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ANO 2 - EDIÇÃO 5 - 1º Trimestre 2009
Desafio para o mercado imobiliário corporativo Como estamos enfrentando a crise?
Diferentes tipos de laje Saiba os prós e os contras de cada uma
O Custo da Sustentabilidade “Os números não mentem!!!” Será?
A PARTIR DESTE TRIMESTRE OFERTAS E INFORMAÇÕES DO
ABCD e Osasco
Veja 449 edifícios corporativos com ofertas e os índices do mercado imobiliário na nova seção Estatísticas. São Paulo - Alphaville - ABCD - Osasco - Rio de Janeiro - Salvador - Recife
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Sumário Ofertas 06 Capa O mercado imobiliário corporativo contra a crise Profissionais do mercado falam de como estamos reagindo à crise e às mudanças do mercado brasileiro
12 Técnica Diferentes tipos de laje Entenda como os diferentes tipos de laje podem ser mais ou menos eficientes
16 Green Buildings
O custo da sustentabilidade Eventos do 2º trimestre 2009 Evolução do sistema de certificação LEEDTM no Brasil
18 Estatísticas Confira a média de valores de São Paulo, Barueri, ABCD, Osasco, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
20 Ofertas 20 São Paulo
55 Alphaville/Tamboré
59 Rio de Janeiro
21 Pinheiros 24 Itaim Bibi 30 Santo Amaro 33 Consolação 35 Bela Vista
55 Alphaville
60 Centro 62 Botafogo
55 Tamboré
63 Copacabana
57 ABCD
64 Lagoa
57 São Bernardo do Campo
65 Barra da Tijuca
38 Jardim Paulista
57 São Caetano do Sul
67 Outras Regiões Administrativas
40 Vila Mariana
58 Diadema
68 Nordeste
42 Moema 44 Sé/República
58 Osasco
69 Salvador
49 Barra Funda/Perdizes/Alto de Pinheiros
58 Osasco
70 Recife
50 Morumbi/Vila Andrade/Jardim São Luís 51 Outros Distritos
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@ Para receber a Revista Buildings envie um e-mail com seu nome e endereço para: revista@buildings.com.br Anúncios, dúvidas e sugestões, envie um e-mail para: contato@buildings.com.br Fechamento do trimestre: 27/02/2009
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Diretor: Fernando Libardi Conteúdo e Revisão: Rose Bertolini Projeto Gráfico e Produção: Fernando Libardi, Henrique Lima Coordenadora de Pesquisa: Patricia Abreu Pesquisa: Fábio Zoehler, Joceleni Sampaio, Matheus Soares, Thalita Gonçalves Consultores Comerciais: David Pizzotti, Fernando Didziakas Capa: Henrique Lima Fotografias: Jorge Hirata www.buildings.com.br Rua Alexandre Dumas, 1601 - 12º andar - Cj. 121, Ch. Santo Antônio, 04717-004, São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-4369
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Espaços Corporativos Online
Editorial
O
ano de 2009 começa com muitas expectativas quanto a como se comportará o mercado imobiliário corporativo no Brasil. Foi pensando nisso que nossa equipe preparou uma matéria falando sobre o assunto. Foram levantados dados recentes e entrevistados nomes conhecidos do mercado, que deram suas opiniões quanto ao que eles esperam para esse ano e como essa crise está afetando seus segmentos de mercado. Incluímos, também, algumas entrevistas de especialistas internacionais publicados nos principais jornais do mundo. E aproveitando o começo do ano, abordaremos uma nova proposta para a matéria técnica: uma série contínua de matérias com todas as informações relativas ao espaço físico de trabalho. Nesta primeira edição, vamos falar sobre os diferentes formatos de lajes e qual o melhor uso que cada uma pode ter. Ao final dessas edições, nosso leitor poderá dispor de um “Manual do Ocupante Corporativo”. Nossa seção de Estatísticas também mudou e agora está mais fácil para aqueles que não estão familiarizados com o mundo estatístico. Os dados agora são dispostos em forma de tabela e sua visualização é imediata. Na seção Green Buildings, Ricardo Vasconcelos fala sobre o desafio de pensar verde não apenas pelo aspecto econômico, mas principalmente pelo menor impacto que essas construções prometem ter no meio ambiente. Quanto ao universo Buildings, crescemos mais nas cidades onde já fazíamos pesquisa, e acrescentamos os municípios mais importantes da Grande São Paulo. Confira na lista abaixo os mercados que temos nesta edição: Municípios
Edifícios com lajes acima de
Total de edifícios
São Paulo
300 m²
855
Rio de Janeiro
600 m²
208
Barueri
300 m²
31
ABCD (Novo)
300 m²
9
Osasco (Novo)
300 m²
5
Salvador
400 m²
19
Recife
400 m²
30
Total do Universo Buildings
1157
Espero que você tenha uma boa leitura. Fernando Libardi
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Espaços Corporativos Online
Capa
O MERCADO IMOBILIÁRIO CORPORATIVO CONTRA A CRISE
Q
uando esta última crise internacio-
1929 não se via uma crise desta proporção e
como já se tem visto em algumas partes dos
nal começou a dar os ares da sua
com tanta repercussão internacional. Mas tal-
EUA e alguns países da Europa.
(des)graça, pouquíssimos especia-
vez a história agora seja um pouco mais com-
listas puderam prever o destino que ela teria.
plicada, principalmente para os EUA, epicen-
nos, como o New York Times, têm publicado
O próprio jornal britânico The Guardian publi-
tro dos acontecimentos. Grandes empresas e
artigos com um tom sombrio para o futuro do
cou uma lista que apontava alguns dos grandes
grandes bancos, que historicamente mantinham
mercado imobiliário corporativo nos EUA, o
nomes do cenário internacional, como Alan
uma tradição de força e robustez, tombaram. A
que nos dá a sensação de que a situação ainda
Greenspan, ex-presidente do FED americano,
economia não vai bem. Por isso, o que esperar,
pode piorar.
