Revista Buildings - 4ª edição

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ANO 1 - EDIÇÃO 4 - 4º Trimestre 2008

Como será o Futuro dos Espaços de Trabalho?

Acessibilidade em Edifícios Comerciais

Um direito de qualquer cidadão

Certificação Green Building

Desafios e Oportunidades

NOVIDADE - Salvador e Recife

A PARTIR DESTE TRIMESTRE OFERTAS E INFORMAÇÕES Veja 238 ofertas de espaços corporativos e os índices do mercado imobiliário. São Paulo - Alphaville - Rio de Janeiro - Salvador - Recife


CURITIBA

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Especializados em escritórios, indústrias e varejo (retail). Nossos serviços são: • • • • •

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www.ocupantes.com.br Rua Fernandes Moreira, 1.166, 4o andar, 04716-003, São Paulo - SP,

Tel. (11) 5182.3455


Sumário 06 Capa A evolução da concepção de espaço de trabalho Como os especialistas em arquitetura e soluções estão planejando o futuro

12 Técnica Acessibilidade em edifícios comerciais - Um direito de qualquer cidadão A importância do cumprimento das leis que visam à inclusão social de todos os trabalhadores

14 Green Buildings

Certificação Green Building: Desafios e oportunidades Bracor sai na frente e o edifício Cidade Nova comemora empenho pela sustentabilidade A certificação LEED™ / Green Building

16 Ofertas 16 São Paulo 17 Pinheiros 20 Itaim Bibi 25 Santo Amaro 27 Consolação

30 Bela Vista

38 Sé/República

32 Jardim Paulista

42 Barra Funda/Perdizes/Alto de Pinheiros

34 Vila Mariana

43 Morumbi/Vila Andrade/Jardim São Luís

36 Moema

44 Outros

48 Alphaville/Tamboré

48 Alphaville

49 Tamboré

50 Rio de Janeiro

51 Centro

54 Outras

52 Barra da Tijuca

56 Nordeste

57 Salvador

58 Recife

47 Estatísticas 47 São Paulo

São Paulo bate recorde em volume de m² Classe A em construção na cidade

49 Alphaville

A Atividade Construtiva em Alphaville aumenta pelo 4º trimestre consecutivo

55 Rio de Janeiro

Taxa de vacância continua subindo no Rio e traz mais conforto ao mercado imobiliário

@ Para receber a Revista Buildings envie um e-mail com seu nome e endereço para: revista@buildings.com.br Dúvidas e sugestões, envie um e-mail para: contato@buildings.com.br Fechamento do trimestre: 28/11/2008

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BuiLDiNGS Diretor: Fernando Libardi Conteúdo e Revisão: Rose Bertolini Projeto Gráfico e Produção: Fernando Libardi, Henrique Lima Coordenadora de Pesquisa: Patricia Abreu Pesquisa: Fábio Zoehler, Joceleni Sampaio, Magno Netto, Matheus Soares, Thalita Gonçalves Consultor Comercial: David Pizzotti Capa: Fernando Libardi Fotografias: Jorge Hirata www.buildings.com.br Rua Alexandre Dumas, 1601 - 12º andar - Cj. 121, Ch. Santo Antônio, 04717-004, São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-4369

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Editorial Pensando em fazer negócios no nordeste? Esse importante pólo de turismo do Brasil vem se diferenciando e atraindo a atenção de brasileiros e estrangeiros para outros tipos de negócios. Mas para onde ir? Existem escritórios disponíveis? É por isso que a Revista Buildings tem grande satisfação de apresentar, a partir deste quarto trimestre, informações de outras duas importantes cidades do nordeste: Salvador e Recife. Nossa intenção tem sido crescer a cada trimestre até alcançarmos todas as principais cidades do país. Neste ano, nosso trabalho colheu os melhores frutos. No primeiro trimestre lançamos as informações do município de São Paulo. No segundo, nosso departamento de pesquisa ampliou sua atuação e incluiu o bairro de Alphaville, em Barueri, importante foco de negócios da Grande São Paulo. No terceiro trimestre incluímos as informações da cidade do Rio de Janeiro, que dispensa apresentações. E agora temos Salvador e Recife, no nordeste. Mas queremos ainda mais. Buscando atender às expectativas e necessidades dos nossos leitores, nossa equipe de pesquisa tem trabalhado muito para atualizar todas as informações e nossa equipe de marketing, para preparar essa revista, apresentando de maneira clara e fácil todas as informações de espaços corporativos disponíveis para locação em edifícios com laje igual ou superior a 500 m², nas regiões anteriormente mencionadas. Outra novidade: Antenada no que há de novo nas tendências do mercado, a Revista Buldings vai contar com uma participação de peso: Ricardo Vasconcelos, professor e arquiteto, vai colaborar com a nova coluna “Green Buldings”. Quanto aos artigos, esta edição traz: Matéria Principal (Capa): “A evolução da concepção do espaço de trabalho”, um artigo que mostra como os especialistas em arquitetura e soluções estão planejando o futuro. Matéria Técnica: “Acessibilidade em edifícios comerciais – um direito de qualquer cidadão”, falando sobre a importância do cumprimento das leis que visam à inclusão social de todos os trabalhadores. Green Buildings: “Certificação Green Building: Desafios e oportunidades”, o case da Bracor: “Bracor sai na frente e o edifício Cidade Nova comemora empenho pela sustentabilidade” e “A certificação LEED™ / Green Building”. Matérias Estatísticas: Apresentando como se comportou o mercado imobiliário quanto à vacância, absorção líquida, entrega de novos espaços e atividade construtiva em andamento em São Paulo, Rio de Janeiro e Alphaville. Para maiores informações não deixe de visitar o nosso site www.buildings.com.br. Esperamos que você desfrute das novidades. Boa leitura. Fernando Libardi

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Capa

A EVOLUÇÃO DA CONCEPÇÃO DO ESPAÇO DE TRABALHO

Q

uem está habituado a trabalhar num grande escritório, concebido sob as mais modernas técnicas de arquitetura, nem imagina que o começo de tudo isso remonta aos primórdios da nossa história. A palavra “office”, inglês para escritório, deriva-se do latim “officium” e durante a Antiguidade Clássica nomeava um dos ambientes de um palácio, ou monastério, onde pergaminhos eram guardados e manuseados por escribas. Esse ambiente deveria dispor dos materiais mínimos necessários, como tinta para escrever, uma mesa e os papiros a serem usados.

