Revista Buildings - 5ª edição

Page 1

BUILDINGS Espaços Corporativos Online www.buildings.com.br

ANO 2 - EDIÇÃO 5 - 1º Trimestre 2009

Desafio para o mercado imobiliário corporativo Como estamos enfrentando a crise?

Diferentes tipos de laje Saiba os prós e os contras de cada uma

O Custo da Sustentabilidade “Os números não mentem!!!” Será?

A PARTIR DESTE TRIMESTRE OFERTAS E INFORMAÇÕES DO

ABCD e Osasco

Veja 449 edifícios corporativos com ofertas e os índices do mercado imobiliário na nova seção Estatísticas. São Paulo - Alphaville - ABCD - Osasco - Rio de Janeiro - Salvador - Recife


CURITIBA

PORTO ALEGRE

FLORIANÓPOLIS

GOIÂNIA

BELO HORIZONTE

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

A Maior EMPRESA TENANT REP

• Maior equipe e primeira empresa de consultoria imobiliária a atuar exclusivamente em nome do usuário final. • Empenho completo nas negociações a favor de seus clientes. • Método inovador de pesquisa, contemplando todas as opções no mercado. • Mais de 90% de resultados “Excelente” e “Muito Bom” na avaliação dos clientes. • Confidencialidade, seriedade e ética em todas as negociações. A Ocupantes é a primeira empresa brasileira de consultoria imobiliária a atuar exclusivamente em nome de usuários comerciais e industriais no Brasil e, por isso, pode defender plenamente os interesses de seus clientes em todas as negociações. É composta por profissionais preparados e com ampla experiência para conduzir negociações e obter os melhores resultados para empresas nacionais e multinacionais. Descubra a diferença de ter um Tenant Rep ao seu lado.


NATAL

FORTALEZA

MACEIÓ

JOÃO PESSOA

ARACAJU

RECIFE

SALVADOR

BRASILEIRA DE

Especializados em escritórios, indústrias e varejo (retail). Nossos serviços são: • • • • •

Relocalizações Revisões e Renovações Rescisões Gerenciamento de Oportunidades e Datas Críticas Avaliações e Desmobilizações

• • • •

Busca de Lojas e Pontos Comerciais (Retail) Build-to-Suit Sale & Leaseback Project Management

www.ocupantes.com.br Rua Fernandes Moreira, 1.166, 4o andar, 04716-003, São Paulo - SP,

Tel. (11) 5182.3455


Sumário Ofertas 06 Capa O mercado imobiliário corporativo contra a crise Profissionais do mercado falam de como estamos reagindo à crise e às mudanças do mercado brasileiro

12 Técnica Diferentes tipos de laje Entenda como os diferentes tipos de laje podem ser mais ou menos eficientes

16 Green Buildings

O custo da sustentabilidade Eventos do 2º trimestre 2009 Evolução do sistema de certificação LEEDTM no Brasil

18 Estatísticas Confira a média de valores de São Paulo, Barueri, ABCD, Osasco, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.

20 Ofertas 20 São Paulo

55 Alphaville/Tamboré

59 Rio de Janeiro

21 Pinheiros 24 Itaim Bibi 30 Santo Amaro 33 Consolação 35 Bela Vista

55 Alphaville

60 Centro 62 Botafogo

55 Tamboré

63 Copacabana

57 ABCD

64 Lagoa

57 São Bernardo do Campo

65 Barra da Tijuca

38 Jardim Paulista

57 São Caetano do Sul

67 Outras Regiões Administrativas

40 Vila Mariana

58 Diadema

68 Nordeste

42 Moema 44 Sé/República

58 Osasco

69 Salvador

49 Barra Funda/Perdizes/Alto de Pinheiros

58 Osasco

70 Recife

50 Morumbi/Vila Andrade/Jardim São Luís 51 Outros Distritos

BUILDINGS

@ Para receber a Revista Buildings envie um e-mail com seu nome e endereço para: revista@buildings.com.br Anúncios, dúvidas e sugestões, envie um e-mail para: contato@buildings.com.br Fechamento do trimestre: 27/02/2009

www.buildings.com.br

Diretor: Fernando Libardi Conteúdo e Revisão: Rose Bertolini Projeto Gráfico e Produção: Fernando Libardi, Henrique Lima Coordenadora de Pesquisa: Patricia Abreu Pesquisa: Fábio Zoehler, Joceleni Sampaio, Matheus Soares, Thalita Gonçalves Consultores Comerciais: David Pizzotti, Fernando Didziakas Capa: Henrique Lima Fotografias: Jorge Hirata www.buildings.com.br Rua Alexandre Dumas, 1601 - 12º andar - Cj. 121, Ch. Santo Antônio, 04717-004, São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-4369

04

Espaços Corporativos Online


Editorial

O

ano de 2009 começa com muitas expectativas quanto a como se comportará o mercado imobiliário corporativo no Brasil. Foi pensando nisso que nossa equipe preparou uma matéria falando sobre o assunto. Foram levantados dados recentes e entrevistados nomes conhecidos do mercado, que deram suas opiniões quanto ao que eles esperam para esse ano e como essa crise está afetando seus segmentos de mercado. Incluímos, também, algumas entrevistas de especialistas internacionais publicados nos principais jornais do mundo. E aproveitando o começo do ano, abordaremos uma nova proposta para a matéria técnica: uma série contínua de matérias com todas as informações relativas ao espaço físico de trabalho. Nesta primeira edição, vamos falar sobre os diferentes formatos de lajes e qual o melhor uso que cada uma pode ter. Ao final dessas edições, nosso leitor poderá dispor de um “Manual do Ocupante Corporativo”. Nossa seção de Estatísticas também mudou e agora está mais fácil para aqueles que não estão familiarizados com o mundo estatístico. Os dados agora são dispostos em forma de tabela e sua visualização é imediata. Na seção Green Buildings, Ricardo Vasconcelos fala sobre o desafio de pensar verde não apenas pelo aspecto econômico, mas principalmente pelo menor impacto que essas construções prometem ter no meio ambiente. Quanto ao universo Buildings, crescemos mais nas cidades onde já fazíamos pesquisa, e acrescentamos os municípios mais importantes da Grande São Paulo. Confira na lista abaixo os mercados que temos nesta edição: Municípios

Edifícios com lajes acima de

Total de edifícios

São Paulo

300 m²

855

Rio de Janeiro

600 m²

208

Barueri

300 m²

31

ABCD (Novo)

300 m²

9

Osasco (Novo)

300 m²

5

Salvador

400 m²

19

Recife

400 m²

30

Total do Universo Buildings

1157

Espero que você tenha uma boa leitura. Fernando Libardi

www.buildings.com.br

05

Espaços Corporativos Online


Capa

O MERCADO IMOBILIÁRIO CORPORATIVO CONTRA A CRISE

Q

uando esta última crise internacio-

1929 não se via uma crise desta proporção e

como já se tem visto em algumas partes dos

nal começou a dar os ares da sua

com tanta repercussão internacional. Mas tal-

EUA e alguns países da Europa.

