Equipe J - 2013

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Patrocínio

Incentivo

O Equipe J é distribuído gratuitamente a todos alunos dos 7 aos 12 anos das escolas das redes municipal e pública de ensino do município de Vespasiano. A venda do Equipe J está restrita aos agentes autorizados. Valor de venda 1 real. Toda a receita da venda do Equipe J é revertida para o Lar dos Idosos da cidade de Vespasiano.

Nº9 NOV/13

artes e artistas SEMPRE ATENTO

HORA DO CONTO

DICAS DO CYBER

FINAL VERDE

Na batuta

O mito Chanel

Do sapé aos jardins

Pág. 3

Págs. 4

O museu em sua casa Pág. 9

Pág. 12


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SEU VALTÉRIO

Du Rosário Artista Plástica

De artes e de artistas Neste mês, o Equipe J fala de arte. E fala de artistas. Vamos concordar que um não vive sem o outro. Onde há arte, há artista. E vice-versa. Mas, o que é arte? Difícil definir. Podemos dizer que arte é a capacidade humana de criar. Nesse aspecto, somos todos artistas. Estamos sempre a criar algo. Tem gente que cria até confusão! Arte pode ser definida também como uma habilidade. Habilidade com os pincéis, com a palavra, com o martelo, com a voz, com o próprio corpo. Arte é ainda trabalho, ofício. Muita gente vive de fazer arte, ganha dinheiro fazendo arte. A arte da dança. Diego Clever de Souza nos fala sobre o que é ser um bailarino clássico. A escola e a arte. A escola que trocou as armas pelas artes. A batuta do maestro. O Museu da Língua. Picasso e a fase azul. Os números das artes. Os museus mais visitados do mundo. Do sapé às construções verdes, o homem modifica a arte da arquitetura. O assunto deste mês é vasto. Por isso, abra o seu Equipe J preparado para ler muita coisa interessante. Afinal, de médico, louco e artista, todos nós temos um pouco. Alguns têm muito. E alguns desses estão nas páginas do Equipe J, nona edição. Nona edição? Já!!! Boa leitura!

Ficha Técnica Concepção do Projeto: Buummdesign.com Direção Editorial: Tânia Colares (colares.tania@gmail.com) Direção de arte e Ilustrações: Frederico Rocha (frocha@buummdesign.com) Paginação: Buummdesign Revisão: Heloisa Ferreira Rosa Venda Direta: Maria Angélica Esteves e Natália Ferreira Distribuição: Cristiano Alves Impressão: Gráfica 101 Tiragem: 13.000 exemplares

Em cada lugar, uma arte. Em cada arte, um olhar. A cada olhar, um novo jeito de ver, de sentir. Seu Valtério viu, ouviu e conta. Conta do Abaporu, de Guernica. Fala de escritores e de escritos. São fatos curiosos de gente que fez e ainda faz arte. Confiram!

A escola e a arte

A escola Orchand Gardens, na cidade de Boston, figurava entre as cinco piores escolas do estado Massachusetts, nos Estados Unidos. Em seis anos, passaram por ela sete diretores. O último deles, Andrew Bott tomou uma atitude radical: demitiu todos os seguranças da escola e usou o dinheiro para investir em contratação de professores de artes. Música, dança, pintura passaram a fazer parte do cotidiano dos alunos. Em menos de 3 anos, a Orchand Gardens já figurava entre as cinco escolas que mais se destacaram na qualidade de aprendizado dos alunos. Ainda restam dúvidas de que a Arte faz a diferença?

Museu da Língua Quem disse que só de quadros e esculturas vive um museu? Há um museu em São Paulo onde as obras são as palavras. As palavras da Língua Portuguesa. O Museu da Língua Portuguesa conta a história da nossa língua, as línguas que entraram na sua formação, as formas que a linguagem assume no cotidiano e muito mais. Tudo isso mostrado por meio de diversas mídias, nos espaços interativos, a Praça da Língua, Palavras Cruzadas, Beco das Palavras. O Museu da Língua Portuguesa é o museu onde a Língua, nosso patrimônio imaterial, ganha voz e ganha vez.