Nos tempos medievais, acompanhando a necessidade de organizar documentos políticos, surgem as chancelarias, que mais faziam lembrar um pombal, com vários compartimentos pequenos nas paredes para arquivar os documentos; um precursor, sem dúvida, das atuais prateleiras ou móveis de arquivos. Com a Revolução Industrial, as empresas que surgiam também passavam a precisar de espaço para guardar seus documentos. Surgem, a partir dessa época, os mais diversos tipos de prestadores de serviço, todos com seus próprios espaços para armazenar e manusear seus documentos. E falando sobre essa época, quem não se lembra do livro “Um Conto de Natal” de Charles Dickens? Esta famosa história de Natal, escrita em 1843, nos conta uma estranha experiência vivida por Mr. Ebenezer Scrooge, um banqueiro ou agiota, que mantinha um pequeno escritório em Londres, em pleno período da Revolução Industrial. O que nos chama a atenção nesta história é o fato de que, mesmo sendo um homem muito rico, Mr Scrooge tinha um escritório absolutamente desconfortável,

que oferecia péssimas condições de trabalho. Seu único empregado, o escriturário Mr. Bob Cratchit, ficava confinado num cômodo sombrio cuja porta estava sempre aberta para que o velho Scrooge pudesse manter seus olhos nele. Um trecho do livro faz uma pequena narração que ilustra as condições de trabalho nesse local. “Um dia, um dos melhores do ano, e véspera de Natal, o velho Scrooge achava-se em seu escritório, a trabalhar. O frio era acre e penetrante, acompanhado de nevoeiro. Scrooge ouvia as pessoas que iam e vinham na pequena viela, esfregando as mãos e caminhando rapidamente para se aquecerem. Os relógios da cidade acabavam de soar três horas, mas já começava a escurecer, e as luzes principiavam a brilhar no interior dos escritórios vizinhos, pontilhando de manchas avermelhadas a atmosfera cinzenta e quase palpável do crepúsculo. [...] O fogo de Scrooge era bem insignificante, mas o de seu empregado era tão miserável que parecia não passar de uma única brasa. E tornava-se impossível alimentá-lo, pois que Scrooge

¹ “Uma Aventura de Natal”, de Charles Dickens. VirtualBooks, Formato: e-book / PDF, Código: Infa2000020, © VirtualBooks 2000. Obtido no site http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/traduzidos/uma_aventura_de_natal.htm, em 06 de Novembro de 2008.

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conservava junto de si a lata de carvão, e quando o pobre rapaz entrava, com a pá na mão, Scrooge declarava que era obrigado a dispensar os serviços de um homem tão gastador. Diante disso, o pobre homem, enrolando-se em seu cachecol branco, procurava aquecer-se na chama da lamparina, o que não conseguia...”¹.

Segundo os especialistas, os trabalhos de Dickens, além de obras literárias, eram principalmente denúncias do descaso com os problemas sociais que ele presenciava em sua época; esses descasos incluíam as condições do ambiente de trabalho, algumas subumanas, a que muitos trabalhadores tinham que se submeter para garantir o sustento de suas famílias.

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Dos tempos de Mr. Scrooge pra cá as coisas mudaram substancialmente. Na verdade, podemos dizer até que se inverteram. Nunca os empregados das empresas tiveram tanta força para decidir como deve ser o seu ambiente de trabalho.

voz e dados, itens de emergência, capacidade de fornecimento de energia, entre outros. Dependendo do segmento de atividade da empresa, as especificações técnicas podem variar bastante. Por isso, seguindo esse raciocínio, é possível identificar 3 tipos de empresas:

A realidade do ambiente de trabalho hoje.

1. As que se preocupam com a imagem corporativa e dispõem de recursos para manter um elevado padrão. Essas empresas associam a imponência ou modernidade desses edifícios à sua própria filosofia de trabalho; o edifício normalmente tem o que há de mais moderno em tecnologia. Em muitas dessas empresas, são necessários ambientes adequados não apenas para trabalhar, mas também para realizar reuniões ou atendimento pessoal aos clientes. Como exemplos neste grupo podemos citar os escritórios de advocacia, diretorias de bancos e multinacionais em geral.

No final do século XX começo do XXI, as tendências arquitetônicas para ambientes corporativos passaram a se apoiar em quatro principais pilastras: conforto, bem estar, segurança e até saúde, todas voltadas para o ocupante do edifício. Segundo alguns arquitetos, as empresas que não seguissem essa tendência correriam o risco de perder as “melhores cabeças” e poderiam ceder espaço importante de seu mercado aos concorrentes. Além desses aspectos não palpáveis, passou a existir, também, maior preocupação e desenvolvimento dos aspectos físicos do ambiente de trabalho: preocupação com a imagem corporativa da empresa e praticidade na relação entre custos e benefícios para manter o ambiente de trabalho. Um ponto muito importante, no que diz respeito aos aspectos físicos dos edifícios, têm sido as especificações técnicas: tipo de ar condicionado, tipo de piso e teto, serviço de elevadores, transmissão de