(des)graça, pouquíssimos especia-

vez a história agora seja um pouco mais com-

listas puderam prever o destino que ela teria.

plicada, principalmente para os EUA, epicen-

nos, como o New York Times, têm publicado

O próprio jornal britânico The Guardian publi-

tro dos acontecimentos. Grandes empresas e

artigos com um tom sombrio para o futuro do

cou uma lista que apontava alguns dos grandes

grandes bancos, que historicamente mantinham

mercado imobiliário corporativo nos EUA, o

nomes do cenário internacional, como Alan

uma tradição de força e robustez, tombaram. A

que nos dá a sensação de que a situação ainda

Greenspan, ex-presidente do FED americano,

economia não vai bem. Por isso, o que esperar,

pode piorar.

Gordon Brown, Primeiro-Ministro da Grã-

então, para o futuro do mercado imobiliário

Bretanha, Hank Greenberg, ex-presidente da

corporativo?

pontos deste círculo vicioso do mercado imobi-

seguradora AIG, que erraram categoricamente

liário americano comentados nesses artigos.

quanto à crise. Portanto, não é nosso objetivo

desde a construção até as negociações de novos

descrever aqui seu início, nem como ela foi

contratos, reage de forma mais lenta aos acon-

dial, as coisas só pioraram a partir do 4º trimes-

crescendo. Poucos assuntos têm aparecido com

tecimentos econômicos, o chamado delay. Mas

tre de 2008, e antes o que era suspeita tornou-

tanta freqüência nos jornais ao redor do mun-

alguns fatores na economia podem acelerar

se certeza. 2009 começou com demissões em

do. Com razão. Desde a Grande Depressão de

essa interferência, gerando um círculo vicioso,

massa; montadoras de veículos, antes ícones

Sabe-se que o mercado corporativo,

Nos últimos meses, jornais america-

Veja no quadro abaixo os principais

Infelizmente para a economia mun-

Círculo vicioso do mercado imobiliário americano 1. Recessão econômica

- A primeira conseqüência é a diminuição do consumo, principalmente de bens considerados não essenciais. Com menor consumo, as empresas produzem menos, e o que já está à venda fica parado nas lojas, trazendo para os fabricantes e revendedores o ônus do problema social.

2. Corte de pessoal

– Com a demanda de consumo diminuindo e as empresas vendendo menos, mas tendo que manter seus compromissos financeiros, surge a necessidade de corte de pessoal. Com menos pessoas nas empresas há uma regressão no tamanho do espaço usado, forçando negociações de rescisão de alguns contratos locatícios, quando não há inadimplência.

3. Retrocesso do mercado imobiliário

- Com mais espaços disponíveis, a taxa de vacância sobe e os preços de aluguéis caem, prejudicando o pagamento de empréstimos, muitas vezes tomados pelos incorporadores para a construção dos edifícios. Surge a necessidade de renegociar dívidas; a situação dos bancos, que já é delicada, acaba piorando ainda mais. No Brasil este impacto é menor, pois o envolvimento dos Bancos no mercado imobiliário corporativo é proporcionalmente bem menor – a maioria dos edifícios comerciais são desenvolvidos com participação Equity, ao invés de Debt.

4. Diminuição de investimentos

- Sem condições de renegociar as dívidas, cresce a inadimplência e o mercado fica sem crédito, o que prejudica diretamente os futuros investimentos.

www.buildings.com.br

06

Espaços Corporativos Online


do sucesso americano, agora pedem ajuda ao

tigo prédio da Eletropaulo. Esse já

governo para não fecharem. E de carona vem

não é o caso de vários bancos ame-

os grandes mercados da Europa e Ásia. Gran-

ricanos, cujos imóveis ocupados

des esforços tem sido feitos por parte de vários

pertencem a investidores e, com a

governos mundiais para tentar cessar o círculo

oscilação da bolsa, a incerteza é um

vicioso em que a economia mundial mergu-

fator sempre presente.

lhou, mas só o tempo dirá se efetivamente elas

amenizarão ou mesmo solucionarão esses pro-

analistas de mercados internacio-

blemas.

nais têm apontado países como o

Por essa e outras razões,

Felizmente para nós brasileiros a si-

Brasil como uma alternativa à crise.

tuação aqui, por enquanto, ainda é diferente.

Apesar disso, o tom otimista assu-

Nossa legislação difere da americana no que

mido pelo governo aqui no Brasil

diz respeito ao modo como os bancos operam.

passou a ser lentamente trocado por

No Brasil, comenta André Rosa da Jones Lang

um mais sério e preocupado nesses

LaSalle, os grandes bancos são donos dos imó-

últimos meses. O Brasil já começa

veis que ocupam, como é o caso do Itaú, com

a sentir os primeiros efeitos colate-

os Edifícios Itausa, no Jabaquara; o Bradesco,

rais mais sérios. A desaceleração do

com a Cidade de Deus, em Osasco, ou mesmo

mercado econômico, como um todo,

o Banco Santander, com a Torre São Paulo, an-

já é uma realidade aqui também.

Mas, enfim, como essa turbulência econômica está afetando efetivamente o mercado imobiliário corporativo no Brasil? Como estão reagindo os diferentes setores deste mercado?

Comecemos com uma visão mais pa-

André Rosa - Diretor da Jones Lang LaSalle

“O efeito da crise sobre os bancos brasileiros será menor, já que muitos deles são donos dos imóveis que ocupam” www.buildings.com.br

60 mil m². Um ano depois esse valor foi ultrapassado, chegando a 97 mil m². No 3º trimestre

norâmica. Com o grande crescimento dos últi-

de 2008 esse valor foi novamente superado e o

mos dois anos, os países em desenvolvimento

volume total entregue foi 99 mil m².

passaram a apresentar uma demanda bem maior

que a oferta por imóveis e espaços comerciais.

rico, a taxa de vacância total na cidade conti-

Assim, por exemplo, em 2007 e principalmente

nuou caindo até o 2º trimestre de 2008 quando

em 2008, houve um enorme crescimento do se-

a média da cidade atingiu 5,12%, um valor bem

tor com grande volume de construção, entrega e

abaixo do considerado saudável na cidade. A

absorção dos novos espaços.

taxa comumente considerada saudável é 10%.

