Neste primeiro DVD de “Wind Warriors 21”, o Mestre Rui Ribeiro apresenta um trabalho que qualquer pessoa pode realizar, em artes marciais tradicionais e em desportos de combate, para melhorar a saúde, as tecnicas e a maneira de trabalhar, tanto em treino como em combate. Evidência, referência e controlo em Artes Marciais, Desportos de Combate e na Vida, o homem deve ser selvagem, natural y preparado. Não mostrar medo. Conhecer seu corpo. Estabelecer uma relação com o seu Espírito.Empregar o tempo necessário para compreender os valores do que se é. Sentir as diferenças, a sua constituição, a maneira em que o cêrebro age. Existen sinais externos para nos avisar de novos erros. Compreender os sinais, a relação do corpo e da alma, a relação con os outros, com os nossos sentidos. NATUREZA / RACIOCÍNIO. Conquistas da Evolução / Tipo de Sistemas. Tudo depende de nós. Façamos do nosso corpo um lugar vazio. No exercício, o espírito só pode ser atacado se perdermos o instinto natural. OSS
Ref.: • DVD/RIBeIRO-1 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.
Tem coração este caminho? Se o tiver, o caminho é bom; se não, de nada serve. Nenhum caminho leva a nenhuma parte, mas um tem coração e o outro não. Um faz da viagem um gozo; enquanto o seguirmos, somos um com ele. O outro nos levará a amaldiçoar a nossa vida. Um faz-nos fortes; o outro nos debilita. Carlos Castaneda ouco ou nada têm esclarecido os historiadores, no que diz respeito à cultura Shizen. O que chegou até nós por via oral, com respeito à sua história como povo, tem sido infinitamente menos do que sobreviveu da sua cultura. Sabemos por historiadores como Takeo Nagaki, que as aldeias originárias da dita cultura, provavelmente estavam situadas na área da actual Sapporo, durante a Era Kamakura (1192–1333). Por tradição oral, sabemos pelo menos de duas destruições completas das aldeias (por derrotas militares) por parte dos invasores Yamatos. No entanto, a cultura Shizen sobreviveu até os nossos dias, em grande parte a través dos próprios Shizen, que estando então misturados com os japoneses, agiram como espias e protectores do seu povo e se mantiveram infiltrados em lugares de poder e influência, quando as derrotas tiveram efeito. Se a historiografia é pouca em pormenores sobre esta cultura, no entanto, o seu legado cultural é enorme e chegou até os nossos dias em segredo e oralmente transmitida pelos imigrantes Shizen que chegaram ao Brasil nos inícios do século XX. Das culturas antigas dos indígenas das ilhas que formam o Japão moderno, hoje sobrevive só a Ainu (ou Aino), que nem possui seu próprio idioma e carece, por exemplo, de escrita. Pelo contrário, a cultura Shizen nos legou três formas diferentes de escrever. Este simples factor dimensiona claramente a diferença e a profundidade dos seus conhecimentos, assim como a força da sua maneira de ser e pensar, comparada com a cultura Aino. Os Aino sobreviveram ao expoliação, à aculturação e ao submetimento dos Yamato, vivendo episódios inclusivamente no século XX, próprios de um holocausto. Entretanto, os Aino mantêm certas tradições, assim como o seu idioma, um pouco à maneira dos índios americanos, muito mais uma sentimental amostra do que foram, que outra coisa, pois seu modo de vida como caçadores e levantadores de colheitas, foi propositadamente, absolutamente destruída. Ainda hoje, a pesca do salmão em seus rios, base da sua forma de vida nos duros dias de Inverno, continua sendo proibida ou patrocinada pelo estado. Os Aino não tinham o conceito de propriedade, de maneira que a expropriação das suas terras entregues a imigrante japoneses a princípios do século XIX, constituiu um desastre na sua forma de vida. Humilhados e obrigados a esquecerem o seu idioma, foram forçados a uma integração devastadora. Actualmente, o governo japonês reconhece esta minoria e foram aprovadas leis, tentando proteger esse legado. Ao contrario da cultura dos Aino, a cultura dos Shizen alcançou cotas de alta sofisticação ao longo dos séculos, mas já em seus começos, mostrou um vigor insuspeito e uma marcada personalidade. Contam as suas tradições orais, que os Shizen não se definiam a si mesmos a partir de nenhum rasgo racial, mas sim cultural. Esta diferenciação, provavelmente tenha estado na base do seu grande êxito em se perpetuar no tempo.
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Tendo enfrentado muitas culturas indígenas organizadas, frente ao invasor, os Shizen souberam, pelo menos ao princípio, antepor um factor integrador superior, a sua cultura, a um inferior, a raça, o clã ou a tribo. Por outro lado, o propósito defensivo estabelecido na sua fundação, marcará definitivamente o seu carácter fechado e secreto, a partir desse momento. Tal e como os índios americanos, toda pessoa podia tornarse parte do povo, sempre que após um período de prova e convivência, aprendesse seus hábitos e os integrasse na sua vida. Este período se estendia antigamente, numa determinada quantidade de “luas”, que são uns três anos na nossa medida. Após esse período, eram iniciados em seus ritos, a través de uma cerimónia conhecida em seu idioma como “ashakoro” (o grande que se junta com o pequeno através do raciocínio). A partir desse momento, eram considerados parte do povo Shizen e iniciados em seus segredos e no culto a Tengu (cães de Deus) uma tradição espiritual conhecida em seu idioma como e-bunto, “a grande força comum”, em Japonês “Ochikara”. Os Tengu provavelmente tinham tradições xamânicas provenientes da Mongólia (ver o culto a Tengri) e com origem em culturas antigas, existentes desde o neolítico, pois possuem rasgos comuns com algumas culturas antigas da China, da Mongólia e do Tibete. O legado Shizen é um milagre antropológico de perpetuação. Sem escrito algum (era um cultura baseada no segredo) a profundidade e a extensão dos conhecimentos que chegaram até os nossos dias, são absolutamente extraordinárias. Não conheço nenhum outro caso semelhante, na história moderna, pelo que esta cultura é uma “viva Pedra Roseta” das culturas mais antigas do mundo. O que a mim me chegou da nossa linhagem (proveniente especialmente das aldeias de Kawa e Yabu) é tão vasto e impressionante que necessitaria de várias vidas para estudar tudo. Os materiais compilados por Shidoshi Jordan Augusto e humildemente por mim mesmo, ainda que longe de seu titânico trabalho, ultrapassam as 50.000 entradas de artigos, livros e materiais vários, em que se explicam e estudam aspectos tão diferentes como: a medicina, a filosofia, o idioma, as canções, orações, sutras, psicologia, medicina espiritual (xamanismo Shizen), monogatari (histórias mitológicas), Artes Marciais, protocolos e costumes, festas, espiritualidade, oráculos, etc., etc.… O segredo como norma defensiva, tem mantido esta cultura enorme e grandiosa, oculta aos olhos da humanidade. O segredo, que marca a sua maneira de ser, impregna seu ADN fundacional com tal força, que só a través dele e com um vigor e força incomensuráveis, lhe tem possibilitado sobreviver todos estes séculos a través das famílias, dos xamãs (miryoku) e dos sacerdotes andantes, conhecidos como Tonbo (libélulas). O segredo, que teve sentido na defesa dos herdeiros desta tradição, primeiro, frente aos invasores muito superiores em número e forças militares, e depois, como veículo de protecção entre os pequenos grupos de Shizen renascidos na diáspora, pode no entanto, tornar-se sua definitiva perdição nos tempos
modernos. Os jovens e as famílias Shizen inseridas em sociedades modernas, tal e como acontece com outras culturas tradicionais, comungam antes com os interesses e as formas de vida modernas, que com as suas belas tradições antigas. Por outro lado, os Grandes Mestres que nos antecederam, cada um deles uma biblioteca viva da tradição Shizen, têm ido gradualmente desaparecendo e o seu legado está agora em muito poucas mãos. O mundo dos nossos dias vive imerso na força centrífuga que impõe o pensamento único e por mais que exista a resistência à perda da identidade, com o ressurgir dos patriotismos e nacionalismos, o certo é que o dia-a-dia moderno está devorando toda verdadeira distinção, relegando a folclore o que um dia foi sabedoria para enfrentas obstáculos reais do dia-a-dia e as vivências. A necessidade é a mãe das mudanças e quando esta entra em jogo, modifica tudo o que há em redor e nada a detém. Isto é tão certo nas culturas como nos indivíduos. A profundidade e a particularidade da cultura Shizen é tão extraordinária e existe tão viva no nosso quotidiano espiritual, que temos empenhado o nosso esforço e dedicação em preservá-la. Isto implica um giro excepcional de acontecimentos, que só se pode dar no marco do extraordinário da situação. Tal como na vida humana, na vida das culturas, dois são os momentos mais importantes e grandiosos, o nascimento e a morte. O nascimento, porque define uma trajectória como uma flecha apontando para o seu alvo, e a morte, porque ela resolve a culminação e a máxima tensão de um propósito. Após toda morte, só fica o renascimento a um plano diferente e portanto, a transcendência a um plano vibratório mais subtil e por isso, necessariamente superior. A extraordinária quantidade de transgressões e acontecimentos extremos desproporcionados e ao limite, que me levaram até o momento em que fui nomeado “eternamente sucessor” (kokeisha em japonés, Koromi em Shizengo) das tradições da aldeia de Kawa na nossa linhagem, dariam só elas para escrever um livro, mas são só um mínimo momento na longa história do povo Shizen. Diz uma frase popular que com espaço e tempo, tudo se vê no seu oposto. Faz já muitos anos escrevi que nos tempos modernos e paradoxais do “totus revolutum” milenarista, o melhor do Oriente se veria no Ocidente e ao contrário. O capitalismo está alcançando cotas extremas de perfeição em sua essência natural na China, enquanto o melhor do Oriente, desde o Dalai Lama, até a Mãe Teresa de Calcuta (que era Albanesa) se verá no Ocidente. Os grandes artistas Marciais de Oriente estão no Ocidente e muitos são os sucessores que já não têm os olhos rasgados. Não tenho sangue Shizen, nem japonesa. Afinal, como ao principio, nada disso é importante, nem o foi em seus começos. O meu Mestre também não tem os olhos rasgados, mas é mais Shizen que nenhum outro e uma biblioteca viva da sua cultura e conhecimentos. O espiritual se impõe sobre o material, porque nos tempos extremos que vivemos, tudo alcança seus limites e se expõe, desfragmentado. Tempos em que nada pode ser preservado para amanhã, por que o amanhã já chegou e o futuro se encolhe; tempos do Kali Yuga na tradição Hindu, de apocalipse na Judeo-Cristã, e apocalipse significa destruição pelo fogo…
Nem tudo é negativo nisto, posto que o fogo também é luz, elucidação da energia contida e transfiguração da matéria a um estado de energia pura. Pretender manter artificialmente o passado ou tornar em peças de museu culturas tão interessantes como a Shizen, seria matar seu verdadeiro valor, em um momento em que a humanidade perdida, procura caminhos e orientações que mostrem direcção, sentido e transcendência ao seu existir. Não se trata então, de manter artificialmente as formas que a fizeram ser o que foi, mas sim encaixar a sua grandeza em parâmetros superiores que teve, como uma cultura com um alcance espiritual, cujo valor é eterno para as eternas perguntas do homem, acerca da sua identidade como ser espiritual, e das razões e mistérios subjacentes nas suas vivências neste plano material. As culturas subsidiadas, como as espécies em perigo de extinção mantidas artificialmente, declinam inexoravelmente. Assim pois, quando tratamos de destruir alguma coisa, o melhor é protege-la artificialmente, porque a facilidade conduz inexoravelmente à dificuldade. Não se trata disso, como o não é o de atraiçoar a sua essência adaptando-o, baixo premissas acomodatícias, a as conveniências circunstanciais daqueles que se aproximarem a isso. Manter viva uma cultura é pois, algo que transcende as possibilidades de um ou dois indivíduos e não me chamo a enganos. Talvez o nosso empenho e propósito sejam em vão, pois tudo o que começa, em algum momento acaba, mas se assim deve de ser, que o seja com uma “grande final”, em que brilhe com toda a força a grandeza de uma cultura valente e profundamente espiritual, que navegou corajosamente em Universos de consciência, nos quais poucos se têm aventurado. Se pelo contrário, passarmos a testemunha a uma nova geração, que esta seja melhor que as precedentes e que sem perder a nobreza e a essência do que caracterizou a este povo, mantendo viva a sua maneira de pensar e ser, saibam renovar a vida à Shizen, em um novo contexto, sem outra possibilidade que ser diferente e tão afastado no tempo como no espaço, encontrando aquilo que sendo Universal e grandioso, vibra na sua essência, com uma força e um poder únicos e extraordinários. O segredo dos segredos só continuará disponível para aqueles que tiverem que formar parte disso e que como nós, queiram transitar nesse mundo único e peculiar. Nada será atraiçoado neste aspecto e não só porque forma parte da essência da sua natureza como cultura, mas também porque o é de qualquer caminho autêntico que ultrapassa a normalidade. Tudo é questão de graus neste Universo e em toda pirâmide, há poucas pedras por cima e muitas em baixo; também é sabido que a quantidade mata a qualidade. Se algum dia o governo japonês ou os seus académicos e historiadores resolverem dar um justo espaço nos seus estudos, a um legado que, muito além do que nem são capazes de imaginar, tiveram tanta insuspeita influência na cultura do seu país, não daremos um passo atrás para contribuir a tão nobre empreendimento. Uma tal cultura merece ser admirada, em vez de como o foi durante séculos, perseguida, para que descansem em paz os espíritos que a tornaram possível e que a sua contribuição ao corpo espiritual da humanidade - enorme, gigantesca, maravilhosa contribuição - brilhe com luz própria na imensidão do legado humano.