2. As que não precisam de uma imagem corporativa tão forte, mas precisam ser dinâmicas e práticas no que diz respeito aos investimentos no ambiente de trabalho, principalmente tecnologia. Neste grupo encaixam-se principalmente os setores de atendimento ao cliente e call centers. Empresas ou departa-

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Capa mentos que são assim caracterizados, normalmente têm várias mesas colocadas lado a lado e o número de pessoas trabalhando por m² é bem maior. Assim, as áreas de apoio como copa e banheiros precisam ser redimensionados para esse fim, assim como o fornecimento de energia e até o sistema de ar condicionado. Para que isso seja possível, o edifício deve dispor desses recursos para a instalação de tais empresas. 3. As que não se encaixam nas descrições anteriores. São basicamente as fábricas dos mais variados segmentos, de carros a medicamentos, cujo espaço de trabalho não precisa de uma imagem corporativa forte, mas que por outro lado, necessita de maquinário e equipamentos muito específicos para o funcionamento de suas linhas de montagens. Quando a área administrativa ou de diretoria fica em outro prédio, este normalmente se encaixa no primeiro tipo de empresa. Mas as discussões sobre o tema ambiente de trabalho se ampliaram ainda mais e foram para além das paredes dos edifícios, abrangendo toda a estrutura da sua vizinhança. Não adianta um prédio ter as especificações técnicas mais modernas, ou uma imponente imagem corporativa, se os usuários do mesmo não podem contar com, por exemplo, restaurantes e transporte público de qualidade numa distância razoável. Quanto a este aspecto em particular, estamos presenciando o que parece ser a última tendência em andamento no início do século XXI: um crescente interesse de shoppings centers na construção de torres de escritórios “em suas dependências”. Um bom shopping pode oferecer tudo o que os indivíduos que trabalham em edi-

fícios comerciais precisam: alimentação, serviços de várias naturezas, farmácias e lojas, academias, além de área para estacionamento ou acesso facilitado ao transporte público. Mas talvez o item que mais pese em grandes cidades, como São Paulo, é a questão da segurança. Só em São Paulo já são 4 complexos existentes: Villa Lobos, Market Place, Morumbi e Eldorado, esses dois últimos entregues em 2008. Há ainda o projeto do Cidade Jardim em andamento e uma proposta de médio prazo para o SP Market. Paralelamente a tudo isso, está o crescimento importante do “movimento verde” ou green buildings da construção civil corporativa. Desses 4 complexos de shopping-torres comerciais, um, o Eldorado, já foi desenvolvido dentro desta nova proposta, que procura usar materiais recicláveis e que não agridam o meio ambiente ². Indo um pouco mais além, alguns especialistas do setor estão começando a identificar outras inovações, principalmente para os departamentos criativos das corporações, conduzindo as discussões para uma nova concepção no século XXI. Os mesmos elementos que fizeram os ambientes de trabalho surgirem nos modelos que conhecemos hoje, altamente eficientes para o aumento da produtividade, passaram a ser questionados pela mesma razão. Os equipamentos que há menos de 20 anos ocupavam salas inteiras, hoje podem ser carregados no bolso do casaco. Com o avanço galopante das tecnologias de dados (armazenamento e processamento), voz (comunicação em todas as suas vertentes) e transporte (principalmente o aéreo), quase tudo pode ser feito remotamente usando-se um laptop, ou celular, e uma boa conexão de internet. Proporcionalmente, os custos

com toda essa tecnologia também estão diminuindo. Na década de 90 ter um computador pessoal em casa era um fenômeno, hoje ele está nas casas, empresas, escolas, aeroportos, hospitais e tantos outros lugares que nem imaginamos. Até fatores negativos, que mancharam nossa história recente, como os ataques terroristas, motivaram a preocupação com a segurança e proporcionaram um enorme desenvolvimento neste aspecto. Se há algum tempo invadir redes bancárias ou de segurança era difícil, hoje é praticamente impossível.

As perguntas que ficam são “qual o futuro do ambiente de trabalho?”, “estamos presos ao atual modelo estabelicido?”, “será que existem outras alternativas?”

² Para maiores informações sobre os Green Buildings, leia a edição do 2º trimestre de 2008 da Revista Buildings.

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Como será o futuro do ambiente de trabalho? Esta pergunta está sob um novo foco. A resposta pode estar muito mais ligada ao que realmente queremos que ele seja, do que um modelo ditado ao acaso. Na última edição da Revista “The Leader” ³, foi publicado um estudo desenvolvido pela The Futures Academy juntamente com a Johnson Controls Workplace Solutions que visava identificar e discutir novos conceitos, desafios e até incertezas que envolveriam a evolução do ambiente de trabalho. O estudo foi baseado numa metodologia que propunha criar cenários específicos, de acordo com características econômicas, sociais, ambientais e estratégicas, de governos e empresas, criando um ambiente imaginativo futurista, capaz de simular as necessidades e dificuldades que poderão surgir, abrindo, assim, espaço para debates de como o ambiente de trabalho pode evoluir. O resultado foram três cenários diferentes. Veja o resumo de cada um deles. O primeiro cenário (“Jazz”) é caracterizado por um grande crescimento

econômico, que acabaria conduzindo as empresas para uma atuação mais agressiva, expansão e grande pressão para obtenção de resultados em curto prazo. Para atender a essa demanda haveria um grande desenvolvimento da tecnologia. Os governos seriam pressionados a diminuírem seu controle e aumentarem as privatizações. Nesse cenário o ambiente de trabalho precisaria ser altamente efetivo. Muitos empregados passariam a ter a sua disposição facilidades de comunicação a partir de qualquer localização. Por isso, trabalhos feitos de casa se expandiriam rapidamente. Os trabalhadores intelectuais poderiam decidir onde gostariam de morar e trabalhar. Por conta de todos esses fatores, as características das casas passariam a ter mais componentes do atual ambiente de trabalho. No segundo cenário (“Wise Counsels”) existiria uma crescente preocupação com o meio ambiente e as questões sociais. O maior bem passaria a ser a propriedade intelectual, o conhecimento. Essa mentalidade geraria modificações profundas nos ambientes de trabalho, já que o foco seria melhorar a produtividade pelo aumento de bem-estar dos empregados. Aqui começariam a surgir iniciativas para criação de “vilas de funcioná-

rios”, ou “pequenas cidades” que teriam uma profunda preocupação com esses aspectos previamente mencionados. Nesse ambiente, trabalhadores de todos os tipos se tornariam conscientes de bons hábitos de saúde e preparados para se adaptar às