Gordon Brown, Primeiro-Ministro da Grã-
então, para o futuro do mercado imobiliário
Bretanha, Hank Greenberg, ex-presidente da
corporativo?
pontos deste círculo vicioso do mercado imobi-
seguradora AIG, que erraram categoricamente
liário americano comentados nesses artigos.
quanto à crise. Portanto, não é nosso objetivo
desde a construção até as negociações de novos
descrever aqui seu início, nem como ela foi
contratos, reage de forma mais lenta aos acon-
dial, as coisas só pioraram a partir do 4º trimes-
crescendo. Poucos assuntos têm aparecido com
tecimentos econômicos, o chamado delay. Mas
tre de 2008, e antes o que era suspeita tornou-
tanta freqüência nos jornais ao redor do mun-
alguns fatores na economia podem acelerar
se certeza. 2009 começou com demissões em
do. Com razão. Desde a Grande Depressão de
essa interferência, gerando um círculo vicioso,
massa; montadoras de veículos, antes ícones
Sabe-se que o mercado corporativo,
Nos últimos meses, jornais america-
Veja no quadro abaixo os principais
Infelizmente para a economia mun-
Círculo vicioso do mercado imobiliário americano 1. Recessão econômica
- A primeira conseqüência é a diminuição do consumo, principalmente de bens considerados não essenciais. Com menor consumo, as empresas produzem menos, e o que já está à venda fica parado nas lojas, trazendo para os fabricantes e revendedores o ônus do problema social.
2. Corte de pessoal
– Com a demanda de consumo diminuindo e as empresas vendendo menos, mas tendo que manter seus compromissos financeiros, surge a necessidade de corte de pessoal. Com menos pessoas nas empresas há uma regressão no tamanho do espaço usado, forçando negociações de rescisão de alguns contratos locatícios, quando não há inadimplência.
3. Retrocesso do mercado imobiliário
- Com mais espaços disponíveis, a taxa de vacância sobe e os preços de aluguéis caem, prejudicando o pagamento de empréstimos, muitas vezes tomados pelos incorporadores para a construção dos edifícios. Surge a necessidade de renegociar dívidas; a situação dos bancos, que já é delicada, acaba piorando ainda mais. No Brasil este impacto é menor, pois o envolvimento dos Bancos no mercado imobiliário corporativo é proporcionalmente bem menor – a maioria dos edifícios comerciais são desenvolvidos com participação Equity, ao invés de Debt.
4. Diminuição de investimentos
- Sem condições de renegociar as dívidas, cresce a inadimplência e o mercado fica sem crédito, o que prejudica diretamente os futuros investimentos.
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do sucesso americano, agora pedem ajuda ao
tigo prédio da Eletropaulo. Esse já
governo para não fecharem. E de carona vem
não é o caso de vários bancos ame-
os grandes mercados da Europa e Ásia. Gran-
ricanos, cujos imóveis ocupados
des esforços tem sido feitos por parte de vários
pertencem a investidores e, com a
governos mundiais para tentar cessar o círculo
oscilação da bolsa, a incerteza é um
vicioso em que a economia mundial mergu-
fator sempre presente.
lhou, mas só o tempo dirá se efetivamente elas
amenizarão ou mesmo solucionarão esses pro-
analistas de mercados internacio-
blemas.
nais têm apontado países como o
Por essa e outras razões,
Felizmente para nós brasileiros a si-
Brasil como uma alternativa à crise.
tuação aqui, por enquanto, ainda é diferente.
Apesar disso, o tom otimista assu-
Nossa legislação difere da americana no que
mido pelo governo aqui no Brasil
diz respeito ao modo como os bancos operam.
passou a ser lentamente trocado por
No Brasil, comenta André Rosa da Jones Lang
um mais sério e preocupado nesses
LaSalle, os grandes bancos são donos dos imó-
últimos meses. O Brasil já começa
veis que ocupam, como é o caso do Itaú, com
a sentir os primeiros efeitos colate-
os Edifícios Itausa, no Jabaquara; o Bradesco,
rais mais sérios. A desaceleração do
com a Cidade de Deus, em Osasco, ou mesmo
mercado econômico, como um todo,
o Banco Santander, com a Torre São Paulo, an-
já é uma realidade aqui também.
Mas, enfim, como essa turbulência econômica está afetando efetivamente o mercado imobiliário corporativo no Brasil? Como estão reagindo os diferentes setores deste mercado?
Comecemos com uma visão mais pa-
André Rosa - Diretor da Jones Lang LaSalle
“O efeito da crise sobre os bancos brasileiros será menor, já que muitos deles são donos dos imóveis que ocupam” www.buildings.com.br
60 mil m². Um ano depois esse valor foi ultrapassado, chegando a 97 mil m². No 3º trimestre
norâmica. Com o grande crescimento dos últi-
de 2008 esse valor foi novamente superado e o
mos dois anos, os países em desenvolvimento
volume total entregue foi 99 mil m².
passaram a apresentar uma demanda bem maior
que a oferta por imóveis e espaços comerciais.
rico, a taxa de vacância total na cidade conti-
Assim, por exemplo, em 2007 e principalmente
nuou caindo até o 2º trimestre de 2008 quando
em 2008, houve um enorme crescimento do se-
a média da cidade atingiu 5,12%, um valor bem
tor com grande volume de construção, entrega e
abaixo do considerado saudável na cidade. A
absorção dos novos espaços.
taxa comumente considerada saudável é 10%.
Comprovando o crescimento histó-
Nesse período, o mercado corporati-
Algumas sub-regiões que atendem as grandes
vo de São Paulo bateu recordes sucessivos de
corporações atingiram taxas de até 4%. No fe-
crescimento. No 3º trimestre de 2007, o volume
chamento de 2008, a taxa média de vacância
de m² em construção tinha sido o maior da his-
estava, em 4,88%. Os números são ainda mais
tória na cidade, mas apenas um ano depois o
significativos se olharmos para o mercado de
recorde foi novamente batido; eram quase 600
edifícios Classe A (laje mínima de 700 m² a
mil m² em construção na cidade no 3º trimestre
altas especificações técnicas). A taxa de vacân-
de 2008.
cia para esse segmento está em franca queda há
A entrega de novo estoque também
mais de 2 anos consecutivos e no 4º trimestre de
cresceu muito. O maior volume de novo esto-
2008 estava em 5,09%.
que tinha sido o do 4º trimestre de 2006, quase
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O caso do Rio de Janeiro, o segundo
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Capa mercado corporativo mais importante no Brasil,
história da cidade. Nesta mesma região, o preço
comecem a cair um pouco, mas para ele a crise
foi ainda mais interessante. Caracterizado pela
máximo pedido no edifício mais caro, não pas-
só pode ser assim chamada quando começar a
estagnação até o final de 2006, a cidade do Rio
sava dos R$ 100,00/m² no primeiro trimestre de
afetar os preços de maneira significativa, o que
de Janeiro viu seus números se modificarem
2008.
