertos do WTU Wing Tsun”. E com isto queremos terminar este artigo como o começamos: ¡SALVE!


“También consideramos a WTU como una confluência de tres TRADIÇÕES predecessoras, para um novo tempo”


WT Universe

“A auto-reflexão surge com tomada de consciência do três centros principais de c pessoa (centro do movimen centro da emoção e o cent do pensamento) e sobre objectivo da sincronizaçã deles, com o tempo”


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WT Universe



WT Universe “E por falar em "TRADIÇÃO", quando se trata da WTU, me refiro a algo muito especial, em que só se tem em consideração o aspecto de movimento e/ou o instinto no Wing Tsun, concentrados em um único campo de trabalho da existência humana”



Un practicante de Kali mira a un ataque como un puñetazo, no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial, sin embargo su uso con o en un Arte Marcial es natural, y añade una mayor dimensión. Así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali armado con el conocimiento de Kyusho puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva completamente profunda. En este segundo Volumen os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en cabeza con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 25

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Os Objectivos do Macaco (Bubishi)

Dois números atrás, começamos uma pequena exploração de algumas aplicações Kyusho e de como poderiam conseguir um knockout... Kyusho na perna. No primeiro segmento, cobrimos um KO Kyusho, que é possível com um só golpe na perna, na parte posterior do joelho, e explicamos os motivos médicos que poderia causar uma perda dos sentidos. Inclusivamente, mostramos vídeos de YouTube, com a aplicação em diferentes pessoas, para se poder ver a aplicação de maneira realista, assim como o efeito sobre o indivíduo. Neste número vamos a explorar outra aplicação Kyusho na perna, a qual pode causar perda dos sentidos, mediante uma combinação de ataque aos nervos e ao sistema vascular.



o que respeita à imagem acima, podemos ver a zona no tor nozelo interno, que tem estruturas nervosas e vasculares não só sobrepostas, como também perto da superfície da pele. Agora bem: com o círculo vermelho sugerimos a zona em que se pode utilizar esta aplicação, que é aproximadamente do tamaño de um punho... NÃO é um pequeno ponto de pressão no qual se necessita uma precisão milimétrica, (ver em escritos anteriores que indicam que o Kyusho não consiste em Pontos de pressão, nem em pontos de Acupunctura). Temos que conhecer melhor a anatomia e a melhor maneira de afectar estes objectivos vitais. Como temos dito desde o princípio da nossa exploração do Kyusho, através de Budo International - y já lá vão 13 anos - é preciso atacar os objectivos vitais numa trajectória correcta. Batendo, apertando ou esticando as estruturas, só causaremos um incómodo leve e uma possível disfunção. No entanto, quando usamos uma trajectória que traça o ângulo com o corpo, o sentido da marcha e a profundidade, assim como o objectivo previsto no ataque, só então poderemos aplicar correctamente o Kyusho. Esta é também a razão pela qual muitos Artistas Marciais não têm encontrado estes objectivos ou um uso mais vital, mas também o principiante nos estudos de Kyusho não pode obter os mesmos resultados que um profissional experiente. Neste objectivo do tornozelo, primeiro temos que perceber que estamos trabalhando com os nervos e os vasos sanguíneos. Não é necessário conhecer o seu nome, mas para aqueles interessados são: o nervo safeno, a veia safena interna e a artéria da tíbia posterior. Existem 3 maneiras de atacar esta secção de estruturas vitais, com diferentes graus de valor para o artista marcial. No entanto, os três métodos necessitarão que o praticante ataque estes objectivos, para forçar os nervos e o tecido vascular, contra a parte posterior do osso tíbia. Isto se pode conseguir mediante pressão e estiramento combinados, ou mediante um golpe. O golpe causa dor severa e o golpe na perna, enfraquecimento do corpo e inclusivamente paralisia da perna e o pé. A pressão e o estiramento dos nervos e do tecido vascular, na parte posterior da tíbia e do osso, na direcção do pé, com a aplicação correcta causará dor severa, a retracção e o enfraquecimento da perna,

N



paralisia da perna e do pé e/ou mesmo a perda dos sentidos. Bater nestas estruturas ou neste objectivo em diferentes direcções, levará a diferentes resultados e de novo, os principiantes terão dificuldades para conseguir rapidamente os resultados desejados. Por exemplo, bater para cima na parte posterior da tíbia, fará com que os músculos laterais das pernas fiquem tensos e se levante a perna para fora e para cima. Batendo directamente em o osso de todos os músculos das pernas se perde o controlo e a perna se derruba sob o peso do corpo. Isto também sucede quando é atacada ligeiramente para baixo, mas isto também ataca os sistemas sanguíneos e provoca uma queda rápida da pressão arterial e o desmaio, devido ao mesmo. Com todos os ataques se podem provocar náuseas, enjoo, paralisia, tonturas e perda dos sentidos. No entanto, a tendência para baixo, provocará o apagar neurológico, assim como desmaios e descida da pressão arterial.

Reacções Quando neste ponto se bate correctamente, tem muitos efeitos físicos no receptor. Todo o corpo se debilita, há rápida retirada das extremidades, dor severo, perda da função motriz física, as pernas deixam de sustentar o peso corporal, paralisia da perna e do pé, vómitos, paralisia das extremidades, tonturas, perda dos sentidos e temporalmente, da consciência e o controlo da motricidade. Devem de ver este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=RcKg6lQZNQE

“A pressão causará dor severa, a retracção e a fraqueza da perna, a paralisia da perna e do pé”



Uso no Bubishi Os objectivos do Macaco são só um dos doze conjuntos de objectivos no Bubishi..., com a etiqueta "Sichen" ou as Posições do Zodíaco. Nestes se descrevem o objectivo e relação com o tempo, já seja o melhor ataque desse tempo ou o tempo para ter disfunção ou morte relacionada. Estes períodos de tempo para obter resultados, resultam de um ataque ao sangue e aos órgãos, mais que aos nervos..., posto que no nervo é geralmente instantânea a reacção. Quando se procura em um manual, é necessário considerá-lo método de luta antiga e o uso de armamento, como a espada, adaga, lança e flechas, que nestes tempos podem relacionarse mais com o tempo que demoraria um corpo ficar sem sangue, ter uma hemorragia interna, ou outras causas diversas e numerosas afecções letais..., ou morrer por a intoxicação do corpo. Temos de lembrar que a atenção médica de emergência, não existia naquelas épocas. De maneira que se o assunto principal era o ataque ao sangue (Dim Mak), então temos que basear as nossas acções contra estas estruturas do sangue, como neste ataque. Podemos ver isto nos fragmentos de vídeos anteriores; três ataques ao sangue no nervo do tornozelo e no tecido vascular. Como em todos os ataques ao sangue, o corpo vai desvanecer-se e perder força. A consciência ou o controlo físico, como a pressão arterial, descem e rapidamente se produzem desmaios como resultado. Vemos que o pulso acelerado e rápido pela compressão, unido ao ataque aos nervos (melhor para a protecção moderna), afectam de maneira rápida ou instantânea. Este ataque aos nervos, que é muito mais dramático e menos prejudicial, é possível combiná-lo com o ataque ao sangue. Assim poderemos empregar facilmente ambos. Estes objectivos Bubishi só se utilizam na sangue ou no nervo... No entanto, ninguém poderá afirmar que o manual de ataque se incline para o sangue como base do ataque. Afortunadamente, com o estudo do Kyusho através de Kyusho International (não há outros grupos de Kyusho que tenham este conhecimento ou habilidade), podemos perceber este nível.



