3 visões sobre o futuro do ambiente de trabalho

JAZZ • Crescimento econômico mundial • Empresas mais agressivas no mercado • Pressão para sucesso em curto prazo • Grande desenvolvimento tecnológico • Local de trabalho: qualquer lugar

WISE COUNSELS

DANTASQUE

• Preocupação com o meio ambiente • Melhora das condições sociais • Maior preocupação com bem-estar • Maior bem: propriedade intelectual • Ambientes de trabalho mais humanizados e integrados ao meio ambiente

• Desaceleração da economia mundial • Aumento das desigualdades sociais • Falência de muitas empresas • Aumento do desemprego e da insegurança no trabalho • Diminuição de investimentos no ambiente e trabalho e corte de “regalias”

³ A revista “The Leader” é a publicação oficial da CoreNet Global, com tiragem bimestral. www.corenetglobal.org.

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Capa

Home Office

empregados domésticos, a atenderem adequadamente o telefone, se esse atendimento não estiver terceirizado.

mudanças de oportunidades, práticas de trabalho, modelos de negócio e outras formas econômicas e sociais de organização. Seguindo isso, as empresas passariam a investir nessas vilas, onde o espaço físico seria usado de diversas maneiras: haveria integração da biodiversidade nos projetos, preservação das áreas abertas e encorajamento à integração social. O ambiente de trabalho, mais saudável, permitiria que as pessoas trabalhassem para viver ao invés de viver para trabalhar. No terceiro cenário (“Dantesque”) o quadro é totalmente diferente dos dois primeiros. Esse cenário seria caracterizado por uma desaceleração da economia mundial resultando, em médio prazo, no aumento das diferenças entre os países ricos e pobres. Haveria, então, aumento das desigualdades sociais e culturais, concentração de renda nos lugares prósperos e migração de pessoas dos lugares pobres para os mais ricos. Com tantos problemas sociais, o interesse no meio ambiente diminuiria, levando, em estágios mais avançados, a graves problemas de saúde. Com aumento dos problemas econômicos, muitas empresas entrariam em falência, abrindo espaço para o caos no ambiente corporativo, com altos índices de desemprego. O ambiente de trabalho nesse cenário assumiria uma posição secundária e sofreria perdas importantes: haveria cortes nas “regalias” que existissem e o espaço teria que ser reduzido. A insegurança do ambiente de trabalho afetaria diretamente a produtividade, já que não mais haveria garantias de que o trabalho seria remunerado. O desemprego cresceria num círculo vicioso e surgiria a necessidade de criar trabalhos de meio período e temporários. Segundo os autores do trabalho, o futuro não é inevitável. Nós podemos influenciá-lo se soubermos o que gosta-

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Não são todos os profissionais que podem se dar ao luxo de trabalhar em casa. Mas se o seu perfil é de consultor ou prestador de serviço, por exemplo, você pode ter mais benefícios trabalhando assim. Veja o quadro:

Vantagens

1. Considerável redução dos custos totais, principalmente com o aluguel;

2. Maior flexibilidade com os horários; 3. Maior flexibilidade com o local de trabalho

(apesar de trabalhar em casa, na verdade, você pode trabalhar em qualquer lugar, se tiver equipamentos portáteis);

Desvantagens

1. Conseguir separar a vida profissional da pessoal;

2. Estabelecer uma disciplina de horários. Algumas pessoas acabam trabalhando mais, enquanto outras se distraem e perdem produtividade;

3. Ter um cômodo isolado e destinado

exclusivamente ao escritório em casa, inclusive com barreira acústica, principalmente quando se tem crianças e animais domésticos;

4. Redução de gasto de tempo em

4. Adequar a residência para fornecimento

5. Maior proximidade com a família;

5. Ter um mínimo de conhecimento de

deslocamentos ou no trânsito;

6. Maiores chances de ter melhor alimentação, fazer mais exercícios e mais qualidade de vida;

extra de energia e outras tecnologias de comunicação;

manutenção dos equipamentos instalados para resolver pequenos problemas do dia-a-dia;

6. Estar atento às normas de segurança, principalmente contra incêndios;

7. Terceirizar o atendimento telefônico,

garantindo sempre alguém para atender seus clientes e encaminhar as chamadas, em casos mais importantes.