Comprovando o crescimento histó-

Nesse período, o mercado corporati-

Algumas sub-regiões que atendem as grandes

vo de São Paulo bateu recordes sucessivos de

corporações atingiram taxas de até 4%. No fe-

crescimento. No 3º trimestre de 2007, o volume

chamento de 2008, a taxa média de vacância

de m² em construção tinha sido o maior da his-

estava, em 4,88%. Os números são ainda mais

tória na cidade, mas apenas um ano depois o

significativos se olharmos para o mercado de

recorde foi novamente batido; eram quase 600

edifícios Classe A (laje mínima de 700 m² a

mil m² em construção na cidade no 3º trimestre

altas especificações técnicas). A taxa de vacân-

de 2008.

cia para esse segmento está em franca queda há

A entrega de novo estoque também

mais de 2 anos consecutivos e no 4º trimestre de

cresceu muito. O maior volume de novo esto-

2008 estava em 5,09%.

que tinha sido o do 4º trimestre de 2006, quase

07

O caso do Rio de Janeiro, o segundo

Espaços Corporativos Online


Capa mercado corporativo mais importante no Brasil,

história da cidade. Nesta mesma região, o preço

comecem a cair um pouco, mas para ele a crise

foi ainda mais interessante. Caracterizado pela

máximo pedido no edifício mais caro, não pas-

só pode ser assim chamada quando começar a

estagnação até o final de 2006, a cidade do Rio

sava dos R$ 100,00/m² no primeiro trimestre de

afetar os preços de maneira significativa, o que

de Janeiro viu seus números se modificarem

2008.

ainda não aconteceu. Segundo ele ainda, essa

gradualmente e os anos de 2007 e 2008 foram

Se a crise não tivesse piorado no final

desaceleração que vem se percebendo no mer-

marcados pela grande virada. No 4º trimestre de

do ano passado, até quando esse crescimento

cado é devido às incertezas quanto ao futuro,

2007 o volume de m² em construção na cidade

teria permanecido? Até quando seria possível

mas pode ser vista com melhores olhos. O cres-

foi o maior já registrado: 375 mil m². A con-

sustentar tal situação?

cimento estava começando a esbarrar em limi-

seqüência foi um recorde na entrega do novo

tações, como disponibilidade e preço dentro da

estoque no 3º trimestre de 2008; pouco mais

construção civil, como o cimento, ou aumento

de 63 mil m² estavam disponíveis para novas

exagerado de preços, por exemplo.

negociações. Apesar disso, a taxa de vacância

total se manteve em queda, alcançando críticos

alívio no mercado de escritórios pois a taxa de

3,52% no fechamento de 2008.

vacância do mercado Classe A em 2008 estava

“Penso que esta crise resultará em um

extremamente baixa” comenta Bruce Lorimer,

O que poderia mudar com o agravamento da crise no final de 2008?

sócio-diretor da Ocupantes Consultoria Imobiliária, empresa especializada na representação de usuários finais corporativos. Ele acrescenta que “tirando a pressão forte sobre os valores

Para responder a essa pergunta temos

de aluguel, eles devem cair no médio prazo.

que distinguir dois cenários diferentes: o da “ca-

No longo prazo, como o mercado é cíclico, os

deia produtiva” de edifícios comerciais - investi-

valores devem aumentar novamente à medida

mentos de compra de terrenos, desenvolvimento

que a demanda ultrapassa a oferta. Creio que

de projetos e construção efetiva dos edifícios - e o das empresas que ocupam esses edifícios.

Rafael Camargo -Diretor da Binswager Brasil

“O mercado corporativo pode passar pela crise se seus ‘jogadores’ se adaptarem e jogarem conforme as novas regras”

Primeiro cenário – Euforia na construção civil comercial.

Temos aqui as grandes incorporado-

ras e/ou construtoras que abriram seu capital para o mercado, arrecadaram volumes enormes de investimentos e, acreditando que o mercado só melhoraria, aumentaram muito sua carteira de imóveis. É claro que com a grande procura, os valores foram inflacionados e todo o processo, apesar de estar a pleno vapor, passou a ser muito caro em todas as suas etapas. A consequência direta foi o grande acréscimo no valor dos imóveis prontos. Mas, apesar dos altos preços, o mercado extremamente aquecido, acabou absorvendo quase que a totalidade dos empreendimentos que eram entregues ou lançados. No final de 2008, alguns edifícios na região da Faria Lima, uma das áreas comerciais mais caras de São Paulo, chegaram a ter preço pedido de R$ 150,00/m², um dos valores mais altos da

www.buildings.com.br

É o questionamento que levantou Ra-

fael Camargo, da Binswanger Brasil, empresa

por estarmos em um mundo cada vez mais globalizado, os ciclos imobiliários se tornam cada vez mais curtos. Antigamente estes ciclos eram de 10 em 10 anos (altas em 1990, 2000 e 2008 e baixas em 1992, 2002 e 2009 (ainda caindo). Portanto, estimo que teremos queda na absorção líquida de espaços corporativos de escritórios e nos respectivos valores pelos próximos 2 ou 3 anos”. Segundo cenário: empresas que ocupam os edifícios.

Esse cenário também precisa ser di-

vidido em dois momentos distintos quanto a sua ocupação física:

especializada em gestão de bens imobiliários corporativos e institucionais, no Brasil e no Ex-

1) É o das empresas que já renegociaram seus

terior. Ele declarou que devido à crise interna-

contratos, relocalizaram, expandiram, instala-

cional o mercado corporativo brasileiro poderá

ram ou abriram escritórios durante esses dois

passar, não por uma crise, mas por um ajuste.

últimos anos; neste caso o que se acredita é que

Com a desaceleração do mercado é natural que

dificilmente mudarão suas decisões.

ocorra uma modificação de valores e os preços

08

É o que pensa Dani Ajbeszyc, da

Espaços Corporativos Online


difícil, principalmente considerando que as melhores previsões de entrega de novo estoque Classe A para esse ano é de pouco mais de 95 mil m² (lembrando que a previsão é baseada em informações das construtoras, mas que atrasos são relativamente comuns). 2) É o das empresas que estão exatamente em fase de instalação, mudança, expansão ou renegociação de contratos a partir do 4º trimestre de 2008. Estas sim estão em posição de mudar o destino de sua ocupação, e modificar o planejamento futuro. É com essas empresas que poderíamos medir o quanto a crise está afetando efetivamente o mercado imobiliário corporati-

Dani Ajbeszic - Diretor da Cyrela Commercial Properties

“Empresas que já fizeram seus planejamentos e se relocalizaram ou expandiram, dificilmente retrocederão”

vo. Com a incerteza do futuro, apostar em um crescimento talvez tenha sido considerado imprudente para muitas empresas, como é o caso de algumas multinacionais, principalmente do setor financeiro, como o de bancos. A opção adotada foi a de esperar e ver como as coisas se acomodariam.

