Equipe J - 2014

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Patrocínio

Incentivo

Nº17 . AII OUTUBRO /14 O EQUIPE J - ANO II é distribuído gratuitamente a todos os alunos dos 7 aos 12 anos das escolas das redes municipal, estadual e particular do município de Vespasiano. A venda do EQUIPE J - ANO II está restrita aos agentes autorizados. Valor de venda 1 REAL. Toda a receita da venda do EQUIPE J - ANO II é revertida para a Escola de Artes “Capitão Carambola”, Vespasiano.

EU SOU QUEM EU SOU HOJE, POR CAUSA DAS ESCOLHAS QUE EU FIZ ONTEM Eleanor Roosevelt

SEMPRE ATENTO

CYBER

FINAL VERDE

Escolher e Respeitar Uma questão de escolha...

Internet segura

Você sabe o que é um Ornitólogo

Escolher nem sempre é fácil. Respeitar também não. Mas sempre é possível. E necessário.

Conheça a história de Martine, uma franguinha que escolheu viver.

Você sabe escolher? Se não sabe, pense. Depois de pensar, escolha.

Existem bichos. E existe quem cuida dos bichos. Para quem quer cuidar é só escolher o bicho.

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HORA DO CONTO

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SEU VALTÉRIO MARISOL

Nascer não é uma escolha. Se nascemos, é porque alguém quis que nascêssemos. Esse alguém é nosso pai e nossa mãe. Ou um deles. Alguns nascem por descuido, é verdade. Ou por circunstâncias não desejáveis. Tristes, até. Mas, o certo mesmo é que, desde o nascimento, as escolhas começam a fazer parte de nossa vida. Até mesmo antes de nascer, quando ainda estamos no útero da nossa mãe, nossas roupas, a cor das paredes do nosso quarto, nosso nome, tudo isso está passando por um processo de escolha. E, quando chegamos a este estranho, mas maravilhoso mundo, começamos a viver de acordo com as escolhas que fizeram para nós. E de nada adiantaria reclamar, se a cor amarela do quarto não nos agradasse, se a roupinha tinha mais pano do que o necessário, se as gracinhas das vizinhas nos enchessem os ouvidos ainda tão frágeis. Um dia, crescemos. E aparecemos. Começamos a reclamar o direito às nossas próprias escolhas. Quero vestir esta roupa, não aquela. Não quero comer espinafre, mesmo se for para ficar forte como o Popeye. Quero ficar aqui e não lá. E por aí vai. E vai até o dia em que ouvimos a frase libertadora “faça como achar melhor, afinal, você já tem idade para saber o que quer”. Será? Estranho ser humano. Sonha com o dia em que poderá fazer suas próprias escolhas e quando esse dia chega... Não sei se faço assim ou assado, se fico aqui ou vou para lá. Será que viajo ou compro uma bicicleta? Como se vê, o ato de escolher é algo complicado. Até porque, ele nos acompanhará pela vida toda. Como diz Cecília Meireles “Passo o dia a escolher”. E eu diria que “passo a vida a escolher”. Boa leitura e boas escolhas!!!

Ficha Técnica Concepção do Projeto: Buummdesign.com Direção Editorial: Tânia Colares (colares.tania@gmail.com) Direção de arte e Ilustrações: Frederico Rocha (frocha@buummdesign.com) Paginação: Buummdesign Revisão: Heloisa Ferreira Rosa Venda Direta: Maria Angélica Esteves Distribuição: Cristiano Alves Impressão: Gráfica 101 Tiragem: 13.000 exemplares

Assim como todas as pessoas, Seu Valtério também faz suas escolhas. E como ele já fez muitas na sua longa vida, ele resolveu dar umas sugestões que podem ajudar os leitores nas sua próprias escolhas.

QUER LER UM LIVRO, MAS... ...não sabe qual escolher? Preste atenção às dicas: - pense em qual é seu gênero preferido: ficção, não ficção, terror, aventuras, romance... - leia as informações nas capas e contracapas do livro; - abra o livro e leia a primeira página; - verifique qual é o autor e a editora; - procure saber a opinião de pessoas que já leram o livro. Uma última dica: nunca escolha um livro só pela capa. As aparências podem enganar!