ainda não aconteceu. Segundo ele ainda, essa
gradualmente e os anos de 2007 e 2008 foram
Se a crise não tivesse piorado no final
desaceleração que vem se percebendo no mer-
marcados pela grande virada. No 4º trimestre de
do ano passado, até quando esse crescimento
cado é devido às incertezas quanto ao futuro,
2007 o volume de m² em construção na cidade
teria permanecido? Até quando seria possível
mas pode ser vista com melhores olhos. O cres-
foi o maior já registrado: 375 mil m². A con-
sustentar tal situação?
cimento estava começando a esbarrar em limi-
seqüência foi um recorde na entrega do novo
tações, como disponibilidade e preço dentro da
estoque no 3º trimestre de 2008; pouco mais
construção civil, como o cimento, ou aumento
de 63 mil m² estavam disponíveis para novas
exagerado de preços, por exemplo.
negociações. Apesar disso, a taxa de vacância
total se manteve em queda, alcançando críticos
alívio no mercado de escritórios pois a taxa de
3,52% no fechamento de 2008.
vacância do mercado Classe A em 2008 estava
“Penso que esta crise resultará em um
extremamente baixa” comenta Bruce Lorimer,
O que poderia mudar com o agravamento da crise no final de 2008?
sócio-diretor da Ocupantes Consultoria Imobiliária, empresa especializada na representação de usuários finais corporativos. Ele acrescenta que “tirando a pressão forte sobre os valores
Para responder a essa pergunta temos
de aluguel, eles devem cair no médio prazo.
que distinguir dois cenários diferentes: o da “ca-
No longo prazo, como o mercado é cíclico, os
deia produtiva” de edifícios comerciais - investi-
valores devem aumentar novamente à medida
mentos de compra de terrenos, desenvolvimento
que a demanda ultrapassa a oferta. Creio que
de projetos e construção efetiva dos edifícios - e o das empresas que ocupam esses edifícios.
Rafael Camargo -Diretor da Binswager Brasil
“O mercado corporativo pode passar pela crise se seus ‘jogadores’ se adaptarem e jogarem conforme as novas regras”
Primeiro cenário – Euforia na construção civil comercial.
Temos aqui as grandes incorporado-
ras e/ou construtoras que abriram seu capital para o mercado, arrecadaram volumes enormes de investimentos e, acreditando que o mercado só melhoraria, aumentaram muito sua carteira de imóveis. É claro que com a grande procura, os valores foram inflacionados e todo o processo, apesar de estar a pleno vapor, passou a ser muito caro em todas as suas etapas. A consequência direta foi o grande acréscimo no valor dos imóveis prontos. Mas, apesar dos altos preços, o mercado extremamente aquecido, acabou absorvendo quase que a totalidade dos empreendimentos que eram entregues ou lançados. No final de 2008, alguns edifícios na região da Faria Lima, uma das áreas comerciais mais caras de São Paulo, chegaram a ter preço pedido de R$ 150,00/m², um dos valores mais altos da
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É o questionamento que levantou Ra-
fael Camargo, da Binswanger Brasil, empresa
por estarmos em um mundo cada vez mais globalizado, os ciclos imobiliários se tornam cada vez mais curtos. Antigamente estes ciclos eram de 10 em 10 anos (altas em 1990, 2000 e 2008 e baixas em 1992, 2002 e 2009 (ainda caindo). Portanto, estimo que teremos queda na absorção líquida de espaços corporativos de escritórios e nos respectivos valores pelos próximos 2 ou 3 anos”. Segundo cenário: empresas que ocupam os edifícios.
Esse cenário também precisa ser di-
vidido em dois momentos distintos quanto a sua ocupação física:
especializada em gestão de bens imobiliários corporativos e institucionais, no Brasil e no Ex-
1) É o das empresas que já renegociaram seus
terior. Ele declarou que devido à crise interna-
contratos, relocalizaram, expandiram, instala-
cional o mercado corporativo brasileiro poderá
ram ou abriram escritórios durante esses dois
passar, não por uma crise, mas por um ajuste.
últimos anos; neste caso o que se acredita é que
Com a desaceleração do mercado é natural que
dificilmente mudarão suas decisões.
ocorra uma modificação de valores e os preços
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É o que pensa Dani Ajbeszyc, da
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difícil, principalmente considerando que as melhores previsões de entrega de novo estoque Classe A para esse ano é de pouco mais de 95 mil m² (lembrando que a previsão é baseada em informações das construtoras, mas que atrasos são relativamente comuns). 2) É o das empresas que estão exatamente em fase de instalação, mudança, expansão ou renegociação de contratos a partir do 4º trimestre de 2008. Estas sim estão em posição de mudar o destino de sua ocupação, e modificar o planejamento futuro. É com essas empresas que poderíamos medir o quanto a crise está afetando efetivamente o mercado imobiliário corporati-
Dani Ajbeszic - Diretor da Cyrela Commercial Properties
“Empresas que já fizeram seus planejamentos e se relocalizaram ou expandiram, dificilmente retrocederão”
vo. Com a incerteza do futuro, apostar em um crescimento talvez tenha sido considerado imprudente para muitas empresas, como é o caso de algumas multinacionais, principalmente do setor financeiro, como o de bancos. A opção adotada foi a de esperar e ver como as coisas se acomodariam.