Renato Srur, reconhecido investidor

Renato Srur - Grupo São Joaquim

“Nossa atenção está sendo redirecionada para outros mercados que estão se destacando”

Cyrela Commercial Properties, uma das principais empresas de investimento e locação de imóveis comerciais na região metropolitana de São Paulo, que desenvolve e adquire para locação edifícios corporativos de alto padrão, shopping centers, galpões e centros de distribuição. Para ele, empresas que já fizeram seus planejamentos e se relocalizaram ou expandiram suas áreas dificilmente retrocederão, já que os investimentos iniciais com os novos escritórios representam uma grande soma de dinheiro. Outra questão é quanto às expectativas futuras. Com um mercado com uma taxa de vacância tão baixa, será que haverá espaços no futuro para retomar o crescimento, caso essa crise passe? Se for esse o caso, a possibilidade de reocupar espaços que foram devolvidos pode ser bem

www.buildings.com.br

09

Espaços Corporativos Online


Capa imobilário, por exemplo, viu quatro de seus clien-

mudança.

tes desistirem do fechamento de seus contratos,

alguns destes por ordem de suas sedes, nos EUA,

direcionada para um mercado que está se des-

como foi o caso de um banco americano.

tacando: o de imóveis comerciais de áreas em

to ao futuro. Nestes últimos meses a BinswanA aposta do Srur será em parte re-

Ele comenta, ainda, que o que se tem

crescimento, como tem sido a região sul da

visto no mercado, neste momento, é uma busca

Marginal Pinheiros. O aumento de opções de

por espaços menores e com preços mais acessíveis.

empreendimentos residenciais e áreas de lazer

Por isso, os edifícios que serão entregues neste ano

como shopping centers, parques temáticos, te-

terão mais dificuldades para serem ocupados. O

atros, grandes hotéis, centros de convenção e

investidor/incorporador teria, então, duas opções:

novas estações de metrô e trens metropolitanos,

alugar por um preço mais baixo e arcar com a di-

por exemplo, têm atraído bons investimentos

ferença (lembrando que preços das propriedades e

para essa região que ladeia o Rio Pinheiros até a

da construção civil estavam muito altos em 2008),

Avenida Interlagos. Quanto ao futuro, ele acre-

ou aguardar e tentar alugar pelo preço praticado no

dita que se a crise se mantiver nós sentiremos o

mercado até há pouco tempo, o que significa arcar

seu impacto real em 6 a 12 meses, mas acres-

com altos custos de condomínio e IPTU. Em am-

centa que não acredita que a influência da crise

bos os casos há uma grande probabilidade de perda

será tão grande quanto alguns estão esperando.

de algum capital.

ger viu seus negócios crescerem principalmente para a representação de proprietários.

A Cyrela também acredita que haverá

Outro aspecto, apontado por Renato

uma diminuição no volume de investimentos

Srur como uma dificuldade, é que houve um

das grandes corporações, mas isso só fará o

grande interesse em investir em edifícios comer-

mercado se estabilizar. Por isso, está apostando

ciais. Ele conta que um de seus empreendimen-

em imóveis de qualidade, que somam vanta-

tos, inicialmente concebido para ser um grande

gens como excelente localização e infra-estru-

hotel, foi revertido para um edifício comercial

tura diferenciada, o que eles chamam de “em-

devido ao grande aquecimento do mercado e

preendimentos óbvios”. Para a Cyrela manter a

menor investimento necessário para a entrega

qualidade dos seus empreendimentos é garantia

do mesmo. Um prédio destinado a área hote-

de uma ocupação mais sólida já que, na ótica

leira tem, além dos investimentos na estrutura

da empresa, os prédios de menor qualidade são

do edifício, os gastos diretos com decoração e

desocupados primeiro.

equipagem, o que representa um investimento

bem maior. No momento dessa decisão, a rela-

tos, podemos perceber que há um sentimento de

mer também diz que seus negócios não foram

ção de custo e benefício favorecia em muito a

confiança e boas perspectivas de que o mercado

afetados. Na verdade, em um momento de crise,

corporativo brasileiro pode passar pela crise, se

as grandes empresas estariam mais dispostas a

seus “jogadores” se adaptarem e jogarem con-

apostarem em novos desafios, desde que bem

forme as novas regras.

amparados por profissionais especializados,

Rafael Camargo, por exemplo, com-

como é o caso da Ocupantes. “Os produtos imo-

partilha desse sentimento e se diz otimista quan-

biliários são um meio e não o fim em si para

Considerando esses posicionamen-

Bruce Lorimer - Sócio-Diretor da Ocupantes

“Em um momento de crise, as grandes empresas estarão mais dispostas a apostarem em novos desafios, se bem amparadas”

Pelo lado dos inquilinos, Bruce Lori-

nossos clientes, portanto, enquanto houver mudanças externas que geram mudanças físicas, é grande a chance de sermos procurados pelos nossos serviços. Penso também que o cliente que percebeu em nós um trabalho diferenciado no tempo de euforia e expansão lembrará de nós na hora da crise, seja para renegociar um aluguel ou achar novos imóveis comerciais ou indus-

www.buildings.com.br

10

Espaços Corporativos Online


triais com condições comerciais vantajosas”.

Em recente entrevista concedida ao

Latin Business Chronicle, David L. Berger, Diretor da NAI Global para a América Latina e Caribe, quando questionado especificamente quanto ao caso do Brasil, declarou que tem uma boa perspectiva e considera que o Brasil seja o mais forte da região. Ele menciona ainda que os especialistas locais estão bem confiantes.

Isso tem um bom fundamento. Devi-

do à forte demanda observada nos últimos anos e a baixíssima taxa de vacância, o mercado pode não sentir tão fortemente os efeitos da crise, a não ser que os EUA e Europa não encontrem uma saída para a crise até o final de 2009.

Neste ponto podemos citar uma histó

ria que ilustra de maneira bem clara o momento que passamos.

O Vendedor de salgados

Conta-se que um vendedor de salgadinhos ficava na porta de uma faculdade fazendo

suas vendas. Ele sempre foi muito caprichoso e tinha muita atenção na qualidade de seus produtos e atendimento aos seus clientes, por isso, via seu negócio crescer a cada dia. Com o dinheiro que conseguia nas suas vendas, ficou orgulhoso em poder bancar os estudos do filho mais velho que foi fazer economia numa das melhores universidades do país.

Nesta mesma época, o país atravessou uma dificuldade econômica e com o passar do tem-

po o filho, que não tinha o mesmo tino para os negócios que o pai, começou a enxergar alternativas para que o pai economizasse e, portanto, ganhasse mais dinheiro. O pai, muito em dúvida, achou estranho os conselhos do filho de buscar fornecedores mais baratos, investir um pouco menos na qualidade de seus produtos e gastar menos tempo “proseando” com os clientes. Mesmo assim, se considerando muito “ignorante”, achou que seria melhor acatar os conselhos do filho.

As conseqüências de tais medidas não tardaram a mostrar seus resultados. Os clientes

começaram a sumir e em pouco tempo as vendas estavam pela metade.

Aborrecido com a “crise”, supostamente responsável pela diminuição das suas vendas,

ele mencionou o fato a um cliente, que comentou surpreso:

- Pelo que eu tenho ouvido dos meus amigos, a verdade é que as pessoas pararam de

comprar com você por causa do sabor e da aparência que seus salgados passaram a ter de um tempo pra cá... Você também não é mais o mesmo, perdeu o “toque”. Muitos amigos meus achavam suas histórias muito engraçadas e agora comentam que você mudou, está mais sério e não conversa mais como antes, está sempre ocupado...