O FUTURO PEDE... ...novas profissões. Que tal escolher uma das cinco modalidades abaixo para você? - telecirurgião: para facilitar as operações mais complicadas, os cirurgiões irão operar os pacientes com braços robóticos, em vez das mãos. Isso, lá pelos anos de 2030. - lixólogo: também chamado de gestor de resíduos é o especialista em propor soluções para os resíduos do lixo urbano e transformá-lo em gás e formas limpas de energia. - conselheiro de robô: como os robôs já funcionam como cuidadores, babás, faxineiros, seguranças, nada melhor que um profissional para sugerir que tipo de robô uma família ou uma empresa precisam. - terapeuta de final de vida: com a expectativa de vida aumentando, existem cada vez mais idosos que vão precisar de um profissional para planejar e organizar as últimas etapas de sua vida. - remixer de mídia: é o DJ do futuro, encarregado de combinar áudio, vídeo, imagens e realidade aumentada, para criar projetos de marketing, campanhas e outras modalidades de comunicação.


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SEUS PAIS SE SEPARARAM E VOCÊ... ...precisa escolher com qual deles ficar? Primeiro, saiba que você não é o único filho ou filha a ter pais separados. Segundo, perceba que a separação acontece entre marido e mulher, não entre mãe e filhos ou pai e filhos. Terceiro, quem disse que você precisa escolher entre os dois? A mãe continua mãe e o pai continua pai, assim, você pode continuar a conviver com os dois, é só uma questão de organizar o tempo, um tempo com um, outro tempo com o outro. E, por último, escolha ser feliz e deixe que os adultos resolvam os seus problemas pessoais. Mesmo que esses adultos sejam seu pai e sua mãe.

PRATICAR É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA... ... mas respeitar é um dever. A escolha religiosa de cada um é determinada por diversos fatores, como o lugar onde se vive, as tradições de família, as influências recebidas e outros fatores. Por ser um país de várias culturas, o Brasil abriga uma série de religiões como, por exemplo, as religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, que foram trazidas pelos escravos vindos da África. Existem também o Catolicismo, o Protestantismo, o Espiritismo, dentre outras. Pertencer a um grupo religioso é um direito e uma escolha de cada pessoa. Respeitar a escolha do outro é um dever de todos.

NÃO FOI POR ACASO... ... que a nossa bandeira foi criada com as cores que ela tem hoje. Há uma razão histórica para essa escolha. Confira: Verde: escolhido por D. Pedro I como a cor do império, foi a cor da bandeira levada em várias batalhas na Europa e que, portanto, lembrava os ideais de liberdade; amarelo: essa cor representava os castelos de Algarve, região habitada pelos mouros e conquistada por Portugal, que passou a usar o amarelo no seu brasão; azul e branco: cores usadas por vários donatários, na época do Brasil colônia, para representar seus territórios. Agora, que a escolha, histórica ou não, combinou bem com nosso país, isso combinou!!!

QUEM É O AUTOR DA FRASE? A autora da frase é Eleanor Roosevelt. Nascida em 1884, ela foi primeira-dama dos Estados Unidos de 1933 a 1945. Eleanor Roosevelt foi uma grande defensora dos direitos humanos, lutando, principalmente, para melhorar a situação das mulheres trabalhadoras. Entre 1945 e 1952, ela foi diplomata e embaixadora dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas), entidade que ela ajudou a fundar.