Renato Srur, reconhecido investidor
Renato Srur - Grupo São Joaquim
“Nossa atenção está sendo redirecionada para outros mercados que estão se destacando”
Cyrela Commercial Properties, uma das principais empresas de investimento e locação de imóveis comerciais na região metropolitana de São Paulo, que desenvolve e adquire para locação edifícios corporativos de alto padrão, shopping centers, galpões e centros de distribuição. Para ele, empresas que já fizeram seus planejamentos e se relocalizaram ou expandiram suas áreas dificilmente retrocederão, já que os investimentos iniciais com os novos escritórios representam uma grande soma de dinheiro. Outra questão é quanto às expectativas futuras. Com um mercado com uma taxa de vacância tão baixa, será que haverá espaços no futuro para retomar o crescimento, caso essa crise passe? Se for esse o caso, a possibilidade de reocupar espaços que foram devolvidos pode ser bem
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Capa imobilário, por exemplo, viu quatro de seus clien-
mudança.
tes desistirem do fechamento de seus contratos,
alguns destes por ordem de suas sedes, nos EUA,
direcionada para um mercado que está se des-
como foi o caso de um banco americano.
tacando: o de imóveis comerciais de áreas em
to ao futuro. Nestes últimos meses a BinswanA aposta do Srur será em parte re-
Ele comenta, ainda, que o que se tem
crescimento, como tem sido a região sul da
visto no mercado, neste momento, é uma busca
Marginal Pinheiros. O aumento de opções de
por espaços menores e com preços mais acessíveis.
empreendimentos residenciais e áreas de lazer
Por isso, os edifícios que serão entregues neste ano
como shopping centers, parques temáticos, te-
terão mais dificuldades para serem ocupados. O
atros, grandes hotéis, centros de convenção e
investidor/incorporador teria, então, duas opções:
novas estações de metrô e trens metropolitanos,
alugar por um preço mais baixo e arcar com a di-
por exemplo, têm atraído bons investimentos
ferença (lembrando que preços das propriedades e
para essa região que ladeia o Rio Pinheiros até a
da construção civil estavam muito altos em 2008),
Avenida Interlagos. Quanto ao futuro, ele acre-
ou aguardar e tentar alugar pelo preço praticado no
dita que se a crise se mantiver nós sentiremos o
mercado até há pouco tempo, o que significa arcar
seu impacto real em 6 a 12 meses, mas acres-
com altos custos de condomínio e IPTU. Em am-
centa que não acredita que a influência da crise
bos os casos há uma grande probabilidade de perda
será tão grande quanto alguns estão esperando.
de algum capital.
ger viu seus negócios crescerem principalmente para a representação de proprietários.
A Cyrela também acredita que haverá
Outro aspecto, apontado por Renato
uma diminuição no volume de investimentos
Srur como uma dificuldade, é que houve um
das grandes corporações, mas isso só fará o
grande interesse em investir em edifícios comer-
mercado se estabilizar. Por isso, está apostando
ciais. Ele conta que um de seus empreendimen-
em imóveis de qualidade, que somam vanta-
tos, inicialmente concebido para ser um grande
gens como excelente localização e infra-estru-
hotel, foi revertido para um edifício comercial
tura diferenciada, o que eles chamam de “em-
devido ao grande aquecimento do mercado e
preendimentos óbvios”. Para a Cyrela manter a
menor investimento necessário para a entrega
qualidade dos seus empreendimentos é garantia
do mesmo. Um prédio destinado a área hote-
de uma ocupação mais sólida já que, na ótica
leira tem, além dos investimentos na estrutura
da empresa, os prédios de menor qualidade são
do edifício, os gastos diretos com decoração e
desocupados primeiro.
equipagem, o que representa um investimento
bem maior. No momento dessa decisão, a rela-
tos, podemos perceber que há um sentimento de
mer também diz que seus negócios não foram
ção de custo e benefício favorecia em muito a
confiança e boas perspectivas de que o mercado
afetados. Na verdade, em um momento de crise,
corporativo brasileiro pode passar pela crise, se
as grandes empresas estariam mais dispostas a
seus “jogadores” se adaptarem e jogarem con-
apostarem em novos desafios, desde que bem
forme as novas regras.
amparados por profissionais especializados,
Rafael Camargo, por exemplo, com-
como é o caso da Ocupantes. “Os produtos imo-
partilha desse sentimento e se diz otimista quan-
biliários são um meio e não o fim em si para
Considerando esses posicionamen-
Bruce Lorimer - Sócio-Diretor da Ocupantes
“Em um momento de crise, as grandes empresas estarão mais dispostas a apostarem em novos desafios, se bem amparadas”
Pelo lado dos inquilinos, Bruce Lori-
nossos clientes, portanto, enquanto houver mudanças externas que geram mudanças físicas, é grande a chance de sermos procurados pelos nossos serviços. Penso também que o cliente que percebeu em nós um trabalho diferenciado no tempo de euforia e expansão lembrará de nós na hora da crise, seja para renegociar um aluguel ou achar novos imóveis comerciais ou indus-
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triais com condições comerciais vantajosas”.
Em recente entrevista concedida ao
Latin Business Chronicle, David L. Berger, Diretor da NAI Global para a América Latina e Caribe, quando questionado especificamente quanto ao caso do Brasil, declarou que tem uma boa perspectiva e considera que o Brasil seja o mais forte da região. Ele menciona ainda que os especialistas locais estão bem confiantes.
Isso tem um bom fundamento. Devi-
do à forte demanda observada nos últimos anos e a baixíssima taxa de vacância, o mercado pode não sentir tão fortemente os efeitos da crise, a não ser que os EUA e Europa não encontrem uma saída para a crise até o final de 2009.
Neste ponto podemos citar uma histó
ria que ilustra de maneira bem clara o momento que passamos.
O Vendedor de salgados
Conta-se que um vendedor de salgadinhos ficava na porta de uma faculdade fazendo
suas vendas. Ele sempre foi muito caprichoso e tinha muita atenção na qualidade de seus produtos e atendimento aos seus clientes, por isso, via seu negócio crescer a cada dia. Com o dinheiro que conseguia nas suas vendas, ficou orgulhoso em poder bancar os estudos do filho mais velho que foi fazer economia numa das melhores universidades do país.
Nesta mesma época, o país atravessou uma dificuldade econômica e com o passar do tem-
po o filho, que não tinha o mesmo tino para os negócios que o pai, começou a enxergar alternativas para que o pai economizasse e, portanto, ganhasse mais dinheiro. O pai, muito em dúvida, achou estranho os conselhos do filho de buscar fornecedores mais baratos, investir um pouco menos na qualidade de seus produtos e gastar menos tempo “proseando” com os clientes. Mesmo assim, se considerando muito “ignorante”, achou que seria melhor acatar os conselhos do filho.
As conseqüências de tais medidas não tardaram a mostrar seus resultados. Os clientes
começaram a sumir e em pouco tempo as vendas estavam pela metade.
Aborrecido com a “crise”, supostamente responsável pela diminuição das suas vendas,
ele mencionou o fato a um cliente, que comentou surpreso:
- Pelo que eu tenho ouvido dos meus amigos, a verdade é que as pessoas pararam de
comprar com você por causa do sabor e da aparência que seus salgados passaram a ter de um tempo pra cá... Você também não é mais o mesmo, perdeu o “toque”. Muitos amigos meus achavam suas histórias muito engraçadas e agora comentam que você mudou, está mais sério e não conversa mais como antes, está sempre ocupado...