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7. Treinar os membros da família, ou


ríamos que ele fosse. Assim, a proposta, baseada em estudos como esse, é discutir amplamente o assunto, antevendo os problemas que já estão em gestação e propondo modificações para que eles não venham a se manifestar. Algumas modificações, porém, já estão bem visíveis e esperadas. Os participantes desse estudo listaram quais eram as características que seriam interessantes para o futuro ambiente de trabalho, ou como seria o ambiente de trabalho ideal; das 13 características apontadas 5 eram referentes ao trabalho em casa, ou em lugar remoto: 1. Cada casa ou escritório contará com equipamentos para vídeo conferência; 2. A casa se tornará o lar e o am-

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biente de trabalho, melhorando a qualidade de vida; 3. Dada a possibilidade de contatos virtuais, os ambientes de trabalho poderão estar em qualquer lugar remoto, inclusive na sua casa de praia no Caribe; 4. As pessoas serão capazes de decidir onde e quando querem trabalhar; 5. As responsabilidades de TI e telecomunicação aumentarão ainda mais já que os trabalhos remotos crescerão e o ambiente tradicional de trabalho se tornará coisa do passado. Concluindo esse estudo, a autora coloca que acima de tudo está a certeza de que qualquer que seja o futuro ambiente de trabalho, duas coisas serão insuperáveis: dialogar e interagir, seja cara-a-cara ou

virtualmente. E concluindo esse artigo, podemos acrescentar que o ser humano é o maior bem que uma empresa possui. Assim, é muito importante continuar melhorando e investindo no ambiente de trabalho para que este dê, aos indivíduos que ali trabalham, as condições de darem o melhor de si. Mesmo que diferentes “máquinas” já façam muitas coisas sozinhas, a inventividade do homem ainda está em um patamar muito longe de ser copiado. Sorte nossa, pelo menos por enquanto. n

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Técnica

Acessibilidade em edifícios comerciais Um direito de qualquer cidadão

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cessibilidade pode ser definida como o direito de ir e vir de qualquer pessoa, com autonomia e independência. Por isso, representa a possibilidade do cidadão, que possui algum tipo de deficiência ou capacidade de locomoção reduzida, de alcançar, em condições de segurança e autonomia, espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, edificações, transportes, sistemas e meios de comunicação. Garantir esse direito em atividades cotidianas da nossa sociedade, como subir escadas, usar um transporte público ou sanitário, não é uma tarefa fácil; mas trabalhado a conscientização das diversidades sociais essas barreiras podem ser vencidas. Especificamente aqui, falaremos da questão da acessibilidade no ambiente construído, como é o caso dos edifícios comerciais, onde a qualidade do ambiente físico é um dos fatores de grande importância na inclusão das pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida, ainda que temporariamente. A cada dia esse tema tem sido discutido e trabalhado em nosso país a fim de mudar nossa realidade quanto à inclusão social dos portadores de deficiência. A acessibilidade é um direito básico, garantindo pela Constituição Brasileira. Leis federais e municipais, como a Lei Federal 10.098/00 regulamentada pelo decreto 5.296/04, tornaram obrigatório o cumprimento destas adequações em todas as edificações públicas e de uso coletivo, nos edifícios de serviço e comércio, bem como em

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todas as vias e transportes públicos. Segundo dados do IBGE, cerca 25 milhões de brasileiros (14,5% da população) apresentam algum tipo de deficiência, seja ela física, visual, auditiva, entre outras. Estes números mostram a importância de efetivamente aderirmos ao conceito de Desenho Universal, ou seja, o projeto de produtos, ambientes e condições de comunicação para as pessoas, em condições de igualdade. O desafio para os profissionais e empreendedores, sejam de instituições públicas ou privadas, está em planejar e melhorar a acessibilidade nas edificações. Atualmente nenhum projeto, execução, construção ou reforma de qualquer tipo de obra de natureza arquitetônica, urbanística, de comunicação, informação ou transporte coletivo, destinado ao uso público ou coletivo, terá permissão para ser realizado se não estiver cumprindo rigorosamente a legislação de acessibilidade. Do ponto de vista econômico realizar um projeto que contemple a acessibilidade é um enorme benefício, não apenas no ponto de vista social, mas também financeiro. Um projeto concebido de forma adequada às condições de acessibilidade sofre um acréscimo de 1% no valor total da obra; por outro lado, se precisar ser adequado depois de construído, esse valor poderá alcançar 25%. O município de São Paulo é o primeiro a instituir o Sistema de Acreditação em Acessibilidade, que premiará, por estrelas, os

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estabelecimentos que atendam às legislações de acessibilidade. Atualmente, mais de 1000 imóveis já estão aptos a receber essa certificação. Inúmeras outras ações vêm sendo tomadas pelo poder público em defesa da igualdade de direitos das pessoas com deficiência, com grande apoio e valorização da população, tendo resultados cada vez mais expressivos, rápidos e criativos na tentativa de vencer barreiras arquitetônicas, culturais e sociais.

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Mais que cumprir uma legislação, é essencial que tenhamos uma postura consciente ao reconhecermos que a acessibilidade é uma necessidade coletiva a que todas as pessoas estão sujeitas, sejam em casos de acidentes, doenças ou mesmo velhice. Cumprir a legislação de acessibilidade é dar a todas as pessoas a oportunidade de desenvolverem plenamente sua cidadania. A Soluções Consultoria tem por objetivo dar suporte às empresas que necessitem se adequar às leis de acessibilidade e mobilidade urbana, baseadas nos critérios técnicos da NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e de normas complementares. Disponibilizamos em nosso site, informações correlatas de todo e quaisquer tipo de regularização, sendo na esfera municipal, estadual e federal. n Tatiana Lobo Soluções Consultoria

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Certificação Green Building: Desafios e oportunidades