UMA QUESTÃO DE ESCOLHA Martine era uma galinha diferente. Diferente no nome, na cor, na maneira de se portar. No galinheiro, era tida como uma galinha metida a besta. As outras galinhas cochichavam quando ela passava no seu passinho miúdo, as penas brilhando ao sol e esvoaçando à mais leve brisa da manhã. Sem dar confiança às fofocas e invejas, Martine desfilava seu charme pelo galinheiro. Foi assim até o dia... O dia em que Martine teve de fazer a escolha mais difícil de sua vida amanheceu como quase sempre amanhecem os dias, com o sol brilhando ou a chuva caindo. Naquele dia, o galo despertador era o pai de Martine. Ele dividia com mais dois companheiros a função de despertar não só o galinheiro, mas também a mulher encarregada de servir o café da manhã para os moradores do galinheiro. Como costumava acontecer, Martine levantou-se de ótimo humor. A alegria era outro encanto da personalidade daquela galinha tão diferente das outras. Martine levantou-se, abriu as asas, sacudiu-as, deu alguns pulinhos para espichar as pernas. Depois de sua ginástica matutina, ela sentiu-se mais disposta para o café da manhã. Saiu do espaço reservado à sua família e buscou o terreiro atrás da casa. Era lá que, todas as manhãs, a cuidadora do galinheiro espalhava o milho para alimentar a comunidade galinácea.


Martine já estava acostumada a comer sempre um pouco mais longe das outras galinhas, ela gostava de evitar os maus olhados e as fofocas de todos os dias. Mas, mesmo que quisesse, Martine não se atreveria a se aproximar, pois sabia que seria mal recebida. Foi assim que, naquele dia, Martine andou pelo terreiro, até a área atrás da cozinha. Estranhou o silêncio que tinha substituído o ruído dos cacarejos de todos os dias. Chegou. Viu que quase todo o galinheiro estava presente. As últimas galinhas estavam chegando. Martine parou um pouco mais atrás do grupo e ficou esperando. Foi então que a galinha mais velha do galinheiro levantou-se e, com a dignidade conferida pela idade, dirigiu-se ao grupo. - Meus amigos, está na hora. Hora? – pensou Martine. Hora de quê? - Está na hora de reestruturar a nossa comunidade. Formaremos três grupos, o das galinhas poedeiras, o dos frangos e frangas e o grupo dos pintinhos. A um sinal meu, cada um vai se colocar no seu devido lugar. E a velha galinha começou a apontar para cada um dos presentes, enquanto nomeava o grupo a que cada um pertencia. Quando chegou a vez de Martine, ela apontou e disse “franga”. Franga, eu? O que isso quer dizer? Como que adivinhando o pensamento de Martine, a velha galinha emendou: - Isso quer dizer que o galinheiro vai continuar produzindo ovos e fornecendo carne. As galinhas poedeiras vão continuar botando ovos e os frangos e frangas fornecendo carne. Os pintinhos vão cumprir a sua função de crescer e aparecer. - Epa!!! Isso quer dizer que eu não só vou fornecer carne, como vou ser a própria carne do fornecimento? – o pensamento de Martine saiu tão alto que todos ouviram. - Você esperava o quê, sua franguinha? Que seria uma galinha poedeira, como eu, como ela, como algumas de nós? Só se for para botar ovos cor de rosa, com lacinhos de fita e dinheiro na caixinha. Houve um começo de risos logo abafados pela voz da galinha matriarca. - Agora que todos já sabem o seu destino, vamos tomar o café da manhã. Martine tinha perdido, por completo, o apetite. Saiu em silêncio para matutar o que faria, pois franga ensopada não era bem o futuro que ela tinha pensado para a sua vida. Pensou e pensou. Ela gostava muito do galo pai, da galinha mãe, do galinheiro. Mesmo com toda a inveja que as outras sentiam dela. Ao amanhecer do dia seguinte, a decisão já estava tomada: Martine iria embora do galinheiro. Ela amava viver e não iria entregar sua vida assim facilmente. Afinal, a vida foi feita para ser vivida, não para ser cozinhada. E foi assim que, ao cair da noite daquele dia, Martine esperou o galinheiro cair em profundo silêncio, esticou as asas, espichou as pernas, levantou a cabeça e foi ao encontro do seu destino. Afinal, todos têm o direito de escolher seu próprio destino. Até mesmo uma franguinha metida!


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DICIONÁRIO

E ESCOLHER

A palavra desta edição é ESCOLHER. Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, ESCOLHER significa decidir-se por algo ou alguém. Preferir, optar entre duas ou mais coisas ou pessoas. Então, escolher é abrir mão de uma coisa para se ter outra coisa. É isso que muitas crianças e adolescentes não entendem, quando acham que podem ter tudo o que querem, desejam ou sonham.