Esse comentário só o fez ver com clareza o que ele já tinha percebido, que com crise
ou sem crise o que importa é o cuidado com que se faz seu trabalho. Resolvido a reverter essa situação, entendeu que tinha uma missão dupla: voltar a melhorar a qualidade de seus produtos e reconquistar a confiança de seus antigos clientes. Não é demais dizer que ambos os objetivos foram alcançadas em um tempo considerável.
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Apesar dos incômodos que certamen-
te virão nos próximos meses, a receita sugerida
11 09
é manter um trabalho sério, cortar gastos desnecessários e continuar investindo naquilo que torna qualquer negócio único: competência e profissionalismo. Mas acima de tudo entender que a grande euforia quanto ao crescimento do mercado imobiliário está em xeque e para salvar o jogo será necessário jogar com uma nova visão, a de que o mercado está mais enxuto, racional e competitivo; de que os gastos precisam ser melhor pensados, analisados e programados. Quem começar a jogar sob estas novas regras terá mais chances de vencer. Tenho falado à minha garota: - Meu bem, é difícil saber o que acontecerá. Mas eu agradeço ao tempo. O inimigo eu já conheço. Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço. A voz resiste. A fala insiste: você me ouvirá. A voz resiste. A fala insiste: quem viver verá. Belchior – Compositor brasileiro Música “Não leve flores” Álbum “Sem Limites”. n
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Técnica
Diferentes tipos de laje Neste 1º trimestre de 2009, a Revista Buildings completa 1 ano de publicação. Procurando atender cada vez mais às necessidades dos nossos leitores, e em resposta à alta receptividade ao artigo sobre Medição de Áreas na penúltima edição, publicaremos, a partir deste trimestre, uma série de 4 matérias técnicas relacionadas ao espaço físico de trabalho e fatores que afetam sua escolha. As matérias a serem abordadas são: • Lajes e eficiência de espaço; • Localização do imóvel, acesso e proximidade com meios de transporte; • Acabamentos; • Outras especificações técnicas, incluindo sistema de ar condicionado, tipos de forro e piso. Nesta primeira matéria vamos abordar o assunto de eficiência dos diferentes tipos de lajes.
A
palavra arte (do latim ars, significa “técnica ou habilidade”) geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e idéias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores. Não há dúvida de que a arquitetura, em sua longa história, já alcançou esse patamar de excelência. Muitas obras arquitetônicas como pontes, praças e edifícios, sejam eles centenários ou absolutamente contemporâneos, nos fazem muitas vezes parar e, até estarrecidos, admirá-los. Quanto à beleza e imponência, um edifício com um arrojado projeto arquitetônico, independente de seu estilo, é muito mais agradável de admirar. Mas como temos abordado constantemente em nossas matérias, a beleza visual não é suficiente para um mercado com alto nível de concorrência e busca do equilíbrio entre custos e benefícios, como é o mercado imobiliário corporativo. O grande desafio dos arquitetos e projetistas é conciliar a beleza do projeto com a praticidade e eficiência de seu uso.
Com a evolução do ambiente de trabalho (abordada na matéria principal do trimestre anterior¹) a pergunta que se faz é: é possível continuar a construir edifícios que sejam cada vez mais bonitos e funcionais, sem que isso gere custos desenecessários? Entendemos que a resposta é sim, e mostraremos porque. Na edição do 3º trimestre de 2008 falamos sobre os diferentes tipos de áreas e como elas são obtidas² e apresentamos um índice muito usado pelos técnicos: eficiência de área. Quanto maior a eficiência, melhor é a ocupação que se pode fazer do espaço. É fácil entender, a partir desse momento, que o tipo de laje, bem como o projeto do “core”, ou o local onde ficam os elevadores, escadas e outras áreas comuns, que pode ser central ou lateral, são fundamentais para melhorar a eficiência. Existem duas formas principais para calcular a eficiência de um imóvel: Eficiência de área útil³ = área útil / área locável4 x 100 Eficiência da área de carpete5 = área de carpete/área locável x 100
¹ “A evolução da concepção do espaço de trabalho”. Revista Buildings, 4º trimestre de 2008, pg. 6 – 11. ² “Por que existem tantos tipos de áreas?”. Revista Buildings, 3º trimestre de 2008, pg. 10 – 12. ³ Área Útil, diferente de área privativa, é a área de carpete somada à área de banheiros, copas e depósitos. 4 A área locável é a área sobre qual o locador calcula o aluguel, normalmente a área privativa. 5 A área de carpete é a área efetivamente utilizada pelo escritório, ou seja, onde poder-se-ia colocar carpete; exclui áreas molhadas e depósitos.
