BUILDINGS Espaços Corporativos Online ANO 2 - EDIÇÃO 8 - 4º Trimestre 2009
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Rio Branco 115 Rio de Janeiro
Retrofit traz de volta importante edifício da década de 50
De 1924 a 2010
Elevadores
História do mercado imobiliário corporativo de São Paulo
Sistemas modernos de elevadores melhoram os altos e baixos da vida cotidiana
Veja 354 edifícios corporativos com ofertas e os índices do mercado imobiliário São Paulo - Alphaville - ABCD Salvador - Recife - Curitiba -
- Osasco - Rio de Janeiro Florianópolis - Porto Alegre
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Sumário Ofertas 10 Capa - Rio Branco 115
30 Green Buildings Novo ícone da modernidade do Rio Torre 1 do Ventura Corporate Towers já recebeu a certificação LEED para Core & Shell, categoria Gold
Edifício Rio Branco 115 - Rio de Janeiro Um sucesso de planejamento, engenharia e retrofit
14 Mercado
32 Eventos
História do mercado imobiliário corporativo de São Paulo
Os três eventos que marcaram o trimestre LARES - CASA COR TRIO - CITYSCAPE
22 Técnica
34 Estatísticas
Sistemas modernos de elevadores melhoram os altos e baixos da vida cotidiana Elevadores
Confira as faixas de Preços de Locação e dados do Portal Buildings.com.br
28 Green Buildings
O primeiro escritório verde do Brasil Idealizado pela Moema Wertheimer Arquitetura e executado pela Lock Engenharia, a sede da Boehringer Ingelheim Brasil está em processo de obtenção do selo LEED na categoria Gold
36 Ofertas 36 São Paulo 37 Barra Funda 37 Berrini 40 Centro 41 Chácara Santo Antônio 42 Faria Lima / Itaim Bibi 45 Marginal Pinheiros 46 Moema / Vila Mariana 47 Morumbi / Jardim São Luís 48 Paulista
@ Para receber a Revista Buildings envie um e-mail com seu nome e endereço para: revista@buildings.com.br Anúncios, dúvidas e sugestões, envie um e-mail para: contato@buildings.com.br Fechamento do trimestre: 04/12/2009
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49 Pinheiros / Perdizes 50 Santo Amaro 50 Vila Olímpia 51 Outras Regiões
52 Alphaville/Tamboré 53 ABCD 54 Osasco 55 Rio de Janeiro 55 Barra da Tijuca
57 Botafogo 58 Centro 60 Copacabana 61 Lagoa 61 Outras Regiões
62 Salvador 62 Recife 63 Curitiba 64 Florianópolis 65 Porto Alegre
BUILDINGS Diretor: Fernando Libardi Redação: Rose Bertolini Projeto Gráfico e Produção: Fernando Libardi e Henrique Lima Coordenadora de Pesquisa: Patricia Abreu Pesquisa: Anderson Vieira, Joceleni Sampaio, Matheus Soares, Roberta Silva e Susane Lecca Consultores Comerciais: Fernando Didziakas Capa: Henrique Lima Fotografias: Jorge Hirata e Henrique Lima www.buildings.com.br Rua Alexandre Dumas, 1601 - 12º andar - Cj. 121, Ch. Santo Antônio, 04717-004, São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-4369
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Henrique Lima
J
aneiro é mês de comemoração para a Revista Buildings: Estamos completando 2 anos, e com muito sucesso! E para comemorar essa data, estamos fazendo uma repaginação na revista. Nosso objetivo é deixar o layout mais moderno e prático. Por isso, a partir desta edição você vai notar algumas diferenças. Esperamos que você goste. Outro motivo de festa é o aniversário de São Paulo. Agora em 2010 a cidade comemora 445 anos! Mas o quanto a cidade mudou nesse tempo? Para responder a essa pergunta, nossa equipe preparou uma matéria que conta a história da cidade, sob o ângulo imobiliário. Quais foram as primeiras regiões da cidade a terem imóveis comerciais? Quais os fatores que Fernando Libardi determinaram o crescimento imobiliário? Desde quando a cidade passou a ter a cara que tem Sócio-diretor hoje? Para saber as respostas destas perguntas, sente-se e desfrute do texto. A matéria técnica deste trimestre aborda um componente indispensável em um edifício comercial e que é um dos principais responsáveis pelo sobe e desce da vida corporativa. Achou que estamos falando de problemas financeiros? Não! Nossa matéria é sobre os elevadores. Outro ponto alto desta edição é a apresentação do Ventura Corporate Towers, um verdadeiro blockbuster do mundo corporativo. A primeira torre, entregue agora em Setembro de 2009, recebeu recentemente uma certificação green building. Conheça mais sobre esse edifício fantástico, localizado na cidade do Rio de Janeiro. E falando em Rio de Janeiro, nossa matéria de capa traz um grande sucesso da BNCORP: o retrofit do Rio Branco 115. Esse imponente edifício da década de 50 está passando por uma repaginação completa e o objetivo é que seja entregue ao mercado, com especificações técnicas de 1ª qualidade, em Agosto de 2010. Graças a iniciativas como esta, o Rio pode voltar a apresentar o charme de seus elegantes edifícios na época em que era capital do Brasil.
Conteúdo
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Revista Buildings Edifícios com lajes acima de
Total de edifícios
Edifícios com lajes acima de
Total de edifícios
São Paulo
500 m²
375
300 m²
817
Rio de Janeiro
500 m²
305
500 m²
305
Barueri
300 m²
35
300 m²
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ABCD
300 m²
21
300 m²
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Osasco
300 m²
4
300 m²
4
Salvador
400 m²
27
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Recife
400 m²
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400 m²
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Curitiba
300 m²
43
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Universo
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Universo
1.356
Municípios
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Perspectiva ilustrada da fachada
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Vista da cobertura
Capa
Rio Branco 115 Rio de Janeiro
Um sucesso de planejamento, engenharia e retrofit
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Rio de Janeiro é uma cidade que dispensa apresentação. Tem uma localização privilegiada e uma natureza exuberante. Mas seus atributos não param por aí. Esta cidade tem o orgulho de carregar em sua história várias décadas como capital do Império. Em 1763, o Rio de Janeiro tornou-se a capital do Brasil, título que manteve até 1960, quando foi inaugurada Brasília, a atual capital do país. Em 1808, a Coroa Portuguesa instalou-se por aqui; junto com a família real vieram, também, a corte e alguns requintes da sociedade européia, como a arquitetura e a engenharia. Assim, iniciaram-se gradativamente a construção de elegantes edifícios, como o Teatro Nacional, o Arquivo Nacional e demais prédios da Praça da República, importante palco de tantos eventos sociais e políticos da época. Falando sobre o mercado imobiliário corporativo do Rio, quase 32% do estoque total de escritórios disponíveis hoje, ou seja, mais de 2,2 milhões de m², já tinham sido entregue até 1960, quando a capital foi transferida para Brasília. Desta
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área, 92% está localizada na região administrativa do Centro. Hoje, o Rio de Janeiro é o segundo maior mercado econômico e financeiro do Brasil. Por isso, um ponto que chama bastante a atenção é a baixíssima taxa de vacância que a cidade tem apresentado, principalmente nos últimos anos. Hoje, a taxa de vacância do mercado total está em 2,19%, um valor extremamente baixo, se comparado aos 10% considerado saudável pelos especialistas. Há ainda outras dificuldades que o Centro do Rio enfrenta. A falta de terrenos, ou áreas onde possam ser erguidos novos empreendimentos, e a defasagem dos edifícios mais antigos, não apenas com relação às tecnologias oferecidas nos novos empreendimentos, mas principalmente quanto à própria questão de segurança e adequação às novas normas, como, por exemplo a de acessibilidade universal (acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais, principalmente usuários de cadeiras de rodas), são dois dos principais. Quais seriam as possíveis soluções para esses problemas? A resposta, na
opinião de Sandra Ralston, CEO da BNCORP está no retrofit. Sandra Ralston - CEO da BNCORP “O projeto do Rio Branco 115 é um caso de sucesso desde que nasceu pelos desafios superados e as conquistas alcançadas”
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Quem lida com o mercado imobiliário comercial já deve ter se deparado com esse novo termo. A palavra, que já foi abrasileirada, tem sua origem no latim “retro” (para trás) e inglês “fit” (adaptação, ajuste) e, tecnicamente, significa adicionar nova tecnologia ou características a sistemas antigos. No que diz respeito às construções em geral, significa revitalizar edifícios antigos, melhorando seu uso pela troca de instalações internas antigas por outras mais modernas, como elevadores, sistema de ar condicionado, tubulações e fiação, sistema de automação, adequação às novas normas de segurança, entre outros itens. Foi primeiramente usada em países onde a rigidez quanto à conservação do patrimônio arquitetônico não permitia a mudança da fachada, mas era flexível quanto à adequação das estruturas internas, com melhorias e adaptações para seu melhor uso. Hoje seu uso tem tido grande aceitação em locais que, como o Centro do Rio, apresentam grande demanda por novos espaços, mas sem possibilidades para novos empreendimentos. Outra vantagem do retrofit é a recuperação de edifícios que, sem manutenção adequada, estariam fadados ao abandono e, conseqüente, degradação da área onde ele se localizam. Existem dois grandes desafios do retrofit em prédios antigos: a necessidade de adequação, não somente às novas tecnologias, mas principalmente às novas normas de segurança e acesso, e a compra do prédio, ou acordo com todos os proprietários e locatários, para a realização das obras, já que o prédio precisa ser desocupado antes as obras. Foi olhando para essas dificuldades que a BNCORP, única empresa no Brasil focada exclusivamente no mercado de edifícios comerciais e corporativos, aceitou o desafio de contribuir para esse
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mercado, desempenhando a tarefa de realizar um retrofit num dos endereços mais valorizados do centro do Rio, Av. Rio Branco esquina com a Rua do Ouvidor. DESAFIOS E CONQUISTAS Os desafios surgidos com o planejamento do retrofit do Rio Branco 115 foram vários, mas a equipe de engenharia da BNCORP conseguiu propor soluções criativas e principalmente funcionais para cada uma delas. 1 - A compra do edifício. A BNCORP procedeu a compra do edifício, honrando os contratos de locação ou negociando a saída de todos os ocupantes do prédio sem prejuízo a nenhum deles. A BNCORP atuou como um developer de mercado, realizando não só a incorporação, mas também o desenvolvimento do projeto e das obras. 2 – A modificação da fachada. O edifício, com arquitetura clássica dos anos 50, tinha a fachada toda revestida de pastilhas. A solução mais rápida e prática foi a manutenção do revestimento original e revestir toda a fachada com materiais conhecidos como pele de vidro e ACM. Este tipo de fachada também é a mais adequada para locais onde existe maresia, que é muito corrosiva. 3 – O ar condicionado. Dentre todos os sistemas mais modernos de ar condicionado, a solução que melhor se adequou ao Rio Branco 115 foi o VRF. Esse tipo de ar condicionado é um dos mais indicados para prédios onde não é possível
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instalar sistema de ar condicionado central. O próprio nome VRF, uma sigla do termo em inglês, significa Volume de Refrigerante Variável. Este sistema permite que o líquido refrigerante seja direcionado eletronicamente para as áreas onde a temperatura interna ultrapasse o estipulado. Este sistema é, também, mais versátil e flexível. E para não comprometer o pé-direito, os dutos de ventilação acompanharam as saliências das vigas de sustentação da laje que impedem o rebaixamento do teto. Outro ponto importantíssimo foi
Hoje
Depois
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Capa 7 – O sistema de segurança. É desnecessário dizer que os sistemas de segurança da década de 50 eram praticamente inexistentes, limitados à identificação dos transeuntes. O novo projeto prevê câmeras instaladas em locais estratégicos, sala de segurança e supervisão na cobertura, e todos os recursos para a instalação de uma empresa terceirizada, se for o caso.