Jiu Jitsu O curso de professor de Gracie Jiu-Jitsu, chamado "Caminho ao Diploma do Professor de Jiu-Jitsu" (abreviado DPJJ), é um treino intensivo de quatro dias e uma prática consecutiva (teoria e prática), para chegar a se obter a certidão oficial de Professor de Gracie Jiu-Jitsu. Sem importar se alguém vem do desporto brasileiro Jiu-Jitsu, ou de outras Artes Marciais, está aberto a toda organização e estilo e a todo aquele que queira, pode participar neste treino. O treino se realiza das quintas-feiras (ao meio-dia) até o domingo (a princípios da tarde). Com várias horas todos os dias, de estudo e treino juntos, todos os alunos podem alcançar um bom nível com o nosso programa de 54 aulas de autêntico Gracie Jiu-Jitsu, com o Mestre Pedro Hemetério.


Instrução

Treinando para o "Diploma de Professor de Jiu-Jitsu"



Jiu Jitsu s pessoas que recebem o DPJJ, podem unir-se como membros (chefes de equipa) da Rede de Jiu-Jitsu Vacirca Brothers. Como Mestre activo na nossa equipa de Gracie Jiu-Jitsu, pedimos que pelo menos uma vez por ano, participem em um seminário de actualização de dois dias (sábado e domingo). O seminário de actualização é gratuito para professores afiliados da Gracie Jiu-Jitsu e lhes garante a continuidade da sua autoridade para ensinar Gracie Jiu-Jitsu, dentro da equipa Vacirca Brothers. Como líder da equipa activa, aceitará os seus estudantes de Gracie Jiu-Jitsu, independentemente do nível de seu cinturão, idade e género, para se registarem connosco. A pessoa registada paga 60 CHF / EUR. por ano. A licença sempre é renovada no mês de Novembro, para ano seguinte. Como Mestres (chefes de equipa) estão isentos da taxa de licença logo que houver 10 pessoas em seu grupo (ou escola) que paguem a licença connosco. As pessoas que desejarem assistir à formação intensiva, devem ter as seguintes características: Ter como mínimo 20 anos de idade e 3 ou 4 anos de experiência na luta, com independência do estilo, com ou sem Gi). O ideal seria que tivesse alguns anos de experiência no ensino de uma Arte Marcial. Para o treino se necessita um quimono branco / Gi, e um pau de treino (de um braço de longitude, aproximadamente),

A

uma faca de treino e uma pistola de treino (preferivelmente todos feitos em borracha) Datas e horário de treino: Quinta-Feira 3 de Novembro, 2016 (12:00 horas) até o Domingo 6 de Novembro de 2016 (14:00 horas). Deve organizar a sua chegada e saída para não se perder tempo. Conteúdos da aprendizagem: O aprendizagem das 54 aulas de programa de Pedro Hemetério, que ele aprendeu de seu Mestre Hélio Gracie, consta de Teoria e Práctica do método de ensino e o uso de materiais de ensino. Datas de treino: As mesmas estão disponíveis por petição, por separado, no correio electrónico jiujitologist@gmail.com Normalmente, se realizam nos meses seguintes: Outubro, Fevereiro e Maio. Preço das aulas: Toda a formação de 4 dias, custa 1.050.00 CHF / EUR alojamento exclusivo e comida. O alojamento está disponível em um hotel próximo (habitação duplas, são poucas as habitações individuais disponíveis, ou no TATAME do dojo


(levar saco de dormir próprio). As despesas de alojamento são pagas por adiantado. O seminário anual de actualização para as pessoas com uma certidão DPJJ, mas não activos na equipa Vacirca Brothers, pagarão pelo treino anual de sábado e domingo, 450.00 CHF / EUR Os membros da rede activos, que têm dois ou mais anos de licença, pagarão o treino em Novembro de 2016. Não esqueçam que o número de participantes é limitado. O pagamento do curso faz-se até o início da formação. O preço do curso se pode pagar em um máximo de três quotas consecutivas. Para o curso em Novembro de 2016, se entregarão 350,00 CHF / EUR (ou CHF / EUR 284,00 para os membros activos). O pagamento deve ser recebido a 28 de Agosto, a 28 de Setembro e a 28 de Outubro. Não esqueçam que não podemos restituir o dinheiro pago nem o pagamento das taxas. Em caso de cancelamento ou de não se apresentar, terá de pagar as seguintes despesas: avisando de 60 a 30 dias antes de inicio do curso, 350,00 / 250,00CHF / EUR; 29 dias antes do inicio do curso 700.00/500.00 CHF / EUR - Quando o curso começa, o 100% do preço do curso. A inscrição e a confirmação: A inscrição para o treino intensivo, é válida sempre e definitivamente, só depois da recepção do custo total do curso. O custo total do curso deve ser pago na conta: PostFinance, IBAN CH38 0900 0000 2516 0591, conta 9 a nome de Franco Vacirca, Chaletweg 9, CH-8050 Zurich, Suíça. Por favor, mandem a petição para DPJJ, ou para um seminário de actualização, a mais tardar um mês antes do curso a ser dado por uno de nós, por e-mail a: jiujitologist@gmail.com

(Por favor, peçam o formulário de inscrição pelo correio electrónico). Lembrem-se que devem apresentar o recibo ou recibos dos pagamentos sempre que vos sejam pedidos. Eles são considerados como identificativos do curso.

Certidão do curso Aqueles que participaram no curso intensivo ou em todo o DPJJ de quatro dias, mas ainda não estão em posse de um Cinturão de GJJ ou de BJJ, farão uma prova totalmente gratuita, para o cinturão azul Gracie Jiu-Jitsu. No entanto, só participar no curso não garante o cinturão de GJJ. O cinturão será certificado pelos Vacirca Brothers, sobre a base da prova. Também se obtém a certidão "Caminho à DPJJ" e poderão começar com o vosso próprio grupo GJJ, para treinar na vossa cidade e afiliá-lo a nós, como se disse anteriormente. As pessoas que participaram no curso intensivo ou em todo o DPJJ de quatro dias, mas possuem um BJJ oficial ou um GJJ válido, também seráo de novo avaliadas para o nível de Cinturão actual ou para o seguinte. Alem de tudo isto, receberão a certidão com o "caminho à DPJJ" e poderão começar com seu próprio grupo GJJ, como já foi dito. As pessoas que participaram no curso intensivo ou em todo o DPJJ de quatro dias, e além disso são cinturão Negro (barra branca) ou Cinturão Negro (barra vermelha) terão uma certidão em forma de "Diploma do Professor de Jiu-Jitsu e de excelente e magistral domínio da técnica. O cinturão Negro (barra azul) dos Irmãos Vacirca, é o reconhecimento mais alto da Academia Gracie Jiu-Jitsu e dos Vacirca Brothers.


Jiu Jitsu






RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Francisco Javier Martin Rubio, C.N. 4º DAN de Karate Shotokan CD A.M. c/ Poligono de la Estacion, Parcela 15, Nave 21 Olmedo - Valladolid Teléfono: 665810990 Email: gimnasiolmedo@hotmail.com Sifu Jeroni Oliva Plans, Director Nacional del Departamento de TAI CHI CHUAN y CHI KUNG SIFU 3º Grado de Tai Chi Chuan y Chi Kung Terapeuta Manual Tel.: +34 659 804 820 E-mail: jopsanestudi@gmail.com C/València, 345, Barcelona C/Indústria, 110, Malgrat de Mar Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 8º Dan Instructor Internacional, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vice-Presidente Federación Andaluza Tae-Kwon-Do ITF Director de Operaciones y Coordinador de IPSA para España Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono 607 832 851 opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Luis Díaz Estay, Maestro Internacional de Kick-Boxing y Full-Contact 6º Dan, Creador del Stay Fitness System, SFS, Instructor Policial, Defensa Personal y Muay Thai. Villanueva de la Cañada – Madrid Teléfono: 639 505 217 – luisdiazestay@hotmail.com Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Maestro Luis Pedro Rojas Torres, 7º Dan Fu-Shih Kenpo, Instructor Internacional de Defensa Personal Policial, IPSA – Centro de Osteopatía y Terapias Naturales. Calle Industria 110, 08.380 Malgrat de Mar, Barcelona Tel: 937 654 598.kitorojas8@hotmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760


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CyberDojang.com MISSÃO - DECLARAÇÃO DA MISSÃO DA ASOCIAÇÃO MUNDIAL DO HWA RANG DO )®: Um legado de lelade, de busca incansável da Verdade, de Fortalecimento de vidas, de Serviço à Humanidade.