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Edifício A
Edifício B
Área Privativa
1.000 m²
1.000 m²
Área Útil
900 m²
920 m²
Área de Carpete
800 m²
850 m²
Eficiência de Área Útil
90%
92%
Eficiência de Área de Carpete
80%
85%
Preço Pedido
R$ 50.000,00
R$ 50.000,00
Preço por Área Privativa
R$ 50,00 / m²
R$ 50,00 / m²
Preço por Área Útil
R$ 55,56 / m²
R$ 54,35 / m²
Preço por Área de Carpete
R$ 62,50 / m²
R$ 58,82 / m²
é tanto a parte visual, mas a funcional. Empresas com uma grande proporção de salas de gerentes e diretores, e salas de reunião, podem reduzir as ineficiências colocando estas salas nas curvas, caso existam. Vejamos alguns exemplos de (in)eficiência de plantas: 1 - Área Privativa grande em proporção à área de carpete Muitos edifícios, principalmente os mais antigos, apresentam uma planta com um espaço pequeno para o uso do ocupante, ou seja, a área de carpete, que é o espaço que o inquilino efetivamente ocupa. Nesses casos, dizemos que a eficiência da área de carpete é pequena. Veja o exemplo a seguir:
Área de carpete +
Quando o objetivo do cálculo da eficiência é para a acomodação de mobiliário, usa-se a eficiência da área de carpete, sendo uma conta mais efetiva para o ocupante. A eficiência, nesse caso, nos diz o quanto estamos pagando por cada m² disponível para acomodação do mobiliário específico do escritório, já que neste cálculo não entram as “áreas molhadas” (como banheiros, copa) e depósito. São diversos os casos em que um edifício tem um tamanho de laje grande, mas sua eficiência é baixa, devido ao tipo de configuração que a planta apresenta. Isso afeta o custo do espaço, conforme exemplificado com dois edifícios hipotéticos A e B. Veja a comparação na tabela a seguir:
Área privativa
Área de uso comum
Existe um “porém” neste exemplo: e se o Edifício B, aparentemente mais eficiente, não tiver um número adequado de banheiros? Por isso a conta de Eficiência da Área Útil é útil. Essas fórmulas são uma abordagem simplificada, pois existem fatores que causam ineficiências e não são levados em consideração, pois não afetam o cálculo de área. Exemplos são: • Edifício com curvas acentuadas e/ou com ângulos de paredes diferentes de 90 graus; • Medidas fora de modulação padrão; • Pilares localizados em locais inconvenientes; • Core mal posicionado. Por este motivo, é importante fazer um “test-fit” para verificar se uma planta é adequada para seu negócio. É claro que nem todas as empresas têm os mesmos princípios ou fazem o mesmo aproveitamento de área. O típico exemplo são empresas de arquitetura e de publicidade, para quem o ambiente do escritório transmite a “mentalidade” da empresa, a chamada imagem corporativa; logo, um prédio mais arrojado, com arquitetura diferenciada seria uma ótima opção. Mas se a empresa é do ramo financeiro ou administrativo, o objetivo não
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Área locável = 436 m² (que nesse caso é a área privativa, ou seja a área de carpete mais a área de uso exclusivo, como hall de elevadores, copa e banheiros) Área de carpete = 352m² Eficiência da área de carpete = área de carpete/área locável x 100 Eficiência da área de carpete = 352/436 x 100 Eficiência da área de carpete = 80,73% Esse valor de 80,73% é considerado baixo, já que a eficiência de prédios mais modernos dificilmente é menor que 92%. 2 - Plantas não-quadradas Para calcular a eficiência de plantas não-quadradas, uma forma simples é dividir o espaço em módulos de 1 m² , e comparar quantos módulos caberiam se a área fosse quadrada. 2.1 - Andar arredondado ou circular: De forma geral, curvas no layout aumentam o risco de ineficiência da área; se a curvatura for acentuada, a eficiência será bem menor que um de planta quadrada ou retangular. A área ocu-
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Técnica pada dentro das curvas não compreende mobiliário padrão, sendo necessário fazê-los sob medida. Veja o exemplo:
Área do quadrado = 22 m² (20 quadrados inteiros e 4 metades) Número de módulos completos no quadrado = 20 Num retângulo de 22 m² caberiam 22 módulos Eficiência do triângulo = 20/22 x 100 = 90,90% Neste caso, o método deve ser considerado por toda a planta, obtendo, assim, a eficiência de todo o conjunto ou andar, quanto for o caso. 2.2 - Andar Triangular A estimativa de ineficiência se faz da mesma forma que para um prédio com curva. Veja o exemplo:
Área do triângulo = 17 m² (15 quadrados inteiros e 4 metades) Número de módulos completos no triângulo = 15 Num retângulo de 17 m² caberiam 17 módulos Eficiência do triângulo = 15/17 x 100 = 88,23% 3 – Dificuldade com as medidas fora de modulação Muitos equipamentos e mobiliário hoje em dia são modulados, ou seja, diferentes fabricantes seguem os mesmos padrões de medidas de altura, largura e pofundidade, principalmente para bancadas e mesas. Assim, no caso de projetos que exijam a encomenda de mobiliário feitos sob medida, o que é comum para algumas partes de andares arredondados ou triangulares, a empresa precisa considerar que o planejamento da obra poderá sofrer um atraso, se isso não for considerado no início dos trabalhos. 4 - Pilares Embora a medida de área de carpete já exclua pilares, dependendo da posição dos mesmos, e naturalmente do tamanho,
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a eficiência da laje ficará comprometida. Na maioria dos prédios de alto padrão entregues hoje em dia, não há interferências de pilares, que são construídos nas laterais do prédio de forma menos intrusiva possível na planta. Em alguns edifícios, porém, existem pilares localizados, por exemplo, a um metro da lateral do prédio. Embora possa ser aproveitado às vezes por armários ou vasos, este espaço entre o pilar e a lateral tem utilidade reduzida. 5 - Posicionamento do Core Primeiramente, o posicionamento e as medidas do core devem estar condizentes com a modulação do prédio para que seu impacto seja o menor possível no planejamento de espaço. À primeira vista, um core lateral gera maior eficiência de área. A grosso modo isso é correto, porém, quando a laje é muito grande, a colocação de um core central elimina Core Lateral um problema: a distância entre as janelas e o core. Se essa distância for muito estreita, pode requerer mobiliário sob medida e se esta distância é muito grande, o ocupante se deparará com dois problemas: a) falta de incidência de luz natural nas proximidades do core; b) a necessidade de criar mais corredores de circulação. Ou seja, o core lateral é recomendável para plantas alongadas e estreitas. Considera-se, de modo geral, que lajes quadradas Core Central com mais de 1.000 m² devem usar core central. A distância de fuga, para atender a regulação dos bombeiros, é outro fator que influenciará o posicionamento do core. Por fim, inquilinos devem se atentar para outras duas outras formas de “ineficiência”: 1) Quando o locador adota uma área ainda maior do que a área privativa sobre qual cobrará o aluguel. 2) Quando o espaço locável possui uma área de terraço. A maioria dos proprietários irá cobrar um aluguel sobre esta área. O locador teve um investimento para construir o prédio, inclusive o terraço, portanto quer cobrar pela locação desta área, por outro lado a maioria dos usuários não tem necessidade de um terraço, pois não é possível colocar mesas! Ainda por cima, a área do terraço entra na conta do rateio de condomínio, além de que o locatário deve mantê-lo limpo. n
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O Custo da Sustentabilidade “Os números não mentem!!!” Será?