a instalação das máquinas em um terraço “técnico” cujo piso é feito por grades de metal, já que não era possível colocar laje neste ponto. 4 – Rotas de emergência. Com o aprimoramento das normas de segurança, um dos maiores desafios foi a adequação da saída e da escada de emergência. A primeira, originalmente, era através, literalmente, de um buraco que se abria em uma das paredes internas do escritório que dava acesso para o prédio vizinho. Para abrir esse buraco, estavam disponíveis no hall, uma marreta e uma machadinha. A escada era bem simples, sem nenhum tipo de proteção e cuja estrutura fazia parte dos elementos estruturais do edifício e, portanto, não poderia ser deslocada em outro local. O projeto para a nova escada de emergência prevê portas corta fogo em cada andar, além de pressurização de toda a sua extensão, evitando a propagação de fumaça. 5 – A cobertura. Originalmente, a cobertura constava apenas da casa de máquinas e da casa destinada ao zelador. Quando terminado, o Rio Branco 115 vai contar com uma cobertura duplex, com mais de 870 m² de área privativa, com acesso exclusivo pelo último andar. A proposta é fazer neste último andar, uma sala de presidente, já que o projeto de paisagismo prevê um ambiente mais tranqüilo, além da fantástica vista da Baia de Guanabara e da Ponte Rio-Niterói. A outra parte da cobertura, com acesso controlado, vai abrigar a casa de máquinas dos elevadores e a sala de segurança e supervisão. 6 – O hall de entrada. A decoração do hall
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de entrada será feita com materiais naturais como pedras e madeira, além de chapas de cobre escovado num desenho curvo que remete ao desenho da fachada.
Importante salientar que o edifício será entregue com todas as especificações já instaladas e funcionando. O Rio Branco 115 certamente estará entre os melhores prédios do Rio de Janeiro. n
O Rio Branco 115, quando concluído, apresentará especificações técnicas das mais modernas: 1. Áreas privativas: 17 conjuntos com de 553,8 m²; 3 conjuntos com 529,30 m²; 2. Cobertura duplex com terraço com 871,41 m²; 3. Fachada de vidros laminados termoacústicos de alto desempenho; 4. Ar Condicionado VRF; 5. Piso elevado com 10 cm de altura, adequado para a grande maioria das empresas; 6. Forro termonacústico modulado, 7. Sobrecarga de utilização nas lajes de 370 kgf/m²; 8. Sanitário feminino e masculino, com vasos sanitários dotados de sistema dual flush e torneiras com fechamento automático; 9. Copa; 10. Moderno sistema de combate a incêndio, com sprinklers; 11. Luminárias, com capacidade para 500 lux e carga elétrica de 15w/m²; 12. Carga elétrica para tomadas de 45 w/m²; 13. Portaria, com controle de acesso, 14. Gerador com 90 KVA, destinado às áreas comuns, bombas, sistemas de segurança e incêndio. Em caso de falta de energia o gerador funcionará para 1 elevador; os demais serão direcionados automaticamente para o térreo. 15. Sistema de segurança equipado com circuito fechado de TV, com gravação digital. A sala de supervisão e segurança fica na cobertura. 16. Escada de emergência pressurizada. 17. 4 Elevadores de alta velocidade, 3,5 m/s e capacidade para 12 pessoas. 18. Vestiário para funcionários no subsolo.
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Empreendimentos de alto nível com excelente visibilidade no mercado, concebidos e desenvolvidos com qualidade, tecnologia, sustentabilidade e planejamento inteligente. Esta é a BNCORP.
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Mercado
História do mercado imobiliário corporativo em São Paulo
Rua São Bento, no centro de São Paulo na década de 40 www.buildings.com.br
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A
cidade de São Paulo, que comemora neste mês de Janeiro seus 455 anos, é uma das maiores cidades do mundo, um dos mais importantes centros de negócios da América Latina e destacada metrópole quanto aos aspectos culturais, gastronômicos e artísticos. E para brindar a isso, tomemos nossas xícaras de café! Sim, café. Essa bebida aromática tão criticada por alguns é apontada pelos historiadores como a força motriz que colocou São Paulo no mapa do mundo. É primeiramente graças às grandes fazendas cafeicultoras que São Paulo tomou o rumo que possibilitaria ser o que é a cidade hoje. E falando em café, sirva-se de uma boa xícara, sente-se e relaxe, porque faremos uma pequena viagem no tempo e voltaremos ao início de tudo.