Esse comentário só o fez ver com clareza o que ele já tinha percebido, que com crise

ou sem crise o que importa é o cuidado com que se faz seu trabalho. Resolvido a reverter essa situação, entendeu que tinha uma missão dupla: voltar a melhorar a qualidade de seus produtos e reconquistar a confiança de seus antigos clientes. Não é demais dizer que ambos os objetivos foram alcançadas em um tempo considerável.

www.buildings.com.br

Apesar dos incômodos que certamen-

te virão nos próximos meses, a receita sugerida

11 09

é manter um trabalho sério, cortar gastos desnecessários e continuar investindo naquilo que torna qualquer negócio único: competência e profissionalismo. Mas acima de tudo entender que a grande euforia quanto ao crescimento do mercado imobiliário está em xeque e para salvar o jogo será necessário jogar com uma nova visão, a de que o mercado está mais enxuto, racional e competitivo; de que os gastos precisam ser melhor pensados, analisados e programados. Quem começar a jogar sob estas novas regras terá mais chances de vencer. Tenho falado à minha garota: - Meu bem, é difícil saber o que acontecerá. Mas eu agradeço ao tempo. O inimigo eu já conheço. Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço. A voz resiste. A fala insiste: você me ouvirá. A voz resiste. A fala insiste: quem viver verá. Belchior – Compositor brasileiro Música “Não leve flores” Álbum “Sem Limites”. n

Espaços Corporativos Online


Técnica

Diferentes tipos de laje Neste 1º trimestre de 2009, a Revista Buildings completa 1 ano de publicação. Procurando atender cada vez mais às necessidades dos nossos leitores, e em resposta à alta receptividade ao artigo sobre Medição de Áreas na penúltima edição, publicaremos, a partir deste trimestre, uma série de 4 matérias técnicas relacionadas ao espaço físico de trabalho e fatores que afetam sua escolha. As matérias a serem abordadas são: • Lajes e eficiência de espaço; • Localização do imóvel, acesso e proximidade com meios de transporte; • Acabamentos; • Outras especificações técnicas, incluindo sistema de ar condicionado, tipos de forro e piso. Nesta primeira matéria vamos abordar o assunto de eficiência dos diferentes tipos de lajes.

A

palavra arte (do latim ars, significa “técnica ou habilidade”) geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e idéias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores. Não há dúvida de que a arquitetura, em sua longa história, já alcançou esse patamar de excelência. Muitas obras arquitetônicas como pontes, praças e edifícios, sejam eles centenários ou absolutamente contemporâneos, nos fazem muitas vezes parar e, até estarrecidos, admirá-los. Quanto à beleza e imponência, um edifício com um arrojado projeto arquitetônico, independente de seu estilo, é muito mais agradável de admirar. Mas como temos abordado constantemente em nossas matérias, a beleza visual não é suficiente para um mercado com alto nível de concorrência e busca do equilíbrio entre custos e benefícios, como é o mercado imobiliário corporativo. O grande desafio dos arquitetos e projetistas é conciliar a beleza do projeto com a praticidade e eficiência de seu uso.

Com a evolução do ambiente de trabalho (abordada na matéria principal do trimestre anterior¹) a pergunta que se faz é: é possível continuar a construir edifícios que sejam cada vez mais bonitos e funcionais, sem que isso gere custos desenecessários? Entendemos que a resposta é sim, e mostraremos porque. Na edição do 3º trimestre de 2008 falamos sobre os diferentes tipos de áreas e como elas são obtidas² e apresentamos um índice muito usado pelos técnicos: eficiência de área. Quanto maior a eficiência, melhor é a ocupação que se pode fazer do espaço. É fácil entender, a partir desse momento, que o tipo de laje, bem como o projeto do “core”, ou o local onde ficam os elevadores, escadas e outras áreas comuns, que pode ser central ou lateral, são fundamentais para melhorar a eficiência. Existem duas formas principais para calcular a eficiência de um imóvel: Eficiência de área útil³ = área útil / área locável4 x 100 Eficiência da área de carpete5 = área de carpete/área locável x 100

¹ “A evolução da concepção do espaço de trabalho”. Revista Buildings, 4º trimestre de 2008, pg. 6 – 11. ² “Por que existem tantos tipos de áreas?”. Revista Buildings, 3º trimestre de 2008, pg. 10 – 12. ³ Área Útil, diferente de área privativa, é a área de carpete somada à área de banheiros, copas e depósitos. 4 A área locável é a área sobre qual o locador calcula o aluguel, normalmente a área privativa. 5 A área de carpete é a área efetivamente utilizada pelo escritório, ou seja, onde poder-se-ia colocar carpete; exclui áreas molhadas e depósitos.

www.buildings.com.br

12

Espaços Corporativos Online


Edifício A

Edifício B

Área Privativa

1.000 m²

1.000 m²

Área Útil

900 m²

920 m²

Área de Carpete

800 m²

850 m²

Eficiência de Área Útil

90%

92%

Eficiência de Área de Carpete

80%

85%

Preço Pedido

R$ 50.000,00

R$ 50.000,00

Preço por Área Privativa

R$ 50,00 / m²

R$ 50,00 / m²

Preço por Área Útil

R$ 55,56 / m²

R$ 54,35 / m²

Preço por Área de Carpete

R$ 62,50 / m²

R$ 58,82 / m²

é tanto a parte visual, mas a funcional. Empresas com uma grande proporção de salas de gerentes e diretores, e salas de reunião, podem reduzir as ineficiências colocando estas salas nas curvas, caso existam. Vejamos alguns exemplos de (in)eficiência de plantas: 1 - Área Privativa grande em proporção à área de carpete Muitos edifícios, principalmente os mais antigos, apresentam uma planta com um espaço pequeno para o uso do ocupante, ou seja, a área de carpete, que é o espaço que o inquilino efetivamente ocupa. Nesses casos, dizemos que a eficiência da área de carpete é pequena. Veja o exemplo a seguir:

Área de carpete +

Quando o objetivo do cálculo da eficiência é para a acomodação de mobiliário, usa-se a eficiência da área de carpete, sendo uma conta mais efetiva para o ocupante. A eficiência, nesse caso, nos diz o quanto estamos pagando por cada m² disponível para acomodação do mobiliário específico do escritório, já que neste cálculo não entram as “áreas molhadas” (como banheiros, copa) e depósito. São diversos os casos em que um edifício tem um tamanho de laje grande, mas sua eficiência é baixa, devido ao tipo de configuração que a planta apresenta. Isso afeta o custo do espaço, conforme exemplificado com dois edifícios hipotéticos A e B. Veja a comparação na tabela a seguir:

Área privativa

Área de uso comum

Existe um “porém” neste exemplo: e se o Edifício B, aparentemente mais eficiente, não tiver um número adequado de banheiros? Por isso a conta de Eficiência da Área Útil é útil. Essas fórmulas são uma abordagem simplificada, pois existem fatores que causam ineficiências e não são levados em consideração, pois não afetam o cálculo de área. Exemplos são: • Edifício com curvas acentuadas e/ou com ângulos de paredes diferentes de 90 graus; • Medidas fora de modulação padrão; • Pilares localizados em locais inconvenientes; • Core mal posicionado. Por este motivo, é importante fazer um “test-fit” para verificar se uma planta é adequada para seu negócio. É claro que nem todas as empresas têm os mesmos princípios ou fazem o mesmo aproveitamento de área. O típico exemplo são empresas de arquitetura e de publicidade, para quem o ambiente do escritório transmite a “mentalidade” da empresa, a chamada imagem corporativa; logo, um prédio mais arrojado, com arquitetura diferenciada seria uma ótima opção. Mas se a empresa é do ramo financeiro ou administrativo, o objetivo não

www.buildings.com.br

Área locável = 436 m² (que nesse caso é a área privativa, ou seja a área de carpete mais a área de uso exclusivo, como hall de elevadores, copa e banheiros) Área de carpete = 352m² Eficiência da área de carpete = área de carpete/área locável x 100 Eficiência da área de carpete = 352/436 x 100 Eficiência da área de carpete = 80,73% Esse valor de 80,73% é considerado baixo, já que a eficiência de prédios mais modernos dificilmente é menor que 92%. 2 - Plantas não-quadradas Para calcular a eficiência de plantas não-quadradas, uma forma simples é dividir o espaço em módulos de 1 m² , e comparar quantos módulos caberiam se a área fosse quadrada. 2.1 - Andar arredondado ou circular: De forma geral, curvas no layout aumentam o risco de ineficiência da área; se a curvatura for acentuada, a eficiência será bem menor que um de planta quadrada ou retangular. A área ocu-

13

Espaços Corporativos Online


Técnica pada dentro das curvas não compreende mobiliário padrão, sendo necessário fazê-los sob medida. Veja o exemplo:

Área do quadrado = 22 m² (20 quadrados inteiros e 4 metades) Número de módulos completos no quadrado = 20 Num retângulo de 22 m² caberiam 22 módulos Eficiência do triângulo = 20/22 x 100 = 90,90% Neste caso, o método deve ser considerado por toda a planta, obtendo, assim, a eficiência de todo o conjunto ou andar, quanto for o caso. 2.2 - Andar Triangular A estimativa de ineficiência se faz da mesma forma que para um prédio com curva. Veja o exemplo:

Área do triângulo = 17 m² (15 quadrados inteiros e 4 metades) Número de módulos completos no triângulo = 15 Num retângulo de 17 m² caberiam 17 módulos Eficiência do triângulo = 15/17 x 100 = 88,23% 3 – Dificuldade com as medidas fora de modulação Muitos equipamentos e mobiliário hoje em dia são modulados, ou seja, diferentes fabricantes seguem os mesmos padrões de medidas de altura, largura e pofundidade, principalmente para bancadas e mesas. Assim, no caso de projetos que exijam a encomenda de mobiliário feitos sob medida, o que é comum para algumas partes de andares arredondados ou triangulares, a empresa precisa considerar que o planejamento da obra poderá sofrer um atraso, se isso não for considerado no início dos trabalhos. 4 - Pilares Embora a medida de área de carpete já exclua pilares, dependendo da posição dos mesmos, e naturalmente do tamanho,

www.buildings.com.br

14

a eficiência da laje ficará comprometida. Na maioria dos prédios de alto padrão entregues hoje em dia, não há interferências de pilares, que são construídos nas laterais do prédio de forma menos intrusiva possível na planta. Em alguns edifícios, porém, existem pilares localizados, por exemplo, a um metro da lateral do prédio. Embora possa ser aproveitado às vezes por armários ou vasos, este espaço entre o pilar e a lateral tem utilidade reduzida. 5 - Posicionamento do Core Primeiramente, o posicionamento e as medidas do core devem estar condizentes com a modulação do prédio para que seu impacto seja o menor possível no planejamento de espaço. À primeira vista, um core lateral gera maior eficiência de área. A grosso modo isso é correto, porém, quando a laje é muito grande, a colocação de um core central elimina Core Lateral um problema: a distância entre as janelas e o core. Se essa distância for muito estreita, pode requerer mobiliário sob medida e se esta distância é muito grande, o ocupante se deparará com dois problemas: a) falta de incidência de luz natural nas proximidades do core; b) a necessidade de criar mais corredores de circulação. Ou seja, o core lateral é recomendável para plantas alongadas e estreitas. Considera-se, de modo geral, que lajes quadradas Core Central com mais de 1.000 m² devem usar core central. A distância de fuga, para atender a regulação dos bombeiros, é outro fator que influenciará o posicionamento do core. Por fim, inquilinos devem se atentar para outras duas outras formas de “ineficiência”: 1) Quando o locador adota uma área ainda maior do que a área privativa sobre qual cobrará o aluguel. 2) Quando o espaço locável possui uma área de terraço. A maioria dos proprietários irá cobrar um aluguel sobre esta área. O locador teve um investimento para construir o prédio, inclusive o terraço, portanto quer cobrar pela locação desta área, por outro lado a maioria dos usuários não tem necessidade de um terraço, pois não é possível colocar mesas! Ainda por cima, a área do terraço entra na conta do rateio de condomínio, além de que o locatário deve mantê-lo limpo. n

Espaços Corporativos Online



O Custo da Sustentabilidade “Os números não mentem!!!” Será?

O

s cartesianos de plantão costumam utilizar tais axiomas para validar suas estratégias e raciocínios. Entretanto, quando se trata de sustentabilidade, onde há mais perguntas que respostas, os custos tangíveis não respondem mais às demandas e necessidades da sociedade. O mercado imobiliário brasileiro deverá brevemente adotar novos parâmetros para validar suas gestões de custos frente ao fato que o risco da não adoção de práticas sustentáveis nos processos de produção; o risco de não adotá-las está ficando maior. Neste sentido, cristalizam-se 2 conceitos, dentro do pensamento econômico mundial, que serão a base de uma nova equação de custos, que agregam passivos e ativos ambientais: 1. A perenidade de um negócio será diretamente proporcional ao seu padrão de sustentabilidade econômica, social e ambiental. 2. Sustentabilidade não é custo, é investimento. Tais tendências, quando confrontadas com a realidade da indústria da construção civil no Brasil, adquirem um status abstrato e distante. E quando eventualmente incorporadas a um empreendimento imobiliário, assumem um caráter de diferencial de marketing, direcionado a um pequeno nicho do mercado. Concretamente, não passam de uma superficial “eco-maquiagem”, ainda que com inúmeras exceções. A despeito deste cenário, acredito, com ressalvas, que todo setor imobiliário gostaria de produzir sem agredir o meio ambiente, garantindo altos níveis de eficiência energética nas edificações, reduzindo custos operacionais do empreendimento, contribuindo no esforço para redução das emissões de CO2, bem como ampliando os padrões de produtividade e saúde dos usuários. Estes atributos, entre outros, já foram qualificados e quantificados por inúmeras pesquisas internacionais, e demonstram a necessária e urgente reformulação dos processos de produção dos edifícios e cidades, tendo em vista o enorme impacto do setor da construção civil no contexto das questões ambientais e energéticas. Todavia a competitividade do setor, aliada a outros fatores como padrão de desenvolvimento tecnológico, ausência de cultura especifica em toda a cadeia produtiva, legislação incipiente, mercado restrito e elitizado,