O Grão Mestrede Hwa Rang Do Taejoon Lee (8ºDan e Presidente da Associação Mundial de Hwa Rang Do) dispôs que uma plataforma em linha, estivesse disponível para todos. É a Cyberdojang.com, que põe à disposição uma incrível quantia de material técnico multimédia, em cada aspecto do Hwa Rang Do. Esta plataforma oferece a possibilidade de aprender Hwa Rang Do também aos estudantes que não podem treinar com o Grão Mestre Lee. É uma maneira moderna e de alta tecnologia, para o estudo de uma Arte Marcial muito tradicional, como é o Hwa Rang Do. São novas ferramentas para dar impulso a uma antiga Arte.


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Esta é a filosofia orientada no futuro da Associação Mundial de Hwa Rang Do. Estes são alguns testemunhos de estudantes entusiastas da UE e membros do Cyberdojang.com: "Como estudante Hwa Rang Do e Instrutor, conheço o que significa gerir o estudo não só do planos de estudos para Cinturão, mas também de todos os aspectos


da nossa vasta e bela Arte. Recordar todas as técnicas, especialmente no grau avançado, se torna quase que impossível quando não se têm bons apontamentos e bom material de ensino. Mediante Cyberdojang.com, o nosso Grão Mestre Taejoon Lee quer proporcionar não só uma ferramenta fácil de maneira rápida e sem extras, para termos acesso ao nosso plano de estudos, como assim também uma grande ferramenta para nos ajudar a avançar na nossa arte, mantendo um alto nível técnico e ao mesmo tempo, assegurando um modelo universal das técnicas". Instr. G.Catania

"... Graças a Cyberdojang.com, me deram uma grande lição. Aprendi a ver as técnicas com mais detalhe. Quando eu pensava que conhecia a técnica e que podia aplicá-la, então, de novo via as lições no vídeo e sempre apreciava mais pormenores que anteriormente não tinha visto. Percebia então, que não tinha aprendido as técnicas muito bem... D.Pizzo

"... Cyberdojang.com é fundamental para os estudantes a longa distância como eu. Todo o material em Cyberdojang.com, é muito preciso e pormenorizado. Posso ver Kuk Sa Nim realizando e ensinando as técnicas; posso ver todos os possíveis erros que tenho de evitar e posso também ver todos os pormenores. Isto me permite ser mais limpo nas minhas técnicas. Todo o material em Cyberdojang.com é muito profissional e claro. Cyberdojang.com é uma grande oportunidade para todos os Hwa Rang e não só para os estudantes como também para outras pessoas que não são membros do WHRDA ... " M. Repetto "... Não sou um estudante Hwa Rang Do, mas resolvi siscrever-me ao Cyberdojang.com, para


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estudar e seguir as lições de filosofia do Mestre Taejoon Lee. Acredito que ter a possibilidade de ver muitas vezes as sua lições em védeo, é genial! Suas lições estão tão cheias de conceitos e ensinanças que simplesmente escutá-las uma vez, mesmo em um estudo ao vivo, não é suficiente para realmente compreender!... " A. Rossi Acerca do autor: Instrutor chefe de Hwa Rang Do®, o Tenente Coronel da Polícia Militar Italiana (Carabinieri) e Engenheiro Marco Mattiucci, é também o chefe do ramal italiano da Associação Mundial de Hwa Rang Do® e um dos principais discípulos do Grão MestreTaejoon Lee. http://www.hwarangdo.com http://www.hwarangdo.it http://www.hwarangdo.nl http://www.hwarangdo.lu http://taejoonlee.com HYPERLINK "http://cyberdojang.com" http://cyberdojang.com


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Entrevista


Auto-defesa

Sem qualquer tipo de dúvida, a faca nas mãos de um agressor é a arma branca mais temida. Poucos são os especialistas que com ela se atrevem a sério, como motivo de trabalho monográfico. A faca é "a feia da festa" dos sistemas de auto-defesa! O motivo? A faca é uma arma muito acessível e impossível de proibir: qualquer loja de ferragens é uma ar maria em potência, toda a secção de utensílios de uns grandes armazéns, um arsenal ao alcance de todos, cada bar um provedor esporádico, cada abre-cartas uma ameaça. Uma faca possui também essa simplicidade, essa acomodação tão natural que faz dela a arma que qualquer pessoa sabe usar sem ter aulas especializadas. No entanto, para defenderse dela é preciso tornar-se um verdadeiro especialista. Os erros com ela não são brincadeira. Inclusivamente num treino, o perigo espr eita sempr e para os estudantes, quando treinam com uma autêntica.


Entrevista

“O essencial é perfeito” “Esta frase de Leonardo Da Vinci sintetiza eficazmente a ideia da qual nasceu o programa”


Auto-defesa

em qualquer tipo de dúvida, a faca nas mãos de um agressor é a arma branca mais temida. Poucos são os especialistas que com ela se atrevem a sério, como motivo de trabalho monográfico. A faca é "a feia da festa" dos sistemas de auto-defesa! O motivo? A faca é uma arma muito acessível e impossível de proibir: qualquer loja de ferragens é uma armaria em potência, toda a secção de utensílios de uns grandes armazéns, um arsenal ao alcance de todos, cada bar um provedor esporádico, cada abre-cartas uma ameaça. Uma faca possui também essa simplicidade, essa acomodação tão natural que faz dela a arma que qualquer pessoa sabe usar sem ter aulas especializadas. No entanto, para defender-se dela é preciso tornar-se um verdadeiro especialista. Os erros com ela não são brincadeira. Inclusivamente num treino, o perigo espreita sempre para os estudantes, quando treinam com uma autêntica. Mike Faraone é bem conhecido pelo seu trabalho realista de tipo duro, que não se arreda perante as situações comprometedoras. Ali onde outros se escapulam, Faraone goza, envaidece-se e isso percebe-se. Por isso pedimos-lhe que gravasse um vídeo que trata desta arma e que forma parte do seu programa da SEAL. Ele realizou um trabalho realmente interessante. As suas maneiras de enfrentar as situações com esta arma são práticas e

S


Entrevista


Auto-defesa

verdadeiramente realistas. A segurança com que ele e os seus instrutores esgrimem esta arma, não está isenta de um enorme respeito, no qual insiste constantemente ao longo de todo o vídeo. Faraone está a desenvolver uma forte associação a nível internacional, viajando constantemente da sua Itália natal. Leva muito a sério o seu trabalho e os seus alunos agradecem-lhe isso, apesar disso constituir uma perda quase dos seus fins de semana. É bem conhecida a sua longa carreira, na qual devemos destacar a sua instrução sob a tutela de gente como Paul Vunack ou Dan Inosanto. Por isso, está presente nele esta fórmula prática, adaptável e criativa tão própria do JKD, esse caldo de cultivo onde cresceram muitos dos mais destacados talentos marciais das últimas décadas. Entretanto, Faraone foi além de siglas específicas, desenvolvendo um trabalho muito profissional e característico, que possui personalidade própria. Na entrevista com ele (foi mais uma conversa entre amigos) que seguidamente oferecemos, encontrarão as suas opiniões acerca da faca e de outros assuntos como a tão falada "eficácia". Estou convencido que será de grande interesse para todos.