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construção civil é uma das atividades econômicas que mais recursos naturais emprega, quer em sua execução, quer na utilização e manutenção ao longo de sua extensa vida útil. O impacto ambiental desse setor produtivo é expressivo em termos mundiais. Conforme pesquisa divulgada pelo U.S. Green Building Council, 65,2% de toda energia elétrica consumida, 30% dos gases do efeito estufa, 12% do consumo de água, 40% da matéria-prima retirada da natureza e 136 milhões de toneladas de entulho, anuais, são decorrentes apenas da construção e utilização de edificações comerciais e residenciais nos Estados Unidos. A relevância desses números e a crise ambiental global impõem que a indústria da construção civil estabeleça, urgentemente, metas e estratégias para minimizar os impactos negativos de suas atividades. Alguns governos, agentes financeiros e o construbusiness têm sido lentos em suas respostas aos desafios do desenvolvimento sustentável. A fragilidade das políticas públicas brasileiras para o setor, a lógica do menor custo e lucro imediato, em detrimento da avaliação econômica de todo o ciclo de vida das construções, a falta de normas e mecanismos de mensuração, o despreparo tecnológico dos agentes produtores e a desinformação dos consumidores, são, entre outros, os principais responsáveis pela defasagem do mercado imobiliário brasileiro com relação às iniciativas e ações praticadas em outros países, no campo da construção sustentável. Consumidores podem distinguir e comparar diversas características nos produtos imobiliários que pretendem adquirir ou locar, entretanto, alguns desses atributos não são tangíveis, em especial os aspectos relacionados à sustentabilidade sócio-ambiental. Os benefícios da ocupação de um espaço sustentável, ou de menor impacto ambiental, ainda não são claros a todos os agentes da cadeia de produção da indústria imobiliária e à sociedade de uma forma geral, o que inibe a influência dessa sobre aqueles. Nesse sentido, os sistemas de certificação destinados a avaliar

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o impacto ambiental das edificações, também chamados de “selos verdes”, são ferramentas essenciais à construção de um mercado imobiliário alinhado com as necessidades ambientais da sociedade. As certificações, de forma geral, buscam eliminar as assimetrias de informação quanto ao grau de eficiência das medidas adotadas nas edificações, em prol da redução de seu impacto ambiental, relativamente ao projeto, construção, operação e manutenção das mesmas. A despeito da relevância de seus objetivos gerais, a implantação de dezenas de milhares de metros quadrados já certificados em mais de uma centena de países e a diversidade de metodologias empregadas para a avaliação ambiental desses edifícios, a adoção, em larga escala, dessas ferramentas, indicam a necessidade de superação de muitos obstáculos. Cinco são os desafios que devem ser superados e vencidos. O primeiro deles é o atendimento às questões de regionalização dos sistemas de certificação, adequados à realidade sócioeconômica e cultural de cada país e de seus aspectos físicos e climáticos. Desta maneira, um sistema de certificação ambiental que responda às necessidades, por exemplo, dos países nórdicos, deverá ser muito distinto daquele a ser empregado na região amazônica. Num primeiro instante, é aceitável a adaptação ou a tropicalização das ferramentas existentes, criadas em países como Inglaterra, França e Estados Unidos, entretanto, torna-se claro que estudos devem ser aprofundados visando à criação de uma certificação que comporte as diversas realidades brasileiras e sua inserção no âmbito global. A segunda questão envolve a aceitação internacional e a possibilidade de comparação entre a certificação de cada território e as demais metodologias existentes, ou seja, a garantia de análise da equivalência internacional entre os critérios estabelecidos, mesmo que apenas do ponto de vista ambiental e dos níveis de eficiência das construções, permitindo que se possa avaliar comparativamente os selos regionais, de forma contextualizada. O terceiro desafio é tecnológico, na formação de prestadores de serviços e da constituição de um parque industrial adaptado às de-

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mandas desse mercado. Muito há que se caminhar no sentido da plena capacitação de toda a cadeia produtiva da indústria imobiliária. Uma cidade sustentável não é a soma de diversas edificações sustentáveis, assim, em quarto lugar, pode-se citar a necessidade de adequação da infra-estrutura urbana como uma das faces não reveladas, até o momento, pelos sistemas de certificações existentes. Por fim, deve-se ressaltar a exígua relevância das atuais políticas públicas que poderão ser instrumentos essenciais para a redução do impacto ambiental das edificações e suas conseqüências para o planeta de todos nós, a exemplo do que vem sendo sinalizado na Inglaterra. n

Ricardo Vasconcelos

- Arquiteto Urbanista, especialista em Conforto Ambiental e Eficiência Energética pela USP, - Mestre pela Universidade de São Paulo na área de edifícios de escritórios e alta tecnologia, - Doutorado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie na área de Sustentabilidade das edificações, - Professor de Graduação e Pós-Graduação da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, - Arquiteto titular do escritório “RVA & Associados”, - Membro do GBCB,

Ricardo L. Vasconcelos

- Diretor da CA2 - Consultores Ambientais Associados.

Bracor sai na frente e o edifício Cidade Nova comemora empenho pela sustentabilidade

O

Edificio Cidade Nova, da Bracor, no centro do Rio de Janeiro, recebeu a certificação LEED™ do USGBC – United States Green Building Council, com a consultoria da Cushman & Wakefield. Construído pela Bracor, sob o modelo build-to-suit, e ocupado pela Petrobrás, o Cidade Nova é o primeiro edifício de escritórios do Brasil que concluiu integralmente o processo de certificação LEED™ Core and Shell, e foi oficialmente declarado certificado pelo conselho americano. Esta edificação também é o maior edifício em área construída a receber tal certificação no país e o 1º certificado na cidade do Rio de Janeiro. Também é o 1º edifício na América Latina certificado como LEED™ “Core and Shell” e o 2º fora dos Estados Unidos. Este tipo de certificação é aplicável para condomínios comerciais. O empreendimento, de aproximadamente 55 mil m², foi desenvolvido segundo especificações de projeto arrojadas e com uma concepção arquitetônica moderna e de extrema funcionalidade. O Edifício Cidade Nova foi construído obedecendo normas e práticas que reduziram o impacto sobre o meio ambiente, tais como captação e reuso de água; instalação de vidros isotérmicos; concepção sustentável de paisagismo; sistemas de regulagem individual da temperatura; descontaminação do solo e disponibilização de vagas especiais para veículos de baixa emissão.