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o abaporu de tarsila Tarsila do Amaral pintou o quadro Abaporu para dar de presente para o marido. Ele achou que era o quadro mais bonito que ela havia pintado, disse que lembrava uma figura indígena. Ela, então, foi ao dicionário de palavras tupi-guarani para escolher o nome que daria ao quadro. Escolheu Abaporu, que, na língua dos índios, quer dizer “homem que come carne humana”.

A Fase Azul de Picasso O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973), considerado o maior artista do século XX, teve, na sua carreira, uma fase denominada Fase Azul. Nessa fase, ele usou nas suas pinturas muita cor azul, quase só azul. As figuras retratadas nessa fase eram meninas de rua, ladrões, velhos, doentes, mães com crianças ao colo, gente abandonada. Alguns estudiosos dizem que a Fase Azul de Picasso foi motivada pela morte de um grande amigo, que se suicidou aos 21 anos. Outros dizem que, nessa época, Picasso passava por dificuldades financeiras e a tinta azul era mais barata. Motivos à parte, o certo é que os quadros da Fase Azul de Picasso transmitem ao observador uma sensação de depressão, de tristeza, de abandono.

na batuta Quem não gosta de ver uma banda passar? Ou ouvir sua banda predileta tocar? E há quem adora ouvir uma orquestra sinfônica. Aquele profusão de instrumentos musicais a tocar músicas clássicas, Bach, Beethoven, Mozart, Vila Lobos. Mas há uma figura que desperta nossa curiosidade e muita gente se pergunta: o que faz aquele homem agitando uma varinha na frente dos músicos? Aquele homem é um maestro, a varinha é a batuta. A função do maestro é muito importante e muito trabalhosa. Um maestro tem de dominar muito bem a música que vai ser tocada e conhecer a função de cada instrumento. É o maestro que garante que um músico não vá se distrair e tocar no tempo errado, quebrando a harmonia da orquestra.

É best-seller Um livro pode ser instrumento de conhecimento, de lazer, de aprendizado e alguns fazem sucesso entre os leitores. Tanto sucesso que são considerados best-sellers. Best-seller quer dizer “mais vendido”, em inglês. E quando é que um livro entra para a lista de best-sellers? Quando ele é sucesso de vendas. É aí que entra uma polêmica com relação aos best-sellers. Alguns críticos literários dizem que nem todos os livros que entram para a lista de best-sellers são livros de qualidade. Mas, que um best-seller faz a fortuna do autor ou autora, isso faz!.


Um conto se faz com uma história e um personagem. Ou várias histórias e vários personagens. Contar um conto, muitas vezes, confunde-se com contar a história de alguém. Ou parte da história. Os textos a seguir contam parte da vida de duas personagens reais. Duas artistas, uma guerra, duas histórias diferentes.

O MITO CHANEL Gabrielle nasceu, na França, numa família muito pobre, o pai era caixeiro viajante e a mãe, empregada doméstica. Ela tinha mais quatro irmãos. Aos 6 anos, Gabrielle perdeu a mãe, vítima da pobreza e da gravidez, e o pai colocou-a num colégio interno. Ao sair do colégio, já com 20 anos, Gabrielle, que se tinha tornado uma bonita moça, tentou a carreira como dançarina e atriz de teatro. Mas, a tentativa não deu certo e Gabrielle passou então a trabalhar numa loja. Alguns anos depois, ela apaixonou-se por um próspero comerciante de tecidos, que a incentivou a abrir uma pequena loja de chapéus. Naquela época, era comum as mulheres usarem chapéus. Era também a época da segunda guerra mundial. Gabrielle seguia sua carreira, desta vez, inventando moda. Ela criou modelos de roupas bem diferentes do que se usava, começou a vestir as mulheres com roupas mais leves, mais confortáveis. Criou roupas com corte masculino para as mulheres. Claro que, no princípio, a moda inventada por Gabrielle causou impacto. Mas as mulheres adoraram, viram-se livres dos espartilhos apertados e das almofadas nos ombros. Além das roupas, Gabrielle, já agora uma mulher famosa, criou uma linha de perfumes. Deu a eles o seu sobrenome: Chanel. Ah! esqueci de dizer que o nome completo de Gabrielle era Gabrielle Bonheur Chanel. Mais conhecida como Coco Chanel, a famosa estilista francesa que, em tempos de guerra, criou um império: o império da moda. Coco Chanel foi uma das maiores artistas da moda.