1. Pequeno histórico sobre o crescimento de São Paulo 1.1 - Século XVI a 1900¹ A história oficial de São Paulo tem início em 25 de Janeiro de 1554, com a construção de um colégio por padres jesuítas com a finalidade de iniciar a catequi-
Ilustração do Pátio do Colégio em 1824
A colheita do café em São Paulo
Fazendas de café em São Paulo
zação dos índios. Entretanto, São Paulo só começou a ter alguma importância em meados do século XVIII por se tornar como um “meio de caminho” para os que iam do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, principalmente com a produção de gado, e do interior para Santos, com a produção de açúcar. Com esses e outros produtos vindo e indo pela Colônia, através de São Paulo, o surgimento de locais onde se atendiam aos viajantes, começaram a dar a pequena vila uma nova aparência. Ruas do centro de hoje como as rua da Quitanda, Álvares Penteado e rua São Bento são exemplos de locais onde o comércio de produtos básicos começou a florescer. Em 1815, São Paulo passou a ser a capital da província e em 1822, com a independência, passou a ostentar o título de Imperial Cidade. A partir disso, São Paulo começou a experimentar um desenvolvimento cultural e econômico mais importante. É nessa época que é inaugurada a Academia de Direito do Convento de São Francisco, atual Faculdade de Direito da USP. Assim, a elevação da cidade a um nível mais “civiliza-
do” permitiu que algumas leis passassem a ser discutidas e implantadas. É o caso das leis de controle de propriedade e desapropriação para utilidade pública, em 1837, e a regulamentação de posse de propriedade através de registro legal, em 1850. A cidade, por esta época, era abastecida com a agricultura local e a “indústria” ainda era bem artesanal e sem grandes impactos para a sociedade. As construções ainda eram de taipa, a água para consumo era retirada de fontes e rios, e a iluminação e pavimentação dos caminhos eram praticamente inexistentes. Mas é a partir de 1860 que se iniciou uma nova fase: é o ciclo do café. O interior de São Paulo possuia uma terra muito propícia para o cultivo desta nova cultura que vinha conquistando o mundo. Com o aumento da demanda internacional e o esgotamento de outras terras cultivadas desde 1727, como Rio de Janeiro e vale do Paraíba, a localização estratégica da cidade de São Paulo foi decisiva para a ligação do interior com o porto de Santos. Com o enriquecimento dos fazendeiros de café, a capital, já importante por sua variedade cultural, passou a ser local preferido para a residência dessa nova classe social. Com isso, as condições da cidade, que até então pouco tinham mudado
¹ Informações baseadas na dissertação de mestrado de Eunice Barbosa, intitulada Evolução do Uso do Solo Residencial na Área Central do Município de São Paulo, de 2001, apresentada à Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
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Mercado desde sua fundação, passaram a sofrer considerável mudança em todos os seus aspectos; em 1879 as primeiras casas de taipa começaram a ser substituídas por tijolos; surgiam os primeiros centros de negócios, bancos, e com a abolição da escravatura, em 1888, fez-se necessária a contratação de outro tipo de mão de obra, o que dá início aos movimentos imigratórios da Europa, principalmente da Itália e Alemanha, e do Japão. O crescimento da população alavancou a melhoria de sistemas que contribuíam para o comércio crescente do café, como a ferrovia. E com a ferrovia, vem as obras de saneamento, retificação de rios e construção civil, favorecendo uma migração da população do campo para a cidade. A desvalorização das terras rurais em detrimento de seu abandono favoreceu as transações imobiliárias na cidade, que com o tempo, se tornaram um negócio extremamente rentável. Surgem os loteamentos residenciais de elite, como os Campos Elíseos, Paulista e Higienópolis. Mas também surgem os loteamentos populares como Brás, Bela Vista, Bom Retiro e Lapa. A região ao redor do então conhecido Triângulo (formado pelas Ruas Direita, XV de Novembro e São Bento) passou a ser o primeiro núcleo comercial, administrativo, de serviços e de lazer da cidade. Como a maioria das construções dessa região era de sobrados, os mesmos passaram a abrigar as lojas nos andares inferiores e pequenos escritórios e consultório na parte superior, como ainda é até hoje em algumas localidades. Paralelamente, houve melhoria dos sistemas públicos de transporte com os novos bondes com tração animal e a cidade começou a vivenciar sua primeira crise devido ao excesso populacional. Entre 1895 e 1900 a população saltou de 130 mil para 239 mil.
Avenida Paulista em 1900
2. Segundo Período: 1900 a 1970 Como em todos os ciclos históricos, a queda de um ciclo não acontece imediatamente ao aparecimento de outro. O mais natural é que dois ciclos consecutivos coexistam durante algum tempo; assim um ciclo é lentamente substituído por outro. Foi o que aconteceu com o ciclo do café. Com o aumento da produção mundial em outras localidades, o café paulista passou a concorrer na preferência dos consumidores internacionais e, portanto, teve seu valor diminuído, o que é natural num mercado onde há concorrência. A questão é que os barões do café paulista, acostumados aos grandes lucros, passaram a ter dificuldades financeiras. Assim, lentamente, a produção econômica da capital passou a migrar da cafeicultura para a indústria. Isso parece até uma ironia, mas o enriquecimento que a cidade vivenciou através do café foi o que propiciou o crescimento da atividade industrial. Isso aconteceu porque não vieram apenas imigrantes para trabalharem na
lavoura. O Novo mundo começou a atrair comerciantes que tinham algum capital e que começaram a dar início a seus próprios negócios. Assim, as primeiras indústrias paulistanas foram muito simples, voltadas basicamente ao uso da matéria-prima local, como a indústria alimentícia e de tecidos. Desde modo, desde 1890, São Paulo com quase 70 mil habitantes, já podia ser considerada uma referência industrial. Alguns nomes começam a se destacar no meio industrial, entre eles o de Francisco Matarazzo. O jovem italiano que veio ao Brasil buscar novas oportunidades para uma vida melhor construiu ao longo de sua vida um dos maiores impérios da América Latina. Começou seus negócios com a comercialização de banha de porco; mais tarde passou a importar farinha de trigo; em 1900 conseguiu crédito de um ban-
Moinho Matarazzo em 1900
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co internacional para abrir um moinho em São Paulo e atender a demanda de outros países da América, já que alguns destes estavam em guerra com a Espanha. E, como ele mesmo dizia “uma coisa leva a outra”; criou negócios paralelos para aproveitar todos os subprodutos daquilo que produzia, ou para suprir toda a cadeia produtiva: para ensacar o trigo criou uma tecelagem; para aproveitar o óleo do algodão, usado na tecelagem, criou uma refinaria; seus equipamentos eram consertados em suas próprias oficinas, e assim por diante. Poucos anos depois já eram 365 fábricas espalhadas pelo Brasil e 6% de toda a população paulistana estava direta ou indiretamente ligada às fábricas. Em 1928, Francisco Matarazzo participou da fundação do Centro das Indústrias de São Paulo, atualmente conhecida como FIESP. O enriquecimento da indústria em São Paulo começou a abrir caminho para um nível mais glamoroso na arquitetura. Começava a época das grandes construções em São Paulo. A arquitetura daqui acompanhava às últimas tendências internacionais e nada deixava a desejar. Surgiam belíssimas construções como a Estação da Luz (1901), Pinacoteca de São Paulo (1905), Palácio Caetano de Campos, atual sede da Secretaria de Educação (1894), Teatro Municipal (1911) entre outros. Os primeiros edifícios comerciais começavam, também, a ser construídos sob essa arquitetura artística. Um bom exemplo disso foi o de Ermelino Matarazzo, neto de Francisco Matarazzo, que mandou construir um edifício que abrigasse a sede de suas indústrias. São Paulo ganhava, assim, um de seus primeiros prédios comerciais de destaque: O Edifício Matarazzo. Hoje ele é conhecido como Palácio do Anhagabaú e abriga, desde 2004, a sede da prefeitura.
Edifício Matarazzo em construção - Atualmente Sede da Prefeitura de São Paulo
“Em 1924 deu início à construção do prédio projetado para ter 12 andares, num grande terreno na então área mais nobre da capital, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e Avenida São João. O autor do
projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena. Todo o cimento da construção era importado da Suécia e da Noruega, pela própria casa importadora de Martinelli. Nas obras trabalhavam mais de 600 operários. 90 artesãos, italianos e espanhóis, cuidavam do esmerado acabamento. Os detalhes da rica fachada foram desenhados pelos irmãos Lacombe, que mais tarde projetariam a entrada do túnel da Avenida 9 de Julho. [...] Enquanto isso, Martinelli não parava de acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez [...]. A questão foi resolvida por uma comissão técnica que garantiu que o prédio era seguro e limitando a altura do prédio a 25 andares. O objetivo de Martinelli, contudo, era chegar aos 30 andares, e o fez construindo sua nova residência com cinco andares no topo do prédio – tal como Gustave Eiffel
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Outro nome de destaque entre os que construíram magníficos edifícios comerciais nesta época foi o de Giuseppe Martinelli. Desejoso de deixar um legado mais permanente decidiu construir o primeiro arranhacéu da América do Sul, um edifício que levaria seu próprio nome: Edifício Martinelli. A polêmica que essa decisão causou na cidade foi enorme. Nesta época, São Paulo não possuía mais de uma dezena de prédios nenhum com mais que 5 andares. O site oficial do edifício² nos traz ao conhecimento a magnitude de tal construção, seus detalhes primorosos e seu impacto na sociedade da época:
² http://www.prediomartinelli.com.br/historia.php
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Mercado o inventor do rádio, Guglielmo Marconi, visitou a cidade e foi levado até o topo do edifício. Quando o Zeppelin sobrevoou a cidade em 1933, deu uma volta em torno do Martinelli.”³
Aeroporto de Congonhas na década de 60
fizera no topo de sua torre [em Paris]... O Martinelli impressionava não só pelas dimensões como pela rica ornamentação e luxuoso acabamento: portas de pinho de Riga, escadas de mármore de Carrara, vidros, espelhos e papéis de parede belgas, louça sanitária inglesa, elevadores suíços – tudo o que havia de melhor na época; paredes das escadas revestidas de marmorite, pintura a óleo nas salas a partir do 20º andar, 40 quilômetros de molduras de gesso em arabescos. O prédio possuia reentrâncias, comuns nos hotéis norte-americanos da época, para ventilação e iluminação, e apresenta as três divisões básicas da arquitetura clássica: embasamento, corpo e coroamento. O embasamento é revestido de granito vermelho; no coroamento, falsa mansarda de ardósia. O corpo é pintado em três tons de rosa e recoberto de massa cor-de-rosa, uma mistura de vidro moído, cristal de rocha, areias muito puras e póde-mica, que fazia a fachada cintilar à noite. O revestimento tem três tons de rosa. O Martinelli inspirou Oswald de Andrade a chamar pejorativamente São Paulo de “cidade bolo de noiva”. Mesmo antes de sua conclusão o prédio já havia se tornado um símbolo e ícone de São Paulo – em 1931
O curioso deste edifício foi a construção da própria residência de Giuseppe Martinelli nos últimos 5 andares; segundo contam os curiosos isso teve duas finalidades: alcançar os 30 andares sonhados por Martinelli e, também, para provar que apesar das dimensões grandiosas do edifício, o prédio não cairia. Se a I Guerra Mundial não afetou diretamente o desenvolvimento da cidade, a II Grande Guerra, fez até o contrário: fortalece a indústria alimentícia e têxtil paulista e de duas maneiras diferentes. Durante a guerra, as empresas americanas e européias dedicavam-se com muita intensidade a suprir as demandas da guerra, abrindo oportunidade para outras localidades suprirem a demanda negligenciada. E, posteriormente, cessada a guerra, essas mesmas empresas passaram a voltar seus olhos para outros mercados potenciais, entre eles o do Brasil, mais especificamente, o de São Paulo. Assim, no começo do século XX, anos 20 e 30, São Paulo já dava sinais de que seria uma grande metrópole. A verticalização da cidade já é uma tendência e em alguns casos até uma obrigação. A própria legislação municipal passou a dar obrigatoriedade às construções das ruas Xavier de Toledo, Sete de Abril, Conselheiro Crispiniano e Vinte e Quatro de Maio para terem mínimo de 10 andares. Em 1934, o Ato 663 considerou algumas partes da cidade como sendo de uso exclusivamente residencial. Era a Primeira Lei de Zoneamento da cidade.