www.buildings.com.br

16

entre outros, colocam a questão do custo como “O Grande Entrave” ao fortalecimento de um ciclo virtuoso nascente. Mas afinal é mais caro desenvolver um produto imobiliário sustentável? A resposta está em algum lugar entre NÃO e DEPENDE. Nos últimos anos, tem-se divulgado valores percentuais de acréscimo à construção convencional que beiram ao irracional, desde comprovações empíricas de que o investimento inicial é menor, a incrementos da ordem de 30% a 40%. Avalia-se o custo adicional destes empreendimentos como se tivessem o mesmo padrão tecnológico, pertencessem a mesma tipologia de edificação, tivessem os mesmos atributos de sustentabilidade, a mesma metragem quadrada, etc. Este equívoco, a “desinformação”, trabalha contra a plena adoção das práticas necessárias às reduções do impacto ambiental das edificações. Quando afirmo que não há custos adicionais, não me refiro ao capital inicial necessário à realização do empreendimento, e sim aos benefícios financeiros e ambientais futuros. Neste sentido, alguns conceitos deveriam definitivamente passar a integrar os estudos de viabilidade dos empreendimentos imobiliários. O primeiro, e talvez o mais importante, seja a inclusão das variáveis relacionadas ao ciclo de vida das edificações. Considerando um período de vida útil de 50 anos em operação, os custos de projeto e construção representam menos de 10% dos custos com a operação, insumos, manutenção e pessoal ao longo de seu ciclo de vida. Neste cenário, um custo adicional de 2% por exemplo, sobre o montante que representa apenas 10% do custo total pode ser considerado desprezível, face aos benefícios diretos e indiretos da inclusão de tecnologias e estratégias voltadas à redução do impacto ambiental das edificações.

Ricardo Vasconcelos - Arquiteto Urbanista , especialista em Conforto Ambiental e Eficiência Energética pela USP, - Mestre pela Universidade de São Paulo na área de edifícios de escritórios e alta tecnologia, - Professor de Graduação e Pós-Graduação da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, - Arquiteto titular do escritório “RVA & Associados”, - Membro do GBCB, - Diretor da CA2 – Consultores Ambientais Associados.

Espaços Corporativos Online


Eventos 2º trimestre 2009

Estudos do USGBC/LEED avaliam que o custo adicional para construção de um “Green Building” varia de 1% a 7% do valor total do empreendimento; tal variação deve-se ao padrão de certificação pretendida. Um segundo conceito importante refere-se ao “payback” consolidado dos investimentos adicionais relacionados à sustentabilidade do edifício. A redução do consumo global de energia das edificações, obtido através de diferentes tecnologias e estratégias passivas de projeto e outros insumos, garantem um desempenho financeiro superior às construções convencionais. Outra pesquisa, realizada nos EUA com dezenas de prédios “verdes” em operação, aponta que o custo adicional médio é de 2% para um ganho financeiro médio de 10% a 15% no ciclo de vida da edificação. Todavia, uma terceira pesquisa realizada neste mesmo país, com 139 edifícios aponta que a percepção de custo adicional gira em torno de 17%. A disseminação destes conceitos, entre outros, a produção e a divulgação sistemática de pesquisas qualificativas e quantitativas do desempenho destes edifícios é fundamental para acelerarmos os processos de implantação de novas edificações, ou “retrofit” das existentes, rumo a uma cidade mais sustentável. Por fim, devemos lembrar que o passivo ambiental não tem preço. n

Abril

Empresa / Assunto

03

CBCS / Projeto

Cidade

06

FGV / MBA em Gestão de Sustentabilidade

13

CBCS / Avaliação de Sustentabilidade

São Paulo

CBCS / Oficina de Água

17

CBCS / Materiais

Maio 08

CBCS / Projeto

11

CBCS / Avaliação de Sustentabilidade

15

CBCS / Materiais

São Paulo

Junho 04

GBC Brasil / Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos da Construção Civil

05

CBCS / Projeto

08

CBCS / Avaliação de Sustentabilidade

19

São Paulo

CBCS / Oficina de Água CBCS / Materiais

Ricardo L. Vasconcelos

O

Evolução do Sistema de Certificação LEEDTM no Brasil sistema LEEDTM de selo verde compreende 6 categorias, sendo elas LEED-HOMES, LEED-ND (Neighborhood Developments), LEED-CI (Commercial Interiors), LEED-CS (Core and Shell), LEED-NC (New Constructions), e LEED-EB (Existing Buildings). Cada uma delas divide-se nas seguintes áreas a serem pontuadas: SS( Sustainable Sites), WE

(Water Eficiency), EA (Energy & Atmosphere), MR (Materials & Resources, IEQ (Indoor Environmental Quality) e ID (Innovation in Design). Através da pontuação nessas áreas, obtém-se uma das 4 classificações, que vai de Certificação, até Platina, passando por Prata e Ouro.

Com o registro de apenas um empreendimento em processo de certificação LEEDTM em 2004 e

um crescimento tímido nos primeiros anos, hoje o número de registrados é de 102, incluindo sigilosos e não sigilosos. Desses, apenas 4 já concluíram o processo: a Agência do Banco Real na Granja Viana em Cotia, SP (certificação LEED-NC Prata, em junho de 2007); a Mega Unidade Delboni Auriemo em Santana, São Paulo, (certificação LEED-NC Prata, em junho de 2008), a sede da Morgan Stanley no Itaim Bibi, São Paulo, (certificação LEED-CI Prata, agosto de 2008) e o Prédio Bracor-Petrobrás em Cidade Nova, Rio de Janeiro (certificado LEED-CS – Certificado, em outubro de 2008).

Através dos gráficos ao lado, que incluem os empreendimentos sigilosos e não sigilosos, pode-

mos notar o crescimento desses registros, que, apesar de insignificante de início, deram um salto de 550% de 2006 para 2007, e de mais de 200% de 2007 para 2008. Podemos, também, analisar a distribuição entre as categorias de classificação, percebendo que as mais visadas delas são as de Novas Construções (LEED NC) e as de Casca e Envoltória (LEED-CS), somando juntas quase 90% do total de registros.

Dos 102 projetos registrados, todos são de edifícios comerciais e apenas 45 não são sigilosos.

Eles distribuem-se entre as cidades de São Paulo/SP, Cotia/SP, Hortolândia/SP, Barueri/SP, Pardinhos/SP, São José dos Campos/SP, Osasco/SP, Itapevi/SP, Santana de Parnaíba/SP, Campinas/SP, Indaiatuba/SP, Bertioga/SP, Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC, Nova Lima/MG, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, São Leopoldo/RS, Curitiba/PR, Maceió/AL, Manaus/AM e Brasília/DF, sendo São Paulo a principal delas.