APESAR DE TUDO “Apesar de tudo, eu ainda creio na bondade.” Essas palavras foram ditas por uma adolescente. Uma adolescente como todas as outras, com sonhos, expectativas, ideais e vontade de viver. Anneliese Frank, carinhosamente chamada pelos pais, de Anne, sonhava em ser uma artista das letras, tanto que escreveu no seu diário: “Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta. Mas, perguntome: escreverei alguma coisa de importância? Virei a ser jornalista ou escritora? Espero que sim, espero-o de todo o meu coração! Ao escrever sei esclarecer tudo, os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias.” Quando Anne completou 13 anos, ela ganhou um diário. Esse diário a acompanharia pelo resto da vida. Um restinho de vida, mas o tempo suficiente para que Anne o enchesse com suas expectativas, seus desejos, mas, sobretudo, com seus medos. O medo de Anne era real. Ela era filha de judeus, no ano de 1942, uma época em que a raça judia estava sendo perseguida e massacrada. Eram os tempos da segunda guerra mundial, tempo dos campos de concentração.

Para fugir dos nazistas, a família de Anne mudou-se para Amsterdã, na Holanda, onde eles passaram a se esconder nos fundos de uma fábrica, com mais duas famílias. Anne viveu 25 meses de medo. Eles só podiam sussurrar. Andar, só descalços e de cócoras. Eram alimentados às escondidas. Foi nesse tempo de medo que Anne escreveu o seu diário. Em 4 de agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e Anne e a irmã foram separadas dos pais e enviadas para um campo de concentração onde morreram de tifo. O pai de Anne foi o único da família que sobreviveu. Enquanto isso, o diário de Anne estava sendo guardado por uma mulher chamada Miep Gies. Quando Otto Frank foi libertado, ele começou a espalhar as palavras de Anne pelo mundo. O Diário de Anne Frank passou a ser lido por milhões de pessoas. Anne Frank foi uma artista da palavra. Mas, antes de tudo, ela foi uma artista da coragem.


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Dicionário

o obra-prima

A palavra desta edição é OBRA-PRIMA. O que é uma obra-prima? Segundo o dicionário, obra-prima é “a melhor ou mais bem feita obra duma época” ou “obra perfeita”. Mas, como reconhecer se uma obra é perfeita? E como saber se uma obra é a mais bem feita duma época? Como comparar, se cada época é diferente uma da outra? Se cada época tem seu padrão de beleza, seus gostos, suas preferências?

Por exemplo, ninguém hoje diria que a Mona Lisa é uma mulher bela. No entanto, a tela pintada por Leonardo da Vinci é uma das mais famosas da história das artes plásticas. E uma das mais visitadas no Museu do Louvre. A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é considerada uma obra-prima da pintura universal

Van Gogh é tido hoje como um dos maiores

pintores de todos os tempos. No entanto, na época em que ele viveu, seu trabalho não agradou, pois estava fora do que as pessoas julgavam ser o ideal para a época. Van Gogh vendeu apenas um quadro enquanto estava vivo. E morreu na miséria. Hoje, seus trabalhos são considerados obras-primas e não têm preço. Uma pessoa pode pintar um objeto do jeito como esse objeto é na realidade. Seria uma obra de arte ou seria uma cópia? O pintor Salvador Dali pintou a realidade como ele a sentia e não como ele a via. Os quadros de Salvador Dali são considerados obras-primas da pintura surrealista.

O samba é a cara do Brasil. Hoje. Porque na década de 1920, quem fosse pego dançando ou cantando samba, corria o risco de ir sambar na cadeia. Isso porque o samba originou-se da cultura negra, que não era vista com bons olhos na época. Hoje, o samba está em todos os salões e sambistas como Adoniram Barbosa, Noel Rosa, Pixinguinha, Ari Barroso são considerados autores de obras-primas da música brasileira, como Aquarela do Brasil, Carinhoso, Trem das Onze.