A certificação LEED™ / Green Building A certificação LEED™ (Leadership in Energy and Environmental Design) é considerada a principal ferramenta mundial na avaliação sócio-ambiental de edificações e no reconhecimento de empreendimentos projetados e operados, visando a diminuição dos impactos negativos ao meio ambiente. O LEED™ é um sistema desenvolvido pelo United States Green Building Council, organização não governamental sediada nos EUA, que orienta, padroniza, classifica e certifica os Green Buildings, de acordo com um processo estruturado e resultado de um consenso dos “players” do mercado imobiliário e da construção civil. O sistema contempla as fases de projeto, construção e utilização. O órgão pontua as soluções sustentáveis de uma construção e avalia seu desempenho em variáveis como: espaço sustentável, eficiência no uso de água e de energia, uso de materiais e recursos, qualidade ambiental interna, e inovação e processos. Dados recentes mostram que um empreendimento construído de acordo com os padrões LEED™ / Green Building reduz em até 30% o consumo de energia, 50% o consumo de água, 35% a emissão de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos, além de garantir um ambiente interno mais saudável e produtivo para seus usuários.

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São Paulo

Estatísticas

São Paulo bate recorde em volume de m² Classe A em construção na cidade. Gráfico 1 - Absorção Líquida Taxa de Vacância 2 8 0 .0 0 0

(m² locáveis)

A b s o rç ão Líq uid a - O utro s A b s o rç ão Líq uid a - Clas s e A Tax a d e V ac ânc ia - O utro s Tax a d e V ac ânc ia - Clas s e A

Previsão

2 3 0 .0 0 0

20% 16%

1 8 0 .0 0 0

12%

1 3 0 .0 0 0 8%

8 0 .0 0 0

4%

3 0 .0 0 0 -2 0 .0 0 0

0%

Gráfico 2 - Taxa de Vacância por Distrito

Outros Classe A

20%

15%

10%

5%

0%

Gráfico 3 - Atividade Construtiva 7 0 0 .0 0 0

O utro s Clas s e A

(m² locáveis)

5 0 0 .0 0 0 4 0 0 .0 0 0 3 0 0 .0 0 0 2 0 0 .0 0 0 1 0 0 .0 0 0 0

O utro s Clas s e A

Previsão

1 2 0 .0 0 0 1 0 0 .0 0 0 8 0 .0 0 0 6 0 .0 0 0 4 0 .0 0 0

Taxa de vacância por distrito (Gráfico 2) – No segmento Classe A, os destaques do 3º trimestre são: No Alto de Pinheiros, o Edifício Linklaters foi totalmente ocupado trazendo a taxa de vacância a zero. No distrito do Itaim Bibi, a elevação da taxa de vacância se deve à desocupação da sede da Nestlé, na Marginal Pinheiros. No segmento Outros destaca-se o aumento da taxa na Vila Mariana, onde foram entregues as duas torres do Top Towers Office, com mais de 17 mil m². No 3º trimestre, o Departamento de Pesquisa da Ocupantes fez dois ajustes no banco de dados: 1º) Incluiu o Edifício da CESP, anteriormente considerado um prédio de ocupação pública. Esse edifício está em re-construção, com possibilidade de ser ocupado por uma empresa privada, segundo informações fornecidas pela administração. 2º) Exclusão do Edifício Poliglot, ocupado por uma escola de idiomas. Nossas análises não incluem edifícios ocupados por faculdades e escolas. Esse ajuste ocasionou queda da taxa no distrito no Morumbi. Atividade Construtiva (Gráfico 3) – Como pode ser visto no gráfico 3, a atividade construtiva tomou um novo fôlego e somou mais de 73 mil m² à área Classe A em construção na cidade. O volume total em construção para este segmento também é o maior registrado na cidade: 414.539 m². O melhor trimestre até então tinha sido o 3º de 2007 com pouco mais de 399 mil m². O mesmo ocorreu com o segmento outros, cuja área em construção para o segmento aumentou em pouco mais de 26 mil m².

6 0 0 .0 0 0

Gráfico 4 - Novo Estoque

Absorção Líquida e Taxa de Vacância (Gráfico 1) – Confirmando as previsões do 2º trimestre, a taxa de vacância do segmento Classe A* finalmente subiu no 3º trimestre, depois de quase 3 anos em contínua queda, com uma exceção pontual Indicadores de Mercado no 3º trimestre de 2007 quando da desocupação do Edifício Bank Boston. A elevação desta taxa no trimestre, além da entrega de Taxa de Vacância mais de 47 mil m², se deve à expectativa do Absorção Líquida mercado frente à crise econômica mundial. Para o segmento Outros, a análise mostra Atividade Construtiva que houve absorção praticamente imediata dos novos espaços disponíveis, já que, apeNovo Estoque sar da entrega de mais de 51 mil m², a taxa de vacância se manteve estável.

Novo Estoque (Gráfico 4) – A entrega de novos espaços Classe A neste trimestre é a 2ª maior registrada na cidade, com mais de 47 mil m², ficando atrás apenas do 4º trimestre de 2007, quando foram entregues mais de 84 mil m². A previsão para o 4º trimestre é de 41 mil m², segundo informações dos incorporadores/construtores**. A expectativa, salvo novos problemas no mercado financeiro internacional, é que a taxa de vacância se estabilize em 6,5%, dando aos ocupantes corporativos de São Paulo um pouco de alívio ao negociar novos contratos locatícios. A entrega de Novo Estoque para o segmento outros bateu recorde: foram 51.854 mil m² e, apesar disso, a taxa de vacância se manteve estável para o segmento, mostrando a absorção imediata dos novos espaços entregues. * Classe A: Edifícios entregues após 1988, com área locável superior a 700 m2 por laje, e elevadas especificações técnicas.