Fonte: www.usgbc.org - Dez/08

Fontes: Green Building Council Brasil/GBC Brasil e CA2/Consultores Ambientais Associados.

www.buildings.com.br

17

Espaços Corporativos Online


Estatísticas

A seção Estatísticas da Revista Buildings foi totalmente renovada.

O

objetivo dessa mudança foi facilitar a visualização dos dados constantes no portal Buildings.com.br. Assim, além das informações mais tradicionais de mercado, como Estoque Total, Taxa de Vacância e Atividade Construtiva, vamos apresentar, também, alguns valores referentes aos preços pedidos nos edifícios que compõem o banco de dados do portal Buildings.com.br. As informações estão organizadas por municípios onde os edifícios estão localizados. No caso de Alphaville, por exemplo, suas estatísticas estão dentro de Barueri.

Nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro, principais centros comerciais do Brasil, haverá uma subdivisão, de acordo com as principais regiões comerciais de cada cidade. Deste modo será possível visualizar a importância dessas regiões não só para a cidade, mas também para o país. As informações contidas na seção Estatíticas da Revista Buildings referem-se exclusivamente aos dados constantes no banco de dados do portal Buildings.com.br. Não nos responsabilizamos, portanto, por decisões ou transações de qualquer natureza realizadas com base nas informações aqui contidas.

São Paulo Região

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês)

Tamanho de Laje

> 300< 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Barra Funda

De 12,31 a 38,88

-

-

50,00

Berrini

De 26,32 a 51,28

De 41,88 a 80,00

De 46,87 a 75,00

-

Centro

De 7,00 a 38,10

De 7,52 a 45,83

De 10,02 a 40,00

De 10,16 a 25,00

Chácara Santo Antônio

De 12,30 a 65,00

De 40,00 a 41,00

-

50,00

Faria Lima

De 15,63 a 78,00

De 20,00 a 129,00

De 24,13 a 70,00

135,00

Itaim Bibi

De 18,33 a 85,00

De 36,36 a 85,00

-

100,00

Marginal Pinheiros

-

-

De 50,00 a 68,50

De 27,00 a 90,00

Paulista

De 22,00 a 90,00

De 17,14 a 55,00

De 21,25 a 110,00

90,00

Vila Olímpia

De 29,17 a 65,00

De 41,38 a 80,00

De 70,00 a 85,00

De 100,00 a 120,00

Região

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

Barra Funda

14

132.530

10,82

20.982

Berrini

54

396.974

6,96

76.816

Centro

125

1.024.957

5,53

0

Chácara Santo Antônio

41

245.681

5,61

39,480

Faria Lima

80

603.888

6,17

17.195

Itaim Bibi

59

453.409

3,80

46.355

Marginal Pinheiros

24

471.600

21,33

168.485

Paulista

144

1.105.542

4,80

47.826

Vila Olímpia

63

448.402

2,35

26.551

Total

604

4.882.983

6,78

443.690

Barueri Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje

> 300< 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Barueri

De 14,47 a 42,79

De 35,00 a 45,00

-

35,00

Barueri

www.buildings.com.br

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

15

149.959

10,44

227.864

18

Espaços Corporativos Online


ABCD Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje

> 300< 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

ABCD

De 15,38 a 22,22

De 17,11 a 17,19

De 8,33 a 23,64

-

Osasco

ABCD

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

7

50.429

16,49

0

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje

> 300< 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Osasco

-

De 33,33 a 25,00

-

-

Osasco

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

1

2.448

6,94

28.336

Rio de Janeiro Região

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês)

Tamanho de Laje

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Barra da Tijuca

12,00 a 37,84

De 26,67 a 80,00

De 20,00 a 85,00

Botafogo

-

De 16,37 a 17,14

De 74,91 a 120,00

Centro

De 10,29 a 32,00

De 7,78 a 70,00

De 7,78 a 14,00

Copacabana

17,50

-

22,50

Lagoa

-

De 48,48 a 70,00

-

Região

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

Barra da Tijuca

83

485.847

4,72

47.798

Botafogo

11

169.058

1,74

0

Centro

66

1.023.906

2,29

94.080

Copacabana

2

21.440

0,49

0

Lagoa

3

17.520

2,56

0

Total

165

1.717.771

2,90

141.878

Salvador Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje

> 300< 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Salvador

22,85

De 35,00 a 45,00

-

20,73

Salvador

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

16

162.798

0,20

44.352

Recife Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje

> 300< 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Recife

32,00 a 56,00

De 25,00 a 33,33

-

-

Recife

www.buildings.com.br

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

20

146.569

1,60

37.293

19

Espaços Corporativos Online



FACILITE

SEU CAMINHO

COM A INFINITY OFFICING NETWORK SUA EMPRESA ENCONTRA FOCO E ESTRUTURA PARA ALCANÇAR O SUCESSO

Connheça os Centros de Escritórios Inteligentes Infinity e eleve sua empresa a um novo nível de produtividade e lucratividade. Escritórios mobiliados e equipados, para início imediato. Eventos,Tecnologia, Videoconferência mais de 50 serviços

Leading people to succesS Flexibilidade Planos e contratos de acordo com os seus objetivos, de 1 dia à 10 anos

Staff Especializado Conte com uma equipe especialmente preparada para atender suas necessidades

www.infinityofficing.com ( 55 11) 2111 - 4111 Belo Horizonte Brasília Campinas Curitiba Porto Alegre Recife Rio de Janeiro Salvador São Paulo


Micro-regi達o: Jardim Paulista - Sul


R

Mobiliar escritórios vai muito além de produtos, é preciso apresentar soluções. Conheça nossas linhas de mobiliário e surpreenda-se com a Gabbinetto.

mobiliário divisórias assentos Consulte nossos especialistas (11) 4392 - 4248

visite nosso novo site:

www.gabbinetto.com.br


CORENET G���L��O��B���A L CoreNet�Global�Brasil E�d�u�c�a�ç�ã�o���e���N�e�t�w�o�r�k�i�n�g���a�o���s�e�u���a�l�c�a�n�c�e

Em momentos de crise, o melhor é estar informado dos últimos acontecimentos e por dentro da novas tendências. Isso é o que a CoreNet Global Brasil oferece, o crescimento do profissional de Corporate Real Estate através do relacionamento com executivos do ramo. l a z e v e d o @ c o r e n e t g l o b a l . o r g

+�5�5���1�1���5�1�8�5�-�2�7�7�8

l r o d r i g u e s @ c o r e n e t g l o b a l . o r g

+�5�5���1�1���5�1�8�5�-�2�7�7�9

w��w��w��.��c��o��r��e��n��e��t��g��l��o��b��a��l��.��o��r��g��/��c��h��a��p��t��e��r��s��/��b��r��a��z��i��l




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.