Como se vê, é muito difícil dizer se uma obra é obra-prima. Fácil é sentir. E a arte foi feita mesmo para ser sentida, não para ser definida.


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NÚMEROS Em 1923 , foi divulgado o Manifesto do século XX, com a lista das 7 modalidades de artes, que são:

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Arquitetura

5

dança

2

Escultura

6

poesia

3

pintura

7

cinema

4

Música

O Teatro não entrou na lista, porque ele foi considerado uma arte que combina os vários elementos presentes nos outros tipos de arte.

Esfinge é uma imagem mitológica, criada no Egito Antigo, com corpo de leão e cabeça de ser humano. A maior esfinge é a de Gizé, criada no terceiro milênio a.C.. Ela mede cerca de 20 metros de altura, 6 metros de largura e 57 metros de comprimento.

O poema Os Lusíadas é composto por 8.816 versos, reunidos em 1.102 estrofes. Publicada em 1572 , por Luís Vaz de Camões, é considerada uma das mais importantes obras literárias do mundo. O escritor inglês, William Shakespeare, é considerado o maior dramaturgo da literatura universal. Ele foi autor de 37 peças teatrais.

Segundo a publicação britânica The Art Newspaper, entre os museus mais visitados em 2010: O Musée du Louvre, em Paris, ficou com o primeiro lugar. O Louvre é também o maior museu do mundo, com 200 mil metros quadrados, onde são expostas obras de quase todas as épocas e períodos históricos. 5 museus do Brasil figuraram na lista, entre eles, o Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro ( 14ºlugar) e no Distrito Federal (12º lugar) e o Masp, em São Paulo ( 74ºlugar).


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Susaninha na conversa com

diego clever de souza Nosso entrevistado desta edição é Diego Clever de Souza. O que Diego tem de especial? Além da simpatia, ele é bailarino. Aos 23 anos, Diego é solista no CEFAR, a Escola de Dança do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Susaninha: Diego, como foi essa relação sua com o mundo da arte? Diego: Eu fui um garoto muito agitado, não conseguia ficar parado muito tempo. E, desde pequeno, eu sentia uma identificação muito forte com as artes. Essa identificação foi o início da minha carreira. Susaninha: E , a dança, quando foi que ela entrou na sua vida? Diego: A escola era meu ponto de encontro com a arte, eu era o incentivador da turma. Nessa época, eu fazia dança em um projeto social da minha cidade. Sou do interior, uma cidade chamada Fortuna de Minas. Era um projeto que visava tirar os meninos da rua, afastá-los do perigo das drogas. Um dia, teve uma gincana de dança, na escola, e eu tirei o primeiro lugar. Foi quando uma das juradas me disse que eu tinha um talento especial para a dança e me aconselhou buscar um caminho. Então, eu entrei numa escola de dança, no estúdio Expressar, em Sete Lagoas, e comecei a fazer Jazz e, depois de 2 anos, também Balé, onde foi que mais me identifiquei. Susaninhna: Há muitas modalidades de dança. Como você percebeu que queria mesmo era o balé? Diego: Nunca me contentei em fazer as coisas mais ou menos, ou eu fazia bem feito ou não fazia. Sempre gostei de desafios e o balé é um desafio, é uma dança em que qualquer erro é visível. No balé, ou você faz bem feito ou não faz, não tem essa de fazer mais ou menos. Na verdade, acho que não é o bailarino que escolhe o balé, é o balé que escolhe o bailarino. Isso, porque para ser um bailarino, é necessário ter determinadas características. Susaninha: Quais seriam essas características? Diego: Acima de tudo ser persistente, pois não é uma carreira fácil. Assim como qualquer outra é preciso ter muita dedicação. A pessoa precisa ter sensibilidade para as artes, ter muita disciplina e ser uma pessoa que não recua diante dos obstáculos. Costumo dizer que o bailarino é feito de 95% de trabalho e 5% de talento. Susaninha: Quanto tempo você dedica aos ensaios, por dia? Diego: O ensaio é fundamental. E dois aspectos têm de ser rigorosamente obedecidos: a pontualidade