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Yoshimitsu Yamada Sensei é em primeiro lugar, um homem com um espírito universal. É uma pessoa sem fronteiras, um embaixador do Aikido, que gosta de transmitir a sua arte como autêntico Budo, ou seja, sem perder as suas raízes. A sua técnica transmite uma sensação de potência à vez que beleza. “A perfeição do que faz, a podemos sentir na nossa pr ópria pele, servindo-lhe como ukes por tatames de todo o mundo”, dizem seus alunos. Movimentos amplos e de grande claridade, cheios de energia. Assim é ele como pessoa, um homem cheio de energia, apaixonado pela sua arte e com enorme vontade de a ensinar nos cinco continentes. Alfredo Tucci
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O Aikido e Yamada Sensei Actualmente, o Aikido, como todas as outras Artes Marciais, está gozando de uma enorme popularidade em todo o mundo. Isto inclui a América Latina, a Austrália e especialmente, a Europa. Claro está que eu amo o Aikido e penso que é uma arte não só muito poderosa, como também muito bela. Mas, conforme passa o tempo e na medida que quero mais ao Aikido, me dói muito quando escuto gente que nunca o praticou, dizerem que é uma arte ineficaz ou falsa. Desafortunadamente, por vezes tenho de estar de acordo com essas opiniões, pois isto é especialmente certo quando observo alguns alunos de diferentes Dojos mundo afora, que praticam o Aikido de maneira muito descuidada
e rotineira, ou como uma actividade social. Quando contemplo este tipo de prática, só vejo o vazio e uma imensa falta de qualidade. Acredito que esta atitude no treino, venha de não conhecer a verdadeira essência do Aikido. Afinal, o Aikido é Budo e o Budo significa uma questão de vida ou morte. Graças ao fundador do Aikido, Morihei Ueshiba, e ao seu filho, Kishomaru Ueshiba, o Aikido foi recriado como um arte acessível não só dentro como também fora do Japão, de maneira a todos nos podermos beneficiar da prática de esta excelsa Arte Marcial. Obviamente, nos nossos dias nós não praticamos Budo para matar ou magoar outras pessoas. Mas a procura da harmonia com o nosso “adversário” não deve fazer que a maneira em que enfrentamos a nossa prática, não
Aikido “Graças ao Fundador do Aikido, Morihei Ueshiba e a seu filho, Kishomaru Ueshiba, o Aikido foi recriado como uma arte acessível não só dentro como também fora do Japão, de maneira que todos pudéssemos beneficiar-nos da prática desta excelsa Arte Marcial”
Grandes Mestres seja consistente com os princípios do Aikido. Se formos conscientes de que, em qualquer movimento de qualquer técnica, devemos mentalmente manter a essência do Budo, quer dizer, da diferença entre a vida e a morte, então não é possível praticar o Aikido de maneira descuidada e sem vida. Alguns dos elementos que necessitamos para aplicar as técnicas do Aikido dentro e fora do tatame, são uma
atitude positiva, um forte equilíbrio e um centro sólido. Não estou sugerindo que sejam bruscos ou que usem a força bruta. Estou propondo que pratiquem forte e sinceramente, mas sempre com boa vontade para os “adversários”. Por outras palavras, estou pedindo que sejam positivos, centrados e esclarecidos, porque estes são os elementos do espírito do Budo. Sugiro a sua prática diária, independentemente da Arte Marcial que
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praticarem, é não só assistir ao Dojo regularmente para fazer os exercícios, como também treinar todos os dias, para que a prática os ajude a melhorar-se a si mesmos. É importante fazer a prática diária com os princípios do Budo e do Aikido no pensamento, para que os sessenta minutos de cada aula à que assistimos, sejam mais significativos para cada um de nós. Como recompensa a esta dedicação, a melhora na qualidade do nosso espírito, será muito maior. Esta dedicação ao nosso espírito, melhorará as nossas vidas.
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“Pessoalmente considero que não copio ninguém. Tenho tentado ficar com coisas de todo o mundo, que são boas para mim, integrá-las na minha pessoa e digeri-las como se faz com uma boa refeição”
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“O Caminho… da Sensatez” Dos nomes próprios que se escutam com força no panorama internacional do Aikido, Yamada Sensei destaca claramente por seu dinamismo, sua força e sua entrega sem limites, na difusão da Arte de Ueshiba. Incansável viageiro, infatigável professor, faz cursos por todo o planeta, fazendo muitas vezes do avião a sua casa e da mudança do fuso horário um costume quotidiano. Gravamos com Yamada Sensei, um segundo vídeo ainda mais elaborado que o primeiro. Vídeo em que nos deleita de novo, com seus conhecimentos técnicos e
com a sua pessoal maneira de ver a Arte de O’Sensei. Com motivo de sua gravação, fizemos-lhe a seguinte entrevista, onde o Mestre Yamada, aprofundando ainda mais, nos fala abertamente acerca das matérias que maior interesse despertam nos praticantes da Arte do Aikido. Queremos manifestar o nosso especial agradecimento a Michelle Feilen, dilecta aluna do Mestre Yamada, que tem sabido mostrar todo o interesse para que este artigo e o novo vídeo tenham chegado a bom termo, para que os nossos leitores possam conhecer o Mestre Yamada, a través da sua intimidade com ele.
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Entrevista Cinturão Negro: Sensei, o que o levou à prática do Aikido? Yamada Sensei: Meu tio, Tadashi Abe Sensei, era Uchideshi (aluno interno) de O’Sensei pelo que, já desde criança, tive conhecimento do Aikido e sempre esperava poder começar a sua prática. Quando foi o momento, comecei e isso é tudo.
Devido aos laços de família do meu tio com a família de O’Sensei, fui aceite como Uchideshi. A minha situação foi diferente ao que é habitual: o meu primeiro dia de Aikido foi também o meu primeiro dia de Uchideshi. C.N.: Lembra-se da primeira vez que viu O’Sensei? Pode falar-nos desse momento? E.S.: Foi numa demonstração que não era pública, realizada para um círculo familiar muito íntimo, em sua
“Muita gente prensa que o meu estilo é muito ortodoxo, de movimentos circulares e dinâmicos, seguindo a linha de Kishomaru Ueshiba. Essa é uma opinião das pessoas”
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Aikido casa. Eu fui convidado graças ao vínculo que o meu tio tinha com a família de O’Sensei e como qualquer pessoa, me sentia tão comovido que não me lembro praticamente de mais nada. C.N.: Qual a ensinança mais importante que aprendeu com O’Sensei? E.S.: Obviamente, além do aspecto técnico, aprendi a ser uma boa pessoa, generoso e gentil com os alunos. C.N.: Acha que o Aikido actual difere muito do que praticavam com O’Sensei? E.S.: Definitivamente sim. Se O’Sensei visse os treinos actuais, ficaria muito surpreso. Dentro do Aikido existem muitas variações de carácter individual, muitos estilos. Isto é inevitável, dada a sua natureza muito criativa. O importante é definir-se por um estilo; toda a gente é livre de seguir aquilo que gosta, aquilo que é bom para si mesmo. Há muitas maneiras de seguir o Aikido. Ninguém pode dizer qual é a correcta e qual a incorrecta. É como a tradução de uma grande obra. Sempre se podem expressar diferentes matizes, diferentes interpretações. Há muitos “tradutores” de O’Sensei e evidentemente, a única maneira de conhece-lo a ele e à sua obra, é através dos seus “tradutores”.
C.N.: Que personalidades do Aikido têm influído mais na sua evolução pessoal, tanto a nível técnico como espiritual? E.S.: Pessoalmente, considero que não copio de ninguém. Tenho tentado adoptar coisas de todos, que são boas para mim, e integrá-las na minha pessoa, digeri-las, como se faz com uma boa refeição. Muita gente pensa que o meu estilo é muito ortodoxo, de movimentos circulares e dinâmicos, seguindo a linha de Kishomaru Ueshiba. Isso é o que a gente diz. C.N.: Como definiria a sua técnica? E.S.: Dinâmica e elegante… Pelo menos, espero que assim seja! C.N.: O que representa o Aikikai Hombu Dojo nos nossos dias? E.S.: Basicamente, o Aikikai Hombu Dojo devia ser para nós um símbolo espiritual. Lamento não haver esta relação entre o A i k i k a i H o m b u Dojo e o s
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praticantes. Actualmente é mais uma relação de negócios (graus, diplomas, etc.). Sento que se perca o nexo espiritual. Ainda assim, ainda existe gente que sente esta relação, mas também há muita que não está minimamente interessada. Isto poderia vir a ser um problema no futuro, especialmente quando faltemos os nexos de união, os “tradutores” de O’Sensei. C.N.: O que acha da proliferação de Federações e Associações em todo o mundo, seguindo o estudo de diversos Shihans? Como poderá repercutir isto na unidade do Aikido e sua evolução no futuro? E.S.: O ideal seria uma Federação que unificasse tudo, mas isto é completamente impossível. É como o assunto dos estilos de Aikido. Agora percebemos claramente, que é impossível e neste momento temos de
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pensar como enfrentar esta situação. Todos sabemos que não podemos unificar e no entanto, algumas entidades continuam a tentar isso, como por exemplo, a International Aikido Federation (IAF). Todos deviam ter direito a serem membros da IAF. C.N.: Na sua organização, todos os graus que se dão, têm a certidão do Aikikai. Na Europa existem os graus nacionais dados por Federações, Associações e os do Aikikai. Qual é a sua opinião acerca desta separação de graus? E.S.: Compreendo que cada país tenha as suas próprias administrações (diferentes Ministérios, etc.). Alguns países não têm outra opção, mas no que respeita aos dans, penso que estes deveriam proceder da fonte original, posto terem um significado espiritual. Para que isto seja possível, o Aikikai Hombu Dojo deve ser compreensivo com os diferentes problemas; deve ajustar-se e flexibilizar-se, posto que cada país vive diferentes situações administrativas e financeiras. Pessoalmente, sinto que se o Aikikai Hombu Dojo não faz nada a esse respeito para resolver o problema, qualquer país ou os próprios Shihans dão os diplomas e certidões. Isto sucederá se o Aikikai Hombu Dojo não oferece alguma solução. C.N.: Afortunadamente, as suas visitas à Europa e especialmente à Espanha, cada vez são mais frequentes. Como vê a evolução do Aikido no velho continente? E.S.: A Europa, como continente tem uma história do Aikido muito longa, mas ao mesmo tempo muito confusa. Há muitos Shihans e professores. Obviamente, existem muitas maneiras de pensar, muitos estilos e filosofias. Hoje existe mais informação, viajar é mais fácil e há oportunidade de ver mais Shihans, o que possibilita ter acesso a diferentes linhas de Aikido, em todo o mundo. Há mais oportunidades de constatar o que está acontecendo em redor do Aikido. Por exemplo: no meu país os E.U.A., os alunos não só me conhecem a mim ou os Shihan que há na América, também têm a oportunidade de conhecer Tamura Shihan (na Europa), e alguns alunos viajam da Europa para a América.