“Sem qualquer tipo de dúvida, a faca nas mãos de um agressor é a arma branca mais temida. Poucos são os especialistas que com ela se atrevem a sério, como motivo de trabalho monográfico. A faca é "a feia da festa" dos sistemas de auto-defesa!”



Auto-defesa

O CAMINHO DE CORTE

ARTE SUPERIOR, ARTE MORTAL, ARTE SECRETO Ao longo dos séculos, o combate com a faca tem sido denominado de maneiras sempre diferentes, todas elas para indicar uma disciplina transmitida por poucos Mestres a uns poucos alunos seleccionados. As pessoas aproximavam-se à prática da faca com uma sacralização especial, porque na sua evidente simplicidade, esta arma pode ser para o homem um amigo ou um temível adversário. A pulcritude da folha é uma metáfora do que realmente é o combate, ou uma prática directa, excelente no conceito e essencial na forma. A dinâmica em que a folha se move desenha através do movimento a potência da mão nua, e "ensina a esconder" o que para quem sabe buscar parece patente. A folha adquire as características de quem a usa, ilumina-se de uma luz clara ou sinistra conforme o temperamento da mão que a guia. Dominar a folha significa acima de tudo, conhecê-la, usá-la diariamente, fazê-la


Entrevista nossa amiga, resolver com a sua ajuda pequenos problemas práticos e poder confiar nela como no último amigo a quem pedir ajuda, no caso de estar em jogo a nossa integridade física. A folha é capaz de uma grande "absorção" e de mostrar através da sua história, o grau de consciência de quem a guia. Por isso, ao longo dos séculos o ensino do Caminho Cortante esteve reservado a essa elite de pessoas que em posse da folha tem demonstrado saber controlar a sua própria ira cega. Hoje em dia, os Mestres filipinos mais idosos, aqueles que realmente conhecem e utilizaram a sua própria sapiência para sobreviver, ensinam esta ciência apenas àqueles alunos em que mais confiam. Isto mostra bem o mundo subterrâneo em volta do qual gravita o combate com folha curta, tanto no Oriente como no Ocidente.

“No Boxe, no Muay Thai e em numerosas outras Artes, considera-se normal encaixar um golpe ou absorvê-lo, para depois contra-atacar. Este tipo de estratégia de auto-punição não se pode realizar no caso de combate com faca”


Auto-defesa

Aqueles que deveras sabem, estão de acordo que não é possível defender-se contra um especialista de faca. C.N.: Mike Faraone, se é isto o que pensa, porque então dedicar um vídeo a este tema? M.F.: No passado padeci com as pressões e as ameaças explícitas daqueles que queriam e ainda querem manter em segredo este conhecimento. Estou convencido de que o silêncio possibilita um terreno fértil para os que, ainda que ignorantes, gritam ao mundo que sabem, prejudicando aqueles que de boa fé entregam a própria vida em mãos de técnicas suicidas. O silêncio aumenta a confusão e é chegado o momento de restabelecer a justa ordem das coisas. Após os trágicos acontecimentos de Nova York, a atenção do mundo para o confronto com faca está no seu apogeu. Assim, a cavalo da actualidade chegaram de todo lado as vozes dos que dizem ser versados em métodos mais eficazes de defesa com mãos nuas contra faca.


Entrevista


Auto-defesa

Eu não pretendo estar na posse da verdade absoluta, mas penso que seja um dever moral esclarecer o assunto e afirmo de maneira taxativa que não existem métodos de defesa contra faca. Existe apenas a sobrevivência contra faca, o resto é só marketing e é muito perigoso. C.N.: Fale-nos do novo vídeo. M.F.: Quem andar à procura de um sistema que permita a qualquer pessoa enfrentar adversários armados de faca com o auxílio de um vídeo, de certeza vai ficar desapontado. Trata-se de um vídeo exclusivamente didáctico e ilustrativo, no qual se introduz um programa "passo a passo", que permite perceber quão fácil pode ser (na fase inicial) utilizar uma faca em combate, e de como é potencialmente ofensivo. Mas contrariamente, deixa ver com bastante claridade, quão dificultosa pode ser qualquer forma de defesa desarmada, no caso de não se ter um altíssimo nível de treino. Como conclusão, introduzimos estratégias que permitem sobreviver frente a um


Entrevista

confronto desse tipo e que serão tratadas em maior profundidade num próximo vídeo. C.N.: Na sua escola as técnicas com faca são ensinadas a toda a gente? M.F.: O estudo do combate com faca é reservado a instrutores que após anos de prática se tornaram membros da associação. Não existem segredos que queiramos ocultar, apenas técnicas e metodologia que não é possível ensinar em aulas colectivas. Assim como é impossível aprender a utilizar uma arma de fogo utilizando apenas uma réplica, da mesma maneira não é possível aprender a usar uma faca usando apenas instrumentos de treino sem folha ou em material plástico. A disciplina do aço não é para toda a gente, como nem toda a gente pode chegar a ser instrutor do SEAL Program. C.N.: Qual é a relação entre a técnica de mão e a técnica armada? M.F.: No Boxe, no Muay Thai e em numerosas outras Artes, considera-se normal encaixar um golpe ou absorvê-lo, para depois contraatacar. Este tipo de estratégia de autopunição não se pode realizar no caso de combate com faca. Esta dinâmica não se pode aplicar de maneira "universal", o que quer dizer que obriga a modificar tanto o sistema ofensivo como o defensivo, tanto o treino da sensibilidade táctil como as estratégias empregadas. Podemos permitir, durante o treino, a roça


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de uma mão, mas não podemos fazer o mesmo com uma faca afiada. Desta maneira, a técnica faz-se mais simples (em movimentos estilísticos) e mais sofisticada (visto que nada deve ser deixado ao acaso). Todo o programa técnico do SEAL Program é proveniente do combate com faca, como no Kali e no Aikido original, onde cada técnica se tira do combate armado e se adapta ao corpo a corpo. C.N.: Qual é a estrutura técnica do programa? M.F.: "O essencial é perfeito". Esta frase de Leonardo Da Vinci sintetiza eficazmente a ideia principal do programa. Existem escolas de combate armado que obrigam os estudantes a aprender dezenas e dezenas de técnicas de ataque e de defesa. A maioria dos sistemas de Kali Filipino adoptam 12 ângulos de ataque, com 12 defesas consideradas básicas para cada um deles: estamos a falar de 144 técnicas básicas(e há sistemas que têm 64 ângulos de ataque!). O nosso programa tem apenas três movimentos básicos, que podem ser utilizados tanto em ataque como em defesa. C.N.: …E é tudo? M.F.: A eficácia não é directamente proporcional ao número de técnicas que se conhecem, mas sim se são científicas, aplicáveis e funcionais.


“A eficácia não é directamente proporcional ao número de técnicas que se conhecem, mas sim se são científicas, aplicáveis e funcionais”


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“O Mestre tem o papel mais incómodo, tem a responsabilidade maior”

90% das Artes Marciais são totalmente ineficazes num contexto de combate real, armado ou desarmado. Devemos explicar que esses três simples movimentos podem ser elaborados e pode-se evoluir com eles para alcançar respostas específicas cada vez mais eficazes, através de metodologias de treino de dificuldade progressivamente crescente, mas não por isso menos realistas.