Outra coisa, escolher é um ato que exige maturidade... e maioridade. Uma criança pode escolher que roupa ela quer usar ou que brinquedo quer ganhar. Claro, desde que o preço do brinquedo esteja de acordo com a renda dos pais. Mas, há muitas escolhas que ela não tem condição de fazer e os pais têm de fazer por ela. À criança só resta confiar na escolha dos pais.

Mas, independente da idade, escolher é sempre um ato difícil. Como saber que estamos escolhendo certo ou errado? Por isso, é tão importante pensar antes de fazer uma escolha. Observar, refletir, saber o que se quer, ouvir as pessoas mais experientes, essas são algumas atitudes que podem resultar numa boa escolha.

“E vivo escolhendo o dia inteiro” – poetizou Cecília Meireles. E a autora deste texto, que não é poeta nem nada, diz “Eu vivo escolhendo a vida inteira”. Porque a vida é uma aventura feita de escolhas. Boas escolhas para todos os leitores!

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NÚMEROS Numa democracia representativa, como é o caso do Brasil, o poder conferido às autoridades, para agir em nome do povo, é conferido pelo próprio povo. Mas, nem sempre foi assim, atestam os NÚMEROS. Confiram!

1532

(Brasil Colônia): início das eleições no Brasil, na Vila de São Vicente, para escolher o Conselho Administrativo da Vila.

1821

(Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarve): eleição para os representantes do Brasil nas Cortes Gerais.

1822/1889

(Brasil Império): o voto era aberto e oral; os analfabetos, que eram a maioria do povo, podiam votar; eram considerados eleitores apenas os indivíduos do sexo masculino, maiores de 25 anos e com renda anual de $100.000 (cem mil réis). Em 1889, houve modificação no critério para os votantes, só podiam votar pessoas com renda anual de mais de $200.000 (duzentos mil réis).

1889/1930

(Brasil República): foi abolida a exigência da renda para votar; os analfabetos perderem o direito ao voto; A Constituição de 1891 instituiu que os eleitores deveriam ser maiores de 21 anos.

1932

foi elaborado o Código Eleitoral Brasileiro, que instituiu o voto secreto e criou a Justiça Eleitoral. Constituição de1934 estendeu o direito de voto às mulheres, mas somente às que trabalhavam fora; reduziu a idade para votação de 24 para 18 anos; tornou obrigatório o alistamento para votar.

1937/1945

(Estado Novo): todos os cargos eletivos foram eliminados e o Poder legislativo foi fechado.

1945

(fim do Estado Novo): os direitos políticos foram restaurados; acabou com a exclusão dos mendigos ao direito de voto.

1962

(Governo de João Goulart): foi instituída a cédula oficial.

1964

(golpe militar): foi cancelado o direito de voto a todos os cidadãos brasileiros.

1985

(República Nova): os militares deixaram o poder; Tancredo Neves foi eleito presidente, por voto indireto.

1988

a nova Constituição, promulgada em 5 de outubro, restabeleceu as eleições diretas e o direito de voto a todos os cidadãos brasileiros, inclusive aos analfabetos.