Reconheço não conhecer muito da situação na Espanha, mas cada vez que venho a este país, gozo muito ensinando. Sinto que aqui, a gente está ansiosa por aprender. C.N.: Pelo que temos constatado mundo afora, os seus cursos se caracterizam pela assistência de um alto número de alunos de outros países. Que sentimento desperta em si, que alunos de pontos tão distantes, viagem para praticar sob a sua orientação? E.S.: Naturalmente, isto me faz muito feliz. Para mim significa que devo fazer bem o meu trabalho. Não só é bom para mim, também é positivo para a minha organização e para os meus alunos, que gente de todo o mundo venha tanto aos meus Seminários como ao meu Dojo. Se criam vínculos de amizade. C.N.: Como vê a evolução técnica e espiritual dos altos graus, através dos seus seminários por todo o mundo? Desejaria dar-lhes algum conselho? E.S.: Todos vão por bom caminho, mas de vez em quando, deviam voltar às fontes e ter mais humildade. C.N.: Com o passo do tempo, (36 anos de existência), o New York Aikikai se tornou um lugar de peregrinação para inúmeros aikidokas de todo o mundo que vão ao seu Dojo para aprofundar na prática do Aikido. Qual o espírito tenta inculcar em todos estes praticantes? E.S.: Como disse anteriormente, sinto um grande prazer quando vejo gente de tantos países diferentes, virem ao New York Aikikai. Penso que não vêm só para me verem a mim, também vêm para conhecer os meus alunos, dos quais me orgulho muito.
Grandes Mestres O meu Dojo tem um ambiente especial, não sei bem como descreve-lo nem como surgiu, mas o meu lema é fazer que o meu Dojo seja um lugar onde se possa praticar sinceramente e à vez se goze e desta maneira se criam laços de amizade. É bom poder amar as pessoas e sentir-se amado. Talvez este seja o ambiente do qual falávamos... C.N.: Quais os objectivos que lhe restam por alcançar no mundo do Aikido? E.S.: Objectivos? Bem... Espero que algum dia possa projectar as pessoas, sem as tocar!... (exclama, rindo!) C.N.: Defina com uma só palavra e em três segundos, as seguintes personalidades do mundo do Aikido. Y.S.: - K.Ueshiba Um cavalheiro - K.Tohei Sensei Carismático - Osawa Sensei Compreensivo - N. Tamura Sensei. Um grande trabalhador - M. Kanai Sensei Um samurai - K. Chiba Sensei Apaixonado - E. Yamada Sensei Flexível
Sifu Alfred Johannes Neudorfer e Sifu Rosa Ferrante Bannera, fundadores do Wing Tsun Universe, WTU, um movimento caracterizado não pelo uso de técnicas, msd dim de qualidades, intercâmbios, princípios e conceitos de movimento, dedicam o seu primeiro DVD ao Siu Nim Tao (SNT) o “9 caminhos”. O SNT é a base do Wing Tsun, Wing Chun e da WTU. A compreensão da mesma é a condição básica para tudo aquilo que vem a seguir, posto que se observarmos como a pessoa realiza as sequências deste movimento, podemos concluir o que será capaz de fazer. Sé alguma coisa está errada no movimento, tudo quanto o praticante irá desenvolver depois, estará errado. Os movimentos do WTU (formas) compreendem funções inerentes, das quais se podem derivar aplicações. O significado dos movimentos primários, faz com que derivem em outros e gerarem aplicações baseadas nos princípios e nas interacções que ajudam sua compreensão. O WTU incorpora também, um “set” extra, que seus fundadores consideraram necessário, devido às circunstâncias actuais. O DVD inclui o Movimento (forma) Siu Nim Tao, suas 9 sequências e aplicações, as sequências 1 a 3 do primeiro movimento com parceiro (Chi Sao), assim como uma reveladora entrevista com os fundadores do WTU.
REF.: • DVD/WTU1 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.
Artes antigas... Artes antigas... O desafio na era da modernidade! "A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura" Lya Luft Alguém me pergunta: “...Você acredita que tudo mudou? Os rumos de agora são diferentes?” Diferentes homens, mulheres, nas artes marciais alçaram voos profundos que alteraram por completo o panorama de observação. Podemos ver isso nas mais distintas culturas marciais.... Porém, nem toda mudança conduz ao ponto de sublimação e alcança o êxito esperado como fizeram Musashi, Yagyu, Kano, Ueshiba, e outros que, apesar de figurarem em épocas diferentes, saltaram ao abismo da renovação. Não seria muito dizer que os rumos sempre foram diferentes. As tantas e tantas formas de reflexão e observação, a julgar que estamos falando de compreensão, reverberam em curiosas advertências com palavras fortes: “Cuidado! Não julgue o seu próximo!” Dada a efemeridade da vida e por certo, da ironia com que nos trata o destino, somos muitos os que traçamos um caminho de intensidade e calorosas experiências. Contudo, se olharmos bem, veremos que tudo depende de como associamos as impressões externas a nós. Estávamos, eu e uma determinada aluna, conversando na Fnac (loja de livros, DVDs, Cds, e etc.) de Valência, sobre as relações que exercemos com as nossas próprias impressões
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“Você acredita que tudo mudou? Que os rumos de agora são diferentes?”
sobre os universos exteriores. Em um determinado momento da nossa conversa, eu pude constatar que, diferentemente do que se imagina, aquilo que projectamos e que projectam sobre nós, indubitavelmente altera a nossa visão sobre o todo. Ou seja, exprimirmos nossas verdades através de ideias, sentimentos, confusões... e, de alguma maneira, acreditamos que este é o único ponto a ser trabalhado; o que não é verdade – e nem pode ser! Por mais que se diga que não, a mente sendo associativa e imediatista, segue um horizonte explosivo e, por conseguinte, reflexivo. O produto do instante é sempre resultante de uma assimilação que segue rumo à rotulação e murmuração. Com as artes marciais não é diferente! No entanto, a proposta humana de mudar, progredir, evoluir, deve estar acima das intempéries que lhe aprisiona em nível consciencial. Se assim for, o princípio da mudança é a aceitação das novas possibilidades. Por diversas vezes durante a minha vida, me deparei com importantes reflexões onde o passado era o protagonista. A reavaliação como proposta de crescimento e descoberta de novas possibilidades e perspectivas. Estar além da mesmice “observativa” é
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“Em meio à ideia de novo e velho, podemos dizer que existe de tudo nestes tempos de hoje. Bem e mal, bom e ruim, belo e feio.... Tudo se mescla na ideia da do novo que oferece um horizonte ao velho”.
o que nos faz transcender as linhas imaginárias de uma determinada situação. Mergulhar em si mesmo, observar de perto aquilo que nos pode estar atrapalhando o reconhecimento do que se torna importante em nosso universo pessoal. Sou daqueles que pensan que tudo o que nos faz estagnar, entorpecer a consciência, deve ser revisto de maneira lúcida, equilibrada e sem julgamento, contudo, com o coração desperto para as identificações e constatações necessárias. “Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos.” – disse Marie Eschenbach. Em diferentes reuniões, em distintas ocasiões, em que tive a oportunidade de conversar com mestres, com professores, pude perceber que com o passar dos anos descobriremos novos panoramas de visão sobre uma mesma paisagem. Detalhes que antes passaram despercebidos, verdades que foram escondidas como forma de nos proteger da nossa própria ignorância... Diz Ubaldi: “...É uma assimilação necessária para se poder subir ainda mais, depois de terem sido racionalmente consideradas e consolidadas as posições alcançadas”. Alguns mestres que abandonaram seus objectivos em função de uma nova razão em suas vidas, salientam a importância de ser capaz e mudar; logo, quem é capaz de confiar em si mesmo para seguir sua via de autodescobrimento?
“A proposta humana de mudar, progredir, evoluir, deve estar acima das intempéries que lhe aprisiona em nível consciencial”.
Principalmente nas artes marciais mais modernas, vê-se que o novo ganha espaça, chega para substituir o velho. Quiçá, toda nova aquisição, resolução, encontre como obstáculo a linha de resistência das ondas do “mar da vida”. Ultrapassar esta linha de forças naturais é o que nos leva a perceber a força pessoal de cada pessoa. Em meio à ideia de novo e velho, podemos dizer que existe de tudo nestes tempos de hoje. Bem e mal, bom e ruim, belo e feio.... Tudo se mescla na ideia da renovação, do novo que oferece um horizonte ao velho. Em diferentes paralelos de observação, vi surgirem as mesmas circunstâncias que fazem do velho e do novo um ponto de eterna discussão, onde a confiança ganha uma importância curiosa. Quem é capaz de confiar 100% nos dias de hoje? A vida, neste panorama actual, tem se revelado de tantas e diferentes maneiras que a confiança vem se tornando, cada vez mais, uma virtude em extinção. Para o dicionário de língua portuguesa, confiança significa um tipo de coragem proveniente da convicção no próprio valor, ou mesmo fé que se deposita em alguém. Quem é capaz de fazer uso desta segunda opção? Públio Siro dizia: “Quem perdeu a confiança não tem mais que perder”. Em plena era do engano, da falsidade, da practicidade, e etc., por mais que se diga que se pode confiar em alguém, se de um lado temos o alto, que significa níveis de evolução mais avançados, de outro temos o nosso mundo que representa os mais atrasados; em ambos os casos, a confiança e a desconfiança bailam uma dança conjugal que exige do ser humano virtudes adjacentes, para que a confiança se possa fazer valer.
Artes do Japão “Independentemente da posição que ocupe, da arte marcial que pratica, você é capaz de oferecer confiança?”
Em particular observação, aquele que deseja conhecer ou conceder os benefícios da confiança, deve, antes de tudo, compreender como funciona a realidade humana que exige e que oferece. Independentemente da posição que ocupe, da arte marcial que pratica, você é capaz de oferecer confiança? É capaz de exigi-la? Há de pensar que a realidade humana diversificada em panoramas e perspectivas, ressalta um tipo de circunstância onde, no nível humano, as formas obedecem aos olhos de quem as observa. O melhor seria tentar ver o que existe além destas mesmas formas; logo, em tempos de capital, não há como negar que nossa existência mais vigente cada vez mais se direcciona para a eterna lei da luta pela vida e sobrevivência. Diante deste fenómeno natural – haja vista ser remanescente do plano animal -, quem é capaz de confiar seu dinheiro, cartões de crédito, contas em banco, e etc., a um desconhecido? Mestres antigos afirman que hoje em dia já não existe mais confiança nas relações. Será? A julgar que a confiança tem demonstrado que até nos meios mais puros, a podridão ganha espaço, vivemos um tipo de confiança que não é perene; é mais fácil dizer que as pessoas têm atitudes de confiança, ou não. Um aluno que actua bem, um conhecido, um funcionário de uma empresa... Entretanto, há de se pensar que também é relativa à mente que se vê inserida em diferentes associações. Os homens mais experientes dizem que
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todos nós temos um preço. Diferentes avaliações em universidades, tem demonstrado que o homem possui reacções distintas mediante situações diferentes. Cada vez mais penso que modificar-se é o pão de cada dia. Nuca tive medo de mudar; de reordenar minhas verdades – nem que para isso fosse necessário dissolver toda uma concepção. Nunca tive medo da catarse! Muito pelo contrário, sempre a vi como uma sublimação que demonstra e revela o que segue aí, escondido. Por este viés, a real abstracção entre o ser e ele mesmo (EU), surge em decorrência de um processo natural que revelam fenómenos diferenciados para cada um de nós. Ora, penso que o passar dos anos está aí para isso! Não é mesmo? A julgar que é sempre mais estreita a via que nos conduz a nós mesmos, deterioramo-nos sempre que permitimos a estagnação consciencial. Todas as circunstâncias que nos rodeiam, por mais que sejam fontes de realidades indesejadas, surgem em prol de um “reajuste” maior; o que, visto em profundidade, significa que todo o nosso processo interior de integração com os universos externos, vai em direcção ao instinto e à capacidade de identificação. Ora, em níveis de adaptação, está a mente a trabalhar em função da reconstrução das vontades, desejos, objectivos.... Uma síntese que estabelece padrões pessoais e representativos, em meio à paisagem social.