Na década de 50, com Juscelino Kubistchek na presidência, surge o Plano de Metas, que faria o país “crescer 50 anos em 5”. Estava “pavimentada” a entrada de empresas estrangeiras no país, e a consolidação da indústria automobilística. Surgem as primeiras rodovias estaduais como Anchieta, Anhanguera e Dutra. Nesta mesma época, o comércio do centro, então voltado à alta sociedade, intensifica sua migração para outras partes da cidade, principalmente nas regiões mais ao sul, alcançando seu pico na década de 60. Isso aconteceu porque nos anos 20 e 30, São Paulo já dava sinais de que seria uma grande metrópole e a divisão das finalidades que cada região da cidade começava a dar à capital algumas das características que ela teria até hoje, entre ela a consolidação da região do Bom Retiro e Brás como localidades industriais, ao passo que mais para a zona sudoeste, como Paulista e Jardim
³ Infelizmente o prédio começou a apresentar sérios problemas após sua confiscação pelo governo brasileiro, após a II Guerra Mundial. Com o passar do tempo, o elegante prédio foi reduzido a um grande cortiço. Somente na década de 70, com a administração da prefeitura de São Paulo nas mãos de Olavo Setubal é que o prédio foi reformado e reinaugurado, em 1979, quando assumiu a forma que tem hoje, ocupado basicamente por repartições públicas como a COHAB e Emurb.
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Avenida São João na década de 40, esquina com a rua Líbero Badaró - São Paulo
América, concentraram-se as residências das classes mais abastadas. Essa “escolha” foi baseada em fatores bem concretos: era uma região que estava bem longe de um dos problemas mais comuns na cidade daquela época: as enchentes. Além disso, o grande adensamento e movimento de pessoas na região central acabou incentivando a saída de muitos comerciantes mais sofisticados para as regiões onde estavam seus consumidores. Somando-se a isso estavam
os novos investimentos em cultura, como teatros e cinemas que passaram e ter novos endereços: Avenida Paulista e Brigadeiro Faria Lima. De modo geral, o centro ficou mais disponível para pequenos comerciantes e o comércio popular ocupou a maioria da região. O grande ícone dos anos 60 para a região sul foi a construção do Shopping Iguatemi, hoje um dos shoppings de São Paulo destinado a consumidores da alta classe paulistana.
3. Terceiro Período: 1970 aos dias atuais 4
Vista parcial de São Paulo na década de 50
Paralelamente, é exatamente nesse período, 1955 a 1975, que a indústria paulista se consolida de fato; era a época do Nacional Desenvolvimento. O capital nacional era investido basicamente em
saneamento e melhoria das condições de transporte e habitação, ao passo que o capital estrangeiro se concentrava nas indústrias mecânicas, elétricas, de telecomunicações e de transporte, que exigem maior tecnologia. É também nesse período que as multinacionais começam a trazer para o Brasil a instalação de suas novas fábricas, possibilitando, assim, a exportação de produtos de maior valor agregado. É o caso da indústria automobilística que se limitava a montar os veículos, já que todos os componentes eram importados. Mas com a crise do Petróleo em 1973, o governo é obrigado a rever sua política de desenvolvimento. A conseqüência disso foi a descentralização das indústrias de São Paulo para o resto do país. É nesse período que surge empresas como Cia Siderúrgica Nacional em outros pólos do Brasil.
Baseado nos trabalhos de Eduardo Alberto Cuce Nobre: tese de doutorado, Reestruturação Econômica e Território: expansão recente do terciário na Marginal do Rio Pinheiros, apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, 2000 e Expansão terciária e novas centralidades nas cidades globais: o caso da Marginal do Rio Pinheiros em São Paulo. 4
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Mercado Outra região favorecida pela descentralização industrial foi o próprio interior de São Paulo. Com vantagens como mão de obra mais barata, menores impostos e, principalmente, o desenvolvimento das telecomunicações, que já conseguiam permitir melhor comunicação entre os agentes da linha produtiva, muitas indústrias da capital migraram para o interior, principalmente as cidades que ficavam ao longo da malha rodoviária como Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto, entre outras. Na década de 80, os problemas econômicos em países do então chamado “terceiro mundo” se agravaram profundamente, chegando o próprio México, em 82, a pedir moratória de sua dívida externa. O Brasil acompanha a crise e seu PIB anual amarga uma taxa de crescimento absolutamente inexpressiva de 1,5% ao ano entre os anos 80 e 90. O interessante deste período é que à medida que a participação da indústria diminuía sua participação no PIB, de 9,3% ao ano na década de 70 para 0,3% na década de 80, o setor de serviços, também chamado de terciário, crescia acima do PIB, cerca de 2,5% ao ano. Na década essa diferença superou os 10%. Veja o Gráfico abaixo, que compara a participação da inComparação entre a participação, em porcentagem, do setor industrial e de serviços no PIB brasileiro, nos anos de 1980, 1990 e 1995.
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10%
Vista áerea Avenida Vinte e três de maio em 1974 - São Paulo
dústria e dos serviços no PIB: O setor de serviços em 2009 responde a 64 % do PIB contra 30,3% da área industrial (apesar da nova metodologia de obtenção do índice). A década de 90 passa a ser marcada pela absorção da mão de obra excedente das indústrias para o setor terciário e a solidificação do setor como grande agente econômico na cidade e no estado. Os historiadores caracserviços terizam esse novo setor industrial como tendo recursos humanos altamente qualificados, novas formas de cooperação produtiva e empresarial, pequenas e médias indústrias limpas (de alta tecnologia e não poluentes) serviços industriais especializados e serviços financeiros e gerenciais integrados.
0% 1980
1990
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1995
2009*
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4. O crescimento do mercado imobiliário corporativo Dentro de um sistema econômico capitalista, como é o nosso no Brasil, os investimentos feitos no segmento imobiliário normalmente são advindos de um capital excedente do ciclo produtivo. Com a diminuição da industrialização nas cidades (esse processo foi vivenciado praticamente por todas as grandes cidades do ocidente, principalmente na Europa e Américas), o espaço desocupado pela indústria abriu uma oportunidade para o desenvolvimento de outro tipo de construção. Mas como fazer com que a iniciativa privada tenha interesse em investir na construção de novos edifícios? A resposta mais simples e direta é oferecendo resultados vantajosos para o investidor; é o uso do capital excedente, mencionado anteriormente. Muitas vezes era mais interessante manter o capital investido num mercado de ações que em uma operação de caráter mais concre-
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Vista áerea da cidade de São Paulo
to. Por isso, uma das características básicas nos anos 80, início dos 90, foi a especulação financeira. Mas não foi assim com o mercado imobiliário comercial. O mercado imobiliário com fins comerciais, como Shopping Centers foi um dos que mais cresceu. Entre os anos de 1970 e 1995, houve um crescimento no estoque total deste segmento de 2,5 milhões para 8,5 milhões de m². Quanto aos imóveis de escritórios para locação, a instabilidade econômica do país fazia com que os investimentos em bolsa fossem muito instáveis e a indexação do valor dos aluguéis à galopagem da inflação, tornava o investimento em imóveis para locação uma alternativa bem segura. Em menos de 10 anos tivemos oito planos econômicos e uma inflação anual que chegou a atingir 1.782,90% em 1989. Com o crescente aumento do setor terciário na economia da capital, o investimento em imóveis para locação comercial foi tomando novas dimensões, tornando-se cada vez mais um excelente investimento. Esse mercado teve um grande crescimento: de 2,1 milhões de m², em 1970, para 6,3 milhões de m² em 1998 e, agora, 9,8 milhões de m² em 2009.