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“Trata-se de um vídeo exclusivamente didáctico e ilustrativo, no qual se introduz um programa "passo a passo", que permite perceber quão fácil pode ser (na fase inicial) utilizar uma faca em combate, e de como é potencialmente ofensivo”


"A posição do Mestre não é um oásis de reverência dentro do qual se deva cultivar e explorar adeptos que garantam altos níveis de êxito e dinheiro"


Auto-defesa

Assim temos tudo o que nos serve: • Mecânicas de treino • Técnicas de ataque • Técnicas de defesa • Técnicas de contra-ataque Mas penso que mais que as minhas palavras, ver o vídeo pode ser mais esclarecedor. No vídeo é possível perceber como esses três simples elementos podem criar um sistema completo. O importante não é quantas técnicas utilizamos, mas sim quais utilizamos e, acima de tudo, como as utilizamos. O vídeo foi gravado utilizando autênticas folhas afiadas. Certamente não é um sistema de treino para os principiantes nem para os autodidactas. O programa ilustrado baseiase no ensino de uma didáctica eficaz, que permita ao homem (visto que somos homens, acima de tudo) numa situação de perigo real, pelo menos não deixar viúva a mulher e órfãos os filhos. E visto estarmos a falar precisamente disso, penso ser

chegado o momento de sublinhar, com honestidade e claridade, alguns conceitos fundamentais, que muitos "mestres" parecem ter esquecido. A posição do Mestre não é um oásis de reverências dentro do qual se deva cultivar e explorar adeptos que garantam altos níveis de popularidade e êxito. O Mestre tem o papel mais incómodo, tem a responsabilidade maior. O Mestre deve ter uma grande coerência, ser capaz de retroceder admitindo os seus próprios erros. O Mestre sabe e lembra-se de que o seu próprio erro pode acabar com a vida do aluno. O Mestre respeita o aluno para lhe ensinar a mesma essência de respeito, porque se é normal a gentileza com quem tememos, mais virtuosa é a sua manifestação com quem nos é subordinado. O mesmo acontece no combate: é inteligente retroceder em presença de quem nos pode lesionar seriamente, mas é

incrivelmente grande retroceder na presença de quem podemos lesionar. O Mestre é aluno de toda a gente, porque sabe buscar e a verdade esconde-se em cada esconderijo da vida. O Mestre é gentil. O Mestre sorri. Como grande guerreiro ama a paz e sabe que o âmago da paz é o amor. C.N.: Um verdadeiro vademécum para os Mestres! M.F.: Os Mestres não precisam de vade-mécum e percebem o que digo. Os que se sentirem ofendidos, que se perguntem porquê. Prefiro pensar neste pequeno desabafo, como um vademécum para alunos. Espero que cada um dos leitores tenha lido nesta descrição a figura do seu próprio professor. Existe uma maneira infalível para saber se estamos em presença da pessoa indicada. Na próxima vez que forem à aula, façam uma festa ao vosso Mestre e vejam o que acontece…








KAJUKENBO O QUE HÁ POR DETRÁS DO NOME A história do Kajukenbo começa na Ilha de Oahu, Hawaii, onde vários homens começaram a realizar juntos e em segredo, um treino em antigos armazens e edifícios abandonados. Foi assim como Adriano Emperado, Joseph Holck, Peter E.E. Choo, Frank Ordonez e George “Clarence” Chang, fizeram um pacto comprometendo-se a criar uma arte de luta.



Kajukenbo

“A História nos diz que para constatar a efectividade das suas técnicas originais, os cinco fundadores se metiam em brigas na zona de Las Palamas (o pior subúrbio de Hawaii naquela época)”


“Se a técnica triunfava na luta da rua, era guardada, como parte do sistema”

E

stes cinco praticantes de suas respectivas artes marciais, desenvolveram o Kajukenbo para complementar os estilos que cada um praticava, a fim de conseguir a efectividade na luta, em todas as distâncias e velocidades. Em um prazo de dois anos, de 1945 a 1947, eles foram combinando seus conhecimentos em outras artes marciais e criaram uma Arte Marcial nova, o Kajukenbo. O Kajukenbo foi sintetizado na localidade de Palamas, no Hawaii, durante os anos de 1949 a 1952. Também Criaram a Sociedade de Cinturões Negros (Black Belt Society). Decidiram que seria o Kenpo a estrutura em volta da qual se construiria o Kajukenbo. As artes da sua origem são: Karate Tang Soo Do, Judo, Ju-Jutsu Dan zan Ryu, Kempo e Chu an Fa Gung Fu (Boxe Chinês) e Boxe Ocidental. Recordemos que alguns dos primeiros estudantes vinham do Boxe, entre eles Jaime Basquez, que esteve quase pronto para competir pelo titulo Mundial de Boxe em seu peso, daí o nome de Ka-Ju-Ken-Bo. Este grupo de homens estava constituído por: Peter Young Yil Choo - Campeão hawaiano de Boxe (Tang soo do) Joseph Holck - Judo Kodokan e Danzan Ryu Ju-jitsu Frank F. Ordoñez - Mestre de Judo Kodokan e Sekeino Ju-Jitsu Adriano Directo Emperado - Kara-ho Kempo e Eskrima George “Clarence” Chang - Boxe Chinês Sil Lum “kung-fu” Shaolin do Norte e do Sul. A História nos diz que para provar a efectividade de suas técnicas originais, os cinco fundadores se metiam em brigas na zona de Las Palamas (o pior subúrbio do


Kajukenbo


“Muitos dos primeiros praticantes da Arte eram Soldados e graças a eles, o Kajukenbo teve rápida e ampla difusão no Continente Americano e depois na Europa”

Hawaii naquela época). Se a técnica triunfava na luta de rua, era guardada como parte do sistema. Muitos dos primeiros praticantes da Arte eram Soldados e devido a eles, o Kajukenbo teve rápida difusão no Continente Americano e depois na Europa. Em 1958, na Base Aérea de Travis, na Califórnia, o Mestre Aleju Reyes abriu a primeira escola fora das Ilhas do Hawaii, ensinando muito especialmente a membros das Forças Aéreas dos Estados Unidos da América. Depois de 1959, Charles Gaylord, Tony Ramos, Aleju Reyes e Joe Halbuna - que tinham recebido seus cintos pretos de Emperado, transmitiram o Kajukenbo pelo continente Americano. Cada um deles abriu sua própria escola de Kajukenbo na Califórnia. Em 1969, Tony Ramos treinou fez um intercambio do seu método e ideias com Bruce Lee. Aleju Reyes faleceu em 1977 e Tony Ramos morreu no Hawaii, em 1999. Charles Gaylord tem estado trabalhando no sistema e elaborou assim, o chamado método de Gaylord (Chuan fa). Foi Presidente da Associação do Kajukenbo da América (Kajukenbo Association of America) e faleceu em 2009. Também teríamos um jovem Al Dacascos, que fundó o Wun Hop Kune Do, nos anos 60/70. Todos eles foram promovidos a 5ºDan Black Belt, por Adriano Emperado, em 1967, por seu trabalho de difusão, pois realmente foram eles os que deram a conhecer ao público em geral, a Arte do Kajukenbo do Hawaii.

Na Arte do Kajukenbo, até o falecimento de Emperado, estavam reconhecidos cinco métodos, evoluções ou etapas da Arte.