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“Cada vez mais penso que modificar-se é o pão de cada dia. Nunca tive medo de mudar; de reordenar minhas verdades – nem que para isso fosse necessário dissolver toda uma concepção”.
Jeet Kune Do Treinar e formar-se através dos seminários de Artes Marciais Uma pergunta que frequentemente me fazem muitas pessoas, que residem em regiões ou países onde não há Jun Fan Gung Fu/Jeet Kune Do e Artes Marciais filipinas do sistema do Sifu/Guro Dan Inosanto, é se mesmo assim, é possível treinar e formarem-se através dos seminários de Artes Marciais. Isto é absolutamente possível e sem dúvida, as primeiras gerações de Instrutores sob a orientação de Sifu Dan Inosanto, são prova disso. De facto, em todos os países e nos diferentes Estados dos Estados Unidos, os primeiros instrutores tiveram de formarse em seminários, aprendendo as técnicas em cada treino com Sifu Dan e depois, trabalhando-as até o seguinte seminário. Durante os seminários, se corrigiam as técnicas anteriormente estudadas e se aprendiam novas técnicas ou eram estudadas em profundidade, as técnicas já aprendidas. Não esqueçamos que sempre devemos voltar a trabalhar as técnicas de base, para continuar melhorando-as . Como sempre diz Sifu Dan:
"Se demora cinco minutos em aprender uma técnica e uma vida inteira para dominá-la!" É possível treinar-se e obter formação nas artes da Academia de Inosanto, através de seminários, mas isto deve ser analisado em pormenor. Em primeiro lugar, isto vai necessitar muito trabalho e perseverança. Não é suficiente participar em seminários durante alguns anos e deixar de treinar neles, pensando que já sabemos tudo! Temos que melhorar constantemente e passar em revista minuciosamente, as técnicas aprendidas. Uma coisa é essencial: ser sempre corrigido e aconselhado, a fim de adquirir uma técnica 'perfeita' (sabemos que a perfeição não existe, mas nos aproximamos a ela, mesmo que nunca a alcançarmos!) Assim sendo, aqueles que dedicam vários anos e que depois abandonam, pensando que já aprenderam tudo e que tudo dominam, terão perdido o seu tempo! Logo que acreditamos saber, estamos numa fase de declive, porque deixamos de treinar e deixamos de aceitar sermos guiados e corrigidos. Infelizmente, é cada vez mais frequente o síndrome do "já sei tudo, não tenho mais nada que aprender e meu professor sente inveja de mim...”
Jeet Kune Do Muitos alunos e professores deixam de treinar quando chegam a esta etapa, mas a formação através de seminários não está feita para eles, porque necessitam formar-se em um marco tradicional, numa escola ou num clube de treino. Outra condição para treinar e formar-se em seminários de artes marciais, em um ou mais sistemas, é não se desanimar e continuar o mais possível com o mestre escolhido. Com excessiva frequência, as pessoas "andam como borboletas de um mestre para outro, o que é excelente para explorar diferentes professores e diferentes métodos, mas temos que escolher um, dois ou três mestres em um sistema, para trabalhar sobre bases regulares e ter um seguimento qualificado. De facto, se nos dispersarmos demais, vamos adquirir muitas técnicas e matérias, mas não teremos nenhuma base no nosso ou nos nossos sistemas. Cada vez vemos mais que algumas pessoas têm muitos conhecimentos, mas não sabem dar correctamente um soco do tipo "jab". E qual o motivo? Simplesmente porque aprender a dar um jab leva uma vida inteira e devemos melhorar constantemente o gesto. Se não temos mestres regulares, que vejamos nos seminários, teremos uma acumulação de técnicas e de informações que vão a contaminar-nos mentalmente e impedir-nos ser eficazes. Por outro lado, a acumulação de técnicas ajudará a criar uma ilusão nos neófitos ou a mostrar em seminários técnicas, por parte de essas pessoas mal formadas, que mostram grande número delas mas que as não dominam, mas que enchem os olhares daqueles que as vêem. Mas o pior de tudo é que o pseudo professor não é consciente de que emente aos seus alunos. Lamentavelmente, estas pessoas são tomadas por versados especialistas, porque vendem sonhos e pretendem terem sido treinados pelos melhores!
Claro está que treinar-se e formarse não quer dizer ser diplomado e licenciado oficialmente pelos professores que dirigem estes seminários. Mas ainda há outra questão, que é o facto de atraiçoar a confiança daqueles que seguimos nos seminários. É preciso saber que um professor que entrega um diploma a um aluno que treina e se forma em seus seminários, lhe entrega esse diploma não só para o incentivar mas também para ele saber que isto é o começo do caminho para esse aluno que se gradua nesse momento. Mas para muitas pessoas diplomadas, depois de anos de seminários ou depois de alguns cursos, se o mestre os quer ajudar a desenvolver o seu sistema em um país ou numa região, isto será um final e não o princípio da formação. Isto é mal entendido por parte de muitas pessoas, que treinam e se formam em seminários. Por outra parte, os professores nos seminários podem resolver ou pensar, que alguns alunos são bons praticantes de artes marciais, mas que não têm talento para o ensino. No momento que o aluna fica a saber disto, fica furioso, deixa o mestre e normalmente procura outro mestre, que lhe entregará o diploma, mesmo se não tiver talento algum. Outro parâmetro muito importante para formar-se nos seminários, é a capacidade de deslocar-se para assistir a eles. Isto implica gastar muito dinheiro, porque viajar
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para treinar-se é muito caro! Mas nada é impossível: faz mais de 21 anos que estou treinando em seminários com Sifu Dan Inosanto e simplesmente devem ser tomadas decisões financeiras e fazer sacrifícios para poder ir aos seminários. É claro que os carros novos, a vida nocturna e todo o resto, são pouco adequados a este tipo de treino. Assistir aos seminários, certamente vai significar investir e fazer enormes sacrifícios financeiros e também aceitar passarmos menos tempo com as nossas famílias. Por isso é importante pensar bem e ter em consideração estes factores, antes de começar este tipo de formação e treino. Desde que em 1994, comecei a estudar na “Inosanto Academy of Martial Arts”, não deixei nem por um só instante de treinar e de seguir os meus professores, apesar dos problemas que tenho encontrado na vida. Quando digo “seguir os mestres” como Sifu Dan Inosanto, significa vê-los com frequência nos seminários e não apenas uma vez por ano. Eu cheguei a ver Sifu Dan na Europa, oito vezes por ano, quando dava quatro seminários no Reino Unido e no resto de Europa, em países como Alemanha, Espanha, Itália, França, Suíça, por não falar nas minhas múltiplas viagens aos Estados Unidos, das que já perdi a conta... Por agora, vou finalizar por aqui. A todas as pessoas que queiram treinar e formar-se mediante seminários, eu as incentivo a fazê-lo sem duvidar, mas sendo conscientes das limitações. Também tenham em consideração que pela minha parte, não me arrependo de nada! Ao longo dos meus anos de formação, tenho conhecido pessoas extraordinárias, descobri países magníficos estudando seus costumes e a
sua história, aprendi a respeitar a todos os alunos presentes, desde o principiante ao mais veterano, porque cada um deles me ajudou a crescer e a tornar-me uma pessoa mais aberta e mais humana. Conheci nestes seminários, algumas pessoas que se tornaram meus mestres: Sifu Rick Young, Sifu Terry Barnett e Ibu Rita Suwanda, por falar só nos meus actuais mestres e claro está, a Sifu Dan Inosanto, através do qual descobri todos estes mestres que já se tornaram membros da minha família marcial. Agradeço a todos aqueles que me ajudaram e que irão continuar ajudando-me no meu caminho, ¡caminho que só acabará quando eu morrer!
“O arame de ferro”
A Forma Secreta
1 - 2 - 3 - 4 de Julho de 2017 - Génova (Casella) - Itália 1º Seminário Especial Hung Gar A Forma Secreta Ensinada e analizada em todos os seus segredos Pelo Grão Mestre Paolo Cangelosi. A forma dos 6 estados anímicos, das 5 emoções, das 12 pontes, acompanhada pelo som do canto interior, poesia sonora do Grão Mestre TIK KIU SAM. O seminário está aberto a todos aqueles que desejarem aprofundar no nivel avançado do Kung Fu, será realizado en plena natureza. Inclui estudo, prática, alojamento y regeições. Uma inmersão total.
AS INSCRIPÇÕES ESTÃO ABERTAS Y O NÚMERO É LIMITADO Para mais informação e pormenores: Telefone da rede: +39 010 8391575 - Telemovel: +39 340 6848475 email: cangelosipaolo@libero.it - www.sifupaolocangelosi.com fb: School Sifu Paolo Cangelosi - Kung Fu Headquarters Genova – ITALY
Neste novo DVD de Vovinam, Patrick Levet quis mostrar as facetas do uso e a manipulação do Pau Vietnamita. Ainda que pouco conhecido, o pau comprido vietnamita sem dúvida é a arma mais importante de todas as armas das artes marciais tradicionais do Vietname. A escola Vovinam, no seu programa oficial, só propõe a forma de pau (Tu Tuong Con Phap) e os contra-ataques de pau contra pau (Phan The Con), sem explicar os movimentos intermédios. Mas o pau vietnamita vai muito alem destes dois aspectos e o Mestre Levet nos propõe dois DVDs detalhados, acerca de todas as aplicações dos numerosos movimentos intermédios do Quyen de Pau. Este primeiro volume incluí toda uma série de exercícios de aquecimento e musculação, específicos do pau, a guarda, princípios fundamentais, o manejo estilístico da arma, a defesa contra o desarme, os bloqueios e esquivas, os deslocamentos, assim como as técnicas de combate. Um trabalho original, que mostra por primeira vez o pau vietnamita, de uma maneira completa e exaustiva.
REF.: • DVD/VIET7 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.
Combat Hapkido “Ao principio pode ser difícil acreditar que há um grave aumento dos crimes violentos durante a época “de dar, da boa vontade, da paz e o amor", mas lamentavelmente, é certo”
Grandes Mestres
NATAL! É ÉPOCA PARA ESTAR ALEGRE! Temos férias. Que grande época do ano! No mundo todo, sem importar religião, tradição ou filosofia, se festeja este tempo especial. As pessoas sem crenças religiosas, também participam das festividades e do "espírito festivo" geral. Oferecer presentes, partir de grandes comidas com amigos e parentes e dar dinheiro a organizações de beneficência para ajudar os menos afortunados, são tradições positivas, respeitadas por muitas culturas diferentes, ao longo dos séculos.