4.1 – Deslocamento do mercado de escritórios para a região sul da cidade. Existe uma tendência mundial de se tentar ocupar áreas degradadas de maneira mais racional, atraindo investimentos privados para o desenvolvimento de tais
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locais. Dois grandes exemplos mencionados por Eduardo Nobre, em sua tese de doutorado, são Nova York, Battery Park, e Londres, Docklands. O Battery Park City é hoje uma das áreas mais valorizadas de Nova York, mas nem sempre foi assim. Essa região, até a década de 60 era uma zona portuária, ocupada basicamente por docas. Com sua desocupação, a prefeitura da época deu inícios a busca de projetos que viabilizasse o desenvolvimento desta área. Mas foi apenas na década de 80 que um dos projetos conseguiu sair de papel. Um dos primeiros prédios foi o World Financial Center, com 557 mil m², seguido por vários outros. Os Docklands, em Londres, tem as mesmas características: região portuária, desativada, e que com o abandono gerou uma região degradada e desvalorizada. A exemplo do Battery Park, os Docklands passaram por várias propostas de projetos até que o projeto atual fosse aprovado. Hoje, a mistura de áreas comerciais, escritórios e residências tornou os Docklands uma das áreas mais nobres da cidade. Em São Paulo, o deslocamento dos centros comerciais de certa forma seguiu este mesmo modelo. Inicialmente, o conhecido “triângulo” do centro, foi ali estabelecido por seu uma das melhores localizações, longe dos pontos de alagamento e próxima de seus consumidores. A primeira migração, já durante o período do café, foi para Paulista, local alto, igualmente longe de pontos de várzeas de rios e livre das enchentes. Mas com a nova Avenida Faria Lima e o desenvolvimento do primeiro
shopping Center do Brasil, a região começou a atrair novos investimentos, graças a maior oferta de terrenos, com preços mais acessíveis. O crescimento a partir dessa região não parou mais. Em 1975, a incorporadora BratkeCollet, vislumbrando o crescimento do setor terciário da cidade, deu início a grandes investimentos na Avenida Luis Carlos Berrini, tanto que nos cursos de arquitetura e urbanismos essa região foi apelidada de “bratkelândia”. Os novos edifícios eram voltados a profissionais liberais e pequenas empresas, e por isso tinham um perfil “econômico”. A partir da década de 90 é que a região começa a ter o perfil que conhecemos hoje. De lá para cá o estoque total da cidade cresceu cerca de 54%, um crescimento expressivo e importante, considerando que São Paulo é a maior capital econômica e financeira do Brasil. Como apresentado na matéria do trimestre anterior5, uma das áreas previstas para um grande crescimento é a continuação da Marginal Pinheiros, em direção ao sul. Esperemos, contudo, que esse crescimento seja acompanhado de melhoria das condições de transporte e acesso, dois itens que tem se mostrado como grandes colaboradores no crescimento comercial corporativo da cidade e que, infelizmente, a história nos mostra que sempre esteve aquém do que a cidade necessita. n
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Técnica
Sistemas modernos de elevadores melhoram os altos e baixos da vida cotidiana
N
unca nossa vida profissional teve tantos altos e baixos; Caminhando pelo tempo e por diferentes localidades e não estamos falando sobre os problemas econômicos constatamos que várias civilizações usavam este sistema de elemundiais ou as flutuações da bolsa. Estamos falando do vação vertical ou inclinada para transporte de cargas, mas a docusistema de elevadores. Sem eles, a verticalização da vida moder- mentação deste conhecimento só chegou aos nossos dias através na seria impossível. Cidades como Nova York, Chicago, ou mes- da obra de um engenheiro e arquiteto romano chamado Marcus mo São Paulo e Rio de Janeiro simplesmente seriam outra coisa, Vitruvius Pollio, cujo trabalho, chamado De Architectura, consta com outra paisagem. Assim, neste artigo, gostaríamos de elucidar de 10 livros e é considerado um importantíssimo documento hiscomo essas máquinas, sempre presentes no nosso dia-a-dia se mo- tórico da engenharia e arquitetura; o próprio Vitrivius menciona vem de um andar ao outro. Vamos dar uma olhada nos sistemas nesta sua obra a engenhosidade de Arquimedes, um matemático, de controle que decidem onde o elevador vai e os sistemas de físico e inventor grego, que fez grandes descobertas a respeito segurança que evitam que catástrofes aconteçam. do estudo dos fluidos, importantíssimo nos sistemas hidráulicos, Se voltarmos no tempo e pensarmos em grandes cons- como veremos mais adiante. truções que nos foram legadas por antigas Como foi o único documento que soFigura 1 - O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. Obra realizada em 1490. civilizações, perceberemos que o uso de um breviveu ao seu tempo, foi fonte de grande mecanismo rudimentar de elevadores já era inspiração para os “curiosos” renascentistas, usado. Talvez o exemplo mais visível deste cujo mais famoso representante possa ser o tipo misterioso de engenharia esteja nas Pirâpróprio Leonardo da Vinci. mides do Egito, construídas a mais de 2500 Se existe alguma dúvida sobre a influanos a.C. A maior delas, também chamada ência que Vitrivius teve sobre da Vinci basta de Pirâmide de Quéops, tem 146 m de altura, observar uma de suas mais mundialmente fao equivalente a um edifício de 48 andares. mosas obras: O Homem Vitruviano. Veja a Ela é até hoje a construção mais pesada de Figura 1. toda a história da humanidade com 2,3 mi A “curiosidade” que todos esses holhões de blocos de rocha, cada um pesando mens tiveram ao longo da história para com o em média 2,5 toneladas. Sendo homens muientendimento de acontecimentos cotidianos to ricos e donos de muitos escravos, os Farae a solução de muitos pequenos problemas ós só precisavam mesmo é de tempo, porque é simplesmente fabulosa. O aprofundamenaparentemente, a questão da engenharia já to dos conhecimentos sobre a física passou a tinha sido resolvida. desvendar muitos “mistérios” da vida, entre Obra exposta na galeria L’Accademia di Belle Arti di Venezia.
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eles os sistemas hidráulicos e de roldanas, que são os que nos interessam aqui. Os mais conhecedores de física me dêem licença para expor de maneira mais simples em que consistem tais sistemas.
sistema é mais eficiente? Acompanhe as figuras: 45 Kg
Passo 1. Basicamente, para se levantar um objeto de 45 kg é necessário fazer uma força igual ao peso do objeto, mas no sentido contrário.
1 – Sistema Hidráulico Basicamente, este é um dos princípios que é usado nos elevadores. A lei da impenetrabilidade, que diz que “dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço” rege esse sistema. O fluido que está armazenado de um lado, quando comprimido, exerce uma força que o obriga a ir para o outro lado. Se aplicado aos elevadores, é o fluido pressionado pela bomba que aciona o pistão e faz o elevador subir. Quando o fluido para de ser pressionado, retorna ao reservatório da bomba, e o elevador desce. Veja a ilustração da Figura 2.
45 Kg
Passo 2. Um primeiro passo a se tomar para tornar a tarefa mais fácil é colocar uma polia no teto, assim, ao invés de fazer a força para cima, faz-se a força para baixo, mas a quantidade de força que teríamos que fazer continua a mesma.
45 Kg
45 Kg
45 Kg
45 Kg 100 ft.
45 Kg
45 Kg
45 Kg
Figura 2 – Princípio do sistema hidráulico e sua aplicação em um elevador de carga.
23 Kg
23 Kg
23 Kg
23 Kg 45 Kg
45 Kg
Este é um sistema simples, que multiplica em muitas vezes a força exercida sobre o fluido, podendo levantar grandes pesos, mas tem duas desvantagens: o tamanho e a ineficiência do sistema. Quanto à primeira desvantagem, o sistema funciona bem em ocasiões onde a altura que o objeto vai ser levantado não é muito alta. Por isso, no caso dos elevadores, ele só está presente em edifícios com no máximo 6 andares; quanto mais alto o edifício, mais fundo deve ser o espaço para o pistão. Existem soluções tecnológicas para amenizar este problema, mas não abordaremos isso aqui. O outro problema, de ineficiência, é que a energia armazenada no sistema só pode ser usada na descida. Para subir é necessário empregar toda a força novamente. Por isso, é também um sistema mais dispendioso, sendo mais indicado para prédios residenciais ou para pequenos edifícios. 2 – Sistema de roldanas Como funciona o sistema de roldanas? E por que esse
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Passo 4. E a cada polia somada ao sistema, a força se divide proporcionalmente entre as polias.
11 Kg
11 Kg
Passo 3. Este é o ponto onde a “mágica” acontece. Quando se coloca outra polia, a quantidade de força necessária é divida pela metade.