Metodos: O Kenpo Karate, também chamado Emperado Method. Chuan Fa, com duas linhas: Método Ramos e Método Gaylord. Tum pai. Wun Hop Kune Do. Actualmente há muitos mais Métodos da Arte, como por exemplo, o Kajukenbo Kosho Ryu/Advanced Method, etc. Muita gente considera Sijo Emperado como o Fundador do Kajukenbo e realmente ele é um CoFundador do Sistema, pois foram cinco as pessoas que lhe deram nome e forma. Sijo Adriano Emperado é o Fundador do Kajukenbo Self Defense Institute (K.S.D.I ) Em 1973, Edward C. Sheppard (um militar aluno de Richard Peralta) foi enviado à Base Aérea de Torrejón de Ardoz (Espanha), onde começou a ensinar este sistema na zona estado-unidense e assim, iria nascer o Kajukenbo na Europa. Também na Alemanha outro Instrutor, Al Dacascos, formava suas escolas de WHKD, nos anos 70. Infelizmente, nos nossos dias a desunião do Kajukenbo está cada vez mais avançada, mas a cada dia, a Arte continua crescendo um pouco mais e continua em EVOLUÇÃO.






Durante a nossa pausa do Verão, teve lugar como cada ano, o U.S. Int. Kuoshu Championships Tournament. Desde anos atrás, na nossa escola não deixamos a possibilidade de medir o nosso nível internacional neste grandioso evento. Este ano fui condecorado pessoalmente pelo Grão Mestre Huang, responsável da organização e Presidente do Word Kuoshu Federation. No mundo das Artes Marciais, nos torneios e eventos as pessoas tratam principalmente de se encontrarem, de rever amigos e da possibilidade de se medirem com os melhores do panorama em contacto pleno e contacto ligeiro, assim como em formas de mãos e armas.


Êxito na América


uem já o tem visitado alguma vez, sabe que o voo, o hotel e muito mais, deve ser pago por cada participante, o que constitui além do esforço físico, um custo adicional. Mas a motivação está em relação com o que se espera de uma delegação com as baterias carregadas. O U.S. Int. Championship Turnier é um dos grandes torneios de profissionais, na comunidade das Artes Marciais e atrai a cada ano, grande número de atletas de primeira categoria. Todas as instalações do hotel, durante esse fim de semana, foram dedicadas ao Kung Fu tradicional. Os mais de três mil metros quadrados que oferece o hotel para congressos, casamento e eventos de empresas, se tornaram espaços de combate. No centro da grande sala de baile, se destacava o cenário de Leitai, uma plataforma elevada onde se realizam os combates de contacto pleno. Este cenário se encontrava mesmo em frente da tribuna de convidados de honra. Entre

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essas pessoas importantes, de novo se encontraram este ano os numerosos Grandes Mestres dos diferentes estilos de Kung Fu, assim como representantes do governo dos Estados Unidos. Houve palaveas de elogio do próprio Presidente Barak Obama, transmitidas por seus representantes, que acompanharam a cerimónia de abertura e deram as boas-vindas aos muitos participantes. O grande número de participantes permitiu que os organizadores pudessem descer as despesas de hotel para árbitros e colaboradores. A meu modo de ver, para um evento Non-Profit, como é o Torneio de Kung Fu tradicional, o tamanho e a profissionalidade se correspondem perfeitamente. Na sexta-feira chegaram ao hotel as diferentes equipas vindas de todas as partes do mundo. Os atletas, especialmente os combatentes, foram registados, pesados, comprovados e inscritos. Os meus instrutores - todos sem excepção registados como árbitros - assim como todos os membros oficiais se integraram desde esse nos afazeres do torneio. Cada um foi logo informado do que tinha de fazer nos dias seguintes. Foi grande a emoção de ver de novo caras conhecidas, que encheram a sala de alegria e respeito recíproco. A tensão na calma, estava por todo lado, mas o tratamento entre todos, foi muito afectuoso e familiar. Também os combatentes que nesses dias combateriam até o final, gozaram de estar juntos. Depois de uma impressionante cerimónia de abertura no sábado de manhã, os convidados de honra fomos apresentados ao público e o torneio começou. Os participantes e os espectadores se dividiram por todas as zonas do Hotel e as mais de 280 categorias deram início ao torneio, profissional e brilhantemente, sob a direcção dos árbitros bem preparados. Alguns dos aspectos mais destacados do torneio foram, como é hábito, os combates full-contact e as demonstrações dos mestres. Também a entrega dos muitos prémios e as novas graduações, que incluíam também os meus instrutores e a mim. Cada uno dos meus instrutores foi galardoado com o grau de Mestre, que já tinham recebido do meu Sifu. Yo mesmo também foi premiado não só com o grau de Mestre, mas também com um prémio especial, por apoiar o evento com a minha escola, durante muitos anos. Isto é uma grande honra para mim, por ter sido o Grão Mestre Huang (bom amigo e organizador do torneio) que pessoalmente me entregou o prémio. Os estudantes que viajaram connosco para participar no torneio, também foram um êxito. Isto fez com que a competição tivesse um belo final. Uma especial menção a Claudio Löffler, que ganhou a medalha de oiro na categoria light-contact. Além disto, por separado, posto que foi à porta fechada, se realizou a reunião oficial da Federação Mundial de Kuoshu, na qual participei como novo presidente para a Europa. Se discutiram as decisões importantes, que não desejo desvelar a partir de agora, mas sim podemos adiantar, com grande entusiasmo, que o Campeonato do Mundo, deverá realizar-se em Baltimore, em 2018.


“Foi uma grande honra para mim, que o Grão MestreHuang (um bom amigo e organizador do torneio) me entregasse pessoalmente o prémio”


Após dois dias cheios de concursos, prémios e alegres conversas, o evento encerrou com uma elegante ceia de gala. Todos apropriadamente vestidos, participamos nesta parte do torneio e mais uma vez, gostamos de estar com os nossos amigos do Kung Fu e manter com eles grandes e boas conversas. Na manhã seguinte, se podia sentir claramente uma sensação entre os atletas e organizadores: "O quê? Já acabou tudo?”. Depois, tivemos por diante dois dias mais descansados. Nesses dois dias foinos possível rever o torneio e descansar um pouco. Resumindo: O tamanho da nossa delegação sempre tem sido diferente, mas nunca voltamos para casa sem êxitos e prémios nos torneios. Houve magníficas vitórias e subimos ao podium nas categorias de Formas e Light-contact Lei Tai. Este ano, a nossa delegação se concentrou na minha trajectória e da trajectória dos meus instrutores. Pascal Plüss, Fadrí Canal e Kitaro



e Jiro Waga, os instrutores chefes do KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER, foram galardoados com o grau de Mestre da Federação, da Mundial de Kuoshu. Como parte integrante da equipa arbitral, me sento especialmente satisfeito com o seu árduo trabalho e participação na organização do torneio. A todos agradeço as boas conversas com meus irmãos do Kung Fu. Passamos muitos bons momentos, e acima de tudo, porque me disseram que era muito inspirador termos podido ver um enorme apoio e o bom Kung Fu de um país pequeno como a Suíça. Nos enche de alegria escutar isto e realmente, para mim é uma honra representar a minha família do Kung Fu em um grande evento e com tão boa gente. Já estamos a pensar em 2018 e no Campeonato Mundial, ao que iremos e nele voltaremos a ver todos os nossos irmãos e irmãs.

“Agradeço a todos, as boas conversas com meus irmãos do Kung Fu. Passamos muitos bons momentos...!”







Aikijujutsu… Dissolvendo a ansiedade... Muitos que se dedicam ao processo da busca pela interacção – Musubi – e encaram um Uke duro, rígido, quando não conseguem r ealizar a técnica, sentem muita ansiedade e terminam por desestabilizar a própria energia através da frustração. De uma maneira geral, seja em seguradas ou ataques, através do primeiro impacto da ansiedade, o Hara se torna rígido e indirectamente promove a estagnação do movimento.