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Susaninha na conversa com

FREDERICO ROCHA SUSANINHA

O nosso entrevistado desta edição é ninguém mais ninguém menos que o ilustrador do Equipe J. A escolha foi muito feliz, pois imagino que nossos leitores tenham a maior curiosidade para saber quem faz as ilustrações tão diferentes que enfeitam o nosso jornal. Pois quem dá ao Equipe J a cara que ele tem é o Frederico Rocha. Quem é ele? Alguém que tem uma experiência legal em escolhas e vai contar um pouco para você. Susaninha: Frederico, você mora em Lisboa, mas passou sua infância e adolescência no Brasil. Mais precisamente, em Vespasiano. Fale um pouco sobre essa fase de sua vida. Frederico: Vivi em Vespasiano até os dezenove, quase vinte anos, quando resolvi me mudar para Lisboa. Sempre gostei de artes. Aos 9 anos, fiz teatro no Palácio das Artes em Belo Horizonte e fiz também vários cursos na Escola Capitão Carambola, em Vespasiano. Um dia eu tive de escolher entre tanta coisa uma coisa só, pois não dava conta de tudo. Foi quando uma amiga me convidou para fazer aulas de ballet. Fiquei meio indeciso, pois sabia que poderia ser alvo de preconceito e discriminação. Mas resolvi aceitar. E foi uma escolha muito acertada, pois eu me sentia extremamente feliz quando dançava. Mas, só consegui me decidir quando escolhi não me importar com a opinião dos outros e fazer as minhas próprias escolhas. Susaninha: Por que a escolha de morar fora do Brasil? Frederico: Há escolhas que acontecem meio por acaso na vida da gente. Essa foi uma delas. O que pesou mais nessa minha escolha foi a curiosidade de conhecer novos mundos, novas culturas, uma nova maneira de viver. Escolhi me arriscar e posso dizer que, como no caso das aulas de ballet, foi uma escolha acertada! Susaninha: o que mudou na sua vida depois dessa escolha? Frederico: Muita coisa. Quando a gente faz uma escolha, com ela vêm coisas boas e coisas mais complicadas. Mudar de cidade, de escola, ou de país, não

importa, a gente sempre vai ter de lidar com o novo, o desconhecido. No meu caso, por exemplo, mudar de país serviu para aprender muita coisa, criar novas experiências e me ensinou, principalmente, a enfrentar os desafios. O certo é que, se soubermos aproveitar, tudo o que vem depois das escolhas pode servir para o nosso crescimento pessoal e profissional. Susaninha: Você continua fazendo escolhas na sua vida. O que você acha mais difícil quando se tem de fazer uma escolha? Frederico: O mais difícil é perceber que, quando se faz uma escolha, você tem de abrir mão de algumas coisas, para ganhar aquilo que você escolheu. Por isso, é preciso pensar muito antes de escolher. Depois, é vender o medo. Toda escolha oferece riscos e, para vencê-los, você precisa tomar coragem e arriscar. Susaninha: Frederico, o que você diria aos nossos leitores sobre escolhas? Frederico: Eu diria que não há vida sem escolhas. A todo momento, estamos fazendo escolhas e até mesmo as que pensamos serem as mais bobas têm um significado. Por exemplo, ao escolher suas roupas, você está desenvolvendo seu estilo próprio de vestir. São as escolhas do dia a dia que vão construindo a nossa maneira de viver. Por isso, é tão importante pensar nas escolhas que fazemos. Dá para notar que você não entende só de ilustração. Entende também de escolhas. Muito obrigada por repartir com nossos leitores um pouco das suas experiências de vida.


ESCOLHA NAVEGAR SEGURO Olá, leitores. Eu já falei aqui sobre os perigos da internet. Em especial, das armadilhas camufladas nas redes sociais. Mas, o assunto é tão importante que, vez ou outra, ele precisa ser lembrado, debatido, questionado. Qual criança não se sente atraída para entrar numa rede social, fazer um perfil bacana, conversar com amigos, primos distantes, conhecer novas pessoas? Todas querem!!! Pois é, o conhecido Facebook serve para tudo isso. Mas, ele exige que, para se criar uma conta, o usuário tenha mais de 13 anos. Nem sempre isso resolve. Prova disso é que há muita criança navegando em perigosas águas virtuais. Então, que tal uma lista de redes sociais pensadas para crianças de 7 a 13 anos? Parece até o Equipe J, não? Nessas redes, a maior preocupação é com a segurança do usuário. Tanto que elas têm uma forma de exigir o consentimento dos pais para que o(a) filho(a) crie uma conta e edite o perfil. São redes fechadas, onde o usuário pode enviar convites, conversar com o(s) amigo(s) convidados, criar páginas com perfil personalizado. Algumas delas têm espaço para a família. Bom, né? Então, deixo aqui uma lista de cinco redes para que você entre, veja e escolha de qual você quer fazer parte.

- yoursphere - Imbee - Scuttle Pad - Togetherville - Giant Hello Boas escolhas para você. E até a próxima edição!