11 Kg 11 Kg
11 Kg
11 Kg 45 Kg
45 Kg
Se trocarmos a caixinha do exemplo por um elevador vamos entender bem como tudo funciona. A energia que movimenta o sistema é a elétrica. Os cabos são conectados a um motor que se move em ambos os lados, possibilitando a subida e a descida. Para que haja um aproveitamento da energia potencial (aquela que corpos suspensos armazenam), coloca-se um contrapeso conectado ao sistema. Assim, a energia necessária para fazer o elevador se movimentar é inicialmente elétrica e depois potencial. Na hora da parada, a energia elétrica que move o motor se intensifica e o elevador para. Mas não bastam conhecimentos físicos para se criar um elevador que possa subir 100 andares; os materiais usados na construção de um elevador só foram drasticamente melhorados
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Técnica em 1800 com os novos processos de fabricação de aço e ferro. Atualmente os elevadores são muito mais que um sistema hidráulico ou de roldanas. A complexidade de mecanismos que envolvem nosso sobe e desce está recheado de sofisticação, tecnologia e acima de tudo segurança. 3 – Segurança dos elevadores O sistema de segurança de elevadores trabalha sobre o conceito de redundância, ou seja, várias medidas diferentes visam um mesmo fim. Com isso, se um dos componentes de segurança falhar, outros certamente atuarão. Vejamos alguns deles: • Ambos, elevador e contrapeso, deslizam num sistema de trilhos, evitando que se choquem durante o deslizamento; • Os cabos são feitos com alumínio trançado, o que os torna muito mais resistentes a suportar grandes cargas; • O número de cabos usados normalmente é maior que o necessário, garantindo a segurança caso algum venha a se romper; • Na rara eventualidade de todos os cabos se romperem e as roldanas se soltarem, os elevadores possuem um sensor que aciona um freio caso a velocidade atinja um valor maior que o esperado, cerca de 15% a mais da velocidade máxima. Esse sistema de freios nada tem a ver com o cabeamento ou com eletricidade, eles são operados por um sistema de eletroímã, e por isso seu acionamento é independente; • Casos todos os sistemas de segurança falhem e o elevador despenque, existe um último recurso que é um amortecedor que fica na extremidade baixa do fosso e que pode absorver parte do impacto que o elevador terá ao atingir o solo, minimizando consideravelmente a gravidade que uma queda livre teria para os ocupantes deste elevador. O engenheiro Paulo Leite, da Artelev Desing de Elevadores, acrescenta que em “edifícios, independentes de serem comerciais ou residenciais, seguem as mesmas regras estabelecidas por normas bem específicas. Naturalmente, existem cuidados maiores a serem tomados no caso de elevadores comerciais, que seriam: 1. contratar uma empresa séria e corretamente cadastrada nos órgãos competentes para acompanhar o trabalho de manutenção dos elevadores. 2. controlar o fluxo dos usuários do prédio, orientando-os sobre o uso adequado dos elevadores”.
Ele ainda acrescenta que as diferenças entre elevadores
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de passageiros e de carga são basicamente normativas e que prevalecem para cada tipo e uso dos elevadores. Por exemplo, ele-
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vadores de passageiros, muitas vezes, podem ser adaptados para transportar certos tipos de carga, mas os elevadores de carga já são mais específicos para o fim destinado, e normalmente ficam proibidos de transportar de passageiros. 4 – O funcionamento Basicamente todos os sistemas de operação dos elevadores modernos são controlados por sistemas computadorizados. Assim, para que um elevador funcione adequadamente é necessário, além de toda a estrutura física da composição, adequadamente funcionando, uma combinação de componentes que permitam ao sistema identificar eletronicamente 4 fatores separadamente: a. Onde está o elevador; b. Onde é cada andar; c. Onde as pessoas estão d. E se querem subir ou descer. A velocidade com que circulam, se vão subir ou descer, quais as prioridades de parada, etc., dependem diretamente da programação que esses sistemas eletrônicos recebem. Essa programação é baseada em estudos que determinam os horários de maior fluxo, o volume e a média de passageiros. A maioria dos elevadores hoje em dia funciona com um sistema mais comum de acionamento de botões, localizados dentro do elevador, que indicam se o passageiro quer subir ou descer. Assim, primeiro o elevador chega e depois o andar é indicado. Mas alguns edifícios mais modernos, onde o fluxo de pessoas é maior, tem usado um sistema diferenciado, conhecido como “inteligente”, onde a pessoa já no hall de espera aperta o andar que gostaria de ir, e o painel do hall indica qual o elevador que
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esse passageiro deve tomar. Esse sistema é mais econômico, já que possibilita ao sistema eletrônico calcular qual a melhor escolha para atender àquela solicitação. Os benefícios incluem maior economia de energia, maiores rapidez de acesso aos andares mais altos (já que algumas unidades em grandes complexos são exclusivas para este fim), menor tempo de espera, entre outros. Outro aspecto interessante desses elevadores mais modernos é que a velocidade desenvolvida é totalmente confortável, mas bem mais rápida que há alguns anos atrás. Quem não se lembra de ficar quase 40 segundos para subir 10 andares! Se a média é de 4 s/andar, imagine subir em um prédio com 100 andares; teríamos que gastar quase 7 minutos. Mas o pior seria lembrar, ao chegar ao seu destino que a chave que abre seu escritório ficou no molho de chaves do carro que ficou no subsolo... Hoje as velocidades médias vão de 0,5 a 8 m/s, dependendo diretamente da altura do prédio e capacidade individual de cada elevador, e os sistemas modernos contam com dispositivos de aceleração, desaceleração, paragem e nivelamento tão suaves que dificilmente o passageiro percebe isso. Assim, para um edifício de 10 andares, considerando que cada andar tem cerca de 4 metros, o tempo ideal que um elevador levaria para ir do térreo ao último andar seria de 23 segundos, um pouco mais da metade do tempo gasto nos elevadores mais antigos. Mas o mais interessante é quanto mais alto o edifício, maior a velocidade dos elevadores. Se esse prédio de 10 andares tivesse 37 andares, ele levaria apenas 25 segundos para chegar ao topo, segundo a tabela de velocidade adotada pelos projetistas; quase o mesmo tempo. É importante lembrar que prédios mais altos devem possuir uma infraestrutura mais moderna e que assegure aos usuários mais agilidade e segurança, já que o volume de pessoas circulando diariamente é bem maior.
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Técnica Para atender ao tráfego de usuários, às vezes, é necessário “dividir” o prédio em várias seções (zonas baixa, médias e altas), nesse caso usando elevadores de várias velocidades e dimensões para que possam atender à demanda do edifício. Dependendo do edifício, no caso de prédios comerciais, os elevadores que atendem aos subsolos sempre param no andar térreo, justamente para que os usuários passem por uma triagem na recepção para, então, serem encaminhados para o andar específico da empresa que deseja visitar, ou no caso do usuário normal do prédio, ter confirmadas entradas e saídas para controle geral, comenta Paulo Leite. As empresas responsáveis pela elaboração dos projetos de elevadores combinam uma série de fatores que determinam a velocidade com o elevador se movimenta. Quanto menor o número de pessoas, maior a velocidade média. E o oposto também é válido. Se um elevador é projetado para transportar muitas pessoas (mais de 20, por exemplo) sua velocidade média será menor. O tamanho da cabine que transporta os passageiros é calculado com base em uma tabela, mas o tamanho das portas é determinado pela ABNT NBR NM-207, e cujas medidas mínimas são 0,8 m de largura e 2,0 m de altura. Mas como saber quantas pessoas usarão os elevadores em um edifício comercial? A resposta está no dimensionamento da área útil que esse edifício oferece. Assim como numa previsão de quantas pessoas caberão em um determinado escritório (nº de pessoas por m²), o mesmo se faz com os elevadores. Somado a isso está uma série de cálculos sobre a quantidade de pessoas que necessitarão usar o elevador para se locomoveram. E quem já não passou pela experiência de ser espremido entre as portas de um elevador? Mais uma vez os sistemas mais modernos resolveram esse problema. Antigamente a “percepção” do elevador de que alguém estava passando pela porta era feita por um sensor horizontal, normalmente localizado na parte inferior da porta. Hoje em dia, a porta, em toda a sua extensão, possui esse sensor de presença, por isso, quando colocamos a mão ele imediatamente para. Com relação à segurança neste aspecto o ideal é, ao invés de colocar a mão na porta, acionar o botão de abertura de porta que fica no painel do elevador. Mesmo os elevadores inteligentes que não tem os botões indicativos de alarme, possuem esse botão, que deve ser acionado pelo primeiro passageiro que entra no elevador, se a quantidade de pessoas a entrar justificar isso.