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ientificamente, a ansiedade pode se manifestar em três níveis: neuroendócrino, visceral e de consciência. O nível neuroendócrino diz respeito aos efeitos da adrenalina, noradrenalina, glucagon, hormônio anti-diurético e cortizona. No plano visceral, a Ansiedade corre por conta do Sistema Nervoso Autónomo (SNA), o qual reage se excitando (sistema simpático) na reacção de alarme ou relaxando (sistema vagal) nas fase de esgotamento. Na consciência, a Ansiedade se manifesta por dois sentimentos desagradáveis:



1- através da consciência das sensações fisiológicas de sudorese, palpitação, inquietação, etc. e 2- através da consciência de estar nervoso ou amedrontado. Para o Haragei, é o momento em que o Hara passa a produzir uma energia densa e promove a retaliação da condição de movimento; o quadril se torra pesado e as pernas parecem enrijecer; o raciocínio fica lento e nublado. Neste viés, a electricidade carregada pelo sangue (Ki), deposita seu aspecto Yin nas terminações ósseas das articulações, deixando o corpo lento; e seu aspecto yang passa a coordenar o sistema respiratório, deixando-o acelerado e pesado. É neste ponto que tal experiência varia de Kohai para aluno; de aluno para professor; e de professor para mestre. Ou seja, o tempo de prática e a experiência, favorecem a estabilização desta acção do Hara. Entretanto, em relação ao Kohai - e digo isto chamando a atenção do facto para os professores, os padrões individuais de ansiedade variam amplamente. Alguns apresentam durante a experiência da frustração, que gera, por conseguinte, a ansiedade em relação a uma resposta, sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como náuseas, vómito, diarreia ou vazio no estômago, outros ainda, apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos e viscerais variam de pessoa para pessoa!


Aikijujutsu

“Muitos que se sentiram frustrados com a prática marcial, seja ela ligada ao conceito AIKI ou não, percebem que quem se disciplina no Caminho, quando encontra condições adversas, enfrenta a dúvida do existir, de si mesmo, da força em acção, da verdade interior, exterior...”


Psicologicamente a Ansiedade pode monopolizar as actividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade. O melhor a fazer é estabelecer os processos de respiração com a ênfase na racionalização dos momentos. Organizar de maneira coerente e consciente através de repetidas vezes a mesma situação, agora realizada de maneira lenta, explicando os motivos pelos quais tudo se passou. Uma vez que haja o entendimento, diversas adjacências de reflexões e conclusões, favorecem a aquisição da experiência, levando em seguida, à superação. Relaxe seu espírito! Por outro lado, diferente dos raciocínios anteriores, este nos desperta para a força activa iminente. Se olharmos pela origem da palavra, do Lat. Vacuu adj., absolutamente vazio; que não contém absolutamente nada; s. m., espaço circunscrito sem matéria; fig., aborrecimento; tédio; enfado; privação; ausência; falta. Analogamente, é o momento em que nos sentimos vulneráveis no Aikijujutsu. Explico: Muitos que se sentiram frustrados com a prática marcial, seja ela ligada ao conceito AIKI ou não, percebem que quem se disciplina no Caminho, quando encontra condições adversas, enfrenta a dúvida do existir, de si mesmo, da força em acção, da verdade interior, exterior... Isso torna o Uke ou adversário, mais forte e poderoso: presos ao vácuo, exaltamos a parte externa que está mais aparente. Se olharmos pela via antiga das práticas marciais, aquele dotada de conhecimentos místicos e invisíveis, certamente que, através desta dúvida, os mestres diriam: “Karma! Aprendizado!” – Obviamente! Contudo, nos seres produzidos pelas condições do karma, nenhuma substância imutável pode


“Na harmonia silenciosa com o Caminho, o vento do prazer não me abala. Isso é o significado de aceitar o Karma”


ser encontrada e a alegria, bem como o sofrimento, são também resultados de acções intencionais do passado. O KI e a sua magnitude fortalecem ou enfraquecem aqueles que lhe permitem actuar em prol da reflexão. Isso significa para os mestres mais antigos, que devemos aceitar o destino com coragem. Ocorrendo o ganho ou a perda, que cada um aceite seu karma. O coração nada sabe de aumentos ou diminuições. Recordo-me palavras que traduzem algo: “Na harmonia silenciosa com o Caminho, o vento do prazer não me abala. Isso é o significado de aceitar o karma”. Para o conceito AIKI, o acaso não pode ter pré-organizado tantas condições necessárias para o desenvolvimento da vida: formação de planetas, irradiação solar, presença de uma atmosfera, sua adequada composição química, humidade, oceanos, terras emersas, calor, luz, prontas no ambiente as substâncias utilizáveis... Tudo dosado para que a vida fosse aí possível, dado que qualquer excesso ou deficiência a teria destruído. É como se chegássemos agora em um Dojo e olhássemos para a nossa consciência: no princípio, tudo isto é caos, e deste, nasce uma ordem maravilhosa, construindo-se, edificando-se através de planos, o ser biológico que agora vemos funcionar e ao mesmo tempo evoluir, um organismo feito de partes comunicantes, que vivem trocando entre si o material de nutrição, combinando-se e fundindo-se numa só vida. O AIKI de que todos falam de interacção (Yu) e vazio (Um), favorece apenas os que se deixam levar por ele. Neste caso, o acaso não pode, de maneira alguma, pré-organizar tudo isso, nem tornar possível sua utilização até chegar a saber produzir o milagre da interligação humana.

“Principalmente actuando como Tori, que é bem diferente de ser Uke, não devemos cair no erro de pensar que um simples ataque determina o momento”


Aikijujutsu


O que os faz fluir? Em verdade, nada! Um dojo não possui as mesmas propriedades de um rio que, independente de nossa vontade, a força de suas águas nos conduzem a outras direcções. Isso significa que diferentes situações conduzem a diferentes raciocínios. Uke, Tori, Dojo, todos fazem parte do universo interpessoal, que estabelece deferentes condições de uma boa técnica. Principalmente actuando como Tori, que é bem diferente de ser Uke, não devemos cair no erro de pensar que um simples ataque determina o momento. Ainda que os estudos sejam feitos em forma de Seiteigata, cada movimento possui uma fase completa em si mesmo; se o Uke no meio de uma movimentação altera sua técnica, então teremos duas fases que se devem completar; e assim, cada uma tem o seu próprio passado e futuro. Por isso, no momento em que as técnicas se completam, no ápice da tão buscada harmonia, a mente é chamada não-mente. O depois, o momento em que a técnica já chegou ao fim, o momento em que o Uke já não interage mais com o instante, também é uma fase completa em si mesmo; tem seu próprio passado e futuro; então é dito que momento é não-momento. Nesta etapa do entendimento, o Tori


Aikijujutsu


nada mais é do que a pessoa que executou a técnica, e o Uke nada mais é do que a pessoa que recebeu a técnica. Portanto, quando o momento em forma de fluidez se manifesta, significa apenas ele mesmo: nada o faz fluir, a não ser por interferência de ambas as partes. Nosso problema, pois, não é o de sabermos o que é a independência, a verdadeira função da técnica tal como os personagens Tori e Uke, mas sim o que significa a interacção de todos em um único momento. Com a compreensão do momento, do instante, do figurativo Dojo como via destas relações, que é a conduta entre praticantes humanos, os que acreditam que estão sempre aprendendo; quer íntimos, quer estranhos, quer próximos, quer distanciados, começaremos a compreender todo o processo da existência e do conflito entre a técnica propriamente dita, a forma em que a executamos e a independência realidade/fantasia. Todos adoramos falar em fluidez, mas esquecemos que esta se inicia muito antes de entrarmos no Dojo.