O
s cartesianos de plantão costumam utilizar tais axiomas para validar suas estratégias e raciocínios. Entretanto, quando se trata de sustentabilidade, onde há mais perguntas que respostas, os custos tangíveis não respondem mais às demandas e necessidades da sociedade. O mercado imobiliário brasileiro deverá brevemente adotar novos parâmetros para validar suas gestões de custos frente ao fato que o risco da não adoção de práticas sustentáveis nos processos de produção; o risco de não adotá-las está ficando maior. Neste sentido, cristalizam-se 2 conceitos, dentro do pensamento econômico mundial, que serão a base de uma nova equação de custos, que agregam passivos e ativos ambientais: 1. A perenidade de um negócio será diretamente proporcional ao seu padrão de sustentabilidade econômica, social e ambiental. 2. Sustentabilidade não é custo, é investimento. Tais tendências, quando confrontadas com a realidade da indústria da construção civil no Brasil, adquirem um status abstrato e distante. E quando eventualmente incorporadas a um empreendimento imobiliário, assumem um caráter de diferencial de marketing, direcionado a um pequeno nicho do mercado. Concretamente, não passam de uma superficial “eco-maquiagem”, ainda que com inúmeras exceções. A despeito deste cenário, acredito, com ressalvas, que todo setor imobiliário gostaria de produzir sem agredir o meio ambiente, garantindo altos níveis de eficiência energética nas edificações, reduzindo custos operacionais do empreendimento, contribuindo no esforço para redução das emissões de CO2, bem como ampliando os padrões de produtividade e saúde dos usuários. Estes atributos, entre outros, já foram qualificados e quantificados por inúmeras pesquisas internacionais, e demonstram a necessária e urgente reformulação dos processos de produção dos edifícios e cidades, tendo em vista o enorme impacto do setor da construção civil no contexto das questões ambientais e energéticas. Todavia a competitividade do setor, aliada a outros fatores como padrão de desenvolvimento tecnológico, ausência de cultura especifica em toda a cadeia produtiva, legislação incipiente, mercado restrito e elitizado,
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entre outros, colocam a questão do custo como “O Grande Entrave” ao fortalecimento de um ciclo virtuoso nascente. Mas afinal é mais caro desenvolver um produto imobiliário sustentável? A resposta está em algum lugar entre NÃO e DEPENDE. Nos últimos anos, tem-se divulgado valores percentuais de acréscimo à construção convencional que beiram ao irracional, desde comprovações empíricas de que o investimento inicial é menor, a incrementos da ordem de 30% a 40%. Avalia-se o custo adicional destes empreendimentos como se tivessem o mesmo padrão tecnológico, pertencessem a mesma tipologia de edificação, tivessem os mesmos atributos de sustentabilidade, a mesma metragem quadrada, etc. Este equívoco, a “desinformação”, trabalha contra a plena adoção das práticas necessárias às reduções do impacto ambiental das edificações. Quando afirmo que não há custos adicionais, não me refiro ao capital inicial necessário à realização do empreendimento, e sim aos benefícios financeiros e ambientais futuros. Neste sentido, alguns conceitos deveriam definitivamente passar a integrar os estudos de viabilidade dos empreendimentos imobiliários. O primeiro, e talvez o mais importante, seja a inclusão das variáveis relacionadas ao ciclo de vida das edificações. Considerando um período de vida útil de 50 anos em operação, os custos de projeto e construção representam menos de 10% dos custos com a operação, insumos, manutenção e pessoal ao longo de seu ciclo de vida. Neste cenário, um custo adicional de 2% por exemplo, sobre o montante que representa apenas 10% do custo total pode ser considerado desprezível, face aos benefícios diretos e indiretos da inclusão de tecnologias e estratégias voltadas à redução do impacto ambiental das edificações.
Ricardo Vasconcelos - Arquiteto Urbanista , especialista em Conforto Ambiental e Eficiência Energética pela USP, - Mestre pela Universidade de São Paulo na área de edifícios de escritórios e alta tecnologia, - Professor de Graduação e Pós-Graduação da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, - Arquiteto titular do escritório “RVA & Associados”, - Membro do GBCB, - Diretor da CA2 – Consultores Ambientais Associados.
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Eventos 2º trimestre 2009
Estudos do USGBC/LEED avaliam que o custo adicional para construção de um “Green Building” varia de 1% a 7% do valor total do empreendimento; tal variação deve-se ao padrão de certificação pretendida. Um segundo conceito importante refere-se ao “payback” consolidado dos investimentos adicionais relacionados à sustentabilidade do edifício. A redução do consumo global de energia das edificações, obtido através de diferentes tecnologias e estratégias passivas de projeto e outros insumos, garantem um desempenho financeiro superior às construções convencionais. Outra pesquisa, realizada nos EUA com dezenas de prédios “verdes” em operação, aponta que o custo adicional médio é de 2% para um ganho financeiro médio de 10% a 15% no ciclo de vida da edificação. Todavia, uma terceira pesquisa realizada neste mesmo país, com 139 edifícios aponta que a percepção de custo adicional gira em torno de 17%. A disseminação destes conceitos, entre outros, a produção e a divulgação sistemática de pesquisas qualificativas e quantitativas do desempenho destes edifícios é fundamental para acelerarmos os processos de implantação de novas edificações, ou “retrofit” das existentes, rumo a uma cidade mais sustentável. Por fim, devemos lembrar que o passivo ambiental não tem preço. n
Abril
Empresa / Assunto
03
CBCS / Projeto
Cidade
06
FGV / MBA em Gestão de Sustentabilidade
13
CBCS / Avaliação de Sustentabilidade
São Paulo
CBCS / Oficina de Água
17
CBCS / Materiais
Maio 08
CBCS / Projeto
11
CBCS / Avaliação de Sustentabilidade
15
CBCS / Materiais
São Paulo
Junho 04
GBC Brasil / Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos da Construção Civil
05
CBCS / Projeto
08
CBCS / Avaliação de Sustentabilidade
19
São Paulo
CBCS / Oficina de Água CBCS / Materiais
Ricardo L. Vasconcelos
O
Evolução do Sistema de Certificação LEEDTM no Brasil sistema LEEDTM de selo verde compreende 6 categorias, sendo elas LEED-HOMES, LEED-ND (Neighborhood Developments), LEED-CI (Commercial Interiors), LEED-CS (Core and Shell), LEED-NC (New Constructions), e LEED-EB (Existing Buildings). Cada uma delas divide-se nas seguintes áreas a serem pontuadas: SS( Sustainable Sites), WE
(Water Eficiency), EA (Energy & Atmosphere), MR (Materials & Resources, IEQ (Indoor Environmental Quality) e ID (Innovation in Design). Através da pontuação nessas áreas, obtém-se uma das 4 classificações, que vai de Certificação, até Platina, passando por Prata e Ouro.