dia são verdadeiras obras de arte, com acabamentos finíssimos e resultados fascinantes. Mas esses acabamentos precisam se encaixar em alguma norma? Quais as diferentes possibilidades de desenho que esses elevadores podem ter, principalmente quanto à parte estética, tipos de acabamentos, botoeiras de ambos os lados, visão panorâmica, etc.? Veja o que Paulo Leite, da Artelev, responde: “A decoração dos elevadores comerciais, geralmente segue a linguagem da decoração do conjunto das áreas comuns do edifício, mas procuramos controlar os itens a serem aplicados no interior da cabina, para que eles não venham a conflitar com o funcionamento do elevador, no sentido da segurança e uso normal do mesmo.” “Procuramos verificar os itens que serão aplicados nas paredes, teto e piso da cabina, para que os mesmos não venham, principalmente, a aumentar o peso do conjunto a ponto de extrapolar sua capacidade de transporte. Portanto, muitas vezes, temos que adotar materiais alternativos para que possamos manter a linguagem da decoração prevista e o funcionamento normal do elevador.” “No caso das botoeiras, dependendo do tamanho da cabina, utilizamos botoeiras em ambos os lados dos painéis frontais, para facilitar o acesso do usuário na marcação das chamadas. Hoje
5 – O design Outro aspecto que chama muito a atenção quanto aos elevadores é o design, ou seu desenho. Alguns elevadores hoje em
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em dia, no sistema de chamada antecipada, a botoeira dentro da cabina inexiste, pois uma vez registrado no pavimento de acesso o andar que se deseja acessar, o passageiro será automaticamente informado de qual elevador utilizar para levá-lo ao andar de destino.” “No quesito panorâmico, depende do que se é projetado para o edifício. As paredes da cabina poderão ser parcial ou totalmente panorâmicas. O que se tem visto nas principais feiras de elevadores que acompanhamos fora do pais, é a tendência da transparência de painéis e portas da cabina, dando mais leveza aos equipamento, além da beleza que a adição desses elementos aplicados podem trazer.” “Devemos ressaltar, ainda, que um item que vem sendo adotado fortemente é a iluminação com o “led”(diodo emissor de
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luz, veja a foto ao lado), que permite uma iluminação mais nítida no interior da cabina, permitindo vários tipos de combinações de iluminação, além de praticamente não contribuir para o aquecimento no interior da mesma devido a baixa potência que trabalha. Outro fator é na manutenção da iluminação; o “led” dura em torno de 80.000 a 100.000 horas de uso, ou praticamente 11 anos, bem superior à iluminação convencional das lâmpadas fluorescentes, normalmente utilizadas.” “Assim, todos os projetos de elevador a serem adotados em um edifício, além de atender as normas pré-estabelecidas, devem promover o bem-estar do usuário durante o pequeno tempo que ele fica dentro da cabina, com destaque para uma decoração agradável, sempre procurando não chocar o usuário ao mudar do ambiente do hall para dentro do elevador e vice-versa; ventilação adequada e iluminação agradável.” Nada como a modernidade para amenizar os “sobe-edesce” da nossa vida. Com a colaboração da Artelev www.artelev.com.br
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O primeiro escritório verde do Brasil Idealizado pela Moema Wertheimer Arquitetura e executado pela Lock Engenharia, a sede da Boehringer Ingelheim Brasil está em processo de obtenção do selo Leed na categoria Gold
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rojetar e construir um escritório que cumpra as exigências da certificação Green Building LEED na categoria Gold – criado pela ONG americana U.S. Green Building Council e reconhecido como o mais importante certificado para atestar a qualidade ambiental de prédios comerciais, residenciais e escritórios – sem perder de vista a funcionalidade e plasticidade do espaço. Esse foi o desafio enfrentado pela divisão de obras corporativas da Lock Engenharia e do renomado escritório Moema Wertheimer Arquitetura, ao idealizar e executar a nova sede do laboratório alemão Boehringer Ingelheim, que ocupa um andar e meio de uma das duas torres do complexo Rochaverá Corporate Towers, no Brooklin, em São Paulo. “Aguardamos o resultado da avaliação final da U.S. Green Building Council, mas trata-se de um projeto único no país. A execução da obra foi toda delineada para cumprir todas as exigências do LEED e transformar o ambiente de trabalho em um espaço ecologicamente correto. Tivemos essa preocupação até mesmo durante a obra, já que implantamos na execução do projeto um rigoroso controle de descarte e destinação adequada dos resíduos e utilizamos tintas com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis (VOC), que são prejudiciais para à saúde”, explica Daniel Gispert, sócio-diretor da Lock Engenharia. O escritório da Boehringer Ingelheim tem mais de dois mil m² e é destinado a aproximadamente 200 funcionários. A empresa incentiva o home office, ou seja, cerca de 20% dos colaboradores, em sistema de revezamento diário, trabalham em casa para reduzir o trânsito e a poluição. No escritório os funcionários também não encontram copos, pratos e talheres descartáveis, e sim louças, talheres de metal, copos de vidro e xícaras, reduzindo desta forma a quantidade de
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resíduos, além de disponibilizar a coleta seletiva de descartes. A empresa oferece ainda uma área colaborativa aberta para convivência e um espaço com cyber point, lounge, mesas bistrôs com banquetas, Espaço da Livraria Cultura, ponto de venda, que simula uma mini-farmácia, vending machines, com café, água e sucos e recipiente para frutas. Segundo Anderson Benite, diretor de sustentabilidade do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), empresa responsável pela consultoria técnica em Green Builiding – LEED do projeto, o escritório da Boehringer representa um marco na construção sustentável por demonstrar que é possível integrar uma excelente estética, o conforto dos usuários e o baixo impacto ambiental, ao que agrega grande valor a imagem corporativa da empresa para o mercado e para seus colaboradores. Para aproveitar a iluminação natural e economizar energia, as luzes acendemse automaticamente e o ar-condicionado tem controle individual de temperatura que interrompe o funcionamento quando as áreas estiverem vazias. Para o uso consciente de papel, o funcionário tem que levantar da sua mesa e aproximar o seu crachá da impressora para que a cópia seja liberada. “Apostamos no conceito Modern Office, com amplas áreas verdes que contribuem para a qualidade do ar e espaços abertos para reuniões informais. Ninguém na Boehringer tem lugar fixo. A idéia é proporcionar mobilidade e interação entre os diferentes departamentos da empresa. Outro ponto de destaque é que 85% dos funcionários têm vista panorâmica e há 350 m² dedicados à área colaborativa e de relacionamento, que inclui grande número de conveniências”, ressalta Moema Wertheimer, arquiteta e sócia do escritório de mesmo nome. n
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Espaços Corporativos Online
Novo ícone da modernidade do Rio
Torre 1 do Ventura Corporate Towers já recebeu a certificação LEED para Core & Shell, categoria Gold.
O
centro do Rio de Janeiro já foi um dos pontos comerciais mais importantes do Brasil, durante a época em que a cidade era capital do Império. Mas a sucessão de eventos históricos da cidade, infelizmente, tornou a região uma área desconectada do progresso do mundo corporativo imobiliário, dando cada vez mais espaço para outras regiões, como a Barra da Tijuca. Mas isso pode estar com os dias contados. A primeira prova disso está na entrega da Torre 1 do complexo Ventura Corporate Towers, localizado no coração da cidade. Este magnífico edifício foi concebido não apenas sob os mais modernos conceitos da arquitetura e construção civil, mas, também, sob o que há de mais moderno na mentalidade dos novos empreendimentos imobiliários comerciais: os edifícios ecologicamente corretos, ou green buildings, como são reconhecidos internacionalmente. O Ventura Corporate Towers é o primeiro empreendimento do Rio de Janeiro a contar com a certificação ambiental LEED® C&S (for Core & Shell), na categoria Gold. O selo é concedido pelo U.S. Green Building Council (USGBC), dos Estados Unidos, e segue o sistema LEED (Leadership in Energy and
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Environmental Design). Para a conquista da certificação, o Ventura preenche uma série de requisitos que tiveram início na fase de projetos, continuaram durante a construção e permanecem nesta etapa de operação da primeira torre, entregue em setembro do ano passado e que hoje já está totalmente alugada. O Ventura foi certificado com base na norma LEED C&S (for Core & Shell), que avalia e reconhece as soluções e tecnologias sustentáveis adotadas no projeto e na obra para reduzir os impactos ambientais de uma edificação, considerando o núcleo do edifício, todas as áreas comuns e as fachadas da edificação. Este tipo de construção permite grande flexibilidade dos espaços internos e constitui uma tendência entre os modernos edifícios corporativos ao redor do mundo, por atender às diferentes necessidades das empresas hoje e no futuro. Ao mesmo tempo, essa modalidade de green building prevê a participação efetiva dos inquilinos na manutenção da qualidade dos ambientes internos. As empresas, que estão locando seus espaços no empreendimento, recebem um manual do usuário para que possam
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tirar o melhor proveito das vantagens ambientais que as normas do LEED proporcionam. Entre os principais requisitos exigidos pelo USGBC, e que foram incorporados pelo projeto do Ventura Corporate Towers para a obtenção da certificação estão: a sustentabilidade do local da construção, a eficiência do uso da água, redução no consumo de energia, utilização de materiais recicláveis e recursos renováveis, manutenção da qualidade do ar interno, além de inovação e processo de projeto (que incluem desde de reuso da água da chuva até a aquisição de materiais de empresas próximas à obra, passando pela utilização de materiais reciclados). Entre os principais resultados, que demonstram um alto desempenho ambiental do edifício, pode-se destacar: • 38,7% de economia de no consumo de água potável, comparado ao padrão norte-americano; • 100% de economia de água potável para irrigação; • 71% de todo resíduo gerado na obra desviado de aterros; • 41% de todo material empregado é de origem reciclada; • 57% de todo material adquirido é de origem local; • 66% de toda madeira é certificada pelo FSC (Forest Stewardship
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Council); • 30% de redução da vazão e volume de água lançada na rede pública durante as chuvas. Para Anderson Benite, Diretor da Área de Sustentabilidade do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, empresa responsável pela consultoria em Green Building para o edifício, declarou: “a certificação LEED do Ventura e o consequente impacto positivo em sua comercialização serviram para comprovar as vantagens do pioneirismo da incorporadora Tishman Speyer e da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. Anderson Benite Diretor do CTE A certificação foi uma grande conquista para o empreendimento e, sobretudo, para a evolução da construção sustentável no Brasil, demonstrando que este novo paradigma torna-se cada vez mais uma realidade”. n
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Espaços Corporativos Online
Evento
Os três eventos que marcaram o trimestre LARES
O evento organizado pelo Núcleo de Real Estate da Poli USP – o Latin American Real Estate Society – ocorreu nos dias 13, 14 e 15 de Outubro, em São Paulo. O objetivo principal do evento foi reunir estudiosos e profissionais do mercado imobiliário, fazendo uma ponte entre a academia e os negócios, analisando e trocando experiências de como a crise financeira mundial afetou as diversas facetas deste mercado. O primeiro dia do evento foi composto de visitas técnicas, dentre elas uma ao empreendimento comercial Rochaverá
Tower, ícone da construção Green Building nacional. Os demais dias do evento foram realizados no Hotel Matsubara, onde ocorreram as conferências, apresentações de trabalhos e painéis de debates, contando com profissionais do SECOVI, Corenet, NRE da POLI-USP, além de profissionais dos EUA, Suécia, África do Sul, entre outros. Os principais temas debatidos foram a sustentabilidade nos mercados de real estate e a educação internacional neste setor.