e a disciplina. Minha aula começa às 18 horas e vai até às 22:40h. Mas eu sempre chego às 15h para me preparar. O bailarino é como um jogador de futebol, é preciso treinar e treinar. Muitas vezes, o bailarino sente dores no corpo, dança machucado, mas o espetáculo não pode parar. Susaninha: O que você sente quando está no palco? Diego: A emoção é tanta que é difícil explicar. No palco, eu dou vazão às minhas emoções, é quando vejo o resultado dos meus esforços, da minha dedicação. É muito gratificante quando você está dando o seu melhor naquilo que você ama fazer, isso invade o coração das pessoas que estão ali esperando ver o seu melhor. É uma responsabilidade muito grande. Susaninha: Diego, nós vivemos numa sociedade que gosta muito de dança. Mas, por outro lado, tem um certo preconceito em relação ao homem que dança balé. Como foi isso com você? Diego: No início foi bem difícil. Tive muitos altos e baixos, mas eles me ajudaram a amadurecer como bailarino. Na minha casa, sempre contei com o apoio da minha mãe, se cheguei até aqui, foi graças a ela. Meu pai queria mesmo era que eu fosse jogador de futebol. Talvez essas pessoas que têm preconceito não saibam, mas o papel do homem no balé é fundamental, pois ele não dança como uma mulher, é preciso manter a masculinidade no palco e somos nós que sustentamos as bailarinas no ar, somos nós que as levantamos quando dançam. Um bailarino precisa ser forte, fisicamente falando. E o homem não dança na ponta dos pés, ele dança em meia ponta. Como se vê, no balé, os territórios masculino e feminino também são demarcados. Susaninha: Diego, você quer falar mais alguma coisa? Diego: Ah, sim! Gostaria de falar do Palácio das Artes. Quando eu vim para cá, tinha uma expectativa muito grande e ela foi suprida integralmente. Adoro o CEFAR (Centro de Formação Artística), os professores são competentes, carinhosos e nos incentivam muito. É o início de um grande sonho. Sonho mesmo é saber que os sonhos podem se tornar realidade. Como o de Diego, a quem agradecemos esta entrevista. Boas danças para você, Diego.


O MUSEU EM SUA CASA Você decide visitar um museu. Escolhe um entre os 17 museus selecionados no mundo inteiro. Você entra e dá uma olhada de 360 graus nas galerias à sua disposição.

CYBER

Você escolhe uma galeria e resolve dar uma olhadinha de perto naquela obra que foi selecionada. Você se encanta com os pormenores da obra, a textura, a intensidade das pinceladas. Aí, você descobre, por exemplo, que aquele quadro é o famoso “Noite estrelada”, do não menos famoso Van Gogh. Você decide incluir o quadro na sua galeria particular. Dá um clique e pronto, seu acervo ganhou mais uma obra-prima. Com certeza, o leitor deve estar pensando que eu fiquei meio amalucado. Mas não fiquei. Estou descrevendo o projeto Google Arts, a nova tecnologia da Google e que permite ao usuário ver a arte a partir de uma nova perspectiva. O projeto escolhe o museu e em cada museu é escolhida uma obra. Essa obra é processada em alta resolução, o que permite visualizar os pormenores do trabalho exposto. Há muita gente que ama as artes, mas não dispõe de meios para visitar museus. O Google Arts leva os museus até essas pessoas.

www.google.com/culturalinstitute

Os livros desta edição são bem diferentes entre si. Diferentes na história, no estilo, na época em que foram escritos. Mas, à sua maneira, cada um trata de arte. A arte da amizade, a arte da coragem, a arte da transformação. Confiram! MARISOL

Era uma vez três...

o diário de anne frank

Autora: Ana Maria Machado Editora: Berlendis e Vertecchia

Autora: Anne Frank Editora: Record

Esse livro foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte e ganhou o Prêmio Jabuti de 1983. Ele conta a história de três triângulos que desejavam ser muita coisa na vida. E acabam virando muitos objetos. A história é ilustrada com reproduções dos quadros de Alfredo Volpi.