Com o registro de apenas um empreendimento em processo de certificação LEEDTM em 2004 e
um crescimento tímido nos primeiros anos, hoje o número de registrados é de 102, incluindo sigilosos e não sigilosos. Desses, apenas 4 já concluíram o processo: a Agência do Banco Real na Granja Viana em Cotia, SP (certificação LEED-NC Prata, em junho de 2007); a Mega Unidade Delboni Auriemo em Santana, São Paulo, (certificação LEED-NC Prata, em junho de 2008), a sede da Morgan Stanley no Itaim Bibi, São Paulo, (certificação LEED-CI Prata, agosto de 2008) e o Prédio Bracor-Petrobrás em Cidade Nova, Rio de Janeiro (certificado LEED-CS – Certificado, em outubro de 2008).
Através dos gráficos ao lado, que incluem os empreendimentos sigilosos e não sigilosos, pode-
mos notar o crescimento desses registros, que, apesar de insignificante de início, deram um salto de 550% de 2006 para 2007, e de mais de 200% de 2007 para 2008. Podemos, também, analisar a distribuição entre as categorias de classificação, percebendo que as mais visadas delas são as de Novas Construções (LEED NC) e as de Casca e Envoltória (LEED-CS), somando juntas quase 90% do total de registros.
Dos 102 projetos registrados, todos são de edifícios comerciais e apenas 45 não são sigilosos.
Eles distribuem-se entre as cidades de São Paulo/SP, Cotia/SP, Hortolândia/SP, Barueri/SP, Pardinhos/SP, São José dos Campos/SP, Osasco/SP, Itapevi/SP, Santana de Parnaíba/SP, Campinas/SP, Indaiatuba/SP, Bertioga/SP, Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC, Nova Lima/MG, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, São Leopoldo/RS, Curitiba/PR, Maceió/AL, Manaus/AM e Brasília/DF, sendo São Paulo a principal delas.
Fonte: www.usgbc.org - Dez/08
Fontes: Green Building Council Brasil/GBC Brasil e CA2/Consultores Ambientais Associados.
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Estatísticas
A seção Estatísticas da Revista Buildings foi totalmente renovada.
O
objetivo dessa mudança foi facilitar a visualização dos dados constantes no portal Buildings.com.br. Assim, além das informações mais tradicionais de mercado, como Estoque Total, Taxa de Vacância e Atividade Construtiva, vamos apresentar, também, alguns valores referentes aos preços pedidos nos edifícios que compõem o banco de dados do portal Buildings.com.br. As informações estão organizadas por municípios onde os edifícios estão localizados. No caso de Alphaville, por exemplo, suas estatísticas estão dentro de Barueri.
Nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro, principais centros comerciais do Brasil, haverá uma subdivisão, de acordo com as principais regiões comerciais de cada cidade. Deste modo será possível visualizar a importância dessas regiões não só para a cidade, mas também para o país. As informações contidas na seção Estatíticas da Revista Buildings referem-se exclusivamente aos dados constantes no banco de dados do portal Buildings.com.br. Não nos responsabilizamos, portanto, por decisões ou transações de qualquer natureza realizadas com base nas informações aqui contidas.
São Paulo Região
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês)
Tamanho de Laje
> 300< 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Barra Funda
De 12,31 a 38,88
-
-
50,00
Berrini
De 26,32 a 51,28
De 41,88 a 80,00
De 46,87 a 75,00
-
Centro
De 7,00 a 38,10
De 7,52 a 45,83
De 10,02 a 40,00
De 10,16 a 25,00
Chácara Santo Antônio
De 12,30 a 65,00
De 40,00 a 41,00
-
50,00
Faria Lima
De 15,63 a 78,00
De 20,00 a 129,00
De 24,13 a 70,00
135,00
Itaim Bibi
De 18,33 a 85,00
De 36,36 a 85,00
-
100,00
Marginal Pinheiros
-
-
De 50,00 a 68,50
De 27,00 a 90,00
Paulista
De 22,00 a 90,00
De 17,14 a 55,00
De 21,25 a 110,00
90,00
Vila Olímpia
De 29,17 a 65,00
De 41,38 a 80,00
De 70,00 a 85,00
De 100,00 a 120,00
Região
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
Barra Funda
14
132.530
10,82
20.982
Berrini
54
396.974
6,96
76.816
Centro
125
1.024.957
5,53
0
Chácara Santo Antônio
41
245.681
5,61
39,480
Faria Lima
80
603.888
6,17
17.195
Itaim Bibi
59
453.409
3,80
46.355
Marginal Pinheiros
24
471.600
21,33
168.485
Paulista
144
1.105.542
4,80
47.826
Vila Olímpia
63
448.402
2,35
26.551
Total
604
4.882.983
6,78
443.690
Barueri Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje
> 300< 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Barueri
De 14,47 a 42,79
De 35,00 a 45,00
-
35,00
Barueri
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Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
15
149.959
10,44
227.864
18
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ABCD Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje
> 300< 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
ABCD
De 15,38 a 22,22
De 17,11 a 17,19
De 8,33 a 23,64
-
Osasco
ABCD
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
7
50.429
16,49
0
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje
> 300< 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Osasco
-
De 33,33 a 25,00
-
-
Osasco
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
1
2.448
6,94
28.336
Rio de Janeiro Região
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês)
Tamanho de Laje
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Barra da Tijuca
12,00 a 37,84
De 26,67 a 80,00
De 20,00 a 85,00
Botafogo
-
De 16,37 a 17,14
De 74,91 a 120,00
Centro
De 10,29 a 32,00
De 7,78 a 70,00
De 7,78 a 14,00
Copacabana
17,50
-
22,50
Lagoa
-
De 48,48 a 70,00
-
Região
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
Barra da Tijuca
83
485.847
4,72
47.798
Botafogo
11
169.058
1,74
0
Centro
66
1.023.906
2,29
94.080
Copacabana
2
21.440
0,49
0
Lagoa
3
17.520
2,56
0
Total
165
1.717.771
2,90
141.878
Salvador Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje
> 300< 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Salvador
22,85
De 35,00 a 45,00
-
20,73
Salvador
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
16
162.798
0,20
44.352
Recife Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje
> 300< 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Recife
32,00 a 56,00
De 25,00 a 33,33
-
-
Recife
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Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
20
146.569
1,60
37.293
19
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