...“Por isso, no momento em que as técnicas se completam, no ápice da tão buscada harmonia, a mente é chamada não-mente”


Aikijujutsu “Todos adoramos falar em fluidez, mas esquecemos que esta se inicia muito antes de entrarmos no Dojo�











Nunca pensaram o que sente uma mulher quando se encontra numa situação de confr ontação física, tanto na rua como no ginásio? O que pensa uma mulher quando deve enfrentar um homem que 99% das vezes é maior, mais alto e mais forte que ela? Mas especialmente no caso de ser um homem que apoiado por um modelo cultural bastante difundido, está habituado a assumir o papel de agr essor em presença das mulheres, imputando-lhes a elas o inevitável papel de vítimas?

Doutora Rosa Maria Distéfano Responsável pelo Sector de Psicologia da IMTF E-mail: dlilla@tiscalinet.it

Deveras és Vítima?


“Nos nossos dias isso começa a passar por uma rápida e incessante mudança, e isso devido não só a uma renovação cultural, como também à descoberta por parte das mulheres, das Artes Marciais”


Psicologia

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ma mulher metida numa situação de confrontação física, na maioria das vezes obrigada por um antigo costume cultural, reconhece no papel de vítima o seu único caminho possível. De facto, o papel de vítima para a mulher é o mais seguro, sendo o único conhecido e aquele que mais facilmente utiliza para resolver da maneira mais conveniente, a confrontação com o homem. Neste campo, as mulheres fizeram-se admiráveis versadas, são capazes de fazer o papel de vítima de maneira finíssima, modulando o papel vitimário e enriquecendo-o com atitudes manipuladoras e sedutoras, que brincando a reforçar o poder do homem agressor o aplacam e apoucam. No entanto, no passado não era assim: "É temerária e aventureira, procura sempre situações arriscadas, como trepar a um portão do qual depois olha para baixo um pouco preocupada, evidentemente a pensar como poderá descer, mas certa de que tudo vai sair bem. O sinal distintivo do seu carácter é a confiança. Como se livra de uma situação problemática, procura imediatamente outra. O seu desejo de se provar através de empresas que assustam crianças de mais idade, não conhece limites nem obstáculos. Ama o mundo com uma paixão entusiasta, saboreia com intensidade tudo o que lhe acontece, tudo o que se mexe". Esta é Aissia, uma menina qualquer na descrição de Elena Giannini Bellotti, no livro "Dalla parte delle bambine" ("Da parte das meninas"). Aissia move-se no mundo com tenacidade e vitalidade, buscando a sua autonomia expressiva, protagonista activa de cada uma das suas acções. Lendo a sua história ou observando uma menina qualquer, perguntamo-nos qual poderosa estratégia educativa pode levar uma menina a abandonar a sua própria maneira de ser vital e curiosa, para deixar-se "capsular" numa mulher apagada e temerosa de se expressar, que já se esqueceu da sua própria potencialidade expressiva na vida e que admite só as que lhe oferece o papel de vítima.

A mulher marcial Nos nossos dias isso começa a passar por uma rápida e incessante mudança, e isso devido não só a uma renovação cultural, como também à descoberta por parte das mulheres, das Artes Marciais. Num ginásio marcial as mulheres têm a preciosa ocasião de descobrir um novo lado da sua feminidade. Uma mulher treinada na confrontação, tanto com mulheres do mesmo tamanho como com homens de todo o tipo de tamanhos, descobre que o papel de vítima começa a não ficarlhe bem, que talvez possa adoptar novas formas expressivas que a façam não só mais eficaz como acima de tudo, a deixem mais satisfeita de si mesma. Uma mulher marcial que se lança a uma experiência de prática marcial, logo nas primeiras ocasiões de confrontação, descobre em primeiro lugar os seus próprios pontos fracos, que não só dizem respeito ao carácter como também ao físico. De facto, uma mulher antes que um homem, descobre que na ocasião de uma confrontação, os golpes de punho são frequentemente mais prejudiciais para as suas próprias mãos que para o adversário que os recebe. Descobre que na confrontação física com um adversário de mais tamanho, levantar as pernas para atirar admiráveis pontapés em voo é muito perigoso. De facto, devido ao seu peso extremamente ligeiro com respeito ao peso do adversário masculino, se uma mulher levantar os pés do chão passa a ser como uma folha que o vento leva.


Psicologia Novas formas de confrontação Esta consciência dos limites tanto físicos como psíquicos, abrem o caminho a uma nova maneira de ver o combate e devido a isto a mulher de vítima passa a ser guerreira. A mulher guerreira, ao contrário da vítima, tem como apoio ser consciente de que pode escolher e que a eficácia das suas acções aumenta quanto mais acreditar em si mesma e naquilo que faz. Assim, a mulher guerreira descobre que a arma mais eficaz que pode utilizar na confrontação com qualquer adversário é ela mesma. Sustentada por esta força psicológica, a mulher guerreira afia novas armas, com frequência utilizadas pelos homens, mas entretanto consideradas pelos mais versados em técnicas de combate, como sendo extremamente funcionais para os combatentes de peso ligeiro. Reis entre todas estas armas especiais são os cotovelos. As cotoveladas executadas com uma fluida rotação, com soltura e com os cotovelos devidamente endurecidos e afiados, transformam-se em armas mortais capazes de lesionar e fracturar os ossos. Resumindo, a mulher marcial que seguir com constância e tenacidade o seu percurso de formação marcial, o caminho que a levará a não sentir-se nunca mais vítima dos acontecimentos e das acções dos outros, mas sim protagonista da sua vida, irá descobrir uma nova realidade: o seu agressor masculino, que até agora na sua imagem de vítima parecia um ser invencível, na realidade também pode estar condicionado por limites tanto físicos como psíquicos. De facto, qualquer agressor alto como um gigante ou do tamanho de um lutador de Sumo, fisicamente tem os seus pontos fracos: olhos, testículos, garganta e um longo etc… Quando uma mulher consegue atacar um só desses pontos do seu agressor, com uma simples acção alcança um duplo efeito prejudicial para o adversário. A dor profunda e a surpresa de ter sido atacado num desses pontos fracos, causa em quem o sofre uma repentina ruptura de todo o conjunto de força física e psíquica. Assim se cumpre o encantamento: a mulher vítima não só se transformou em guerreira como também, num dado momento e com a sua acção, inverteu totalmente as funções da confrontação, transformando em vítima o seu próprio agressor. Este é um momento muito importante, o qual penso que as mulheres tenham que aprender a administrar com muito cuidado e inteligência. Visto ser este um tema interessante e digno de ser tratado com certa profundidade, prometo que o tratarei de melhor maneira para a próxima vez.

O poder da Arte Marcial Este procedimento de evolução do papel feminino na sociedade, de vítima a mulher protagonista, na realidade já arrancou devido às mulheres terem começado a ter novos papéis no campo do trabalho e do poder. Estas ocasiões deram às mulheres a oportunidade de descobrir novas formas de expressão relativas à sua vivacidade intelectual. A experiência marcial permite às mulheres encontrar novas formas de expressão da sua feminidade, mas utilizando canais não simplesmente intelectuais, como também corporais e emotivos. Isso permite que a transformação de mulher vítima a ser humano capaz de se expressar de maneira afirmativa e satisfatória, favorecida pelas Artes Marciais, seja uma transformação muito mais consistente e duradoura, do que aquela que se alcança simplesmente com canais intelectuais.

“Resumindo, a mulher marcial que seguir com constância e tenacidade o seu percurso de formação marcial, o caminho que a levará a não sentir-se nunca mais vítima dos acontecimentos e das acções dos outros, mas sim protagonista da sua vida, irá descobrir uma nova realidade: o seu agressor masculino, que até agora na sua imagem de vítima parecia um ser invencível, na realidade também pode estar condicionado por limites tanto físicos como psíquicos”












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