Combat Hapkido á quem afirme que, na nossa sociedade moderna, os dias festivos se fizeram excessivamente "comerciais" e que esta alegre época, nada mais é que uma corrida stressante e materialista, para comprar uma quantidade cada vez mais grande, de coisas desnecessárias. Também se tornou um tempo de comer de maneira pouco sadia e de beber em excesso. Tudo isto pode ser certo, até certo ponto, mas é um fenómeno social e cultural, que requer de um análise diferente e não próprio deste foro. Mas, o que mais me preocupa, nesta época do ano, é o que eu chamo o "lado escuro da época das festas". É uma feia verdade que não se reconhece, não se denuncia e é ignorada pela maioria das pessoas. É o aumento significativo do crime violento, que ocorre a cada ano, durante as férias do Natal. Como Artistas Marciais e Instrutores de Auto-defesa, devemos ser conscientes desta situação lamentável e fazer os possíveis para prevenir este tipo de incidentes, mediante a conscientização do público e a provisão da capacitação prática e específica, para esta época. Não estamos falando só de
H
“Mais dinheiro! Grande oportunidade para os gatunos durante as festas, são: estações de gasolina, restaurantes, taxistas, turistas, aeroportos, estacionamentos, transportes públicos e mesmo a igrejas, que juntam dinheiro para os pobres”
Grandes Mestres
“Não é época para sermos descuidados e para tornar-nos vítimas de um assalto violento. Estejam alerta, sejam conscientes e permaneçam a salvo”
Grandes Mestres “As pessoas estão comprando e levando quantias inusuais de dinheiro e cartões de crédito”
Combat Hapkido proteger a propriedade pessoal e as pertenças valiosas; estamos interessados principalmente, na segurança do público, durante esta época especial do ano. Ao princípio poderá ser difícil acreditar que há um grave aumento dos crimes violentos durante a época de "dar e da boa vontade, da paz e do amor", mas, lamentavelmente, é certo e aqui estão os motivos: • Dinheiro - As pessoas estão comprando e levam consigo quantias grandes de dinheiro e cartões de crédito. Também estão levando objectos desejáveis, especialmente de joalharia, que acabam de comprar. As caixas das lojas, também estão cheias de dinheiro nesses momentos, tornando-se objectivos que convidam… • Mais dinheiro - Grandes oportunidades para os delinquentes durante as festas são: postos de gasolina, restaurantes, taxistas, turistas, aeroportos, estacionamentos, transportes públicos e até as igrejas, que juntam dinheiro para os pobres. É simples; a crescente presença de dinheiro e objectos de valor, quando se torna uma tentação irresistível, não só para o elemento criminoso profissional, como também para os oportunistas que procuram um benefício fácil. Mas isso é só parte desta feia história. A desafortunada verdade é que muitas vítimas, involuntariamente "estão convidando a um ataque" como um objectivo "fácil", sem darem por isso... E não, não estou "culpando" as vítimas. Como profissional da protecção pessoal e da segurança, devo mostrar o comportamento vulnerável e arriscado, que muito frequentemente está na raiz de uma situação perigosa. Vamos examinar alguns pormenores específicos:
Combat Hapkido • Andar na rua absorto numa conversa no telemóvel ou mensagens de texto, sem se aperceber do que nos rodeia... (alguém que nos observa, alguém que nos está seguindo? Escutando a informação que estamos revelando na conversa?) • Estar voltando para o nosso veiculo, carregando sacos da compra em ambas mãos e procurando as chaves do carro. • Dinheiro e/ou objectos de valor à vista, em áreas públicas. • Ter a aparência óbvia de alguém que vem de festejar as festas com uns "copos a mais”. • Ter a aparência de alguém que está perdido o não está familiarizado com a zona. Aproximar-se de estranhos para perguntar por endereços e/ou informação. • Deixar que estranhos se aproximem a nós ou ao veiculo, oferecendo ajuda para as nossas malas ou pedindo a nossa ajuda para alguma coisa. • Termos uma festa em casa e deixar a porta aberta para a comodidade dos convidados que vão chegando (pensem na invasão da casa!). Esta é só uma lista básica e parcial de erros que criam oportunidades e condições favoráveis para um ataque criminoso. E apesar de serem comuns em todos os momentos e lugares, são particularmente frequentes durante as épocas de festas, porque as pessoas estão distraídas, ocupadas com as compras, preocupadas pelos eventos festivos e "sentindo" o espírito das festas. Por outras palavras, as pessoas “abaixam a guarda! Como diz uma canção "é a época para estar alegre!". Não é o momento para ser descuidados e para nos tornarmos vítimas de um assalto violento. Estejam alerta, sejam conscientes e permaneçam a salvo.
Andar na rua absorto numa conversa ao telemóvel ou a mensagens de texto, sem reparar no que acontece em volta (alguém nos observa? Nos está seguindo? Está escutando a informação que estamos revelando na conversa?
Combat Hapkido
Grandes Mestres
RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.ipsa-internacional.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Philippe D´Andrea Cinturón Negro 3º Dan Fu-Shih Kenpo Director FEAM e IFSKA en TOLEDO CASTILLA LA MANCHA Teléfono: (00 34) 666 785 734 Email: philkenpo99@gmail.com CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Francisco Javier Martin Rubio, C.N. 4º DAN de Karate Shotokan CD A.M. c/ Poligono de la Estacion, Parcela 15, Nave 21 Olmedo - Valladolid Teléfono: 665810990 Email: gimnasiolmedo@hotmail.com Sifu Jeroni Oliva Plans, Director Nacional del Departamento de TAI CHI CHUAN y CHI KUNG SIFU 3º Grado de Tai Chi Chuan y Chi Kung Terapeuta Manual Tel.: +34 659 804 820 E-mail: jopsanestudi@gmail.com C/València, 345, Barcelona C/Indústria, 110, Malgrat de Mar Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com
Martín García Muñoz Maestro Internacional 8º Dan Instructor Internacional, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vice-Presidente Federación Andaluza Tae-Kwon-Do ITF Director de Operaciones y Coordinador de IPSA para España Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono 607 832 851 opencleanmotril@hotmail.com OSVALDO GASPARETTI GENRE Cinturón Negro 8º Dan Fu-Shih Kenpo Representante Personal Soke Raúl Gutiérrez Para Argentina y toda Sudamérica. (FEAM/IPSA/IFSKA) Teléfono: + 54 9 3471 53-1052.patokenpo@hotmail.com Joel Barra Ortega Cinturón Negro 4º Dan Fu Shih Kenpo Instructor Regional IPSA Teléfono móvil: +56950180374 joelfsk@gmail.com Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Maestro Luis Pedro Rojas Torres, 7º Dan Fu-Shih Kenpo, Instructor Internacional de Defensa Personal Policial, IPSA – Centro de Osteopatía y Terapias Naturales. Calle Industria 110, 08.380 Malgrat de Mar, Barcelona Tel: 937 654 598.kitorojas8@hotmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760
Tai Chi
“A arma sempre proporciona uma nova perspectiva às Artes de combate, o que também acontece no caso das Artes internas.”
O coração da espada Chinesa A fabulosa expansão que o Tai Chi está a ter no Ocidente, obriga-nos a voltar a esta Arte uma e mais vezes, o que fazemos encantados! Em todas as suas formas, o Tai Chi é uma proposta de reflexão, de meditação em movimento, um ponto firme onde apoiar a própria consciência no quotidiano, obter vigor, descanso, e recuperar o centro, perdido em todas as minúcias do quotidiano. Texto: Ignacio Caliz. Fotos: © Alfredo Tucci www.Budo International Publ. Co.
Tai Chi
Como todas as Artes, o Tai Chi também se pratica com armas e o seu treino é possível quando o aluno alcançou um certo domínio da técnica base. A arma sempre proporciona uma nova perspectiva às Artes de combate, o que também acontece no caso das Artes internas. Nas primeiras, a distância habitual de trabalho quebra-se dramaticamente, nas segundas, o centro de gravidade deve adaptar-se à nova situação, incorporando na fluidez de movimentos a presença contundente da espada. Sem ter conseguido o conhecimento básico é impossível atender adequadamente a esta novidade, pelo que, antes de entrar no estudo do Che é indispensável rever a forma da mão nua.
Tai Chi "Esta técnica implica uma completa forma de esgrima oriental. Contém todos os ataques e defesas necessárias para a luta; não só externa, como também é uma das melhores formas de meditação em movimento, para equilibrar o nosso interior”.
espada é uma arma contundente e nobre. Devoção de guerreiros ao longo da história, ela é a extensão do braço e portanto, do nosso lado emocional. Adequado governo deste plano, da ira, da agressividade, é um dos passos inequívocos na via do guerreiro, seja qual for a sua expressão através de uma arte ou estilo marcial moderno ou clássico. Dominar a espada é "cavalgar o tigre", sermos donos do nosso coração com equilíbrio, e mostrá-lo ao mundo com poder. A espada, de Excalibur à Tizona, tem sido a arma com Alma e nome próprio, a favorita dos Mestres, a querida companheira do Samurai. A espada é feminina, incisiva, desgarradora, definitiva. Ela arma cavaleiros e desgarra os membros dos nossos inimigos. O sábio uso que dela se fizer, a dignifica ou a envilece. Sifu Ignacio Cáliz, já conhecido dos nossos leitores, sugere-nos neste artigo como enfrentar a aprendizagem e a atitude perante esta forma, belíssima forma, de Tai Chi Che. Ele também gravou um excelente vídeo onde ensina como aprender a forma e conseguir o correcto manejo desta arma.
A
Tai Chi TAI CHI CHE - (Tai-Chi com Espada) Na sociedade actual é primordial não perder os hábitos milenários e realizá-los como um rito de paz e harmonia. Ainda que possa parecer ao contrário, manejar uma espada (Che) nos nossos dias, transmite-nos paz interior, visto que a simbologia de "pegar na espada" significa enfrentar os problemas quotidianos sem temor, encarar a verdade e o conhecimento. Esta técnica implica uma completa forma de esgrima oriental. Contém todos os ataques e defesas necessárias para a luta; não só externa, como também é uma das melhores formas de meditação em movimento para equilibrar o nosso interior. Com o tempo, a prática da mesma transforma-se numa forma assombrosamente positiva e efectiva de exercitar o espírito. Esta técnica com espada inclui múltiplas formas ou tabelas, mas os encadeamentos mais úteis são aqueles movimentos que são válidos tanto com espada como sem ela. Especificamente, trata-se da forma Yang que está ligada com a forma sem espada ao realizar o movimento, inclusivamente no que à técnica se refere.
Tai Chi Esta dança guerreira é um método de conhecimento e de trabalho interior, onde se desenvolvem os sentidos e se adquire flexibilidade e equilíbrio em movimento. É necessário dispor de força e naturalidade para desenvolver esta técnica e usar a espada. É preciso reforçar o pulso e a força da mão, por meio do braço comportandose como uma unidade, onde o corpo é um todo. Movendo a espada é preciso ter em consideração todo o corpo, para onde se deslocar a espada, deveremos deslocar-nos nós, nunca com trajectórias diferentes. Quando se está em movimento, mais que nunca será preciso contar com todo o conjunto corporal,
sentindo o espaço e situando-nos no lugar que a cada momento corresponde em volta da nossa espada. A base dos movimentos executados com a espada, são aqueles produzidos pela rotação do pulso e as posições dos pés, para girar perfeitamente com as ancas e fazer um movimento mais suave e simples. A espada deve ser agarrada suavemente, mas com firmeza, de maneira a sentirmos a espada como parte do braço e para que ao realizar os movimentos, não nos arraste atrás dela por excesso de concentração.
Tai Chi
A simplicidade do movimento ressalta a harmonia do mesmo, completando-se como se tudo formasse parte de uma dança traçada no espaço. Os círculos têm a capacidade de se misturarem entre si e modificarem a sua direcção de maneira natural, situando-se à nossa volta, para fundirem-se nos nossos deslocamentos formando parte de um todo. Sempre com o centro de equilíbrio no Tan-Tien (no baixo ventre), que é a forma natural de sentir o nosso corpo em movimento.
Estes exercícios de Tai-Chi podem ser praticados com espada ou sem ela. Assim, podemos praticar mais naturalmente na vida diária. São muitas as Artes ginásticas criadas pelos Tauistas para fortalecer a saúde e prolongar a vida, só nos resta escolher uma das mais importantes para a ensinar. Apesar desta Arte que agora ponho ao alcance de todos ser simples, fácil de aprender e de praticar, encerra em si um mistério infindável.
Tai Chi A Arte Marcial Tauista tem como objectivo principal estimular as funções fisiológicas, manter saudáveis e enérgicas as células do corpo humano, promover o desenvolvimento dos canais e meridianos, activar a circulação do sangue eliminando o estancamento, regular as funções dos órgãos internos aumentando assim a resistência às doenças. Em resumo, equilibra o nosso metabolismo e aumenta a energia vital. A prática desta técnica não requer força em excesso e é fácil de praticar em todas as idades. A sua eficácia aprecia-se quando é praticada diariamente. Insisto de novo que o Tai-Chi Che é uma das formas mais completas de treino total. Desenvolve os músculos de maneira natural e flexível, aumentando os reflexos e a
concentração. Além disso, o nível de concentração que requer leva-nos, de forma natural, à meditação e ao equilíbrio mental. Esta forma é praticada para a evolução espiritual. Quem pensar que a espada se utiliza só para o combate, fica na superfície da realidade. O caminho do guerreiro é um caminho de conhecimento e evolui-se nele aprendendo formas e costumes sem as alterar, equilibrando o ser com o Todo (Tau). Só espero que ninguém que empunhar uma espada sinta desejos agressivos, pois em caso contrário é preferível abandonar e meditar acerca da falta de controle. Empunhai a espada (Che) e dançai em harmonia, gozando do vosso ser no Universo!