CASA COR TRIO
A consagrada linha de eventos da DORIA Associados, em parceria com o Grupo Abril, inovou em 2009, fazendo a junção dos eventos CASA Entretenimento, CASA Boa Mesa e CASA Office, o CASA COR TRIO, atingindo grande sucesso. O evento realizado no Jockey Club de São Paulo apresentou o
que há de mais inovador em móveis corporativos, decoração e iluminação de interiores, além de demonstrar como esses aspectos podem (e muito) melhorar a eficiência e produtividade das equipes de trabalho. O evento ocorreu entre os dias 05 de Novembro a 06 de Dezembro.
Nos dias 2 e 3 de dezembro aconteceu um dos principais encontros do mercado imobiliário nacional. O Cityscape Latin America reúne, há 2 anos, executivos renomados do setor para uma profunda discussão das questões de investimentos, funding, securitização, tendências, oportunidades e alternativas para investidores nacionais e internacionais. Neste período de consolidação, o evento se tornou uma plataforma única de networking de alto nível e troca de experiências. Os participantes são executivos, profissionais do mercado imobiliário e investidores interessados em ouvir de especialistas onde estão as melhores oportunidades e como o mercado está se comportando em setores específicos. Patrocinadores, apoiadores e parceiros de mídia estive-
ram presentes no evento para divulgar suas atuações no mercado imobiliário. Foi, também, uma ótima oportunidade para conhecer novos serviços e produtos. Workshops gratuitos foram organizados para fomentar o desenvolvimento e capacitação de profissionais de áreas como: Vendas, TI e Marketing. Esta edição do evento foi um grande incentivo lançado para todas as incorporadoras, construtoras, imobiliárias e agências de marketing imobiliário. A equipe do Buildings esteve presente no evento e colaborou na ministração do workshop sobre vendas na internet, quando o Sócio-Diretor do Buildings, Fernando Libardi, explanou como a nossa ferramenta pode ajudar corretores e usuários finais a procurarem seu espaço comercial, o que gerou muito interesse e curiosidade nos participantes. n
CITYSCAPE
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CORENET G L O B A L Empowering Corporate Real Estate and Workplace Executives
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Estatísticas
Confira as faixas de Preços de Locação e dados do Portal Buildings.com.br São Paulo Região
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Barra Funda
Tamanho de Laje
23,71 a 45,00
15,63 a 36,67
-
50,00 a 70,00
Berrini
22,95 a 70,00
33,46 a 80,00
46,87 a 65,00
75,00
Centro
5,13 a 44,12
8,00 a 43,83
8,00 a 50,00
13,95 a 28,46
Chácara Santo Antônio
18,47 a 32,50
40,74 a 50,00
-
40,00 a 50,00
Faria Lima / Itaim Bibi
22,22 a 85,00
40,21
33,33 a 75,00
95,00 a 110,00 30,00 a 90,00
Marginal Pinheiros Moema / Vila Mariana Morumbi / Jd. São Luís
-
28,16 a 120,00
50,00 a 71,50
27,03 a 40,00
42,86
53,33 a 68,00
-
62,50
31,25 a 46,15
35,00
25,00 a 56,25 74,85 a 100,00
Paulista
21,05 a 100,00
-
53,33 a 150,00
Pinheiros / Perdizes
33,33 a 37,84
25,00 a 100,00
23,00
65,00
-
-
-
31,00 a 35,00
Santo Amaro Vila Olímpia Saúde / Jabaquara
Região
45,00
-
80,00
55,00
30,43 a 70,00
31,73 a 73,00
-
60,00 a 100,00
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
Barra Funda
48
338.802
8,79
15.581
Berrini
61
424.229
7,69
76.816
Centro
150
1.143.438
6,30
6.542
Chácara Santo Antônio
60
340.639
3,86
78.595
Faria Lima / Itaim Bibi
163
1.175.202
5,27
82.175
Marginal Pinheiros
35
598.897
8,30
178.498
Moema / Vila Mariana
55
297.604
1,92
17.496
Morumbi / Jd. São Luís
34
265.258
14,42
20.016
Paulista
244
1.802.581
4,13
52,694
Pinheiros / Perdizes
15
69.107
2,38
39.779
Santo Amaro
12
88.805
12,71
7.500
Vila Olímpia
72
480.267
4,85
26.551
22
134.639
0,86
4.423
1062
7.797.439
5,42
643.704
Saúde / Jabaquara Total
Barueri Tamanho de Laje Barueri
Barueri
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
22,22 a 64,00
40,00
55,00
30,00 a 50,00
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
29
255.723
12,14
351.337
ABCD / Osasco Tamanho de Laje ABCD
ABCD
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
10,56 a 40,00
18,36 a 46,66
13,64 a 50,00
-
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
31
120.859
3,55
28.336
As informações contidas na seção Estatíticas da Revista Buildings referem-se exclusivamente aos dados constantes no banco de dados do portal Buildings.com.br. Não nos responsabilizamos, portanto, por decisões ou transações de qualquer natureza realizadas com base nas informações aqui contidas.
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34
Espaços Corporativos Online
Rio de Janeiro Região
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) Tamanho de Laje
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
Barra da Tijuca
12,00 a 75,00
30,95 a 85,00
20,00 a 80,00
Botafogo
24,29 a 50,00
17,06 a 50,00
23,57 a 100,00
Centro
10,00 a 90,00
6,67 a 42,57
9,00 a 37,47
Copacabana
17,50 a 130,00
-
18,75 a 22,50
90,00
53,57 a 70,00
130,00 a 160,00
Lagoa
Região
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
Barra da Tijuca
105
543.372
2,40
105.248
Botafogo
24
302.605
3,48
14.623
Centro
127
1.717.753
3,14
96.080
Copacabana
8
67.600
1,01
-
Lagoa
9
75.590
0,34
-
Total
271
2.708.921
2,90
213.951
Salvador Tamanho de Laje Salvador
Salvador
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
17,11 a 28,85
27,00 a 45,45
-
-
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
24
192.437
0,29
44.352
Recife Tamanho de Laje Recife
Recife
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
18,33 a 50,00
27,78 a 50,00
62,00 a 65,00
30,00
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
27
209.216
10,83
24.581
Curitiba Tamanho de Laje Curitiba
Curitiba
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
13,43 a 49,02
13,09 a 16,34
9,44 a 17,39
-
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
39
410.664
1,47
24.299
Florianópolis Tamanho de Laje Florianópolis
Florianópolis
Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
20,00 a 30,62
-
-
25,38
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
24
83.895
1,28
25.419
Porto Alegre Tamanho de Laje Porto Alegre
Porto Alegre
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Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²
> 500 < 700 m²
> 700 < 1.000 m²
> 1.000 m²
17,11 a 60,00
50,00
48,48 a 56,90
53,20 a 65,02
Nº de Edifícios
Estoque Total (m²)
Taxa de Vacância (%)
Atividade Construtiva (m²)
38
190.313
3,58
62.694
35
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Henrique Lima
Ofertas C
omo parte do nosso contínuo esforço de tornar nossa revista uma ferramenta útil para diretores, gerentes e demais responsáveis da área de patrimônio e real estate das empresas, estamos reformulando o layout da nossa seção de ofertas. A primeira novidade são os mapas e as regiões de destaque das ofertas. Nosso objetivo é tornar a revista mais acessível e fácil de manusear. Mas não se preocupe, todas as informações adicionais, como a divisão de microrregiões, e todos os demais detalhes de cada edifício, estão disponíveis no site. Assim, para qualquer informação adicional ou mais detalhes sobre as informações da revista, não deixe de visitar o nosso site: www.buildings.com.br Patricia Abreu Coordenadora de Pesquisa
Regiões de São Paulo Barra Funda
As informações contidas no início da
Centro
Pinheiros / Perdizes
seção de Ofertas para cada distrito consideram todos os edifícios de es-
Faria Lima / Itaim Bibi
Paulista
critórios da cidade de São Paulo que possuem lajes com mais de 500 m², sendo que os edifícios considerados Classe A são os edifícios entregues após 1988, com área locável superior
Morumbi / Jardim São Luís
Margina
l Pin heir os
Moema / Vila Mariana
a 700 m² por laje e elevadas especifi-
Vl. Olímpia
cações técnicas. A Revista Buildings é um canal de co-
Berrini
municação que divulga informações do mercado imobiliário corporativo da cidade de São Paulo. Não nos respon-
Santo Amaro
sabilizamos, portanto, por decisões
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realizadas com base nas informações aqui contidas.
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