A autora desse livro confunde-se com qualquer outra adolescente, exceto num fato: ela viveu os dias tenebrosos da segunda guerra mundial. E viveu como judia que era, viveu escondida e com medo. Mas nunca perdeu a coragem e a vontade de viver.


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PASSA O TEMPO falsificadores de arte No mercado das artes são constantes as tentativas de falsificação de obras de artes para a venda. Compare os quadros abaixo e encontre as pistas de que a pintura foi falsificada.

Bloqueio criativo Criar nem sempre é fácil! Por vezes alguns artistas podem ter um bloqueio criativo e encontrar dificuldades em acabar a sua obra. Este escultor fez uma parte da escultura e... Ajude-o a completar a escultura.

É a hora do Quiz 1. Samuel Rosa é vocalista de qual banda?

2. Charles Chaplin foi:

3. A tradição cultural do teatro veio:

( ( ( ( (

( ( ( ( (

( ( ( ( (

) Legião Urbana ) Jota Quest ) Titãs ) Capital Inicial ) Skank

) um ator ) um pintor ) um bailarino ) um escultor ) um escritor

) da Espanha ) da Itália ) da Grécia ) da França ) de Portugal


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mistura de cores

frio e quente

É na paleta que este pintor mistura as tintas. Ele já separou três pares de cores primárias. Misture as cores de cada par e pinte o espaço em branco, usando só as cores resultantes das misturas.

Conforme as cores usadas, a pintura pode transmitir a sensação de frio ou quente. Pinte os quadros abaixo, usando em um deles, só cores frias e, no outro, só cores quentes.

4. Qual das cores abaixo é a união de todas as cores? ( ) branca ( ) verde ( ) preta ( ) amarela ( ) azul

5. Ele é um dos mais famosos fotógrafos do mundo. Ele é: ( ( ( (

) Di Cavalcanti ) Chico Buarque ) Sebastião Salgado ) José de Alencar


alerta planeta

Do sapé aos jardins Desde o princípio da humanidade, o homem sempre construiu abrigos, moradias, edifícios. Chegamos hoje às grandes metrópoles com seus edifícios de cimento, vidros e alumínios. Uma arquitetura cara e danosa para o meio ambiente. Uma arte que vem sendo substituída por uma nova mentalidade: a de se conseguir unir necessidade, beleza e sustentabilidade.

Hoje, o homem começa a se preocupar em construir de maneira sustentável, preservando o meio ambiente e os recursos naturais e garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. Por exemplo, quando se vai construir em áreas com muitas árvores, procura-se fazer um projeto de casa que preserve o mais possível essas árvores. Os benefícios são muitos: o entorno da casa fica mais bonito, as árvores contribuirão para refrescar a casa, evitando o gasto com ar refrigerado, o ar fica mais puro, dando mais qualidade de vida aos moradores. Numa construção sustentável também está presente a preocupação com o material que vai ser usado, eles deverão ser materiais ecologicamente corretos. Você sabia que já se fabricam telhas com material reciclável? Na sua fabricação são usados papel, asfalto, resina e até tubos de pasta dental. As telhas ecológicas são totalmente impermeáveis, mais fortes e deixam o interior 20% mais fresco. Algumas casas sustentáveis possuem até telhado verde. Isso mesmo, telhados que são verdadeiros tapetes verdes. Eles possibilitam, inclusive, a construção de cisternas para reaproveitamento da água da chuva, além de proporcionar temperaturas mais amenas no interior das casas. Os telhados verdes podem ser construídos também em grandes edifícios. Já existem construções sustentáveis espalhadas pelo mundo inteiro. O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais concentram edificações feitas a partir de critérios ecologicamente corretos. São Paulo é o estado brasileiro com maior número de edificações sustentáveis. Das casas cobertas com sapé até as casas cobertas por jardins, o homem teve de caminhar muito. Nessa caminhada, desrespeitou a natureza, poluiu o ar e as águas, desmatou e depredou. Mas percebeu que o caminho estava ficando difícil. Ainda bem. Só esperamos que a consciência ecológica tenha chegado em tempo.


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