MARISOL

Um dia, os personagens se cansaram. E escolheram se revoltar. A raposa, por exemplo, cansou de ser sempre descrita como a vilã das histórias. Também a bruxa, os patinhos, os porquinhos...Assim é que eles resolveram aparecer para atormentar a vida do autor. Pudera, o homem nunca saía do sótão da casa na rua da Consolação! Nem via a vida passar e o mundo mudar. Os personagens das histórias sempre eram do mesmo jeito, até que... UM HOMEM NO SÓTÃO

é um livro que já ganhou prêmios, como o de melhor texto infantil. Autor e ilustrador: Ricardo Azevedo Editora: Ática

Queridos leitores, o que não falta nas estantes de sua escola são livros de histórias que falam sobre escolhas. Que tal fazer uma visitinha e escolher um para você ler? Até a próxima edição. Boas leituras e boas escolhas!


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PASSA O TEMPO ESCOLHA OS SEUS OU AS SUAS MODELOS Escolher bem um modelo é o primeiro asso para se desenhar uma figura. Escolha dois de seus colegas e faça o desenho deles, um em cada tela.

QUESTÕES DE MULTIPLAS ESCOLHAS Uma mesma pergunta pode ter múltiplas respostas. É a escolha de cada um. Quais são as suas respostas às questões abaixo?

Você tem 7 anos. Sua irmã mais velha tem 10 e seu irmãozinho mais novo tem 2 anos. Você não está satisfeito com sua condição de filho do meio. Você escolheria ser: ( ) sua irmã mais velha ( ) seu irmãozinho mais novo. ( ) nenhum dos dois Você abriu a internet e lá estava a foto de sua melhor amiga em trajes íntimos. Que atitude você escolheria tomar: ( ) curtir? ( ) compartilhar? ( ) conversar com a amiga? ( ) não fazer nada?

Agora, leve suas respostas ao seu grupo de colegas e discuta com eles as respostas de cada um.


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NA HORA DO BAILE Os pretendentes para dançar com a moça são muitos. Mas, ela precisa escolher apenas um. Qual será o escolhido?

O TEATRO DE SOMBRAS Esses dois irmãos acharam um bom jeito de se divertirem. Junte-se a eles e desenhe, no pano branco, as figuras dos bonecos que estão abaixo.

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ESCOLHER BARATAS OU FORMIGAS? Na escolha da profissão vale tudo, até escolher estudar baratas ou formigas. O certo é que todos os viventes e sobreviventes desse nosso querido planeta Terra têm seus estudiosos.

Pois é, quando me disseram que um certo cientista cubano, muito famoso, ia fazer uma palestra no Brasil, eu perguntei qual era o tema da palestra. O tema são as baratas, foi a resposta. Como é que é? Tem gente que dá palestra sobre baratas? E por que não, se ele é estudioso das baratas? Foi aí que me lembrei de como eu gostava de observar as formigas, o jeito como elas andavam em fila, o fato de elas conseguirem carregar folhas enormes, mesmo sendo tão pequenininhas. E como elas pareciam ter uma linguagem própria. Acho que essa curiosidade em relação aos animais, dos minúsculos aos gigantes, é comum a todas as pessoas, principalmente, às crianças. Foi assim que procurei saber como eu seria chamada se fosse

uma estudiosa das formigas. E descobri. Eu seria uma mirmecóloga. Acho que o nome é mais difícil que a profissão. Mas não só de baratas e formigas vivem os estudiosos. Tem animais para todos os gostos, é só escolher. O primeiro passo é entrar numa faculdade de Biologia. Ao fim do curso, a pessoa vai escolher ser ecólogo – especialista dedicado ao estudo da ecologia –, ou zoólogo – especialista no estudo científico dos animais. Já formado em Ecologia ou Zoologia, o profissional pode escolher um grupo de animais para estudar. Os nomes são estranhos, mas o estudo deve ser muito interessante.

Nome da profissão Ornitólogo Animal estudado Pássaros

Nome da profissão Malacólogo Animal estudado Moluscos

Nome da profissão Helmintologista Animal estudado Vermes

Nome da profissão Herpetólogo Animal estudado Répteis e anfíbios

Nome da profissão Entomologista Animal estudado Insetos

Nome da profissão Cinólogo Animal estudado Cães


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