2 0 .0 0 0

** Informações fornecidas pelas construtoras e incorporadores.

0

Os dados estatísticos desta matéria refere-se ao 3º trimestre de 2008. atualizado em 30/09/08

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Alphaville

Estatísticas A ATIVIDADE CONSTRUTIVA EM ALPHAVILLE AUMENTA PELO 4º TRIMESTRE CONSECUTIVO

Alphaville - Atividade Construtiva 3 0 0 .0 0 0

Como pode ser observado no gráfico ao lado, a Atividade Construtiva em Alphaville sobe pelo 4º trimestre consecutivo. Isto demonstra a resposta dos incorporadores ao aumento da demanda, por espaços corporativos, de empresas de serviços em Alphaville, que por sua vez buscam os incentivos fiscais da Região. Se considerarmos apenas os edifícios comercias em atividade, a taxa de vacância do 3º trimestre de 2008 foi de apenas 0,24% em Alphaville. Contudo, existem ainda alguns espaços disponíveis em galpões que podem ser adaptados para uso de escritório. O estoque total de escritórios considerado em Alphaville é de 215.000 m².

(m² locáveis)

O utro s C las s e A

Previsão

2 5 0 .0 0 0 2 0 0 .0 0 0 1 5 0 .0 0 0 1 0 0 .0 0 0 5 0 .0 0 0 0

Os dados estatísticos desta matéria refere-se ao 3º trimestre de 2008. atualizado em 30/09/08

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Rio de Janeiro

Estatísticas

Taxa de Vacância continua subindo no Rio e traz mais conforto ao mercado imobiliário. Gráfico 1 - Absorção Líquida e Taxa da Vacância 7 0 .0 0 0

(m² locáveis)

A b so rçã o L íq u id a - O u tro s A b so rçã o L íq u id a - C la sse A Ta xa d e V a câ n cia - O u tro s Ta xa d e V a câ n cia - C la sse A Previsão

6 0 .0 0 0

10% 8%

5 0 .0 0 0

6%

4 0 .0 0 0 3 0 .0 0 0

4%

2 0 .0 0 0 2%

1 0 .0 0 0 0

0%

-1 0 .0 0 0

-2 %

-2 0 .0 0 0 -3 0 .0 0 0

-4 %

Gráfico 2 - Atividade Construtiva

Outros Classe A

4 0 0 .0 0 0 3 2 0 .0 0 0 2 4 0 .0 0 0

Absorção Líquida e Taxa de Vacância (Gráfico 1) – Confirmando as previsões feitas durante esse ano, a entrega de mais de 60 mil m² (Vide abaixo Novo Estoque) fez finalmente Indicadores de Mercado a taxa de vacância do segmento Classe A* subir na cidade, passando de 1, Taxa de Vacância 92% no 2º trimestre para 7,61% no 3º. A expectativa para o segmento Classe Absorção Líquida A é de pequena queda na taxa de vaAtividade Construtiva cância para o próximo trimestre, se a Novo Estoque tendência de crescimento se mantiver. A previsão de entrega de novo estoque para o próximo trimestre pode manter a taxa de vacância em um patamar mais confortável para o mercado, desinflacionando os preços até agora praticados. Atividade Construtiva (Gráfico 2) – Não foi iniciada nenhuma nova obra no 3º trimestre para os dois segmentos de mercado. A diferença observada entre o 2º e o 3º trimestre se deve à entrega de novo estoque.

1 6 0 .0 0 0 8 0 .0 0 0 0

Gráfico 3 - Novo Estoque

Outros Classe A

Previsão

8 0 .0 0 0

6 0 .0 0 0

4 0 .0 0 0

2 0 .0 0 0

Novo Estoque (Gráfico 3) – Pelo quarto trimestre consecutivo, a cidade do Rio vem recebendo novos espaços, principalmente no segmento Classe A. No 3º trimestre foram entregues mais dois edifícios, um na região central, o Ventura Corporate Plaza, com 53.280 m² e outro na Barra, o Office Park Center, com 9.752 m². O resultado disso é o aumento da taxa de vacância, tão esperado neste ano, e um alívio raro para a região central do Rio de Janeiro. No primeiro trimestre deste ano, a taxa de vacância chegou a atingir 1,25%, a mais baixa da história da cidade. A expectativa é que com a entrega dos outros 30 mil m² previstos até o final do ano**, na região da Barra, essa taxa fique próxima de 6%, se a tendência de absorção na cidade se mantiver.

0

Gráfico 4 - Estoque Total por Regiões Administrativas 7 0 0 .0 0 0

4.665,00

6 0 0 .0 0 0 5 0 0 .0 0 0

Outros Classe A

Estoque Total (Gráfico 4) – O perfil de distribuição do estoque total da cidade vem se modificando nesses últimos anos. O grande volume de estoque Outros concentra-se no Centro, enquanto a Barra vem se destacando com o crescimento do estoque Classe A. Com poucos terrenos disponíveis no centro para novos empreendimentos, a tendência de migração dos espaços Classe A para a Barra tende a se manter.

4 0 0 .0 0 0 3 0 0 .0 0 0 2 0 0 .0 0 0 1 0 0 .0 0 0 0

* Classe A: Edifícios entregues após 1988, com área locável superior a 700 m2 por laje, e elevadas especificações técnicas. ** Informações fornecidas pelas construtoras e incorporadores. Os dados estatísticos desta matéria refere-se ao 3º trimestre de 2008. atualizado em 30/09/08

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Qualidade no planejamento, na equipe e no dia a dia. Ocupantes Project Management

• Planejamento (Pré Construção) • Licitação e Compras • Gerenciamento de Construção • Close-Out (fechamento e entrega de obra)

SÃO PAULO

SALVADOR

RIO DE JANEIRO

RECIFE

BELO HORIZONTE

ARACAJU

GOIÂNIA

JOÃO PESSOA

FLORIANÓPOLIS

MACEIÓ

PORTO ALEGRE

FORTALEZA

CURITIBA

NATAL

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