“Empunhai a espada (Che) e dançai em harmonia, gozando do vosso ser no Universo!”
A Coluna de Raúl Gutiérrez “FRACASSO, CRISE E ESSAS COISAS...” “Cada fracasso nos proporciona uma nova oportunidade. Os fracassos nos indicam uma nova direcção a tomar nas nossas vidas. Aceitem-no com esta consciência”.
Quando chegam as tempestades à nossa vida, quando uma má época nos castiga, nesses momentos é quando talvez nos enfrentamos ao pior assalto da nossa vida. Todo parece estar mal, caímos repetidas vezes, tudo em contra e concatenado; talvez já ninguém acredita em nós, talvez nem nós mesmos já acreditamos em nós... No entanto, quando estamos destinados a ser um campeão, quando o próprio orgulho e fortaleza nos predispõe a continuar lutando, aceitando o que se perdeu e o que se sofreu, quando parece que tudo pode conseguir-se, mesmo que se tenha que voltar a começar de zero, sem apoios, quando todos foram embora e mesmo ferido e angustiado resolves que a lona não é para nós, render-se não pode ser uma opção.
Raúl Gutiérrez É então, quando aceitando o preço, começaremos a lutar com muita força e constância. Será mais duro que nunca, porque o fracasso e a dor nos mercaram em todos os aspectos. Mas se já compreendemos que a graça de continuarmos vivos nos está indicando que devemos abrir outras portas, alcançar outras metas e mesmo que o processo seja longo, talvez demasiadamente longo, cada milímetro de luz que nos alumiar, nos irá proporcionando novos aliciantes para continuar. Nunca esqueças que sempre há-de haver outros que estão em piores circunstâncias e mesmo que isto não seja um aliciante poderoso, sim o é o acordar cada amanhã com esse novo desafio de conseguir outro pouco de bem-estar, de aproveitar essa nova oportunidade! uando já perdemos tudo ou quase tudo, temos de nos refugiar em agradecer a Deus, porque os nossos seres queridos estão bem e observar a beleza do nosso mundo. Compreender, aceitar e lutar nas condições em que nos encontremos, é então a melhor maneira de submissão em movimento, de nobreza humana, sem culpar nada nem ninguém do nosso estado. Nos bons e nos maus momentos, devemos ser prudentes, respeitosos e humildes. Isso nos fará pouco a pouco mais fortes e nos levará ao caminho do nosso reencontro com a nossa própria harmonia e em concordância e ressonância com o Universo. Quando tudo está aparentemente perdido, só nos resta a força do espírito, que vai além da nossa própria capacidade. Quando resolvemos puxar por ela, resolvemos não só não perder, como também levantar os braços da nossa própria miséria e desde o momento mais escuro, até vencer. O melhor round da nossa vida, pode ser o que estamos perdendo. NÃO TE RINDAS. É impressionante saber quantas anomalias de nascença existem nos nossos dias e surgem muitas novas, que nem sequer a ciência sabe como e por quais motivos... e muito menos como enfrentar esses novos desafios. Outras anomalias chegam quando querem e a qualquer idade: acidentes, imprudências, negligências, falta de responsabilidade, etc… Quando eu era pequeno, brincava com os amigos do meu bairro e gostava de lhes dizer: Qualquer dia cai um avião acima de nós!... e curiosamente, não me enganei e um dia sucedeu...
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A Coluna de Raúl Gutiérrez Faz alguns anos comecei a dizer também de brincadeira, “qualquer dia, os políticos receberão os impostos pelo ar que respiramos”. Talvez eu não chegue a ver, mas já estamos perto disso... e também podem chegar a fazer-nos pagar por tomarmos Sol e contemplarmos o nosso amplio mar... A nossa sociedade está perdendo o sentido e mais que educar-nos, nos está levando à nossa própria auto-destruição, pela perda de valores e não só económicos como também morais, cívicos e religiosos. A corrupção política, empresarial, bancária, etc., está desbordando os nossos limites de resistência. Em toda a história do homem, é certo que há etapas de “crises” e isto, segundo parece, responde a uma simples lei física ou matemática, mas é o homem e a sua ambição quem tudo cria ou destrói. Uma crise económica se produz quando há uma recessão do crescimento económico, durante um período de pelo menos dos trimestres consecutivos, chegando a produzir-se de maneira negativa. A recessão económica pode ser gerada por diversos factores, ainda que por regra geral, o mais comum é uma situação de escassez, provocada por algum tipo de acontecimento que provoca uma drástica redução da produção referente tanto aos alimentos como aos diversos tipos de bens e serviços. Esta redução da produção traz como consequência a escassez de recursos, tendendo a um forte incremento dos preços dos alimentos e dos diversos bens e serviços. Por outro lado, quando falamos de crise financeira, a mesma é devido a que as acções (na bolsa de valores) ou a venta de determinados produtos ou bens e serviços, se realizam a uns níveis de preços excessivamente mais altos que o seu valor intrínseco. Quando deixam de ser adquiridos, devido aos preços tão abusivos, se produz uma queda financeira de grande magnitude. Tal como se pode ver, trata-se de um efeito dominó, que logo que há alguma parte afectada, acaba afectando por igual, a todas as partes implicadas, em um processo que actua de maneira concadenada, por estar tudo relacionado. O exemplo disto foi visto na Espanha, com a crise imobiliária. Houve um auge na construção de vivendas, que saíam à venda a preços muito superiores ao seu real valor (como mínimo ao dobro e até ao triplo ou mais). Perante isto, os créditos bancários para a aquisição de uma vivenda, aumentaram em grande número, o que trouxe como consequência o afundamento financeiro, quando muitas dessas hipotecas não
puderam ser pagas. Isto também se conhece com o nome de “especulação financeira”. Não podemos passar por alto que, se bem algumas crises são devidas a outro género de circunstâncias alheias à vontade humana (como por exemplo uma forte chuva ou uma trovoada intensa de granizo, que destrói as colheitas de um ano e deixa inutilizáveis as principais instalações onde se desenvolvem as principais actividades económicas do país), actualmente, na maioria das ocasiões, as mesmas surgem também, devido a outro tipo de circunstâncias ou factos evitáveis, não ficando livres de suspeita. Conheci algumas pessoas no meu recente passado, que durante o auge imobiliário deixaram tudo para se dedicarem à construção. Deles, alguns conseguiram escapar a tempo da dita crise, mas outros perderam tanto a orientação que na sua desmedida ambição foram mais além dos limites da prudência e foram apanhados em cheio... O fracasso, a banca rota, a desolação ou a ruína os apanhou tão desprevenidos que alguns se suicidaram, outros fugiram, deixando tudo abandonado, incluídas as suas famílias. É em nesses momentos onde a nossa dignidade, integridade, honestidade e força, deviam prevalecer, para saber aguentar “a trovoada”. Enfrentar-se aos factos y procurar soluções e não portas de escape! É aqui onde começa o nosso verdadeiro combate! “Deus nos dá, Deus nos tira” - diz-se habitualmente. Por experiencia pessoal, eu posso dizer que Deus me tem dado muitas oportunidades e coisas boas, e quando “eu mesmo” e mais ninguém, comecei a falhar perante mim e perante os meus, foi quando tudo começou a desabar, até perder tudo. Não foi Deus e geralmente não é Deus, somos nós mesmos, e em contadas ocasiões, é o que chamamos o destino, ou acidentes da própria vida. Se bem é certo que por debilidade e impotência, e quando tudo vem para cima de nós, não encontrando saídas, pela nossa cabeça passa de tudo, bom e mau. Quase sem darmos por isso, o arrependimento e a tristeza nos leva à “depressão”, que é muito perigosa. Por isso, sempre aconselho a procurarem não cair nela. Mas é tão traiçoeira que é difícil apercebermo-nos ou aceitar que estamos com ela. Como disse ao princípio, os processos de recuperação acostumam e devem de ser bastante lentos, podendo até durar longos anos. Mas se podermos perceber e aceitar essa derrota e quanto antes comecemos, melhor para nós e para os que estão perto de nós. “¡Não acontece nada!” - mesmo que tenha acontecido. Se há uma coisa que jamais poderemos fazer é voltar atrás ou apagar o passado. Portanto, o importante é sempre o “presente constante”, construindo o futuro imediato. Também devemos lembrar que as pessoas acostumam afastar-se dos “fracassados”, que por vezes se fazem muito difíceis de aguentar. As pessoas se aproximam do “calor” do êxito, das boas estrelas, dos que irradiam alegria, felicidade e força. Também não é mau fazer-se um pouco amigo da solidão, para encontrarmos o nosso centro, sem incomodarmos ou sendo “chato” com o resto das pessoas. Se bem é certo que a “Sra. Dª Solidão” não é boa companheira, por vezes é necessária. Não devemos estranhar então, que durante um tempo nos tornemos repelentes, tanto para os nossos amigos e familiares e para a sociedade em seu conjunto, aquela sociedade mais próxima a nós. Mas quando voltarmos a nos pormos em pé, veremos como por arte de magia, os nossos amigos voltam a telefonar, a se aproximarem e se o que virem é bom, ficarão. Sirvam estes comentários para todos aqueles que estão padecendo as misérias da nossa actual sociedade. Aos que sofrem por amor, por falta de trabalho, por falta de motivações, por acidente ou
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A Coluna de Raúl Gutiérrez doença. O principal é compreender e não nos culparmos a nós mesmos. Pôr-se em marcha quanto antes melhor e não ficar dando pena aos outros. Conheço vários casos de aceitação e submetimento mas também outros de inteireza, honorabilidade e galhardia. Aqueles que no meio de uma devastadora crise, tiveram a força e dignidade de se despedirem com HONRA. Meu amigo e aluno Luís António Palal, que descanse em Paz, faleceu antes dos 40 anos. Casado e com um filho pequeno, foi vítima de um Câncer. Antes de partir me mandou chamar para me agradecer por tudo quanto ele pensava que eu tinha feito por ele. Para me dizer que me estimava e que ia morrer. Pouco tempo depois “partiu” e no seu caixão, vi seu rosto descontraído e satisfeito. Se tinha resignado em sua dura batalha, se despediu de amigos e familiares e de certeza também se reconciliou com Deus e com seus Anjos da Guarda. Semelhante a isto, foi o que fez o meu grande amigo e representante Basílio Puebla Calvo, que antes de receber a aposentação pela CAM, Caixa de Aforro do Mediterrâneo, também foi vítima de um Câncer de Ossos. Tinha planejado grandes coisas, que nunca conseguiu chegar a realizar. Se despediu de mim telefonando-me, deixando-me suas melhores palavras. ¡Que descanse em Paz! Ao Grão Mestre Robert Trias, a quem tratei desde 1981, até a sua morte, em 1990, foi-lhe diagnosticado um Câncer de ossos e naquele momento, lhe deram três meses de vida. “Sinto muito, senhor doutor, - disse ele - Deus terá de esperar por mim um pouco mais. Preciso de três anos para acabar meu legado, escrever e organizar as minhas coisas”. Três anos depois, faleceu. Deus lhe deu essa oportunidade, pela força e inteireza com que assumiu a sua doença. Com isto quero dizer que há casos muito delicados e graves como estes. que praticamente não têm solução. No entanto, esses seres agiram como deviam agir. Foram nobres e íntegros, aceitando a decisão do Grande Chefe Superior. Agiram em consequência, sem culparem ninguém. Enquanto existir um “hálito de vida”, temos de viver, contemplar e procurar gozar de tudo o que tivermos à nossa volta e do nosso planeta. Ainda quando nos custe andar, respirar ou nos invada a dor. As artes marciais e os desportos em geral, nos ajudam e preparam para compreendermos a nossa existência, para alcançarmos a disciplina e fortaleza perante os imprevistos e surpresas da nossa vida na Terra. “NINGUÉM SE ILUMINA FANTASEANDO COM FIGURAS DE LUZ, MAS SIM FAZENDO CONSCIENTE A SUA ESCURIDÃO” Carl Jung
Un practicante de Kali mira a un ataque como un puñetazo, no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial, sin embargo su uso con o en un Arte Marcial es natural, y añade una mayor dimensión. Así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali armado con el conocimiento de Kyusho puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva completamente profunda. En este segundo Volumen os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en cabeza con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.
REF.: • DVD/KYUSHO 25
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Budo Classics “É hora de escutar as velhas palavras que sempre hão-de voltar a ter som”. Assim reza a poesia desse grande Mestre da literatura espanhola, Antonio Machado. N e s t e s t e m p o s e m q u e n o s c a l h o u v i v e r, a importância de escutar pessoas com grande experiência, faz-se mais e mais patente, por isso hoje trazemos a estas páginas uma das mais importantes lendas vivas dos desportos de contacto modernos. Mike Anderson é conhecido como “o Pai do Karaté desportivo”, mas não podemos esquecer que além disso, foi o fundador das regras para os desportos de Semi, Light e Full-Contact Karaté/Kick-Boxing, assim como para as formas competitivas criativas e musicais. Mas não só criou as regras como também foi o promotor do primeiro evento deste tipo de
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desportos. Submetido a uma tremenda oposição por parte da indústria tradicional, conseguiu que estes desportos fossem aceites no mundo inteiro. Como todos os transgressores, sofreu a pressão do “establishment”, mas os anos demonstraram que realmente se tratava de um visionário, um homem adiantado ao seu tempo. De carácter brincalhão, conversador e tremendamente simpático, Mike consegue seduzir rapidamente qualquer interlocutor. As suas histórias pessoais poderiam encher páginas e páginas de um livro de memórias visto ele ter conhecido e ter sido amigo de um nutrido grupo de lendas, entre os quais se encontra o próprio Bruce Lee. Mike entrou pela primeira vez em estúdios de
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gravação para realizar o seu próprio vídeo de instrução, os seus ossos responderam bem, mas o que mais entusiasmou a equipa foi que aquilo que ensinava partia da experiência. “ To d a s e s s a s c o i s a s q u e outros não te ensinam”, pela mão de uma lenda, um trabalho a não perder! m 1963 Anderson fundou o Tae Kwon Do na Europa e chegou a ser o primeiro Presidente da Associação Europeia desta disciplina. Em 1974 fundou a Associação do Karaté Profissional (PKA), o primeiro organismo sancionador para o desporto de contacto (Full Contact Sport). Dois anos depois fundou a Associação Mundial de Organizações de Kick-Boxing (WAKO), com o objectivo de conseguir que o desporto fundado por ele fosse aceite como desporto olímpico. Da sua vida profissional como competidor quase nada é conhecido pelo grande público. Antes de orientar a sua carreira como promotor, político e editor de uma revista –publicou três revistas de Artes Marciais–, este texano cheio de energia, era lutador profissional. De facto, Anderson excepto outro texano, Troy Dorsey- foi o único lutador da história em posse do título nacional e o de Vice-Campeão em três disciplinas marciais diferentes: Karaté/KickBoxing, Tae Kwon Do da Coreia e Karaté japonês. Os seus últimos combates tiveram lugar no Torneio de Campeões dos E.U.A., onde derrotou o grande lutador Dimetrius Havanas, "The Golden Greek". Acerca da sua surpreendente vitória, Anderson diz:
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“Havanas era um Light-Contact de Karaté. Se tivesse sido Full-Contact, ainda haviam de estar a levantar do ringue retalhos do meu corpo". Anderson tira importância às suas proezas como campeão no passado: “Na época eu tinha que participar nos meus próprios torneios, onde de maneira equilibrada, podiam intervir até quatro lutadores na categoria de Faixa Preta”. No combate a sua visão técnica era científica. Farto de modificar o seu estilo e a sua técnica de cada vez que um novo Mestre propunha novas ideias, Anderson resolveu criar o seu próprio sistema baseado na ciência e na realidade, em vez da tradição. Desenvolveu um Makiwara electrónico que media a velocidade e a potência das técnicas de mão e dos pontapés. Partindo da própria experiência e da experiência dos seus alunos na prática de numerosas aplicações técnicas em que incorporava variedade nos pontapés, múltiplas possibilidades de batida, entre outros, descobriu aquelas que tinham mais velocidade, poder e eficácia. Como consequência, criou o seu próprio estilo.
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No seu vídeo –exclusivo para Budo International– Mike faz a demonstração de técnicas de luta práticas para o “Point Karaté”, para a competição de FullContact, e inclusivamente para a rua. Também explica algumas das suas técnicas preferidas, assim como outras que aprendeu de muitos dos grandes campeões com quem manteve contacto nas suas inúmeras viagens mundo afora, ao longo de quase quatro décadas. Acerca deste vídeo, Mike explica: “Tentei demonstrar as técnicas de luta mais eficazes para poderem ser desenvolvidas por lutadores de todos os sistemas e tamanhos. Por favor, lembremse que sou um pouco idoso, tenho 60 anos, portanto, os atletas mais jovens que estão em forma, podem desenvolvê-las de modo mais efectivo que eu. Só peço que as pratiquem para constatar se funcionam para vocês. Se assim não for, talvez sejam úteis para algum dos vossos alunos. Bruce Lee era meu amigo, de maneira que frequentemente me perguntam qual foi a sua grande contribuição para as Artes Marciais. Eu sempre respondo a mesma coisa, a contribuição essencial de Bruce foi incentivar os lutadores de todos os estilos para aprender o máximo possível sobre o resto dos sistemas existentes. Assim sendo, podes utilizar aqueles que funcionam bem para ti e incorporar outras técnicas ao teu repertório para ensiná-las aos teus alunos. Talvez não possas adoptar certas técnicas, mas talvez sejam válidas para algum dos teus alunos com uma complexão e habilidades físicas diferentes”.
“No seu vídeo –exclusivo para Budo International– Mike faz a demonstração de técnicas de luta práticas para o “Point Karaté”, para a competição de Full-Contact, e inclusivamente para a rua”
O texano solitário, residente na Florida nos últimos 25 anos, da relevância ao facto de não utilizar técnicas simplesmente teóricas ou tradicionais. Só utiliza técnicas 100% eficazes. Também alerta os praticantes para que não tenham em consideração as técnicas que podem ver nas fitas de cinema, visto a imensa maioria apenas ser possível no cinema e a sua eficácia na vida real ficar reduzida praticamente a nada. "Como Bruce Lee me disse em certa ocasião, nas fitas podemos desenvolver muitas coisas com as câmaras de alta velocidade e os trampolins, mas a realidade é totalmente diferente"– diz-nos Mike. Quando lhe perguntámos, como profissional, treinador e promotor de combates, quem considera o melhor lutador de Artes Marciais de todos os tempos, matiza e também afina: 1.- O lutador mais completo só pode ser de Dallas, o texano Troy Dorsey. Ganhou o Campeonato Mundial da WAKO, tanto no Semi como no FullContact Kick-Boxing no mesmo dia. Um ano antes tinha ganho o Campeonato Mundial de Full-Contact da WAKO, mas foi desclassificado na final de SemiContact, precisamente por exercer demasiado contacto. Depois ganhou todos os Títulos Mundiais de todas as organizações do Kick-Boxing profissional existentes naquela época. Também ganhou os títulos de Boxe profissional IBF e o IBO. Quem pode negar este homem como o lutador mais completo da história? 2.- O Kick-Boxer mais importante de todos os tempos é Don "The Dragon" Wilson. Ele ganhou o título Mundial em Kick-Boxing de “Light Heavyweight” de sete organizações profissionais e de um ponto de vista absolutamente subjestivo, se considerarmos a política que rodeava todas estas organizações, este facto é impressionante. E o que
Budo Classics resulta mais assombroso ainda é que com 47 anos e até ao momento, continua defendendo estes títulos. Além disso, “The Dragon” derrotou todos os pesos pesados. No fim dos anos 80 e começos dos 90, os Campeões Mundiais do Peso pesado eram, nem mais nem menos: Dennis Alexio, James Waring e Maurice Smith, cada um deles com apenas uma derrota no seu palmarés, imposta pela contundência dos punhos e dos pés de Don "The Dragon" Wilson. 3.- Do ponto de vista técnico, acredito que o melhor lutador tenha sido o alemão Ferdinand Mack. Empregava mais habilidades do Kick-Boxing que eu jamais tenha visto empregar qualquer outro. Era tremendamente agressivo e todos os seus ataques baseavam-se em socos dinâmicos e combinações de pontapés. Sem dúvida, Mack era o lutador mais espectacular. Quando lutava, sempre conseguia levantar o público dos seus assentos. Em relação aos factores mais importantes no treino de um lutador, Mike argumenta: "Esta é uma pergunta fácil. A parte mais importante do treino de um lutador é o exercício “aerobic-running”. Quando nos iniciámos no Full Contact Kick-Boxing, todos os lutadores tinham sido lutadores de Karaté. A maior parte ficava absolutamente acabada após o primeiro
Sports Karate assalto, sem fôlego. Dispor de força vital é o factor mais importante para ser eficaz. Se um lutador está em boa condição cardio-vascular, pode dar e resistir o castigo. Descobrimos –da maneira mais dura– que o aspecto essencial para chegar a ser um lutador eficaz não consiste em praticar em 99% dos Dojos do mundo… O segredo é o treino aeróbico!"
Hoje, 12 anos depois de ter-se afastado do planeta das Artes Marciais, Anderson regressa ao 150%. Está involucrado no desenho, fabricação e marketing de alguns dos produtos marciais mais finos do mundo: “Top Ten”, “Adidas” e “Tokaido”. Também é o chefe de redacção da revista "KICKBOXX" –a publicação de Artes Marciais em língua inglesa de maior difusão mundial.
Budo Classics Mike Anderson promoveu ou dirigiu 121 eventos em vinte e cinco países diferentes, é o promotor mais prolífico da história das Arte Marciais. Agora, segundo as suas próprias palavras, já é demasiado velho para este tipo de assuntos, mas no entanto, pensa na possibilidade de desenvolver mais uma grande promoção ao sol das praias da costa oeste da
Flórida, o maior evento de Artes Marciais jamais conhecido, ao longo de uma semana inteira. Um torneio único, uma convenção sem precedentes, um super evento, uma grande festa que reúna lutadores, os profissionais, os entusiastas, as organizações e os estilos marciais dos cinco continentes. Sr. Anderson, desejamos-lhe muitíssima sorte!
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“A maior contribuição de Bruce Lee foi incentivar os lutadores de todos os estilos para aprender o máximo possível sobre o resto dos sistemas existentes. Assim sendo, podes utilizar aqueles que funcionam bem para ti e incorporar outras técnicas ao teu repertório para ensiná-las aos teus alunos”
Este DVD é o resultado promovido pela filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR – Spain Branch), para dar a conhecer o conteúdo técnico do estilo Toyama-Ryu, tal como se pratica no Honbu Dojo da ZNTIR, em Machida, Tóquio, sem modificações nem alterações. Tal é a fidelidade do programa que é seu Presidente e máximo responsável técnico Yoshitoki Hataya Sensei, quem acompanhado por alguns membros, executa todo o compêndio do programa actual do estilo. É por isso que nele se pode encontrar a estrutura básica da metodologia que se aplica, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte; as guardas; os Kata da escola, incluindo os relativos à Academia Toyama do Exército, o Gunto Soho e a sua explicação; o trabalho com parceito, tanto de Kumitachi como de Gekken Kumitachi, da piedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, ou seja, o Tameshigiri ou exercícios de corte en um alvo realista. Este é um minucioso DVD em diferentes idiomas, que resulta ser uma valiosa fonte para a investigação e a prática da espada japonesa, assim como para os artistas marciais em geral e os interessados na história do Japão e do seu último conflito bélico mundial. É uma autêntica sorte, podermos observar as técnicas que contém e ao menos para os estudiosos sérios, vale a pena tê-la na sua videoteca. Os praticantes do estilo desejamos compartilhar lealmente o conhecimento da nossa escola de esgrima japonesa, na esperança que ao mesmo tempo, os valores internos próprios daqueles homens de armas impregnem as novas gerações e permitam vislumbrarmos um revulsivo, de uma maneira tradicional, muito diferente da actual focalização das disciplinas de combate com origem no Japão.
REF.: • DVD/TOYAMA-2 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.
Tradições Chinesas Tradições Chinesas Luta Quando hoje vemos o espectacular auge dos estilos de luta, surpreende-me que o Ocidente ainda não tenha descoberto em toda a sua magnitude e profundidade, a Arte da luta Chinesa "Shuai Chiao". O Italiano António Langiano está a fazer pela difusão na Europa desta Arte, mais que nenhum outro, mas os seus esforços ainda não encontraram o eco que, pessoalmente, penso merecerem. Este é o seu terceiro vídeo com Budo e nele penetra ainda mais nos aspectos combativos da sua Arte. Acreditem, as suas projecções são incríveis, originais, e as suas formas possuem a originalidade do que é autêntico. Levados pela sua mão, não deixem de penetrar neste amplo mundo do Wrestling, pois na distância curta, a criatividade da tradição Chinesa é qualquer coisa fora de série. Não percam! Alfredo Tucci
As técnicas de Shuai-Chiao no Wrestling O nascimento do combate de Shuai-Chiao Antigamente, nas competições de luta chinesa podia bater-se, realizar alavancas ou projectar: quem caía ou abandonava o combate, perdia. A história mostra que o Shuai-Chiao (pronunciado Shuai-Jiao) não foi muito conhecido até o Imperador Amarelo Huang-Ti (2690 a.C.) o empregar para derrotar o seu lendário inimigo Chih-Yin, cujos guerreiros cobriam a cabeça, durante o combate, com um elmo de dois chifres, para com eles atravessar o inimigo. O Imperador Amarillo treinou para esquivar este temível ataque, conseguindo vencer Chih-Yin e unificar o Império. Naquela época, a mais nobre arte de combate denominava-se Chiao-Ti. Com a dinastia Chen (1134 a.C.), a técnica conhecida como Chiao-Li, exerceu um papel fundamental no treino dos soldados. Com o tempo chegou a ser muito popular (264 a.C.), tanto que o Shuai-Chiao existia não só como desporto no âmbito civil e militar, mas também como uma forma habitual de entretimento para a Monarquia e a corte. Em épocas sucessivas, durante as festas, os bailarinos começaram a imitar os combates dos guerreiros, dando origem a uma dança tradicional chamada Jiao-Dixi, a partir da qual se desenvolveu o Shuai-Chiao. Em 140 a.C., o Imperador Wu da dinastia Han, seguidor incondicional desta peculiar Arte, chegou a proclamá-la "recreio real permanente" (naquela época, o nome que lhe era dado era Chiao-Ti). As primeiras competições realizaram-se nas ruas de Tuan-Mon; o acontecimento durou trinta dias, com a presença do Imperador, durante a dinastia Shuoi ou Sui (610 d.C.), no sexto ano do reinado do Imperador Young. Isto passou a ser uma tradição anualmente festejada. Assim, no dia quinze do primeiro mês do calendário, realizava-se um encontro ou Torneio. Conforme passaram os anos, esta arte convencional foi-se arraigando profundamente na antiga Tradição Chinesa. O Imperador Kao-Tsu da dinastia Tang (618 d.C.) ordenou que os jogos se realizassem no 17° mês do calendário. O evento mais famoso teve lugar com o Imperador Zhuangi Zang da dinastia
“Antigamente, nas competições de luta chinesa podia bater-se, realizar alavancas ou projectar: quem caía ou abandonava o combate, perdia”
Tradições Chinesas Tang (618-907 d.C.), que jogou e perdeu uma cidade num combate contra Li Cunxian, um grande campeão desse tempo. Durante a época de Knbla Khan (1216 d.C.), esta Arte adquiriu grande relevância; modificaram-se os nomes, entre outros PohHo, Tsong-Chiao, Kwang-Chiao, Hsiang-Pu. Na dinastia Ching ou Quing, esta incrível disciplina tornou-se a mais apreciada no âmbito monárquico; os novos monarcas criaram um campo de treino com excelentes combatentes, denominado Shan-Pu Ying, onde havia trezentos atletas, soldados denominados Pu-Hu, jovens tigres, versados em Shuai-Chiao, sempre prontos para entreter a realeza e realizar torneios nacionais e internacionais. Equipas tribais de Mongoiós, os campeões do Tibet e de outras regiões, praticavam neste campo. Nessa época, as artes marciais visavam a qualidade das técnicas: chegaram a ser proibidos os golpes e as alavancas nas competições. O regulamento permitia um combate desportivo e leal, eliminando o risco de luxações e acidentes; além disso, as competições tradicionais tinham demonstrado que as técnicas de projecção não eram menos eficazes que as de golpes e alavancas. Já em 1928, o general Chang Chi-Chiang criou um Instituto Central de Kuo-Shu, em Nanking, e o Shuai-Chiao era um curso requerido pelos estudantes seleccionados de cada província, para os treinos avançados. A partir de então o nome ShuaiChiao permaneceu até aos nossos dias. Os torneios eram patrocinados pelo Gover no e os Mongoiós eram, tradicionalmente, dos mais fortes e versados lutadores. O último torneio realizado na República Chinesa passou à história, devido à presença de dois dos maiores mestres de Shuai-Chiao da época moderna. O Torneio realizou-se em Shanghai, em 1948; o desafio era entre as equipes de Nanking e Shanghai. A equipe de Shanghai era dirigida pelo afamado mestre "Zhou Shi-Pin", um dos professores de Kuo-Shu da Shanghai Ching Woo Athletic Association. A outra equipe era
Tradições Chinesas dirigida pelo célebre mestre "Chang Tung-Sheng", conhecido no norte da China como "Borboleta voadora", nome que lhe tinha sido dado pelo seu mestre Zhang Feng-Yen, devido à sua maneira de lutar. Naquela ocasião, o mestre Chang conquistou, merecidamente, mais um nome, o de "Rei do Shuai-Chiao da China". Actualmente, a pureza, o âmago da Arte Tradicional do Shuai-Chiao é fielmente respeitado, devido aos dois princípios Na-Shuai (agarres e projecções). Os atletas lutam nos torneios nacionais e internacionais, seguindo estes princípios e o estilo Shuai-Chiao é praticado tanto na China Popular como na China Republicana, e este antigo estilo é ensinado em numerosas cidades, em escolas e Institutos Universitários, como parte integrante das Tradições Chinesas, transmitindo a sua pureza durante milénios.
Como se treina Os alunos devem treinar cuidadosamente quando realizam as técnicas de Shuai-Chiao, visto que se não controlarem a própria força poderão magoar seriamente o parceiro. O objectivo das aplicações é serem práticas, eficazes, aplicadas frequentemente para pôr o adversário numa posição determinada, para finalizar o ataque com a técnica mais apropriada. A força empregada neste movimento visa a manipulação das articulações e/ou zonas vitais. O objectivo principal é controlar o adversário, para aplicar as próprias técnicas, aproveitando a sua força ou utilizando a própria força num movimento rápido, descarregando toda a energia. As técnicas de mãos devem ser eficazes, para evitar assim
“Actualmente, a pureza, o âmago da Arte Tradicional do Shuai-Chiao é fielmente respeitado, devido aos dois princípios Na-Shuai (agarres e projecções)”
que o oponente possa mover-se ou romper um agarre. A concentração e a diligência são essenciais.
Movimento de aproximação Nos combates de Shuai-Chiao, após os cumprimentos de rigor, os lutadores iniciam a aproximação. Existem diferentes gestos tradicionais para a aproximação, em função do estilo utilizado. No Shuai-Chiao e no Pao-Ting, os braços começam a mover-se, protegendo um a zona superior do corpo e o outro a zona inferior. Nesta fase, é preciso recordar a máxima: "O momento em que te tocam, é o momento preciso para ser projectados". Mas as mãos movem-se em ondas de fora para dentro ou ao contrário, coordenando este movimento com os passos. Quando os lutadores estão perto um do outro, as mãos têm muitas ocasiões de contacto. São então usadas para ganhar uma posição de domínio e criar uma abertura para o ataque; também para fugir de uma posição de domínio do adversário. Quando nos aproximamos, permanecemos concentrados, mantemos o equilíbrio e não adoptamos uma posição desajeitada e fora de lugar; mantemos o centro de gravidade baixo, os braços
duros como os ramos de uma árvore, sempre estáveis, para poder gerar potência e não ser projectado facilmente. Os pés firmes no chão, em contacto com a superfície. O cérebro ordena todos os movimentos; o corpo tem de responder a todos os ataques do adversário, empregando técnicas fáceis e eficazes. Na aproximação é muito importante um movimento circular; em muitos ataques os princípios são como os que aprendemos e aplicamos no Tai-Chi-Chuan. Cedendo e através da intensidade da força do adversário, podemos utilizar a sua potência para aplicar as técnicas: este é o nível de prática mais elevado possível de alcançar. Concluindo: considera a tua estratégia, o tempo, o ângulo de contacto, a velocidade, a precisão e a eficácia da técnica, como factores ligados entre si, todos eles úteis para uma performance vencedora.
Técnicas de mãos Os teus agarres visam todas as zonas do corpo. A série de técnicas básicas de mãos a empregar, dependerá da situação e da tua habilidade. Como reza uma máxima popular: "Com as mãos abrimos a porta e com os pés entramos". Tens de abrir a porta do adversário para entrar com um ataque de pernas. Deves utilizar as mãos para manter a tua porta fechada e abrir a do adversário. As mãos e as pernas têm de ser sensíveis e flexíveis; o cérebro põe em conexão os membros do teu corpo, numa unidade coordenada. Tenta antecipar os agarres do adversário com as mãos e se conseguir agarrar-te, quebra o seu agarre: os teus braços têm de ser pesados para manter sob pressão o adversário.
“As mãos e as pernas têm de ser sensíveis e flexíveis; o cérebro põe em conexão os membros do teu corpo”
Tradições Chinesas “Considera a tua estratégia, o tempo, o ângulo de contacto, a velocidade, a precisão e a eficácia da técnica, como factores ligados entre si, todos eles úteis para uma performance vencedora”
Relações com o Japão As Artes japonesas tiveram influência da Arte do Shuai-Chiao, especialmente o nascimento do Ju-Jitsu. Durante o reinado do Imperador Wangli (1573-1620 d.C.) da dinastia Ming, a enciclopédia Wan Bao Quanshu, realizada por ordem imperial, dedica-lhe um amplo estudo. Este texto passou também ao Japão. No final da dinastia Ming (1644 d.C.), enquanto os invasores da Manchúria continuavam a sua extensão, um nativo de CheKiang chamado Cheng WonPin ou Chen Yuen-Lu, versado em Shuai-Chiao, foi mandado ao Japão juntamente com os seus colegas Chu Shum-Shei e Lee Mei-Shi. Eles ensinaram o Shuai-Chiao a três alunos Samurais: Fukunoshiehilo-Wuemon, Miruiayosi-
Tradições Chinesas Wuemen e Isomizile-Saemon. Cada um deles fundou a sua própria escola de Ju-Jitsu, entre elas a Kito-Ryu, uma das que deram origem ao Judô moderno. Por outro lado, o criador da escola Yoshin-Rvu foi um médico japonês que estudou na China.
O Shuai-Chiao e o Tai Chi Chuan
A verdadeira origem do Tai Chi Chuan perde-se nos tempos, na lenda e no orgulho de diferentes escolas. Foi visto em sonhos por um sacerdote tauista chamado Chang San Fen? Foi a família Chen quem criou a Arte durante a dinastia Ming? Ou foi um mestre que o ensinou à família Chen? Se bem que não haja certezas, uma coisa é evidente: a luta e a guerra existiam antes do desenvolvimento do Tai Chi Chuan. Então, podemos concluir que o Tai Chi tem a sua origem em métodos de combate mais recentes. Dos antigos sistemas o mais importante era o Shuai-Chiao –chamado Chiao-Ti. Um método de luta mais moderno foi o Shaolin Chuan, desenvolvido pelos monges budistas do Templo Shaolin durante o Reinado Zhi Zheng (XIV sec.) da dinastia Yuan. Muitas das suas técnicas têm as suas raízes no Shuai-Chiao. É possível atribuir a origem do Tai Chi Chuan a um sistema como o ShuaiChiao ou o Shaolin Chuan, numa clara demonstração de que estes métodos mais antigos foram a origem do Tai Chi Chuan. A prova está nas formas: as antigas técnicas de ShuaiChiao e Shaolin Chuan estão ocultas no interior da prática do estilo Tai Chi. Se um grande professor conhece as aplicações originais do Shuai-Chiao, pode descobrir os verdadeiros métodos das posições do Tai Chi Chuan, que de facto derivaram do Shuai-Chiao.